Nada é impossível... Lc 1, 26-38
Para os racionalistas, em nosso mundo
há coisas possíveis e coisas impossíveis. Assim, eles se empenham em negar a
hipótese do milagre. Afinal, se Deus existe e deu à matéria as suas leis
físicas, químicas e biológicas – argumentam eles -, o próprio Criador acaba,
agora, prisioneiro de suas leis e está proibido de alterá-las aqui no tempo dos
homens.
Ora, o incômodo Evangelho de hoje –
quando a Santa Igreja celebra, jubilosa, a Imaculada Conceição de Nossa Senhora
– apresenta de uma só tacada dois dos “impossíveis” para os homens: a gravidez
de Isabel, uma estéril, e a gravidez de Maria, uma virgem.
Não é que Deus queira brincar com
nossas limitações humanas. O Senhor apenas demonstra que está decidido a mudar
nossa história, livrando-nos do pecado e trazendo a salvação ao nosso alcance.
Se, para isso, é preciso demonstrar que tudo está sob o seu domínio e senhorio
- mesmo as nossas impossibilidades -, ele o fará sem maiores pudores.
Uma vez, em viagem missionária a
Irapuã, SP, vivemos um momento de oração logo após cantar meu cântico “Nossa
Senhora dos Impossíveis”, inspirado em relato do saudoso Dom Valfredo Tepe,
então Bispo emérito de Ilhéus. Naquele momento, convidei os presentes a
entregarem seus impossíveis a Mãe de Deus. Uma senhora, estéril, casada há doze
anos, e que já esgotara os recursos da medicina na tentativa de ter um filho,
ousou fazer tal entrega. Em algumas semanas, já de volta a Belo Horizonte,
recebi a notícia de que ela engravidara poucos dias depois daquele encontro.
Quando revisitei Irapuã, pude conhecer o filho impossível... para os homens...
Na solenidade da Imaculada Conceição, a
Igreja lembra que Deus preparou Maria de modo especial para sua missão como Mãe
de Deus. Simples e pobre, jovem roceirinha de Nazaré, Deus tornou possível sua
missão única e inigualável, ao fazê-la cheia do Espírito Santo.
Da mesma forma, se nos deixarmos encher
pelo mesmo Espírito, daremos conta de nossa missão, com tudo o que ela nos
apresentar de possível e de impossível...
Orai sem cessar: “Com Deus,
realizaremos grandes feitos!” (Sl 60 [59], 14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
8 de dezembro – 2º DOMINGO DO ADVENTO – IMACULADA CONCEIÇÃO
O SENHOR ESTÁ CONTIGO!
I. INTRODUÇÃO GERAL
O pecado e a encarnação aparecem na
bíblia como dois movimentos que têm por objetivo a eliminação do abismo entre o
Criador e a criatura. O pecado significa que o ser humano quis superar a
distância que existe entre ele e seu Criador, pretendendo fazer-se igual a
Deus. A encarnação é o movimento inverso. Deus, de fato, superou a distância
entre nós e ele, quando o Verbo eterno se fez homem.
II. COMENTÁRIO DOS
TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Lc
1,26-38): Faça-se em mim conforme a tua palavra
O evangelho de hoje nos apresenta um
modelo de colaboração no propósito de Deus para a salvação humana. O texto
enfatiza dois aspectos principais: a presença eficaz de Deus que realiza o seu
propósito e a colaboração humana que diz “sim”. Em Maria, vemos esses dois
aspectos se realizarem. A atitude dela se torna, para nós, um paradigma a ser
seguido.
O texto é bem estruturado e nos
apresenta a realização das promessas feitas ao povo de Israel no passado. Todo
o discurso está permeado de alusões às profecias messiânicas do Antigo
Testamento (cf. Is 7,14; 49,6; 2Sm 7,12-14). Com isso se quer conectar o
cumprimento das promessas salvíficas a este menino cujo nascimento constitui o
início de sua efetivação.
Alguns termos são de extrema
importância e nos ajudam a compreender melhor o sentido profundo desse texto.
A saudação contém duas expressões
importantes: “cheia de graça”, uma alusão à alegria messiânica que ora se
inicia, e “o Senhor está contigo.” Esta última expressão não é dita a pessoas
em circunstâncias normais, ainda que possa haver exceções (cf. Rt 2,4), mas se
refere ao povo de Deus em sua totalidade ou a alguma pessoa que Deus tenha
convocado para realizar um trabalho árduo. A presença eficaz de Deus dirige a
pessoa à finalidade proposta por ele.
A expressão “cobrir com sua sombra”
faz alusão à nuvem que cobria o tabernáculo no deserto, representando a glória
de Deus que ali habitava (cf. Ex 40,34). A mesma expressão é utilizada no texto
da transfiguração (cf. Lc 9,34), porque era símbolo da presença de Deus. O
tabernáculo no deserto era chamado de Tenda do Encontro (cf. Ex 27,21), pois
ali Deus se encontrava com o ser humano através da representação da nuvem.
Dessa forma, quando o texto, ao se referir a Maria, utiliza a expressão “cobrir
com sua sombra” a identifica com a Tenda do Encontro, e significa que no útero
dela Deus e o ser humano se encontram no Menino que vai nascer.
Ante a vontade de Deus, Maria deu a
resposta: aceitou. Ela proclama-se “serva do Senhor”, frase usual no ambiente
oriental quando um subalterno se dirige ao seu superior com o propósito de
aceitar seus desígnios. Essa disposição para a obediência é uma manifestação de
confiança (fé) na Palavra de Deus.
2. I Leitura (Gn
3,9-15.20): Onde estás?
O texto de Gn 3,10-11 alerta sobre a
inviabilidade atual do propósito divino de habitar com a criação, pois o casal
humano, em decorrência do pecado, se esconde de Deus. E como o ser humano é o
responsável pela criação, então, esta, em sua totalidade, fica afastada de
Deus. Por isso, para a fé de Israel a presença divina na criação somente poderá
ser eficaz quando o ser humano parar de se esconder de Deus, isto é, quando a
humanidade ouvir a voz daquele que a interpela: “Onde estás?” (Gn 3,9). A
escuta da voz de Deus possibilitará ao ser humano o arrependimento que, no
sentido bíblico, significa “retorno” à aliança ou à “colaboração” (trabalhar
junto) com Deus.
O pecado, muito mais que uma revolta
contra Deus, é um aviltamento da natureza do ser humano. O chamado de Deus
procura reconduzir a humanidade — e, com esta, a criação inteira — à sua
própria dignidade. Assim, o arrependimento (ou a colaboração) do ser humano significa
a criação retornando ao seu verdadeiro propósito.
Quando cada ser humano se arrepender,
então, manifestar-se-á toda a beneficência da criação. E, quanto mais se
retarda o arrependimento do ser humano, mais demora a presença divina na
criação. Assim sendo, a plena manifestação da criação em sua beneficência
depende da decisão humana. O mundo vindouro não significa apenas a vinda de
Jesus, mas é também o retorno do ser humano para Deus. É o retorno do Criador
(cf. Is 52,8) e da criatura.
3. II Leitura (Ef
1,3-6.11-12): Santos e imaculados diante de Deus
A segunda leitura consiste num hino
cristológico (a Cristo) com forte teor batismal. Seu tema principal é a obra de
Deus através de Cristo. As consequências dessa obra no ser humano são a
filiação divina, o perdão dos pecados, o tornar-se membro do Corpo de Cristo e
a ação santificadora do Espírito Santo. Todos esses temas fazem parte de uma
catequese batismal. Portanto, o hino também esclarece o sentido do batismo para
nós.
A partir desse texto, fica esclarecido
que, antes de tudo, a eleição (vocação à filiação divina) não é algo acidental.
A encarnação não aconteceu para resolver o problema do pecado humano. Quer
dizer, a encarnação não foi determinada pelo ser humano, não é consequência de
suas ações. A eleição que recebemos para nos tornar filhos de Deus faz parte do
propósito divino desde toda a eternidade. A eleição do ser humano em Cristo é
anterior à criação. Deus tomou a iniciativa de nos tornar filhos no Filho.
Por isso, desde toda a eternidade, cada
ser humano é chamado a ser “sem mancha” (imaculado, v. 4). Esse termo (ámomos), no Antigo Testamento, designava o cordeiro do sacrifício (cf. Lv
1,3.10) e muitas vezes é traduzido em português por “sem defeito” ou
“irrepreensível”, mas literalmente significa “sem mancha” ou “imaculado”. No
Novo Testamento, o mesmo termo se refere à vida daquele que se une a Cristo.
É fato que o ser humano sempre pecou,
apesar de ter recebido um chamado, desde toda a eternidade, para ser santo e
imaculado. E já que “todos pecaram” (Rm 3,23; 5,12) a graça da encarnação (a
vida inteira de Jesus) se tornou redenção, libertação da tirania do pecado que
escraviza o ser humano.
Como a graça é anterior ao pecado,
pois é anterior à criação (v.4), a eleição significa que somos atingidos pela
graça desde o primeiro momento de nossa existência. Disso decorre que a
vivência do batismo é a adesão consciente e livre à graça da eleição eterna que
se opõe ao pecado e realiza em nós aquilo a que fomos chamados: ser santos e
imaculados diante de Deus.
III. PISTAS PARA
REFLEXÃO
Maria, dotada de “uma santidade
inteiramente singular” (LG 56), representa a humanidade nova redimida por
Cristo, ou seja, a Igreja.
A homilia deve mostrar que esta festa
mariana harmoniza-se com o espírito do Advento. Enquanto a Igreja se prepara
para a vinda do Senhor, é adequado celebrar Maria como figura da Igreja, ou
seja, da nova humanidade redimida por Cristo e chamada a ser santa e sem
mancha, conformando-se à vontade do Criador.
Uma exaltação exagerada a Maria pode
quebrar o dinamismo litúrgico do Advento que enfatiza a espera pelo Senhor. Uma
ênfase exagerada nos privilégios de Maria, pode também favorecer uma devoção
desraigada de Cristo. Pode, além disso, ofuscar o papel da graça da eleição à
filiação divina, vocação de todo ser humano, a qual foi decidida desde toda a
eternidade, age desde a criação e vai se consumar na segunda vinda de Cristo.
Maria teve papel singular na história da salvação e não deve ofuscar a obra
redentora de Cristo. A homilia deve remeter-se a Cristo, o protagonista, e
deixar a Maria o papel de coadjuvante, a saber, a de representante da
humanidade renovada pela redenção realizada por Jesus.
Aíla Luzia Pinheiro
Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
8 de dezembro:
Imaculada Conceição
O SIM AOS PLANOS DE DEUS
Maria é o grande dom de Deus em
benefício da humanidade não pelo fato de ter sido a mãe de Jesus, mas
principalmente por ter dado seu “sim” ao projeto de Deus. Dom que ainda não
descobrimos em toda sua beleza e em todo seu esplendor.
Não se trata apenas de pesquisar ou
indagar aquilo que Maria fez e falou, querer saber sobre sua missão e seus
privilégios. É preciso contemplá-la principalmente em sua realidade de mulher,
em sua identidade humana e em seu jeito de ser igual a qualquer outra mulher.
O Concílio Ecumênico Vaticano II,
realizado há cinquenta anos, apresentou-nos a devoção a Maria em seus aspectos
bíblicos, ecumênicos e antropológicos. Houve verdadeira redescoberta de Maria
numa Igreja que se voltou para os esquecidos, os sem-privilégios e os
empobrecidos.
Ela, porém, não pode ser vista apenas
como a mãe dos deserdados, mas também como a mulher das grandes decisões,
aberta à ação do Espírito Santo, envolvida na divulgação da fé e disposta a
colaborar com os planos do Pai.
Repensando no mistério daquela que
foi preservada do pecado original, precisamos crer que também a nós é possível
derrotar o mal que nos ameaça. Acreditar, acima de tudo, que podemos acabar com
o ateísmo e a falta de fé em que a humanidade está mergulhada.
Maria é proclamada feliz e cheia de
graça porque o Senhor está com ela, assim como está com as mulheres e os homens
de todos os tempos. Acreditar na presença de Deus caminhando com o ser humano e
assumir o compromisso que isso exige é o grande desafio de hoje.
Maria nos mostra que o mal pode ser
vencido, mas só se tivermos a coragem de dar nós também o “sim” a Deus. Não
esquecendo que dizer “sim” a Deus é dizer “sim” também ao ser humano, que busca
vida e dignidade.
Pe. Virgílio, ssp
8 de dezembro – IMACULADA CONCEIÇÃO
LIBERDADE PARA GERAR VIDA
O pecado é uma desonra. Ele mancha o projeto de Deus. Humilha o
que há de mais humano em nós e desfigura o dom mais sagrado que recebemos de
Deus: a vida. Por isso, dizer que Nossa Senhora é imaculada, isenta da desonra
do pecado, é dizer que ela é livre. E mais: é dizer que Deus é absoluto.
Em Maria começa nova criação. Não a partir do nada, mas pela força do
Espírito Santo, que reveste de vida um mundo marcado pelo pecado. Concebido do
seio da virgem, é Deus que nos dá Jesus. Maria está em função do projeto
salvador. A salvação que Deus nos oferece é graça,mas não exclui a participação
da humanidade.
A concepção virginal de Maria é símbolo e realidade da nossa obediência
a Deus. Maria realiza exemplarmente o ser humano.Em sua virgindade se manifesta
quem é Deus. Ele escolhe o fraco, o sem sentido.
Mas não foi algo automático. Maria trilhou durante sua vida o caminho do
amadurecimento da fé e de sua relação com Deus. Esse caminho todo cristão é
também chamado a trilhar. Veja-se a lógica de Deus: ao escolhê-la, mulher pobre
e humilde, de um lugar longínquo (Galileia), ele escolhe os fracos e
desprezados. A figura de Maria, portanto, restaura e valoriza a dignidade da
mulher e, assim, de todos os humilhados do mundo.
Sua maternidade virginal aponta para a ação de Deus, que toma a
iniciativa de comunicação íntima com a humanidade. Maria é a criatura aberta à
comunicação de Deus. Por isso, é a mais humana. Acolhendo o Verbo encarnado em
seu seio, realiza plenamente o ser humano, direciona-se à transcendência,
supera o passageiro e aponta para a realização escatológica, o futuro em Deus.
Quanto mais alguém realiza a comunicação com Deus, mais humano se torna.
Portanto, na figura de Maria, o gênero humano alcançou a mais alta
comunicação com Deus. A gestação do Filho, que nela se deu particularmente em
seu corpo, ocorre em todo ser humano aberto à vontade divina.
Maria é o símbolo da entrega a Deus, da obediência da fé. Sua
maternidade é modelo da Igreja que gera filhos e filhas pelo batismo, mediante
a fé. Trata-se de maternidade entendida não só como dignidade, mas como um
serviço a todo o gênero humano. Maria é a serva do Senhor (Lc 1,38), nela se
cumpre a Palavra. Seu serviço é humilde e comporta humilhação. Sua existência é
um itinerário de fé, no qual se manifesta a perseverança no serviço a Deus, na
obediência ao chamado.
Em Maria está provado que o ser humano é capaz de receber o dom de Deus.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito,
ssp
Liturgia de 08.12.2013
Imaculada Conceição de Maria
A Voz do Pastor
Imaculada Conceição De
Maria
Domingo 08/12/13
Canal
do Youtube: arqrio
Que a Imaculada Conceição de Maria brilhe
sobre nós!
Peçamos a Virgem Maria que nos mostre o caminho. Peçamos que a sua
Imaculada Conceição brilhe sobre nós para nos ajudar a combater o pecado em
nossa vida.
“O anjo entrou onde Maria estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de
graça, o Senhor está contigo!’” (Lc
1,28).
Nós, hoje, celebramos a pedra preciosa do coração de Deus, a
pedra e a pérola preciosa na qual Deus enalteceu o Seu Reino, na qual o Reino
de Deus se manifestou entre nós.
É óbvio que Jesus é o Nosso Salvador. Somente Ele é o nosso
Redentor, Aquele que nos salva. Mas Jesus quis ser precedido por uma “aurora
luminosa”, que veio preparar e aguardar Sua vinda. Essa aurora luminosa é a
Imaculada Conceição da Bem-aventurada – a sempre Virgem –
Maria.
O que hoje nós celebramos em festa, meus irmãos, é a forma como
a Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Jesus, foi concebida, como ela foi pensada
por Deus. Uma vez que nos perdemos, nós nos tornamos os “degradados filhos de
Eva”, porque Eva foi a primeira mulher criada sem pecado. Deus quis uma nova
humanidade, uma nova criação e pensou no “novo Adão” e também na “nova Eva”
[quando Adão e Eva desobeceram a Ele e pecaram].
Se o Senhor Jesus é o “novo Adão”, se Ele, sim, veio para ser o
Homem por excelência, para salvar a humanidade do pecado, Ele quis ter uma Mãe
santa, desde o momento de sua concepção. A “nova Eva”, que nós celebramos na
Igreja hoje é Maria. Ela foi pensada por Deus e concebida por Ele sem pecado
– já no ventre de sua mãe – por privilégio, por graça,
por escolha do próprio Deus.
Por que a Virgem Maria é Imaculada? Por que ela foi concebida
sem pecado? Por uma simples questão: primeiro, porque Deus quis. Foi Ele quem
quis em vista dos méritos do Seu Filho, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
Ele quis que a Sua Mãe fosse guardada, preservada. Um privilégio que Deus
concedeu a ela.
Mas, sabe, cada um de nós recebeu privilégios de Deus. E quanto
maior é o privilégio, maior é a graça, e maior também é a
responsabilidade.
Nós, hoje, exaltamos Nossa Senhora, não só porque ela foi
concebida sem pecado, mas porque ela conservou a graça, porque ela foi fiel a
essa graça e viveu uma vida de acordo com a vontade do Senhor.
Nós, pobres pecadores, miseráveis homens, muitas vezes,
sucumbimos a nossas faltas, pecados e fazemos até crescer o pecado em nós.
Olhemos, hoje, para a Santíssima Virgem Maria, a Imaculada, a sem pecado.
Recorramos à sua proteção de Mãe. Peçamos a ela que nos mostre o caminho, a direção.
Peçamos que a sua Imaculada Conceição brilhe sobre nós para nos ajudar a
combater o pecado em nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Em união com todos que se encontram neste ambiente
virtual,
iniciamos nossa Leitura Orante do Advento, com a
Canção do Advento
Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!
1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!
2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!
3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!
4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!
5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!
6. Ó vem, como chega o Libertador
1- LEITURA (VERDADE
- O que a Palavra diz?
Leio com toda atenção, na minha Bíblia, o texto do Evangelho: Lc 1,26-38.
O lugar onde acontece este fato é uma pequena aldeia da Galileia: Nazaré. A
pessoa a quem Deus envia seu mensageiro é uma jovem como as outras de seu
tempo: Maria. Fica preocupada e pede explicações. Por isso, fica sabendo que o
que lhe acontecerá é obra do Espírito Santo e que o Menino do qual será Mãe é o
próprio Filho de Deus. Sabendo que a Deus nada é impossível, com fé, faz seu
ato de disponibilidade ao Projeto de Deus: “Eu sou uma serva de Deus; que
aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!” Aprendo com Maria a buscar
perceber os sinais de Deus, a dialogar com Deus, a ouvi-lo, a discernir a
vontade de Deus e a dizer “sim”.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
- O que a Palavra diz para mim?
Como acolho os “anúncios” de Deus na minha vida?
Muitas vezes o anúncio é para
uma mudança de vida, outras é o imprevisto que me faz trocar meus projetos,
outras vezes um problema de saúde, no trabalho, em família. Respondo com fé e
disponibilidade?
O anúncio de Nazaré continua hoje, de muitas formas e através de muitas
pessoas. Os bispos nos ajudam nesta reflexão:
“A Virgem de Nazaré teve uma
missão única na história da salvação, concebendo, educando e acompanhando seu
filho até seu sacrifício definitivo. Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus
discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce
diretamente da hora pascal de Cristo: “E desse momento em diante, o discípulo a
recebeu em sua casa” (Jo 19,27). Perseverando junto aos apóstolos à espera do
Espírito (cf. At 1,13-14), ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária,
imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente. Como mãe de
tantos, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e
o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem como uma família,
a família de Deus. Em Maria, encontramo-nos com Cristo, com o Pai e com o
Espírito Santo, assim como com os irmãos.”( DAp 267).
3- ORAÇÃO (VIDA)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Agora, canto com o Padre Zezinho a canção que é uma oração a Maria,
Estamos no 2º Domingo do Advento. Vamos acender a 2ª vela e rezar:~
Outra vela, na coroa, acendemos,
Penitentes nos caminhos do Senhor.
Consolando os aflitos, busquemos.
Novos céus e nova terra, com ardor!
Uma vela, na coroa, acendemos,
Toda sombra se esvai com sua luz;
Vigilantes, o Senhor esperemos:
Chegou o tempo do Advento de Jesus!
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Quero hoje perceber melhor os anúncios de Deus e com fé e disponibilidade vou
dar minha resposta.
BÊNÇÃO
A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!
Sugestão:
Leia, na íntegra, a Exortação apostólica Evangelii Gaudium, do papa Francisco,
acessando:
http://paulinascomunica.blogspot.com.br/
Irmã Patrícia Silva, fsp
Pai Santo, dá-nos um coração
simples e nos transforma em crianças do teu Reino de Amor. Que nós sigamos pela
vida confiantes no teu cuidado paterno e levemos aos companheiros de caminhada
a força de nossa fé e a alegria de nossa esperança. Por Jesus Cristo, teu Filho
e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.