ANO C
Jo 4,43-54
Comentário do Evangelho
Confiança na palavra de Jesus.
Trata-se aqui, depois das bodas de Caná, do segundo sinal (v. 54). O sinal não é evidente por si mesmo, uma vez que ele aponta para outra realidade. Do ponto de vista do evangelho, o sinal exige discernimento e o salto da fé. Se o que Jesus realiza é visto como sinal, então, ele conduz à fé (cf. Jo 2,11; 4,53b; 20,30-31). Jesus é apresentado como Aquele cuja palavra faz viver. Sua palavra é eficaz, realiza o que diz, assim como a Palavra de Deus no primeiro relato da criação, em que todo o universo conhece a existência pela palavra criadora e eficaz de Deus (Gn 1,1–2,4a). Não há nenhum gesto feito por Jesus. Há uma palavra dita, palavra de Jesus que o funcionário do rei acreditou. Por essa palavra, o funcionário e todos os de sua casa puderam ver irromper um tempo novo em que a vida é transfigurada. A confiança na palavra do Senhor permite viver e constatar que para Deus nada é impossível. Para o leitor deste relato há um convite à confiança na palavra eficaz de Jesus. Essa confiança é um caminho que permite experimentar e conhecer a vida como dom de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a ele eu suplicar.
Vivendo a Palavra
Aquele pai não precisou ver o filho curado para acreditar em Jesus. A Palavra bastou. Nós temos a Palavra do Mestre, que nos promete sua Presença em nós e entre nós até o fim dos tempos. Proclamemos entre os irmãos nossa certeza e gratidão por tamanho dom.
VIVENDO A PALAVRA
Aquele pai não precisou ver o filho curado para acreditar em Jesus. A Palavra do Mestre bastou. Nós temos essa Palavra: Jesus nos promete sua Presença em nós e entre nós até o fim dos tempos. Creiamos nela e proclamemos entre os irmãos nossa certeza e gratidão por tamanho Dom.
VIVENDO A PALAVRA
O Evangelho proclamado apresenta Jesus anunciando, com sinais, a chegada do Reino do Pai. Ele começava a concretizar o Tempo Messiânico, profetizado por Isaías. Desde então, vivemos esse Tempo de Graça. A realização entre nós do Reino de Deus foi deixada pelo Mestre da Galileia como missão para a sua Igreja. Hoje, a tarefa é nossa.
Reflexão
Jesus declarou que um profeta não é honrado na sua própria terra. Como ele foi criado na cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, fazia referência aos galileus, que precisavam de sinais e prodígios para crer e ficavam exigindo que Jesus operasse milagres que testemunhariam que ele de fato era o Filho de Deus. Jesus nos mostra que o processo é justamente o contrário: não são os sinais que devem nos levar a crer, mas é a nossa fé que deve produzir sinais de Reino de Deus, sinais de fraternidade, de justiça, de amor, de vida em abundância. Porque ter fé significa ter a presença amorosa e solidária de Deus em todos os momentos da vida.
Reflexão
Um funcionário do rei Herodes Antipas já ouvira falar a respeito de Jesus e vai ao seu encontro para pedir-lhe a cura do filho. Jesus questiona a qualidade da fé do funcionário: “Se vocês não veem sinais e prodígios, não acreditam de modo nenhum”. O funcionário aflito, de forma imperativa, impõe urgência: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!”. Jesus se adapta aos modos do pai angustiado e o despede garantindo-lhe a cura do filho. O homem acredita na palavra de Jesus. Na mesma hora o doente sente-se em plena saúde. O prólogo do Evangelho de João nos recorda que “a Palavra era Deus… O que estava nela era vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1,4). A fé que, a princípio, era apenas do funcionário, estendeu-se a toda a sua família.
Oração
Ó Jesus, peregrino incansável, com teu poder, e a distância, curaste, em Caná da Galileia, o filho de um funcionário do rei. Nós te bendizemos porque não fazes distinção de pessoas; ao contrário, socorres a quem te busca de coração sincero implorando humildemente teus favores. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Reflexão
O relato da cura do filho do oficial romano é o segundo dos sete sinais narrados pelo Evangelho de João. Enquanto em algumas cidades é rejeitado, na Galileia Jesus é bem acolhido por aqueles que veem o que ele realiza. A boa acolhida, porém, pode ser fruto da expectativa de ver sinais. Uma fé que necessita de milagres para acreditar é uma fé frágil que nem atinge os objetivos. Em Caná, onde realizou o primeiro sinal, o oficial vai ao encontro de Jesus para que cure o seu filho. Movido pela fé, o oficial procura o Mestre e reconhece que ele não é simples taumaturgo, mas possui a palavra que cria nova realidade. A fé desse oficial não acomoda, mas é uma fé dinâmica e envolvente que desinstala do comodismo. Quaresma é tempo de caminhada alegre rumo à Páscoa: caminhada de descoberta de si mesmo e do Deus surpreendente e amoroso.
Oração
Ó Jesus, peregrino incansável, com teu poder, e a distância, curaste, em Caná da Galileia, o filho de um funcionário do rei. Nós te bendizemos porque não fazes distinção de pessoas; ao contrário, socorres a quem te busca de coração sincero implorando humildemente teus favores. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Reflexão
Em vez de “milagres”, o evangelista João adota o termo “sinais” para designar os feitos extraordinários que Jesus realizou. Ao todo, ao longo de seu Evangelho, João apresenta sete sinais; recordemos que o número sete na Bíblia significa plenitude. Inicialmente, Jesus afirma que sem sinais e prodígios o povo não é capaz de acreditar; e, ao ser interpelado por um pai aflito, Jesus, de forma simples, diz que a cura esperada já aconteceu. O pai da criança constata o que Jesus realizou e, por causa desse sinal, passa a acreditar. Os sinais realizados por Jesus têm, sim, caráter extraordinário, mas, sobretudo, pedagógico; não tem valor em si o “fora do normal”, mas o que esse sinal pode provocar de adesão ao projeto proposto por Jesus. O dia a dia, sim, deve se tornar extraordinário e nos motivar a construir um mundo mais justo e fraterno onde a vida de todos transborde.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Recadinho
Preciso de milagre para viver minha fé? - E para meu lar, preciso buscar algum socorro especial de Deus? - Será que o maior milagre que me falta não depende de mim, de meu coração? - Encaro minha vida a partir da cruz de Cristo? - Rezemos hoje, de coração sincero, com Santo Agostinho: “Nosso coração está inquieto, Senhor, até que descanse em vós!”
Meditando o evangelho
EM BUSCA DA VIDA
A ação taumatúrgica de Jesus despertava grande interesse. Seus milagres eram manifestações palpáveis de seu poder sobre a vida humana. Por isso, acorriam a ele gente de todos os lugares, suplicando-lhe a cura. E todos eram atendidos, sem distinção. Exigia-se, apenas, a fé de quem desejava ser curado. Sem esta fé, o gesto de Jesus poderia ser interpretado como uma espécie de passe de mágica.
Até um oficial do imperador romano, pagão certamente, movido pela fé, dirigiu-se a Jesus para implorar por seu filho, às portas da morte. O Mestre questionou-o, como se estivesse subordinando o ato de fé à visão de sinais e prodígios realizados por ele. O oficial, no entanto, manifestou uma fé profunda, pelo fato mesmo de partir, imediatamente, assim que Jesus lhe garantiu que seu filho estava vivo. Ao constatar o milagre, ele e toda a sua família abraçaram a fé.
A existência de Jesus pode ser definida como um contínuo partilhar vida. Ele veio trazer vida e não se recusava a atender a quem se aproximava dele implorando vida.
É paradoxal que, apesar dos sinais realizados por Jesus, que revelavam sua identidade, houvesse sempre quem o colocasse sob suspeita. Mesmo assim, o Mestre continuava a dar provas de que viera para comunicar vida, e vida em abundância.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, reconheço que és a fonte da vida! Faze-me participar desta vida que jorra de ti.
Meditando o evangelho
Oração
Senhor Jesus, reconheço que és a fonte da vida! Faze-me participar desta vida que jorra de ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Meditando o evangelho
SERVIR SEM PRECONCEITOS
O ministério de Jesus não foi contaminado por preconceito de espécie alguma, dentre aqueles comuns na sua época. A cura do filho do funcionário do rei ilustra esta atitude característica do Mestre.
Quem se dirigiu a Jesus, pedindo-lhe a cura do seu filho, foi um funcionário do rei Herodes Antipas. Sem dúvida, tratava-se de um pagão, a serviço dos romanos, sob cuja dominação estava o povo judeu. Era bem conhecida a ojeriza dos judeus pelos romanos. Estes representavam o que havia de pior, e deviam ser evitados. Portanto, esperava-se de Jesus um gesto firme de recusa à solicitação daquele funcionário: para os pagãos, a morte.
Este gesto, porém, não era o parâmetro das ações do Mestre. Seu olhar desvia-se dos elementos exteriores, para se fixar no coração daquele pai suplicante. Quando encontra fé e sinceridade, Jesus jamais se recusa a atender a um pedido, de quem quer que o faça. Sem fé, nada feito. Foi o que aconteceu em Nazaré, sua cidade natal, onde não realizou nenhum milagre por causa da incredulidade de seus habitantes.
Toda a vida de Jesus, culminada na morte e ressurreição, foi um serviço prestado à humanidade, sem distinções, nem privilégios. É suficiente acercar-se de dele, com a mesma predisposição do funcionário pagão, cuja súplica foi prontamente atendida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a ele eu suplicar.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Vai, teu filho está passando bem!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Um Oficial romano tem a sua disposição muitos serviçais, é um homem acostumado a dar ordens, é aquela pessoa que a gente diz que “Manda e não pede”.
Mas a exemplo do baixinho Zaqueu, que também ocupava um posto muito importante, mas na hora que quis ver Jesus deixou de lado suas honrarias e subiu em uma árvore, esse oficial fez o mesmo. Foi até Jesus e rogou-lhe que descesse e curasse o seu filho que estava enfermo. Para descer até onde estava o enfermo, certamente Jesus teria que sair do seu percurso normal que naquele momento fazia.
A primeira impressão é que Jesus aproveita para “passar um sabão” no tal oficial “Se não virdes milagres e prodígios, não credes”. O Evangelista João omite o resto da conversa e só coloca o principal, isso é, o Oficial insistiu “Senhor, desce antes que o meu filho morra”.
A frase de Jesus “Vai, teu filho está passando bem”, não se trata de um menosprezo por parte dele, como se nem estivesse preocupado com o pedido desesperado daquele pai. O que provoca e motiva um milagre é a Fé autêntica em Jesus Cristo, por isso nem foi preciso Jesus ir até o enfermo, e nem fazer algum rito sobrenatural e espetacular.
O homem acreditou na Palavra de Jesus e partiu. Um oficial que está acostumado a dar ordens a tantos servos a seu serviço exclusivo, obedece e acredita na Palavra de um Galileu porque sua Fé o faz ver quem é realmente aquele homem, do qual sempre ouviu falar maravilhas.
Mas a boa notícia o encontra ainda a caminho: “Ontem na hora sétima a febre o deixou”. Exatamente na hora em que Jesus dissera “Vai, teu filho passa bem”. Bonito mesmo é o testemunho do Oficial, que levou todos da sua casa a crerem em Jesus.
Jesus não é concorrente da Medicina, ciência que provém de Deus, e que se destina ao nosso bem, mas o que o texto evidencia á a sua força libertadora colocada a total disposição do Homem que crê e que lhe abre o coração. Lembrando que as ações desencadeadas pela Fé, em nossa vida, nem sempre seguem os caminhos da lógica humana...
2. O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu... - Jo 4,43-54
Os sinais de Jesus no Evangelho de São João mostram onde Jesus quer que seus discípulos estejam. Devem estar onde Jesus está, agora e no futuro. Outro dia estava numa festa de casamento em Caná da Galileia. Hoje está de novo em Caná junto de um pai angustiado com a saúde de seu filho. Ontem celebraram o amor que gera vida. Hoje celebram o amor que vence a morte. São estas as celebrações do discípulo de Jesus.
HOMILIA
O TEU FILHO VAI VIVER
Teu filho vai viver. É a garantia que Jesus dá ao homem cujo filho estava a beira da morte. No texto de hoje mais uma vez estamos diante de um milagre ou simplesmente sinal, característica fundamental do Evangelho de Jesus Segundo São João.
Jesus conforme nos narra o evangelho, sai da sua terra e vai para Galileia. Como era de esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém, aquando da celebração da páscoa é bem recebido. E por encontrar receptibilidade continua fazendo milagres. É de salientar que apesar de Galiléia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que tinha transformado a água em vinho por causa da fé daqueles homens.
Hoje neste trecho do Evangelho salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida como sendo o dom de Deus.
Evangelho de São João, respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a sua autoridade: “Eu Sou a Vida” (Jo 14,6). Muitas vezes me pergunto sobre o profundo sentido dessa afirmativa. Em outro tópico Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou a Ressurreição e a Vida” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova vida, após a morte”.
Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas palavras ao funcionário do rei: Podes ir, que teu filho está vivo.
Para os homens com grande fé como o alto funcionário do rei, novos céus e nova terra existirão. Porque na verdade reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação eterna.
A plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas. A vida humana, acima de tudo, é dom de Deus: vem de Deus e se realiza na posse terrena e eterna de Deus. Foi essa a vida que Deus concedeu a nossos primeiros pais e Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de sua vida, morte e Ressurreição. Por isso Santo Agostinho afirma, com tanta propriedade: “O nosso coração está inquieto até que descanse em Vós”.
De regresso a casa, «ele creu, com todos os da sua casa». Gente que não viu nem ouviu Jesus acredita nEle. Que ensinamento se retira daqui? É preciso acreditar nEle sem exigir milagres: não é preciso exigir a Deus provas do Seu poder. Basta acreditar nas Suas palavras: O teu filho vai viver. Os teus serão libertos da situação em que se encontram. Acredite. É Jesus quem está falando! Ele quer curar todas as nossas feridas e enfermidades. Quer libertar os nossos de todos os vícios e pecados. Ele quer ressuscitar os membros do nosso corpo e dar-lhes nova vida. Nos nossos dias, quantas pessoas mostram um maior amor a Deus depois de seus filhos ou sua mulher terem recebido alívio na doença?
Ontem como hoje Ele continua fazendo milagres e prodígios. Mesmo que os nossos votos não sejam atendidos, é preciso perseverar nas ações de graça e de louvor. Permaneça ligado a Deus mesmo na adversidade, no abandono, na dor, na tristeza ainda que a morte venha bater a sua porta. Não perca a esperança de que os teus hão de viver, e viver para sempre. Confiar, e esperar com fé firme em Deus é optar pela vida. Por isso, escolha, pois a vida descansando nos braços e no colo de Jesus para que tenha vida e vida em abundância.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
REFLEXÕES DE HOJE
SEGUNDA
HOMILIA DIÁRIA
É preciso ter fé e acreditar que Deus está agindo por nós!
Nós seremos questionados se fomos à igreja ou se não fomos, por isso, a nossa fé naquilo que Jesus pode fazer por nós será a coisa mais providencial para vermos a mão de Deus agindo.
”’O funcionário do rei disse: Senhor, desce, antes que meu filho morra! Jesus lhe disse: ‘Podes ir, teu filho está vivo”’ (João 4,49).
Na narração do Evangelho de hoje, Jesus volta a Galileia e ali é recebido com muito entusiasmo; mas o entusiasmo daquelas pessoas é porque querem ver os milagres e os prodígios de Jesus, muitas vezes, muito mais do que pela fé e confiança na pessoa do Mestre.
Ele volta para Caná da Galileia, onde realizou o Seu primeiro milagre: a transformação da água em vinho. Até aquele momento as pessoas se recordavam daquele fato prodigioso de Jesus naquele lugar, por isso, o funcionário do rei se aproxima do Senhor e pede a Ele: ”O meu filho está doente, faz algo por ele”. O funcionário daquele rei sabe que o Messias pode curar seu filho doente, sabe que o Senhor pode fazer algo por seu filho enfermo. Óbvio que Jesus questiona o entusiasmo dele, como o entusiasmo daquelas pessoas: ”Porque se vocês não veem sinais e prodígios, vocês não irão acreditar”.
O funcionário do rei cai em si, mas implora com mais insistência: ”Por favor, Senhor, desce antes que o meu filho morra”. Muitas vezes, você não precisa ser uma pessoa de Igreja para ter a certeza de que muitas coisas só Deus pode fazer por você, pela sua casa e pelos seus filhos. E na hora de implorarmos a Deus que faça algo em nosso favor, nós seremos questionados se fomos à igreja ou se não fomos, por isso, a nossa fé naquilo que Jesus pode fazer por nós será a coisa mais providencial para vermos a mão de Deus agindo.
Hoje, eu quero me unir a tantos os pais e mães que sofrem com seus filhos doentes, enfermos; que estão muitas vezes perdidos no mundo das drogas e do álcool. Pais que não sabem o que fazer com os filhos desorientados, muitas vezes, rebeldes e indisciplinados. Tenha a mesma confiança, pai, tenha a mesma confiança, mãe, como teve esse funcionário do rei ao implorar ao Senhor Jesus: ”Jesus, faça algo para o meu filho, faça algo para a minha filha, antes que ele(a) morra”. As palavras de Jesus, para ele, serão para você também: Creia, minha filha, creia, meu filho, que seu filho está vivo!
Peça realmente para Jesus levar vida a seus filhos, para os nossos jovens, moças e rapazes, que, muitas vezes, estão sucumbindo em meio às trevas deste mundo e não há quem faça nada por eles. Nós precisamos implorar a Jesus que tenha misericórdia dos nossos, para que a Luz do Senhor, a cura do Senhor e a bênção do Senhor venham em socorro dos nossos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
Levemos a vida em nome de Jesus Cristo
“O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’ Jesus lhe disse: ‘Podes ir, teu filho está vivo’. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora” (João 4,49-50).
Veja, era um homem muito importante, era funcionário do rei, trabalhava para ele, mas o rei nem ele, com sua capacidade, com sua dignidade e autoridade humana podiam fazer nada pelo seu filho que estava doente.
No mundo é assim, há pessoas que têm autoridade para mandar e desmandar; há pessoas que têm dinheiro para comprar tudo o que querem e podem (humanamente falando), mas não há dinheiro e autoridade que comprem, roubem e tragam o Reino dos Céus para nós. Não há autoridade para mandar em Deus, não há autoridade que seja mais do que Ele.
O orgulho humano vai até um certo ponto, depois, ele cai no mais profundo dos abismos. A maior autoridade pode chegar ao mais importante cargo, pode chegar e receber os mais importantes conhecimentos humanos, mas depois segue o destino de todo e qualquer ser dessa Terra, vai ser pó como qualquer outro.
Só Jesus pode salvar os nossos filhos, a nossa casa, a nossa família e a nossa vida
Só um pode levantar a dignidade humana, só um tem poder sobre a vida humana para que ela seja plena. Só Deus pode tudo em nós e para nós, por isso que, grandes e pequenos; autoridades; pessoas que acham que tudo podem e amanhã não poderão, pessoas que estão correndo com orgulho, soberba e se avantajando sobre os outros, amanhã podem estar doentes e prostrados. Alguns estão até frustrados ou enfrentando verdadeiros sentimentos depressivos, porque não podem mandar mais, não podem fazer mais do que antes faziam com seu dinheiro e autoridade, pois, experimentaram o limite da natureza humana.
Tudo na vida chega a um limite, o único que não tem limites é o amor, a bondade e a ternura de Deus. Por isso, esse funcionário do rei mergulhou na sua humildade e foi suplicar a Jesus que fizesse algo pelo seu filho, porque com tudo o que ele tinha não podia salvar o seu filho.
Só quem pode salvar os nossos filhos, a nossa casa, a nossa família e a nossa vida é Jesus, Ele é o Senhor da vida. O funcionário clama: “Desce, Jesus. Faça algo para salvar o meu filho”. Jesus, ouvindo a voz dele disse: “Pode ir, seu filho está vivo”, e o homem acreditou na palavra de Jesus.
Precisamos acreditar e crer na Palavra de Jesus, precisamos levar a vida em nome d’Ele, porque só Ele nos dá a vida, só Ele dá razão para a nossa vida, só Ele é capaz de nos tirar dos profundos abismos para dar o sentido único e eterno para o nosso viver e para a nossa existência.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
Entreguemos nossa família aos cuidados de Jesus
“Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família” (João 4,53).
A Palavra de Deus, hoje, nos coloca diante de um pai de família muito aflito. Ele era funcionário do rei e tinha um filho que estava muito doente. Veja, ele era um funcionário público, um pai de família e, com certeza, como funcionário do rei, ele era muito gabaritado e tinha muito dinheiro, posses, só não tinha a graça de levantar e restaurar o seu filho.
Ele, humildemente, está reconhecendo a sua miséria, está reconhecendo que sua posição social, o dinheiro que tem, não é capaz de dar a vida que o seu filho precisa. Ele sabe quem é Jesus, já ouviu falar d’Ele, ele sabe o que Jesus está realizando e, por isso, vai de uma forma até desesperada atrás de Jesus.
Ele não vai por causa de sua posição ou pelos bens que possui, mas vai humilhado pela sua condição que não o faz melhor que os outros, pelo contrário, o coloca na posição de todos: necessitados da misericórdia de Deus.
Esse pai de família suplica para que Jesus possa descer até a sua casa, para socorrer, salvar e libertar o seu filho. Quando vejo esse pai de família, esse trabalhador, esse funcionário público, correndo atrás de Jesus, olho para a situação de tantos pais que querem libertar seus filhos do poder do mal, que querem seus filhos curados e restaurados.
Precisamos de pais de família, de homens que levem a sua família a abraçar a fé
Entregue os seus filhos para Jesus, mas chame mesmo Jesus na vida dos seus filhos e chame seus filhos para que estejam na presença de Jesus. Não entregue seus filhos às máquinas, não entregue seus filhos para que vivam no seu mundo iludidos com as riquezas e fantasias do mundo em que vivemos, porque os nossos filhos estão morrendo e, muitas vezes, estamos deixando passar despercebido.
Esse funcionário público acordou e foi buscar em Jesus a luz e Ele trouxe vida, restaurou o seu filho e, mais do que isso, o grande milagre não foi o menino restabelecido, o grande milagre foi ele com toda a sua família abraçar a fé e viver da fé. Não estão mais vivendo na ignorância, de acordo com aquela vida prazerosa e fácil que tinham, mas estão abraçando a fé de todo o coração.
É preciso dizer que nossas famílias precisam abraçar a fé, e aqui está precisando de pais de família, de homens que levem a sua família a abraçar a fé, está precisando de homens que levem a sua família a serem de Jesus. Estamos precisando de homens de verdade que saiam das suas vantagens materiais, pessoais e digam: “A minha família vai servir Jesus”, “A minha família vai recorrer a Jesus”, “A minha família vai se colocar aos pés de Jesus”.
Esse homem foi homem para se humilhar, para se colocar aos pés do Senhor, para buscar aquilo que ele não poderia dar.
Querido pai, o seu melhor esforço humano não vai trazer salvação para a sua família, se você não se colocar aos pés de Jesus e também não entregar toda a sua família aos cuidados d’Ele. Seu filho pequeno e seu filho já grande, busque Jesus para eles e os leve aos pés d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a valorizar a vida, simplesmente a nossa existência, sem necessidade de buscar outros milagres. Que aprendamos a enxergar a tua Presença – de Pai, em nós, e de Criador, no Universo. Esta é a graça que nos ofereces para a caminhada neste planeta abençoado. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a valorizar a nossa vida – simplesmente, o maravilhoso fato de existirmos! – sem a necessidade de buscar ansiosamente outros milagres. Que aprendamos a enxergar a tua Presença – em nós, como Pai muito amado, e no Universo, como Criador. Esta é a Graça que nos ofereces para a caminhada neste planeta abençoado. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que és nosso Rochedo e Fonte de Esperança, nós sabemos que curar e ser presença de Paz e Esperança para todos neste mundo é a nossa tarefa, legada pelo Cristo, o Unigênito que nos enviaste. Dá-nos consciência dessa Missão, muito amado Pai, coragem e força para vivê-la plenamente. Nós pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.