sábado, 16 de maio de 2020

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/05/2020

ANO A


6º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano A - Branco

“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da verdade...”

Jo 14,15-21

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A liturgia deste domingo revela-nos que é no amor e para o amor que Cristo resgatou-nos do poder da morte. Somente quando vivemos na dinâmica do amor é que podemos ver, conhecer e acolher o Espírito da verdade. O “mundo”, que não acolheu Jesus como expressão do amor do Pai, não acolhe o Espírito da verdade e se confunde em meio às mentiras e trapaças que geram morte.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos a família de Deus reunida em nome de Jesus, na força do Espírito Santo. Neste domingo, receberemos a promessa do Senhor de nos enviar o Santo Espírito, que abre os olhos da fé e alarga nossos corações para que o amor de Deus possa se expandir no mundo. Que, por esta Eucaristia, sejamos santificados pela manifestação do Senhor para acolhermos o dom do Espírito por Ele prometido.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Jesus promete o Espírito de verdade a quem observa seus mandamentos. Só quem faz o que agrada ao amigo pode dizer que está verdadeiramente em comunhão com ele. Como Cristo sempre fez o que agradava ao Pai, aceitando sem reservas o plano de salvação e executando-o com livre obediência, e assim se manifestou como o "filho bem-amado", também quem crê em Cristo entra na mesma corrente de amor, porque responde à escolha e à predileção do Pai. O Espírito de Cristo ilumina agora os que crêem para que continuem em sua vida e atitude filial de Cristo. Não no sentido de que todos os pormenores sejam codificados como mais importantes, mas no sentido de que o amor filial escolha de maneira mais justa em todas as circunstâncias, com liberdade e fidelidade. Ainda não é cristão quem pratica os dez mandamentos, código elementar de comportamento moral e religioso, mas quem é fiel ao único mandamento do amor, até dar a vida em plena liberdade. Este amor faz passar da morte para a vida.

NÃO VOS DEIXAREI ORFÃOS. EU VIREI A VÓS.

Neste Sexto Domingo do Tempo Pascal, Jesus ressuscitado e presente no meio dos seus discípulos, assegura-lhes a continuidade da sua presença libertadora: “Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós” (Jo 14, 18). A vivência dos seus ensinamentos é a condição que Jesus apresenta para a sua vinda e permanência entre aqueles que o amam.
Amor enquanto atitude de fé de quem conhece a Deus, atitude de adesão a Ele e à sua Palavra, que é Palavra do Pai: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Felipe? Quem me viu, viu o Pai” (cf Jo 14, 9). Amar é conhecer a Deus. Jesus e o Pai trabalham juntos na salvação da humanidade: “...o Pai, que, permanecendo em mim, realiza as suas obras` ... `Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (cf. Jo 14, 10-11).
Jesus ressuscitado revela que agirá no mundo de um modo novo, modo que ultrapassa a relação física, visual. Ele e o Pai agirão juntos através do Espírito Santo, o Espírito da Verdade (cf. Jo 14, 17). Na sua paixão, morte e ressurreição Jesus nos associou a Si e ao Pai celeste. N´Ele nós nos tornamos filhos, chamados a viver uma comunhão de vida e de amor.
Amor que dá vida, amor que restaura, amor que liberta e salva. Não ser órfão significa ter um pai e uma mãe. Jesus nos dá o Pai, o seu Pai. Ele sempre nos tratou e nos quis como seus irmãos: “... ainda não subi ao Pai. Vai dizer aos meus irmãos: Subo ao meu Pai e vosso Pai, ao meu Deus e vosso Deus” (Jo 20, 17).
Jesus nos deu uma mãe, a Igreja, que vela e intercede por toda a humanidade. Por isso não somos órfãos, temos um Pai e uma Mãe que nos amam. Somos chamados a escutar os seus ensinamentos e a testemunhar no mundo o amor misericordioso de Deus: “Sede misericordiosos também como vosso Pai celeste é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados, não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados...” (cf. Lc 6, 36- 38).
Esta é a vocação dos novos filhos de Deus, vocação à santidade. Vocação a salvar o mundo pelo amor. Ser órfão é recusar o amor misericordioso de Deus que não nos abandonou, mas que vindo ao mundo nos adotou por filhos e filhas. Que age em nós através do seu Espírito.”
Dom Eduardo Vieira dos Santos
Bispo Auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

A intensa alegria é dom do Ressuscitado.

No início do livro dos Atos dos Apóstolos, antes do relato da ascensão, Jesus promete o Espírito Santo, como força do alto para o testemunho. Na lista de lugares em que o Evangelho deve ser anunciado está a Samaria (At 1,8). A Samaria era desprezada pelos judeus por questões históricas e culturais. Lá havia outro templo onde os samaritanos adoravam o Deus único e verdadeiro. É na Samaria, junto ao poço de Jacó, que Jesus tem aquele diálogo maravilhoso com a mulher samaritana, que se tornou para os seus concidadãos testemunha de Jesus Cristo (Jo 4,1-41). É para lá que Filipe é enviado para anunciar Cristo (At 8,5). O seu anúncio corroborado por sua ação fez com que as pessoas daquela cidade sentissem uma intensa alegria (At 8,8). A intensa alegria é dom do Ressuscitado.
O amor dos discípulos a Jesus se exprime na prática do mandamento do amor fraterno. Para poder ajudar a viver o dinamismo desse amor, Jesus promete pedir ao Pai que envie, quando ele partir, “outro defensor”. Outro em relação a ele mesmo que, qual um pastor, cuida das ovelhas e as defende dos seus inimigos. O termo grego para caracterizar o Espírito é parácletos, que entre vários significados pode ser traduzido por auxiliador, ajuda, apoio. Assim como Jesus foi um auxílio, um apoio, para viver o amor de Deus e conhecê-lo, o Espírito continuará e levará a termo a missão do Senhor. O Espírito é, ainda, considerado “Espírito da Verdade”, pois é sua ação acolhida na vida do discípulo que faz compreender o sentido da vida de Jesus e o seu mistério profundo. Assim como Jesus é a verdade porque revela o mistério de Deus em sua pessoa, o Espírito levará ao conhecimento do Pai e do Filho. O mundo não é capaz de conhecê-lo porque ele não é apreendido pelo conhecimento racional. Os discípulos o conhecem, pois o experimentam, uma vez que o Espírito permanece neles. Pela “in-habitação” do Espírito da Verdade, os discípulos não sentirão como abandono a ausência de Jesus, pois é por ele que o Senhor continuará a falar com os seus e a ser contemplado pela fé (cf. At 1,1-2). Pela fé em Jesus ressuscitado dentre os mortos, os fiéis participam da vida divina.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 25/05/2014

VIVENDO A PALAVRa

Jesus apresenta um Deus próximo, o Pai querido. Embora nós afirmemos nas celebrações que ‘Ele está no meio de nós’, não raras vezes oramos para um Deus distante, ausente, cerimonioso… e não para o Pai que nos ama, envolve-nos e nos acompanha na caminhada por este planeta bonito de que devemos cuidar e usufruir, sempre unidos aos irmãos.

Reflexão

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia do sexto domingo pascal nos introduz na esfera de Pentecostes, aprofundando o significado da ressurreição de Cristo para nós. Pois, se a ressurreição é a vida de Cristo na glória, ele não a vive para si. Ele “ressuscitou por nós” (Oração Eucarística IV). A realização da ressurreição em nós, a presença vital do Cristo em nós, de tal modo que sejamos Cristo no mundo de hoje, o Espírito de Deus é que opera tudo isso, pela força de seu sopro de vida, pela luz de sua sabedoria, pelo misterioso impulso de sua palavra, pelo ardor de seu amor. Para completar a celebração da ressurreição, devemos abrir-nos agora para que esse Espírito penetre em nós.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 8,5-8.14-17)

Na linha dos domingos anteriores, a primeira leitura descreve a expansão da Igreja, agora na Samaria. Também nessa nova fase, como na anterior, aparece o papel do Espírito Santo na comunidade cristã. Quando os apóstolos em Jerusalém ouviram que a Samaria tinha aceitado a Palavra de Deus, mandaram Pedro e João para impor as mãos a esses batizados, para que recebessem o Espírito Santo (At 8,14-15). Tal prática não era necessária: há casos em que Deus derrama o Espírito mesmo antes do batismo (At 10,44-48). Mas, de toda maneira, a presente narração nos mostra que a vida cristã não é completa sem a efusão do Espírito Santo, que os apóstolos impetravam pela imposição das mãos. O Espírito une a todos, ele é o Espírito da unidade; por isso, os apóstolos de Jerusalém vão impor as mãos aos batizados da Samaria. Um resquício disso é, ainda hoje, a visita do bispo diocesano às paróquias para conferir o sacramento da crisma, prefigurado nesta leitura de At 8. Daí dizermos que, se a Páscoa foi o tempo liturgicamente propício para o batismo, a festa de Pentecostes, que se aproxima, é o momento propício para a crisma.

2. II leitura (1Pd 3,15-18)

A segunda leitura nos conscientiza de que estamos em litígio com o mundo (cf. o evangelho). O mundo pede contas de nós, mas é a Deus que devemos prestar contas. Isso, porém, não nos exime de responder ao mundo a respeito de nossa esperança (v. 15). E essa esperança está fundada na ressurreição de Cristo. O mundo pode matar, como matou Jesus. Mas, no Espírito que fez viver o Cristo (v. 18), viveremos. Essa leitura traz a marca da teologia do martírio (melhor padecer fazendo o bem do que fazendo o mal). Porém, não devemos interpretá-la num sentido fatalista (“Deus o quer assim”…), e sim num sentido de firmeza, porque o cristão sabe que Cristo é mais decisivo para ele que os tribunais do mundo.

3. Evangelho (Jo 14,15-21)

O presente domingo continua, no evangelho, a meditação das palavras de despedida de Jesus. E essa meditação introduz – duas semanas antes de Pentecostes – o tema do Espírito Santo, que João chama “o Paráclito”, ou seja, o “assistente judicial” no processo movido contra o cristão pelo “mundo” (termo com o qual João indica os que recusaram o Cristo). O “mundo” indiciou o Cristo e seus discípulos diante do tribunal (perseguições etc.). Nessa situação, precisamos do Advogado que vem de Deus mesmo e toma o lugar do Cristo (por isso, Jesus diz: um outroParáclito; Jo 14,16), já que seu testemunho vem da mesma fonte, o Pai. Graças a esse Paráclito, a despedida de Jesus não nos deixa numa situação de órfãos (v. 18). Jesus anuncia para breve seu desaparecimento deste mundo; o mundo não mais o verá. Mas os fiéis o verão, pois estão nele, como ele está neles. Tudo isso com a condição de guardar sua palavra e observar seu mandamento de amor: na prática da caridade, ele fica presente no meio de nós, e seu Espírito nos assiste. E o próprio Pai nos ama.

III. DICAS PARA REFLEXÃO: A iniciação cristã e a crisma

Os domingos depois da Páscoa sugerem o aprofundamento do sentido do batismo. Na mesma linha podemos considerar hoje o sacramento da crisma, que, com o batismo e a eucaristia, integra a iniciação cristã. Nas origens, o sacramento da crisma era administrado junto com o batismo, e ainda hoje sobra um resquício disso na unção pós-batismal. Quando, porém, se introduziu o costume de batizar as crianças, a confirmação e a eucaristia ficaram proteladas para um momento ulterior, geralmente no início da adolescência, pelo que a crisma adquiriu o significado de “sacramento do cristão adulto”.
No tempo de nossos avós, o dia da crisma era ocasião muito especial para as comunidades, quando o bispo vinha “confirmar” as crianças (hoje, muitas vezes, é o vigário episcopal que faz isso). De onde vem esse costume? Na primeira leitura, lemos que o diácono Filipe batizou novos cristãos na Samaria. Depois, vieram os apóstolos Pedro e João de Jerusalém para confirmar os batizados, impondo-lhes as mãos para que recebessem o Espírito Santo. Assim, os apóstolos, predecessores dos bispos, completaram e “confirmaram” o batismo. A confirmação do batismo pela imposição das mãos do bispo  sucessor dos apóstolos – completa o batismo e realiza o dom do Espírito Santo.
Esse sacramento chama-se “crisma”, isto é, “unção”, porque o bispo unge a fronte do crismando em sinal da dignidade e da vocação do cristão, pois crisma e Cristo vêm da mesma palavra. O adolescente ou jovem é confirmado na sua fé, pelo dom do Espírito. Agora, ele terá de assumir pessoalmente o que, quando do batismo, os pais e padrinhos prometeram em seu nome. Para a comunidade, a celebração da crisma significa também a unidade das diversas comunidades locais na “Igreja particular” ou diocese, graças à presença do bispo ou do vigário episcopal.
O evangelho de hoje nos ensina algo mais sobre o Espírito que Jesus envia aos seus: é o Espírito da inabitação (morada) de Deus e Jesus Cristo nos fiéis. Assim, o batismo não é mera associação de pessoas em redor do rótulo “Jesus Cristo”, mas realmente participação em sua vida e continuação de sua missão neste mundo. Por isso, o Espírito não é algo sensacionalista, como às vezes se imagina. Jesus envia o Espírito para que os fiéis continuem sua obra no mundo. Pois o lugar de Jesus “na carne” era limitado, no tempo e no espaço, e os fiéis são chamados a ampliar, com a força do Espírito-Paráclito, a sua obra pelo mundo afora. É esse o sentido profundo da crisma, que assim completa nosso batismo.
Então, a vida do cristão adulto assinalada pelo sacramento da crisma consiste sobretudo na mística de união com o Pai e com o Filho pelo Espírito que vive em nós e na ética ou modo de proceder que provenha dessa presença de Deus em nós e testemunhe, diante do mundo, a vida de Cristo, presente em nós. Ele, pela ressurreição na força do Espírito-sopro de Deus, foi estabelecido Senhor na glória. O mundo não mais o vê, mas em nossa vida de cristãos, prestes a responder por nossa esperança, realiza-se a presença de seu amor.

Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina. Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Dedica-se principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo Testamento (tradução), evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica bíblica. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da “Fonte Q”.
Fonte: Vida Pastoral em 25/05/2014

Reflexão

GUIADOS PELO ESPÍRITO

A comunidade cristã é chamada à vida no Espírito. Viver no Espírito é deixar-se guiar pela verdade. Triste seria se a comunidade se deixasse levar pela onda da distração e se tornasse igual ao mundo insensível. Jesus afirma que esse mundo não vê nem conhece o Espírito. Aos discípulos ele assegura: “Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós” (Jo 14,17).
Há um monte sagrado dentro de nós. Nele habita o Espírito. Por isso a comunidade, mesmo passando por tentações, é capaz de superá-las, se guiada pelo Espírito. Os discípulos de todos os tempos e lugares, a exemplo do Mestre, são chamados a empreender esforços para não se desviarem da estrada de Jesus, do caminho que tem o Espírito como guia. É pelo Espírito que a comunidade vencerá todos os obstáculos.
É o Espírito que faz a pessoa e a comunidade livres e abertas à novidade. O Espírito é livre (Jo 3,8) e gerador de vida em plenitude (Jo 10,10). Isso tem implicações: quer dizer que não está ausente da realidade do mundo presente, habitando nas nuvens, mas suscita a vida conforme Deus manifesta em Jesus: a prática do amor fraterno.
O Espírito não é algo meramente interior, espiritualista, individual. O Espírito age na comunidade. Quem acolhe o Verbo feito carne (Jo 1,14) é renovado pelo Espírito.
Disso se conclui que cabe à comunidade cristã abrir-se ao novo, Jesus Cristo, e experimentar profundamente a graça do Espírito que se oferece a todos. Não é função da comunidade impedir ninguém do acesso ao dom. É missão da comunidade atitude de acolhida, tolerância, lealdade e, sobretudo, o respeito à pluralidade de dons inspirados pelo mesmo Espírito na comunidade. E mais que isso, ter a capacidade de pôr-se diante da sabedoria da cruz (1Cor 2,7-10), que no sentido concreto é a vivência da humildade. Só pelo Espírito se pode viver e realizar plenamente o projeto de Deus. Ele anima, institui, constitui e conduz a comunidade.
O Espírito, que está junto e dentro de nós, compromete-nos com a conservação e a vivência dos mandamentos. É o Espírito da vida que ilumina e impulsiona os discípulos e discípulas do Ressuscitado. Os que se deixam guiar por ele são capazes de ver e conhecer a verdade. Que nossos ouvidos estejam afinados e nosso coração sensível para acolher dentro de nós o Espírito Santo.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Fonte: Paulus em 25/05/2014

Reflexão

O DEFENSOR DA IGREJA

No meio de uma sociedade violenta que persegue e mata, Jesus nos garante um defensor, um advogado que permaneça sempre conosco e nos acompanhe e apoie. Assim, com o auxílio desse defensor, a prática de Jesus prolonga-se na vida dos cristãos. Não estamos sós nem abandonados neste mundo, pois Jesus nos prometeu o Espírito consolador.
Não é o papa, não são os bispos e padres nem são os cristãos leigos que sustentam e defendem a Igreja e lhe dão perenidade, mas é o Espírito Santo, prometido por Jesus antes de se despedir dos seus seguidores. A “Igreja” é morada do Espírito, que a anima e a conduz à vivência do amor, pois sem o amor não há comunidade cristã que se proponha seguir os passos do Mestre.
Jesus, no discurso de despedida, não nos deixa uma doutrina ou um manual de instruções, mas nos pede a vivência do amor e nos promete o Espírito da verdade. As doutrinas podem passar, a catequese pode mudar, mas o mandamento do amor e o Espírito continuarão inseparáveis e permanecerão para sempre.
O Espírito prometido por Jesus “permanecerá sempre conosco”. Mataram a Jesus, tentaram destruir seu projeto, mas o Espírito sempre estará atuando junto aos seus, sempre estará vivo no mundo. Se o acolhermos, não nos sentiremos órfãos nem abandonados.
O problema é que muitas vezes preferimos fechar os ouvidos para não ouvir a voz do Espírito, pois suas exigências nos parecem muito pesadas; preferimos fechar os olhos para não enxergar os desafios para os quais o Espírito nos envia; preferimos ouvir outras vozes que nos tranquilizam e não nos comprometem; preferimos ver com os óculos escuros que embaçam o caminho que leva ao encontro do outro.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus en 25/05/2014

Reflexão


’QUEM ME AMA SERÁ AMADO POR MEU PAI, E EU O AMAREI E ME MANIFESTAREI A ELE’’.

Primeira Leitura: Atos 8,5-8.14-17;
Salmo 65(66), 1-3ª 4-5.6-7ª. 16 e 20 (R/.1-2ª);
Segunda Leitura: 1 Pedro 3,15-18;
Evangelho: João 14,15-21.

Situando-nos brevemente

Hoje, a liturgia dominical nos coloca em clima de Pentecostes. A partir deste domingo, ao mesmo tempo em que invocamos a vinda do Espírito prometido, somos chamados a crer na sua presença, que age no mundo como dom permanente do Ressuscitado. Como diz um pai da Igreja, Cirilo de Alexandria: ‘’Os  que possuem o penhor do Espírito e vivem na esperança da ressurreição, como se já possuíssem aquilo que esperam, podem dizer que são pessoas espirituais... Já não vivem mais sujeitos à fraqueza da corrupção, porque finalmente chegou a justiça do Cristo’’.
A comunidade reunida é sinal sacramental da presença de Cristo. Testemunhamos sua presença na unidade – um só corpo, reunido em seu amor. Como afirma Santo Agostinho, ‘’é este amor que nos renova, transformando-nos em homens novos, herdeiros da nova Aliança, cantores do canto novo. Foi este amor, caríssimos irmãos, que renovou outrora os antigos justos, os patriarcas e os profetas e, posteriormente, os santos apóstolos. Ainda hoje é ele que renova as nações e reúne todo gênero humano espalhando pelo mundo inteiro, formando um só povo novo, o corpo da nova esposa do Filho unigênito de Deus. (...) Por isso os membros desta esposa sentem uma solicitude mútua. Se um membro sofre, todos sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Pois ouvem e praticam a palavra do Senhor’’.
Que sejamos sinais do amor verdadeiro no mundo em que vivemos. Vamos ser reconhecidos pelo amor.

Recordando a Palavra

Na leitura do evangelho de João, Jesus, antes de sua partida, ensinou os discípulos a amar como caminho para crer e testemunhar sua presença viva: ‘’Se me amais, observareis os meus mandamentos’’ (14,15). Trata-se do verdadeiro amor ‘’ágape’’, que Jesus viveu através do serviço e da entrega total da vida. O seguimento leva a amor como Jesus amou (cf. 13,34; 15,12), buscando o bem das pessoas. A vivência do mandamento do amor, deixado por Jesus como sinal de sua vida doada totalmente identifica seus seguidores: ‘’Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros’’ (13,35). Quem ama Jesus, vive e testemunha suas palavras, guarda os seus mandamentos que se referem ao evangelho, a toda a sua obra de amor.
Jesus não deixa seus discípulos órfãos. Sua presença renova os discípulos através do Espírito: ‘’Eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará sempre convosco: o Espírito da Verdade (14,16-17). O sentido do termo Paráclito – defensor, advogado, consolador confortador – caracteriza a missão do Espírito junto aos seguidores de Jesus. O Espírito conduz a caminhada dos discípulos, fortalece e defende os que são perseguidos e levados aos tribunais. A função do Paráclito, como aquele que está sempre com os discípulos, para defendê-los do que poderia separar do caminho de Jesus, é descrita também em 14,26; 15,26; 16,4b-15, sempre no contexto da despedida. Assim, em 1Jo 2,1-2, o termo Defensor aparece como uma designação do Cristo exaltado, advogado, intercessor junto ao Pai em favor dos cristãos.
A presença do Espírito, dom de Cristo ressuscitado, guia os discípulos na compreensão de sua vida e entrega por amor. O Espírito da Verdade ilumina e conduz a missão dos discípulos, em direção à Verdade plena que é Cristo. Jesus, antes de sua Páscoa, assegurou a vinda do Espírito, para ‘’guiar em toda verdade’’ (16,13). Ele disse que o Pai enviaria o Espírito em seu nome para ensinar e recordar tudo o que ele havia anunciado (cf. 14,26). O Espírito faz compreender os ensinamentos de Jesus, suas palavras e obras, sua forma de tratar as pessoas, seus gestos compassivos, sua vida doada por amor. A presença viva do Espírito do Ressuscitado ensina a permanecer no caminho da verdade, que liberta e gera o mundo novo do amor, da justiça e da fraternidade.
A ação do Espírito guia os discípulos à experiência de comunhão com Jesus ressuscitado: ‘’Sabereis que eu estou no Pai e vós estareis em mim’’ (14,20). Esse caminho experiencial sustenta a fé e o testemunho da verdade, que conduz à vida plena. É alimentado pelo amor: ‘’Quem me ama será amado por meu pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele’’ (14,21). O caminho do amor leva ao encontro do Ressuscitado, na comunhão e na unidade com o Pai, que é Amor. A presença viva de Jesus, que permanece com os discípulos por meio do Espírito, impele a seguir seus passos, testemunhando a fé através do amor fraterno.
A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos mostra que a perseguição aos cristãos, em Jerusalém, provoca a dispersão para a Judeia e a Samaria (cf. 8,1ss). Contudo, impelidos pelo ardor missionário, os cristãos anunciam a Boa-Nova de Cristo aos povos que encontram. Filipe, um dos sete diáconos (cf. 6,5), foi para a Samaria, onde havia preconceito contra os samaritanos, uma vez que descendiam de israelitas e estrangeiros que moravam em Israel, desde a época das invasões dos assírios (cf. 2Rs 17,24-41). A pregação eficaz de Filipe, acompanhada de milagres, de ações salvíficas (cf. 8,6-7), remete ao estilo de Jesus (cf. Mt 8,29; 11,5). O anúncio do evangelho liberta as pessoas dos males e das doenças e revela a presença do Reino de Deus.
O povo ouve as palavras anunciadas com entusiasmo por Filipe, chamado de evangelista em 21,8, e adere a Cristo com alegria. Homens e mulheres são batizados e forma-se uma comunidade renovada. Os apóstolos Pedro e João são enviados pela comunidade Jerusalém para reforçar e confirmar a missão de Filipe. Ao chegarem à Samaria, impuseram-lhes as mãos e os batizados receberam o Espírito Santo. Animadas e iluminadas na caminhada de fé pela ação do Espírito da unidade proporciona o surgimento de comunidades fundamentadas no amor de Cristo e na comunhão fraterna.
O salmo 65 (66) convida a louvar e bendizer o Senhor, pois ele revela sua bondade ao longo da história, socorrendo sempre os que clamam com confiança. A memória das grandes ações libertadoras de Deus, como a passagem pelo mar Vermelho, transforma-se em agradecimento e compromisso renovado na fidelidade e no amor.
A segunda leitura da primeira carta de Pedro reflete o contexto das perseguições sofridas pelos cristãos, no final do primeiro século e início do segundo. Os cristãos, ao serem levados diante das autoridades e dos tribunais e interrogados sobre sua fé, devem estar ‘’sempre prontos para dar a razão da esperança’’ (3,15). Com o coração santificado, transformado pela vida nova do Ressuscitado, os cristãos testemunham ‘’com mansidão, respeito e com boa consciência’’ (3,16), quando difamados e ultrajados. A esperança em Cristo leva a manter a firmeza na fé, a praticar o bem em meio aos sofrimentos, evitando toda forma de maldade e violência.
Cristo, o justo que morreu pelos injustos e foi vivificado no Espírito (cf. 3,18), é o modelo vitorioso na caminhada dos cristãos. Ele é o exemplo a seguir, pois se entregou totalmente em favor da vida de todos. O sofrimento decorre do seguimento fiel a seus passos (cf.2pd 2,21; 4,12-19) e conduz à firme esperança de vida plena: ‘’sofremos com ele, para sermos também glorificados com ele’’ (Rm 8,17). A esperança é a virtude cristã, que impele a trilhar o caminho da vida sobre a morte, da bondade sobre a injustiça.

Atualizando a Palavra

Jesus revela seu amor e sua ternura através do Espírito, que permanece sempre em nós, para nos ajudar a conservarmos viva sua memória, seus ensinamentos e suas ações compassivas e solidárias. O Espírito, chamado de Paráclito, nos defende e nos faz compreender que Jesus é a Verdade, manifestada mediante a vida, morte e ressurreição. A vivência do amor fraterno testemunha a fidelidade a Jesus, que conduz para a vida plena. A força do Espírito nos faz romper as barreiras e superar os preconceitos, para construir a unidade e a fraternidade. Com a ação do Espírito, permanecemos em comunhão com Jesus, a Verdade que liberta e ensina a amar como ele amou.
Os discípulos, guiados pelo Espírito, mantêm viva a presença de Jesus através da fidelidade ao novo mandamento do amor, sinal de sua entrega total na Páscoa. Por meio do verdadeiro amor ‘’ágape’’, testemunhamos a vida nova em Cristo ressuscitado, que leva a praticar sempre o bem. O caminho trilhado por Cristo nos ilumina e renova em nosso compromisso de discípulos missionários, anunciadores de sua presença de amor. Como cristãos, no tempo das perseguições, somos chamados a testemunhar a razão da nossa esperança, sobretudo através da nossa vida de ressuscitados.
O Papa Bento XVI afirma que a Igreja anuncia ao mundo o Logos da Esperança (cf. 1Pd 3,15). ‘’O homem precisa da ‘grande esperança’ para viver seu próprio presente – a esperança que é ‘aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até o fim’ (Jo 13,1). Por isso, na sua essência, a Igreja é missionária. Não podemos guardar para nós as palavras de vida eterna que recebemos no encontro com Jesus Cristo: são para todos, para cada homem. Cada pessoa do nosso tempo – quer  o saiba quer não – tem necessidade deste anúncio. Oxalá o Senhor suscite entre os homens, como nos tempos do profeta Amós, nova fome e nova sede das palavras do Senhor (cf. Am 8,11). A nos cabe a responsabilidade de transmitir aquilo que por nossa vez tínhamos, por graça, recebido’’ (Verbum Domini, n. 91).
O Papa Francisco ensina a confiar na ação do Espírito Santo, como faziam os evangelizadores das primeiras comunidades. Para manter vivo o ardor missionário, é necessária uma decidida confiança no Espírito Santo, porque Ele ‘’vem em auxílio da nossa fraqueza’’ (Rm 8,26). ‘’Mas esta confiança generosa tem de ser alimentada ,e, para isso, precisamos invocá-lo constantemente. Ele pode nos curar de tudo o que nos faz esmorecer no compromisso missionário. É verdade que esta confiança no invisível pode nos causar alguma vertigem: é como mergulhar em um mar onde não sabemos o que vamos encontrar. Eu mesmo o experimentei tantas vezes. Mas não há maior liberdade do que a de se deixar conduzir pelo Espírito, renunciando a calcular e controlar tudo e permitindo que ele nos ilumine, guie, dirija e impulsione para onde ele quiser. O Espírito Santo bem sabe o que faz falta em cada época e em cada momento. A isto se chama ser misteriosamente fecundos!’’ (Evangelii Gaudium, n. 280).
O exemplo de Cristo, deixado por nós como modelo de vida, convida a seguir seus passos, a fazer parte daqueles que não vivem mais na carne, mas acima da carne. É o que diz Paulo: ‘’Se alguém está em Cristo, é criatura nova. O mundo velho desapareceu. O que era antigo passou, agora é tudo novo’’ (2Cor 5,17). Fomos justificados pela fé em Cristo e terminou o domínio da maldade. Uma vez que ele ressuscitou por nossa causa, calcando o poder da morte, nós conhecemos aquele que, por sua própria natureza, é o verdadeiro Deus. É a ele que prestamos culto em espírito e verdade, por intermédio de seu Filho, que distribui sobre o mundo as bênçãos divinas do Pai.

Ligando a Palavra com a ação eucarística

O Espírito do Senhor nos reúne e nos une. Na celebração, somos fortalecidos e vivificados no Espírito que consolida nossa vocação batismal.
A vivacidade está presente na Igreja primitiva. Filipe, cheio de fé e confiança, anuncia o Cristo que sofreu e morreu, mas recebeu nova vida no Espírito. Animados pela promessa do Espírito em plenitude e já caminhando na certeza da presença deste mesmo Espírito atuante na história, os cristãos vão trilhando o caminho de Jesus.
Nas mesas da Palavra e da Eucaristia, o Senhor nos alimenta com o sacramento da entrega por amor. Ele nos ama, nos sintamos amados no Amor.
Na oração eucarística, invocamos o Espírito sobre o pão e o vinho, a fim de  que se tornem Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Invocamos ainda o mesmo Espírito para que nos reúna. Santo Agostinho afirma: ‘’vivendo unidos no recíproco amor, como membros ligados por tão suave vínculo, fornecemos o Corpo de tão sublime Cabeça’’.
Que a força do Espírito nos ajude a levarmos adiante a missão de Jesus Cristo.

Sugestões para a celebração

· Cuidar do espaço para que seja expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio pascal, a fonte batismal, a mesa da Palavra e a mesa eucarística.
· Valorizar o momento das preces dos fiéis. Cantar as respostas.
· No abraço da paz, motivar para que seja expressão de comunhão e amor fraterno.
· Os cantos sejam preparados com antecedência, prevendo ensaios. O Hinário Litúrgico da CNBB possui ótimas sugestões. As melodias estão gravadas no CD Liturgia XVI – Páscoa – Ano A.

Fonte: Eis a Luz de Cristo! -  Roteiros Homiléticos  para o Tríduo Pascal e Tempo Pascal l– CNBB 2014 - Ano A
Fonte: Emanarp em 25/05/2014

Reflexão para o VI domingo de Páscoa

No Evangelho de hoje, tirado do capítulo 14 de João, temos as derradeiras palavras de Jesus aos seus discípulos. Ele nos aponta o comportamento a ser seguido, o caminho que nos leva a vida. Ele nos coloca sob a tutela do Espirito do Amor, nosso Advogado e que nos trará ao coração tudo aquilo que Ele nos ensinou.
Agir de acordo com o que agrada ao amigo é estar em verdadeira comunhão com ele! Isso se torna realidade quando esse amigo é o Cristo Jesus!
O critério para saber se os cristãos são verdadeiros discípulos de Jesus é a capacidade de um recíproco compromisso pessoal, um indispensável amor mútuo na comunidade e fora dela.
Quando o discípulo ama verdadeiramente, ele faz Deus estar presente. Todo e qualquer sinal de amor é manifestação de Deus.
Temos, como as estrelas, variações na intensidade do brilho. Do mesmo modo, quanto mais nosso amor aos outros for semelhante ao de Deus por nós, mais seremos portadores de seu amor ao mundo. Seremos a epifania de Deus neste mundo.Na antiga aliança, vemos Deus se manifestar em sinais, hoje, na aliança nova e eterna, o Pai se manifesta ao mundo no cristão que ama Jesus e, por consequência, ama seus irmãos.
Para manifestar o amor de Deus no mundo, para ser sinal de sua presença amorosa, o cristão deverá estar preparado para lutar contra o mal. Essa preparação é feita através da acolhida do Espírito Santo. Será Ele quem dará aos discípulos a força para enfrentar e vencer o Mal. O Mundo verá que o amor de Deus e da Comunidade é mais forte que a morte.
De acordo com o versículo 19, “...o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e e vós vivereis.” A sociedade pecadora matou Jesus, mas ele ressuscitou e se manifesta através das ações de seus discípulos porque esses vivem no Espírito.
Na segunda leitura, tirada da Primeira Carta de Pedro, no cap.3, 18 nos ensina a norma do comportamento cristão: “...Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo , pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.” Do comportamento de Jesus, do justo morrer pelo injusto, nasceu a vida nova. Deus não sente prazer no sofrimento humano, contudo em sua economia da salvação sabe valorizá-lo. Dele, do sofrimento, nasce o desejo de liberdade e vida. Da aceitação da morte por causa da justiça e do Reino surge a vida definitiva, a passagem deste mundo caduco para o Reino da Justiça e da Paz!
Fonte 2014-05-24 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)
Fonte: Liturgia da Palavra em 25/05/2014

Reflexão

Continua o discurso de despedida de Jesus. Como sempre, o Mestre procura animar a esperança dos seus seguidores, prometendo que não os abandonaria e lhes garantindo o dom do Espírito da verdade, o Advogado que estaria ao lado deles, defendendo-os. São convidados a observar e a viver os mandamentos – a forma concreta de amar Jesus e seu Pai e ser por eles amados. Mais um pouco e Jesus já não será visto no mundo, mas seus seguidores o verão, porque ele viverá neles se guardarem suas palavras. Mediante essas palavras, o evangelista nos traz nova imagem de Deus: já não alguém longe da humanidade e acessível apenas por mediações, mas um Deus próximo, vivendo em nós e conosco. A comunidade cristã e cada um de seus membros se tornam habitação da divindade; o ser humano é o santuário vivo do Espírito de Deus. O Pai não é um Deus distante, mas alguém que se aproxima da humanidade e estabelece morada com ela. Buscar a Deus é deixar-se encontrar por ele.
Oração
Senhor Jesus Cristo, prometeste que não nos deixarás órfãos. Tal afirmação nos enche de conforto e gratidão. Enviarás o Espírito Santo, para estar sempre conosco. E tu mesmo estarás conosco para sempre. O que nos pedes é que te amemos, assim seremos amados pelo Pai. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Você reza pedindo as luzes do Espírito Santo? - Como você passa o domingo, o dia do Senhor? - O que você entende pela expressão “é necessário ver Jesus no próximo?” - Você procura ser grato, reconhecido, com os ministros de Deus que servem em sua comunidade? - O que você faz por sua comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 25/05/2014

Meditando o evangelho

O ESPÍRITO VERDADEIRO

Num contexto de ódio e de perseguição, a promessa feita por Jesus de dar aos discípulos o Espírito da Verdade reveste-se de suma importância. Foi a forma de protegê-los contra o erro e a mentira, ciladas montadas pelo mundo para desviá-los do bom caminho. Sem esta ajuda salutar, com muita probabilidade, deixar-se-iam levar pelas sugestões do falso espírito, chegando a renegar sua condição de discípulos. Pois, enquanto o Espírito da Verdade conduz ao Deus verdadeiro, o espírito da mentira conduz aos falsos deuses, aos ídolos.
O Espírito é designado como Paráclito, ajudante dos discípulos de Jesus. Assim, não seriam deixados à própria sorte, numa espécie de perigosa orfandade. A presença do Espírito de Verdade junto deles daria continuidade à de Jesus. Eles teriam sempre a quem recorrer, pois o Espírito estaria neles e "com eles para sempre".
A comunidade cristã sempre correria o sério risco de ser levada pelo espírito da mentira. Por isso, precisava da presença constante do Espírito da Verdade para manter-se sempre no bom caminho. Quanto maior esse risco, tanto mais necessária fazia-se a presença desse Espírito que conduz à verdade e à vida. Ele haveria de ser uma luz a expulsar as trevas, de modo a permitir aos discípulos caminhar com segurança rumo à casa do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Nosso Defensor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em uma sociedade onde a Família é descaracterizada do seu papel e de seu valor, a orfandade não é mais tão impactante como em outros tempos quando, ser órfão de Pai era algo tenebroso, ainda mais se o filho fosse  criança ou adolescente. A comunidade dos discípulos é preparada por Jesus para os tempos difíceis que estão por vir, após a sua morte. Este evangelho faz parte do chamado “Discurso de Consolação”onde Jesus promete que eles nunca estarão sozinhos.
Entre a inauguração do Reino de Deus, realizado no meio dos homens por Jesus, e a Plenitude dos tempos, que ainda virá, está a Igreja dos que crêem, e que alimenta no coração essa esperança, estamos no meio da caminhada, rumo a um acontecimento definitivo para onde converge toda humanidade. Nos tempos das promessas de Deus, a referência era a Lei de Moisés, portanto, a obediência aos mandamentos, nesses novos tempos o amor vem por primeiro, depois vem a Lei, a nossa relação com Deus em Jesus Cristo, tem que ser pautada primeiramente pelo amor e não pela lei, mesmo porque Jesus já resumiu toda a Lei nesse único Mandamento Amai-vos uns aos outros...
O amor agora divinizado por Jesus é dado como mandamento maior e essencial a quem se dispuser ao discipulado, mas esse amor grandioso, gratuito, incondicional e sem medidas, não caberia jamais nos horizontes tão limitados do ser humano se não fosse Aquele que , dado pelo Pai a rogo de Jesus, alargou os horizontes do coração humano, tornando-o sim,capaz de amar na mesma medida com que o Senhor amou a todos, é o Espírito Santo, o Defensor, o assistente de nossas fraquezas, a água abundante que irriga a secura do nosso egoísmo, a luz Fulgurosa que ilumina os pontos obscuros da nossa caminhada, mas há algo ainda de maior importância que o Espírito Santo realiza em nós...
Como se aproximar do Deus Altíssimo , Todo Poderoso, Onipotente e Perfeito? Em quem podemos olhar para enxergarmos esse modelo do homem novo, primogênito de todas as criaturas, dos vivos e dos mortos? Como fazer esta comunhão entre a nossa Fraqueza e a Fortaleza de Deus, entre a nossa fraqueza e a sua Santidade Gloriosa, isso equivaleria a tênue chama de uma pequenina vela tendo a pretensão de iluminar o sol. Jesus é esse caminho a ser percorrido, esse Homem totalmente novo a ser imitado. Talvez os discípulos naquele momento, já tinham até feito esta descoberta...Entretanto, se Ele os Consola, parece que descobriram tarde demais....Daria para recomeçar ? Com Deus tudo é possível, até um recomeço quando chegamos ao fundo do “poço
Pois o Espírito Santo, entranhado nas profundezas do Homem, o une a Deus, impulsionando-o á Santidade, destinando-o á glória Futura, na vivência de um amor que já não é mais humano, mas que foi perpassado pela Divindade. É isso exatamente que o Espírito Santo faz em nossa Vida, nos diviniza! No Paraíso, a serpente enganadora insinuou ao homem que ele poderia ser igual ao Criador, e Deus, parece ter gostado dessa “idéia” e pensou, “o homem será divinizado, mas com a minha ajuda”
A proposta da serpente era de que, o homem se divinizasse sozinho, em sua prepotência egoísta, Deus encapa essa idéia, mas a partir de uma comunhão profunda, que irá agora se cumprir com o envio do Espírito Santo prometido por Jesus.
Com este enfoque podemos compreender melhor a denominação de Defensor, como Jesus o chama, pois Ele nos defende da idéia tenebrosa e dessa tentação de sermos iguais a Deus petrificados em nosso egoísmo, que é exatamente o sentimento mesquinho que domina o coração de muitos, descartando a Salvação que Deus ofereceu em Jesus, para apegar-se á salvação oferecida pelo próprio homem.
Esse Espírito com o qual Deus nos envolve na comunhão para nos divinizar, só o discípulo do Senhor conhece, o mundo não o conhece e nem parece ter interesse em conhecê-lo.  Este mundo as vezes tenebroso, na reflexão de João é a Força do mal, presente em nosso coração,  temos portanto um lado que busca a Santidade e o Divino, mas temos também um outro lado que quer estagnar-se dentro dos seus limites.
Impulsionados pelo Espírito Santo, o homem que crê descobre o sentido da Vida naquilo que faz, e que pensa, esse Sentido da Vida a que nos conduz o Espírito é precisamente Jesus Cristo, aquele que ilumina toda nossa existência, que nos torna íntimos do Pai, na vivência de um amor que extrapola o Humano.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós... - Jo 14,15-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Evangelho de São João vai nos preparando para a festa de Pentecostes, que não será apenas uma comemoração do passado, mas uma realidade presente. Jesus vai pedir ao Pai e ele nos dará outro Defensor que ficará sempre conosco. É o Espírito Santo, o Espírito da Verdade. O Verbo se encarnou em nossa história, fazendo-se um de nós, com as características do ser humano que existe no tempo e ocupa lugar. O Espírito que vem não tem corpo. É puro Espírito e não ocupa lugar. Seu corpo é o nosso. Somos, por isso, chamados de “Templo do Espírito Santo”. Ele permanece conosco e está em nós. Caminha conosco ao ritmo da nossa história. É o Vento que sopra onde quer e não se deixa prender por ninguém nem por nenhuma instituição.
Jesus fala com espontaneidade a partir da realidade de quem vem de dentro de Deus. Ele pede ao Pai e o Pai dá o Espírito. Jesus vai para o Pai, mas não nos deixa órfãos. Ele volta a nós. Volta no Espírito. Ele está no Pai, nós estamos nele e ele está em nós. Jesus vai partir e o mundo não mais o verá. Nós, porém, o veremos e ele se manifestará a nós. Com linguagem humana, Jesus fala de realidades divinas que não podemos captar inteiramente. Enquanto não temos a visão face a face, seguimos anunciando o amor de Deus pelas suas criaturas.
Assim, Filipe, um dos sete diáconos, desceu à cidade de Samaria e começou a anunciar o Cristo à população. Foi grande a alegria naquela cidade. Sabendo que a Samaria tinha acolhido a Palavra de Deus, a Igreja de Jerusalém enviou até lá Pedro e João, que impuseram as mãos sobre os novos cristãos e eles receberam o Espírito Santo. Na linguagem de hoje diríamos que aqueles cristãos da Samaria foram crismados por Pedro e João.
Dizem os Atos que o Espírito Santo ainda não tinha vindo sobre nenhum deles. Tinham sido batizados somente em nome do Senhor Jesus. O que significa Batismo somente em nome do Senhor Jesus? Se esse Batismo não dava o Espírito Santo, era então semelhante ao de João Batista. O Batismo em nome da Trindade, como se faz na Igreja Católica, confere ao novo cristão o Espírito Santo e o introduz na comunidade da Igreja.
O sacramento da Confirmação confirma o que já aconteceu e impulsiona os cristãos a manifestarem ativamente por palavras e ações que o Espírito Santo está presente neles. Os sacramentos não são atos de magia. Eles revelam a graça multiforme de Deus presente em nossa vida. “A Crisma confirma e consolida a graça batismal e aumenta na alma os dons do Espírito Santo. Os fiéis, renascidos no Batismo, são fortalecidos pela Confirmação e são nutridos pela Eucaristia.” Assim nos ensina o Papa Bento XVI, no compêndio do Catecismo da Igreja Católica. O próprio Jesus, que sofreu a morte na existência humana, recebeu nova vida no Espírito.
Jesus vai partir. A festa da Ascensão se aproxima. Ele não nos deixará órfãos. Em suas últimas recomendações, ele quer nos deixar em paz e tranquilos com a certeza dos meios para alcançarmos o fim. Passaremos por dificuldades. Sofreremos perseguições e martírios, martírios antigos e martírios novos, como os que se fazem com palavras organizadas em notícias.

HOMILIA

JESUS PROMETE O ESPÍRITO SANTO

Jesus despede-se dos seus discípulos e inaugura uma missão especialíssima para mim e para ti. Ele sobe para o Pais a fim de ser mediador junto ao Pai a fim de nos comunicar o Espírito Santo.
É mediação futura, porque feita após a sua ressurreição, através da nova condição que terá diante de Deus (Jo 14,16-17). O Espírito será, então, enviado pelo Pai em nome de Jesus (Jo 14,26). Logo, você e eu receberemos de Deus o Espírito Santo somente através de Cristo. Dada a necessidade salvífica deste gesto e sua relevância para a existência da Igreja, reafirma-se, de novo, a importância capital da mediação de Jesus nas relações do Homem com Deus. Ninguém vai ao Pai senão por Ele.
Com a Sua subida para o Céu, Jesus nos faz ver as várias funções do Espírito Santo. Ele é o nosso Advogado ou Protetor e Mestre da Verdade (Jo 14,16-17.25-26). Na ausência de Cristo, o Espírito há de proteger e defender, em quaisquer circunstâncias, os discípulos de Jesus no mundo, guiando-os e dando-lhes segurança. Manterão viva a mensagem de Jesus, recordando-a e interpretando-a no tempo, de sorte que os discípulos penetrem o seu sentido. Além disso, o Espírito é Santo e santificador, consagrando os discípulos, ou seja, separando-os para serem semelhantes a Jesus, o consagrado por excelência.
A mediação de Jesus Ressuscitado, em ordem à vinda do Espírito, faz-nos viver a espiritualidade das Solenidades que se aproximam: Ascensão e Pentecostes. A temática serve, pois, de preparação para o encerramento do tempo pascal, revelando a relação existente entre a Páscoa e Pentecostes ou entre a ação do Ressuscitado, entronizado em sua glória, e a vinda do Espírito. Além disso, demonstra o modo do agir trinitário de Deus em ordem à salvação dos homens. Deus enquanto Pai é criador, enquanto Filho é Salvador e enquanto Espírito Santo é Vivificador, Consolador, Fortalecedor, Advogado.
O Espírito prometido nos revela a presença de Jesus entre nós. É a presença na comunidade em que se vive o amor. Este amor é a união com Jesus e com o Pai. Quem assim ama reconhece a presença de Jesus. Amar Jesus é amar-nos uns aos outros.
É urgente crer em Deus e em Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Quem ama passa a conhecer Jesus e quem o conhece conhecerá também o Pai. Porque Ele o dá a conhecer a todos os que permanecem no Seu amor; Este amor é o dom do Espírito de Amor e o dom da vida eterna na comunhão com Jesus e o Pai, no Espírito.
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as dúvidas e as trevas do meu coração e me faça caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida que me conduz a Vós.
Fonte: Liturgia da Palavra em 25/05/2014

REFLEXÕES DE HOJE

17 DE MAIO-DOMINGO

- O Espírito Santo mora em nós-Helena Serpa

HOMILIA DIÁRIA

A vivência dos mandamentos de Deus são luz para nossa vida!

Os mandamentos do Senhor são regras, luz, paz e direção para o nosso caminhar neste mundo!

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco” (João 14, 15-16).

A primeira coisa que devemos observar: amar a Deus é guardar os Seus mandamentos! Os mandamentos do Senhor não são um peso para nós; pelo contrário, os mandamentos do Senhor são regras, luz, paz e direção para o nosso caminhar neste mundo! Os mandamentos do Senhor são como que uma bússola que nos norteia, nos orienta, nos direciona para onde está a vontade de Deus no mundo em que vivemos.
Você sabe que os mandamentos de Deus não são levados muito a sério no mundo em que vivemos. São os mandamentos que nos ordenam a colocar Deus em primeiro lugar, a santificar o dia do Senhor, a honrar o nosso pai, nossa mãe, a viver a pureza, a castidade, a honestidade e a verdade; a combater a mentira e a corrupção.
Não são as leis que orientam as relações humanas; é por isso que nos tornamos discípulos do Senhor para fazer a diferença, para sermos fermento, para sermos sal no meio da massa. E, algumas vezes, nos sentimos tão fracos, diluídos e consumidos por este mundo, mas sozinhos nós realmente não iremos viver a vontade de Deus! Nós precisamos do auxílio do alto, do socorro que venha do alto; nós precisamos do auxílio de Deus, do socorro d’Ele.
É por isso que Jesus nos promete que Ele nos enviará o Espírito da Verdade, que Ele nos enviará o Defensor, porque o Espírito primeiro nos defende, nos preserva do mal, nos defende do inimigo de Deus, do maligno. É Ele que defende a nossa mentalidade, a nossa consciência e a nossa vontade da corrupção do pecado.
O Espírito é nosso Advogado, é nosso Amigo, é a força de que nós precisamos e que necessitamos para vivermos em Deus e a vida d’Ele em nós. Eu preciso querer viver a vontade de Deus e uma vez que a quero, eu preciso reconhecer que sozinho eu não dou conta disso, sozinho eu não chego lá. Na minha humildade eu reconheço a minha pequenez e como eu preciso da ajuda do alto, do auxílio do alto e da força do alto.
Deus socorre a nossa fraqueza, Ele socorre a nossa necessidade, nos dá o Seu Espírito sem medida para que não desanimemos, para que não esmoreçamos na vivência dos Seus mandamentos em nossa vida.
Vem, Espírito Santo, vem Paráclito, vem Defensor, vem em nosso socorro, Auxílio Divino, para que não esmoreçamos diante das dificuldades e tribulações e para que sejamos fortalecidos no combate contra as forças do mal!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/05/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a sentir a Tua Presença em nós e na nossa vida. Que entremos na tua intimidade com encantamento e respeito, sim, mas com gratidão, alegria e leveza, carregando conosco os irmãos que colocaste ao nosso lado nesta viagem maravilhosa – a Vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, ensina-nos a sentir a tua Presença em nós e na nossa Vida. Que entremos na tua intimidade com encantamento e respeito, sim, mas com gratidão, alegria e leveza, carregando conosco os irmãos que colocaste ao nosso lado nesta viagem maravilhosa que é a Vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.