ANO C
Lc 1,26-38
Comentário do
Evangelho
Maria, é a mulher que acolhe a Palavra e se deixa conduzir por ela.
O anúncio de Gabriel a Maria faz parte dos relatos
denominados de evangelhos da infância. Está relacionado com a gravidez de
Isabel. Isto porque os evangelhos da infância estão construídos num paralelismo
constante entre João Batista e Jesus, com a finalidade de mostrar que Jesus é
maior que João; que João é o precursor e Jesus, o Messias. O relato enfatiza a
iniciativa absoluta de Deus na encarnação do seu Filho. A iniciativa de Deus
conta com a colaboração de Maria, que, modelo do discípulo, é a mulher que
acolhe a Palavra e se deixa conduzir por ela: “Eis aqui a serva do Senhor!
Faça-se em mim segundo a tua palavra” (v. 38).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe modelar pelo exemplo
de Maria, a serva humilde que se fez capaz de assumir, com total
disponibilidade, o projeto de Deus.
Fonte: Paulinas em 07/10/2013
Vivendo a Palavra
O encanto da cena está na simplicidade. Na cidade
pequena e esquecida, em casa humilde de pessoas puras, o Senhor encontra espaço
para se manifestar e envia seu Mensageiro. Não seria este o apelo que
deveríamos entender? Buscar as coisas simples da vida, adotar comportamento
leve e alegre como norma, porque sabemos que somos filhos criados por Amor?
Fonte: Arquidiocese BH em
07/10/2013
Vivendo a Palavra
«Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a
tua palavra.» A realeza de Maria que celebramos hoje reside na entrega
incondicional de sua vida ao Pai Misericordioso. Que nossa admiração não se
esgote nos ritos da festa, mas se manifeste no seguimento do exemplo da Mãe que
o Senhor nos concede.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/08/2016
VIVENDO A PALAVRA
Maria nos ensina que devemos estar sempre
atentos aos sinais de Deus. Mesmo perplexa diante do anúncio da concepção do
Verbo de Deus em seu seio virginal, ela não vacila e se declara escrava do
Senhor. Digamos com ela: “Faça-se em nós segundo a tua Palavra, amado Pai!”
Reflexão
Jesus se insere na história da humanidade e, ao
fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume
em tudo a condição humana, menos o pecado Ao comemorarmos a Imaculada Conceição
da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo,
pois a Imaculada Conceição de Maria está condicionada ao nascimento de Cristo,
uma vez que Deus estava preparando o ventre digno de receber seu próprio Filho.
Com isso, podemos perceber a ação do Deus que é Senhor da história e que,
agindo na própria história da humanidade, conta com a colaboração de todos para
a realização do seu plano.
Fonte: CNBB em 22/08/2016
Reflexão
Esta
memória litúrgica foi introduzida na Igreja pelo papa Pio XII, em 1954. Fixada
para este dia, a celebração quis pôr em relevo a estreita ligação que há entre
a dignidade régia da Mãe de Deus e sua Assunção aos céus (cf. Missal
cotidiano). Ao longo da história da Igreja, muitas características foram
acrescentadas ao título “Rainha”: “Rainha dos Apóstolos”, “Rainha da paz”… Não
se trata de poder ou domínio atribuídos a Maria, mas de plenitude da bondade
espiritual que ela derrama sobre a humanidade. Sua realeza é toda de ternura. O
título “Rainha”, portanto, não estabelece distância entre Maria e a nossa
pequenez. Ao contrário, lembra a vocação real de todos à dignidade de filhos e
filhas de Deus, que Maria não só realizou em si mesma, mas que também nos ajuda
a conseguir com seu ser e ação.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Que sentido tem o Rosário em sua vida? - Em sua
comunidade reza-se o Rosário? - O Rosário se divide em quatro conjunto de
mistérios: gozosos, dolorosos, gloriosos e mistérios da luz. Quais mais lhe
agradam? - Conhece alguma família que reza o Rosário? - Qual foi a última vez
que você teve um Rosário em mãos?
Fonte: a12 - Santuário
Nacional em 07/10/2013
Meditando o evangelho
CONCEBIDA SEM PECADO
A festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em
Maria como a perfeita discípula que correspondeu plenamente aos anseios de
Deus, movida pela graça. A fidelidade de Maria decorreu de um especial dom
divino, o dom de nascer mais integrada do que nós, com mais capacidade de ser
livre e de acolher a proposta divina.
O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a
saudou como “repleta de graça”. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube
colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa
vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”. Uma
tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a
plenitude da graça permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o
projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi
preservada do pecado.
A condição de agraciada por Deus não a eximiu do
esforço de ser peregrina na fé, necessitada de crescer e de aprender, como
acontece com todo ser humano. Sua originalidade consistiu em ter trilhado um
caminho sempre positivo, sem fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao
próprio querer. A grandeza de seu testemunho de fé expressou-se na humildade
com que o viveu, num contínuo esforço de discernir a vontade de Deus e em ser
solícita em cumpri-la.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a
perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar
solícita em realizá-la.
Fonte: Dom Total em 22/08/2016
Meditando o evangelho
SUPERANDO O PECADO ORIGINAL
A celebração da Imaculada Conceição de Maria leva-nos reconhecer a
possibilidade de superar a marca do pecado, que acompanha a história da
humanidade. É possível considerar isso como uma forma de reversão da história:
finalmente, alguém viu-se totalmente livre da tirania do pecado.
A experiência de Maria é melhor entendida, se a confrontamos com a de
Eva. A primeira mulher, criada para a plena comunhão com Deus, deixou-se
envolver pela força dos instintos, a ponto de romper com o Criador.
Maria, a mãe do Redentor, mostrou-se tão radicalmente fiel a Deus, a ponto de
não ser contaminada pelo pecado. Aquela foi a "mãe de todos os
viventes", que contaminara, com sua infidelidade e pecado, todas as
gerações humanas. Aquela que traria em seu ventre o Salvador, ao invés, por sua
fidelidade transformou-se em fonte de bênção para a humanidade que seria
redimida por seu Filho. Enquanto Eva representa a humanidade que passa da graça
ao pecado, Maria, pelo contrário, aponta para a humanidade que supera o pecado,
e se volta totalmente para a graça de Deus.
Quando o anjo chamou Maria de "cheia de graça", estava
indicando a profundidade do enraizamento da graça no coração dela. Com isto,
apresentava-a como exemplo de humanidade salva por Jesus: o ser humano como
saíra das mãos do Criador.
(O comentário do Evangelho abaixo é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de perfeita santidade, como Maria, plenifica com a graça de
Deus o meu coração, de forma a não sobrar espaço para o egoísmo e o pecado.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Mãe Rainha
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
Em nosso imaginário quando falamos em Rainha, pensamos na da
Inglaterra, ou nas que aparecem nas histórias infantis, uma senhora poderosa,
sentada em um trono, que tem tudo e todos a seus pés. Linhagem nobre,
classe elitizada. Vamos ser sinceros, essa imagem não condiz com a humilde
Maria de Nazaré, casada com José, que teve o seu filho em uma cocheira
rodeada de animais, por não acharem lugar em uma hospedaria. A Maria Dolorosa
aos pés da cruz, vendo seu amado filho agonizante ali pendurado. Rainha
desse jeito?
A Mãe de um Rei é Rainha, se formos entender a palavra
Rei, em seu contexto e significado, vamos chegar a essa mesma conclusão: Que
Rei é Jesus? Ele mesmo dirá diante de Pilatos “O meu Reino não é deste
mundo”, quer dizer, não é um reino imposto a força, com seus poderes bélicos,
dominando, conquistando á força seu reinado. Esses títulos atribuídos a Maria e
seu Filho, como Rei e Rainha, ganharam notoriedade na Idade Média, quando a
Igreja detinha o poder civil e religioso. Entretanto, a tradição da
Igreja preservou esses títulos de realeza, tanto de Jesus como de Maria, mas
sobre outro prisma...
De fato Maria é Rainha, tanto dos apóstolos, dos mártires, dos
confessores, das Virgens, da Paz, dos anjos e do Céu como a saudamos na
Ladainha, ou como a louva a conhecidíssima antífona “Rainha do Céu, alegrai-vos
aleluia, porque merecestes trazer em vosso seio, ressuscitou como disse
aleluia, exaltai a Deus aleluia, Exultai e alegrai-vos ó Virgem Maria, porque o
Senhor ressuscitou Verdadeiramente aleluia!”.
Entre as Criaturas de Deus Maria está em um grau mais elevado
dada a sua grande importância na obra da Salvação, que não poderia acontecer
sem o seu SIM. Este título de Rainha exprime então o pensamento de a
Santíssima Virgem se avantajar a todas as ordens de
santidade e de virtude, Rainha dos meios que levam a Jesus Cristo, e de
que, sendo Rainha assunta ao Céu, já era sobre a terra, isto é, Rainha
reconhecida pela terra e pelo céu como sendo a criatura mais perfeita e
mais avantajada em toda a santidade e semelhança de Deus Criador!
Indiscutível a Soberania de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
Rainha do Céu e da Terra mas sempre sobre esse modo de olhar diferente, pois
Maria é Rainha em um Reino que não é daqui e onde a ordem é sempre invertida. Basta
vermos como conclui esse belo evangelho da Anunciação “Eis aqui a Serva do
Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”. Serva de Jesus, seu Filho,
Serva de Deus e Serva dos homens, Maria de Nazaré não fez outra coisa nesta
vida senão servir, começando com Isabel sua parenta avançada em idade e que se
achava grávida por obra do Espírito Santo.
O título de Rainha vem da sua relação íntima com Jesus, Rei
do Universo, porque todas as coisas foram colocadas a seus pés, pelo Pai que o
Glorificou com a Ressurreição. Porém, também Ele se fez Servo do Pai e Servo de
todos. Maria é então essa Rainha Servidora, que longe de exigir que todos
se curvem diante dela, é ela que se curva diante de todos, que o diga este
verso do Magnificat “O Senhor olhou para a Humildade de sua Serva!”.
Que como súditos de Maria, possamos em nossas comunidades
ser também servidores, atendendo assim aos desejos da nossa querida Rainha,
fiéis á Vontade do Pai!
2. O anjo entrou onde ela estava
Tendo sido elevada ao céu em corpo e alma, Maria mergulha no
mistério da Trindade e está para sempre, como sempre esteve, com o Pai, o Filho
e o Espírito Santo. Mãe do Salvador, imaculada sempre virgem, cheia de graça,
ela é naturalmente a rainha do céu e da terra, por ser Mãe daquele a quem
pertencem o reino, o poder e a glória para sempre. O principal argumento em que
se funda a dignidade régia de Maria é sem dúvida a maternidade divina. O Filho,
que Maria dá à luz, recebe o trono de Davi, seu pai, e reina na casa de Jacó
eternamente, e seu reino não terá fim. Maria é rainha, por ter dado a vida a um
Filho, que no próprio instante da sua concepção, mesmo como homem, era rei e
senhor de todas as coisas. Dela escreveu São João Damasceno dizendo: “Tornou-se
verdadeiramente senhora de toda a criação, no momento em que se tornou Mãe do
Criador”. E nós, na simplicidade de filhos, dizemos: “Salve Rainha, Mãe de
misericórdia!”.
Liturgia comentada
Cheia de graça! (Lc 1, 26-38)
É assim que o Anjo Gabriel se dirige à Virgem de
Nazaré. A saudação original registrada por São Lucas [em grego:
“kecharitoméne”] faz referência a uma graça foi que recebida em plenitude,
desde o passado e de modo definitivo. Fala de uma presença ativa e atuante de
Deus na pessoa e na vida de Maria. Afinal, a jovem Maria de Nazaré fora
escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador!
Hoje, celebramos Nossa Senhora Rainha. Mesmo que
o tempo da monarquia tenha passado, o povo simples ainda quer que ela reine em
suas vidas, ao lado do Rei Jesus. Sim, a Mãe do Rei é Rainha. Alguns recusam
tais termos, porque só pensam no absolutismo do poder real, mas não se lembram
do cuidado, do zelo e da dedicação do Rei por seu povo.
Continuemos invocando nossa Rainha, como faço em
um de meus poemas
“Cheia de Graça”:
Ainda é noite. Há escuridão lá fora
E a tempestade os páramos perpassa...
Acendo a vela e clamo sem demora:
- Cheia de Graça!
Dentro do peito, a angústia me devora...
A treva densa o coração amassa...
Maria vem e prenuncia a Aurora:
- Cheia de Graça!
Ruge o leão e o medo me apavora,
Seu hálito de fel o olhar me embaça!
Em grito um Nome e o mal se vai embora:
- Cheia de Graça!
Se a morte vem e a face me descora,
O alfanje armado em sua eterna caça,
Invoco lá do céu minha Senhora:
- Cheia de Graça!
Orai sem cessar: “Ave, Maria, cheia de graça!”
Texto de
Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
HOMILIA DIÁRIA
Maria é para nós modelo de entrega a Deus
Maria nos ensina a sermos de Deus, a nos
tornarmos bons súditos e servos do Reino no qual ela também se fez serva
“Não tenhas medo, Maria, porque
encontraste graça diante de Deus.” (Lucas 1, 30)
Celebramos, hoje, a coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu
e da Terra, e quem a está coroando e reconhecendo como Rainha e Senhora é o
próprio Deus.
A coroação de Maria é o reconhecimento do Senhor por aquilo que
Ele fez no coração e na vida da Bem-aventurada. A coroação não é pelos méritos
dela ou porque ela é deusa ou semideusa. Maria é mulher como qualquer uma de
nossas mulheres; tão mulher, tão serva de Deus e humilde.
Deus pega uma criatura tão pequena, considerada muito simples
para o lugar onde nasceu e viveu, Ele escolhe os pequeninos, não escolhe os
maiores nem os mais importantes, e em cada um faz grandes coisas.
A Virgem soube aproveitar cada uma das coisas que Deus foi
realizando em sua vida; ela respondeu com fidelidade, amor e oblação, ou seja,
submissão à sua vontade, à vontade de Deus e aos desígnios divinos para a sua
vida.
Coroar Maria é reconhecer nela a humanidade salva e redimida, é
coroar a fidelidade e reconhecer nela uma mulher que foi inteira de Deus, pois
Ele é o primeiro na vida dela.
Quando reconhecemos que Nossa Senhora é Rainha do Céu e da
Terra, queremos reconhecer que ela é rainha do nosso coração e da nossa vida.
Cada um tem direito de ter seu rei e sua rainha na vida. Jesus é Rei de nossas
vidas! Há rainhas em tantos lugares e países! Há rainha do basquete e do vôlei,
dessa ou daquela situação; precisamos dizer que nós temos uma Rainha no nosso
coração e na nossa vida.
Maria é para nós modelo, escola, serviço e entrega ao Reino de
Deus. Quando aprendemos com ela como devemos ser de Deus, tornamo-nos bons
súditos e servos do Reino no qual ela também se fez serva.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, que nos deste Maria, a Mãe de Jesus,
como nossa Mãe, ilumina-nos para que a adotemos como exemplo para a nossa
existência. Seguindo Maria, estaremos bem perto do Cristo, teu filho que se fez
nosso irmão, pelos caminhos deste mundo encantado, já concretizando aqui,
embora ainda não na sua plenitude, os sinais do teu Reino de Amor.