religiosa
(1844-1879)
"Maria é tão bela
que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la novamente", era a
resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam durante a longa
enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos indizíveis. A Virgem a
tinha preparado para esta prova: "Não te prometo fazer-te feliz neste
mundo, mas no outro". O privilérgio de ter sido escolhida pela Virgem, aos
14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada Conceição, proclamada
por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana.
Concluído o ciclo
das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de 1858,
Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no Instituto das
Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na casa de Lourdes,
para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto junto da milagrosa
fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte acorriam multidão de
devotos, ela só pedia para permanecer escondida e esquecida de todos.
Na profissão
religiosa tinha assumido o nome de irmã Bernarda e durante 15 anos de vida
conventual suportou em silêncio sofrimentos físicos e morais, como a
indiferença das próprias irmãs, de acordo com o desígnio providencial que priva
as almas escolhidas da compreensão e frequentemente também do respeito das
almas medíocres. Em comunidade exerceu as funções de enfermeira e de sacristã,
até que o agravamento de seu mal a obrigou a permanecer no leito durante todos
os nove anos que precederam sua santa morte. Foi canonizada em 8 de dezembro de
1933.
Santa Bernardete Soubirous
Hoje nossa Igreja comemora Santa
Bernadete Soubirous, que nasceu em Lourdes no ano de 1844, e seus pais eram
muito pobres, mas a educaram dentro dos preceitos da Igreja Católica.
Foi a ela quando tinha 14 anos de idade, que Nossa Senhora apareceu em Lourdes sobre a fonte de água pura, quando a Virgem Santíssima revelou que a fonte era milagrosa, onde milhares de peregrinos de todo o mundo se encaminham até hoje para alcançar as graças desejadas.
Santa Bernadete viveu sua vida em sua cela de freira orando pelas almas das pessoas que ainda não encontraram o caminho de Deus, sempre com humildade e resignação, rezando menos para que a dor que sentia diminuísse e que o Céu lhe dessa paciência e força para suportar calada as provações de Deus.
Foi a ela quando tinha 14 anos de idade, que Nossa Senhora apareceu em Lourdes sobre a fonte de água pura, quando a Virgem Santíssima revelou que a fonte era milagrosa, onde milhares de peregrinos de todo o mundo se encaminham até hoje para alcançar as graças desejadas.
Santa Bernadete viveu sua vida em sua cela de freira orando pelas almas das pessoas que ainda não encontraram o caminho de Deus, sempre com humildade e resignação, rezando menos para que a dor que sentia diminuísse e que o Céu lhe dessa paciência e força para suportar calada as provações de Deus.
Comemoração litúrgica: 16 de abril.
Também nesta data: Santo Acácio, Bispo, Marçal, Calisto e Júlia
A santíssima Mãe de Deus, para conferir aos homens mais uma de suas infinitas graças, e para confundir o que no mundo se julga forte, escolheu um instrumento, à preferência de outros, débil, segundo a divina economia que São Paulo exalta: "Deus escolheu o que é fraco no mundo, para confundir os fortes" (1Cor 1,27). Este instrumento era Bernarda Soubirous, nome hoje caríssimo e celebérrimo no mundo inteiro, mas naquele tempo, quando apenas quinze anos contava, de todos desconhecida.
Nascida em Lourdes, região montanhosa dos Pirineus, a 7 de janeiro de 1844, filha de Francisco e Ludovica Casterot, dois dias depois foi batizada e recebeu o nome de Maria Bernarda.
Vivendo pobremente e por algum tempo empregada em tomar conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima simplicidade de costumes e admirável candura de espírito, querida por Deus e pela Santíssima Virgem Mãe. Maria observou a humildade de sua filha e dignou a inocente menina , entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858, de 18 aparições e de celeste colóquio. Na época, o bispo local, que inicialmente duvidara da versão da inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição, perguntasse à ela qual o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição". Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição" firmado há menos de quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja.
Nesta, tão célebre aparição e ilustrada por Deus por tantos sinais, pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque diante de numeroso povo, arrebatada em êxtase, foi maravilhosamente deliciada com o bondoso aspecto da Virgem. Chamamo-la de Mensageira da Virgem ao mundo, porque por ordem de Maria pregou penitência e oração ao povo; mandou aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um Santuário; predisse a todos a glória, a santidade e os futuros benefícios do mesmo lugar. Por fim vemos nela a Testemunha da Verdade, porque a muitos contradizentes, com o máximo candor de simplicidade, junto com suprema prudência do mandamento confiado da Virgem, com admiração de todos os eclesiásticos e de juízes seculares.
Todas estas coisas levadas ao termo por divino impulso por uma ignorante e inculta menina, Deus a leva longe para a solidão de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se para coisas mais admiráveis, para que, pregada na cruz com Cristo e com ele quase sepultada, atingisse profundamente na humildade a vida interior sobrenatural e, um dia na luz da santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho da santidade unisse nova glória ao Santuário de Lourdes. Por isto, obedecendo ao chamamento de Deus, em julho de 1867 se transferiu para Nevers, para iniciar a vida religiosa na Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e instrução cristã. Terminado o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos depois os perpétuos. Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma virgem foi principalmente adornada daquelas que mais convinha à discípula predileta da Virgem Maria: Humildade profunda, terníssima pureza e ardente caridade. Provou-as e aumentou-as com as dores de uma longa enfermidade e angústias de espírito que a atormentaram suportando-as com suma paciência. Na mesma casa religiosa a humildíssima virgem ficou até a morte, que depois de recebidos os sacramentos da Igreja, invocando sua dulcíssima Mãe Maria, descansou santamente a 16 de abril de 1879, no trigésimo sexto ano de idade, e duodécimo de vida religiosa.
Tendo ficado até este ponto como debaixo do alqueire da humildade, com a morte tornou-se resplandecente a todo o mundo. Debaixo do pontificado de Pio X, em 1923, foi iniciado o processo de sua beatificação. A 14 de julho de 1925 o Papa Pio XI lançou o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933.
"Os acontecimentos que então se desenrolaram em Lourdes e cujas proporções espirituais melhor medimos hoje, são-vos bem conhecidos. Sabeis, caros filhos e veneráveis irmãos, em que condições estupendas, apesar de zombarias, de dúvidas e de oposições, a voz daquela menina, mensageira da Imaculada, se impôs ao mundo. Sabeis a firmeza e a pureza do testemunho, experimentado com sabedoria pela autoridade episcopal e por ela sancionado desde 1862. Já as multidões haviam acorrido e não têm cessado de precipitar-se para a gruta das aparições, para a fonte milagrosa, para o santuário elevado a pedido de Maria. É o comovente cortejo dos humildes, dos doentes e dos aflitos; é a imponente peregrinação de milhares de fiéis de uma diocese ou de uma nação; é a discreta diligência de uma alma inquieta que busca a verdade... Dizíamos nós: "Jamais num lugar da terra se viu semelhante cortejo de sofrimento, jamais semelhante irradiação de paz, de serenidade e de alegria!. E, poderíamos acrescentar, jamais se saberá a soma de benefícios de que o mundo é devedor à Virgem auxiliadora! "Ó gruta feliz, honrada pela presença da Mãe de Deus! Rocha digna de veneração, da qual brotaram abundantes as águas vivificadoras!" (...) Estes cem anos de culto mariano teceram, ademais, entre a Sé de Pedro e o santuário pirenaico laços estreitos, que nos apraz reconhecer. A própria virgem Maria não desejou essas aproximações? "O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle". Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! " (Trecho da Carta Encíclica do Papa Pio XI - durante o centenário das aparições da SS. Virgem em Lourdes - 02 de julho de 1957)
Reflexões:
Bernardete, cavando o solo com os seus dedos afiados, fazia surgir, pela graça de Nossa Senhora, uma fonte de água do milagre, o mais fecundo capítulo da apologética moderna. Recebeu um ministério novo, confiado a todos os Santos. Cada um deles, porém, tem as suas características. As de Bernadete são a sua pequenez engrandecida pela força e pelo amor de Cristo. A sua condição humilde de ontem, elevada hoje, à distribuidora de grandes lições ao gênero humano.
Mostrou-nos ela a Rainha dos Santos; hoje começa a ensinar-nos o espírito de santidade. Já não é o sobrenatural acima de nós, mas dentro de nós. Já não nos convida a irmos às bordas do Gave beber da água milagrosa; o seu apelo é para que vamos ao grande rio sacramental, onde as almas bebem a santidade; e para que consideremos como a humanidade se refaz, se nobilita, se sublima, modelada em Cristo.
A sua voz dir-nos-á de futuro: Vêde, homens pequeninos, materializados em gozos efêmeros, o que pode a ignorância, a humildade de uma camponesa iletrada, transformada pelo Espírito Santo.
É talvez mais bela esta segunda missão do que a primeira. Depois de nos revelar a Virgem, mostra-nos o Espírito Divino. Com uma diferença: é que a Virgem vimo-la através dos olhos dela; o Espírito vemo-la nela própria.
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/abr/bernadetes1604.htm
Santa Bernadete de Soubirous | |
Nascimento | No ano de 1844 |
Local nascimento | Lourdes (França) |
Ordem | Irmãs de Caridade |
Local vida | Lourdes (França) |
Espiritualidade | Aos 14 anos de idade, analfabeta, pobrezinha, porém rezava diariamente o santo Rosário. Por meio dessa santa vidente, cujo corpo se encontra incorrupto até hoje e mais bela ainda, Nossa Senhora fez jorrar a fonte do milagre a qual peregrinos do mundo inteiro a ela recorre, vindos de todas as partes do mundo. Muitos regressam totalmente curados. Bernadete nunca se interessou por glória humana e após a Virgem ter-lhe aparecido por várias vezes na Gruta de Massabielle, entre os dias 18 de fevereiro e 4 de março de 1858, transmitindo-lhe mensagens. Bernadete foi obrigada a ficar em uma cela de freira, atingida por um ataque de asma. Quando a dor aumentava, Bernadete exclamava: "Não, não procuro alívio, somente força e paciência!" Sua vida foi um resgate para as almas prisioneiras do Inimigo das almas. Passou seis anos no Instituto de Lourdes pertencente às irmãs de Caridade de Nevers e foi admitida no noviciado das mesma irmãs. Como religiosa, recebeu o nome de Bernarda. Seu sonho era ser Carmelita. Porém nos quinze anos que lá ficou não conheceu a não ser o sofrimento e a paz de Deus com que era constantemente invadida. Durante 9 anos ficou na cama, entre a vida e a morte. Quando alguém se mostrava com pena de Bernadete, ela dizia a sorrir: "Nossa Senhora é tão linda que todos os que A vêem gostariam de morrer para revê-la!". Foi declarada santa em 1933, por Pio XI, e elevada à honra dos altares. |
Local morte | Nevers (França) |
Morte | 16 de abril de 1879, aos 35 anos de idade |
Fonte informação | O Livro dos Santos |
Oração | Senhor, que vos dignastes conceder à jovem Bernadete a graça de ver vossa Santíssima Mãe e com ela conversar e orar, concedei também a mim uma maior devoção para com Maria Santíssima e a graça da boa saúde e disposição. Santa Maria, rogai por nós! Santa Bernadete Soubirous, rogai por mim! |
Devoção | À Santíssima Virgem |
Padroeiro | Dos que amam a Nossa Senhora |
Outros Santos do dia | São Bento José Labré (intercessor dos que não tem moradia); São Turíbio de Liébana, Frutuoso, Engrácia (mártir); Lamberto, Calixto de Cortinto, Caio e Cremêncio, Cesário, Leônidas, Badílio (mártires); Joaquim (confes); Júlia, Marçal. FONTE: ASJ |
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