ANO C
Mt 19,13-15
Comentário do
Evangelho
A criança como simbolo do Reino de Deus
No discurso eclesial, Mateus já havia utilizado a
imagem da criança (18,1-4) como símbolo de que, no Reino dos céus, o maior é o
menor, isto é, aquele que serve a todos.
A criança é também um símbolo do próprio Cristo
que se fez servo de todos (cf. 18,5). A criança é igualmente símbolo dos
membros da comunidade que vivem sua existência na dependência de Deus, como a
criança depende de seus pais para crescer e amadurecer.
A atitude dos discípulos contrasta com a de Jesus
(vv. 13.14). As crianças são membros da Palavra de Deus (ver: Js 8,35) e, como
tal, devem ser acolhidas. Nós não temos notícia de que Jesus tenha se recusado
a acolher alguém. A Igreja, sacramento de Cristo, não pode proceder diferente
daquele que é a sua Cabeça, mas deve ser acolhedora. A atitude das pessoas que
levam as crianças até Jesus é uma atitude de fé. As crianças são levadas para
ser abençoadas. A comunidade sabe que sua bênção é o Senhor. Impor as mãos é
transmitir poder; o poder que Jesus transmite é o Espírito Santo – é ele quem
faz crescer e amadurecer na fé.
Se as crianças são símbolo de “pureza de coração”
e humildade, a elas pertence o Reino dos céus (cf. Mt 5,3.8).
Carlos Alberto Contieri, sj
Vivendo a Palavra
É tão simples, mas nós insistimos em complicar...
O Reino do Céu pertence às crianças! E Jesus indica o caminho seguro:
esquecermos as nossas pretensões de saber muitas coisas, de ter muitas riquezas
e nos jogarmos confiantes nos braços do Pai. Ele nos conduzirá na estrada da
simplicidade e da alegria.
VIVENDO A PALAVRA
É tão simples, mas nós insistimos em complicar…
O Reino do Céu pertence às crianças! E Jesus indica o caminho seguro:
esquecermos as nossas pretensões de saber muitas coisas, de ter muitas
riquezas… e nos jogarmos confiantes nos braços do Pai. Ele nos conduzirá pela
estrada da simplicidade e da alegria até a Vida em Plenitude!
Reflexão
Muitas vezes, pelo fato de procurarmos viver de
forma coerente os valores do Evangelho e percebermos os erros e os problemas
que existem no mundo de hoje por parte de muitas outras pessoas que não tiveram
a oportunidade de conhecer Jesus como nós o conhecemos, corremos o risco de
fazer exatamente o contrário daquilo que Jesus exige de nós. Pode acontecer que
nos coloquemos como intermediários entre Jesus e as pessoas não para
aproximá-las dele, como é a sua vontade, mas para impedir que se aproximem dele
por não serem dignas, negando a elas a oportunidade da graça da conversão e da
vida nova em Cristo.
Reflexão
Em
certas ocasiões, Jesus ensina de modo incisivo e convincente, mais por meio de
gestos do que proferindo palavras. Estas vêm apenas completar a mensagem. Uma
criança normalmente chama a atenção dos adultos: pela simplicidade, reações
imprevisíveis, pureza de coração, liberdade para expressar o que sente e pela
total confiança com que se joga nos braços do pai e da mãe. Os discípulos, por
não compreenderem a missão de Jesus, tentam afastar dele as crianças que lhe
são apresentadas. Diversamente dos discípulos, Jesus as acolhe e as propõe como
modelos para seus seguidores. Do mesmo modo como acolhe as crianças, Jesus
admite e ama com predileção os marginalizados e excluídos da convivência
humana. A Igreja e a assembleia litúrgica não podem excluir ninguém, pois Jesus
veio para todos.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Você se considera como uma criança indefesa e
carente diante de Deus? - Busca aproximar-se cada vez mais dele? - Sua
comunidade valoriza as crianças? - O que de mais importante você acha que a
comunidade faz por elas? - A criança se sente tranquila e confiante diante de
quem as ama. Você se sente assim diante de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
ACOLHENDO OS PEQUENINOS
No tempo de Jesus costumava-se apresentar as crianças aos rabinos e a
outras pessoas importantes para serem abençoadas. Portanto, o fato de trazerem
as crianças para que Jesus lhes impusesse as mãos e as abençoasse foi algo
absolutamente normal. Por que, então, a atitude violenta dos discípulos, para
impedir que as crianças se aproximassem de Jesus?
É que eles ainda não haviam entendido em profundidade o sentido do
ministério do Mestre, o motivo de sua presença na história humana. Faltava-lhes
compreender que Jesus viera para servir os marginalizados de forma a
devolver-lhes a dignidade. E as crianças pertenciam a uma categoria social à
qual se devia especial atenção, por serem vítimas da exclusão da sociedade.
Eram consideradas propriedade do pai, juntamente com os outros haveres. Eram
"coisificadas"!
As palavras de Jesus revestem as crianças de uma dignidade incomparável:
o Reino pertence às pessoas que se assemelham a elas! Portanto, quem deseja
fazer-se discípulo do Reino deve espelhar-se na simplicidade e na confiança das
crianças, deixando de lado a soberba e a arrogância para revestir-se da pureza
de coração, característica dos pequeninos.
Jesus tinha, pois, motivos suficientes para dedicar tempo às crianças.
Ele não podia privá-las de sua amizade, por terem um lugar especial no Reino.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo
no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti.
Comentários do Evangelho
1 - Deixai as crianças...
Primeira
leitura: Josué 24,14-29 - Escolhei hoje a quem quereis servir
Salmo responsorial: Salmo
15,1-2a e 5.7-8.11 - O Senhor é a porção da minha herança!
Evangelho: Mateus 19,
13-15 - Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim, porque
delas é o Reino dos Céus.
As crianças voltam a ser
apresentadas por Jesus como modelo para os discípulos. Apresentar, impor as
mãos e orar, eram símbolos de acolhida na comunidade cristã. Os discípulos
voltam a fazer o papel de adversários do Reino, excluindo as crianças por causa
da sua condição social e colocando obstáculos entre Jesus e elas. Jesus insiste
de novo em que o Reino dos céus é para os que não contam, para os humildes e
simples.
Porém, como podemos
construir esse Reino? Muitas vezes negamos a presença de Deus em outras
pessoas; colocamos nossos projetos acima do projeto de Deus. Devemos reconhecer
que, da mesma forma que os discípulos, nós cristãos, com nosso testemunho,
somos os que colocamos barreiras para que muitos homens e mulheres sejam
impedidos de encontrar e viver o projeto de Jesus.
Custa-nos tornar-nos
crianças em um mundo onde a simplicidade e a humildade passam por níveis
altíssimos de impopularidade, enquanto contravalores como o
orgulho, a cobiça e a prepotência ganham terreno a cada dia. É preciso
trabalhar com intensidade e criatividade para que o mundo conheça e viva os
valores do Reino.
2 - “das crianças é o reino” – Helena
- 1a. Leitura – Josué 24,14-29 – “Eu e minha casa
serviremos o Senhor!”
Josué conclamava o povo de Israel a fazer uma
escolha entre servir ao Senhor ou servir aos deuses a quem se submetiam os
amorreus, habitantes da terra que eles conquistaram. E o povo respondendo
prontamente, prometeu servir o Senhor Deus. No entanto, Josué, lhes abria os
olhos, pois sabia que aquele povo era volúvel: “tirai do meio de vós os deuses
estranhos e inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel”. E
acrescentava dando testemunho: “quanto a mim e à minha família, nós serviremos
ao Senhor”. Nós também podemos fazer a nossa escolha; ou servimos ao Deus que
nos criou e a Ele prestamos culto ou servimos aos ídolos do mundo, dinheiro,
pessoas notáveis, astros, políticos, bens materiais, vícios, prazeres, etc. Se
escolhemos servir a Deus devemos levar em conta de que Ele é ciumento e não
suportará as nossas transgressões e traições. Quando nós assumimos compromisso
com Ele nós o devemos fazer não somente com palavras, mas com obras. Em
qualquer estágio da nossa vida nós podemos servir ao Senhor fielmente quando O
temos como centro da nossa existência. Servir a Deus significa obedecer à Sua
Lei e tê-la gravada no nosso coração para manifestá-la nas nossas obras. Somos
incoerentes quando dizemos que servimos ao projeto de Deus e continuamos com as
mesmas práticas, servindo a ídolos como o dinheiro, ganância, prazeres carnais,
fama, poder, etc... Todavia, não nos basta servir ao Senhor, isoladamente: “eu
e minha casa”, significa, eu e minha família, eu e minha vida, eu e a minha
descendência. Nós vamos à frente e abrimos o caminho para que os outros nos
acompanhem. Que o nosso testemunho, portanto, seja legítimo com o que Deus
espera de nós. - Qual tem sido a sua influência na sua família, para que ela
conheça Jesus? - Você se acha um fiel servidor de Deus? Você já tirou da sua
vida os deuses estranhos? – Você já pode dizer, eu e minha casa servimos ao
Senhor?
Salmo 15 – “O Senhor é a porção da minha
herança!”
Quando escolhemos a Deus como Senhor da nossa
vida nós podemos estar tranquilos, pois, com certeza, Ele está atento a todos
os nossos passos e em tudo o que nos acontece nós percebemos Sua presença. O
salmista proclama que o Senhor é a sua herança e a sua taça, isto é, tudo o que
ele espera na vida e a alegria para a sua caminhada. O Senhor é um guarda fiel
e até de noite nos aconselha quando dormimos.
Evangelho – Mateus 19,13-15 – “das crianças é o
reino”
Jesus nos dá a criança como um modelo para
participarmos do Seu reino. Os homens, na sua maioria, não gostam de ser
tratados como crianças, pois se consideram sábios e inteligentes. No entanto,
Jesus mais uma vez nos fala sobre o valor de sermos como criancinha, isto é,
simples, dependente e confiante. A criança é o símbolo do ser fraco sem
pretensões sociais: ela é simples, não tem poder nem ambição, vazia de si mesma
e pronta para receber o Reino. A dependência, a naturalidade, a confiança, a
entrega nas mãos dos pais, o coração transparente, a alegria, o suplicar, o
pedir, o querer estar perto dos seus, o carinho, a inocência, a falta de
maledicência, tudo isto, faz a diferença entre a criança e o homem velho. O
Senhor quer que nós tenhamos esse coração de criança, renovado, que não julga,
mas espera confiante, que ora e súplica. Somente assim nós poderemos viver o
reino dos céus, aqui! O mundo chama de tolos os que assim vivem, porém o que é
tolice para o mundo é sabedoria para Deus. – Você quer ser como uma criança nas
mãos do Pai? – Você confia plenamente que Deus é Pai e quer olhar por você a
cada momento? - Para você o que significa ser criança? Você age como criança? -
Qual a maior virtude da criança? Procure imitá-la.
Helena Serpa
3 - Deixem vir a mim as crianças - José Salviano
"Então Jesus disse: Deixai as crianças e
não as proibais de virem a mim."
Quando será que nós adultos, pais, irmãos,
professores, impedimos as crianças de irem até Jesus? Isso acontece de várias
maneiras. Começando da nossa casa, nós, os pais, irmãos e padrinhos das
crianças, as impedimos de irem até Jesus, quando não as levamos à, missa,
quando não as matriculamos na catequese, quando não lhes damos bons exemplos de
cristãos, etc. Ah! Já sei o que você está querendo dizer. Eu mandei meu filho
para a missa, sim. Matriculei minha filha na catequese, e até ensinei os dois a
rezar antes de dormir. Ótimo! Mas você deu o exemplo indo à missa também,
rezando na presença deles, os levou para o catecismo?
É como diz o velho ditado. Palavras sem exemplos,
são tiros sem balas. Para a criança, um bom exemplo dos pais vale por mil
palavras. Se seu filho nunca viu você rezando, a fé dele está condenada. Seu
filho, sua filha, são seus imitadores. Eles querem, exigem que as vossas
palavras sejam seguidas de exemplos. Se você diz para seu filho que ele
tem de ser honesto e logo em seguida pega o telefone e fica combinando com o
seu amigo como dar um desfalque na empresa, ou como fazer uma pirataria, você
acha que o seu filho vai escolher ser honesto?
E o professor? Quando ele impede as crianças,
seus alunos, de irem até Jesus? Quando na sua indiferença a qualquer
religião, ele afirma para a classe. Deus? Ah! Deus está na mente das pessoas!
Ou por outro lado, quando o mestre nunca semeia uma palavra de fé para seus
alunos, ou mesmo quando fala mal da Igreja ou dos padres.
A sociedade em geral, por sua vez, impede todo
dia que as crianças cheguem até Jesus. Através dos desenhos que ensinam
violência, vingança (como o desenho de Tom e Jerry) e pornografia (nos filmes).
Assim, desde pequeno, o menino entende que toda aquela loucura feita pelos
adultos e mostrada na tela, é a coisa mais natural desse mundo!
Jesus. Ajude-nos a não amarrar uma corda nos
pescoços das crianças e jogá-las no rio, com os nossos maus exemplos.
Sal
4 - “Comunidade sem crianças é comunidade sem
futuro” - Diac. José da Cruz
1ª Leitura Josué 24, 14-29
Salmo 15(16),5ª “Senhor, vós sois a minha parte de herança e meu cálice”
Evangelho Mateus 19, 13-15
Dizia um sacerdote na nossa paróquia, lá nos anos
80 uma frase que nunca esqueci “Comunidade sem crianças é comunidade sem
futuro”. Trazendo para a nossa atualidade, a questão das crianças em nossas
celebrações é um assunto polêmico. Uns dizem que elas atrapalham porque ficam
correndo pelos corredores, brincando e distraindo a atenção da assembléia, o
que não deixa de ser uma verdade. Há outras pessoas que fazem dura crítica ao
pai ou a coitada da mãe que é maior culpada, porque é folgada e não sabe educar
a criança.
Uma saída que as comunidades têm encontrado é
retirar as crianças do ambiente celebrativo, levando-as para outra sala onde um
jovem ou alguma catequista os distrai com brinquedos e outros passatempo
próprio de crianças. Essa prática que vem sendo incentivada por um grande
número de comunidades dos grandes centros urbanos, resolve de imediato mas é
muito perigosa, uma vez que a criança nunca irá fazer uma experiência
comunitária na assembléia e certamente não se sentirão parte da igreja.
No tempo de Jesus, nessa comunidade do
evangelista Mateus, já tinha esse problema, e um dia os pais levaram as
criancinhas até perto de onde Jesus estava e pediram que ele impusesse as mãos
sobre elas porém, os coordenadores de liturgia, ministros, que eram os discípulos,
não gostaram da idéia e acharam que iria atrapalhar a celebração. Em nossas
comunidades muitas vezes os pais ou até catequistas tentam fazer com que as
crianças se comportem, dizendo que o “padre” está olhando feio lá de cima do
altar, “Olha que o padre vai xingar heim”. Daí a criança cresce com medo do
padre e some da Igreja...
Jesus acolheu as crianças, as abençoou e ainda
deu um “sabão” nos discípulos, dizendo que era para deixar as crianças virem
até ele, porque o Reino dos Céus era para quem se parecesse com uma daquelas
crianças. É preciso dizer que, essa afirmação de Jesus tinha uma razão de ser:
naquele tempo as crianças eram insignificantes, nem eram contadas no censo, por
isso Jesus as inclui no Reino e diz com isso que elas, e todos os pequenos,
marginalizados e desprezados, são os prediletos do Pai. E assim, o ensinamento
torna-se um apelo para que as nossas comunidades cristãs não deixem de acolher
com amor as crianças, através de uma catequese que as insira cada vez mais na
vida em comunidade.
Liturgia comentada
Deixai vir a mim as criancinhas! (Mt 19, 13-15)
Este é um imperativo de Jesus a seus discípulos.
Entre outras qualidades, ressalta a “modernidade de Jesus”, seu caráter
inovador para a época. Com certeza, seus discípulos devem ter ficado surpresos
com a atitude do Mestre. Em seu tempo, a criança ainda não era reconhecida como
“pessoa”. No máximo, um “homúnculo” – futuro homem, projeto de pessoa. Em
certas civilizações, após o nascimento de um bebê, cabia ao pai decidir se a
criança deveria viver, ou não.
Foi apenas no papado de S. Pio X (1903-1914) que
as crianças tiveram autorização para comungar. Mesmo nos anos 50, no Brasil, o
mundo dos adultos era praticamente inacessível à criança. “Criança não dá
palpite! Isto não é assunto de criança” – verberavam os adultos. Por isso
mesmo, é admirável que Jesus proteja os pequeninos da irritabilidade dos
adultos. Mas não se trata de simples afetividade ou simpatia: Jesus vê a
criança como pessoa. Também a elas se dirige o Evangelho. Também elas têm
direito à evangelização.
Jesus não endossaria afirmações comuns entre nós:
“criança dá trabalho / criança é problema / adolescentes são aborrecentes /
Deus me livre de mais um filho!...” Filho muito amado por Maria e José, Jesus
sabia do inestimável valor de um lar simples, mas cheio de amor... A família
permitiu que ele crescesse em estatura, sabedoria e graça (cf. Lc 2,52). Assim,
sabia que a criança tem valor.
Hoje, para nós, que significa “deixar que as
crianças vão a Jesus”? Sem dúvida, significa considerar como prioridade da
família e da Igreja o batismo das crianças, sua catequese e iniciação para a
vida sacramental. Significa que o aborto é crime inominável, pois impede que
venham à vida novos adoradores do Pai. Significa que pais e professores
carregam sobre os ombros uma séria responsabilidade diante de Deus. Significa
que governantes são instrumentos de Deus junto à infância. Sua omissão
certamente terá um preço...
Mais uma vez, nosso olhar deve voltar-se para os
santos. Eles jamais fecharam os olhos para os pequeninos. Lembremos os santos
que fundaram escolas e institutos destinados a educar as crianças, como José de
Calasanz, Paula Montal, Joana de Lestonnac, Dom Bosco, Dom Orione e tantos
outros. Seu amor pela criança irradiava em sociedades ásperas e indiferentes o
mesmo amor de Cristo pelos pequenos.
As crianças estão bem perto de nós? Vamos
levá-las a Jesus?
Orai sem cessar: “Virei em socorro de minhas ovelhas!” (Ez 34,
22)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
HOMILIA DIÁRIA
Abençoe seus filhos
Abençoe seus filhos, abençoe
suas crianças, coloque as mãos sobre elas e ore. Não existe carinho ou afeto
maior!
“Então, Jesus disse: ‘Deixai as crianças e não as
proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus’” (Mt 19,14).
Dizendo isso, Jesus abençoava todas as crianças
pondo as mãos sobre elas. Hoje, a primeira coisa que queria chamar você a
refletir: Quanto é importante abençoarmos as nossas crianças? Estou me dirigindo
primeiro aos pais, falando ao coração deles, pois sobre eles foi constituída
uma autoridade divina, uma autoridade que veio do coração de Deus. Sobre os
pais foi dada a bênção para que eles a passem aos outros, sobretudo aos filhos.
Às vezes, pai e mãe repreendem a criança, chamam
demais a atenção dela! Tudo bem que eles têm de educar os filhos, têm de
colocá-los no caminho certo, ensiná-los a viver; mas, primeiro, os pais têm de
reconhecer a bênção que o filho é. E a melhor maneira é louvar, agradecer,
bendizer a Deus pelos filhos que Ele lhes concedeu; ao mesmo tempo, é
importante fazer o que Jesus fez.
Abençoe seus filhos, abençoe suas crianças,
coloque as mãos sobre elas e ore. Não existe carinho ou afeto maior! Até a
mamãe que tem a criança ainda no seu ventre já pode colocar a mão na sua
barriga e pedir: “Pai, abençoe esse dom maravilhoso que o Senhor me deu”. A
criança no colo, crescendo e também quando já adulta, não deixe, pais, de
abençoá-las. Ao mesmo tempo que nós precisamos abençoar, acolher e amar nossas
crianças, nós não podemos impedir que elas se aproximem do Reino do Céus, não
podemos proibi-las de ir às igrejas, às comunidades. Muito pelo contrário,
temos de cuidar, valorizar, incentivar os nossos pequenos a descobrirem, cada
vez mais, o lugar que elas têm no coração de Deus, o lugar que elas merecem em
nossas igrejas, em nossas comunidades.
Devemos acolher as crianças com amor e nunca
afastá-las da casa de Deus. Ao mesmo tempo, devemos pedir ao Pai do Céu que nos
conceda um coração puro e confiante. Ninguém confia mais em um pai e em uma mãe
do que uma criança. Por isso, nós precisamos ter o coração simples, pedir a
Deus que nos dê essa pureza e essa confiança plena no Seu amor e na Sua
bondade, como uma criança tem quando está no regaço acolhedor da sua mãe.
Cada um de nós deve estar, como criança, no
coração do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista
e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito nos ensine a viver
simples e modestamente; que Ele nos dê sobriedade nos desejos, generosidade na
partilha dos bens que nos emprestas e um coração capaz de perdoar sem medidas.
Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o teu Espírito nos ensine a
viver simples e modestamente; que Ele nos dê sobriedade nos desejos, generosidade
na partilha dos bens que nos emprestas e um coração capaz de perdoar sem
medidas. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito
Santo.