quinta-feira, 13 de outubro de 2022

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/10/2022

ANO C


Lc 12,1-7

Comentário do Evangelho

A confiança em Deus

Diante de um ajuntamento de milhares de pessoas, com certo exagero de Lucas, Jesus fala primeiro aos discípulos, para depois, falar às multidões. De início temos a advertência a não assimilarem a hipocrisia dos fariseus. Jesus, em contundente fala anterior, denunciara esta hipocrisia (Lc 11,37-52). A seguir temos palavras de estímulo aos discípulos para superarem o medo dos poderosos que matam o corpo. A morte não é a última palavra. Devem se entregar confiantes e livres em Deus, dedicados ao anúncio do Reino. As alusões aos pardais e aos cabelos são ditos populares sobre a ciência de Deus. O medo perde sua força. Passa a vigorar a confiança em Deus que vela por seus discípulos. É ele quem anula a morte com o dom da vida eterna.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu não me deixe encantar por falsos exemplos de piedade. Estejam meus olhos sempre fitos em Jesus, cujo exemplo devo seguir para ser agradável a ti.
Fonte: Paulinas em 19/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre aponta o critério para avaliarmos se estamos no caminho do Reino: uma vida transparente. O seguidor de Jesus segue pelo mundo com leveza e alegria verdadeiras, anunciando ao próximo que o Reino do Pai começa já, nesta terra abençoada, que nos foi dada para desfrutar e preservar.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre aponta o critério para avaliarmos se estamos no caminho do Reino: uma vida transparente. O seguidor de Jesus de Nazaré segue pelo mundo com leveza e verdadeira alegria, anunciando ao próximo que o Reino do Pai já começa nesta terra abençoada, que nos foi emprestada por Ele para ser preservada, desfrutada e partilhada.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2018

VIVENDO A PALAVRA

A vida de Jesus foi totalmente transparente. Por isto, Ele não conheceu o medo. Ainda que os poderosos do mundo pudessem tirar-Lhe a vida, o seu Espírito jamais morreria. Para que possamos segui-Lo, Ele nos ensina a evitar a hipocrisia, pois todos nossos atos, por mais ocultos que os consideremos, serão revelados na plena luz.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2020

Reflexão

As autoridades religiosas do tempo de Jesus eram autoridades poderosas e opressoras, que se valiam da ocupação romana e dos privilégios obtidos por ela para oprimir o povo, de modo que o povo era duplamente oprimido: pelos romanos e pelo poder religioso instituído. A religião realizava exatamente o contrário daquilo que o próprio Deus queria. Quando Jesus fala que devemos ter cuidado com o fermento dos fariseus, ele nos diz também que devemos nos preocupar para não sermos contaminados pela hipocrisia, pela sede de poder e pela busca de privilégios pessoais, para que também nós não façamos da nossa religião um meio de opressão, mas sim subamos em cima dos telhados e denunciemos todos os falsos valores da vivência religiosa.
Fonte: CNBB em 19/10/2012

Reflexão

Se há alguma atitude que Jesus não tolera é a hipocrisia, “fermento dos fariseus”. Fingimento. Aparentar uma coisa e ser outra; inverter a escala de valores; confundir, em vez de esclarecer; esconder-se por trás de uma máscara. Um dia a verdade virá à tona. Nem que demore. Jesus recomenda aos discípulos não entrarem pelo caminho da falsidade. Ao contrário, sejam transparentes na transmissão do evangelho e depositem total confiança em Deus. Os verdadeiros discípulos, os “amigos” de Jesus são os que, no tempo da perseguição, vão manter o uso adequado da palavra. Sem medo dos adversários. O Pai não abandonará os discípulos do seu Filho Jesus. Ele cuida dos pormenores: “Até mesmo os cabelos da sua cabeça estão todos contados”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 19/10/2018

Reflexão

Se há alguma atitude que Jesus não tolera é a hipocrisia, “fermento dos fariseus”: fingimento; aparentar uma coisa e ser outra; inverter a escala de valores; confundir, em vez de esclarecer; esconder-se por trás de uma máscara. Um dia a verdade virá à tona. Nem que demore. Jesus recomenda aos discípulos não entrarem pelo caminho da falsidade. Ao contrário, sejam transparentes na transmissão do evangelho e depositem total confiança em Deus. Os verdadeiros discípulos, os “amigos” de Jesus são os que, no tempo da perseguição, vão manter o uso adequado da palavra. Sem medo dos adversários. O Pai não abandonará os discípulos do seu Filho Jesus. Ele cuida dos pormenores: “Até mesmo os cabelos da sua cabeça estão todos contados”.
Oração
Ó Jesus Mestre, preenche nosso espírito de coragem e zelo pelo teu Reino, de modo a enfrentar os adversários com argumentos sólidos e coerência de vida. Não nos deixes esmorecer na luta cotidiana e torna-nos convictos cristãos para continuarmos a expandir o teu Reino de justiça, amor e paz. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/10/2020

Reflexão

O primeiro aspecto para o aprofundamento deste texto é atração de Jesus. Ele atraía as pessoas. Essa atratividade tem que ver com sua forma terna de se aproximar das pessoas, sobretudo das mais necessitadas. A comunicação de Jesus tocava o coração de seus interlocutores.  O segundo aspecto é o fato dele se dirigir diretamente aos discípulos. O ensinamento é para o seio da comunidade. O ponto de partida para um discipulado verdadeiro é evitar a hipocrisia. Depois, é necessário vencer o medo. Haja o que houver, o discípulo deve ser autêntico e corajoso. Os verdadeiros discípulos, os “amigos” de Jesus são os que, no tempo da perseguição, vão manter o uso adequado da palavra. Sem medo dos adversários. O Pai não abandonará os discípulos do seu Filho Jesus. Ele cuida dos pormenores: “Até mesmo os cabelos da sua cabeça estão todos contados”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

NÃO SE DEIXAR CORROMPER

O mau exemplo tem um terrível poder contaminador. É preciso estar atento para não se deixar levar. Os discípulos de Jesus foram alertados a não imitar o procedimento dos fariseus, cuja hipocrisia era bem conhecida.
O Mestre insistiu na inutilidade de viver uma dupla vida, como acontecia com os fariseus, os quais escondiam sua corrupção interior atrás de uma fachada de piedade. Atitude inútil e ridícula porque quem engana o seu semelhante, não consegue enganar a Deus. Por outro lado, haveria de chegar a hora em que as coisas escondidas seriam reveladas pelo Pai do Céu e, então, apareceria a verdadeira identidade dos fariseus. A hipocrisia, pois, não valia a pena. O exemplo dos fariseus não devia ser seguido. Entretanto, não é fácil manter distância do mau exemplo.
A perseguição virá na certa! É preciso que os discípulos superem o medo da morte, tornando-se livres diante dela. Só Deus merece ser temido, pois em suas mãos está a destino eterno de todas as criaturas. Ele é o Senhor da vida e da morte. O máximo que os inimigos poderão fazer será tirar a vida física dos discípulos. Nada mais!
O discípulo permanece sempre atento. Portanto, quando recusa seguir algum mau exemplo é porque deseja ser fiel ao Pai.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, livra-me de seguir os maus exemplos, nem permitas que eu imite quem se comporta de maneira incompatível com a vontade do Pai.
Fonte: Dom Total em 19/10/2018 e 16/10/2020

Meditando o evangelho

ALERTA CONTRA A HIPOCRISIA

A hipocrisia era considerada um defeito incompatível com a condição de discípulo do Reino. Daí ter Jesus falado fortemente contra este desvio da personalidade, tão encontrado em certos membros do grupo dos fariseus e dos mestres da Lei.
A metáfora do "fermento", aplicada à hipocrisia, é significativa. Como o fermento, ela se infiltra no coração das pessoas, transformando-as por dentro. Da mesma forma que se pode distinguir a massa fermentada da não fermentada, assim também a presença da hipocrisia seria claramente perceptível no modo de proceder dos discípulos. Escondê-la seria impossível.
Portanto, os discípulos devem ficar muito atentos à mentalidade hipócrita dos fariseus para não se deixarem "fermentar" por ela, e serem tentados a imitá-los, agindo de forma incompatível com a sua condição. Era grande o perigo de confundir as coisas e transformar as práticas religiosas exteriores em elementos centrais da piedade, esquecendo-se de serem puros de coração e, de fato, totalmente consagrados a Deus. Agindo assim, cairiam na tentação de, como os fariseus e os mestres da Lei, considerar-se homens justos, com o direito de menosprezar os demais, taxando-os de pecadores.
Os discípulos corriam o risco de serem contaminados por esta forma de piedade tão perigosa. Seu modelo de vida deveria ser Jesus, o qual vivia em total coerência com o querer do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu não me deixe encantar por falsos exemplos de piedade. Estejam meus olhos sempre fitos em Jesus, cujo exemplo devo seguir para ser agradável a ti.
Fonte: Dom Total em 16/10/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus continua seu discurso com força e entusiasmo, agora se dirigindo aos discípulos. Havia muita gente em torno de Jesus, mas ele se dirige primeiramente aos seus discípulos e os adverte a terem cuidado com a hipocrisia dos fariseus e a não terem medo das oposições. O que tiverem que anunciar será feito de cima dos telhados. Se tiverem que ter medo de alguém, tenham somente de Deus. Os discípulos têm a proteção de Deus. Jesus os prepara para os momentos difíceis que terão de enfrentar. Não serão aceitos pelas autoridades judaicas e serão aprisionados e mortos sob a autoridade romana. O que foi dito aos primeiros discípulos vale também para nós. Não tenhamos medo de quem mata o corpo e depois não pode fazer mais nada! E estejamos atentos para não nos deixar fermentar pela hipocrisia.
Fonte: NPD Brasil em 19/10/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quem tem medo do Lobo Mau...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Assim dizia o refrão desta música infantil, cantada dentro da história, pelos três porquinhos: Cícero, Prático e Heitor, que se organizaram para enfrentar o Lobo Mau... O refrão era uma forma de encorajamento. Quem não tem medo de algo, não é humano, pois o temor faz parte da natureza humana e todo Herói destemido sem o seu ponto fraco, ou como se diz, o seu calcanhar de Achiles.
Jesus diz abertamente a seus discípulos nesse evangelho, que o Mal, no caso, a hipocrisia dos Fariseus, cedo ou tarde será desmascarado, pois não resistirá ao Bem. A insegurança e o medo fazem parte da vida na pós-modernidade e em nosso dia a dia, quantas situações em que nos sentimos inseguros e impotentes, a mercê das Forças do Mal. São assaltos, violência contra as pessoas, atentados, dos quais nem o Papa escapa, mortes e assassinatos, crimes hediondos, chacinas, a violência no trânsito, nos estádios esportivos, brigas entre gangues, violência policial, e vai por aí afora, isso tudo fora as intempéries do tempo e do planeta, que apenas responde ás agressões que o homem lhe faz. A verdade é que, todo dia o mundo pode acabar, para alguém, por uma dessas circunstâncias.
O que Jesus coloca nesse evangelho é o perigo de termos um medo exagerado das Forças do Mal, e recuarmos diante dele, entregando os pontos, como se diz, quando se deixa de lutar, e se reconhece a vitória e a supremacia do "outro". Na vida de um cristão isso jamais deveria ocorrer!
Simplesmente porque, o Bem que parece oculto e fragilizado em nossa sociedade, vai atingir a sua plenitude no Reino definitivo, pois o Mal já perdeu o primeiro Rond quando Jesus calou o mundo com o seu supremo gesto de amor, ao morrer na cruz do calvário.
Não acreditar nesse Bem, é loucura da parte do homem, pois a busca desse Bem, que só se encontra em Jesus Cristo, é que dá pleno sentido à nossa Vida. E nada há de mais valioso neste mundo, do que esse dom. Guardar do Fermento dos Fariseus é justamente não dar trela aos valores, ideologias, usos e costumes ditados pela Pós-modernidade, e que contrariam os valores do evangelho de Cristo.
Quem entrar nessa onda, e viver em função desse imediatismo, sem considerar a escatologia que irá mostrar quem é o verdadeiro vencedor, é sem dúvida alguma embarcar em uma canoa "furada", é deixar a estrada e pegar o atalho, que não levará a lugar nenhum...

2. Não tenhais medo! - Lc 12,1-7
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus sai da casa do fariseu e é cercado por uma multidão. O clima na casa do fariseu não lhe tinha sido nada favorável, tanto que fariseus e escribas queriam pegá-lo de alguma forma. Queriam surpreendê-lo em alguma palavra para poderem acusá-lo. Pensando no que Jesus disse naquela refeição contra os fariseus, não o imaginamos falando daquele jeito. Jesus teve muita coragem e mostrou-se saturado do que via nos fariseus e nos legistas. Voltando-se agora para a multidão, ele ainda acrescenta: “Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”. E dando ânimo aos discípulos e ao povo, diz duas vezes: “Não tenhais medo!”. “Não tenhais medo dos que matam o corpo e depois não podem fazer mais nada.” Ao longo dos séculos, vimos discípulos de Jesus que não tiveram medo e fizeram ressoar a sua voz.
Fonte: NPD Brasil em 16/10/2020

HOMILIA DIÁRIA

A fé que nos motiva

Postado por: homilia
outubro 19th, 2012

Irmãos e irmãs, o Evangelho nos causa admiração, encantamento e responsabilidade. Diz o Evangelho de São Lucas que as pessoas procuravam Jesus com grande ardor: “milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros” (Lc 12,1-7). E Jesus procurava corresponder a todos, com a ajuda dos apóstolos e discípulos mais próximos.
Mas qual será o motivo de tanto esforço? Fanatismo? Mais um messianismo judaico? Ou uma reação própria de quem encontra um manancial no meio do deserto? Ele o é de fato e ainda mais: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” (Jo 7,38).
Na sequência do registro bíblico, demonstra-se o quanto que o crescimento experimentado pelas pessoas com Jesus diferenciava do notório fermento dos fariseus – composto de hipocrisia – o qual nada comunica de esperança aos corações ressequidos. (cf. Lc 12,1).
Não convém esperarmos o dia do Juízo particular ou final para termos certezas profundas disto (v. 3), mas precisamos abraçar aquilo que é próprio deste tempo de graça proclamado e inaugurado pelo Papa Bento XVI: “o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
No mistério da Sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. At 5,31). É tempo de voltarmo-nos à fonte da Água Viva com desejo de exclamar, na experiência, aquilo que os santos – como Santa Catarina de Sena – dizia: “O Senhor insaciavelmente me sacia!”. Isto porque os santos descobriram que no tempo a experiência de fé no Senhor precisa ser constante, ou seja, até a eternidade.
É o mesmo que dizer: “Conversão é e será para toda a vida!” Que bom, que graça! Que responsabilidade marcada pelo temor: “Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno” (Lc 12,4). Mas motivada pelo amor, daquele que encontrou o Deus Verdadeiro, o qual nos conhece profundamente, valoriza as nossas escolhas e não nos quer amedrontar mas, na certeza de fé, afirmar que somos amados.
N’Ele encontramos o nosso real valor: “Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais” (v. 7). Portanto, o Ano da Fé precisa ser para nós – Igreja Católica – uma ótima oportunidade de testemunhar aos corações sedentos, a fonte única capaz de corresponder à sede de Céu presente em todos nós.
Tempo de testemunho, alegria e esperança, confiança e empenho: “com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus” (Heb 12,2).
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 19/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Combatamos a hipocrisia que está em nós

Combater a hipocrisia que está em nós é o melhor remédio e testemunho que podemos dar para a transformação deste mundo

“Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido” (Lucas 12,1-2).

Os fariseus tinham um problema: eles viviam de aparências. Vivemos numa sociedade que tem o mesmo problema, é a sociedade das aparências, onde tudo aparenta ser uma coisa, onde tudo é belo.
Olhe as propagandas, as imagens na televisão, olhe as fotos que as pessoas colocam nas redes sociais, todo mundo quer aparentar uma coisa. Olhe as caricaturas do mundo político, o que eles realizam lá é o que se realiza na sociedade.
Para a sociedade das aparências, o que importam são as máscaras. Não vivemos o carnaval somente na época do carnaval, a vida é marcada por um constante carnaval onde um fervor de animosidade toma conta dos corações, e cada um usa a máscara mais conveniente para cada situação ou para onde pensa se dar bem. A sociedade da conveniência se junta à sociedade das aparências, e formamos uma sociedade hipócrita.
Precisamos fugir, mas também combater, especialmente em nós, pois todos nós sofremos terrivelmente a tentação de queremos estar melhor para os outros. E “estar melhor” é aparentar ser melhor, saber mais, ter mais e assim por diante. Queremos aparentar o que não somos, o que não sabemos; queremos viver como se tudo estivesse muito bem, quando muitas coisas não estão bem nem dentro de nós.
É preciso ter calma, silenciar a alma e o nosso interior, sair dos combates, das brigas, das competições, inclusive, no mundo virtual, no mundo das redes sociais, e nos voltar para nós e para o nosso interior. Combater a hipocrisia que está em nós é o melhor remédio e o melhor testemunho que podemos dar para a transformação deste mundo.
Quando nos renovamos, quando buscamos coisas autênticas, não engolimos a hipocrisia do mundo. É verdade que o que é aparente gosta do que é aparente, aquilo que é falso atrai o que é falso, a mentira atrai a mentira. Então, vivamos a verdade! E não me refiro à verdade daquilo que acho que é verdade, refiro-me à verdade a respeito de mim, de você, a verdade que liberta do pecado, das aparências, dos erros, dos enganos e das ilusões.
Vivamos em nós o Espírito da Verdade, para que o fermento do farisaísmo não tome conta de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/10/2018

HOMILIA DIÁRIA

Tomemos cuidado com a hipocrisia

“Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido” (Lucas 12,1-2).

Não há mal maior para a nossa personalidade, para o nosso caráter, para a nossa pessoa do que vivermos de aparências, do que escondermos aquilo que somos sob a sombra da hipocrisia. A hipocrisia é, na verdade, um mal terrível que causamos em nós e na sociedade. Ela precisa ser cuidada, tratada e, acima de tudo, combatida.
Muitas vezes, a hipocrisia vai se tornando uma realidade tão dura, tão cruel, mas, ao mesmo tempo, tão comum que vamos nos acostumando com ela e muitas pessoas, muitas vezes, já não sabem mais viver sem ser sob a face da hipocrisia.
A hipocrisia é a face que apresentamos ao mundo e às pessoas e, muitas vezes, não é aquilo que somos, mas as aparências que queremos ser, a imagem que queremos vender, aquele protótipo que queremos que os outros conheçam, achem que somos, pensamos, agimos, e assim por diante.
A primeira coisa, é preciso cuidar das coisas íntimas e particulares, das coisas mínimas da vida. Não dê vasão à pequenas mentiras porque não há meias-verdades, o que há são mentiras subterrâneas que vão se formando, se escondendo debaixo daquilo que fazemos e falamos, e isso vai se colocando como condição de vida.

A hipocrisia é, na verdade, um mal terrível que causamos em nós e na sociedade

Muitas vezes, nos acostumamos a falar uma pequena mentira aqui, uma outra acolá; e, quando não percebemos, isso vai se tornando uma coisa comum na nossa vida. Na verdade, vai se tornando um vício.
Muitas pessoas mentem e elas mesmas acreditam nas suas mentiras. Elas vivem dessa forma, vivem mentiras como se fossem verdades e falam com entusiasmo, falam com uma voz empostada, defendem seus argumentos a ponto de levantar a voz ou até soltar lágrimas para argumentarem, para simplesmente colocarem o seu ponto de vista.
É preciso trabalhar seriamente na luz e na escuridão. Primeiro, para que a luz ilumine as escuridões que vivemos na alma, no coração e nas situações obscuras da vida. Não deixemos nada sem resolver, busquemos ajuda, confissão, direção espiritual, mas não vivamos nada sob aparências falsas, negativas e enganosas. Muitas vezes, achamos que enganamos os outros quando, na verdade, estamos enganando somente a nós mesmos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer, com confiança e gratidão, os dons que nos ofereces: a nossa Vida, esta terra encantada que criaste para nós, e a fé que nos enche de alegria e esperança de chegarmos, um dia, ao teu Reino de Amor para recebermos o teu abraço eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer, com humildade e gratidão, os dons que nos ofereces: a nossa Vida, esta terra encantada que criaste para nós e a fé, que nos enche de alegria e esperança de chegarmos plenamente um dia ao Reino de Amor para receber o teu abraço eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai, que tanto desejamos adorar, livra-nos de todos os temores. Hoje, mais uma vez, a tua Palavra Criadora proclamada por Jesus de Nazaré nos assegura o teu cuidado de Pai Misericordioso, que tem carinhos maternais. Que esta certeza nos faça seguir teu Filho e nosso Irmão por toda existência, pois Ele é nosso Caminho, Verdade e Vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2020