ANO C

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C – Verde
“Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.” Lc 14, 27
“Jesus, mestre da nossa vida.”
Lc 14,25-33
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Ser livre, não simplesmente fazer o que quiser,
“a liberdade é no ser humano, uma força de
crescimento e de amadurecimento na verdade e
na bondade. E atinge a sua perfeição quando está
ordenada para Deus, nossa felicidade completa”.https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105662/23-domingo-tempo-comum-ano-c-07-setembro-2025.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, no
Dia do Senhor, nós, os cristãos, nos
reunimos em torno do altar para
bendizer a Deus por tantas maravilhas que Ele realiza em favor de
cada um de nós e de sua Igreja.
Fazemos isso, unidos a Cristo Jesus
que, em cada Eucaristia, se oferece por nós todos e que nos deixou
o mandamento de celebrar a Ceia
em sua memória, nos fazendo participar do mistério de sua Páscoa.https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-50-23o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf
UM EXIGENTE CAMINHO DE RENÚNCIA
A opção pelo Reino não é escolher
um caminho de facilidade, mas sim
aceitar percorrer um caminho de renúncia e de doação da vida. Todo discípulo de Jesus, deve ter a capacidade para refletir, deve ter senso crítico
diante das variadas situações da vida
e, acima de tudo, saber decidir bem,
qual direção ele deve levar a sua
vida. É, sobretudo, o Evangelho que
traça as coordenadas do “caminho
do discípulo”: é um caminho em que
o Reino deve ter a prioridade sobre
todas as pessoas, sobre os nossos
bens, sobre os nossos próprios interesses e esquemas pessoais. Quem
tomar contato com esta proposta
tem de pensar seriamente se a quer
acolher, se tem forças para a acolher.
Jesus não admite meios-termos: ou
se aceita o Reino e se embarca nessa
aventura a tempo inteiro e a fundo
perdido, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado nenhum.Jesus apresenta três exigências fundamentais para quem quer seguir o
caminho do discípulo e chegar a sentar-se à mesa do Reino. Todas elas
subordinadas ao tema da renúncia.A primeira exige o preferir Jesus à
própria família. A este propósito, Lucas põe na boca de Jesus uma expressão muito forte. Para ser discípulo, é
preciso pôr em segundo lugar algo,
porque apareceu na vida da pessoa
um valor que ainda é mais importante. É evidente que Jesus não está
pedindo que as pessoas tenham ódio
de ninguém, muito menos a pessoas
a quem temos laços de amor, nossos
familiares. Jesus está exigindo que as
relações familiares não nos impeçam
de aderir ao Reino. Se for necessário
escolher, a prioridade deve ser escolher os valores do Reino.A segunda exige a renúncia à própria
vida. O discípulo de Jesus não pode
viver fazendo escolhas egoístas, colocando em primeiro lugar os seus
interesses, os seus esquemas, aquilo que é melhor para ele; mas tem
de colocar a sua vida ao serviço do
Reino e fazer da sua vida um dom de
amor aos irmãos, se necessário até à
morte. Foi esse, de fato, o caminho
de Jesus; e o seu discípulo é convidado a imitar o mestre.A terceira exige a renúncia aos bens.
Jesus sabe que os bens podem facilmente transformar-se em deuses,
tornando-se uma prioridade, escravizando o homem e levando-o a viver
em função deles; assim sendo, que
espaço fica para o Reino? Por outro
lado, dar prioridade aos bens significa viver de forma egoísta, esquecendo as necessidades dos irmãos; ora,
viver na dinâmica do Reino implica
viver no amor e deixar que a vida
seja dirigida por uma lógica de amor
e de partilha.Com estas exigências, fica claro que
a opção pelo “Reino” não é um caminho de facilidade. É por isso que Jesus recomenda o pesar bem as implicações e as consequências da opção
pelo “Reino”. A parábola do homem
que, antes de construir uma torre,
pensa se tem com que terminá-la e
a parábola do rei que, antes de partir
para a guerra, pensa se pode opor-
-se a outro rei com forças superiores
convidam os candidatos a discípulos
tomar consciência da sua força, da
sua vontade, da sua decisão em corresponder aos desafios do Evangelho
e em assumir, com radicalidade, as
exigências que Jesus faz. No mundo
de hoje, diante de tantas propostas
cheias de facilidades e de prazeres,
onde a riqueza, a fama, tomam o
lugar de Deus, o discípulo deve ter
o senso crítico para acima de tudo
escolher a proposta da paz e da vida
que Jesus vem nos trazer. A decisão é
sempre pessoal.Pe. Carlos Alberto DoutelVigário Episcopal e Geralpara a Região Santanahttps://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-50-23o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf
Comentário do Evangelho
Discipulado: A Entrega Total ao Reino de Deus

As grandes multidões seguem Jesus devido à sua pregação e aos muitos milagres que Ele realiza. Ele oferece uma nova esperança em meio ao sofrimento e à opressão impostas pelo império romano. O discipulado, no entanto, exige algo mais profundo e comprometido, pois demanda uma entrega total em prol do Reino de Deus. Essa resposta ao amor de Deus, que nos chama, nos impulsiona a enfrentar os desafios e riscos da jornada de fé. O ser humano, devido à sua limitação, não é capaz de compreender plenamente os desígnios de Deus tanto na terra quanto no céu. Sua jornada se torna obscura e repleta de incertezas, mas é pela sabedoria e pelo Espírito Santo de Deus que Sua vontade e pensamentos se tornam claros para nós. Por isso, é essencial cultivar um relacionamento profundo com Deus através da oração, para seguir Seus caminhos e realizar Sua vontade.O caminho do discipulado é exigente e, em certos casos, pode levar à prisão, como aconteceu com o apóstolo Paulo. Contudo, a ação de Deus é ilimitada e, mesmo no sofrimento, pode gerar novos discípulos. Onésimo, um escravo fugitivo, transforma-se em seguidor de Cristo enquanto está na prisão. Filêmon, seu dono, também discípulo de Jesus, deve recebê-lo de volta com misericórdia. Através da nova vida em Cristo, ambos se tornam irmãos na mesma comunidade de fé.No evangelho, Jesus deixa claro o que é necessário para ser um verdadeiro discípulo. Um discípulo se entrega de forma total e incondicional ao Senhor que o chama, desapegando-se até mesmo de sua própria vida e família, para servir completamente à missão. Da mesma forma que os levitas se dedicavam inteiramente à Palavra de Deus e à Sua aliança, os discípulos devem fazer o mesmo ao servir a Jesus. Ao carregar a cruz, aceitam os riscos e sofrimentos, especialmente em tempos de perseguição, reconhecendo o poder salvífico da cruz, que triunfa sobre o pecado e é um símbolo do amor incondicional de Deus.Seguir Jesus é abrir mão de trilhar seu próprio caminho e permitir que Ele nos guie. Jesus, então, apresenta duas parábolas que fazem os ouvintes refletirem sobre os riscos e as consequências de seguir seus passos. Assim como um construtor de torre ou um rei em guerra precisa avaliar cuidadosamente suas ações antes de tomar decisões, o discípulo também deve refletir se tem a capacidade de enfrentar os desafios da missão e perseverar até o fim. É preciso estar disposto a renunciar tudo o que se possui, pois a verdadeira segurança não está em bens materiais, mas no Mestre que caminha incansavelmente ao nosso lado e nunca nos abandona. Devemos nos despojar de falsas seguranças e não temer as dificuldades no caminho de Cristo.https://catequisar.com.br/liturgia/o-desafio-do-discipulado-a-entrega-total-ao-reino-de-deus/
Reflexão
O Mestre parece não se animar muito com as grandes multidões. Sabe que muitos dos que estão lá não têm grande interesse em ser um fiel seguidor comprometido com o projeto do Reino. Normalmente, nós nos animamos quando vemos grandes multidões participando de celebrações, presididas por ministros “famosos ou midiáticos”. Ao apresentar suas exigências, Jesus não se preocupa se serão muitos dispostos a trilhar o caminho com ele. Três vezes, o Evangelho repete: “não pode ser meu discípulo”. O texto apresenta três exigências do Mestre para segui-lo com fidelidade: 1) desapego afetivo: deixar os interesses da família para colaborar com ele; 2) disponibilidade para a cruz: a capacidade de assumir a “própria” cruz da fidelidade; 3) renúncia a tudo o que impede a concretização do projeto do Reino.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/7-domingo-9/
Reflexão
«Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus indica-nos o lugar que deve ocupar o próximo na nossa hierarquia de amor e fala-nos sobre o seguimento a sua pessoa, que é o que deve caracterizar a vida cristã, um itinerário que transcorre por diferentes períodos no qual acompanhamos Jesus Cristo com nossa cruz: «Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo» (Lc 14,27).Entra Jesus em conflito com a Lei de Deus, que nos ordena honrar os nossos pais e amar ao próximo, quando diz: «Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo?» (Lc 14,26) Naturalmente que não. Jesus Cristo disse que não veio para derrogar a Lei, mas para levá-la a sua plenitude; por isso Ele lhe dá a interpretação justa. Ao exigir um amor incondicional, próprio de Deus, declara que Ele é Deus, que devemos amá-lo sobre todas as coisas e que devemos ordená-lo em seu amor. Em nosso amor a Deus, que leva-nos a entregar-nos confiadamente a Jesus Cristo, amaremos ao próximo com um amor sincero e justo. Diz Santo Agostinho: «Te arrasta o afã pela verdade de Deus e de perceber sua vontade nas Santas Escrituras».A vida cristã é uma constante viagem com Jesus. Hoje, muitos acreditam, teoricamente, ser cristãos, mas não viajam com Jesus: ficam no ponto de partida e não começam o caminho, ou o abandonam em seguida, ou fazem outra viagem com outros parceiros. A bagagem para viajar nesta vida com Jesus é a Cruz, cada um com a sua; mas junto à porção de dor que corresponde aos seguidores de Cristo, inclui-se também, o consolo com o qual Deus conforta suas testemunhas em qualquer classe de prova. Deus é a nossa esperança e nele está a fonte de vida.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Aproveita ainda mais os pequenos sofrimentos do que os grandes. Deus não olha tanto para o que se sofre, mas para a maneira como se sofre. Sofrer pouco ou muito, sofrer por Deus, é sofrer como santo» (São Luís Mª Grignion de Montfort)
- «Há sempre este caminho que Ele fez primeiro: o caminho da humildade, o caminho também da humilhação, de negar-se a si mesmo e depois ressuscitar. Este é o caminho!» (Francisco)
- «(…) Desde o princípio, os primeiros discípulos arderam no desejo de anunciar Cristo: ‘Nós é que não podemos deixar de dizer o que vimos e escutamos' (Act 4, 20). E convidam os homens de todos os tempos a entrar na alegria da sua comunhão com Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 425)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-09-07
Reflexão
O cristão é peregrino, caminha com Jesus
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, como a vida não está muito quieta devemos que caminhá-la. Para permanecer no amor de Jesus, caminhamos pelas ruas de nossa cidade, com a certeza alegre de que Ele está ao nosso lado. A alegria do amor do Senhor nos faz caminhar juntos como peregrinos, sentindo-nos povo fiel de Deus; vinculados com os outros.Não podemos ter memória de Jesus fiando instalados no nosso próprio eu. O cristão é peregrino, caminhante. Jesus nos disse que Ele é o Caminho e para permanecer em um Caminho devemos caminhá-lo. Não “se permanece” estando quieto. Mas tampouco indo a mil, chocando e atropelando: Jesus não nos quer nem quietos, nem atropeladores; quer-nos pacificamente laboriosos no caminho. Ele nos marca o ritmo.—Assim caminhava Maria: ela, logo que recebeu o anuncio do Anjo, se levantou e começou a caminhar para ir servir a sua prima. Ela acompanhou seu Filho ao caminho da Cruz e acompanha a Igreja para a casa do Pai.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-09-07
Comentário do Evangelho
O cristão viaja com Jesus: a Cruz faz parte da bagagem
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Hoje descobrimos que a vida cristã é uma viagem com Jesus. E em seu “carro” cabemos todos: familiares, amigos… Mesmo que muitos queiram ser cristãos, na realidade, não viajam com Jesus: Ficam no ponto de partida, ou abandonam logo, ou fazem outra viagem com outros companheiros… Isso? Problemas de bagagem!—Pois…, a bagagem é a Cruz! Vale a pena se for para ir com Jesus!https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-09-07
Homilia
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
“Mal podemos conhecer o que há na terra... Quem investigará o que há nos céus?” Ninguém conheceria os desígnios de Deus se Ele não nos desse sua Sabedoria, se não nos enviasse seu Santo Espírito. Muitíssimo mais que isso nos fez Deus, em seu amor por nós! Na força do Espírito, envia-nos seu próprio eterno Filho e até encarnado, em uma vida plenamente humana sem deixar de continuar divina.E de tal modo Filho, que nos garante que vendo a Ele, contemplamos o próprio Pai. Tão afim com o Pai que é sua própria Palavra: o que Ele é, o que Ele faz, o que Ele vive, é a definitiva e plena Palavra que o Pai sempre quis nos revelar; Ele é o desígnio do Pai para nós.Vive entre nós como o Filho amado do Pai e assim nos revela o projeto do Pai: nele-Filho inaugurar seu Reino dos céus na terra, redimir-nos e adotar-nos como filhos e filhas, no seguimento, no discipulado de Jesus. Nos céus, cada uma das Três Pessoas Divinas vive a total abnegação de Si, a plena renúncia de Si mesma, em favor das Outras Duas. Elas são amor Uma para as Duas Outras. O sentido de cada uma delas são as Duas Outras, é o amor com que as ama!É esse Reino que Jesus vive e propõe: “Se alguém vem a mim” e não se desapega de todos e de tudo “e até da sua própria vida”, se não renuncia a si mesmo para ter sentido tão somente no amor aos outros, “não pode ser meu discípulo”, não está aprendendo de mim, não está me assimilando.A cruz é, na terra, a plenitude do Reino, do céu; é a perfeita radiografia de Deus, do Amor, pois ela é tão somente amor seja a quem for, até a seu próprio assassino. Renunciando a tudo e até a si mesmo, alguém pode, então, carregar sua cruz, caminhar atrás de mim, ser meu discípulo.Paulo mostra a imensa transformação que esse Reino assumido realiza em nossos relacionamentos fraternos aqui na terra. Onésimo, um escravo de Filêmon, é para Paulo “meu filho que fiz nascer para Cristo na prisão”, “ele é como se fosse o meu próprio coração”, é “irmão querido no Senhor”. Paulo está enviando-o de volta a Filêmon: saiu de sua casa como escravo, que agora, batizado, o acolha como irmão: “Se estás em comunhão comigo” — diz ele a Filêmon — “recebe-o como se fosse a mim mesmo”. Não é o céu, o Reino, inaugurado na terra?Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=07%2F09%2F2025&leitura=homilia
Oração— OREMOS: Ó DEUS, olhai com bondade os que redimistes e adotastes como filhos e filhas, e concedei aos que creem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=07%2F09%2F2025&leitura=meditacao