domingo, 6 de julho de 2025

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/07/2025

ANO C


14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C – Verde

“Pedi ao Senhor da messe que mande trabalhadores.”

Lc 10,1-12.17-20

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Caros irmãos, somos enviados pelo Senhor a anunciar o seu Reino, como cordeiros no meio de lobos. As dificuldades para cumprirmos nosso chamado cristão sempre teremos, mas é fiel Aquele que nos chamou e nos envia, e da mesma forma o necessário não nos faltará.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105042/14-domingo-tempo-comum-ano-c-06-julho-2025.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste dia do Senhor nos reunimos para ouvir sua Palavra e repartir seu Corpo e Sangue, memorial da Pás- coa do Senhor. Daqui, Ele nos envia como missionários para anunciar seu amor e sua misericórdia a todos. Bendito seja Deus que nos ama e nos confia a tarefa de amar e servir aos irmãos!
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-41-14o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

RECEBER A MISSÃO E DOAR A PRÓPRIA VIDA

Vemos no Evangelho de hoje o zelo do coração de Jesus por todas as almas. O Senhor chama os 72 discípulos e os envia dois a dois a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que envie trabalhadores para a colheita”. Essa petição de Jesus é especialmente viva também para nós. Jesus recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado, nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura, que andassem de sandália e não levassem duas túnicas. E eles voltam vibrantes.
Devemos sentir-nos como se sentiram aqueles primeiros discípulos: hoje também recebemos a missão de preparar as pessoas para acolherem a chegada de Cristo. Por que Jesus faz a exigência do desprendimento? Para que os Apóstolos, e também nós, coloquemos a nossa confiança não nos apoios humanos, mas no poder da graça de Deus. Quando estamos desprendidos dos bens materiais nos encontramos mais dependentes de Deus, mais necessitados da sua graça. Deus não tem por que abençoar pessoas acomodadas. Os apegamentos impedem a união com Deus porque nos prendem às coisas materiais, ficamos amarrados e não conseguimos ter a soltura necessária para falar de Deus.
Ao recomendar “não cumprimenteis ninguém pelo caminho”, Jesus não manda ser mal-educados. Não se trata de evitar as pessoas, mas de afastar um possível obstáculo ao trabalho apostólico pela dispersão, pela distração: ficar em conversas meramente humanas e não falar de Deus. Não aproveitar as situações para tocar temas fundamentais: como a fé em Deus, a prática da caridade e a frequência aos Sacramentos. Os Apóstolos receberam a sua missão e doaram suas vidas para a difusão do Evangelho em todo o mundo. Hoje, se nós conhecemos Jesus, devemos à sua generosa correspondência.
Agora nós somos os responsáveis pela missão apostólica. Todos os fiéis batizados também receberam uma vocação para a santidade e para o apostolado. Os discípulos voltam alegres e surpresos porque até os demônios se submeteram ao nome de Jesus: “não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos de que os vossos nomes estejam escritos nos céus”. Jesus parece dizer hoje a nós: se vocês forem fiéis, verão maravilhas a vida inteira, como vemos na primeira Leitura de Isaías: “Tudo isso haveis de ver e o vosso coração exultará, e o vosso vigor se renovará como a relva do campo. A mão do Senhor se manifestará em favor de seus servos”.
Uma das maiores alegrias da alma cristã é ser protagonista do encontro de uma pessoa amiga com Deus. Uma alegria indescritível, que enche de satisfação o coração. Uma alegria que compensa em muito qualquer sacrifício, qualquer desprendimento. Podemos aproveitar os nossos laços de amizade e os encontros com as pessoas mais próximas, por exemplo, por ocasião do trabalho, para falar de Deus a cada uma delas. Será um bom propósito para colaborarmos pessoalmente na missão de evangelizar, que Jesus nos confiou: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 14).
Dom Carlos Lema Garcia
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a
Educação e Universidades
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-41-14o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

Comentário do Evangelho

Enviados em missão para anunciar a Boa-Nova do Senhor


Neste domingo somos convidados a anunciar a Boa-Nova do Senhor, assumindo a missão confiada por Cristo. Em meio a desafios e dificuldades, especialmente pela grandeza da messe, é essencial manter o ânimo vivo e refletir no mundo as marcas deixadas por Jesus.
O mundo, frequentemente, nos apresenta situações contraditórias e desafiadoras que enfraquecem a fé. Contudo, a Palavra de Deus sempre oferece um caminho de consolo e esperança. Israel experimentou essa mesma situação ao enfrentar o desânimo durante o exílio. Apesar disso, o Senhor enviou seu profeta para confortar o povo e restaurar Jerusalém. A mensagem clara dessa experiência é que Deus jamais abandona os seus servos.
Em primeiro lugar, é necessário lembrar que todo discípulo verdadeiro possui uma profunda experiência com o Senhor. Sua glória não reside nele mesmo, mas no poder salvador da cruz. Essa experiência transforma-o em nova criatura, carregando consigo as marcas de Cristo. Assim, o discípulo torna-se instrumento de anúncio da Boa-Nova e colaborador ativo na transformação do mundo.
Jesus antecipou e legitimou esta missão enviando 72 discípulos para anunciar a Boa-Nova do Senhor. Eles foram enviados dois a dois, pois na cultura antiga, esse era o número mínimo necessário para confirmar um testemunho. Além disso, um discípulo deveria sustentar o outro na missão cristã.
A messe continua grande, e as demandas são muitas. Por isso, o Senhor orienta seus discípulos a rezarem continuamente, pedindo a Deus novos missionários para seguir anunciando o Reino.
Os discípulos, assim como Israel no passado, foram enviados ao meio dos lobos, símbolo das dificuldades e dos perigos encontrados durante a missão. Em meio a tais desafios, Jesus lhes ensina uma atitude de total dependência da providência divina, confiando plenamente no cuidado de Deus.
Jesus recomenda que não levem nada além do necessário, demonstrando completa entrega e confiança. Eles carregam a felicidade plena e a paz que brotam da salvação messiânica. Sua postura deve ser de abertura, tanto à acolhida quanto à rejeição. Caso sejam acolhidos, aquela casa experimentará as graças de Deus. Caso sejam rejeitados, os discípulos devem sacudir a poeira dos pés, sinalizando que aqueles que os rejeitaram assumem plena responsabilidade por essa ruptura com o Reino.
Jesus enfatiza que o Reino está próximo, deixando claro que quem rejeita seus mensageiros incorre em consequências espirituais graves. Ele menciona Sodoma, destruída por sua rejeição à mensagem divina. Tal exemplo reforça a responsabilidade de aceitar a Palavra de Deus com humildade e abertura sincera.
Após cumprir a missão, os discípulos retornam felizes, compartilhando as maravilhas que experimentaram. Realizaram sinais e milagres semelhantes aos de Jesus, testemunhando o poder recebido do Mestre, inclusive sobre as forças do inimigo. Esses sinais são a confirmação clara da proximidade do Reino de Deus.
Porém, Jesus alerta que não devem se alegrar pelos feitos em si mesmos, mas sim pelo fato de Deus tê-los escolhido livremente para serem colaboradores. Tal escolha é um dom precioso que garante a eles a cidadania do céu e a confirmação de sua pertença ao Senhor.
Portanto, assim como os discípulos, somos chamados a sermos colaboradores do Reino. Devemos assumir com alegria esta responsabilidade, levando ao mundo a mensagem transformadora de Jesus Cristo. A missão cristã é uma oportunidade única de testemunhar a força da fé e contribuir para a transformação espiritual das pessoas ao nosso redor.
Em suma, que nossa vida seja um contínuo anúncio da Boa-Nova, mostrando a todos que Deus está presente em nosso caminhar diário.
https://catequisar.com.br/liturgia/enviados-em-missao-para-anunciar-a-boa-nova-do-senhor/

Reflexão

Lucas apresenta a “missão dos setenta e dois” discípulos. O número “setenta e dois” é simbólico: recorda que todos os seguidores de Jesus têm o compromisso com seu projeto. A Palavra de Jesus não tem fronteiras nem se limita a um único povo. Precisa estar presente em toda parte onde o Reino de Deus ainda não se estabeleceu. O Reino de Deus é o objetivo de toda ação da comunidade e de todo cristão. O autor apresenta o perfil dos missionários: são pessoas que rezam, pedem ao Senhor da messe que envie operários; devem estar dispostas a enfrentar os desafios da missão, pois os lobos ferozes querem devorar o projeto de Jesus; são pessoas despojadas, que não visam ao lucro; são pessoas promotoras da paz, dom messiânico por excelência; não devem perder tempo com quem nada quer com a mensagem de Jesus, sacudindo o pó da sociedade injusta. A alegria dos cristãos consiste em saber que seus nomes “estão escritos no céu”, isto é, Deus conta com a colaboração deles.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-domingo-9/

Reflexão

«Ide!»

Dr. Josef ARQUER
(Berlin, Alemanha)

Hoje, prestamos atenção a alguns que, entre a multidão, procuraram aproximar-se de Jesus Cristo, que está a falar enquanto contempla os campos repletos de espigas: «E dizia-lhes: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita.”» (Lc 10,2). De repente, fixa o olhar neles e vai mostrando a alguns, um a um: tu, e tu, e tu. Até setenta e dois...
Admirados, ouvem dizer que vão, dois a dois, a todos os povoados e a lugares onde Ele irá. Talvez algum tenha respondido: - Mas, Senhor, se eu só vim para te ouvir, porque é tão belo o que dizes!
O Senhor põe-nos em guarda contra os perigos que irão encontrar. «Ide, eis que vos mando como cordeiros para o meio de lobos”. «Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não vos demoreis para saudar ninguém pelo caminho!» (Lc 10,3-4). Interpretando a linguagem expressiva de Jesus: - Deixai de lado os meios humanos. Eu vos envio e isto basta. Mesmo que se sintam distantes, continuam perto, Eu acompanho-vos.
Ao contrário dos Doze, chamados pelo Senhor para que permaneçam junto a Ele, os setenta e dois logo regressarão às suas famílias e ao seu trabalho. E aí viverão o que tinham descoberto junto a Jesus: dar testemunho, cada um no seu lugar, simplesmente ajudando quem os rodeia a aproximar-se de Jesus Cristo.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Ele os enviou assim, porque há dois preceitos da caridade: o amor a Deus e o amor ao próximo; e entre menos de dois não pode haver caridade» (São Gregório Magno)

- «São Lucas destaca o entusiasmo dos discípulos pelos frutos da missão. Oxalá que este evangelho desperte em todos os batizados a consciência de que são missionários de Cristo» (Bento XVI)

- «(…) Os Doze e os outros discípulos participam da missão de Cristo, do seu poder, mas também da sua sorte. Com todos estes atos, Cristo prepara e constrói a sua Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, nº 765)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-07-06

Reflexão

«Eu vos envio»

Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu
(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja contempla como, além dos Doze, havia muitos discípulos que tinham sido chamados pelo Senhor Jesus e que o seguiam. Dentre todos esses discípulos, Jesus Cristo escolhe setenta e dois para uma missão concreta. Exige-lhes —da mesma forma que aos Apóstolos— total desprendimento e abandono completo na Providência divina.
O Concilio Vaticano II no Decreto Apostolicam actuositatem, recorda-nos que desde o Batismo cada cristão é chamado por Cristo para cumprir uma missão. A Igreja, em nome do Senhor, «Por isso, o sagrado Concílio pede instantemente no Senhor a todos os leigos que respondam com decisão de vontade, ânimo generoso e disponibilidade de coração à voz de Cristo, que nesta hora os convida com maior insistência, e ao impulso do Espírito Santo. Os mais novos tomem como dirigido a si de modo particular este chamamento, e recebam-no com alegria e magnanimidade. Com efeito, é o próprio Senhor que, por meio deste sagrado Concílio, mais uma vez convida todos os leigos a que se unam a Ele cada vez mais intimamente, e sentindo como próprio o que é d'Ele (cfr. Fil. 2,5), se associe à Sua missão salvadora. É Ele quem de novo os envia a todas as cidades e lugares aonde há-de chegar (cfr. Lc. 10,1); para que, nas diversas formas e modalidades do apostolado único da Igreja, se tornem verdadeiros cooperadores de Cristo, trabalhando sempre na obra do Senhor com plena consciência de que o seu trabalho não é vão no Senhor (cfr. 1 Cor. 15,28)» (n.33).
Cristo quer infundir em seus discípulos a audácia apostólica; por isso diz: «Eu vos envio». E São João Crisóstomo comenta: «isto basta para dar-lhes ânimo, isto basta para que tenhais confiança e não temais aqueles que vos agridem». A audácia dos Apóstolos e dos discípulos vinha dessa segura confiança por terem sido enviados pelo próprio Deus. Atuavam, como explicou com firmeza Pedro no Sinédrio, em nome de Jesus Cristo Nazareno, «pois não existe debaixo do céu outro nome dado à humanidade pelo qual devamos ser salvos» (At 4,12).
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-07-06

Reflexão

Os fiéis laicos no Povo de Deus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje aparece um conjunto de seguidos de Cristo mais amplo que o grupo específico dos doze Apóstolos. Ali, nesse conjunto de “enviados”, estão tanto os Doze —que serão “fiéis ordenados”, sacerdotes, a partir da Última Ceia — como também um grande grupo de “fiéis não ordenados”, quer dizer, fiéis correntes da Igreja, fiéis laicos. Não são duas “classes” ou “categorias”, senão dois modos de pertencer — por meio do Batismo — ao único “Povo de Deus” encabeçado por Cristo.
A relação entre esses dois modos de se incorporar à Igreja deve se entender a partir da relação de confiança entre “pastor” e “rebanho”, significando o mesmo que expressão “Povo de Deus”: Um povo dedicado a Deus que está em caminho, em peregrinação, ao longo da história.
—Ser laico é a forma normal de ser Cristiano e de viver o Evangelho abordando as questões quotidianas deste mundo. Abranger e transformar o mundo no cristianismo: Eis aqui o autêntico apostolado dos leigos!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-07-06

Comentário sobre o Evangelho

O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois, à sua frente


Hoje, perguntamo-nos se talvez nós próprios não devíamos juntar-nos também a este primeiro grupo de enviados pelo Senhor. São coisas do passado? Vinte séculos depois, as coisas não mudaram. Do coração de Deus continua a sair o mesmo queixume: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos: pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Deus continua a procurar colaboradores no meio do mundo para exortar o mundo.
- «Os setenta e dois voltaram muito contentes». É claro! Há algo melhor do que viver com Jesus, estudar com Jesus,… com Jesus? Onde levares a paz e a alegria, aí estará Cristo a passar. «Ponham-se a caminho!».
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-07-06

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

A liturgia que rezamos hoje nos convida a fortalecer o poder da missão de Jesus. Em seus ensinamentos, Ele vem nos ajudando a caminhar com justiça e valorizar a dignidade do ser humano. Por isso, nos convida a realizar na prática da vida o que da fé aprendemos.
Enviando os 72 discípulos a lugares aonde Ele mesmo devia ir, o Senhor nos mostra que a missão é de todos e para todos. Ele quer contar conosco na construção de seu Reino. Enviar dois a dois é de caráter pedagógico porque a missão nunca é individual; não se faz missão de maneira solitária. A condição para que Ele esteja em nosso meio é simplesmente não estar sozinho. Ele disse: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18,20).
Nas leituras que ouvimos, aparecem alguns elementos que dão força à missão. Para quem procura seguir Jesus e continuar sua missão, faz-se necessário observar, na primeira leitura, os carinhos de Deus comparados aos cuidados de uma mãe, e na segunda, o amadurecimento na fé como resultado do esforço para entender e enfrentar os sofrimentos.
— Dos cuidados de Deus aprendemos que a missão se realiza no amor, pois o amor dele pela humanidade é o que motiva tudo.
— Do amadurecimento diante das dificuldades aprendemos que podemos nos tornar alguém melhor.
Portanto, a missão de construir o Reino é uma tarefa de todos para vivermos em harmonia e com dignidade. Entretanto, isso não significa estar livre de sofrimentos, mas saber enfrentá-los com fé e esperança. Na missão de Jesus existem lugares para todos. Pela graça batismal somos missionários! Precisamos apenas nos conscientizar disso. Se abraçarmos nossa missão, nos tornaremos colaboradores do Reino de Jesus. Se conscientizarmos os que vivem ao nosso redor, de sua missão no mundo, então, faremos o Reino acontecer.
Por isso mesmo, o Mestre nos faz um pedido: “A messe é grande, mas os operários são poucos; por isso, rogai ao Senhor da messe que mande mais operários para sua messe” (Lc 10,2). Aceitemos e promovamos o convite do Mestre para que com Ele possamos ser missionários e missionárias de seu Reino. Que o Senhor nos envie mais operários para o labor de sua messe.
Pe. Lucas Emanuel, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F07%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, dai-nos uma santa alegria, para que, livres da servidão do pecado, cheguemos à felicidade eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F07%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 06/07/2025

ANO C


14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C – Verde

“Pedi ao Senhor da messe que mande trabalhadores.”

Lc 10,1-12.17-20

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Deus enviou-nos seu Filho para que nele todos os povos tenham vida. Trouxe o evangelho, Palavra viva que deve ser espalhada como um semeador lança sementes em todos os terrenos, na esperança que cresça e produza frutos. Os evangelizadores devem ser, antes de tudo, discípulos de Jesus, verdadeiros amigos do Senhor.
Fonte: Diocese de Apucarana - Pulsandinho em 07/07/2019

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o Senhor nos reuniu neste dia a Ele dedicado e, como Mestre, nos revelará sua verdade. Nós, seus discípulos e discípulas, ouviremos sua Palavra e repartiremos seu Corpo e Sangue, memorial de sua Páscoa. Saindo daqui, Ele nos enviará como missionários para anunciar seu amor e sua misericórdia. Somos felizes por esta vocação missionária e a nossa participação nesta Eucaristia nos dará coragem para assumir a missão que recebemos do Senhor.
Fonte: Arquidiocese de SP - Folheto Povo de Deus em 07/07/2019

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Assim como os setenta e dois discípulos enviados por Jesus, hoje também somos enviados a proclamar a Palavra de Deus e transformar a vida de todos os que encontramos pelos caminhos da vida através do nosso exemplo e da prática da Palavra de Deus em nossas vidas. Esta é a única maneira de transformar nosso mundo em um lugar de Paz, Alegria, Harmonia e Comunhão com Deus.
Fonte: NPD Brasil em 07/07/2019

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Deus enviou seu Filho ao mundo para que nele todos os povos e cada pessoa tenham a vida em plenitude. Assim pode ser sintetizada a missão de Jesus como o enviado de Deus ao mundo. Para isso, trouxe o evangelho, a Palavra viva que deve ser espalhada como um semeador lança sementes em todos os terrenos, na esperança que cresça e produza frutos. Disto se compreende a decisão de enviar setenta e dois discípulos, número simbólico bíblico que representa a totalidade das nações da terra. Os anunciadores dessa grande missão são enviados por Jesus, dois a dois, tendo como principal característica a identidade de serem discípulos do Senhor. Ninguém se torna evangelizador se não for discípulo de Jesus, sem viver e assumir a maturidade vivencial na sabedoria e na escola do Evangelho. Peçamos, nesta Eucaristia, que o Senhor suscite evangelizadores desprovidos de todo interesse pessoal, unicamente dispostos a anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Participar da Eucaristia supõe o compromisso com o Reino; comungar implica em assumir a missão de anunciar o Senhor com a palavra e o exemplo. Ser discípulo de Jesus é entregar a vida, a fim de suscitar vida nova para todos. Santa Paulina, que celebramos na próxima terça-feira, é um modelo para nossa missão nos dias de hoje.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Assim como os setenta e dois discípulos enviados por Jesus, hoje também somos enviados a proclamar a Palavra de Deus e transformar a vida de todos os que encontramos pelos caminhos da vida através do nosso exemplo e da prática da Palavra de Deus em nossas vidas. Esta é a única maneira de transformar nosso mundo em um lugar de Paz, Alegria, Harmonia e Comunhão com Deus.
Fonte: NPD Brasil em 07/07/2013

ENVIADOS DOIS A DOIS...

Seguindo com narrativa de São Lucas, acompanhamos Jesus em sua caminhada a Jerusalém, durante a qual, envia setenta e dois discípulos para a missão. Este belo episódio deixa transparecer a boa aceitação que a mensagem do reino de Deus vinha alcançando junto às pessoas humildes da Galileia e arredores. Jesus, Palavra Eterna enviada pelo Pai, deve alcançar todos os corações cumprindo a profecia de paz e consolação ao povo de Israel e, para tal, envia arautos que o precedam.
O discípulo é escolhido pelo próprio Jesus Cristo como mensageiro que anuncia o Reino de Deus através de sua atuação no mundo. Nesta perspectiva, nota-se a motivação do Senhor ao enviá-los dois a dois: seu relacionamento fala de Jesus! O modo como vivem, se respeitam, se corrigem e se perdoam, corresponde a mais eficaz forma de evangelização. Também nós pertencemos ao grupo dos discípulos do Senhor e, semelhantes aos setenta e dois, somos dominicalmente enviados ao anúncio do Reino de Deus em nossas comunidades. Mas, estamos nós, vivendo o evangelho e dando autêntico testemunho de Cristo? Não estaríamos contradizendo o conteúdo de nossas pregações ao recusarmo-nos a viver como verdadeiros irmãos no Senhor?
Jesus preocupa-se também com a liberdade de seus anunciadores. Compreende que o apego desmedido aos bens materiais e a sede pelo poder comprometerão o bom êxito da missão, por isso os orienta a seguirem sem “bolsa, sandália, ou sacola...”. Apegados a bens e poder, somos tentados pelo comodismo e autopreservação, acabando por esbarrar numa pastoral de conservação incapaz de lançar-se à missão. Quando não somos livres frente aos bens e o poder, condenamo-nos a pregar a Palavra de tal modo que esta não venha perturbar os “poderosos”, pois, muitas vezes, nossos privilégios pesam mais que o Evangelho.
O Senhor deseja atingir os corações e suscitar neles uma nova criação, por isso, é imprescindível que recobremos uma postura livre frente às coisas, gloriando-nos unicamente na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, fonte de paz e misericórdia divina.
Pe. Anderson Candido Bento
Fonte: NPD Brasil em 07/07/2019

POR UMA IGREJA EM SAÍDA

O movimento de saída é parte do processo de mudança ou de evolução humana. De fato, muitas pessoas saem em busca de uma melhor formação ou para conseguir um novo emprego, outros tantos precisam fugir e deixar suas famílias e casas, e por isso saem. Existem diversos motivos que provocam a saída. O Evangelho também tem um apelo que provoca a saída dos discípulos, e é o próprio Jesus que indica essa necessidade.
Depois de anunciar as exigências da vocação apostólica, isto é, que a opção pelo Reino é exigente, comprometedora e que não se pode voltar atrás, Jesus envia os seus discípulos à sua frente. Os discípulos vão trabalhar como operários, no meio das dificuldades. Eles vão encontrar acolhida ou resistência, por parte daqueles a quem foram enviados. Jesus não esconde as dificuldades, mas confirma a necessidade da saída. Mas porque é preciso sair?
O mistério da encarnação nos coloca diante de um acontecimento único e maravilhoso, quando o Verbo de Deus, Jesus Cristo, assumiu a nossa natureza humana. Deus veio ao nosso encontro, e nos encontrou em nossa condição de pecadores, e por isso que a Boa Nova do Evangelho deve chegar a todos. Quem acolheu a Palavra e sentiu a sua força transformadora não pode ficar fechado em si mesmo, porque isso seria um ato egoísta, que contraria a ação de Deus. A Igreja em saída tem a sua razão de ser na ação de Deus que sai para encontrar o homem novamente.
Mas os discípulos voltaram para contar as maravilhas da missão. O movimento de saída não é um caminhar rumo ao infinito, perdendo de vista o lugar de onde se parte. É preciso voltar para contar o que aconteceu e para celebrar. É preciso voltar à fonte para beber e para recobrar as forças. Os discípulos também precisam de descanso. Dessa forma, a celebração da Eucaristia é o tempo em que os discípulos escutam a Palavra e recebem o alimento, do Corpo do Senhor. Para os discípulos, celebrar a fé é ao mesmo tempo um repouso e um despertar para a missão, pois não existe verdadeiro trabalho apostólico sem uma sincera atitude de escuta do Senhor que fala, quando a comunidade está reunida.
Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo auxiliar de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 07/07/2019

Comentário do Evangelho

O agricultor é Deus

O texto do evangelho deste domingo está situado no início da subida de Jesus para Jerusalém, que é, no terceiro evangelho, a parte central, como se pode ver na introdução ao nosso comentário, no início desta agenda.
Setenta ou setenta e dois, dependendo do manuscrito, é o número dos enviados. Baseando-nos em Gênesis 10, que diz ser setenta o número das nações que compõem a humanidade, podemos dizer que nossa perícope diz respeito à universalidade da missão da Igreja, enviada pelo seu Senhor, “a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir” (v. 1). Trata-se de colheita (v. 2), pois o agricultor é Deus (cf. Jo 15,1); é Deus quem faz a boa semente frutificar (cf. Mc 4,26-29). Para esta missão universal é que Jesus dá as orientações. O conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus; anúncio que deve ser feito mesmo em situações adversas (cf. vv. 9.11). A proximidade do Reino de Deus é sentida, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus Cristo, e deve ser prolongada historicamente no anúncio e na ação da Igreja, Corpo de Cristo. Como o discípulo não é maior que o Mestre, os discípulos enviados devem ter presente a possibilidade de hostilidade, resistência e rejeição da missão cristã: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (v. 3; ver também: vv. 10-11). Mas não se paga o mal com o mal, por isso o discípulo é portador da paz, que é dom do Cristo Ressuscitado: “… dizei primeiro: a paz esteja nesta casa” (v. 5). Na rejeição, sacudir o pó da sandália (v. 11), isto é, não se deixar abater pelo fracasso, pois a segurança e a força vêm do Senhor. “Comer e beber do que tiverem” (vv. 7.8): é preciso viver cada dia, sem se preocupar com o amanhã. É indispensável se prevenir contra a tentação do sucesso: “Não passeis de casa em casa” (v. 7). A missão é urgente, por isso, deve-se fazer escolhas claras (cf. v. 4). A necessidade de ajuda para o exercício da missão será sempre grande, daí ser indispensável pedir àquele que a pode suscitar e oferecer: “Pedi ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita” (v. 2). O sucesso pode ser uma tentação para os discípulos. Sua alegria e recompensa é Deus quem o admite ao seu serviço (cf. v. 20).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predispõe-me a trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.
Fonte: Paulinas em 07/07/2013

Vivendo a Palavra

Como discípulos enviados pelo Senhor aos nossos ambientes, nós devemos ser mensageiros da Paz e não nos preocuparmos com matulas ou bagagens para nossa viagem, mas nos entregarmos inteiros à maravilhosa aventura de vivermos, já agora, os primeiros sinais do Reino de Amor do Pai Misericordioso. Este será o nosso testemunho.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

Como discípulos enviados pelo Senhor aos nossos ambientes, nós devemos ser mensageiros da Paz: não nos preocupando com matulas e bagagem para a viagem, mas nos entregando inteiros à maravilhosa aventura de viver, já aqui e agora, os primeiros sinais do Reino de Amor do Pai Misericordioso. Este será o nosso testemunho oferecido aos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2019

Reflexão

ENVIADOS EM MISSÃO

O relato do evangelho deste domingo é dirigido a todos os cristãos, mas principalmente às lideranças da comunidade: catequistas, ministros, animadores, padres, religiosos, bispos…
Jesus está a caminho de Jerusalém, onde enfrentará o julgamento e a morte. Nessa caminhada, necessita de colaboradores, por isso escolhe setenta e dois e os envia à sua frente. Ao enviá-los, deixa-lhes algumas recomendações, que os identificam como seus discípulos. Vejamos quais são elas.
A oração é a fonte da missão. A exemplo do Mestre, os discípulos são pessoas que rezam. O seguidor de Jesus encontra na oração o estímulo, a força e a orientação para sua ação. À medida que falta a oração, o cristão vai se tornando simples burocrata do que anuncia.
A pobreza é o estilo da missão. A pobreza dos discípulos é condição essencial para merecerem o reino que anunciam. Num mundo que valoriza o ter, a pompa e a visibilidade, os seguidores de Jesus são convidados a levar uma vida simples, livre e despojada; em outras palavras, a não confiar nas próprias posses nem no poder para evangelizar.
A paz é a primeira mensagem da missão. A tarefa primeira da Igreja não é doutrinar os fiéis, mas ser portadora da paz. Quando desejamos “paz a esta casa”, desejamos todo bem e felicidade à família. A paz que Jesus quer não é apenas tranquilidade e ausência de conflito, mas antes de tudo confiança em Deus. Não depende apenas de condições externas, mas nasce do coração (confiante em Deus) e se irradia ao redor, contagiando as pessoas.
O reino de Deus é a matéria-prima da missão. Anunciá-lo significa proclamar o mundo desejado por Deus: sociedade que valorize a vida, o amor, a justiça e a solidariedade; é questionar as estruturas dos “reinos dos homens” que não favorecem a vida do povo e do planeta.
Fonte: Paulus em 07/07/2013

Reflexão

Lucas, depois de apresentar a “missão dos doze” no capítulo nove, apresenta-nos a “missão dos setenta e dois” discípulos. O número “setenta e dois” é simbólico: recorda o número das nações elencadas em Gênesis (cap. 10) e lembra a missão universal da comunidade. A Igreja não tem fronteiras e não se limita a um único povo; precisa estar presente em toda parte onde o Reino de Deus ainda não se estabeleceu. O Reino é o objetivo de toda a ação da Igreja. Os discípulos são enviados dois a dois para mostrar que a missão não é iniciativa do indivíduo, mas obra da comunidade. Eles vão à frente do Mestre para preparar-lhe o caminho. O autor apresenta o perfil dos missionários: são pessoas que rezam, pedem ao Senhor da messe que envie operários; devem estar dispostas a enfrentar os desafios da missão, pois há lobos ferozes querendo devorar o projeto de Jesus e seus anunciadores; são pessoas despojadas, que não visam lucro e sabem que o resultado da missão não depende dos bens materiais; são pessoas promotoras da paz, dom messiânico por excelência; não se conformam com os projetos diabólicos, que são obstáculos ao Reino de Deus; sacodem o pó da sociedade injusta. A alegria dos anunciadores não advém do sucesso, mas em saber que contribuíram com o projeto de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 07/07/2019

Reflexão

ANUNCIANDO O REINO DE DEUS E A PAZ

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia do 14º domingo do Tempo Comum apresenta a missão dos seguidores de Jesus. O evangelho (Lc 10,1-12.17-20 ou 10,1-9) traz a missão dos setenta e dois discípulos, portanto, um grupo mais amplo que os Doze, cuja missão está descrita em Marcos 6,7-13 (e nos textos paralelos Mt 10,1.7-14; Lc 9,1-6).
O número dos setenta e dois orienta a atenção para um conceito amplo da missão. Como a missão deles é anunciar a chegada do reino de Deus e a paz, a 1ª leitura sugere uma associação ao belo anúncio da paz para Jerusalém, em Isaías 66,10-14c. A 2ª leitura, embora relativamente independente, harmoniza-se com o tema das outras duas, anunciando “a paz e a misericórdia para o Israel de Deus” (Gl 6,16). Assim, o tema principal para este domingo se define facilmente: paz. Mas exige bastante explicação.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Is 66,10-14c)

Por volta de 520-515 a.C., os judeus, ao voltar do exílio babilônico, deviam restaurar o Templo e – o que era mais difícil – o povo. Por isso, o “Terceiro Isaías” dirige, ao povo humilhado e desnorteado, palavras de consolo e esperança (66,7-14). Não os homens, mas Deus mesmo criará o novo futuro, cheio de paz e de alegria, e do qual participarão todos os povos: Jerusalém será o centro dos sacrifícios das nações, que trarão suas riquezas.
Todos somos chamados a sermos portadores dessa paz – assim como Jerusalém, renovada pela graça de Deus, depois do exílio, devia ser exuberante fonte de alegria, aliviando a sede das nações (= os povos estrangeiros) com a paz que vem de Deus (Is 66,11-12). No Novo Testamento, esse universalismo se realiza pela despojada missão em nome de Jesus, conforme nos descreve o evangelho.

2. II leitura (Gl 6,14-18)

A 2ª leitura apresenta o final da Carta aos Gálatas, final escrito por Paulo, na prisão, pessoalmente e de próprio punho (Gl 6,11). É o resumo de seu “evangelho”: não importa ser judeu ou gentio (= não judeu), pois desde a morte e ressurreição de Cristo vale a “nova criação”, marcada pela fé, que atua na caridade (Gl 5,6). A antiga criatura foi crucificada com Cristo, na cruz (6,14). Nos versículos 16-18, lemos que, para quem é nova criatura, surgem como o sol a paz e a misericórdia de Deus. Com uma reminiscência das “Dezoito Preces”, que o judeu piedoso reza diariamente, Paulo anuncia bênção, paz e misericórdia sobre todo o “Israel de Deus” (o povo universal dos que são chamados por Deus, o contrário do “Israel segundo a carne”, cf. 1Cor 10,18).

3. Evangelho (Lc 10,1-12.17-20)

A paz de que falam as duas primeiras leituras é o tema principal do evangelho, que apresenta a missão do grupo amplo de discípulos. “Em qualquer casa em que entrardes, dizei: Paz a esta casa… Curai os enfermos…” (Lc 10,5.9). E também: “Dizei ao povo: O reino de Deus está próximo!” (10,9).
Essa missão não é só a dos doze apóstolos, mas dos setenta e dois discípulos que, conforme Lucas (10,1-17), foram mandados por Jesus depois da missão dos Doze (9,1-6). Os Doze representam a missão a Israel (as doze tribos). Os setenta e dois lembram os setenta e dois povos do Gênesis 10 e os setenta e dois profetas-anciãos de Números 11,24-30, que, segundo a interpretação rabínica, representam os porta-vozes da Torá (Lei) para o mundo inteiro.
Lucas escreve para a terceira geração de seguidores de Jesus. Depois do primeiro anúncio do evangelho de Cristo aos conterrâneos na terra de Israel (simbolizado pelos Doze), outros (simbolizados pelos setenta e dois) o levaram para o mundo inteiro. Esse tema é caro a Lucas, evangelista do mundo universal, trilhando os passos do apóstolo Paulo. A mensagem é enviada a todos, e todos os que creem no Cristo podem ser mensageiros (a encíclica Evangelii Nuntiandi de Paulo VI ensina que todos os evangelizados devem ser evangelizadores).
E qual é o conteúdo da mensagem? O reino de Deus. Este se caracteriza pela “paz”, no sentido abrangente que esse termo tem na Bíblia: a harmonia total entre Deus e os homens, bem como entre os homens mutuamente. Todos somos chamados a sermos portadores dessa paz, assim como Jerusalém, segundo a descrição na 1ª leitura.
Essa missão é urgente: não há que perder tempo com equipamento que mais atrapalha do que ajuda (grande problema dos missionários modernos…), nem passar horas com amplas saudações orientais (as “indispensáveis” visitinhas do padre às boas cozinhas de sua paróquia…). Porque a mensagem da paz é salvadora, e muitos a esperam. Muitos aguardam uma esperança que possa levantar sua vida desanimada e desnorteada.
Vida desnorteada, porque há quem não está interessado na paz de Deus, e sim no engano, nas falsas promessas de bem-estar, na competição e, finalmente, no mútuo extermínio. A publicidade não apresenta, abertamente, o sobrepujar os outros como fonte de felicidade, oferecida pelos mais diversos produtos da produção industrial? Diante disso, a mensagem da paz de Deus não é nada “pacífica” (cf. Lc 12,51).
Quanto às casas e cidades que “não forem dignas” da paz messiânica, os enviados devem sacudir até o pó que lhes grudou aos pés, em testemunho contra elas. Mas saibam, mesmo assim: “O reino de Deus está próximo” (10,6.10-11). Para anunciar a paz, o evangelizador deve enfrentar o conflito; sabem isso muito bem os que participam das comissões de “Justiça e Paz” e iniciativas semelhantes.
A missão do cristão não é, antes de tudo, propagar alguma pia obra e nem mesmo a própria instituição da Igreja. É evangelizar, anunciar uma boa-nova, o verdadeiro alívio do homem que sinceramente busca o sentido último de sua vida, Deus. Quem anuncia isso não deve complicar sua missão com coisinhas. Ele mesmo seja a “paz” em pessoa, não no sentido de comodismo, mas de benfazeja doação. Por isso, só pode ser evangelizador a “nova criatura” de que Paulo fala no emocionante final da Carta aos Gálatas (2ª leitura).
O anúncio do cristão é igual ao de Jesus mesmo: “O reino de Deus está próximo” (Lc 10,9; cf. Mc 1,15 = Mt 1,17). Entendamos bem: o “reino” não é alguma instituição poderosa, mas o reinado de Deus, o exercício de sua vontade, como rezamos no pai-nosso: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

III. PISTAS PARA A REFLEXÃO

Anunciar a paz e o Reino: Quando eu era coroinha e acompanhava o padre que, de batina e estola, passava pelas ruas para levar a comunhão aos enfermos, ao entrar nas casas que o esperavam, ele dizia, em latim: “Pax huic domui”, “Paz a esta casa!”. Poucos gestos cristãos aproximam-se mais do que esse da missão que Jesus confiou a seus discípulos.
Os judeus, voltando do cativeiro babilônico, receberam, pela boca do profeta, a missão de levar ao mundo inteiro a paz – a harmonia com Deus e com os homens. É essa também a missão que Jesus, no evangelho, confia aos setenta e dois discípulos. Os setenta e dois representam a assembleia guiada pelo espírito de Deus. Eles têm de sair pelos caminhos e pregar ao povo a chegada do reino de Deus, anunciando: “Paz a esta casa”, a esta família. E o sinal dessa paz são os fatos extraordinários que os acompanham: curas, expulsões de demônios… Hoje: reconciliação, ânimo…
O termo “paz”, na Bíblia, pode também ser traduzido como “felicidade”. Não é apenas o silêncio das armas, mas, sobretudo, a harmonia com Deus e com todos os seus filhos: o bem-estar conforme o plano de Deus. É a síntese de todo o bem que se pode esperar de Deus; por isso, vai de par com o anúncio de seu reino, a realização de sua vontade, de seu desejo. Essa paz não cai como um pacote do céu, nem se faz em um só dia. É uma realidade histórica. É fruto (obra) da justiça (Hb 12,11; Tg 3,18; cf. Is 32,17). A paz cresce em meio às vicissitudes da história humana, em meio às contradições. Mas a fé, que fixa os olhos na paz que vem de Deus, orienta-nos em meio a todos os desvios. Anunciar a paz ao mundo, apesar de todos os desvios, é como as correções de rota que um avião continuamente tem de executar para não se desviar definitivamente. Jesus manda seus discípulos com a mensagem da paz, para que o mundo se anime a continuar procurando o caminho do Reino.
No concreto, anunciar a paz de Cristo acontece não só por palavras, mas por atos. Não basta falar da paz, é preciso mostrar em que ela consiste, realizando atos exemplares. É preciso, também, construí-la aos poucos, pacientemente, pedra por pedra, implantando passo a passo novas estruturas, que eliminem as que são contrárias à paz. Muitas pessoas entendem paz como “deixar tudo em paz”. Mas a paz não é tão pacífica assim! Por isso, Jesus manda anunciar a paz como algo que vem juntamente com o reino de Deus. Devemos, aos poucos, transformar o mundo, para que esse anúncio não permaneça palavra vazia.

Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br.
Fonte: Vida Pastoral em 07/07/2013

Meditação

Sua comunidade está comprometida com a questão vocacional? - Com que frequência vocês rezam pelas vocações? - Você se preocupa em levar a paz a todos os ambientes? - O que vocês fazem de concreto pelas vocações sacerdotais e religiosas? - Qual é o relacionamento de sua comunidade com o responsável por ela, principalmente seu pároco?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 07/07/2013

Meditando o evangelho

A NECESSIDADE DE OPERÁRIOS

Confrontando-se com a grandiosidade da missão, Jesus reconhece a necessidade de contar com colaboradores, para poder levá-la adiante, a contento. Depois de ter enviado os doze apóstolos, o Mestre enviou, também, outros setenta e dois discípulos, com a tarefa de preparar as cidades e povoados para a sua passagem, ou seja, predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os discípulos são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar muitas outras pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele quem tem a iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão humana de querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e enviou.
Que tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem deixar-se abater.
Quem tem estas disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira enviá-lo para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e generoso?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predisponha-me para trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.
Fonte: Dom Total em 07/07/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Discípulos Missionários
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na Igreja dos anos 60, anterior ao Concílio Vaticano II, a palavra “Missão” evocava a imagem quase heroica de padres e religiosos que atuavam em terras distantes, dominadas pelo paganismo ou regimes políticos que não contemplavam o Cristianismo, ou vivendo em meio a povos indígenas que nunca tinham ouvido falar em Deus. Em uma sociedade Teocêntrica a nossa Igreja não estava acostumada a sair para vender o seu “Peixe”, isso é, para fazer o anúncio do evangelho, porque aos domingos, bastava o toque dos sinos e as pessoas vinham todas para a Igreja, buscar os sacramentos, a Missa e tudo o mais que ela oferecia na esfera do Sagrado.
A realidade hoje, dentro de um pluralismo religioso e cultura paganizada, passamos há muito tempo do teocentrismo ao Antropocentrismo, onde o homem vai ocupando cada vez mais na v ida da humanidade o lugar que pertence a Deus, ou tentando fazer o seu papel e até competindo com ele na missão de salvar a humanidade. E assim, Jesus Cristo tornou-se mais um produto na vitrine do nosso Consumismo.
A Palavra de Deus é imutável, desde que se encarnou entre nós no Verbo Divino, ela é poderosa, eficiente, transformadora e essencialmente libertadora, porém, o método de se evangelizar quem que ser constantemente renovado, a igreja perdeu muito desse espírito missionário e está se empenhando para resgatá-lo, a partir do Documento de Aparecida, tentando motivar os Cristãos a sair da Igreja para ir até às pessoas, resgatando em primeiro lugar os noventa e nove por cento dos católicos, que abandonaram a Igreja nos grandes centros urbanos, ou a trocaram por outra, que talvez tenha usado um método evangelizador mais convincente.
O evangelho de hoje oferece uma rica oportunidade para que cada um de nós cristãos faça um chek-list quanto ao método que estamos usando para evangelizar, método ensinado pelo maior de todos os mestres, Cristo Jesus, o “Comunicador do Pai”, que treinou e capacitou a sua comunidade para fazer esse anúncio, com tal eficiência, que mesmo decorridos três milênios de história, o anúncio ecoa forte no coração de quem o acolhe.
Revestido desse espírito missionário confiado pelo próprio Senhor, o discípulo missionário é antes de tudo anunciador e portador da Paz, com poder sobrenatural de atingir o coração do seu ouvinte, seja em uma assembleia numerosa ou em um corpo a corpo, que é a estratégia apresentada neste evangelho, isso naturalmente supõe a abertura e o acolhimento de quem ouve, pois o anúncio dessa Paz, cuja palavra é a semente, vem como uma proposta e nunca como uma imposição.
O anúncio é para todos, e no envio dos setenta manifesta-se claramente esse universalismo, simbolizado na multiplicidade do discipulado, justamente para atender a demanda da messe, que é muito grande, mas os operários são poucos. Também fica claro que a missão não é iniciativa do homem, mas obediência a um mandato divino, e é o próprio Senhor da Messe que envia os operários.
Enfim, Jesus ensina aos seus discípulos o seu próprio método e estratégia para anunciar o novo Reino e isso merece de cada um de nós uma atenção especial, pois o mundo também tem seus métodos, sempre impostos a partir do poder e da força que lembra o lobo, que de início até consegue resultado imediato, mas aos poucos perdem sua eficácia e em nada contribuem para o crescimento e a realização do ser humano.
É precisamente neste ambiente hostil que a Igreja tem de estar sempre presente, através de cada discípulo missionário, para falar do Reino inaugurado por Jesus e que será sempre inédito e revolucionário, pelo conteúdo que apresenta e oferece a todos, oferecendo libertação e Vida Plena. Jesus realizou a obra da Salvação comportando-se como cordeiro e não lobo, ele fez uma proposta, um chamado, convidando os homens a, em sua total liberdade, a buscarem o Pai, que ama e quer salvar a todos os homens.
E finalmente a última e a mais importante de todas as lições: o perigo do entusiasmo inicial que poderá comprometer toda a missão! Os discípulos voltaram contentes, afirmando que no nome de Jesus até os Demônios obedecem. A tarefa de evangelizar é sempre árdua e requer paciência e perseverança por parte do missionário, que não estará livre das dificuldades, rejeições e forças contrárias, nem sempre terão êxito porém, são sempre animados pela esperança de que,  nada há neste mundo que conseguirá impedir o crescimento e a manifestação do Reino  do qual fazem parte todos os discípulos enviados e isso sim, deve ser a causa de sua alegria.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. A paz esteja nesta casa!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus está subindo para Jerusalém e, no caminho, ensina seus discípulos a serem missionários. Quem segue Jesus é discípulo missionário. Ele escolhe setenta e dois dos que o acompanham e os envia dois a dois à sua frente. Vão aos lugares por onde Jesus mesmo devia passar depois. Preparam o caminho do Senhor. Jesus lhes dá orientações simples e claras. Quando voltaram desse exercício missionário, os discípulos estavam muito contentes com o êxito do trabalho feito. Jesus concorda com eles.
No entanto, ele lhes diz que devem estar alegres porque seus nomes estão inscritos nos céus. Esta é a causa de uma alegria que ninguém pode tirar do coração do discípulo missionário. Ao chegar em alguma casa o discípulo deve desejar-lhe a paz: “A paz esteja nesta casa”. Se os moradores forem amigos da paz, a paz ficará com eles. Se não, voltará ao missionário. A passagem de Isaías que lemos com o Evangelho de hoje está cheia de paz e alegria. Jerusalém deve se alegrar e festejar porque o Senhor vai lhe trazer a paz como um rio.
O nosso texto de Isaías fala de uma “torrente de felicidade” que é o resultado da paz. No texto hebraico está escrito: “Vou trazer a paz como um rio”. É a paz que os missionários de Jesus levam consigo. A presença deles nos lugares aonde chegam mostra Deus acariciando seu povo como fazem as mães com os seus filhos. São Paulo escreve aos gálatas e lhes deseja paz e misericórdia. Que Deus mostre a sua misericórdia para com eles e que eles possam viver em paz. A comunidade estava um pouco perturbada por discussões sobre práticas do judaísmo.
São Paulo diz que o que importa é ser nova criatura. E a nova criatura se gloria na cruz de Jesus Cristo e não em práticas que faz, mesmo se forem religiosas. A glória de Paulo é a cruz de Cristo. Ele tem em seu corpo as marcas de Jesus, deixadas pelos açoites que ele recebeu por causa da pregação do Evangelho. Paulo tem seu nome inscrito no céu. No dia do nosso batismo o nosso nome foi inscrito nos céus e recebemos o Espírito Santo para levarmos ao mundo a alegria e a paz. Peçamos ao Senhor que mande muitos trabalhadores para semearem e colherem os frutos da semeadura. Confiemos na força da Palavra, na força do Evangelho mais do que no apoio das estruturas deste mundo.
Fonte: NPD Brasil em 07/07/2019

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

A messe é grande!

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 07/07/2019

HOMILIA DIÁRIA

É preciso revestir-se do poder do Espírito Santo

É preciso revestir-se deste poder, é preciso revestir-se desta autoridade falando ao meu e ao seu coração de batizados. Nós somos batizados na autoridade de Jesus e no poder do Espírito Santo.

Jesus disse: “Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal”. (Lc 12,19)

Nós estamos contemplando, neste domingo, a missão apostólica. É Jesus quem envia Seus apóstolos para anunciar o Reino de Deus e fazê-lo acontecer. Ao mesmo tempo que o Senhor os envia, também confere poder e autoridade para que, em Seu nome, os apóstolos expulsem tudo aquilo que não é do Reino: as obras, as ações do maligno que, muitas vezes, querem impedir a propagação do Reino dos Céus.
É preciso revestir-se deste poder, é preciso revestir-se desta autoridade falando ao meu e ao seu coração de batizados. Nós somos batizados na autoridade de Jesus e no poder do Espírito Santo, por isso, meu irmão, minha irmã, nós precisamos expulsar, do meio de nós, as obras do maligno. Não podemos permitir que ele faça festa no meio de nós.
Nós precisamos purificar este mundo das obras do mal. Como apóstolos que somos do Senhor, nós precisamos fazer o Reino de Deus acontecer no meio de nós. Que alegria os apóstolos experimentam, porque expulsam demônios, agem em nome do Senhor e veem o Reino de Deus acontecer! E Jesus ainda disse: “Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”. Aquele que faz o Reino acontecer e vive-o, na sua vida, pode ter a certeza de que o seu nome está escrito no Céu.
Vamos, hoje, com todo o empenho da nossa alma e do nosso coração, viver a nossa missão apostólica, ou seja, expulsar os espíritos malignos, expulsar a mentira, a inveja e tudo aquilo que não é do Reino de Deus no meio de nós. Isso nos aproxima, cada vez mais, do coração de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor precisa de operários

E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita.” (Lucas 10, 2)

Jesus está enviando Seus discípulos, dois a dois, para irem às cidades, aos povoados onde Ele próprio deveria ir. Sabemos que Jesus quer ir a todos os lugares, em todos os povoados que há neste mundo Jesus quer estar, precisa estar lá. Ele veio para salvar, resgatar, e enquanto existir uma alma perdida no meio de uma mata, Jesus precisa chegar para resgatar essa alma.
Não nos conformemos com uma igreja cheia, achando que estão todos salvos. Não é verdade! O que podemos constatar é que a maioria da humanidade ainda não conhece o poder salvador de Deus, ainda não conhece Jesus, porque Ele enviou os discípulos, de dois a dois, e eles foram. Hoje, no entanto, diante de um mundo que multiplicou as pessoas, os povoados e as cidades, precisamos chegar com a Palavra salvadora de Jesus aos corações.
O Senhor precisa de operários que vão, em Seu nome, onde Ele deveria ir. O problema é quando o operário quer levar a si mesmo, quer levar o seu nome, a sua palavra, quer levar o seu grupo. Não precisamos de nada disso! Precisamos levar Jesus às pessoas.

Todo batizado deve ser um operário. Essa é a missão que recebemos quando somos batizados

É em nome de Jesus que estou me dirigindo a você, é Jesus que quero levar a muitos corações. Você não pode querer ser outra coisa, já deu para ver que a messe é imensa, mas são pouquíssimos os operários.
Operários não são apenas padres, freiras, consagrados em comunidades e congregações religiosas. Todo batizado deve ser um operário, é a missão que recebemos quando somos batizados. A missão é levar Jesus, não há nenhuma outra. O problema é que nós batizados deixamos a graça de Jesus paralisar em nós e não levamos Jesus para o outro.
O convite de Jesus é para nós, Ele precisa de operários. Você pode ser um operário de Jesus, você tem disposição de levá-Lo onde Ele ainda não chegou. Há tantos corações, e os meios estão aí. Podemos ir, em primeiro lugar, pessoalmente, nas casas, nos trabalhos, na escola, levar Jesus às pessoas.
Pare de pegar os meios onde as pessoas estão mandando piadas, fake news, coisas imorais, indecentes, e leve o Evangelho aos corações. Não leve discussões, brigas nem desentendimentos, leve a Palavra que salva, restaura e cura.
Levemos Jesus para a grande messe deste mundo, porque este precisa conhecer o Divino Salvador.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/07/2019

Oração Final
Pai Santo, faze-nos reconhecer tua presença amorosa nos sinais dos tempos em que vivemos. Que a Vida e a fé que nos dás com generosidade sejam reconhecidos por nós como dons dignos de gratidão e encantamento. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a discernir os tempos em que vivemos para reconhecer neles os sinais da tua Presença amorosa. Que a Vida e a fé que nos dás com tanta generosidade sejam reconhecidos por nós como dons dignos de gratidão e encantamento. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2019