segunda-feira, 30 de julho de 2012

Elba Ramalho denuncia: governo da presidente Dilma se contradiz ao promover o aborto


REDAÇÃO CENTRAL, 30 Jul. 12 / 11:19 pm (ACI).- Em entrevista exclusiva, disponível agora na íntegra no canal da ACI Digital no YouTube, a cantora católica e pró-vida Elba Ramalho denuncia a promoção do aborto no governo da Presidente Dilma Rousseff e se diz entristecida pelo fato de que a mandatária, quando candidata, havia prometido não legalizar o aborto, mas agora está sendo “conivente” com a promoção dessa prática antivida, permitindo medidas como a edição da norma técnica do Ministério da Saúde que viria a instruir as mulheres a realizar o aborto impunemente, garantindo ainda recursos públicos para esse fim.

Elba Ramalho fala sobre sua fé e trabalho pró-vida: Não é possível ser católico e não ser praticante


REDAÇÃO CENTRAL, 29 Jul. 12 / 07:51 pm (ACI).- No dia 24 de julho, a cantora Elba Ramalho compartilhou com exclusividade à ACI Digital detalhes da sua vivência da fé católica, de conversão e falou de sua luta contra o abortojunto ao movimento pró-vida do Brasil. Na ocasião a cantora também ofereceu um imperdível testemunho contra a aprovação desta prática anti-vida no país. Nesta ocasião adiantamos apenas um trecho da entrevista da cantora, no qual ela destaca a impossibilidade de ser verdadeiramente católicos sem ser praticantes.A entrevista está no canal Youtube de ACI Digital em: 


A íntegra da conversa com Elba Ramalho será publicada amanhã, 30 de julho, no site em português do grupo ACI: www.acidigital.com.
Na entrevista conduzida por Natalia Zimbrão, Elba Ramalho começa seu testemunho partilhando um pouco de como conheceu a fé e como foi seu envolvimento com o Movimento Pró-vida.

Elba, uma das maiores cantoras da MPB, recordou suas origens nordestinas, e como desde pequena, no sertão do estado da Paraíba, cultivou junto à fé católica uma especial devoção à Virgem Maria, invocada como Nossa Senhora da Conceição, que dá o nome à sua cidade natal

LITURGIA DAS HORAS

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Oração desta Hora

Terço - Mistérios Dolorosos - Terça-feira e Sexta-Feira.


Terço do Rosário: Mistérios Dolorosos 


 

Santo Inácio de Loyola - 31 de Julho


Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo "uma alma maior que o mundo".
Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer".
Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo".
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Santo Inácio de Loyola
1491-1566

Fundou a ordem
da Companhia de Jesus
"Padres Jesuítas"

Iñigo Lopez de Loyola, este era o seu nome de batismo, nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491. O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os eqüestres, seus preferidos. 
Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria. 
Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas. 
Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra, por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que cuidava dele, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas. 
Durante um ano, de 1522 a 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios espirituais". E sua vida mudou tanto que do campo de batalhas passou a transitar no campo das idéias, indo estudar filosofia e teologia em Paris e Veneza. 
Em Paris, em 15 de agosto de 1534, juntaram-se a ele mais seis companheiros, e fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem e Inácio de Loyola foi escolhido para o cargo de superior-geral. 
Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para fixarem o cristianismo, especialmente aos nativos pagãos das terras do novo continente. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. 
A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. A sua festa é celebrada, na data de sua morte, nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.


Inácio de Loyola, que viveu entre os anos de 1491 e 1556, era um cavaleiro impetuoso. Ferido no cerco de Pamplona, durante a convalescença estudou filosofia e teologia em Paris, onde fundou a Companhia de Jesus, e em Veneza, onde foi ordenado sacerdote. Estabelecido em Roma, colocou sua companhia como um exército à disposição do Papa para a defesa da fé, reforma da Igreja e obra missionária. Intensa e vasta foi a sua ação apostólica juntamente com a de seus colaboradores. Abriu a sua companhia à cultura teológica e à cultura humana, a ponto de poder representar a igreja no campo das ciências e do pensamento moderno, e fez deles ilustres educadores.
Hoje compreende-se melhor a figura de Inácio de Loyola à luz de seu profundo espírito de doação, da mística do serviço, de seu otimismo e dinamismo orientados para maior glória de Deus na Igreja e para a Igreja. A ascética inciana se esforça por criar nos fiéis uma mentalidade cristocêntrica. Inácio assimilou Cristona oração psicológica, na obediência e na santidade de vida.

Santo Inácio de Loyola

Ahagiografia dos séculos passados tem freqüentemente deformado o retrato de Iñigo Lopez de Loyola (santo Inácio de Loyola, nascido em Azpzitia em 1491, morto em Roma a 31 de Julho de 1556), para adapta-lo segundo as circunstâncias à imagem militar odiada ou amada pelo fundador da Companhia de Jesus. Último rebento de família nobre, aos 14 anos já havia recebido a tonsura, mas não se sentia inclinado à carreira eclesiástica. Preferiu a espada do cavaleiro. Durante a defesa do castelo de Pamplona, sitiado por Francisco I da França, quebrou uma perna. Para lhe cortar a carreira militar foi suficiente a leitura abúlica de alguns livros amarelecidos, que a cunhada lhe trouxe para passar o tempo da convalescença.
Santo Inácio de Loyola

Fundador da Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas)


Comemoração litúrgica: 31 de julho.  
Também nesta data: São Fábio e São Demócrito.

Jovem militar, estava em serviço de Juan Velásquez, tesoureiro-mor da corte real da Espanha;  tomou parte na campanha contra Francisco I, da França, o qual cuidando dos interesses dos  herdeiros de João d’Albret de Navarra, de mão armada invadira território espanhol.  No combate de defesa da cidade de Pamplona contra os franceses, em 20 de maio de1521,  uma  bala de canhão atingiu-lhe a tíbia da perna direita. No longo tratamento, a que teve de se sujeitar, levado pela  leitura da Paixão de Cristo e  da vida dos  santos, começou a fazer sérias comparações entre a vida  dedicada  ao mundo e o serviço de Deus e  movido pela graça, chegou a  tomar a firme resolução de  trocar a carreira  militar por uma vida toda de Deus.  No santuário de Nossa  Senhora de Montserrat deu o passo decisivo,  disse adeus ao mundo,  pendurou sua espada no altar e  desapareceu para a sociedade. Desde  então, foi levar uma vida austera de eremita e mendigo,  com todas as  práticas da mais severa  penitência, e isto não tanto na intenção de  reparar as suas faltas, mas,  e  principalmente, no nobre intuito de a exemplo dos santos,  para a Deus, seu supremo Senhor, dar prova da sua irrestrita vassalagem e dedicação e nela  constantemente se exercitar.  Na solidão de  Manresa, em meio das privações, ânsias, angústias, consolações e arrebatamentos da vida eremita mostra que já era espiritual, em 1522 traçou as  linhas gerais do seu célebre livro de exercícios, reflexo direto das suas experiências na vida interior, protótipo da sua fundação monástica, livro que em seguida se tornou verdadeiro código da ascese cristã em todo o mundo.
No ano de 1523 o amor ao divino Salvador, cujos mistérios principalmente o ocuparam em Manresa, bem como o desejo de sumir do mundo e se exercitar na confiança em Deus fê-lo resolver-se a uma peregrinação a Jerusalém . De volta para a Espanha, contando já trinta anos de idade, com admirável firmeza, imperturbável constância, sofrendo grandes privações e perseguições, entregou-se ao estudo das línguas clássicas, da filosofia e teologia em Saragoça, Alcalá, Salamanca e Paris. Foi em Paris, onde se lhe associaram os primeiros seis companheiros, que sob sua direção fizeram os exercícios espirituais, e com ele lançaram o fundamento da Companhia de Jesus, em 15 de agosto de 1534. Por um santo voto se obrigaram a uma peregrinação aos Santos Lugares da Palestina. Motivos imperiosos tornaram impraticável a romaria e assim, em 1538 todos se reuniram em Roma, onde foi elaborado o primeiro plano das Constituições. Em 1540, aos 27 de setembro, a Regra teve sua primeira aprovação pelo Papa Paulo II, e Inácio, foi eleito general da Companhia de Jesus (1541). Estabelecida que se achava a Ordem, a vida de Inácio entrou em uma nova fase. Superior geral de uma nova família de religiosos, sua tarefa era velar pela fiel observância da regra, e trabalhar pelo aperfeiçoamento das constituições. Enquanto seus religiosos, animados do seu espírito, trabalharam pela expansão do reino de Deus na Itália, na França, na Espanha, na Alemanha, na Polônia, na Índia e na África, ele deixou-se ficar em Roma, dando forma mais perfeita à regra, e dedicando-se à formação espiritual dos jovens candidatos e futuros superiores. Ao mesmo tempo se manteve sempre em contato com as fundações, dirigiu-se pela sua vigilância, pela correspondência e oração, conservando em tudo e sempre bem vivo o interesse pela prosperidade da Igreja Universal. Em Roma fundou estabelecimentos pela conversão dos judeus, orfanatos, casas de refúgio para donzelas desamparadas, e o Colégio germânico. Muito de perto acompanhou um empreendimento dos príncipes cristãos contra os turcos, e muito trabalhou pelo sucesso do Concílio de Trento.
Sua obra principal foi à fundação da Companhia de Jesus. Esta Ordem, no conceito de Inácio devia realizar a mais estreita união à pessoa de Cristo, à sua missão e ao seu modo de vida para assim reproduzir a imagem perfeita do Salvador e do seu espírito. O supremo ideal do Homem-Deus era sempre a glória de Deus na felicidade e na salvação da humanidade pela fundação de um grande reino de Deus, no qual todos os homens, a ele ligados, pudessem achar sua salvação. Este reino é a Igreja. Ela é a obra de Cristo, na sua Igreja ele depositou sua doutrina, os meios de salvação e seu poder administrativo. A Igreja foi fundada para os homens e sobre os homens. Implantar a doutrina de Cristo nos corações, estabelecer  o seu reinado nas almas pela imitação perfeita do divino salvador, eis o ideal que Inácio se propôs: eis a finalidade e a missão que Inácio deu à sua Ordem. Os meios para obter tão elevado fim haviam de ser os mesmos que Cristo empregou quanto à sua própria pessoa, como sejam a pobreza, o desprendimento, trabalho e sofrimento e os outros, aplicáveis ao próximo: a pregação, a recepção dos sacramentos, o ensino; em uma palavra todos os recursos de que o sacerdócio católico dispõe para engrandecer o reino de Cristo nas almas dos fiéis. Como se vê, larguíssima é a base sobre a qual descansa a estrutura da Ordem de Inácio. É uma Ordem apostólica, que outra finalidade não conhece senão trabalhar pelo reino de Deus, sempre em íntima união ao Supremo Chefe da Igreja, a cujas ordens vota irrestrita obediência. É uma Ordem de Clérigos Regulares, cuja missão consiste principalmente no desempenho do ministério sacerdotal. As constituições  concedem-lhes um raio mais amplo de atividade, mais desembaraço de ação. Nas constituições não figura a recitação em comum do ofício divino; os religiosos da Companhia não são presos a uma cura d’almas local ou a quaisquer ocupações secundárias cerceantes. À sua Ordem Sant’Inácio deu o nome venerabilíssimo  de Jesus.
Entre os trabalhos silenciosos e múltiplos, na orientação da Companhia veio visitá-lo a morte. Informado do seu próximo passamento, nada disse. Só pediu a bênção apostólica e morreu quase sem testemunhas, tendo sobre os lábios o nome de Jesus. Sua morte ocorreu em 31 de julho de 1556. Canonizado foi pelo Papa Gregório XV aos 12 de março de 1622.
Porém, das virtudes que caracterizam a santidade de Inácio, se destacam estas três: a prudência, a humildade e a firmeza na execução dos planos uma vez concebidos.
De tudo que de Inácio se sabe, dos seus escritos, no seu modo de agir, ressalta em primeiro lugar seu tino prático no governo das coisas, seu talento extraordinário de organização, a superioridade de espírito e seu poder sugestivo. A primeira comunidade por ele formada compunha-se de talentos de escol e de caracteres firmes e decididos. Todos se sujeitavam, à soberania espiritual do seu mestre, não porque este fosse um fantasista de atração irresistível; - Inácio não era nada menos que um visionário fanático – mas por reconhecerem a sua superioridade intelectual, sua prudência e vasta experiência em cousas espirituais. Viam nele, e como tal o veneravam, o Santo, o homem de Deus favorecido por luzes sobrenaturais, o homem que se governava pelo princípio: não querer acomodar os homens e as cousas a si, mas se acomodar a eles.
As suas aspirações não se estendiam a coisas inacessíveis. Preferia sempre o seguro ao incerto, o interesse comum ao bem particular. O testemunho mais brilhante da sua prudência sobrenatural como da sua superioridade espiritual são as constituições da sua Ordem, obra sua exclusiva e autenticamente pessoal. Elas perfeitamente se adaptaram a todas necessidades da Igreja, do tempo e do mundo; dão largas à magnanimidade humana influenciada pela graça sem prejudicar o bem-estar individual; tomam em conta todas as dificuldades e perigos, e os meios do progresso espiritual acham-se admiravelmente organizados. São uma verdadeira obra prima de prudência legisladora e clarividência de espírito; a expressão de uma lógica natural e inflexível, em perfeita coordenação ao fim colimado. O Papa Paulo III, dando-lhe a primeira aprovação, chamou a regra inaciana obra do “dedo de Deus”, isto é, do Espírito Santo.
Sem humildade são quiméricas a verdadeira grandeza espiritual e santidade. A humildade, é, pois, outro traço característico no perfil de Santo Inácio. Que era obra de Deus a fundação da Companhia, de cuja organização ele servira de instrumento, era sua convicção íntima. Se é que isto enchia de alegria, se os progressos da sua Ordem lhe proporcionavam grande contentamento, nem por isso tolerava que deste se fizesse alarde, e não permitia que se fizesse comparações de outras Ordens com a Companhia, diminuindo o valor daquelas. Sua é a afirmação de que havia muitos anos não ter experimentado tentação contra a humildade. De favores extraordinários celestiais que teve, nenhum conhecimento deu aos seus Religiosos; todas as anotações relativas a essas graças, ele as fez desaparecer, fora alguns papéizinhos que lhe escaparam. Com relutância aceitou o cargo de Superior Geral, e por diversas vezes pediu, dele fosse desobrigado.
A terceira virtude que em Santo Inácio observamos e admiramos é a sua firmeza na execução dos planos uma vez concebidos e traçados. Como verdadeiro arauto da glória de Deus, não conhecia dificuldade e empecilhos; quando se tratava dos interesses do seu Supremo Senhor, da Igreja ou do bem das almas. Obstáculos, decepções, perigos e perseguições como era natural, que não lhe faltassem, eram por Inácio considerados meios para alcançar seus fins. Em causas de suma importância não se desdenhava de esperar quatorze horas na ante-sala de um Grande. Pouco antes da sua morte escapou-lhe a confissão de não poder se lembrar de nos últimos trinta anos ter perdido ocasião, de fazer alguma cousa no serviço de Deus. Inseparavelmente unida a esta sua firmeza e energia se achava uma confiança inabalável na Divina Providência.
Certamente a atividade e o modo de exercer o seu apostolado nada de agradável continha para os inimigos de Deus e de sua Igreja. É bem explicável, pois, a malquerença, a antipatia que em determinados círculos se formou contra Inácio e a Companhia por ele, fundada. Em o Santo fundador dos Jesuítas não há nada de fanático, de sorumbático; pelo contrário: Inácio era de uma amabilidade cativante e de uma serenidade encantadora. Era bondoso, atencioso, meigo e paternal no tratamento dos seus companheiros, carinhoso e compassivo para com os doentes e padecentes; de uma delicadeza extraordinária para os que se lhe abriam em suas tentações, lutas e dificuldades; de uma paciência e generosidade admiráveis para com os seus perseguidores, e de uma gratidão edificante e comovedora aos benfeitores.
Fonte e coroa destas virtudes foram seu imenso respeito e amor a Deus e à pessoa do divino Salvador. “Divina Majestade” é a intitulação predileta que dá a Deus. Inácio era conhecido como padre, que quando falava de Deus, sempre elevava o olhar ao céu. A audição de um canto, a invocação do nome de Jesus, o aspecto de uma flor, a contemplação do céu estrelado comoviam-no até às lágrimas e transportavam-no em êxtase. Tão freqüentes e tão abundantes lhe eram torrentes de lágrimas, que chegaram a comprometer a vista, circunstância que motivou a dispensa que obteve da recitação do breviário. Centenas de vezes se encontra nas suas prescrições de superior e jaculatória: “Tudo pela maior glória de Deus”.
Era esta a grande mas também a única idéia de Santo Inácio, que ele queria ver viva em todos os seus Religiosos. O que deles exige, não são orações em demasia, nem mortificações exteriores exageradas, mas tanto mais trabalho, trabalho onímodo, incessante, trabalho até o esgotamento, até à morte. Trabalhar em todas as zonas, em todos os setores da vida sacerdotal, pela maior honra de Deus e pela salvação das almas é o espírito distintivo e a força motriz da sua Ordem. A obediência é subordinada a este espírito, e como segura reguladora se efetua na vida ativa da Companhia.
“Ide, incendiai o mundo no amor de Deus e das almas”, era a palavra, que dirigia aos missionários na sua despedida.
Estes poucos traços da vida do fundador da Companhia de Jesus dão-nos uma idéia do seu caráter, da mentalidade e Santidade do grande homem o qual, dono de tão eminentes virtudes, se impõe à nossa admiração com o direito, que como Santo lhe assiste, a nossa irrestrita e sincera veneração.
Incalculáveis são os serviços que Santo Inácio e sua fundação à Igreja Católica tem prestado numa época, em que a sociedade do século 16, em detrimento da Religião, do Estado e da humanidade entendeu de romper com a ideologia católica e, deixando-se levar pelos ditames de irrefreado egoísmo e de um prurido incontido de liberdade em todos os ramos da vida humana, da religião, da política, da ciência, rumava para funestos fins. Penosamente, apoiada por poucos elementos dedicados e bons, a Igreja ressalvava os valores verdadeiros e intangíveis da humanidade. Um destes elementos era Santo Inácio. Ele e sua Ordem valiosamente concorreram pela salvação desses grandes valores da humanidade, da religião, da moralidade, das ciências e artes.
Santo Inácio honrou a nossa santa religião. Nesta religião se formou, se santificou. À Santa Igreja deu uma Ordem, verdadeira milícia de Cristo, exército de propaganda da santa fé. Com esta sua Ordem veio a ser para Cristo e sua Igreja o conquistador de vastos domínios em todos os continentes do orbe, ficando assim compensada de alguma triste apostasia dos países nórdicos europeus.
Santo Inácio tornou-se assim grande benfeitor da humanidade. Muitas nações devem a ele e aos religiosos da Companhia de Jesus sua integridade religiosa no meio dos estragos da revolução protestante, ou então, como o Brasil, a sua formação desde o princípio, genuinamente católica.
A Companhia de Jesus é uma das Ordens mais numerosas da Igreja Católica,  com diversos de seus membros beatificados,  outros  tantos bem-aventurados e, entre estes e aqueles,  134 mártires.

Reflexões:
Na vida de Santo Inácio há muita coisa que nos pode servir de estímulo e de edificação. Vejamos alguns pontos apenas:
1. A conversão e santificação de Santo Inácio foi resultado da leitura de livros religiosos. Grande é o bem que um bom livro produz, como incalculáveis são as conseqüências da leitura de um livro mau. A perdição de muita gente teve início com a leitura de uma obra perversa. Muitos outros se conservaram bons ou voltaram ao bom caminho devido à influência benéfica da boa leitura que fizeram. Daí tira a conclusão e formula teus propósitos.
2. Só um interesse inspirou a vida de Santo Inácio: o da glória de Deus e da salvação das almas. A este interesse sacrificou e subordinou tudo. É próprio dos Santos fazer sempre e em tudo o que Deus quer, pospondo-lhe os interesses próprios. Fazer só o indispensavelmente necessário, com algum cuidado de evitar o pecado mortal, é característico dos tíbios. É mais perfeito procurar sempre o agrado de Deus e dirigir todos os atos à glória de Deus e à salvação da alma.
3. Santo Inácio era chamado o homem que está sempre em colóquio com Deus e vê o céu aberto. É claro: Do que o coração está cheio, a boca transborda. Os olhos procuram o que mais lhes agrada. De que natureza são tuas conversas ? Qual é o objeto de teu amor, de tuas aspirações ? Que é, a  que mais se prendem teus pensamentos ?
4. A Santo Inácio eram muito correntes as palavras: “Vence-te a ti próprio !” A vida do Servo de Deus, desde o tempo da conversão, foi a fiel interpretação deste lema. Vencendo-se a si, tornou-se um grande Santo. O “vencer-se a si próprio” deve ser o programa de todos que pretendem chegar à perfeição. O mundo é um vale de lágrimas e misérias, porque o primeiro homem não se soube vencer. O inferno está cheio de homens que lá estão, porque não se souberam vencer. O céu regurgita de Santos, que devem a glória ao combate contínuo, que sustentaram contra a natureza. – “Vence-te a ti próprio” e terás garantida a tua salvação. “Não há outro caminho para a santidade senão o da abnegação e da mortificação. Anima-te, pois ! Começa resolutamente ! Uma única mortificação, feita com decisão, é mais agradável a Deus que praticar muitas boas obras”.

Santo Inácio de Loyola
NascimentoNo ano 1491
Local nascimentoAzpzitia - Espanha
OrdemFundador da Companhia de Jesus (Jesuítas)
Local vidaEspanha e França
EspiritualidadeCaçula de uma família nobre de treze filhos, ainda na adolescência entrou para as fileiras da Espanha, durante uma batalha contra a França. Mas devido a um grave ferimento causado pela guerra, foi obrigado a permanecer durante muito tempo em convalescença. Sua cunhada atinha apenas dois livros no castelo: A Vida de Jesus e a Lenda Áurea. Inácio concluiu: "Se seres humanos foram capazes de uma vida de santidade, por que eu não o seria?" Renunciou então a todos os luxos, trocou sua roupa com um mendigo e decidiu viver como um ermitão, em Manresa. Após um tempo de meditações e êxtases, escreveu os Exercícios Espirituais - um manual para o crescimento do Espírito e partiu para uma peregrinação. Visitou Roma e Jerusalém. Abandou os trajes de pedinte e decidiu voltar a estudar para melhor servir a Deus. Seu verdadeiro nome, de batismo, era Iñigo Lopez de Loyola. Trocou o nome para Inácio. Em 1534, aos 43 anos de idade, São Ignácio obteve o título de professor em artes da Universidade de Paris. Naquela época uniram-se a Ignácio seis estudantes de turma: Pedro Fabro, Francisco Xavier, Lainez e Salmeron (que brilhavam muito nos estudos), Simão Rodriguez e Nicolás Bobadilla. Estes fizeram votos de castidade, pobreza e de pregar o Evangelho na Palestina. Como isto lhes pareciam impossível, foram se oferecer ao Papa para que os empregassem no serviço de Deus como e onde melhor o julgasse. A cerimônia teve lugar num capela de Montmartre, onde todos receberam a comunhão de mãos de Pedro Fabro, que acabava de ordenar-se sacerdote. Era o dia da Assunção da Virgem de 1534. Também resolveram que se alguém lhes perguntasse o nome de sua associação responderiam que pertenciam à Companhia de Jesus, porque estavam dispostos a combater o erro e o vício sob o estandarte de Cristo. Assim era sua espiritualidade militante. Paulo III aprovou a Companhia de Jesus por uma bula emitida em 27 de setembro de 1540. Inácio foi eleito superior geral da nova ordem e, alguns dias mais tarde, todos os membros fizeram os votos na basílica de São Paulo Extramuros. A atividade da Companhia de Jesus na Inglaterra é um bom exemplo do importantíssimo papel que desempenhou na contra-reforma. Esse movimento tinha a dupla finalidade de dar novo força à vida da Igreja e a de opor-se ao protestantismo. A Companhia de Jesus era exatamente o que se necessitava no século XVI para afastar a Reforma. A revolução e a desordem eram as características da Reforma. A Companhia tinha como características a obediência e a mais sólida coesão. Pode-se afirmar, sem pecar contra a verdade histórica, que os jesuítas atacaram, rechaçaram e derrotaram a revolução de Lutero e, com sua pregação e direção espiritual, reconquistaram as almas, porque pregavam somente a Cristo, mas a Cristo crucificado. Uma das obras mais fecundas de Santo Ignácio foi o livro dos "Exercícios Espirituais". Começou a escrevê-lo em Manresa e, o publicou em Roma, em 1548, com a aprovação do Papa. Os Exercícios enquadram com a tradição de santidade da Igreja. O novo na livro de Santo Inácio é o da ordem e do sistema das meditações. Se bem que, as regras e conselhos que o santo dá em sua obra acham-se disseminados nas obras dos Padres da Igreja, Santo Inácio teve o mérito de os ordenar metodicamente e formulá-los com perfeita clareza. O fim específico dos Exercícios é o de levar o homem a um estado de serenidade e despego terreno para que possa eleger "sem deixar-se levar pelo prazer ou pela repugnância". Assim, o princípio diretor da escolha é unicamente a consideração do que mais conduz à glória de Deus e à perfeição da alma. Como disse o Papa Pio XI, o método Inaciano de oração "dirige o homem pelo caminho da própria abnegação e do domínio dos maus hábitos às mais altos auges de contemplação e amor divino". Durante os 15 anos que durou o governo de Santo Ignácio, a ordem aumentou de dez para mil membros e estendeu-se em nove países europeus, assim como na Índia e no Brasil. Freq6uentemente costumava repetir esta frase, misturando o espanhol com o italiano: "Com toto el core, co tota l´anima, com tota la voluntad" (Com todo o coração, com toa a alma, com toda a vontade). Faleceu subitamente, sem haver tido sequer ocasião de receber os últimos sacramentos. Foi canonizado em 1622, e o Papa Pio XI o proclamou padroeiro dos exercícios espirituais e retiros. (Podemos encontrar uma biografia completa de Santo Inácio de Loyola na Enciclopédia Católica).
Local morteRoma
Morte31 de Julho de 1556, aos 65/66 anos de idade
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia, rogai por nós.
OraçãoÓ Deus que, por meio de Santo Inácio, fizestes surgir na vossa Igreja um caminho de espiritualidade e serviço e que, ao longo da história, continuais chamando pessoas como nós para que possam contribuir para o anúncio e a construção do Reino, concedei, por intercessão de S.Inácio de Loyola, que cada um de nós escute e siga sempre o vosso apelo. Permiti que, juntos possamos compromoter nossa vida, como membros de uma Igreja toda voltada para o anúncio e a construção do vosso Reino entre os seres humanos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
DevoçãoA espiritualidade em sua mais profunda forma: oração e ação.
PadroeiroDos Exercícios Espirituais e Retiros
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Banto, e Beato; Calimero (bispo); Demócrito, Segundo, Dionísio e Privado (márts.); Helena , Eleudócimo, Fávio; Firmo, Folamão, Germano (bs); João e Benígno (cfs); Goselino, Natal, Neó (ers); Papão, Pedro (bispo). Outros santos do dia:
FONTE: ASJ

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 31/07/2012

31 de Julho de 2012 


Mateus 13,36-43

Comentário do Evangelho

O sentido das parábolas.

Na sua coleção de sete parábolas, reunidas no capítulo 13 de seu evangelho, Mateus apresenta a parábola do joio semeado entre o trigo. A seguir, no texto de evangelho de hoje, ele apresenta a sua explicação, como já havia feito para a parábola das sementes lançadas em diferentes tipos de terreno (cf. Mt 13,18-23). A explicação é feita de modo alegórico, isto é, a cada imagem da parábola é dada uma interpretação. 
Nesta interpretação alegórica de Mateus, a parábola tem um sentido escatológico, de julgamento no fim dos tempos com a trágica condenação dos que praticam o mal e a salvação dos justos. O dualismo discriminatório na parábola e as imagens cruéis deste julgamento são muito características de Mateus, com o que fica obscurecida a mensagem e o testemunho de amor e misericórdia de Jesus. 
Contudo, na parábola podemos encontrar um sentido atual, na medida em que remove as pretensões de se julgar e condenar alguém.

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Em casa, Jesus explica uma parábola aos seus discípulos mais chegados. Mas isto não fecha portas e nem impede que permaneça o convite para o mergulho pessoal nas águas profundas do texto. Convite que está feito a cada um de nós, discípulos missionários do Reino de Deus deste tempo que chamamos hoje.

Reflexão

Jesus contou a parábola do trigo e do joio para toda a multidão, mas depois, os discípulos o procuram para uma maior compreensão da parábola. Assim, existem aquelas pessoas que apenas ouvem o que Jesus tem a dizer e se dão por satisfeitas, porém, existem aquelas pessoas que querem sabem mais, querem aprofundar a fé. Existem as pessoas que não valorizam plenamente a fé, então aprendem o mínimo e se dão por satisfeitas. Para quem quer verdadeiramente ser discípulo de Jesus, sempre há oportunidade para ir além no conhecimento das verdades da fé com a finalidade de agir melhor segundo os critérios do Evangelho.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. “Casa, lugar do conhecimento...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A palavra “Casa” que aparece no início do evangelho, não é apenas um advérbio de lugar, mas é uma referência importante tratando-se de um lugar especial onde os discípulos estão sequiosos por um conhecimento mais aprofundado da Palavra anunciada por Jesus, que agora, deixando de lado a linguagem comparativa das parábolas, fala as claras sobre o significado do ensinamento, poderíamos dizer que, depois de dar “mingau” ou “papinha” à multidão, vai dar aos seus discípulos um alimento mais sólido.

A nossa Igreja só recentemente é que vem valorizando a formação dos leigos, em cursos organizados pela arquidiocese, ou nas próprias paróquias, e assim, comunidade é essa “Casa” onde na nossa experiência com o Senhor, vamos aprofundando o seu ensinamento nas verdades reveladas por Deus. Comunidade não deve ser só o lugar do SENTIR, mas também do PENSAR, para que se tenha o discernimento mais preciso sobre o Reino de Deus, que em forma de semente foi plantado por Jesus no coração do homem.

Quando não se aprofunda esse rico ensinamento, e se prefere ficar só na “papinha ou mingau”, a nossa Fé não é tão consistente e acabamos confundindo joio com o trigo e este Joio, plantado em nós pelo Maligno, nos desfigura totalmente, tornando-nos imagem do Maligno e não de Deus e quanto menos conhecimento tem,os da palavra, mais vamos perdendo a capacidade de discernir, e mais vamos cultivando o joio em nosso coração, confundindo-o com o trigo.

Daí que um belo dia seremos surpreendidos, no dia da colheita, quando o Senhor mandar recolher o trigo em seus celeiros, quando descobrirmos que perdemos tempo em nossa vida, cultivando joio, iremos então sentir um ódio mortal por termos sido enganados pelo Mal, mas aí será muito tarde e só nos restará remoer o nosso ódio, com um choro amargo e o ranger de dentes.

Que tal começar agora, a fazer uma limpeza no jardinzinho do nosso coração, arrancando sem piedade o joio, e cultivando com alegrias o trigo bom? Para isso é preciso buscar o conhecimento da Palavra, nessa casa que é a nossa comunidade, onde o Senhor nos fala direto ao coração.

2. O sentido das parábolas.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a teu serviço.

3. DUAS SORTES DISTINTAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).


A explicação da parábola do joio e do trigo ofereceu a Jesus a ocasião para explicitar o destino final de quem se identifica com a má semente, e de quem se identifica com a boa semente.

Os primeiros são chamados de escandalosos, pois praticam a iniqüidade, ou seja, recusam-se a pautar suas vidas pelos parâmetros do Reino. São indivíduos sem lei, e só fazem o que mais lhes convém. Como só lhes convém a maldade, seu destino será a condenação eterna.

Os segundos são chamados de justos. Sua justiça corresponde, exatamente, em optarem pelo Reino como projeto de vida, sem se desviarem do caminho certo. Os justos norteiam suas vidas pelo amor, e acreditam na força do bem e da verdade. Jamais pactuam com a injustiça, nem empregam a violência para fazer valer seus direitos. Eis por que fulgirão como o Sol, no Reino do Pai.

A exortação de Jesus - "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" - soa como uma espécie de advertência para os discípulos em vista de uma escolha a ser feita. A sorte de cada opção já está traçada. Cabe ao discípulo agir com inteligência.

Oração
Espírito de eqüidade, conduze-me pelos caminhos da justiça, que são os caminhos do Reino, sem me deixar desviar do rumo certo.

Saibamos viver na busca do discernimento


Postado por: homilia

julho 31st, 2012


Nesta parábola, Jesus fala como se a Terra fosse um campo de trigo, no meio do qual nasce também o joio. Ele explica que o joio precisava crescer junto com o trigo até a colheita, para depois ser retirado, evitando, assim, que, ao arrancar o joio, com ele também fosse arrancado o trigo.
Diante da incompreensão dos discípulos, Jesus se põe a explicar o significado de cada elemento que aparece na parábola: o que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do maligno. O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos.
Portanto, tanto Jesus como o diabo são semeadores. O Senhor semeia o bem, enquanto o inimigo semeia o mal. É como dissesse: “Se você pratica o bem, colhe o bem; se pratica o mal, colhe o mal”. Era a grande proposta de Deus para cada um de nós: o discernimento. Jesus não se propôs a separar o joio do trigo fora do tempo; nem o demônio. Ambos estavam fazendo a sua parte: semeando.
Deus deseja que saibamos viver na busca do discernimento. Se o conseguirmos, estaremos preparados para a colheita. Jesus quis, pois, alertar para o seguinte: “O diabo está fazendo o mesmo que faço: semeando; se vocês souberem discernir o bem do mal e tiverem força para seguir o bem, no final, quando Deus vier julgar – e só Ele tem o poder de separar o bem do mal – vocês estarão preparados para participar do Reino do Pai”.
Jesus quis dar uma explicação bem clara para que a humanidade, através dos séculos, assimilasse aquela verdade. Ele poderia ter explicado outras parábolas também, mas não o fez. E por que esta foi explicada com tanto detalhe? Porque, aqui, o Senhor nos propõe que sejamos astutos e inteligentes.
A colheita será uma só. Tanto se colhe bem o trigo como o joio; tanto se faz uso do trigo como do joio, embora tenham sentidos diametralmente opostos. O importante é sabermos de que lado estamos nos posicionando. Devemos passar por esta vida dialogando sempre com Deus, pedindo, procurando, exercendo a experiência do discernimento, questionando-o: “Deus, eu não entendi! O que está acontecendo? Explique-me! Jesus, vamos conversar? Hoje, quero Lhe escutar”.
Aqui aprendemos, também, como proceder num reino que não é nosso, não é de Deus, mas é tão forte que matou o Filho de Deus. Jesus ressuscitou para nos mostrar que existe um Reino mais poderoso. Mas, quando humanizado, sofreu todos os pendores deste mundo. Não se cria um reino dentro de outro. Um tem de ser eliminado para o outro existir.
O senhor quer nos dizer: “Tenham o discernimento para viver num reino que não é de Deus. Saibam passar por isto com astúcia e sabedoria, para depois encontrarem, realmente, o Reino do Pai”.
Deus quer que Seu Reino venha e substitua o que está aqui. Não se fortalece nem se cria dois reinos no mesmo local. Dialogue com Deus para que Ele possa lhe falar essas coisas.
Para que tenha discernimento, tenha amor nas palavras, firmeza no momento de responder determinadas coisas como provocações e questionamentos em sua vida. Em suas orações, sempre peça a Deus: “Meu Senhor, eu quero ter a capacidade de estar ao Seu lado, contado entre o trigo e não entre o joio. Dai-me esta graça, Senhor: eu quero ser trigo. Que as pressões dos filhos do maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar a minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a Seu serviço. Amém”.
Padre Bantu Mendonça
Leitura orante 
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos os internautas: 

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

Espírito Santo 
que procede do Pai e do Filho, 
tu estás em mim, falas em mim, 
rezas em mim, ages em mim. 
Ensina-me a fazer espaço à tua Palavra, 
tua oração,à tua ação em mim 
para que eu possa conhecer 
o mistério da vontade do Pai. 
Amém. 

1. Leitura (Verdade)
 
O que diz o texto do dia?
 
Leio atentamente o texto: 
Mt 13,36-43 

2. Meditação (Caminho)
 
O que o texto diz para mim, hoje? 

A vida é uma tensão contínua. 
E por que o joio, essa erva perturbadora não é removida logo?

 Não porque não está sugando o solo, e desafiando o trigo por nutrimento. Não porque não seja facilmente identificável, mas porque qualquer esforço para arrancar as ervas, crescidas, enraizadas e misturadas com o trigo, arranca também o trigo. É melhor esperar "até a colheita". O final desta tensão será conforme as opções de cada um em ser trigo ou joio. 
Faço parte do campo de Deus. 

Onde reconheço no mundo de hoje, o trigo e a cizânia? 

Quais cizânias e quais trigos convivem comigo? 

Os bispos na V Conferência, afirmaram: 
"A nova escala mundial do fenômeno humano traz conseqüências em todos os campos de atividade da vida social, impactando a cultura, a economia, a política, as ciências, a educação, o esporte, as artes e também, naturalmente, a religião. Interessa-nos, como pastores da Igreja, saber como este fenômeno afeta a vida de nossos povos e o sentido religioso e ético de nossos irmãos que buscam infatigavelmente o rosto de Deus, e que, no entanto, devem fazê-lo, agora desafiados por novas linguagens do domínio técnico, que nem sempre revelam, mas que também ocultam o sentido divino da vida humana redimida em Cristo. Sem uma clara percepção do mistério do Deus, torna-se opaco também o desígnio amoroso e paternal de uma vida digna para todos os seres humanos." 
(DAp 35). 

3.Oração (Vida)
 
O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, com o 
bem-aventurado Tiago Alberione: 

Jesus, Mestre, 
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém. 

4.Contemplação (Vida e Missão)
 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é para identificar e cultivar o trigo na minha vida e na dos demais.Também para detectar o joio, o mal, o que me afasta de Deus. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, abre o nosso entendimento e nos ilumina para que penetremos no sentido cada vez mais profundo das parábolas. Que elas iluminem o nosso caminho de conversão e nos encorajem a seguir nesta vida os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.