ANO B
Mt 15,29-37
Comentário do Evangelho
Jesus e a multidão
As multidões acorrem a Jesus levando toda sorte de enfermos para serem curados por ele. A admiração da multidão acerca de tudo o que Jesus fazia é dita com os termos de Is 35,5, que tem um alcance messiânico. Segue-se o segundo relato da multiplicação dos pães (vv. 32-37). Os discípulos são apresentados como mediadores entre Jesus e a multidão (cf. v. 36). O relato tem uma forte conotação eucarística (cf. v. 36). Jesus é o verdadeiro alimento do povo que ele reúne, não somente judeus, mas pagãos igualmente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a acolhida que teu Filho Jesus me dispensa deve mudar profundamente o meu coração. Que eu seja transformado por ele e me torne mais disponível para ti.
Fonte: Paulinas em 04/12/2013
Vivendo a Palavra
O Senhor deixa para nós, sua Igreja, a missão de levar aos irmãos o alimento espiritual – a Sua Palavra Viva –, mas também o pão material que sustenta o corpo para a caminhada nesta Terra, planeta-jardim, que já é parte do Reino do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/12/2013
Reflexão
Todas as promessas que foram feitas no Antigo Testamento a respeito de Jesus começam a ser realizadas. Jesus cura todas as deficiências, de modo que as pessoas, além de não serem mais escravas do mal que possuíam, também podem ser novamente inseridas na vida social, deixando de ser excluídas e dependentes do auxílio dos demais. Jesus também multiplica os pães mostrando que Deus quer a saciedade de todos e que não quer entre os homens a fome e a miséria, pois o Reino de Deus é o reino da abundância de bens e de dons.
Fonte: CNBB em 04/12/2013
Recadinho
Todos comeram e ficaram satisfeitos! Você se alimenta da Eucaristia? Ela o deixa satisfeito? De quê? Das coisas de Deus? Ou tão somente das coisas do mundo? - Tem consciência da importância da Eucaristia em sua vida? Prepara-se bem para a Eucaristia? - A Missa dominical é essencial. Tem consciência disso?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/12/2013
Comentário do Evangelho
ACOLHIDOS PELO MESSIAS
Traço marcante da ação de Jesus foi a sua capacidade de acolher a todos. Os pobres e marginalizados foram os que melhor captaram esta predisposição do Messias. Houve quem o hostilizasse, o rejeitasse e assumisse contra ele postura de inimigo. Neste caso, jamais a iniciativa partiu do Mestre. Ele tinha consciência de ter sido enviado para a salvação de todos.
Os coxos, aleijados, cegos, mudos e toda sorte de gente flagelada por doenças e enfermidades, levados a Jesus para serem curados, retratam a imensa misericórdia contida de seu coração, e seu desejo de comunicá-la à humanidade sofredora. Por seu amor eficaz, os mudos começavam a falar, os aleijados, a sarar, os coxos, a andar, os cegos, a enxergar. Nenhuma necessidade humana passava-lhe despercebida. O Messias Jesus, apesar de sua condição de Filho de Deus, preocupava-se com os problemas materiais do povo, como foi o caso da falta de alimento para os que tinham vindo escutá-lo, numa região bastante afastada.
O episódio da multiplicação dos pães serviu-lhe para ensinar às multidões a lição da solidariedade e da partilha. Este, sem dúvida, foi seu milagre maior: eliminar o egoísmo presente no coração de seus ouvintes, e movê-los a colocar em comum o que cada um possuía para sua própria alimentação, de modo que todos pudessem ser igualmente saciados. Desta forma, a acolhida do Messias estava dando os seus primeiros frutos nos corações dos que o seguiam.
Oração
Pai, a acolhida que teu Filho Jesus me dispensa deve mudar profundamente o meu coração. Que eu seja transformado por ele e me torne mais disponível para ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Deus, preparai os nossos corações com a força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 04/12/2013
Meditando o evangelho
DEIXAR-SE ALIMENTAR PELO SENHOR
Os discípulos, na relação com o Mestre, reconhecem suas carências e a necessidade de serem ajudados por ele. A experiência da multidão no deserto, à escuta de Jesus, revela esta situação. Aí, o povo foi duplamente alimentado: com a Palavra e com o pão.
Como a multidão, os discípulos necessitam ser alimentados pela Palavra, que abre seus horizontes para compreender a presença do amor misericordioso do Pai na história humana, por meio de Jesus, e suas exigências. A Palavra liberta-os das trevas do erro, abrindo-lhes um caminho de luz; move-os a aderir ao Reino, com sinceridade de coração, e a superar todos os empecilhos; educa-os para a humilde obediência à vontade divina.
Já o pão eucarístico alimenta os discípulos, inserindo-os numa perfeita comunhão com Jesus. Este alimento leva-os a assimilar o modo de ser do Mestre, cuja abertura para o Pai é perfeita. Move-os a buscar a comunhão com o próximo, que se torna destinatário de seu amor e de sua atenção. Impede que se deixem levar pelo egoísmo, sensibilizando-os para a solidariedade e a reconciliação. Esta é a forma como o pão revigora as forças dos discípulos, em sua longa marcha para o Pai.
Sem esses alimentos, os discípulos tornam-se vulneráveis, podendo desfalecer pelo caminho. Só Jesus pode proporcionar-lhes forças para chegar até o fim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de força, que a Palavra e o pão eucarístico revigorem minhas forças na longa caminhada ao encontro do Senhor.
Liturgia comentada
Quantos pães tendes? (Mt 15,29-37)
A multidão tem fome. Jesus provoca os discípulos: “Quantos pães tendes?” Não é uma questão de logística. O problema não é econômico. É espiritual: estou disposto a repartir o pouco que me sobra?
O levantamento dos recursos materiais não é nada animador: sete pães e alguns peixinhos. Convenhamos: uma miséria! Mas é de nossas misérias que Deus edifica o seu Reino. Notável mestre de obras, sabe construir com matéria-prima aparentemente desprezível: nosso lixo, nossos pecados, nossas doenças...
A multidão tem fome. Fome da Palavra de Jesus. Por isso aquela legião veio de longe, por estradas e areais, faminta de esperança. Além dos corações, também o estômago reclama. E Deus não salva apenas nossas almas. Salva também nossos corpos.
Hoje, Jesus olha em volta (olha para nós!) como quem espera que esvaziemos nossas mochilas para alimentar o mundo. Ou vamos acumular?
Ofereço-lhe meu soneto “O CAMINHEIRO”:
Se baixo o olhar dos celestiais espaços
E fito a Humanidade em seus caminhos,
Eu vejo pés feridos nos espinhos
Gravando as marcas rubras de seus passos...
Passadas trôpegas, os membros lassos
Batidos pelos ventos mais mesquinhos,
Trigo inerme ante a roda dos moinhos,
Vejo o povo partido em mil pedaços...
Pobre gente! Imagina que vai só
No seu caminho, feito lama e pó,
Romaria de dores e pecado...
E não percebe – oh! universal loucura! -
Que, no sendeiro grave de amargura,
Jesus Cristo caminha ao nosso lado...
Orai sem cessar: “Saciarei de pão os seus pobres.” (Sl 132,15)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/12/2013
HOMILIA
JESUS, O HOMEM QUE CURA
É difícil acolher quando nosso coração já se encontra cheio de tantas coisas. Neste Tempo do Advento é preciso ter um “coração vazio” de si mesmo, como o de José e o de Maria, como o de João Batista e o dos pobres e simples do evangelho, que acolheram e reconheceram em Jesus o Filho de Deus que veio para nos salvar. Se outras coisas ocuparam o lugar de Deus em nós, então Deus não tem lugar em nosso coração. Mas, em sua misericórdia, podemos mudar nosso jeito e nosso modo de ser. Agora a decisão é nossa.
O traço marcante da ação de Jesus foi a sua capacidade de acolher a todos. Os pobres e marginalizados foram os que melhor captaram esta predisposição do Messias. Houve quem o hostilizasse, o rejeitasse e assumisse contra ele postura de inimigo. Neste caso, jamais a iniciativa partiu do Mestre. Ele tinha consciência de ter sido enviado para a salvação de todos.
Os coxos, aleijados, cegos, mudos e toda sorte de gente flagelada por doenças e enfermidades, levados a Jesus para serem curados, retratam a imensa misericórdia contida de seu coração, e seu desejo de comunicá-la à humanidade sofredora. Por seu amor eficaz, os mudos começavam a falar, os aleijados, a sarar, os coxos, a andar, os cegos, a enxergar. Nenhuma necessidade humana passava-lhe despercebida. O Messias Jesus, apesar de sua condição de Filho de Deus, preocupava-se com os problemas materiais do povo, como foi o caso da falta de alimento para os que tinham vindo escutá-lo, numa região bastante afastada.
O episódio da multiplicação dos pães serviu-lhe para ensinar às multidões a lição da solidariedade e da partilha. Este, sem dúvida, foi seu milagre maior: eliminar o egoísmo presente no coração de seus ouvintes, e movê-los a colocar em comum o que cada um possuía para sua própria alimentação, de modo que todos pudessem ser igualmente saciados. Desta forma, a acolhida do Messias estava dando os seus primeiros frutos nos corações dos que o seguiam.
A multidão aproxima-se de Jesus para escutá-lo. Aproximam-se os pobres, os coxos, os aleijados, os abandonados e a todos Ele curava física e espiritualmente. E de mim se aproximam as pessoas quando abro a minha boca para falar? Minhas palavras salvam, curam, libertam ou matam, oprimem e condenam?
O Deus que vem e permanece entre nós é aquele que traz a vida e liberta. Quando nós cristãos nos tornamos semelhantes a Jesus e bem próximos de sua missão, certamente nos aproximaremos dos mais pobres, dos sofredores e dos marginalizados.
Que a fé verdadeira me desacomode e me leve ao encontro dos que estão à margem de oportunidades e da vida. Pois, louvor maior que agrada a Deus é a misericórdia que faz viver.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 04/12/2013
HOMÍLIA DIÁRIA
Você sabe repartir o que tem com os outros?
Não vai faltar nada, na sua casa, quando você souber repartir o que tem com os outros. Reparta seu pão, reparta seu peixe, reparta o seu sapato!
“Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer.” (Mt 15,32a)
Jesus se preocupa conosco, se preocupa com cada um de nós. E diferentemente do que possamos imaginar, Ele não se preocupa só com nosso espírito, com a nossa alma; é verdade que o Senhor nos quer bem por inteiro. Ele nos quer bem e realizados. Quer que tenhamos uma vida plena no sentido mais profundo da palavra, ou seja, corpo, alma e espírito. Por isso, Cristo cuida do nosso psicológico e quer que a nossa mente esteja bem alimentada e bem cuidada. O Senhor cuida do nosso coração e quer que tenhamos sentimentos bons e puros.
O Senhor quer também que estejamos bem em nosso físico e sejamos bem alimentados e saciados. A fome do mundo é a dor do Coração de Deus. É verdade que o mundo tem fome não somente da Palavra de Deus, mas também tem fome de alimento. As pessoas passam fome, passam necessidades, e desculpe-me: que bom que você tem seu pão de cada dia, que bom que você trabalha e consegue manter a sua casa e a sua família! Mas não se esqueça dos pobres! Não se esqueça de repartir o seu pão com aqueles que não têm nada para comer; e também não têm a prática antiga de dar o que sobra. A prática evangélica nos ensina a multiplicar tudo o que temos para podermos dividir com aqueles que não têm nada.
A graça que Jesus operou ao multiplicar os pães e os peixes e saciar a muitos, digo a você, ao repartir o que possui: não vai faltar, na sua casa, quando você souber repartir o que tem com os outros. Reparta seu pão, reparta seu peixe, reparta o seu sapato!
Quanta gente cansada, quanta gente acumulando coisas! Uma situação triste é abrir os armários e ter roupas que ninguém sabe quem vai usar, ter uma quantidade de sapatos que ninguém sabe quem vai usá-los, quando um ser humano tem apenas dois pés. Muitas pessoas continuam descalças, continuam sem ter o que vestir, e nós, muitas vezes, acumulamos.
O Deus que nos dá a graça de repartir o que temos, nos ensina que é preciso dividir e repartir aquilo que está conosco. A graça de Deus será abundante em nossa vida quanto mais tivermos a graça de saber repartir e dividir o que temos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/12/2013
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a exercer o Amor eficaz para todos os irmãos. Que nós jamais nos limitemos à boa vontade para com eles, mas traduzamos em obras o nosso desejo de bem estar para todos os companheiros de peregrinação. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/12/2013