sábado, 14 de setembro de 2013

Você sabia que:


Os requisitos para pertencer ao Colégio Cardenalício foram estabelecidos no Concílio de Trento em sua sessão XXIV de 11 de novembro de 1563.

Podcast - Ouça a Homilia do Evangelho do dia

Podcast

Homilia do dia

Joao 3,13-17

Homilia
Data
09/14/13
09/13/13
09/12/13

Podcast - Ouça o Evangelho do Dia

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Evangelho do dia

Joao 3,13-17

Evangelho
Data
09/14/13
09/13/13
09/12/13

Bem-aventurado Antonio (Anton) Maria Schwartz - 15 de Setembro

Antonio (Anton) Maria Schwartz
Bem-aventurado
1852-1929
Fundou a Congregação
dos Pios Operários
Anton, para nós Antonio, nasceu na humilde e cristã família Schwartz, no dia 28 de fevereiro de 1852, em Baden, Áustria, quarto de treze filhos. Seu pai era um simples operário, sem profissão definida, enquanto sua mãe cuidava da casa e dos filhos, que estudavam na escola paroquial daquela cidade.

Nossa Senhora do Bom Parto - 15 de Setembro


Os títulos de Nossa Senhora, "do Bom Parto" e do "Bom Sucesso" nasceram aos pés da imagem da Virgem Negra de Paris, venerada na antiga igreja Saint-Etienne-des-Grès, capital francesa. Invocar a proteção da Mãe durante a gestação e parto é o que toda família cristã sempre fez ao longo dos séculos.

Nossa Senhora das Dores - 15 de Setembro





Nossa Senhora das Dores nos aponta para uma Nova Vida

“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças

Dia 15 – MISSA DO 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Deus não nos abandona!


HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/09/2013

15 de Setembro de 2013

Ano C


Lc 15,1-32

Comentário do Evangelho

Alegria pela conversão dos pecadores

O evangelho deste domingo nos apresenta uma sucessão de três parábolas de misericórdia: ovelha perdida e reencontrada (vv. 4-7), moeda perdida e reencontrada (vv. 8-10) e o pai misericordioso (vv. 11-32). Estas três parábolas são a resposta de Jesus à murmuração dos escribas e fariseus: “Este homem acolhe os pecadores e come com eles” (v. 2). O tema da alegria pela conversão dos pecadores está presente nas três parábolas (vv. 6.7.9.10.32). Se há alegria no céu, deve haver na terra!
Na parábola do pai misericordioso, a atitude do pai que acolhe o filho mais novo com festa (vv. 22-24) contrasta com a atitude de raiva e de murmuração do filho mais velho (vv. 25-30). Parece que Jesus queria identificar a atitude do filho mais velho com a atitude dos escribas e fariseus. O filho mais velho é convidado a entrar no coração compassivo do pai (v. 20), pois “era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado” (v. 32).
Se as parábolas são a resposta de Jesus à murmuração dos escribas e fariseus, elas visam exortar o leitor do evangelho a proceder como Deus procede, a identificar-se com o Deus “de piedade e de ternura, lento para a ira, e rico em amor” (Jn 4,2).
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Espírito que possibilita a conversão, mantém meu coração aberto aos pecadores, confiante de que são atraídos pela misericórdia do Pai.

Vivendo a Palavra

A pérola mais preciosa e bela entre todas as parábolas de Jesus, Ele a conta para pecadores e cobradores de impostos – que o ouviam atentos – e diante de fariseus e doutores da Lei que o criticavam. São detalhes que passam despercebidos para nós, que preferimos testemunhar a nossa fé diante de ouvintes escolhidos e santos...

Meditação

Que lugar ocupa o exame de consciência em sua vida? - É difícil trazer alguém de volta para a prática da religião. Mas você procura fazer sua parte principalmente com o testemunho pessoal? - Consegue tratar com amor os que lhe magoam? Como age? - Consegue superar a barreira do rancor? - Em sua vivência da fé há alguma coisa que precisa ser melhorada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

REFLEXÕES DE HOJE



15 de SETEMBRO – DOMINGO


1 - “Afinal, o Filho arrependeu-se ou não?” -Diac. José da Cruz

2 - DE CORAÇÃO ABERTO O PAI ACOLHE OS QUE QUEREM VOLTAR AO SEU CONVÍVIO! - Olívia Coutinho.

3 - A MISERICÓRDIA DIVINA - José Salviano

4 - Sou melhor que o outro? - Professor Isaías da Costa

5 - Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte- -Claretianos


As três misericórdias... (Lc 15,1-32)
Este Evangelho nos apresenta as três parábolas que Jesus pronunciou para nos falar da misericórdia, ou melhor, do entranhado amor de Deus por nós. O pastor incansável que sai a campo em busca da ovelha tresmalhada. A diligente mulher do povo que varre a casa à procura da moedinha perdida. Enfim, o velho pai que, simplesmente, espera o regresso do filho fujão.
Três diferentes maneiras de ser misericordioso: sair a campo... varrer a casa... esperar...
A primeira é a mais fácil, pois até nos empresta um nimbo de heroísmo. Vai o pastor por brenhas e vales, busca incansavelmente até encontrar a SUA ovelha: ferida, emaranhada na moita de arranha-gato, berne no focinho. Sim, mas é MINHA ovelha. E se alegra ao recuperá-la.
A segunda é mais trivial, uma empreitada caseira. Quantas vezes, quem mais precisa de nossa misericórdia está bem ao lado, debaixo do mesmo teto. O casebre é pequeno, a lamparina de azeite mal o ilumina. A vassoura de folhas de tamareira permite reencontrar a moeda, escapada do véu de moedas que ainda recorda à sua dona a remota cerimônia do casamento. Moedinha pequena, de parco valor, azinhavrada, talvez, mas SUA moeda. Não admira que as vizinhas cheguem a zombar da alegria de sua dona.
A terceira é realmente a mais dura de viver. Um filho não é uma ovelha. Não é moeda de metal. Tem arbítrio, vontade própria. Só resta ao velho pai... esperar... Uma esperança sem garantias, mantida a pulsar no coração, mesmo contra toda evidência. Voltará o filho algum dia? Não há certezas, mas o amor não vive de certezas. O amor é capaz de fazer apostas e... esperar...
De volta à casa do pai, o filho que pecou avalia que não é mais possível recuperar a estatura filial: “Não mereço ser tratado como filho... Trata-me como um dos empregados...” Mal sabe ele que o Pai continua pai. “E enquanto eu for pai, você continua a ser meu filho...” É da natureza de Deus ser um Pai. Nada que possamos fazer apagará sua imagem paterna. Daí o beijo, a roupa nova, os sapatos, o anel...
Sair a campo... Varrer a casa... Esperar... Todos os dias nós temos oportunidades de amar e de exercer a misericórdia. Alguém anda perdido em seus descaminhos e, a qualquer momento, poderá apresentar-se à nossa frente.
Quando isso acontecer, como reagiremos?
Orai sem cessar: “Todos os caminhos do Senhor são misericórdia” (Sl 25,10)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br

Liturgia de 15.09.2013 - 24º DTC - Jesus nos ensina o perdão!



15 de setembro – 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

UM DEUS DE PERDÃO E RECONCILIAÇÃO

I. INTRODUÇÃO GERAL 
 “Não quero a morte do pecador, e sim, que ele se converta e viva.” Essas palavras de Ezequiel (18,23) formam o pano de fundo (deixado na penumbra) da liturgia de hoje (cf. Lc 15,32). A leitura do livro do Êxodo mostra-nos um Deus que volta atrás do seu projeto de rejeitar Israel, e o evangelho apresenta as parábolas de Jesus a respeito de quem se perdeu e por Deus é reencontrado. Paulo entendia bem isso: na Primeira Carta a Timóteo descreve como, de perseguidor, ele foi, pela abundante graça de Deus, levado à vida em Cristo. Jesus veio para salvar os pecadores, e Paulo foi o principal deles. Com isso, tornou-se exemplo daquilo que ele mesmo pregou: a reconciliação.

1. I leitura (Ex 32,7-11.13-14)
O livro do Êxodo descreve como Moisés, logo depois da promulgação da Lei e da Aliança (Ex 10-24), permanece, durante quarenta dias, na montanha do Sinai, onde Deus lhe mostra o projeto do seu santuário e o encarrega de montá-lo no meio do povo (Ex 25-31). Ao descer da montanha, porém, encontra o povo em festa, adorando o bezerro de ouro, símbolo da fecundidade e objeto ritual das religiões dos povos pagãos. Essa festança é uma desistência da Aliança com o Deus único, que se manifestou no Sinai e elegeu Israel para ser seu povo-testemunha (Ex 32,1-6).
A reação de Deus é dura. Não quer mais esse povo (“teu povo”, diz ele a Moisés, 3,7). Moisés, porém, torna-se mediador e lembra a Deus suas promessas, como Abraão lhe lembrou sua justiça (cf. Gn 18,25). E Deus se deixa convencer: “O Senhor desistiu do mal com que havia ameaçado o seu povo” (Ex 32,14). Essa narração representa Deus de modo bastante humano (antropomorfismo): tanto a cólera de Deus, quanto seu arrependimento, são modos de significar que Deus não é indiferente, nem ao nosso pecado, nem à nossa prece. São maneiras humanas de falar de seu amor sem fim.

2. Evangelho (Lc 15,1-32)
O evangelho nos mostra Jesus em má companhia: “todos os publicanos e pecadores” (Lc 15,1). É um escândalo para os fariseus. Em duas parábolas menores, Jesus apresenta, então, uma imagem de Deus, descrevendo o pastor que só pensa na ovelha desgarrada, que está em perigo (15,3-7); ou a dona de casa, procurando adoidada uma moeda extraviada e ficando fora de si de alegria quando a reencontra (15,8-10). E depois conta a parábola do filho perdido e reencontrado – obra prima entre as parábolas de Jesus (15,11-32, na leitura longa, que evidentemente deve ser preferida à breve!).
Nessas parábolas, o pastor, a dona de casa, o pai de família parecem alegrar-se mais com o perdido que reencontraram do que com aquilo que não se perdeu: o rebanho a pastar, as moedas no pote, o filho que fica em casa trabalhando… Como entender isso? Será que a “opção preferencial” pelas ovelhas perdidas os leva a se esquecerem das que ficaram no rebanho? Pensar isso seria uma ideia bem mesquinha do carinho de Deus. Se o pai faz festa para o filho pródigo, é porque “aquele que estava morto voltou à vida”, e se não faz nada especial para o outro filho, que sempre está com ele, é porque o “estar sempre com ele” deve ser a mais profunda alegria (Lc 13,31-32). Olhando bem, porém, tem-se a impressão de que o filho mais velho optou por ficar com o pai apenas por comodismo (ou para ficar certo da herança). Se for assim, é ele que deve reconhecer seu afastamento interior e voltar ao pai; quem sabe se, então, o pai oferecerá um bom churrasco também para ele?
Reconhecemos no filho mais velho a figura do fariseu: tem as contas em dia, mas o coração longe de Deus. Não é tal a atitude dos que reclamam porque o padre anda nas favelas em busca de ovelhas perdidas em vez de rezar missas nos oratórios particulares ou ir a reuniões piedosas? Os que falam assim deveriam, felizes por ter Deus sempre diante dos olhos, ser solidários com a Igreja que busca os abandonados, em vez de se sentirem abandonados. Esqueceram quanta atenção receberam? Não perceberam que o próprio fato de se sentirem perto de Deus é sua felicidade? Em vez de criticar a prioridade dada aos excluídos, deveriam ser os primeiros a estimular o reencontro deles, tornando-se “agentes da reconciliação”.
Deus tem razão: quem vai bem, siga à frente (cf. Ap 22,11). Mas aquele que está errado é que necessita de atenção. O médico não vem para os sãos, mas para os doentes (cf. Mc 2,17). Já o pensamento “elitista” diz: ocupa-te com os “bons”, os que rendem. Não percas teu tempo com os que não valem nada, deixa-os se perderem. Deixa-os viver na falta de higiene e na subnutrição. Expulsa o povinho de sua área e o “primitivo” de suas terras…
O pensamento de Deus não é assim. Ele sabe que rejeitar um só homem seria a mesma coisa que rejeitar a todos, pois o princípio é o mesmo. Por isso, deseja ansiosamente a volta de qualquer um, até o mínimo, o mais rebaixado, aquele que conviveu com os porcos (que horror, para os judeus!). Pois esse perdidão é seu filho, mesmo se o próprio já não se acha digno de ser chamado assim. Deus não pode esquecer seu filho (Jr 31,20; Is 49,15). Nós gostamos de resolver os “casos difíceis” pela expulsão, a repressão (e vemos os frutos…). Deus opta pela reconciliação.

2. II leitura (1Tm 1,12-17)
Confirmando essa imagem de Deus, Paulo, na Primeira Carta a Timóteo, proclama que “encontrou misericórdia” (1Tm 1,13.16). Essa carta dirigida a Timóteo, que o acompanhou desde sua “segunda viagem” missionária (cf. At 16,1), é uma espécie de “testamento espiritual”. Inicia-se com o tema da vinda de Jesus ao mundo para salvar os pecadores. Paulo mesmo experimentou isso e, além disso, recebeu missão importante, pelo que exprime sua gratidão.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
Opção preferencial pelos pecadores? Certo dia, eu tive de interromper uma palestra ministrada a um grupo de padres porque não aceitavam que os pecadores convertidos serão tão bem-vindos no céu quanto os que se comportaram bem. Será que Deus é generoso demais para com os malandros que se convertem?
São Paulo diz com clareza: “Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro” (2ª leitura). A 1ª leitura de hoje nos ensina que Deus é capaz de mudar de ideia: quando o pecador se arrepende, Deus o reconcilia consigo. O evangelho (texto longo) nos mostra Deus como um pastor procurando a ovelha perdida, ou como um pai que espera a volta de seu filho vagabundo.
Nós achamos estranho Deus dar mais atenção a uma ovelha desgarrada do que a noventa e nove que permanecem no rebanho. Não será melhor que uma se perca do que o rebanho todo? Pois bem, foi exatamente isso que disse o sumo sacerdote Caifás para justificar o assassinato de Jesus. “É melhor que um morra pelo povo todo” (Jo 11,49-51)! Deus, porém, em relação ao pecador, não segue o raciocínio de Caifás. É mais parecido com um motorista que não se preocupa com aquilo que funciona bem, mas fica atento àquilo que parece estar com defeito. Os pensamentos de Deus não ficam parados nos bons; ele está mais preocupado com os extraviados. Faz “opção preferencial” pelos que mais necessitam, os que estão em perigo e, sobretudo, os que já caíram – pois para Deus nenhum mortal está perdido definitivamente. Quem caiu tem de ser recuperado. Essa é a preocupação de Deus. Com os bons, preocupam-se os seus semelhantes; para Deus, todos importam. Por isso ele se preocupa com quem é abandonado por todos. Ele não descansa enquanto uma ovelha estiver fora do rebanho. Ele não quer a morte do pecador, mas sua volta e sua vida (Ez 33,11).
E nós? Nós devemos assumir os interesses de Deus. A Igreja deve voltar-se com preferência para os pecadores, orientá-los com todos os recursos do carinho pastoral e mostrar-lhes o incomparável coração de pai de Deus. Quem se considera justo, como o irmão do filho pródigo, não se deve queixar desse modo de agir de Deus. Pois ser justo é estar em harmonia com Deus, receber dele o bem e a felicidade, estar realizado. Por que então criticar a generosidade de Deus para com o pecador convertido? O “justo” alegre-se com o pecador, aquele que realmente necessitava atenção, o morto que voltou à vida! Mas talvez muitos se comportem como justos, não por amor e alegria em união de coração com Deus, mas por medo… e então, frustrados porque Deus é bom, resmungam, como Jonas quando a cidade de Nínive se converteu (Jn 4,1-11). “Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (Mc 2,17).
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo
e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje. 
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br.
15 de setembro – 24° DOMINGO COMUM

O LUGAR DO ACOLHIMENTO
Uma palavra poderia resumir a mensagem da liturgia de hoje: misericórdia. Dentre os seus muitos sentidos, podemos destacar aquele presente em sua raiz, o qual evoca a expressão “coração de pobre”. Outro sentido muito evocado no Antigo Testamento é a misericórdia como “útero”. O misericordioso é aquele que acolhe a vida no mais íntimo de seu ser. Deus, nessa perspectiva, é o Pai da misericórdia. Ele gera o povo. Ser misericordioso como Deus é ter espaço para acolher o irmão.
Num olhar frio, a parábola do filho pródigo (Lc 15,11-32), à primeira vista, parece-nos descon­cer­tan­te. Como um pai pode ser tão bobo? Esse filho rebelde saiu pelo mundo, promoveu “gastanças” e farras, fez tudo que não presta, e agora, quando volta, o pai o acolhe com abraços, beijos e até faz festa!
Ocorre que estamos falando de um amor que “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,7). É amor tão profundo, que bobagem mesmo seria querer entendê-lo com nossa lógica vingativa. O coração do pai não recorda o passado ofensivo. A ele interessa o presente feliz. Interessa o filho vivo e cheio de vontade de recomeçar.
A parábola quer revelar o coração misericordioso de Deus. O Deus que Jesus veio revelar é o do perdão, e não da condenação ou do castigo. É um Deus que, numa linguagem muito simples, se poderia comparar a um pai de coração mo­le, sempre pronto a acolher o fi­lho de coração duro. Filho que se arrepende e volta para casa.
O pai respeita a liberdade do filho, mesmo que este tenha buscado a felicidade em caminhos errados. Jesus quer nos ensinar que o Senhor ama o pecador, mas abomina o pecado. Pecado que oprime, escraviza, humilha e tira o sentido da vida.
O filho pródigo é a imagem do povo de Deus errante. É também a imagem do povo que quer acertar e sabe que sua única esperança é o Deus verdadeiro. O filho pródigo é cada um de nós. O pai misericor­dioso nos ensina atitudes de compaixão, tolerância e misericórdia. Nosso coração esteja sempre disponível para acolher o outro e enxergá-lo em sua capacidade de mudança, e não em seus erros.
Essa página da Bíblia põe por terra o orgulho e a arrogância do mundo. Põe por terra todas as iniciativas que tramam a vingança, a humilhação, a morte. “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
15 de setembro: 24º domingo comum

A GRATUIDADE DO AMOR E DO PERDÃO
Jesus recebe crítica dos fariseus e dos mestres da lei porque se aproxima dos pobres e pecadores. Diante disso, o evangelista nos presenteia com três parábolas chamadas “da misericórdia de Deus”, no capítulo 15 de Lucas. Esse capítulo é como que o coração do Evangelho de Lucas e representa o cume da caminhada de Jesus a Jerusalém, donde podemos rever o percurso feito e vislumbrar o trajeto a ser percorrido. Nele encontramos a gratuidade do amor e do perdão de Deus.
Na terceira parábola, Jesus revela a imagem de Deus. Ele é um pai que sabe perdoar, acolher, abraçar e beijar o filho que retorna ao lar, faz festa, divide com os filhos os bens que tem, permite-lhes fazer a própria experiência de vida.
Esta parábola, com certeza, desconcertou os ouvintes de Jesus e, hoje, desconcerta também a nós. As atitudes do pai questionam qualquer sociedade que valorize as aparências, o poder da autoridade (familiar), o moralismo de fachada, a supervalorização e a concentração dos bens.
Quando lemos a parábola, ficamos mais focados no pai que demonstra seu amor e perdoa e no filho mais novo que abandona a casa e depois se arrepende e volta aos braços do pai. Esquecemos, com frequência, as atitudes do filho mais velho.
Este é, muitas vezes, proposto como exemplo de fidelidade, pois não abandona o pai, dedica-se ao trabalho e à família e não imita a vida desordenada do irmão. É um fiel cumpridor das leis e, por isso, pensa ter mais méritos diante do pai. Ele aplica a si a teologia da retribuição, a teologia do “toma lá, dá cá”. Mas o amor de Deus é gratuito e não se deixa comprar por cumprimento de leis.
Esse filho nunca abandonou a casa, mas, com a volta do irmão, sente-se estranho na família; sempre obedeceu ao pai, mas não conhece a lei do amor; reconhece-se bom filho, mas não aceita o retorno do irmão. Numa palavra, é pessoa ressentida, incapaz de amar, perdoar e acolher. Não entende nem aceita a atitude de misericórdia do pai.
Pe. Nilo Luza, ssp
http://www.paulus.com.br/institucional/odomingo/15-de-setembro-24o-domingo-comum#.UjTf6dI3uSo
O Pai nunca desiste de nó
Não se esqueça: o Pai nunca se cansa. Ele nunca desiste de nós, está sempre de braços abertos nos esperando com o Seu amor.
“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la?” (Lc 15,4).
Hoje, a liturgia nos dá a graça de celebrarmos os perdidos que foram encontrados ou reencontrados pela graça de Deus.
O capítulo 15 do Evangelho segundo Lucas nos apresenta essa realidade: a ovelha que se perde, a moeda que se perde e o filho que se perde. Mas qualquer uma das três coisas, quando é reencontrada traz, um sentido novo.
A ovelha, tão importante para o pastor, perde-se nos “pastos” da vida. O pastor deixa as noventa e nove ovelhas para ir buscar aquela única que se perdeu. E que alegria ao coração encontrar aquela ovelha que havia se perdido!
A mesma coisa a mulher que tem dez moedas de prata: se ela perde uma só, deixa no cantinho as outras nove moedas e vai atrás daquela única, porque ela é muito importante. E que alegria ao encontrá-la de volta!
E de uma forma mais profunda, o Pai, que perde um só dos Seus filhos, que parte para longe, abandonando a casa d’Ele para viver uma vida de perdido, dissoluta nesse mundo de meu Deus. O Pai espera ansioso, com o coração aberto que esse filho volte. E quando esse filho volta… Que alegria! Que festa!
Hoje, nós queremos fazer festa com todos aqueles que estão voltando para a casa de Deus, que estão procurando o caminho da vida e encontram em Deus o sentido para a sua existência. Como devemos acolhê-lo, meus irmãos? Como devemos abrir o nosso coração para celebrar a volta daquele que se perdeu em algum caminho da vida? Quando olhamos para nossa própria história, quem de nós não se confunde no caminho? Quem de nós não acaba sendo um pouquinho mais, um pouquinho menos “pródigo” na vida e, por sentir-se revoltado e abandonado, corre, muitas vezes, para longe do Pai?
Não se esqueça: o Pai nunca se cansa. Ele nunca desiste de nós, está sempre de braços abertos nos esperando com o Seu amor. Se por algum motivo você está longe da casa de Deus, dos Seus braços, aprenda, tome consciência e tenha a certeza de que Ele está de braços abertos aguardando o seu retorno.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter

LEITURA ORANTE


Lc 15,1-32 - Alegria do reencontro



Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente virtual.
Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 15,1-32 e observo as duas parábolas de Jesus.
Certa ocasião, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram perto de Jesus para o ouvir. Os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus, dizendo:
- Este homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles.
Então Jesus contou esta parábola:
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida."
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender.
A moeda perdida
Jesus continuou:
- Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida."
- Pois eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados.
E Jesus disse ainda:
- Um homem tinha dois filhos. Certo dia o mais moço disse ao pai: "Pai, quero que o senhor me dê agora a minha parte da herança."
- E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha.
- O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade. Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, ele pensou: "Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: 'Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.' " Então saiu dali e voltou para a casa do pai.
- Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou. E o filho disse: "Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!"
- Mas o pai ordenou aos empregados: "Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado."
- E começaram a festa.
- Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando ele voltou e chegou perto da casa, ouviu a música e o barulho da dança. Então chamou um empregado e perguntou: "O que é que está acontecendo?"
- O empregado respondeu: "O seu irmão voltou para casa vivo e com saúde. Por isso o seu pai mandou matar o bezerro gordo."
- O filho mais velho ficou zangado e não quis entrar. Então o pai veio para fora e insistiu com ele para que entrasse. Mas ele respondeu: "Faz tantos anos que trabalho como um escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus amigos. Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo!"
- Então o pai respondeu: "Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. Mas era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado."

Neste texto Jesus conta três parábolas: a da ovelha perdida que o pastor reencontra, a da moeda perdida que mulher procura e também encontra, motivo de grande alegria, e a do filho que retorna ao abraço misericordioso do pai. “Perder”, “reencontrar” e "voltar" significam nas histórias de Jesus o perdão de Deus para o pecador. Nas três predomina o sentimento de alegria. É uma alegria imensa, transbordante, em clima de festa. Vai até o céu: “assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados”. Esta alegria acusa um sofrimento precedente: a perda. Tanto a ovelha , como a moeda, a pessoa humana, apesar de pecadora, é propriedade de Deus. É muito terna a figura do pastor que carrega a ovelha sobre os ombros. É de ternura infinita o pai que acolhe o filho no seu abraço. Esta é a figura do Deus misericordioso, sempre em busca de cada um de nós.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “Nicodemos e sua ânsia de vida eterna (cf. Jo 3,1-21), a Samaritana e seu desejo de culto verdadeiro (cf. Jo 4,1-12), o cego de nascimento e seu desejo de luz interior (cf. Jo 9), Zaqueu e sua vontade de ser diferente (cf. Lc 19,1-10)... Todos eles, graças a este encontro, foram iluminados e recriados porque se abriram à experiência da misericórdia do Pai que se oferece por sua Palavra de verdade e vida. Não abriram seu coração para algo do Messias, mas ao próprio Messias, caminho de crescimento na “maturidade conforme a sua plenitude” (Ef 4,13), processo de discipulado, de comunhão com os irmãos e de compromisso com a sociedade.”(DAp 249).
E eu me interrogo:
Como acolho as buscas de Deus?
Abro meu coração ao Pastor que me procura?
Penso, num momento de silêncio, como procuro o Pai que me espera.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione:

“Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém”.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração e no coração das demais pessoas.

Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus e Maria, dai-me a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a ousadia dos Profetas do teu Reino. Que a tua Palavra, ouvida com atenção, seja incorporada ao nosso jeito de viver e, desta forma, se faça transparente para ser recebida por nossos companheiros de jornada. E que sejamos humildes e alegres, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.