sábado, 15 de julho de 2017

Nossa Senhora do Carmo - 16 de Julho



Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo
Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.

LEITURA ORANTE DO DIA - 16/07/2017



LEITURA ORANTE

Mt 13,1-9 - Que tipo de terreno sou?

Secagem do café - Circuito Montanhas Cafeeiras de Minas Gerais

Saudação a todos que circulam por este ambiente virtual:
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio, na Bíblia,  atentamente: Mt 13,1-9.
Naquele mesmo dia Jesus saiu de casa, foi para a beira do lago da Galiléia, sentou-se ali e começou a ensinar. A multidão que se ajuntou em volta dele era tão grande, que ele entrou num barco e sentou-se; e o povo ficou em pé na praia. Jesus usou parábolas para ensinar muitas coisas. Ele disse:
- Escutem! Certo homem saiu para semear. Quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, e os passarinhos comeram tudo. Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda. Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes. Outras sementes caíram no meio de espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Mas as sementes que caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um.
E Jesus terminou, dizendo:
- Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
Refletindo
Provérbios, comparações, parábolas são muito usados nas tradições do povo judeu. São comparações que ilustram ou explicam melhor aspectos da vida. Os profetas usaram muito este tipo de linguagem. A parábola descrita neste texto de hoje, descreve o dinamismo da Palavra. Fala de semente, ou seja, de um símbolo de vida. A semente contém a vida que precisa ser desenvolvida e para isto precisa de determinadas condições. A primeira delas é o terreno. Nesta parábola, Jesus fala de quatro diferentes terrenos: à beira do caminho, entre pedras e com pouca terra, no meio de espinhos e em terra boa. Em seguida, ele vai explicar aos discípulos todo o significado destes terrenos.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Que tipo de terreno é meu coração?
Meditando
Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram:
“Damos graças a Deus que nos deu o dom da palavra, com a qual podemos nos comunicar entre nós e com Ele por meio de seu Filho, que é sua Palavra (cf. Jo 1,1). Damos graças a Ele que, por seu grande amor fala a nós como a amigos (cf. Jo 15,14-15).” (DAp 25).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardarei tua Palavra, Senhor, meditando-a no coração.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e abrir meu coração para que seja terreno bom e acolhedor da Palavra.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Leitura Orante
15º domingo do tempo comum, 16 de julho de 2017


TEMPO DAS RAÍZES

“...mas, quando surgiu o sol, os brotos foram abrasados e,
por falta de raiz, secaram.” (Mt 13,6)

Texto Bíblico: Mateus 13,1-23

1 – O que diz o texto?

Jesus, o homem enraizado em seu povo e sua cultura, traçou seu caminho em parábolas. Suas palavras romperam a ordem oficial do templo, a segurança dos sacerdotes, a razão dos escribas, colocando todos os homens e mulheres do povo frente à proposta de vida plena e feliz, desejada pelo Pai.
As parábolas parecem revelar a verdadeira identidade de Jesus; é como se alguém lhe perguntasse: “quem és tu? O que fazes?”. Segundo Mateus, Jesus é o verdadeiro semeador. Por isso, é decisivo prestar atenção ao seu modo de semear. E Ele faz isso com uma surpreendente confiança; semeia de maneira abundante; as sementes de humanidade são lançadas em todos os tipos de terrenos, mesmo entre aqueles onde a germinação parece difícil. O semeador não desanima nunca; sua semeadura não será estéril.
A parábola do “semeador” é muito precisa, nem uma palavra a mais, nem uma a menos; nenhum floreio ou comentários em excesso... Austeramente, Jesus descreve o que acontece com a semente, partindo das experiências normais da agricultura de seu tempo, um exemplo concreto do trabalho nos campos, de maneira que todos os ouvintes podiam entendê-lo.
Tudo é normal e todos se descobrem imersos nela, como se estivessem juntos construindo a parábola, buscando seu sentido. Pois bem, quando ela é escutada dessa forma descobrimos que ela desafia todas as convenções sociais, pondo em movimento nossa vida, pois ela fala de nós, do que somos e fazemos. Assim ela se revela surpreendente, pura transparência, como um chamado à nossa própria criatividade.
Nesse sentido, toda parábola vem iluminar e inspirar nosso modo de seguir e de nos identificar com Jesus; tal seguimento não é questão de uma simples adesão à pessoa de Jesus, mas um enraizamento na vida d’Ele, buscando ali a seiva que vai dar novo sentido à nossa existência.

2 – O que o texto diz para mim?

A “nova radicalidade” (e não radicalismo) é a forma de seguir a Jesus. É uma radicalidade amável e expansiva, porque quem chega às raízes descobre-se enraizado na natureza humana, naquilo que todos compartilham e, por isso mesmo, descobre-se e sente-se enraizado no Outro.
Ninguém pode viver sem raízes, pois não se sustentaria de pé. Quando perde suas raízes, o ser humano se atrofia e fica privado de algo decisivo, essencial: de uma fonte de vitalidade.
A verdade é que a vida cristã me pede “desenraizamento” de algumas realidades que me envenenam e  fazem romper as relações (enraizamento no poder, na riqueza, na centralidade do próprio ego, na cultura da superficialidade...). Para dizer um “sim” ao seguimento de Jesus e enraizar-me em uma realidade verdadeiramente consistente (sua palavra e vida) é preciso dizer “não” àquelas outras realidades, desprender-me delas, desenraizar-me delas.
Sou convidada a ter raízes profundas, o Evangelho de hoje está afirmando algo muito importante: nesta terra, nesta realidade social, cultural, eclesial e política, já está semeado o Reino, já está viva e ativa a presença do Deus fiel que cria futuro. Eu me  alimento desta realidade na medida em que me deixo semear nela.
Somente aquele que se deixa semear experimenta o sabor da seiva da vida de Deus entrando por suas raízes, percorrendo seu ser inteiro, fazendo-o crescer e dando os frutos de que esse povo precisa. Aquele que não se deixa semear vive de ilusões e quimeras que envenenam sua existência.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

O duro trabalho de lavrar a terra, de semear e semear-me nela, supõe um amor pela terra. Acredito nela, a apalpo entre os dedos para sentir sua qualidade. O camponês ama sua terra não só pelo que lhe possa produzir, mas porque nela está presente a herança de gerações familiares que lhe precederam. Sua terra tem nomes e sobrenomes: para ele é um ser vivo com sangue de família em suas entranhas.
Ter as raízes fincadas na história, na realidade, raízes que a partir do oculto nutrem minha vida e alargam o coração, é saber que tenho uma origem e uma meta que é o próprio Deus.
Raízes que se entrecruzam por debaixo do solo, no profundo, compartilhando a mesma água e o mesmo húmus. Vida nova, que cresce a partir de dentro e a partir de baixo, a partir do oculto.
Ramos que se abrem e se curvam buscando a luz.
Uma vida iluminada. Profundidade, serenidade e descanso. Solidariedade e comunhão. Vida que cresce em companhia. Vida consistente. Solidão habitada e fecunda.
Vivo marcada pelo desenraizamento, promove-se muito mais viver em mundos virtuais, em espaços criados pela tecnologia, comunicando-se através de relações informáticas com pessoas distantes, desenraizando-se do próprio chão existencial; no emaranhado das imagens e sons perde-se a noção daquilo que é essencial, decisivo para a vida; vive-se na superfície dos acontecimentos e de si mesmo; mina-se a consistência interior e fundamento sobre o qual se apoia a própria vida; esfria-se toda proximidade e relação com o outro; petrifica-se todo compromisso com as causas sociais...
Desenraizar-se é desumanizar-se.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, muitas vezes o enraizamento supõe estar presente naquelas realidades das quais muitos fogem, das quais muitos renegam, ou que são somente terras de passagem, fronteiras que geram medo e insegurança.
O enraizamento supõe respeito para com toda realidade, amar a terra concreta tal como ela é, como Jesus que, na Encarnação, foi semeado naquela terra dominada e excluída da Palestina.
Foi no enraizamento do chão daquele povo que Jesus foi se humanizando e abrindo-se à novidade do Reino do Pai que tudo transforma. Assim expressa Jesus de si mesmo quando se comparou com a videira plantada na terra de Israel.
É preciso deixar-se semear não só onde a terra já está preparada durante gerações, mas também nas margens da realidade, na dureza das terras sem arar, cheias de pedregulhos e de espinhos. Não posso fugir da realidade que tenho de arar, semear e cultivar com sua dureza e com seu encanto.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

As raízes na planta, são as que se introduzem na terra e crescem em sentido contrário do tronco, servindo-se como sustentação. Graças a elas pode absorver o alimento necessário para seu crescimento.
Amar a terra na qual estou semeada como Jesus amou o seu povo.
Amar uma vida que se enraíza, é uma vida firme, consistente.
Descobrir onde estão as raízes nas quais meu coração se alimenta.
Descobrir onde apoia a minha vida e o que a sustenta.
Encontrar as raízes que possam estar perdidas.
Conectar-me a estas raízes.
Enraizamento, fincar raízes, viver da profundidade das raízes... 
O “novo” vem das raízes, vem de baixo, da base, do chão da vida.
Relançar uma nova radicalidade.
Viver a partir das raízes.
Projetar a partir das raízes.
Criar a partir das raízes.
Fortalecer as raízes.
Viver o tempo das raízes para ser presença “diferenciada” na realidade cotidiana de cada um.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas:  Mateus 13,1-23
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Terra tombada – fx 13 (03:53)
Autor: José Fortuna e João Dorácio
Intérprete: Pe. Fábio de Melo
CD: Enredos do meu povo simples
Gravadora:  Paulinas Comep

Fonte: Pe. Adroaldo Palaoro, sj
Postado por: admin_radio

HOMÍLIA DIÁRIA - Mt 13,1-23 - (CANÇÃO NOVA) - 16/07/2017


OUÇA E/OU LEIA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

A Palavra de Deus transforma nossa vida

A Palavra de Deus, quando cai em nosso coração, renova nossa alma e mente, coloca o Reino de Deus dentro de nós

“A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta” (Mateus 13, 23).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova



HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/07/2017

ANO A


Mt 13,1-23

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O acolhimento da Palavra de Deus, não é tão simples, quanto possa parecer, pois a Palavra de Deus é palavra-silêncio, palavra que não se comunica com sons, mas através do silêncio. Não faz vibrar os ouvidos, mas o coração. E isso é uma dificuldade por vivermos num mundo demasiadamente barulhento, em situação imprópria para ouvir a palavra-silêncio falando ao coração. Assim como a terra onde plantamos uma folhagem ou uma flor acolhe a semente que ali é jogada para germinar, da mesma forma, o coração-terra é aquele que acolhe o Evangelho semeado.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, Deus seja bendito por este nosso encontro. Nós, os batizados e batizadas, assinalados pelo Espírito Santo, formamos a assembleia santa para elevarmos ao Pai nosso cântico de louvor, para bendizê-lo e adorá-lo, por Cristo e por sua Páscoa, na força e no poder do Santo Espírito. O Cristo Senhor, que nos reuniu em seu amor, irá nos oferecer o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia. Alimentados e agradecidos, sairemos daqui dispostos a colher os dons das sementes do Reino.

Sermão [atribuído] a Santo Atanásio de Alexandria
(séc. IV) - sobre a Parábola do Semeador 2-4

AO HOMEM LHE CABE SEMEAR; A DEUS, DAR O CRESCIMENTO

[…] O homem certamente faz tudo o que está ao seu alcance; mas não está no seu alcance o fazer frutificar. Ao homem lhe cabe semear; a Deus, dar o crescimento. Quando a semente começa a brotar e cresce, desprende-se da espiga e o fruto indica se si trata de trigo ou de joio. […] Devo dar um passo a mais e apontar para realidades mais espirituais. Mediante os apóstolos, Jesus semeou a palavra do Reino dos Céus por toda a terra. O ouvido que escutou a pregação a retém em seu interior; e ele brota na medida em que frequente assiduamente a Igreja. E nos reunimos em um mesmo local, tanto os produtores de trigo como de joio; assim o infiel como o hipócrita, para manifestar com o maior realismo o que se prega. Nós, os agricultores da Igreja, vamos metendo pelo semeado o enxadão das palavras, para cultivar o campo de modo que dê fruto. Ainda desconhecemos as condições do terreno: a semelhança das folhas pode com frequência induzir ao erro os que coordenam. Porém, quando a doutrina se traduz em obras e adquire consistência o fruto das fadigas, então se revela quem é fiel e quem é hipócrita.

Comentário do Evangelho

Por que a Palavra de Deus produz frutos em uns e em outros não?

O capítulo cinquenta e cinco do livro do profeta Isaías é o último capítulo do Dêutero-Isaías (40–55), cujos fatos podem ser situados em meados do século VI a.C. O tema central do texto de hoje é a Palavra de Deus, através da qual Ele revela seu plano de salvação. A Palavra de Deus é comparada à chuva que numa terra árida é uma bênção do céu que fecunda e faz germinar a boa semente. A Palavra de Deus realiza o que diz.
O capítulo treze do evangelho segundo Mateus é um discurso em parábolas. Trata-se de uma sucessão de sete ou oito parábolas, dependendo de como se as considere. Costuma-se caracterizá-las como “parábolas do Reino”. O tema que perpassa todas as parábolas é o mistério da acolhida ou rejeição da palavra de Jesus sobre o Reino de Deus. A parábola não é nem tem a pretensão de ser uma descrição fiel da realidade; o mais importante é a mensagem que ela transmite. A parábola do semeador descreve uma atividade bastante comum em Israel, a saber, a semeadura ou plantio. Essa atividade, dada as condições climáticas, impõe superar muitas dificuldades. Cremos poder imaginar que a parábola visava responder à seguinte questão: por que a Palavra de Deus produz frutos em uns e em outros não? Deus faz distinção de pessoas? Se o semeador semeia é para poder fazer uma boa colheita capaz de sustentar a vida de toda a sua família. A prática do semeador narrada na parábola de lançar a semente sem se importar em que terreno é desconcertante e parece contrariar qualquer prática racional de plantio. No entanto, o mais importante é a intenção: Deus oferece a sua Palavra a todos, indistintamente. A partir daí se pode compreender que, em primeiro lugar, a parábola revela algo de Deus: Deus confia na terra, isto é, na humanidade. Não obstante tantas dificuldades, Deus sabe que a terra produzirá fruto. E se de tudo a terra não produzir fruto, não será pela falta de fé de Deus em nossa humanidade. Essa confiança de Deus em nossa humanidade deve estimular nosso empenho em remover do terreno de nossa vida tudo o que possa impedir a boa semente de produzir o seu fruto. Tenhamos presente, no entanto, que o crescimento da semente necessita de tempo, de cuidados, ele depende de um processo para produzir frutos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a tua Palavra, semeada no meu coração, encontre solo propício onde possa produzir frutos de conversão. Não permitas que tua semente venha a se perder!
Fonte: Paulinas em 13/07/2014

Vivendo a Palavra

Pelos tempos afora, a semente continua a ser lançada. A Palavra Criadora, o Verbo do Pai – o Cristo, feito homem em Jesus de Nazaré, semente boa do Reino de Amor, continua a nos ensinar os caminhos do Céu. Cada um de nós é um terreno: nós somos beira de estrada, pedreira, espinheiro – ou somos terra boa, fértil, irrigada pelo Espírito?
Fonte: Arquidiocese BH em 13/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

Uma parábola interpretada pelo próprio Jesus! Com que tipo de terreno nós nos achamos parecidos? Somos beira-de-caminho, ou – quem sabe? – estamos cobertos de pedras ou de espinhos? Oxalá sejamos terra boa, regada pela fonte de Água Viva que nasce do coração misericordioso de Jesus! Que tipo de comunidade nós formamos na nossa Igreja?

Recadinho

Meu coração é sempre bom terreno para acolher a semente do bem? - A semente da Fé foi colocada em meu coração no Batismo. Tem crescido sempre? - Procuro ouvir a Palavra de Deus para fazer crescer minha Fé? - A semente da Graça de Deus cai sempre em meu coração? - Crio condições para que a Graça de Deus possa frutificar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/07/2014

Meditando o evangelho

QUEM TEM OUVIDOS PARA OUVIR, OUÇA!

A afirmação de Jesus pode soar estranha, se tomada no seu sentido superficial, pois todo ser humano tem ouvidos e, excetuando os surdos, todos estavam em condições de ouvi-lo. Mas o sentido das palavras do Mestre era bem outro. Para entendê-lo é preciso recorrer à antropologia bíblica, para a qual o "ouvido" tem um simbolismo importante. São muitas as imagens da Bíblia referentes a este sentido do corpo humano.
O ouvido tem a ver com a vida e o modo de proceder do ser humano. Quando alguém "abre os ouvidos", demonstra o desejo de comunicar-se e de entrar em comunhão com o seu semelhante. "Fechar os ouvidos" denota ruptura e recusa do outro. "Clamar aos ouvidos de alguém" é sinônimo de inculcar-lhe uma idéia. "Inclinar o ouvido" significa dar atenção ao outro. Estar "ao ouvido de alguém" é estar em sua presença. "Falar no ouvido" é conversar em segredo.
Interpelando os discípulos para abrir os ouvidos e ouvi-lo, Jesus os exortava a darem atenção às suas palavras para tirar delas lições de vida. As palavras do Mestre poderiam ser entendidas de duas maneiras: como um apelo a se esforçarem para ser o bom terreno onde a semente pudesse dar frutos abundantes; e como um alerta para que contassem com diferentes tipos de pessoas, no exercício da missão, sem se deixarem abater por isso. Ambos os casos teriam incidência direta sobre a vida deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me ouvidos dóceis que me coloquem em comunhão com Jesus, de modo que eu possa deixar-me instruir e me transformar por ele.

HOMILIA

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

Estamos diante de um capítulo marcado pelas parábolas do mestre que representa a forma eficaz da pedagogia de Jesus.
Com esta parábola aprendemos que o serviço do missionário é semelhante ao do semeador que lança a semente ou seja a palavra de Deus. Neste episódio Deus quer que a Sua palavra seja anunciada e exposta e que as pessoas estejam reunidas para ouvi-la. Pois ela descreve o que acontece no dia a dia das pessoas.
Por outro, assim como o semeador deve lançar a boa semente, assim o pregador. Ele precisa semear a pura Palavra de Deus e não as tradições da Igreja ou as doutrinas humanas. O pregador precisa ser diligente. Não pode poupar esforços. Precisa lançar mão de todos os meios possíveis para fazer o seu trabalho prosperar. Deve pregar a palavra oportuno quer não. Ele não pode deixar-se deter por dificuldades e desencorajamentos.
Ele pode espalhar a semente que lhe foi confiada, mas não pode ordenar que ela cresça. Ele pode oferecer a palavra da verdade a um povo, mas não pode fazer as pessoas receberem a palavra e produzir fruto espiritual. Porque Produzir vida é uma prerrogativa soberana de Deus.
O ensinamento do texto é uma advertência de que podemos refletir sobre um sermão com o coração endurecido, em que o sofrimento de JESUS pode ser exposto diante de você e você ouvir com total indiferença, como não se ouvisse nada!
Tão rápido as palavras chegam aos seus ouvidos e na mesma velocidade o diabo arranca de você e você volta para casa como se não tivesse ido a lugar algum.
O texto nos deixa duas verdades claras:
Primeira: Podemos ouvir a palavra de Deus com prazer, enquanto que a impressão produzida em nós é apenas temporária e de pouca duração.
Nosso coração, como o “solo rochoso” da parábola, pode produzir um mundo de sentimentos e boas resoluções. Porém, durante todo o tempo, pode não haver raízes profundas em nossa alma, de maneira que o primeiro vento frio de oposição ou tentação, pode fazer secar a nossa aparente religião.
E infelizmente há muitos ouvintes nessa classe! A mera apreciação a palavra de Deus não é sinal da presença da graça divina. Muitas pessoas são batizadas como os judeus nos dias de Ezequiel: “Você não passa de um divertimento para eles, como um cantor que canta belas canções de amor, ou como um músico que toca bem o seu instrumento. Ouvem o que você fala, mas não põem uma palavra em prática”. (Ez. 33.32).
Segunda verdade do texto: Podemos ouvir a palavra de Deus aprovando cada palavra, e, no entanto, não tirar dela qualquer benefício real.
Nosso coração tal como o solo recoberto de espinhos, pode se deixar afogar pelos cuidados e prazeres mundanos. Podemos realmente apreciar o evangelho e desejar obedece-lo, mas no entanto, insensivelmente, não dar qualquer oportunidade ao evangelho de produzir seu fruto sobre nós.
E infelizmente também existem muitos ouvintes dessa natureza! Eles conhecem bem a verdade. Esperam que um dia serão cristãos decididos. Porém, jamais chegam ao ponto de desistir de tudo por amor a Cristo. - Eles nunca tomam a decisão de “buscar em primeiro lugar o reino de Deus”, e por isso mesmo, acabam morrendo em seus pecados.
Esses são dois pontos que deveríamos pesar cuidadosamente. Nunca deveríamos esquecer que há várias maneiras de se ouvir a Palavra de Deus sem proveito.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE


16 DE JULHO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

Que as ilusões materiais não sufoquem a força da Palavra em nosso coração!

O excesso de preocupações, como a ilusão com os bens materiais e com as riquezas deste mundo, sufocam a força da Palavra de Deus em nosso coração.
“Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração” (Mateus 13, 19).
A parábola do semeador é de vital importância para compreendermos o lugar da Palavra de Deus semeada em nosso coração, porque o que Jesus tem feito, o que a Igreja tem feito, é semear a Palavra, a Palavra que faz o Reino de Deus acontecer. O Reino de Deus vem em sementes – talvez você ache a semente uma coisa insignificante, pequena, desprezível, mas é nela que está contida toda a árvore. Assim como o embrião, que está no ventre da mãe, já contém toda a vida, assim também a semente já contém toda a árvore; da mesma forma, a semente da Palavra já contém todo o Reino de Deus.
É preciso cultivar a semente, cuidar para que ela cresça, para que ela não seja sufocada, esmagada e desprezada, porque se ela [semente] é bem cuidada, se ela é bem acolhida, ela vai crescer e se tornar uma árvore esplendorosa e vai produzir muitos frutos.
A primeira coisa para que isso aconteça: atenção ao escutar a Palavra de Deus, não deixe que as distrações da mente e as distrações do lugar onde você está tomem a atenção que a Palavra de Deus quer ter no seu coração – lugar único, nós não podemos colocar a Palavra de Deus junto com nenhuma outra coisa. Ou nós damos a primazia à Palavra de Deus ao escutá-la ou ela não vai produzir frutos em nós.
Do outro lado é preciso criar raízes, é preciso ouvir essa Palavra e deixar que ela entre na profundidade do nosso ser, porque só a Palavra enraizada em nós fecunda, cresce e produz frutos. Muitas vezes passamos anos ouvindo a Palavra de Deus, escutando a Palavra do Senhor e não permitimos que ela crie raízes em nosso coração.
A outra coisa necessária para isso é não sermos vencidos pelas preocupações do mundo e pelas ilusões da riqueza, porque tanto o excesso de preocupações como a ilusão com os bens materiais, com as riquezas deste mundo, sufocam a força da Palavra de Deus em nosso coração.
Por essa razão você precisa realmente dar o primeiro lugar à Palavra de Deus ao buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus; o restante virá em consequência disso. Não sufoque, não coloque de escanteio e não despreze a Palavra de Deus, porque, ao ser bem acolhida e ao entrar na essência e com profundidade em nosso coração, ela produzirá muitos frutos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/07/2014

VEJA MAIS HOMÍLIAS EM:
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a tua Palavra Criadora – o Cristo, encarnado em Jesus de Nazaré – seja o nosso guia, a nossa força e o nosso companheiro na jornada que nos concedes por esta terra cheia de encantos, por esta vida plena de dádivas preciosas. Faze-nos agradecidos e generosos na partilha dos teus dons com os companheiros da caminhada. Pelo mesmo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.