ANO B
Jo 5,31-47
Comentário do Evangelho
As obras de Jesus testemunham que é enviado do Pai
"As obras que eu faço", diz o Senhor, "dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou". As obras, aqui, são os sinais que Jesus realiza; sinais pelos quais o Senhor dá a vida a quem ele quer. As obras que Jesus realiza são expressão de sua profunda união com o Pai. É a vontade do Pai que está na origem das obras que o Filho realiza. E, se em última análise, a força do testemunho é que ele é dado pelo Pai, não basta escutá-lo; é necessário deixar-se iluminar e habitar por sua Palavra.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me suficiente inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho enviado por ti, para a nossa salvação.
Fonte: Paulinas em 14/03/2013
Vivendo a Palavra
O Mestre da Galileia ensina seu jeito de chegar à Vida Eterna: fazer das Escrituras Sagradas não objeto de conhecimento e erudição, mas a porta a ser transposta para, além dela, encontrarmos o Cristo Vivo, seguindo-o pela vida afora, unidos aos companheiros peregrinos.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/03/2013
VIVENDO A PALAVRA
“As Escrituras dão testemunho de mim”, diz Jesus. Elas são o caminho para nosso encontro pessoal com o Mestre. A partir desse encontro, cheios de gratidão e encantamento, passamos a ser discípulos missionários de sua Igreja, testemunhas da presença em nós do Reino do Pai Misericordioso.
Reflexão
Ninguém aceita gratuitamente algo como sendo verdadeiro. Só acreditamos que algo é verdadeiro quando temos um fundamento para isso. Assim as pessoas agem em relação a Jesus, exigem uma garantia de verdade a respeito de tudo o que ele fala para que creiam nela. Isso acontece em primeiro lugar porque não acreditam no amor e na ação do próprio Deus na vida das pessoas. Também acontece porque não são capazes de encontrar nas Sagradas Escrituras o testemunho de Jesus e de suas obras. Somente quem se abre a Deus e à sua revelação reconhece a verdade em Jesus.
Fonte: CNBB em 14/03/2013
Reflexão
As autoridades religiosas pedem um testemunho que garanta a missão de Jesus. Testemunho em causa própria não vale. Testemunhos a favor de Jesus não faltam: João Batista é seu precursor e o aponta como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”; as obras que Jesus realiza são as que o Pai lhe concede realizar; o próprio Pai dá testemunho de seu Filho Jesus (“Este é o meu Filho amado…”); enfim, as Escrituras, em particular Moisés, dão testemunho de Jesus. Mesmo diante de tantos testemunhos, seus adversários não se rendem. Têm os olhos vendados e os ouvidos tapados para a verdade. Fechados em seu mundo, contentam-se com os elogios recíprocos e dão testemunho em seu próprio benefício. Não aceitam Jesus, de quem vão se distanciando cada vez mais.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
A GLÓRIA PROVINDA DO PAI
Os adversários de Jesus tentavam deturpar o sentido de suas ações. No parecer deles, as obras de Jesus não tinham relevância, por não existir nenhuma instância que pudesse dar-lhe base de sustentação. Que possuía ele, de especial, para justificar sua intimidade com Deus? Quem podia garantir não ser ele um charlatão como tantos outros, cujas histórias de milagres corriam o mundo? Quais seriam suas reais intenções, ao se colocar numa posição tão elevada, como senhor da vida humana?
A argumentação de Jesus, para fundamentar sua ação, não chegou a sensibilizar os seus adversários. Ele apelava para o testemunho dado pelo Pai: para servi-lo é que fora enviado. Sua ação estava na mais estreita sintonia com o Pai. Para entendê-la, era suficiente reportar-se ao Pai.
Para Jesus, mesmo as Escrituras falavam a seu favor. Se seus inimigos fossem capazes de lê-las, de maneira conveniente, sem dúvida, haveriam de descobrir que, nas entrelinhas, elas apontam para o Messias-Filho de Deus.
A glória de Jesus não provém de nenhum ser humano. É o Pai quem o glorifica. Por isso, ele não teme fazer frente a seus adversários, uma vez que querem impedi-lo de cumprir sua missão. Com a força que lhe vem do Pai, Jesus segue em frente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de coragem, reveste-me com a força do Alto, para que eu possa estar do lado de Jesus, até o fim.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. VIM EM NOME DO MEU PAI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
No confronto com os seus adversários, Jesus explicitou sua relação com o Pai. O tempo mostraria que suas palavras foram insuficientes para convencê-los. A revelação de Jesus exigia mentes e corações abertos, capazes de acolher a novidade que lhes era comunicada.
Entretanto, a dureza de coração de seus inimigos levava-os a um ódio sempre crescente contra ele. Por conseguinte, o esforço de Jesus tinha um efeito contrário ao que ele desejava. Ao invés de gerar acolhida, provocava rejeição.
O testemunho em favor de Jesus provinha do Pai. Logo, suas palavras e sua ação estavam bem respaldadas. Não dependiam desta ou daquela instituição, nem de pessoa alguma. As obras realizadas por Jesus também depunham em seu favor. Por seu próprio conteúdo, revelavam a identidade dele, pois visavam proporcionar vida abundante para toda a humanidade. Também as Escrituras, quando lidas de maneira conveniente, davam testemunho dele. Elas apontavam para Jesus, cujo ministério situava-se no contexto da revelação de Deus.
Jesus detectou a raiz da rejeição a seu respeito, num certo espírito mundano que corroia o coração dos adversários, os quais buscavam a glória de si mesmos, não a do Pai. Se estivessem mais em comunhão com Deus, e menos preocupados em defender seus esquemas, sem dúvida chegariam a perceber quem era Jesus.
Oração
Pai, dá-me suficiente inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho enviado por ti, para a nossa salvação.
Fonte: NPD Brasil em 14/03/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. As Testemunhas Fiéis...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
As comunidades Joaninas e a comunidade Judaica estavam sempre em conflito por causa de Jesus. A rejeição por Jesus, da parte do Judaísmo era algo definitivo e sem chances de uma abertura ao novo, aquela novidade trazida por Jesus.
O evangelho de hoje apresenta três fontes importantes sobre as quais estava fundamentada a Fé cristã por aqueles tempos, o testemunho de João Batista sobre Jesus, o Pai de Jesus que realizou obras e falou Nele á toda humanidade, e a escritura que sempre trouxe em si, mesmo na escritura antiga, elementos cristológicos que não deixavam dúvidas sobre a Filiação Divina de Jesus.
O evangelista projeta no passado essa rejeição a Jesus Cristo, lembrando de sua injusta condenação onde as falsas testemunhas tiveram credibilidade diante do Sinédrio, que desprezou essas fontes fidedignas sobre Jesus, preferindo acreditar em uma mentir.
Podemos aqui compreender que o Judaísmo tradicional e ultraconservador fazia uma releitura equivocada do Antigo Testamento e não conseguiam ver nenhuma relação entre Jesus e o Deus da Antiga Aliança. Houve até mesmo uma heresia que falava em dois deuses, um do antigo testamento e um do Novo Testamento.
Entretanto, muito mais do que essa releitura equivocada das escrituras antigas, na realidade o Judaísmo tradicional não queria mudanças no modo de pensar e nas normas e preceitos antigos, principalmente porque iriam perder alguns privilégios conquistados na estrutura da Religião tradicional.
Podemos hoje cometer esse mesmo pecado, quando temos medo de dialogar com o mundo, como determina o Concílio Vaticano II, quando preferimos a prática tradicional de ser Igreja, usando ainda métodos arcaicos de evangelização, que não estão convencendo.
Lideranças religiosas e lideranças pastorais que se fecham em uma religião cheirando a mofo, querendo impor ao mundo sua prática religiosa e seu modo de pensar, é bem provável que no fundo estejam defendendo algumas conveniências e interesses particulares e para isso, muitas vezes usam Dogmas e Doutrinas, exatamente como fazia a comunidade judaica primitiva.
2. As obras que eu faço dão testemunho de mim
É hora de acreditar em Jesus vendo o que ele faz, examinando as Escrituras, não buscando glória uns nos outros, mas unicamente a glória do Deus único. Assim teremos vida.
HOMILIA DIÁRIA
A pior tristeza é a falta do amor que vem de Deus
Postado por: homilia
março 14th, 2013
Assim como hoje, existiam – no tempo de Jesus – pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas, mesmo assim, tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus! Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos não-judeus, que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, e nem acreditam em seu poder. Se você é uma destas pessoas, no Evangelho de hoje Jesus fala diretamente a você!
Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos, na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Jesus se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará em Jesus. Eles dão testemunho de Jesus. Mas o maior testemunho de Jesus é o próprio Pai, que lhe enviou. Mas quem de vocês já ouviu a voz de Deus? Deus não fala da forma que conhecemos. Deus fala através dos milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje, para quem lhe pede.
Mas no Evangelho de hoje, Jesus não se dirige aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo assim não acreditam que Ele é o Filho de Deus! E afirma categoricamente: “Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus”. Ou seja, quem não consegue enxergar os milagres realizados por Jesus como sendo obras de Deus, Seu Pai, é porque tem o coração endurecido. E num coração endurecido não existe o amor. E se Deus é amor, então essa pessoa não tem o amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano pode ter na vida: a falta do amor que vem de Deus.
Há uma “sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que, desde antes dos séculos, Deus antecipadamente nos destinou”. Esta sabedoria de Deus é Cristo; Ele é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. No Filho, com efeito, “encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos séculos, Ele é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos Profetas. Por isso, os profetas tinham o nome de “videntes”: viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também Abraão “viu o seu dia e rejubilou”.
Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto para o povo pecador permaneciam cerrados. “Retirai o véu de cima dos meus olhos, diz Davi, e contemplarei as maravilhas da vossa lei”. Na verdade, a lei é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja “afastado o véu” e que “a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto”.
No Apocalipse, mostra-se um livro fechado com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por “Aquele que tem a chave de Davi; se Ele abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar, ninguém o abrirá”. Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o profeta Isaías; contudo, ignorava Aquele que venerava no livro sem O conhecer. Surge Filipe: “Mostra-nos o Pai e isto nos basta!” Jesus mostra-lhe oculto pela letra: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos um”.
Compreenda, pois, que você não pode se comprometer com as Sagradas Escrituras sem ter um guia que lhe mostre o caminho. E este guia é a Última Palavra de Deus. Não espere outros sinais. Em Jesus, você tem tudo o que precisa para ser feliz para sempre. Se ainda tem dúvidas eu lhe mostro o Caminho.
Hoje, Jesus bate à sua porta e lhe diz: “Venha e siga-me, pois Eu e o Pai somos um. Venha que lhe mostrarei o Caminho que conduz à vida eterna”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 14/03/2013
Oração Final
Pai Santo, nós te louvamos pelos Livros Sagrados que nos dás. E te pedimos, Pai amado, envia-nos o teu Espírito para que, iluminados pelas Escrituras nós nos façamos dóceis e conformemos a nossa existência à vida do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/03/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a nossa oração seja sempre um momento denso e rico em que nos sentimos envolvidos por teu Amor paternal. Como filhos muito queridos, Pai amado, sejamos iluminados para discernir qual é o nosso papel na evangelização dos ambientes e para que tenhamos a coragem de assumi-lo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.