quarta-feira, 4 de março de 2020

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/03/2020

ANO A


Mt 7,7-12

Comentário do Evangelho

Atitude filial com Deus

O evangelho faz parte do primeiro e grande discurso de Jesus, o "Sermão da Montanha", no evangelho segundo Mateus (Mt 5-7). A perícope distancia-se do tom legislativo do conjunto do discurso, à exceção do último versículo, a regra de ouro (v. 12). O trecho repete várias vezes o verbo "pedir" (vv. 7.8.9.10.11). Por que pedir, se Deus sabe o que necessitamos? Primeiramente, porque tudo o que é bom, todo bem procede do Pai: ". quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem!" (v. 11). Segundo, porque o pedido nos abre para uma verdadeira relação filial com o Pai.
A regra de ouro do v. 12 é a conclusão não só do texto de hoje, mas de todo o conjunto que trata da conduta a ser adotada em relação aos nossos semelhantes. É uma regra de solidariedade conhecida também do mundo pagão. O livro do Eclesiástico apresenta a seguinte variante e aplicação da regra de ouro: "Trata o teu vizinho com delicadeza, pensando o que te desagrada; onde ele olha não ponhas a mão, não tropeces com ele na mesma travessa" (Eclo 31,14-15).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração grande, capaz de demonstrar um amor imenso ao meu semelhante, na total gratuidade e sem interpor restrições.
Fonte: Paulinas em 21/02/2013

Comentário do Evangelho

A regra de ouro é uma regra de solidariedade.

Uma leitura simplista do texto da liturgia da palavra de hoje induzirá o leitor a erro. Ele poderia ser levado a pensar que o que ele deseja e pede Deus lhe concederá tal e qual; ou, então, se ele pedir com fé Deus lhe dará. A mensagem do texto é bem outra. Nossa perícope, parte do longo sermão da montanha, utiliza repetidas vezes o verbo “pedir” (vv. 7.8.9.10.11). Deus sabe do que necessitamos (cf. Sl 138). Por que pedir? Em primeiro lugar, para reconhecer que tudo o que é bom procede do Pai (v. 11). Em segundo lugar, porque a súplica em favor das necessidades dos outros e as suas próprias abre a pessoa de fé para a relação filial com Deus Pai, que é a fonte de todo verdadeiro bem. A regra de ouro citada no v. 12 é não somente conclusão do trecho em questão, mas de toda a seção do Sermão da Montanha que trata da conduta a ser adotada em relação ao próximo. A regra de ouro é uma regra de solidariedade, que possibilita a convivência pacífica e respeitosa, anterior ao nosso texto e conhecida no mundo pagão. Um exemplo de aplicação prática e adaptação dessa regra encontra-se, por exemplo, em Eclo 31,14-15.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração grande, capaz de demonstrar um amor imenso ao meu semelhante, na total gratuidade e sem interpor restrições.
Fonte: Paulinas em 13/03/2014

Vivendo a Palavra

Jesus incentiva-nos a pedir, mas alerta que o Pai conhece bem o que é melhor para os filhos. Nos versículos anteriores, Ele ensinara quais são as nossas prioridades: que o Nome de Deus seja santificado; que o seu Reino venha; que sua vontade se faça na terra, como é feita no céu. E mais, que Ele nos dê o pão e o perdão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/02/2013

Vivendo a Palavra

Ao mesmo tempo em que Jesus nos incentiva a fazer nossos pedidos a Deus, Ele nos lembra que o Pai sabe, melhor do que nós, o que nos convém. Assim sejamos sempre agradecidos, ainda que nossos pedidos não se realizem: é certo que a razão do Senhor é o bem maior que Ele quer para nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

Ao mesmo tempo em que Jesus nos incentiva a fazer nossos pedidos a Deus, Ele nos lembra que o Pai sabe, melhor do que nós, o que nos convém. Assim sejamos sempre agradecidos, ainda que nossos pedidos não se realizem: é certo que a razão do Senhor é o Bem Maior que Ele quer para nós.

Reflexão

A oração deve sempre estar vinculada com a prática da vontade do Pai. A nossa oração será ouvida e Deus nos concederá o bem que desejamos somente quando formos capazes de realizar o bem para com os nossos irmãos e irmãs. Sendo assim, Deus somente realizará por nós aquilo que nós queremos que ele nos faça quando formos capazes de realizarmos pelos nossos irmãos e irmãs aquilo que eles esperam de nós, pois estaremos com isso cumprindo a vontade de Deus e ele, como recompensa, cumprirá a nossa vontade.
Fonte: CNBB em 21/02/2013

Reflexão

A oração deve sempre estar vinculada com a prática da vontade do Pai. A nossa oração será ouvida e Deus nos concederá o bem que desejamos somente quando formos capazes de realizar o bem para com os nossos irmãos e irmãs. Sendo assim, Deus somente realizará por nós aquilo que nós queremos que ele nos faça quando formos capazes de realizarmos pelos nossos irmãos e irmãs aquilo que eles esperam de nós, pois estaremos com isso cumprindo a vontade de Deus e ele, como recompensa, cumprirá a nossa vontade.
Fonte: CNBB em 13/03/2014

Reflexão

Só quem se considera carente é que se dispõe a pedir. Os que se julgam autossuficientes mandam, exigem, impõem seus desejos. Essas atitudes não funcionam em relação a Deus. É necessário termos real consciência dos nossos limites humanos, a fim de implorar os benefícios de Deus. É preciso também que tenhamos o coração aberto para acolher as dádivas divinas. Quem apela ao olhar benevolente de Deus precisa ter sensibilidade para com as necessidades do próximo. Isto significa predispor-se a socorrer os necessitados. Essa abertura de coração deixa desimpedido o canal que transporta as graças de Deus até nós. Com razão, Jesus conclui: “Façam às pessoas o mesmo que vocês desejam que elas façam a vocês”.
Oração
Atencioso e providente Jesus, conheces nossos limites e carências, por isso nos orientas a pedir, buscar e bater à porta. São expressões que sugerem humildade, movimento e perseverança. E nos garantes que o Pai celeste atenderá os pedidos dos que o procuram de coração sincero. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Qual a razão de muitas vezes pedirmos e Deus não nos atender? - É que muitas vezes pedimos, sem saber o que será melhor para nós, em vista do Reino de Deus! Como pedir? - Como vamos procurar? - Como vamos bater à porta? - Vejamos como Jesus orou: “Pai, se possível, afasta de mim esse cálice! Todavia, não se faça a minha, mas a vossa vontade!” Procuro descobrir qual é a vontade de Deus a meu respeito?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/03/2014

Meditando o evangelho

O PRECEITO FUNDAMENTAL

No relacionamento com o próximo, os discípulos de Jesus devem pautar-se por um preceito fundamental: "Tudo o que vocês desejam que os outros lhes façam, façam vocês também a eles". Norma formidável para quem deseja relacionar-se, de modo conveniente, com seus semelhantes.
A tradição dos rabinos conhecia uma sentença análoga, com a diferença de ser formulada em forma negativa: "O que vos parece odioso, não o façais a vosso próximo. Eis a Lei! Tudo mais é apenas explicação: Ide e aprendei".
Os discípulos foram instruídos a buscar em si próprios – em suas necessidades e em seus anseios – a regra conveniente de conduta. Dispensam-se as recompensas e os reconhecimentos. A ação flui na mais absoluta gratuidade, na qual o discípulo encontra a alegria e se sente recompensado. Dispensam-se, também, os legalismos casuístas e as restrições. O critério da ação está no coração de quem faz o bem ao próximo.
Alguém poderia objetar que este critério é perigoso, podendo gerar uma forma velada de egoísmo, no qual o indivíduo reduz o próximo a seus esquemas mesquinhos. Este preceito, porém, deverá ser entendido junto com o que Jesus ensinou mais adiante: "Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito". O verdadeiro discípulo tende a alargar o seu coração para torná-lo grande como o coração do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me um coração grande, capaz de demonstrar um amor imenso ao meu semelhante, na total gratuidade e sem interpor restrições.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A BONDADE DO PAI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Um dos traços fundamentais da imagem de Deus, revelada por Jesus, foi a bondade. A insistência neste ponto deveu-se, sem dúvida, às imagens destorcidas que povoavam a fé popular. Muita gente, ontem e hoje, cultua um Deus rigoroso, sempre pronto a castigar, impaciente com as limitações humanas, intransigente quando se trata de cobrar.
O Deus de Jesus Cristo, pelo contrário, prima pela condescendência para com os seres humanos: pronto para atender quando solicitado, disponível para quem o procura, e incapaz de fechar-se para quem se dirige a ele. Tudo o que é bom para a humanidade, ele não se recusa a conceder.
Jesus Cristo constituiu-se no dom mais precioso de que a humanidade carecia. E o Pai soube satisfazê-la. Sem Jesus, os seres humanos caminhavam sem rumo, incapazes de alcançar, por si mesmos, a salvação. Não lhes restava outra perspectiva a não ser a condenação. A vinda de Jesus - enquanto dom do Pai - restituiu-lhes o sentido de viver. Nele todas as coisas encontram sentido.
Este é o ponto de vista com o qual a paixão de Jesus deve ser considerada: aquele que caminha para a morte foi o maior dom que o Pai concedeu à humanidade. Jesus é a prova mais convincente do amor que Deus devota aos seres humanos.
Oração
Espírito de bondade, faze-me compreender que, no Filho Jesus, manifestou-se a prova maior de amor que o Pai tem para comigo.
Fonte: NPD Brasil em 21/02/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O que precisamos, e o que queremos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tenho um amigo que há muito tempo faz sua aposta semanal na mega sena, joga pouca coisa, nada que comprometa o seu orçamento doméstico, mais é uma combinação de números que ele acha que um dia vai dar certo e irá fazê-lo acordar milionário.
Pelo tempo que ele faz sua aposta, me recordo que seu filho mais novo era um adolescente, hoje já é casado e lhe deu dois netos e ele continua jogando. De vez em quando me mostra todo orgulhoso seu arquivo de apostas que já chegou a umas dez caixas pois ele guarda todas as apostas feitas e já chegou perto das famosas seis dezenas. Um dia perguntou se havia algum mal nisso, se era pecado...
Confesso que não soube o que lhe responder, pois como falei no início, o valor é tão pouco que em nada compromete o orçamento familiar, normalmente se considera pecado quando se tira daquilo que é essencial, para apostar em jogos de azar... Meu amigo não faz e nunca fez isso, entretanto...
O pecado está no fato dele colocar toda sua esperança de ser feliz um dia, na possibilidade de tornar-se um milionário acertando na mega sena. Se fizermos uma cuidadosa releitura da situação, vamos concluir que ele não é feliz com o que Deus lhe deu, um bom emprego, uma ótima família, uma situação econômica tranquila, não é rico mais consegue dar a família todo conforto. Aposentou-se mais continua trabalhando, portanto com a renda duplicada... Sente que ainda há algo a ser buscado, quer ficar rico, quer porque quer ser milionário, achando que isso vai fazê-lo feliz... Tudo que Deus lhe deu parece que não foi suficiente. Aí é que está o problema, o que queremos que Deus nos dê, e o que de fato precisamos. A comunidade Mateus vacilava bastante nesse sentido, era uma Fé meio desconfiada...
Do que o homem precisa para ser feliz, qual a sua dependência primeira? Se meu amigo fosse tão insistente e perseverante em buscar a Deus, como tem buscado na aposta semanal, certamente já sentiria uma alegria, uma paz e uma felicidade que nenhuma fortuna no mundo poderia lhe dar... É isso que o evangelista São Mateus aborda nesse evangelho. O que pedimos, o que buscamos e o que mais queremos, só Deus pode nos dar, Nele e somente Nele devemos ter toda confiança, somente Nele devemos por toda nossa esperança, e em nada mais...
Imaginem uma criança que ainda não atingiu o uso da razão, e que depende totalmente dos pais, toma a mamadeira com toda confiança e alegria, jamais irá perguntar a mãe se o leite está bom, ou se não está envenenado... Se os pais sabem e dão coisas boas e necessárias aos filhos, quanto mais Deus sabe atender e de fato atende, todas as nossas necessidades. Vejamos bem, ele atende as nossas necessidades, não os nossos caprichos, nossos sonhos de consumismo e de riqueza, nossas fantasias e ilusões que temos nesta vida...

2. Tudo quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o vós também a eles - Mt 7,7-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Vamos imitar o Pai, que dá coisas boas e faz sempre o bem. Vamos mostrar na prática o rosto bondoso de Deus. Aos três verbos “pedir, procurar e bater” correspondem outros três: dar, encontrar e abrir. Temos que acreditar que Deus não nos deixará frustrados, de mãos vazias. Batemos na porta com insistência e ele vai abri-la. São Mateus diz que Deus dá coisas boas a quem pede. São Lucas diz que as coisas boas são o Espírito Santo. Deus dá o Espírito Santo e nele temos tudo do que precisamos. São Tiago diz que pedimos e não recebemos porque pedimos mal, porque estamos interessados apenas no nosso bem-estar. Diz ele também que a “oração fervorosa do justo tem grande poder”. Fiquemos com esta regra de ouro e procuremos pô-la em prática: “Fazer aos outros o que queremos que façam a nós”. Você não gosta de ser bem tratado? Você não gosta de ser bem atendido, quando faz perguntas ou procura por alguma coisa? Mesmo se for preciso tomar uma atitude enérgica com alguém, não o deixe sem ajuda. Se tiver que fechar uma porta para alguém, abra outra, ou abra uma janela. Faça alguma coisa. Não fique apenas nas palavras. Dê a quem pede, ajude quem procura a encontrar, abra a porta a quem bate.

HOMILIA

O TEMPO DE DEUS E DIFERENTE DO NOSSO

Este texto do evangelho de hoje, muitas vezes o lemos ou escutamos. Por ser repetido várias vezes corremos o risco de o fazer novamente corridos, sem uma mínima atenção. Mas hoje Deus nos convida a olharmos com calma para este trecho e nos suscita uma pergunta. Jesus nos manda rezar e pedir: “Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão de abrir-vos”. Todavia, como têm sido as nossas orações, ou seja, com que intensidade temos rezado?
Poderíamos para e ficar somente neste trecho para saborear a sua riqueza e certeza de que as nossas dúvidas se desvanecem, os nossos medos se dissipam diante da certeza de que Mateus se faz eco, colocando tais palavras na boca de Jesus. Mas continua a leitura e Cristo reforça mais ainda esta certeza de que, “quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão de abrir”.
Na sociedade de consumo, todos agem por interesse. Vive-se o ditado: “hoje em dia já ninguém dá nada a ninguém…” e nós vamos “embarcando” com este dito – talvez moderno incrementado na sociedade pouco afetiva dos nossos dias – sem olhar para tantos momentos em que Deus afinal ali está. Sim, Ele ali está e nos escuta, nos faz encontrar com Ele, conosco e com os outros, nos abre a porta sem que nos demos conta de que isso acontece. E teimamos em duvidar, em esquecer d’ Ele, das Suas ações em favor dos Homens, em nosso favor.
O Evangelho continua a exercer sobre mim uma reflexão enorme porque vai buscar o valor do amor da família, ainda que tantas vezes humanamente as nossas ações sejam a de pessoas más, mas que no meio do seu ser “mau” não pode dar coisas más aos que ama: “qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem.”
Em nossos dias assistimos muitas vezes episódios de uma criança vai pedir dinheiro à mãe para comprar, por exemplo, uma guloseima e recebe como resposta um simples “tu sabes que a mãe não tem dinheiro…” e a tristeza instalou-se na voz de tal criança. O querer e o ter que nem sempre depende das nossas capacidades humanas. E continuamos a pedir ao Pai e nem sempre entendemos, ou nem sempre entendo eu, porque parece Deus não olhar pelos que mais precisam pelos que querem trabalhar com dignidade, pelas crianças e velhinhos que precisam receber toda a atenção e todo o carinho. E pedimos, batemos à porta de Deus, procuramos soluções para tantas necessidades. E Deus escuta, pode não responder logo, mas… sem dúvida que o evangelho de hoje volta a recordar em mim a certeza de que, a seu tempo, Deus nos escuta. Pode não ser no nosso tempo ou no que nós gostaríamos. Mas sim, indubitavelmente Ele escuta, encontra-nos e abre portas.
O final do Evangelho levou-me então a uma reflexão que nunca tinha feito. Nós pedimos a Deus… esperamos de Deus… mas será que Ele nem sempre nos ouve porque nós não somos capazes de ser sinal da Sua presença? Será que eu mesmo nem sempre sou capaz de viver o grande desafio que Cristo lança de imediato ao dizer que, “portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas”, será isto que falha à minha humanidade, à minha sociedade, à minha Eclesialidade? Fazer aos outros o mesmo que queremos que nos façam… estará aqui a questão central das nossas incertezas, tristezas, dúvidas e tentações de duvidar de Deus? Posso partilhar que muitas vezes ao ouvir ou ler este evangelho me questionava... mas tá? Tudo bem? É pedir e receber...parece tão simples, tão fácil...mas quantas coisas pedimos e não recebemos?
Refletindo com mais calma sobre o trecho caiu a ficha que em nenhum momento Jesus disse quando será dado, quando será achado, quando a porta será aberta. Ele apenas diz: "Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta". A nossa mentalidade é que já está programada pra pensar que o tempo entre pedir e receber tem que ser curto.."pra ontem". Como quase tudo na sociedade moderna tem que ser "pra ontem", tem que ser em alta velocidade, tem que apresentar resultado rápido.
Mas precisamos lembrar que o tempo é criatura de Deus, que Deus é o Senhor do tempo, e sua ação em nossas vidas não precisa respeitar a cronologia humana, e sim a nossa cronologia precisa respeitar, mesmo muitas vezes sem compreender, o "tempo de Deus".  A nós e simplesmente o pedir. E o nosso "Pedir", o "Procurar", o "Bater" precisam ser constantes, de cristão que entendem que é a vontade de Deus e não a nossa... que também é o tempo de Deus e não o nosso…
Pai, dá-me um coração grande, capaz de demonstrar um amor imenso ao meu semelhante, na total gratuidade, sem interpor restrições e sobretudo a respeitar o vosso tempo. Que não se façam as coisas como quero e sim como vós quereis e na hora em quereis ó meu Deus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Senhor, atende o meu clamor!

Postado por: homilia
fevereiro 21st, 2013

«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos» (Mt 7,7). É o que o Senhor Jesus nos diz neste texto de hoje. Por isso, meu irmão e minha irmã; esforça-te por agradar ao Senhor, espera-o interiormente sem te cansares, procura-o por meio dos teus pensamentos, exerce violência sobre a tua vontade e as suas decisões, domina-as para que tendam continuamente para Ele, e verás como Ele vem junto de ti e aí estabelecerá a sua morada (cf. Jo 14,23).
Aí Cristo ficará, observando o teu raciocínio, os teus pensamentos, as tuas reflexões, examinando a forma como o procuras, se é com toda a tua alma ou com moleza e negligência. E, quando vir que O procuras com ardor, imediatamente se manifestará a ti, te aparecerá, te concederá o seu auxílio, te dará a vitória e te livrará dos teus inimigos.
Com efeito, quando tiver visto como tu O procuras, como n’Ele depositas continuamente toda a tua esperança, então instruir-te-á, ensinar-te-á a verdadeira oração, dar-te-á essa caridade verdadeira que é Ele mesmo. Tornar-se-á então tudo para ti: paraíso, árvore da vida, pérola preciosa, coroa, arquiteto, cultivador, um Ser sujeito ao sofrimento mas não abatido por ele, homem, Deus, vinho, Água Viva, Esposo combatente, armadura, Cristo “tudo em todos” (cf. 1Cor 15,28).
Tal como uma criança não pode alimentar-se nem cuidar de si mesma, mas só pode olhar chorando para sua mãe, até que seja tocada de compaixão e se ocupe dela, assim as  almas crentes esperam sempre em Cristo e lhe atribuem toda a justiça. Tal como “o sarmento seca se for separado da videira” (Jo 15,6), assim faz aquele que quer ser justo sem Cristo. Tal como o que é “um salteador e um ladrão que não entra pela porta mas passa por outro sítio” (Jo 10,1), assim acontece com o que se quer tornar justo sem Aquele que justifica.
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor!” (Sl 5,2). Tu vieste não só por piedade para com o teu povo Israel, mas para salvar todas as nações. Não só para restaurar uma parte da terra, mas para renovar o mundo inteiro. Por isso, “presta atenção às minhas palavras, Senhor!” Não rejeites a minha súplica como indigna; não recuses a minha oração. Eu não peço ouro nem riquezas. É desejando o amor e o respeito por Ti que clamo sem cessar: “Presta atenção às minhas palavras, Senhor!”
Israel gozou dos teus bens; também eu farei a experiência dos teus benefícios. Conduziste-o para fora do Egito; retira-me a mim do erro. Resgataste-o do Faraó; liberta-me do autor do mal. Guiaste-o com a coluna de fogo; ilumina-me com o teu Espírito Santo. Israel comeu o pão dos anjos no deserto; dá-me o teu Corpo santíssimo. Ele bebeu a água do rochedo; sacia-me com o Sangue do teu lado. Israel recebeu as tábuas da Lei; grava o teu Evangelho no meu coração.
“Presta atenção às minhas palavras, Senhor! Atende o meu grito!” Graças a esse grito, Moisés tornou a criação aliada do teu povo; graças a esse clamor, Josué travou o curso do sol (Js 10,12); graças a esse grito, Elias tornou estéreis as nuvens do céu (1Rs 17,1); foi graças a esse lamento que Ana deu à luz um filho, contra toda a esperança (1Sm 1,10s). “Senhor, atende o meu clamor!”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor transforma o nosso luto em alegria!

Desespero não salva nem ajuda ninguém, pode até fazer as coisas piorarem, mas a oração suplicante e confiante de quem se coloca nos braços de Deus faz milagres e transforma o nosso luto em alegria.

Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7,12).

A Primeira Leitura da Missa de hoje nos apresenta o exemplo da rainha Ester, que, ao temer o perigo de morte que se aproximava, ela foi buscar refúgio no coração do nosso Deus, se prostrou diante do Senhor  e fez uma oração fervorosa do amanhecer até que a noite chegasse. Pediu que Deus interviesse em favor do seu povo, que Ele livrasse, socorresse e ajudasse o seu povo. ”Livra-nos, Senhor, das mãos dos nossos inimigos. Transforma, Senhor, o nosso luto em alegria e as nossas dores em bem-estar” (Ester 4, 17ss).
Ester, para nós, é o exemplo da mulher intercessora, do homem intercessor, daquele que se coloca na presença de Deus e acredita que tudo pode ser mudado, tudo pode ser alcançado pela força da oração. A oração confiante não é a oração daquela pessoa que é conformista, que diz assim: ”Não, tem que ser assim, vai ser assim, não tem mais jeito!”. Não existe isso para aquele que confia em Deus! Claro que a oração, ao mesmo tempo que nos ajuda a vivermos situações que não conseguimos mudar, também movimenta o céu, movimenta o coração de Deus, por isso ela alcança milagres. Coisas que nós achamos que não têm mais jeito, eu tenho que dizer a você e ao seu coração que elas têm jeito sim [com a oração]!
Imagina, se nós que não somos pessoas tão boas, quando nossos filhos insistem muito conosco, cedemos aos pedidos deles só para nos ver livres da chateação deles. Imaginem o Nosso Pai o que não fará para mudar até coisas naturais que, muitas vezes, irão acontecer [para nos socorrer].
Como nós precisamos de intercessores nos dias de hoje! Não de intercessores desesperados, sem confiança, mas de intercessores que sejam sóbrios, confiantes, que sabem que Deus é o refúgio seguro. De intercessores que se prostrem no chão, que supliquem à mão poderosa de Deus que nos livrem dos males deste mundo, das tragédias, das desgraças. Precisamos de intercessores que supliquem a oração do livramento, porque, ao vermos coisas ruins acontecerem, nós simplesmente podemos lamentar.
Lamentamos muito, mas oramos muito também e precisamos orar mais ainda, pedir mais ainda, suplicar mais ainda a luz de Deus sobre as situações difíceis que nossa família, que a nossa casa, que nosso filho ou que algum parente esteja enfrentando. Desespero não salva nem ajuda ninguém, pode até fazer as coisas piorarem, mas a oração suplicante e confiante daquele que se coloca nos braços de Deus faz milagres e transforma coisas ruins em boas.
Que sejamos homens e mulheres da oração que movimenta o coração de Deus!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/03/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a entrega incondicional em tuas mãos. Que peçamos – sim e sempre! – mas que seja feita a tua vontade; que tenhamos disposição e coragem para perdoar e sejamos libertados do mal – do único mal, que consiste em nos afastarmos de Ti. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/02/2013

Oração Final
Pai Santo, duas coisas te pedimos: confiança na tua Providência e gratidão pelo teu Amor. Que saibamos compreender que os teus desígnios constituem o melhor caminho, ainda que não sejam os que traçamos por nossa vontade. Faze-nos discípulos alegres e solidários, te pedimos por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/03/2014

ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, duas coisas te pedimos: confiança na tua Providência e gratidão pelo teu Amor. Que saibamos compreender que os teus desígnios constituem o melhor caminho para nós, ainda que não sejam os que traçamos por nossa pobre vontade. Faze-nos discípulos alegres e solidários, nós Te pedimos por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.