quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 31/12/2023

ANO B



SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

Ano B – Branco

“Amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.” Cl 3,14

“Sagrada Família, Jesus, José e Maria, abençoe nossas famílias.”

Lc 2,22-40

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, contemplando-a como modelo de santidade para nossas famílias. Encarnando-se num núcleo familiar, o Senhor nos ensina que a vida nova alcançada no natal tem como objetivo restaurar os vínculos fraternos, de modo que os seres humanos se compreendam como irmãos na vivência diária! Celebremos, alegremente.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebrando o mistério do nascimento de Cristo, a Igreja comemora hoje a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Nessa família nasceu e cresceu o Verbo de Deus, para um dia assumir sua missão salvadora no mundo. Podemos dizer com segurança que o Amor, vínculo da perfeição, fez da Sagrada Família o modelo do lar cristão. Em Nazaré, a família vivia em torno de Jesus. Da mesma forma, deve viver a família cristã. Somente assim poderá experimentar o dom da paz. Rezemos também para que todas as famílias obtenham dos poderes políticos apoio e incentivo para desempenhar seu papel insubstituível na sociedade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, contemplando-a como modelo de santidade para nossas famílias. Encarnando-se num núcleo familiar, o Senhor nos ensina que a vida nova alcançada no natal tem como objetivo restaurar os vínculos fraternos, de modo que os seres humanos se compreendam como irmãos na vivência diária! Celebremos, alegremente.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebrando o mistério do nascimento de Cristo, a Igreja comemora hoje a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Nessa família nasceu e cresceu o Verbo de Deus, para um dia assumir sua missão salvadora no mundo. Podemos dizer com segurança que o Amor, vínculo da perfeição, fez da Sagrada Família o modelo do lar cristão. Em Nazaré, a família vivia em torno de Jesus. Da mesma forma, deve viver a família cristã. Somente assim poderá experimentar o dom da paz. Rezemos também para que todas as famílias obtenham dos poderes políticos apoio e incentivo para desempenhar seu papel insubstituível na sociedade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: As características da família descritas nos trechos do Antigo Testamento, sobre as quais se modelavam as nossas famílias patriarcais, eram: a paz, a abundância de bens materiais, a concórdia e a descendência numerosa - sinais da benção do Senhor; a obediência e o amor eram a lei fundamental; essa obediência não era só sinal e garantia de benção e prosperidade para os filhos, mas também um modo de honrar a Deus nos pais. A esse tipo de família o cristianismo trouxe um convite a uma contínua vitória sobre si em vista do Reino: São Paulo pede aos esposos e aos filhos cristãos que vivam a vida familiar como se já vivessem na família do Pai Celeste. Apresentando-nos a experiência de Cristo que entra no contexto de uma família humana concreta, o evangelho traça um quadro realista dos reveses e vicissitudes a que está sujeita a vida de uma família. Nem tudo é idílio, paz e serenidade na família: ela passa pelos sofrimentos e dificuldades do exílio e da perseguição; pelas crises do trabalho, da separação, da emigração, do afastamento dos pais, e outras dificuldades. Na Sagrada Família, como em todas as outras, há alegrias e sofrimentos, desde o nascimento até a infância e a idade adulta; ela amadurece através de acontecimentos alegres e tristes para cada um de seus membros.
Fonte: NPD Brasil em 27/12/2020

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Neste último domingo do ano, liturgicamente dedicado à família, queremos celebrar em comunhão com todas as nossas famílias. Podemos definir a família numa frase: “família é relação”. Não erramos ao afirmar que a família é a melhor escola do relacionamento humano. Quando as coisas não funcionam bem na família, a perspectiva para o futuro não é das melhores, com ameaças de relacionamentos tempestuosos vindouros. Por isso, hoje, nosso olhar se volta à casa de Nazaré, onde vivia a Sagrada Família. Uma família pobre, gente simples e modesta, que enfrentou problemas, assim como grande parte de nossas famílias. Queremos também, neste último domingo do ano, agradecer a Deus por tudo o que vivemos, principalmente as graças e bênçãos que do alto recebemos.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Tendo celebrado o nascimento de Cristo, a Igreja comemora hoje a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Nessa família nasceu e cresceu o Verbo de Deus, para um dia assumir sua missão salvadora no mundo. Podemos dizer com segurança que o amor, vínculo da perfeição, fez da Sagrada Família o modelo do lar cristão. Em Nazaré, a família vivia em torno de Jesus. Da mesma forma, deve viver a família cristã. Somente assim poderá experimentar o dom da paz. Rezemos também para que todas as famílias obtenham dos poderes políticos apoio e incentivo para desempenhar seu papel insubstituível na sociedade.

A FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

Celebramos, com alegria, a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Neste Tempo de Natal Deus se faz presente no meio de nós, é o Emanuel, Deus conosco, no seio de uma família, simples e pobre. O mistério da Encarnação se realiza, Maria e José foram os escolhidos, e com Jesus se tornam modelo de vida para as nossas famílias. Neste dia queremos apresentar ao Senhor todas as famílias do mundo, em especial aqueles que mais sofrem e necessitam de oração e amparo, e rezar por elas. Neste mundo somos a família de Deus, pois Jesus se encarnou em nossa realidade, experimentou o drama de todas as famílias humanas, e conduziu seu povo para a vida em plenitude. Estamos também concluindo este ano e somos convidados a elevar louvores e ação de graças a Deus Pai por todos os benefícios recebidos, que haja sempre paz e esperança.
A primeira leitura do Livro do Eclesiástico (Eclo 3,2-6.12-14) apresenta um conjunto de orientações para o bom convívio familiar e nos recorda que é preciso amar, obedecer e respeitar os pais. Deus é a origem de toda a vida e o que fazemos aos nossos pais é a Deus que o fazemos. Honrar significa, antes de tudo, respeitar e sustentar. Honrar pai e mãe é um dos mandamentos da Lei de Deus, que dá sentido à vida e é sinal de felicidade para os que temem a Deus. Sabemos que a fecundidade e a comunhão na família são sinais de benção, pois a caridade feita aos pais jamais será esquecida.
O texto do Evangelho de Lucas (Lc 2, 22-40) nos mostra Maria e José que vão ao templo, em Jerusalém, apresentar Jesus, conforme a exigência da Lei. Os pais são pobres, Jesus se encarna na realidade dos empobrecidos. É assim que se apresenta a humanidade. E nas palavras e gestos de Simeão e Ana se encontram os anseios e esperanças de todo o povo, que esperava o Salvador. Jesus é a realização destas esperanças, as promessas foram cumpridas, a salvação chegou. A exemplo de Maria e José, da família de Nazaré, toda família é chamada a encontrar, na comunhão com o Senhor e na fidelidade à Palavra de Deus, a sua plena força e união, mesmo diante de tantos desafios. Maria é a primeira discípula e, com ela e José, aprendemos a dizer sim e acolher o projeto de Deus. Assim como Ana somos chamados a louvar a Deus e falar do menino, anunciando e testemunhando que Ele é verdadeiramente a luz que veio para iluminar as nações.
A segunda leitura da Carta aos Colossenses (Col 3,12-21) nos diz que como filhos amados de Deus e seus eleitos somos convidados a nos amar uns aos outros, revestindo-se de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência. A exemplo de Cristo, praticar o perdão e viver na paz. No contexto da Festa de hoje, Paulo apresenta algumas instruções para as famílias, tendo como referência o agir de Jesus em relação a Deus Pai e às pessoas, como a docilidade e a solicitude das esposas, o amor e o respeito dos esposos, a obediência sincera dos filhos, o encorajamento e incentivo dos pais.
Assim nos disse Papa Francisco, e rezemos: “Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do caráter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém” (Amoris Laetitia, p. 199).
Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ
Bispo auxiliar de São Paulo

EM NAZARÉ, UMA FAMÍLIA UNIDA PELA FÉ

Deus está sempre conosco, mesmo quando estamos no pecado. Nosso Deus é um Deus que ama a todos e tem um olhar compassivo para com os pecadores. Vivendo no perigoso mundo do pecado, nós nos separamos de Deus; não Ele de nós. Ele estará sempre ao nosso lado, desafiando a dar passos na estrada da santidade, chamando à conversão. A vereda rumo à mudança de vida não nos pode ser um caminho estranho. Dentro de nossos lares é onde estão todas as setas indicativas para que não erremos o caminho. Em família, aprendemos que há em nós um espaço para o bem, o belo... e para a conversão Amemos “os de casa”, amemos nossa família, com vontade de servir sem esperar nada em troca. É assim que aprendemos o amor cristão, o amor ágape, amor incondicional, capaz de sacrifícios. Lembro de um episódio em que alguém perguntou à Madre Teresa se ela tinha alguma dica pontual e importante para a promoção da paz. A Santa de Calcutá respondeu: “Quer fazer algo para promover a paz mundial? Vá para a sua casa e ame sua família”. Agora, pergunto eu: querido irmão e querida irmã, você é capaz de amar de tal maneira que as pessoas sintam que você não espera nada em troca? Então, seja remédio para quem sofre. Celebre as alegrias; chore as dores. E acredite na indissolubilidade e na sacramentalidade do matrimônio; reze por quem sofre, quem busca um recomeço. Ameaçada pelo divórcio, aborto, violência, pobreza, desemprego, insegurança, a família ainda é a melhor escola para formar cristãos, cidadãos... formar gente! É o reduto de aconchego no mundo arrastado pelas tecnologias. A família é o lugar da misericórdia, da educação dos filhos, do cuidado com os anciãos. Ela tem de estar sempre aberta a Jesus Cristo, pois Deus dá aos pais a responsabilidade de amar com um amor criador, restaurador; é um amor familiar que faz crescer e que incentiva a “ocupar” o mundo.
Foi assim em Nazaré: Jesus, Maria e José, uma família que deu certo. Todas as famílias podem dar certo. Não há família que não enfrente dificuldades e ninguém passará por esta vida sem ter de superar alguns percalços. Lendo as Escrituras Sagradas, entendemos que a Família de Nazaré passou por situações muito exigentes, mas nada foi capaz de abalar a sólida estrutura familiar. Ali, existia a fé; e a fé é capaz de unir, fortalecer, dar esperança. A fé praticada em família é um grande sinal para o mundo.
Que as famílias cresçam na fé, renovem a fé, retomem a fé e, assim, encontrem a felicidade. Olhemos para o horizonte: um novo ano se avizinha. Verifiquemos com sinceridade o que estamos dispostos a fazer em favor da família. E rezemos. Rezemos sempre. Um dia o Senhor voltará para ver o que sobrou!
Dom Jorge Pierozan
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo

DEUS ENTROU NA FAMÍLIA

No ciclo das comemorações do Natal do Senhor, celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, e contemplamos mais uma face do Mistério da Encarnação do Filho de Deus em nossa humanidade: “o Verbo se fez carne e habitou no meio de nós... E nós vimos a sua glória” (Jo 1,14). O Filho de Deus quis viver todas as fases da nossa vida, da infância à vida adulta, numa família humana. A Sagrada Família, como as demais famílias, viveu as alegrias e preocupações diárias, o trabalho, o cuidado com o filho pequeno e adolescente, as partilhas simples no convívio diário. Não faltou a inserção nas tradições e práticas religiosas do seu povo. Mas também houve angústias, próprias dos pais em relação aos filhos, e conheceu a preocupação com a segurança, a fuga para o Egito e a vida dos refugiados em outro país...
A Sagrada Família nos revela que Deus olha com predileção extraordinária a família e a abençoa. Mais que isso, Ele quer viver com a família e fazer parte dela. Se olharmos bem, a revelação de Deus aos homens aconteceu muitas vezes através dos fatos ligados à vida familiar. O próprio casamento, a relação entre os esposos, a paternidade e a maternidade, a relação filial e fraternal dos filhos são realidades usadas muitas vezes como imagens para falar de Deus e de sua relação de amor e salvação para conosco.
E isso não mudou. Também hoje Deus continua a abençoar o casamento e a família. O Papa Francisco recordou isso recentemente, através da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Por isso, a família não deve ser vista como “um problema”, mas como uma imensa fonte de bem e de realização para as pessoas e para a humanidade. E também para a própria Igreja, que considera a família como a célula mais básica do corpo eclesial. A família, reunida na fé e no amor, em nome de Cristo, é “Igreja doméstica”. E a própria Igreja é uma grande “família de famílias”.
Desejo que Deus abençoe todas as famílias de nossa Arquidiocese! E a Sagrada Família seja sempre seu exemplo e sua companhia.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

Maria e José creram no Senhor

No trecho do livro do Gênesis que lemos hoje, aparece, pela primeira vez na Escritura, a palavra "fé" (cf. v.6). É como se a descendência numerosa prometida a Abraão nascesse da fé em Deus. De fato, é crendo que se vê realizar o que Deus promete. É pela fé de Abraão que Israel existe como povo de Deus. Abraão será, por isso, conhecido como o pai dos que têm féMaria e José creram no Senhor. Por isso, abriram mão de seus projetos pessoais para aderirem ao desígnio salvífico de Deus. Souberam viver, em cada etapa da vida, o desafio de compreender e acolher o mistério de Deus presente na vida de Jesus, que eles educaram e viram crescer. Lucas, neste e noutros relatos, parece não ter nenhuma preocupação com a exatidão histórica e cultural. Originalmente, os costumes da apresentação e purificação da mãe são distintos; Lucas parece confundi-los. A prescrição para a purificação da mulher que deu à luz encontra-se em Lv 12, 1ss. Lucas modifica Lv 12, 6 - não é só a mulher que deve ser purificada, mas "eles" (cf. Lc 2,22). A prescrição quanto à consagração ou apresentação do primogênito ao Senhor encontra-se em Ex 13, 1.11-12. O nosso relato se baseia em 1Sm 1,22-28. O Filho primogênito tinha que ser resgatado ao completar um mês do seu nascimento, mediante o pagamento de um ciclo de prata a um membro de uma família sacerdotal (Nm 3, 47-48; 18,5-16). Lucas omite toda a menção do resgate do primogênito e transforma a cerimônia numa simples apresentação do menino no Templo de Jerusalém. Seja como for, e sem nos atermos a todas as possibilidades de interpretação, parece-nos que a intenção do evangelista é fazer com que o Antigo Testamento, representado por Simeão e Ana, testemunhe a realização da promessa de Deus em Jesus (cf. Lc 2, 29-32). O Antigo Testamento chega à sua plenitude; inaugura-se uma nova etapa na história da salvação. A cada noite, com os olhos fixos no Senhor, a Igreja canta o nunc dimitis para proclamar o dom da salvação oferecida por Deus a toda humanidade. Jesus Cristo é a luz que ilumina todos os povos (cf. Jo 8, 12).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.
Fonte: Paulinas em 28/12/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Sagrada Família

A família é o fundamento de nossa vida. Ame sua família! Contribua para que ela seja o lugar sagrado para sua vida.


No domingo subsequente ao Natal, a Igreja celebra a Festa da Sagrada Família. O Natal, de fato, é uma festa da família. À noite, celebraremos a Missa da Vigília da Solenidade da Santa Mãe de Deus e o Dia Mundial da Paz. A vida do ser humano se realiza em família. E, como diz o Papa Francisco, não existe nenhuma família humana que seja perfeita. A família é um projeto artesanal. Por isso, desponta com tanta importância o olhar atento para a Sagrada Família de Nazaré.
Contudo, é mais do que isso. Essa festa tem o objetivo de aprofundar o significado do amor familiar e de como, na família, se expressa uma faceta tão bela do amor de Deus. Assim, podemos trilhar o caminho da perfeição e da santidade. Em Gênesis 12, Deus chama Abrão de Ur da Caldeia e o abençoa. Depois, promete-lhe uma terra espaçosa e uma descendência numerosa como os grãos de areia da praia ou como as estrelas do céu.
Abraão e Sara estão idosos e sem filhos. Imaginam que o descendente possa ser Ló, ou Eliezer, ou mesmo Ismael. Deus ratifica sua promessa e lhe dá um filho, nascido de Sara: Isaac. De fato, “Deus sorriu” na vida de Abraão e Sara. A promessa continua válida e segue adiante, às vezes, por caminhos a nós incompreensíveis. Por isso, Abraão não deve temer. Dessa família, surgirá um povo. Pela fé, Abraão e Sara partiram, porque o autor da promessa é fiel. Esse Deus parece estranho.
Depois de tantas labutas, para que nasça o filho da promessa, Deus o pede em sacrifício. A fé de Abraão é posta à prova. Mas ele sabe que o Deus que doou Isaac, como filho da promessa, tem o poder de ressuscitar os mortos. “Pega o menino e sua mãe”: quem acolhe o menino acolhe também a mãe.
A vida de Maria está profundamente vinculada à vida do seu filho. José é guardião de uma família, que também se tornará um povo. A Sagrada Família de Nazaré enfrenta os sofrimentos da migração para um país estrangeiro. Mateus elabora seu relato a partir do cumprimento da profecia de Oseias 11,1.
O amor paterno de Deus possui traços profundamente maternais. A família de Nazaré faz o percurso do êxodo. Jesus entra na Terra Prometida e conduz seu povo à experiência do Reino. A violência de Herodes Magno é ocasião para que a família migre mais uma vez. Por isso, “ele será chamado Nazareno”. Por mistérios insondáveis, com a Sagrada Família, celebramos a fé, a esperança, as alegrias e dores de todas as famílias do mundo.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Aprofunda-se o mistério do Menino: Simeão e Ana acrescentam previsões místicas àquela que seria apenas mais uma apresentação no Templo. A Família volta para Nazaré, levando dúvidas quanto ao futuro do Menino, mas cheia da fé que ajudou a Criança a crescer forte e cheia de sabedoria e de Graça.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2014

VIVENDO A PALAVRA

No seio da família, ‘o menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele’. A festa de hoje nos faz contemplar o mais perfeito modelo inspirador para as nossas famílias – não só as originadas pelos laços de sangue, mas para a grande família de fé – a Igreja – começando pela paróquia, fundamento da nossa comunidade eclesial.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/12/2017

VIVENDO A PALAVRA

No seio da família, ‘o Menino crescia e ficava forte, cheio de Sabedoria. E a Graça de Deus estava com Ele’. A festa de hoje nos faz contemplar o mais perfeito modelo inspirador para as nossas famílias – não só as originadas pelos laços de sangue, mas para a grande família da fé – a Igreja –, começando pela paróquia, origem da nossa comunidade eclesial, passando pelas dioceses e chegando à Igreja espalhada pelo mundo, com o Papa Francisco indicando os nossos caminhos.

Reflexão

A família, escola da virtude

Por trinta anos, Nosso Senhor passou a Sua vida oculto, na carpintaria de Nazaré e na submissão a Seus pais. Quando o próprio Deus quis ter uma família, como pode o homem moderno tratá-la com tanta negligência e até desprezo? Por que a humanidade precisa da família? Qual o seu papel, principalmente na formação dos jovens? Neste Testemunho de Fé, Padre Paulo Ricardo explica, a partir do ensinamento de Santo Tomás de Aquino, o que é a família e por que ela é indispensável para o crescimento das pessoas na virtude.
Fonte: Reflexões Franciscanas em 28/12/2014

Reflexão

SAGRADA FAMÍLIA

I. Introdução geral

A Igreja preocupa-se de modo especial com a família. Ela é o espaço privilegiado onde se desenvolve o maravilhoso dom da vida de cada ser humano. O Documento de Aparecida lembra que “a família é sujeito e objeto de evangelização, centro evangelizador de comunhão e participação”. Para isso, “deve encontrar caminhos de renovação interna e de comunhão com a Igreja e o mundo” (DAp 568s). O papa Francisco convocou recentemente um sínodo sobre os desafios pastorais da família no contexto da evangelização. De fato, são muitos os desafios que enfrenta a família na atualidade. Nela repercutem as influências positivas e negativas das rápidas mudanças pelas quais passa o mundo. Há valores importantes que precisam ser preservados e aprofundados em cada nova geração. Os textos bíblicos escolhidos para esta celebração da Sagrada Família refletem sobre esses valores que autenticam o verdadeiro relacionamento entre os diversos membros que formam a família, ampliando-se para a comunidade. O texto do Eclesiástico dirige-se especialmente aos filhos, a fim de que saibam honrar e servir os seus pais, em obediência à lei de Deus. Assim, atrairão sobre si bênçãos divinas (I leitura). A carta aos Colossenses ressalta os sentimentos de que devem revestir-se os cristãos, como a compaixão, a bondade, a humildade, a mansidão e a paciência. Assim, a paz de Cristo reinará na vida da família-comunidade, pois todos os membros formam um só corpo (II leitura). Ao contemplar a família de Nazaré (evangelho), constatamos que Deus realiza o seu plano de amor por meio do assentimento de fé dos pais, como Maria e José. A família é sagrada na medida em que seus membros se amam, pois, onde há amor, Deus aí está.
II. Comentário dos textos bíblicos

1. I leitura (Ec 3,3-7.14-17a): Honrar pai e mãe

O livro do Eclesiástico (ou Sirácida) foi escrito originalmente em hebraico em torno do ano 200 a.C. por um senhor chamado de Jesus filho de Sirac. O original não chegou até nós. O que temos é a tradução em grego feita pelo neto do autor, por volta do ano 130 a.C. É um livro que busca preservar a tradição religiosa do povo judeu, cuja identidade está ameaçada pelo domínio grego. Um dos temas mais caros desse livro é a sabedoria aplicada ao cotidiano. O texto da liturgia de hoje ressalta a Sabedoria que se expressa no relacionamento dos filhos com os seus pais. Constitui um comentário do quarto mandamento do Decálogo. É bom verificar todo o conjunto do texto: 3,1-18. A honra aos pais refere-se tanto ao respeito à autoridade como ao sustento em suas necessidades. O desprezo desse mandamento corresponde à ofensa a Deus.
Apesar da cultura patriarcalista em que o autor está inserido, percebe-se (pelo menos neste texto) igualdade de tratamento para pai e mãe, assim como se constata também na formulação do quarto mandamento. Esse mandamento, como afirma a carta aos Efésios, é “o primeiro que vem acompanhado de uma promessa: para que sejas feliz e tenhas vida longa sobre a terra” (Ef 6,2-3). Essa promessa, no texto do Eclesiástico, é desdobrada em várias bênçãos divinas ao filho ou à filha que honra e respeita o seu pai e a sua mãe: alcança o perdão dos pecados; é como quem ajunta um tesouro; será respeitado pelos seus próprios filhos; quando rezar, será atendido; terá uma vida longa; dará alegria à sua mãe; a compaixão para com o pai não será esquecida e, em lugar dos pecados, serão aumentados os méritos; no dia da aflição, será lembrado por Deus…

2. II leitura (Cl 3,12-21): Santos e amados de Deus

Este texto da carta aos Colossenses, atribuída a Paulo, orienta a comunidade cristã no que se refere ao relacionamento na família. A cultura grega predominava em toda a região da Ásia Menor, onde se situava a cidade de Colossas. A casa, normalmente, era constituída por esposa e marido, pais e filhos, escravos e patrões. É esse o modelo de casa que tem presente o autor.
Ao ler o conjunto do texto (3,5-17), percebe-se o motivo pelo qual os membros da casa devem ser instruídos. Há comportamentos condenáveis, como a “imoralidade sexual, impureza, paixão, maus desejos, especialmente a ganância, que é uma idolatria” (3,5). E mais: há desordens provocadas por “ira, furor, malvadeza, ultrajes e palavras indecentes” (3,8) e também há mentiras (3,9) e discriminação de pessoas, “entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, estrangeiro ou bárbaro, escravo e livre” (3,11).
Esse modo de pensar e de agir, é claro, ameaça a vida familiar também dos cristãos. São comportamentos que contrariam o que deveria ser o modo de viver dos seguidores e seguidoras de Jesus, “eleitos de Deus, santos e amados”. Então, qual é a maneira coerente de viver desses “eleitos de Deus”? O texto (3,12-17) é tão claro, que prescinde de explicação. Constitui um caminho privilegiado para a felicidade das famílias no tempo atual.
No que se refere à “submissão” da mulher ao marido (3,18), deve-se levar em conta o sistema familiar dominante na época, em que o poder de decisão se concentrava na figura do pai/patrão. O autor é filho da sua época. À luz dos ensinamentos de Jesus, porém, foi restabelecida a igualdade entre mulher e homem, entre esposa e marido. Todos os seres humanos, cada qual com suas originalidades e especificidades de funções, possuem a mesma e imprescindível dignidade. Isto é agradável ao Senhor, que nos criou à sua imagem e semelhança.

3. Evangelho (Lc 2,22-40): A família de Nazaré

O texto de Lucas faz parte do conhecido “evangelho da infância” de Jesus (Lc 1-2). Os personagens citados nesse evangelho da infância são retratados como escolhidos de Deus, por meio dos quais ele realiza o seu plano de amor e de salvação universal. A própria etimologia dos nomes, na língua hebraica, revela traços do rosto divino: Gabriel (Deus é forte), Zacarias (Deus se lembra), Isabel (Deus é plenitude), João (Deus é favorável), Maria (amada de Deus), José (Deus acrescente), Ana (misericórdia), Simeão (Deus ouviu) e Jesus (Deus salva).
O texto deste domingo apresenta alguns desses personagens, Maria e José, Simeão e Ana, como fiéis seguidores da tradição religiosa de Israel. Cumprindo o que está escrito na Lei, Maria e José levam o menino Jesus ao templo para ser apresentado diante do Senhor e para oferecer sacrifícios (Lv 12,2-8). Se a mãe “não dispuser de recursos suficientes para oferecer um cordeiro, tomará duas rolas ou dois pombinhos” (Lv 12,8).
Lucas, em seu evangelho, faz questão de ressaltar que Deus se revela na história humana não por meio do poder, do dinheiro ou do prestígio social. É por intermédio dos simples e pequeninos que ele se dá a conhecer, e conta com eles para realizar o seu plano no mundo. Maria e José não faziam parte dos personagens importantes. Faziam parte dos “pobres de Javé”, isto é, punham sua total confiança em Deus e esperavam a vinda do Salvador; eram abertos à vontade de Deus e dispostos a assumir a missão que ele lhes indicava.
Também Simeão e Ana são apresentados por Lucas como pessoas afinadas com o plano de Deus. Não estão aí por acaso: representam o povo de Israel, que se manteve fiel na certeza da vinda do Salvador, conforme a promessa feita por meio dos profetas. O texto diz que Simeão “era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel”; Ana era profetisa e “servia a Deus dia e noite com jejuns e orações”. São pessoas conduzidas pelo Espírito Santo que sabem discernir e acolher os sinais de Deus na história humana. Por isso, ambos se alegram, louvam a Deus e anunciam suas maravilhas.
Jesus, portanto, cresceu sob o cuidado de Maria e José, na simplicidade de um lar comum, participando de sua comunidade de fé e respeitando a tradição religiosa de seu povo. Conheceu a Deus com base no testemunho de seus pais e foi tomando consciência de sua identidade e de sua missão salvadora. “O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele” (Lc 2,40). A sagrada família de Nazaré inspira as famílias cristãs de nossos dias: quando Deus é levado a sério e seu amor é vivido entre todos os que estão na casa, essa família torna-se portadora da bênção divina, “sujeito e objeto de evangelização, centro evangelizador de comunhão e participação”. É uma família “sagrada”.
III. Pistas para reflexão

- A família é bênção de Deus que precisa ser cultivada. Nas entrelinhas dos textos do Eclesiástico e da carta aos Colossenses, podemos captar o alerta diante do que pode ameaçar a vida familiar. É necessário cultivar os valores que a tradição de fé nos deixou como herança. São valores que atraem a bênção divina, como o comportamento de honra e de respeito dos filhos para com os pais, bem como os sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e perdão mútuo. A família de Nazaré inspira a família de hoje a ser “sagrada”, tendo em vista a plena realização de cada um dos seus membros e a sua missão evangelizadora no mundo, como esclarece o Documento de Aparecida:
O casal santificado pelo sacramento do matrimônio é um testemunho da presença pascal do Senhor. A família cristã cultiva o espírito de amor e serviço. Quatro relações fundamentais da pessoa encontram seu pleno desenvolvimento na vida da família: paternidade, filiação, irmandade, nupcialidade. Essas mesmas relações compõem a vida da Igreja: experiência de Deus como Pai, experiência de Cristo como irmão, experiências de filhos em, com e pelo Filho, experiência de Cristo como esposo da Igreja. A vida em família reproduz essas quatro experiências fundamentais e as compartilha em miniatura: são quatro facetas do amor humano (DAp 583).

Outras reflexões sobre a família no Documento de Aparecida, números 567 a 616.
Celso Loraschi
Mestre em Teologia Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos, professor de evangelhos sinóticos e Atos dos Apóstolos no Instituto Teológico de Santa Catarina (Itesc).
E-mail: loraschi@itesc.org.br
Fonte: Vida Pastoral em 28/12/2014

Reflexão

Pistas para a reflexão:

I leitura: O mandamento do amor gera perdão e alegria.
II leitura: Famílias unidas, fraternas e generosas geram comunidades santas.
Evangelho: Com Jesus, chega a boa-nova da salvação.
Fonte: Paulus em 28/12/2014

Reflexão

Ao apresentar o recém-nascido no Templo de Jerusalém, oferecendo um par de pombinhos (oferta dos pobres), a Família de Nazaré – Jesus, Maria e José – cumpre as determinações da lei mosaica. Com isso, mostra que está bem inserida na ordem social. Simeão, homem justo e piedoso, toma o menino nos braços e louva a Deus, pois vê naquela criança a salvação do seu povo. Além disso, profetiza sobre as consequências que adviriam à mãe. Nesse texto, a presença da Família de Nazaré proporciona um clima de alegria e acolhimento entre os pobres que se encontram no Templo. Ao mesmo tempo, já se percebe o futuro conflito dessa criança com autoridades e poderosos. O texto revela a importância da família na vida dos filhos. A família é o lugar privilegiado da evangelização, onde a criança respira otimismo e alegria, fé e compromisso social, presença de Deus ou, ao contrário, indiferença. Com o gesto de apresentar seu filho a Deus, Maria e José revelam que os filhos pertencem a Deus e à sociedade.
Oração
Ó Jesus, Ungido do Pai, teus pais te conduziram ao Templo para seres “consagrado ao Senhor”. Tua presença foi causa de indizível alegria para o velho Simeão, porque ele contemplou em ti o Salvador, luz para todos os povos. A ti louvor e glória eternamente. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 27/12/2020

Reflexão

A sagrada família vai ao templo de Jerusalém para cumprir dois aspectos da Lei: a purificação de Maria e a apresentação do filho primogênito Jesus: “Javé falou a Moisés: ‘Consagre a mim todo primogênito dos filhos de Israel, os que por primeiro saem do ventre materno'” (Ex 13,2). A oferta de dois pombinhos revela que a sagrada família era pobre. Do contrário, ela teria entregue um cordeiro e um pombinho, conforme a Lei. Jesus é descrito como “o Messias do Senhor”, isto é, o ungido por excelência, destinado a uma obra de salvação. E Maria aparece estreitamente unida na dor ao destino do filho: “uma espada vai atravessar sua alma”. Diante de Jesus, “luz para iluminar as nações”, as pessoas precisam tomar decisão, já que “este menino será causa de queda e reerguimento de muitos em Israel”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor»

Rev. D. Joan Ant. MATEO i García
(Tremp, Lleida, Espanha)

Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O nosso olhar vira-se para o centro de Belém —Jesus— para contemplar perto Dele a Maria e a José. O filho eterno do Pai passa da família eterna, que é a Santíssima Trindade, à família terrena formada por Maria e José. Como deve ser importante a família aos olhos de Deus quando a primeira coisa que procura para o seu Filho é uma família!
João Paulo II, na sua Carta apostólica O Rosário da Virgem Maria, voltou a destacar a importância capital que tem a família como fundamento da Igreja e da sociedade humana e pediu-nos que rezássemos pela família e que rezássemos em família o Santo Rosário para revitalizarmos essa instituição. Se a família estiver bem, a sociedade e a Igreja estarão bem.
O Evangelho de hoje diz-nos que o Menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria. Jesus encontrou o calor de uma família que se ia construindo através das suas reciprocas relações de amor. Que bonito e proveitoso seria se nos esforçássemos mais e mais por construir a nossa família!: com espírito de serviço e de oração, com amor mutuo, com uma grande capacidade de compreender e de perdoar. Gostaríamos —como na casa de Nazareth— o céu e a terra! Construir a família é hoje uma das tarefas mais urgentes. Os pais, como recordava o Concilio Vaticano II, tem aí um papel insubstituível: «É dever dos pais criar um ambiente de família animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens, e que favoreça uma educação integra a nível pessoal e social dos seus filhos». Na família aprende-se o mais importante: a ser pessoas.
Por fim, falar de família para os cristãos é falar da Igreja. O Evangelista S. Lucas diz-nos que os pais de Jesus o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor. Aquela oferenda era a figura da oferenda sacrificial de Jesus ao Pai, fruto da qual nascemos cristãos. Considerar esta gozosa realidade nos abrirá a uma maior fraternidade e nos levará a amar mais a Igreja.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Nazaré é a escola onde começa o conhecimento do Evangelho. Como gostaríamos de recomeçar, junto a Maria, a nossa iniciação na verdadeira ciência da vida!» (São Paulo VI)

- «A família de Jesus, sendo uma família como qualquer outra, é um modelo de amor conjugal, de colaboração, de sacrifício, de confiança na Divina Providência..., de todos os valores que a família preserva e promove, ajudando a formar o tecido de cada sociedade"» (Benedito XVI)

- «A vida oculta de Nazaré permite a todos os homens entrar em comunhão com Jesus, pelos diversos caminhos da vida quotidiana» (Catecismo da Igreja Católica, nº 533)

Reflexão

A Sagrada Família: A família de Jesus merece o título de "santa"

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, celebramos a Santa Família de Nazaré. O contexto é o mais adequado, porque o Natal é por excelência a festa da família. Demonstram-no tantas tradições e costumes sociais, especialmente o hábito de se reunir todos, precisamente em família. Jesus quis nascer e crescer numa família humana; teve a Virgem Maria como mãe e José que lhe fez de pai; eles cresceram-no e educaram-no com imenso amor.
A família de Jesus merece deveras o título de "santa", porque está totalmente absorvida pelo desejo de cumprir a vontade de Deus. É uma família como todas e, como tal, é modelo de amor conjugal, de colaboração, de sacrifício, de entrega à divina Providência, de laboriosidade e de solidariedade, em suma, de todos aqueles valores que a família guarda e promove, contribuindo de modo primordial para formar o tecido de cada sociedade.
—Hoje damos graças a Deus, mas também à Virgem Maria e a São José, que com tanta fé e disponibilidade cooperaram para o desígnio de salvação do Senhor.

Comentário sobre o Evangelho

A Purificação de Maria e a Apresentação de Jesus no Templo


Hoje, o Menino Jesus faz 40 dias. As famílias judaicas iam ao templo para oferecer a Deus o primeiro fruto do seu casamento, o seu primeiro filho. Mas para poder regressar a casa com o seu filhinho, a Lei de Moisés permitia deixar um animalzinho como oferenda no templo.
- Maria e José cumprem com os deveres da sua religião judaica: vão ao Templo. Aí deixaram um passarinho como “resgate” de Jesus. Mas Santa Maria sabia que, na realidade, o próprio Jesus seria sacrificado para resgatar o mundo.

Comentário do Evangelho

LUZ DAS NAÇÕES

A cena da apresentação do menino Jesus no templo e o rito de purificação de Maria são ricos em detalhes que evidenciam a identidade do Salvador. Revestem-se de um conjunto de elementos proféticos, pelos quais a existência de Jesus se pautará.
Ele foi apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou dois pombinhos, como era previsto para as família mais pobres Aliás, toda a vida de Jesus transcorrerá na pobreza.
Com o rito de oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta será uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a si mesmo; todo seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja vontade se deixará guiar.
O velho Simeão definiu a missão do Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações e manifestar a glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na injustiça, e, assim, chegar ao Pai.
Por outro lado, o Messias Jesus estava destinado a ser sinal de contradição. Quem tivesse a coragem de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas para quem se recusasse aderir a ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria escândalo para uns, e ressurreição para outros.
Esta cena evangélica retrata, assim, o que Jesus encontraria pela frente.
Oração
Senhor Jesus, possa tua luz brilhar em minha história e ajudar a me reerguer da prostração a que o pecado me reduziu.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 28/12/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Família não é um agrupamento de pessoas que moram sob um mesmo teto, mas sim de pessoas que tem uma comunhão de vida dentro de uma co-responsabilidade, partilha e fraternidade. Infelizmente em nossos dias o que prevalece é o individualismo, cada membro da família tem sua vida, seus interesses, suas amizades e preferências de modo que em uma mesma família podemos ter pessoas de diferentes credos, culturas ou ideologias. O pai e a mãe deixam de ser educadores e formadores dos filhos, e a pós-modernidades é que dita as normas e ensina como viver, e que valores são importantes.
Como se não bastasse isso, o estado quer reinventar um novo conceito de Família, saindo do modelo Divino (um homem, a mulher e os Filhos) para uma caricatura da Pós modernidade( dois homens ou duas mulheres, e ainda dizem que é por amor).
Maria e José não eram figuras decorativas na vida de Jesus, mas exerceram com seriedade, empenho e santidade a missão que lhes fora confiada por Deus: a de serem educadores e catequistas do seu Filho.
A formação do caráter e da personalidade da pessoa exige um equilíbrio, é preciso ter um pai e uma mãe, que sejam testemunhos de amor e exemplo de vida para os filhos, pois nossa primeira igreja é a família.
Nessa pequena comunidade aprende-se o sentido da vida a partir de uma vivência pautada pelo amor e o respeito ao outro, e assim a família é como um pequeno riacho de águas puras e cristalinas que nos leva ao rio maior que é a comunidade, que por sua vez nos leva ao infinito da plenitude em Deus.
José e Maria, apesar de terem uma missão tão especial e grandiosa, de serem os educadores do Filho de Deus, não se fecharam em seu privilégio, mas abriram-se á comunidade à qual levaram a criança, quando se completaram os dias da purificação da mãe, para ser apresentado no templo e assim consagrar a Deus. Nossos filhos não são nossos, mas pertencem a Deus e devem descobrir o sentido da vida a partir da sua vocação para viver o amor. Essa descoberta começa na família e depois se torna madura na vida em comunidade, pois é na igreja que descobrimos e entendemos nossa vocação de servir.
A lei dizia que “todo primogênito do sexo masculino, deveria ser consagrado ao Senhor” mas Maria e José não estão ali simplesmente para cumprirem uma lei, mas é que a fé que tem em Deus, fazem eles perceberem que aquele filho não lhe pertence, mas é uma dádiva para toda humanidade. Um dia aquele menino irá crescer, e na graça de Deus irá se descobrir como um ungido do senhor, nada poderá detê-lo em sua missão, a vocação do amor que quer servir extrapola a vida familiar. José e Maria sabem disso e por isso oferecem um sacrifício, um par de rolas ou dois pombinhos, como ordenava a lei do Senhor.
Os filhos representam tanto para nós, e talvez tão pouco para transformarem o mundo, assumindo a vocação do amor. Muitas vezes desejamos que os filhos fossem grandes e importantes para si mesmos, entretanto, eles são a nossa maior contribuição para ajudar a melhorar o mundo e a sociedade. Maria e José não querem de maneira egoísta “guardar” o menino só para si, mas o consagra a Deus que irá dá-lo para os homens.
Maria é a fonte transbordante, plena de graça divina, José é o homem justo, sábio e forte, porque lê os acontecimentos da vida com os olhos da fé... O menino tem por quem “puxar”... Toda família torna-se sagrada quando as pessoas que dela fazem parte sabem reconhecer na missão do outro o agir de Deus.
"O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria e da graça de Deus." Lc.2,40
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel - Lc 2,22-40
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Celebramos hoje a festa da Sagrada Família, dentro do tempo litúrgico do Natal. O Filho de Deus quis ser homem como nós, nasceu numa família e teve como pais nesta terra José e Maria.
O Evangelho de hoje diz que, “quando os pais levaram o Menino Jesus ao Templo…”; “o pai e a mãe ficavam admirados…”; “Maria, a mãe…”; “O menino foi crescendo, ficando forte…”.
O texto fala de uma família na qual há um pai, uma mãe e ao menos um filho. Esta é uma realidade tão importante que merece sempre uma reflexão de todos nós. Casal não é só prazer afetivo. Filho não é só um “fofinho encantador”. A família supõe relações muito complexas que precisam ser administradas com ciência e conhecimento de causa. Educação é uma tarefa difícil e complicada, que não se improvisa. Não é só colocar um filho no mundo e deixar que as coisas aconteçam segundo a natureza. Assim também as diferenças entre as pessoas, entre o esposo e a esposa, precisam ser tratadas com sabedoria.
Se for animada por uma espiritualidade conjugal, a família terá a oportunidade de se tornar sempre mais uma Igreja doméstica, como também um sólido núcleo fundamental da sociedade humana. Se os pais não têm ideia de como se relacionar e como superar as dificuldades, e se não receberam nenhuma formação para ajudar o desenvolvimento dos filhos, quando estes se tornam naturalmente problemáticos ou passam a sofrer influências inesperadas, o barco da família pode facilmente soçobrar. Família não acontece “num qualquer de repente!”.
Fonte: NPD Brasil em 27/12/2020

Homilia Sagrada Família Jesus, Maria José

Pe. Luiz Carlos de Oliveira - Redentorista

“Família de Nazaré é modelo”

Consagrado ao Senhor

No Tempo do Natal temos diversas celebrações que continuam a memória do Mistério da Encarnação que acompanha toda a vida de Cristo. Se por um lado há uma tendência em acentuar tanto sua Divindade que perdemos de vista sua Humanidade, por outro acontece acentuar tanto o aspecto humano que esquece o Divino.
Pela fé cremos na união das duas naturezas e na sua total unidade e integridade: Homem-Deus. Maria e José vão ao templo para os ritos após o nascimento do primogênito.
Ele pertence a Deus e tem que ser resgatado: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor” (Lc 2,23), conforme está escrito na lei do Senhor (Ex 13,2). Trata-se de um rito de família. Ali estão os pais reconhecendo a propriedade que Deus tem sobre o Filho. Jesus pertence ao Pai.
Nesse momento é reconhecido por Simeão que vivia a esperança de Israel, isto é, a vinda do Messias. Quem assim vivia era movido pelo Espírito Santo. Notamos que os filhos pertencem a Deus e, se temos o Espírito, vamos reconhecer neles a presença de Deus que age para o bem.
Criamos os filhos para Deus. Na profecia deste ancião está indicada sua missão: salvação para os que creem e perda para os que não acolhem. É o mistério da recusa. Diante de Cristo não há meios termos ou indiferença.
A Igreja participa dessa condição de Jesus e sofre também a espada que atravessa o coração por ver a recusa do Evangelho e o sofrimento dos filhos perseguidos. Cumpre também a profecia feita por Simeão a Maria: Uma espada atravessará tua alma (Lc 2,35).

Revestir-se das virtudes

A Palavra de Deus convida a nos revestirmos de Cristo. Revestir-se não é uma atitude exterior, mas ação da graça. Quando Paulo estimula a nos revestirmos das virtudes, está mostrando os efeitos da presença de Cristo em nós que gera um procedimento coerente.
Não há o que mais destrua a força de Cristo em nós que a incoerência, isto é, crer e não agir como crê. O apóstolo, conhecedor da vida de família, enumera as virtudes na família e na comunidade: Revestir-se de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, suportar-se e perdoar-se mutuamente.
E retoma o fundamento: “Amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição”. Reine a paz e sede agradecidos. Viver a vida cristã é viver a Palavra. Um ajude o outro admoestando para superar os males.
A oração é a costura de todas essas virtudes. Todas as atividades sejam feitas em Cristo, dando graças a Deus por meio dele. O relacionamento familiar insiste na preocupação de uns pelos outros no mútuo acolhimento e dedicação. Quando se diz imitar a Sagrada Família, é realizar na vida esse projeto.

Envelhecer no Espírito

O próprio Jesus é apresentado como modelo a ser seguido: “E o Menino crescia e se tornava forte, cheio de sabedoria; a graça de Deus estava com Ele” (40). É um projeto formativo para as famílias cristãs: Crescimento integral: físico, intelectual e espiritual. Sem isso temos a degradação da sociedade.
Simeão e Ana, as duas figuras apresentadas hoje, mostram que envelhecer no Espírito é saber encontrar e identificar Messias e sua ação.
O livro do Eclesiástico mostra a força do quarto mandamento, que é o primeiro da segunda tábua, colocando como condição para ter o perdão dos pecados e força da oração o respeito e atenção aos pais, sobretudo, envelhecidos. Celebrar o Natal do Senhor é deixar Jesus nascer em nossas casas através das virtudes do Redentor, tão bem vividas por sua Mãe.

Leituras: Eclesiástico 3,3-7.14-17ª;Salmo 127; Colossenses 3,12-21; Lucas 2,22-40

Ficha nº 1400 - Homilia Sagrada Família Jesus, Maria José (28.12.14)

O Evangelho quer, mostrando os ritos a apresentação de Jesus no templo, acentuar sua pertença ao Pai e sua humanidade. Ele deve ser resgatado, segundo a lei. Como Simeão, se tivermos o Espírito reconheceremos a presença do Messias. Na profecia desse ancião está a missão de salvação e a queda de muitos.
A Igreja sofre também a recusa. A Palavra nos convida a nos revestirmos de Cristo. Paulo ensina que esse revestir-se acontece através das virtudes. Elas se resumem no amor. A oração é a costura de todas as virtudes. Viver a vida cristã é viver a Palavra. O crescimento de Jesus como homem é o modelo a ser seguido.
É o crescimento integral. Simeão e Ana mostram como envelhecer cheio do Espírito. A obediência ao quarto mandamento é condição para o perdão dos pecados e a força da oração. Celebrar o Natal é deixar Jesus crescer em nossas casas através das virtudes do Redentor, tão bem vividas por sua Mãe.

A vez dos velhos

A celebração da Sagrada Família não é só uma lembrança, mas um projeto de vida como lemos no evangelho da celebração: Unidos realizam os ritos necessários para a vida da comunidade; Ouvem a Palavra de Deus através da experiência do velho Simeão e de Ana; Aprendem que o valor de viver sob a inspiração do Espírito Santo; Entendem que Jesus é o Messias, mas que deve ser educado como homem, pois cresce em todos os sentidos; Sabem que Ele deve crescer na ciência de Deus.
A sociedade atual descarta os velhos. Na cultura africana, que conheci, ter um velho é ter um tesouro. Diziam: quando morre um velho, queimou-se uma biblioteca. É uma sabedoria que a sociedade perdeu.
Com isso perdemos valores e a formação nas virtudes anunciadas por Paulo. Ali está o modo de viver cristão. Este é o primeiro mandamento na referente ao próximo.
E é o único com uma promessa de vida boa e longa (Ex 20,12 e Ef 6,1-3). Deus recompensa quem cuida de seus pais. Examinemos se alguns dos males que sofremos não provêm da desobediência a esse mandamento! O Eclesiástico põe aí a condição de sermos perdoados dos pecados e ouvidos em nossa oração.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/12/2014

Homilia da Solenidade da Sagrada Família, por Pe. Paulo Ricardo



HOMILIA

MEUS OLHOS VIRAM A SALVAÇÃO QUE VEM DE DEUS

Estamos diante da plenitude dos tempos. Chegou à hora de se cumprir a profecia bíblica. Jesus é o Primogênito que deve ser consagrado a Deus. E consequentemente da purificação de Maria sua mãe. É tempo de pleno cumprimento da lei de Moisés. Vemos duas leis que se misturam sem serem diferenciadas. Pois a purificação da mãe era prevista em Levítico 12,2-8 e se cumpria quarenta dias após o parto. Até aquele momento, a mulher não poderia aproximar-se de nenhum lugar sagrado, já que era considerada impura por causa do sangue derramado durante o parto; a cerimônia consistia na oferta de um cordeiro ou para famílias pobres um par de rolas ou dois pombinhos. Pela oferta do casal nazareno, se torna evidente a sua condição de pobreza e simplicidade.
Enquanto que a consagração dos primogênitos está prescrita em Êxodo 13,11-16 e era considerada com uma espécie de “resgate” – lembrando a ação salvífica quando Deus libertou os israelitas da escravidão do Egito. Resgatando o próprio filho, o pai dizia: “Te resgato porque eu também fui resgatado quando o Senhor nos tirou com mão forte da casa da escravidão” (Ex 13,2.11-16). O texto quer mostrar que Jesus não foi dispensado de nenhuma prática da lei, seus pais foram obedientes a fim de que o destino do menino se desenvolvesse desde o início conforme as Escrituras. Entretanto, o texto só acena que se completaram os dias, mas não narra a cerimônia em si talvez para fazer entender que Jesus não tem necessidade de ser resgatado. Jesus, não é resgatado, mas aquele que resgata, aquele que salva o seu povo.
Ainda com Simeão, após o canto, ele diz a Maria que o seu menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. E quanto a Maria, uma espada traspassará a alma dela. Normalmente, interpreta-se aqui o anúncio do sofrimento de Maria. Mas também devemos ver aqui Maria como imagem do povo: Simeão intui o drama do seu povo, que será profundamente dilacerado pela palavra viva e cortante do Redentor. Maria representa o percurso: deve confiar, mas enfrentará dores e escuridões, lutas e silêncios angustiantes. A história do Messias sofredor será dilacerante para todos, também para Maria. Não se pode seguir a nova luz destinada ao mundo inteiro sem pagar o preço, sem se arriscar, sem renascer sempre de novo do alto para uma nova criatura. Mas estas imagens, ou seja, da espada que traspassa, do menino que fará tropeçar e abalará os corações, não estão separadas do gesto carregado de sentido dos dois anciãos: pois, enquanto Simeão recebe o menino em seus braços, para indicar que a fé é encontro e abraço, não ideia nem teoria; Ana é anunciadora e acende em quem o esperava uma luz fulgurante.
Enfim, interessante é notar que todo o episódio dá ênfase às situações mais simples e familiares: o casal Maria e José com o menino no braço; o ancião que se alegra e abraça, a anciã que prega e anuncia os interlocutores que aparecem indiretamente envolvidos. E também a conclusão do texto deixa ver o lar de Nazaré, o crescimento do menino num contexto normal, a impressão de um menino dotado em modo extraordinário de sabedoria e bondade. O tema da sabedoria entrelaçada com a vida normal de crescimento e no contexto de uma cidadezinha Nazaré, deixa um suspense na história: esta se reabrirá justamente com o tema da sabedoria do menino entre os doutores do templo. E será exatamente o relato que segue imediatamente.
Quero caro amigo (a) que juntos, nos façamos uma dura revisão de vida, nos questionemos. Vejamos tudo o que acontece conosco, à nossa volta, o julguemos e ajamos sem demora. Veja que a festa da Apresentação do Menino Jesus é também a nossa, como filhos e filhas consagrados ao Senhor já mesmo desde o ventre materno.
Depois que juntos ficamos a saber tudo o que Deus fez na vida de Simeão e Ana, o que mudou em mim e em ti? As palavras de Simeão, suas atitudes, como também aquelas de Ana, têm um significado especial para mim? Como entendo esta “espada que traspassa”: reconheço que se trata de um sofrimento na nossa consciência diante dos desafios e exigências para seguir Jesus Cristo ou acho que se trata só de um sofrimento íntimo de Maria?
O que este relato pode significar para a tua família de hoje? Para a formação religiosa dos seus filhos? Para entender o projeto que Deus tem para cada um de seus filhos, os medos e angústias que os pais carregam no coração, só de pensar quando os filhos crescerem? Empenho-me periodicamente para fazer uma revisão de vida com a minha família a fim de ser sempre mais família? Como marido ou mulher ou filho, filha, tenho a capacidade de me abrir ao diálogo com a minha família, procurando escutar-lhes e partilhar assim as suas alegrias e expectativas? Como casado, membro de uma família chamada a viver as virtudes da Família de Nazaré, me empenho concretamente em prol de outras realidades familiares da minha comunidade paroquial, diocesana em dificuldade para realizar a grande família cristã, a Igreja de Cristo? Sou um bom cumpridor de minhas obrigações familiares e cristãs? Participo regularmente dos convívios familiares ( jantar, almoço, festas e…) bem como das celebrações litúrgicas ( missas, paraliturgias ) ou procuro sempre desculpas para não me fazer presente? Deixo-me guiar pelo Espírito Santo como Simeão? Como faço para escutar hoje o Espírito Santo? Também entendo que o seguimento ao Messias é algo que implica compromisso e que também pode ser como uma espada que atravessa o coração? Posso medir meu crescimento de forma equilibrada como Jesus? Há partes de mim que crescem e outras que não saem do lugar? Quais? E meus olhos, já conseguiram ver a salvação que Jesus veio me trazer?
Pai, a exemplo de Simeão e de Ana, faze-me penetrar no mais profundo do mistério de teu Filho Jesus, faze que os meus olhos vejam a Salvação que vem de Vós e como eles vos proclame aos membros da minha família. Amém!
Padre BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 28/12/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/12/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 27/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

Toda família é sagrada para Deus

Toda família é sagrada para Deus, por isso Jesus escolheu nascer na Sagrada Família. A sua casa, a sua família, é sagrada aos olhos de Deus.

“O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.” (Lucas 2,40)

Nós hoje celebramos a linda festa da Sagrada Família, composta por Jesus, Maria e José. Sim, Deus quis morar no meio de uma família, quis estar na família humana, por isso escolheu uma casa, escolheu ter pai, ter mãe. E nessa casa, nessa família foi que Jesus cresceu, foi se tornando menino, homem e nos apontou a direção e o caminho da vida.
Na realidade, o Senhor começou a nos ensinar a direção e o caminho da vida não foi quando cresceu, foi quando nasceu e quando quis habitar dentro de uma família, por isso nós a chamamos de Família Sagrada.
Deixe-me dizer uma coisa a você: toda família é sagrada para Deus! A sua casa, a sua família, é muito sagrada aos olhos de Deus. Cada família tem um valor único e singular para o coração de Deus! Cada casa, cada família, é o lugar da morada de Deus!
Cada casa e a família de cada um de nós é a nossa primeira Igreja, é o primeiro lugar onde conhecemos Deus. É onde podemos conhecer a grandeza de Deus manifestada pelo amor dos pais.
Por isso, hoje, nós queremos pedir a Deus por todas as nossas famílias. Primeiro, pedindo pelo amor dos esposos, pois não se tem família se pai não ama mãe, se mãe não ama pai, e não é fácil viver este amor entre pai e mãe.
Hoje, quero dizer ao coração do homem e da mulher, do marido e da esposa: permitam que a Palavra de Deus habite no coração de vocês, assim como está nos chamando a Segunda Leitura da Missa de hoje, permitam que a Palavra de Cristo conduza os sentimentos, os afetos e a vida familiar de vocês.
Um dia vocês dois prometeram ser fiéis um ao outro e o tempo demonstra que isso nem sempre é fácil, por isso digo hoje aos esposos que estão nos escutando: se vocês querem edificar um lar santo coloquem a Palavra de Deus meditada e vivida no meio da sua família e ela dará o sentido e a condução da sua casa.
Que os filhos saibam amar e respeitar seus pais e tenham a devida obediência a eles mesmo quando, muitas vezes, isso não seja fácil, mesmo quando, frequentemente, os pais tenham seus defeitos, seus limites e não manifestem o amor que vocês tanto desejavam ter.
Meu filho e minha filha, o amor de Deus vai permanecer para sempre no seu coração se você souber amar e respeitar os seus pais, mesmo com todos os defeitos que eles possam ter!
Papai e mamãe, que a graça de Deus esteja com vocês, para que criem seus filhos segundo a vontade do Senhor! Que cada lar, que cada família, seja uma sagrada família!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2014

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus liberta nossas famílias

Famílias, se reúnam em torno de Jesus, coloquem Ele no centro, coloquem a Palavra de Deus como vínculo fundamental de toda a família

“Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.” (Cl 3,18-21)

Hoje, contemplamos e celebramos a Sagrada Família. A Sagrada Família: Jesus, Maria e José, são para nós uma escola de família, um exemplo, um modelo.
Jesus estava submisso aos seus pais: Maria e José; Maria era submissa, mas, acima de tudo, solícita para com seu esposo; José, era um homem dócil e amável com sua esposa Maria.
Precisamos resgatar valores evangélicos no seio das nossas famílias, precisamos que nossas famílias sejam o lugar da graça, da ação de Deus, por isso, precisamos tirar das nossas famílias, elementos que não agregam santidade e nem bênçãos para elas.
Precisamos colocar cada vez mais elementos santificantes, que renovam e transformam as nossas famílias. E, o que precisamos tirar de nossas famílias? Tudo aquilo que desagrega profundamente nossas famílias: brigas, discussões, xingamentos, gritarias. Essas coisas não convêm a uma família em Deus. Precisamos tirar da nossa família a importância que a televisão, computadores têm ocupado. Um smartphone não pode ser mais belo ou mais importante do que o rosto do seu amado(a). Aqueles que dão mais para essas coisas do que para Deus, estão deixando que suas famílias se “desconectem” da graça de Deus.
Precisamos trazer Deus para o centro da nossa família. As famílias não podem sentar em torno de uma televisão ou de celulares; as famílias têm que sentar-se em torno da mesa para comerem juntos, um olhar nos olhos do outro, para juntos compartilharem a vida. Deus quer abençoar a sua família, Ele quer que a sua família seja sagrada. Famílias, se reúnam em torno de Jesus, coloquem Ele no centro, coloquem a Palavra de Deus como vínculo fundamental de toda a família.
Eu queria e tenho um grande sonho: ver todas as famílias se reunindo em torno da Palavra de Deus, que seja apenas de um versículo, mas, na medida em que alimenta um, alimenta dois e, assim sucessivamente, a Palavra de Deus torna-se o único alimento. A Palavra eterna de Deus é a única que pode salvar, abençoar e libertar nossas famílias!
Nesta noite, muitas famílias estão se preparando para celebrar o ano novo, a vida nova. Não tem vida nova e nem ano novo se a família não volta-se para a Palavra de Deus e nem faz dela o centro que abençoa e irradia graças às nossas famílias.
Deus abençoe você, sua casa e sua família. Um ano novo muito abençoado!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 31/12/2017

HOMILIA DIÁRIA

Que a oração tenha um lugar sublime na sua casa

“Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.” (Lucas 2,39-40)

Hoje, celebramos a Sagrada Família. Para Deus toda família é sagrada, e não há nada mais sagrado e sublime do que a família de cada um de nós. Por isso, Deus nasceu e se encarnou no seio dela. A família de Nazaré é o protótipo de toda família humana: restaurada, abençoada, iluminada, agraciada por Deus e temente a Ele, uma família onde há o amor acima de tudo. O amor entre Maria e José, o amor destes para com seu Filho Jesus, e o amor, o respeito e a obediência de Jesus para com Seus pais, Maria e José.
Meus irmãos, nós sempre acreditamos e professamos que Deus precisa salvar este mundo, e Ele veio para isso, mas a salvação só pode acontecer por meio da nossa família.
Tomemos posse dessa verdade: nossa família é sagrada, e não podemos brincar com o sentido de ser família. Família tem que ser respeitada, iluminada, cada vez mais unida, e a nossa família precisa ser o lugar da morada de Deus.

A oração dá a direção para que a nossa família não se perca no meio da ilusão

Imagine Jesus entrando no seio de uma família para ali viver, a família de Nazaré; e é assim que Jesus também quer fazer, entrar no seio de cada uma das famílias, das nossas casas. E não podemos parar nas dificuldades, nos problemas, e dizer: “Deus não vai morar aqui, porque a minha família tem tantas dificuldades!”. É ali que Jesus precisa mesmo viver, Ele só não vai morar na sua casa se você não deixar, Ele só não vai permanecer na sua família se você O colocar para fora. Pelo contrário, coloque-O para dentro da sua casa, coloque Jesus dentro da sua família.
Assim como vejo indiferença dos membros da família entre si, muitas vezes a família também é indiferente à presença de Jesus. Não basta dizermos: “Jesus está aqui”, “Jesus está no meio de nós”, se não chamamos Jesus, não clamamos por Ele, não oramos por Ele, se a nossa família não dá as mãos para estar em torno de Jesus.
Não só acolhamos Jesus, mas permitamos a Ele viver todos os dias na nossa casa. Sejamos uma família orante, e que a oração tenha um lugar sublime na nossa casa!
A oração traz luz, sabedoria, a oração quebra as barreiras dos desentendimentos, das ofensas, das mágoas e rancores. A oração dá a direção para que a nossa família não se perca no meio da ilusão.
Que a sua família seja cada vez mais sagrada, e que o poder da oração esteja presente em todos os atos da sua casa e da sua família.
Deus abençoe você
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/12/2020

Oração Final
Pai Santo, que adotaste uma família como lugar de acolhida da tua Palavra, dá força e discernimento para que nós, Igreja deste século, compreendamos que a Família é o jeito privilegiado para caminharmos na vida seguindo o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abençoa nossas famílias. Que mães, pais e filhos se espelhem em Maria, José e no Menino Jesus, para que as relações dentro dos nossos lares façam lembrar o ambiente terno e delicado que se respirava na casinha de Nazaré. Por Jesus Cristo, Teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/12/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abençoa nossas famílias. Que não só as mães se espelhem em Maria, os pais em José e os filhos no Jesus Menino, mas que as relações dentro dos nossos lares façam lembrar o ambiente terno e delicado que se respirava na casinha de Nazaré. E que a nossa Comunidade Eclesial não seja diferente: sobre ela reine a Paz, a Concórdia, a Fraternidade e o Bem-querer. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.


QUE O MENINO JESUS NASÇA,


TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.


Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar sonhos e preservar as coisas boas.


Feliz 2024!