sexta-feira, 12 de setembro de 2025

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

Santíssimo Nome de Maria - 12 de setembro



Santíssimo Nome de Maria, clamamos a nossa Mãe

Memória

Origens

A festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro. Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666, os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha.
Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria. Antes da batalha, o rei Jan Sobieski colocou suas tropas sob a proteção da Virgem Maria. Após a batalha, o Papa Inocêncio XI, pretendendo homenagear Maria, estendeu a festa para toda a Igreja.

Importância do Nome

A Sagrada Escritura sempre valorizou muito o nome dos personagens do povo de Deus. O próprio nome de Jesus indica a sua identidade: “Deus salva”, e o Anjo Gabriel o deu a Maria e a José: “Ela dará à luz um filho a quem tu porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1, 21). Certamente, devemos concluir que o santo nome da Virgem Maria não foi dado sem um sentido, e certamente foi dado por Deus por inspiração a seus pais Santa Ana e São Joaquim. E o Arcanjo Gabriel pronuncia o seu nome: “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1,30).

Etimologia

Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz mery, da língua egípcia que significa muito amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros. Não importa, contudo, o real significado, mas o que se tornou a partir do momento que a Mãe do Redentor o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre.

Piedade popular

Todo católico ama e pronuncia, muitas vezes, o santo nome de sua Mãe Santíssima, Virgem, Imaculada e Assunta ao céu. Quando rezamos o santo Rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…” E o bom povo brasileiro gosta de colocar em suas filhas este sagrado nome: Maria Isabel, Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria… Maria… Maria… Que povo devoto à Virgem Maria!

O Padre Antônio Vieira

“Só vos digo que invoqueis o nome de Maria, quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida.
Quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos.
Quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho.
Quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada e, com ela, a salvação.
E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”.

Minha oração

“Ao teu nome clamamos, Mãe querida. Sabemos que, quando te chamamos, Tu nos ouves e nos socorre. O teu nome tem poder no Céu e na terra, por isso, confiamos em ti e te chamamos: Maria, nossa Mãe!”

Santíssimo Nome de Maria, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 12 de setembro

Na Bitínia, na hodierna Turquia, Santo Autónomo, bispo e mártir. († c. s. III)
- Em Alexandria, no Egipto, os santos Crónides, Leôncio Serapião, que, segundo a tradição, foram lançados ao mar no tempo do imperador Maximino por confessarem o nome de Cristo. († s. III)
- Em Imlech, cidade da Momónia, província da Irlanda, Santo Albeu, bispo, que pregou o Evangelho em muitos lugares desta ilha. († c. 528)
- Em Anderlecht, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Guido, que depois de ter sido sacristão da igreja de Mariensee. († c.1012)
- Em Omura, no Japão, os beatos Apolinário Franco, da Ordem dos Frades Menores, e Tomás Zumárraga, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e quatro companheiros, mártires. († 1622)
- Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Sulpício Cristóvão Faverge, irmão da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1794)
- Em Seul, na Coreia, São Francisco Ch’oe Kyong-hwan, mártir, que era catequista e, recusando abjurar da fé cristã ante a intimação do governador, foi recluído no cárcere. († 1839)
- Em Trévi, cidade da Úmbria, região da Itália, Maria Luísa (Gertrudes Prósperi), abadessa da Ordem de São Bento. († 1847)
- Em Ruidellots, perto de Gerona, na Espanha, os beatos Emério José (José Plana Rebugent), e Hugo Julião (Julião Delgado Díez), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
- Em Manlleu, perto de Barcelona, na Espanha, o Beato Miguel de Jesus (Jaime Puigferrer Mora), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936)

Fonte:
vatican.va
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Ed. Cléofas

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição: Melody de Paulo
Fonte: Canção Nova em 2022

Santíssimo Nome de Maria e São Bernardo


História

O culto ao Santíssimo Nome de Maria recorda o amor da Mãe de Deus pelo seu Filho e por cada um dos filhos que o próprio Jesus lhe confiou antes de morrer: “Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe” ( Jo 19,27). O culto difundiu-se ao longo dos séculos por toda a Igreja, e os Papas enriqueceram esta devoção com as indulgências, que já se faziam presentes no século XII para fortalecer o culto ligado a Mãe de Jesus.
Em 1513, o Papa Júlio II concedeu apenas à diocese de Cuenca, na Espanha, uma festa em homenagem ao nome de Maria realizada no dia 15 de setembro. São Pio V suprimiu-a; o Papa Sisto V restaurou-a trazendo-a para 17 de setembro; e somente com o Papa Clemente X, em 1671, a festa foi estendida a toda a Espanha. Depois da vitória conquistada em nome de Maria contra os turcos por João Sobieski, rei da Polônia, em 1683, o beato Papa Inocêncio XI estendeu esta festa a toda a Igreja, marcando-a para 12 de setembro de 1683.

São Bernardo

“Se surgirem os ventos da tentação,
se você tropeçar nas rochas das tribulações,
olha a estrela, invoca Maria.
Se você é sacudido pelas ondas do orgulho,
de detração, de inveja: olha a estrela, invoca Maria.
Seja raiva, ou avareza, ou a tentação da carne
eles sacodem o barco da alma: olhe para Maria.
Se você, perturbado pela enormidade do pecado,
cheio de confusão pela feiura da consciência,
intimidado pelo teor do julgamento,
você começa a ser engolido pelo abismo da tristeza,
do abismo do desespero: pense em Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas incertezas,
pense em Maria, invoque Maria.
Ela nunca deixa seu lábio,
nunca deixa seu coração;
e para que você obtenha a ajuda de sua oração,
nunca se esqueça do exemplo de sua vida.
Se você o seguir, não poderá se desviar;
se você orar a ela, não poderá se desesperar;
se você pensa nela, não pode errar.
Se ela o segura, você não cai;
se ela o protege, você não precisa temer;
se ela o guia, não se canse;
se ela o for propícia, alcançará a meta”.

Santíssimo Nome de Maria


Comemoração  litúrgica - 12 de setembro.

Também nesta data: São Guido Anderecht,  São Selésio, Santa Vitória Fornari

Uns dias depois do Natal é celebrada a festa do Santíssimo Nome de Jesus. Concordantemente, a Natividade de Nossa Senhora é seguida de um dia em que é glorificado o seu santo Nome. Oito dias depois do Nascimento da Santíssima Virgem, em obediência à praxe dos Judeus, seus santos pais, deram o nome de Maria à sua Filhinha.  A Liturgia estabeleceu a festa do Santíssimo Nome de Maria no decurso da oitava de sua Natividade. A Espanha foi a primeira nação, que,  tendo para isso a aprovação de Roma, em 1513 introduziu a festa, que depois por Inocêncio XI teve sua extensão à toda a Igreja, em ação de graças pela brilhante vitória por João Sobieski, rei da Polônia alcançada sobre os turcos, que tinham chegado a assediar Viena, capital da Áustria.
Nomes são símbolos, que na esfera do pensamento, do sentido, da vontade e das paixões se ligam ao esplendor ou à treva, à alegria ou à amargura. Que significa para nós o Nome de "Maria?".

1. Luz e esplendor, o nascer do sol Para nosso mundo interior. É o raio de toda a  virtude da humanidade, da obediência, do recolhimento,  da conformidade com a vontade de Deus e,  principalmente, da pureza intacta e ilibada, reflexo este que se manifesta na virgindade real e corporizada em Maria.  Seu nome, qual um farol luminoso, apareceu no meio de um mundo todo materializado e impuro. Em nossa natureza decaída, surgem múltiplos e desordenados desejos; o homem se vê emaranhado em tentações que empolgam seus sentidos, aliciando-os com miragens prometedoras; difícil lhe é depois acusar-se no confessionário das suas quedas  vergonhosas. Quanto mais amor dedicamos à Santíssima Virgem, cujo nome, por si é um raio de puríssima luz, tanto mais se acentua a nossa aversão aos pecados da impureza.
A Sagrada Escritura enaltece o poder da Mãe de Deus sobre os inimigos da nossa salvação e pergunta: "Quem é esta que vai caminhando como a aurora quando se levanta, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército formado em batalha?" (At, 6-8). Maria aufere este poder: 1. Da beleza de sua alma a que nada pode resistir, Reverenciamo-la para que nos livre do mal.   2. Do poder que ligou à sua intercessão. Ela é a padroeira, a Mãe dos filhos de Deus.

2. O nome "Maria" diz amargura. À Mãe do Crucificado, por ter sua alma pregada na cruz, cabe muito bem o nome de "Amarga". A lembrança do mar amargoso dos seus sofrimentos faz-nos estremecer em sentimentos compassivos. Ó Maria, mar de dor e amargura, recebei a nossa gratidão;  muito sofrestes e suportastes, porque grande foi o vosso amor àqueles cuja mãe quisestes ser. Embora vosso nome nos faça lembrar deste mar de amargura, cheio se nos afigura ele de doçura. Doçura é para nós, no meio das atrocidades amargas da vida.

3. Maria é nome de quem é Senhora, Rainha. Na passagem dos israelitas pelo Mar Vermelho, que em suas ondas revoltosas sepultou o exército dos egípcios, Maria, Irmã de Moisés, à frente das mulheres hebreias entoou um canto de vitória, acompanhado de toques de adufes e coros em uníssono. Era ela a preconizadora da Santíssima Virgem, vencedora do pecado;  símbolo daquela poderosa, à qual Deus Menino se fez súdito. Maria, a Mãe de Jesus, Senhora que é de todas as gerações, nós a louvamos, nós a bendizemos; à sua proteção nos confiamos, a ela nos dirigimos, a Maria Nossa Rainha, Nossa Senhora.

REFLEXÕES
"Para os que foram agraciados em ler a Bíblia no seu original, perceberam que o nome MARIA, está na primeira página. Para ser mais preciso: No Livro do Gênesis, capítulo primeiro, versículo dez. Nós, os crentes, sabemos que nada acontece por acaso. Eram os latinos pagãos, que pensavam que: “O acaso pode mais que a razão” - “Fors plus quam ratio potest”. A distinção consiste em que naquilo que eles julgavam “acaso” nós vemos o Dedo de Deus. Jesus, pelos evangelistas Mateus (V, 18) e Lucas (XVI, 17) nos diz que antes que passem o céu e a terra,  não será omitido um trema, ou pontinho da Lei, sem que tudo seja realizado. Maria, evidentemente, não é um trema, menos ainda um pontinho, é um Nome, sobre o qual foram escritos uma infinidade de livros. O nome Maria, continuará sendo um “sacramentum”, um mistério indecifrável. Porém, o nosso “saber”, o nosso orgulho, não pode ser sobrepujado e assim apelamos para duas SUPOSIÇÕES,  uma  delas significando Senhora e a outra Amada de Deus. Duas definições espetaculares, não fora Maria a Mãe de Deus! A Mãe dos vivificados, por Jesus Vivificador!
Por mais que se louve, por mais que se pretenda bendizer o Santíssimo Nome de Maria, estaremos sempre aquém da real magnitude de MARIA, por sermos limitados e finitos.  Não há, na redondeza da terra, com quem, menos ainda com que, comparar a grandeza incomensurável de Maria.  Pois Maria, não tem similar; MARIA é singularíssima. Maria é Mãe do Criador, Mãe do Incriado; como definir, como explicar?  Brademos alto e bom som: Maria é a Mãe de Deus e nossa. É dar crédito e cair de joelhos." (Carlos Mariano, Livro Oriente - 1998)
"Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus, e fogem como se corre do fogo, ao ouvir seu santo Nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível Nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado. Não podem os demônios comparecer nem poder por em jogo suas artimanhas onde veem resplandecer o nome de Maria. Como trovão que ressoa no céu, assim caem derrubados ao ouvirem o nome de Santa Maria. E quanto mais amiúde se profere este nome, e mais fervorosamente se invoca, mais céleres e para mais longe escapam." (Tomás de Kempis)
Fonte: Página Oriente em 2014

Festa do Santo Nome de Maria

O fato de que a Santíssima Virgem leve o nome da Maria é o motivo desta festividade, instituída com o propósito de que os fiéis encomendem a Deus, através da intercessão da Santa Mãe, as necessidades da igreja, agradeçam por seu onipotente amparo e seus inumeráveis benefícios, em especial os que recebem pelas graças e a mediação da Virgem Maria. Pela primeira vez, autorizou-se a celebração desta festa em 1513, na cidade espanhola de Cuenca; daí se estendeu por toda a Espanha e em 1683, o Papa Inocêncio XI a admitiu na igreja do ocidente como uma ação de graças pelo suspensão do sítio a Viena e a derrota dos turcos pelas forças do João Sobieski, rei da Polônia.
Esta comemoração é provavelmente anterior ao ano de 1513, embora não se têm provas concretas sobre isso. Tudo o que podemos dizer é que a grande devoção ao Santo Nome de Jesus, que se deve em parte às pregações de São Bernardino de Siena, abriu naturalmente o caminho para uma comemoração similar do Santo Nome de Maria.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 12/09/2025

ANO C


Lc 6,39-42

Comentário do Evangelho

A importância de viver com humildade


Jesus, inicialmente, utiliza duas comparações para advertir seus discípulos sobre os líderes de Israel. Ele os chama de guias cegos, pois não aceitam a Boa-Nova e não conseguem perceber a discrepância entre o que pregam e o que praticam, tentando se colocar acima do verdadeiro Mestre. Em diversas situações, Jesus denuncia a hipocrisia dos escribas e fariseus, que impunham um rigor excessivo às pessoas, obrigando-as a seguir inúmeras regras e carregando-as com fardos pesados, distorcendo o propósito da Lei, que é a salvação humana.
Para aprofundar a reflexão, Jesus utiliza a imagem do cisco e da trave no olho, alertando contra a pretensão de julgar o irmão sem antes fazer uma análise sincera de si mesmo. É necessário realizar uma avaliação honesta de nossas próprias fraquezas, reconhecendo nossa condição de pecadores. Somente dessa forma, com humildade e misericórdia, seremos capazes de ajudar o próximo de maneira verdadeira e construtiva. O verdadeiro discípulo, ao seguir o Mestre, deve afastar qualquer julgamento hipócrita e vazio, buscando viver um testemunho autêntico, ciente de suas próprias limitações.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-importancia-de-viver-com-humildade/

Comentário do Evangelho

Tira primeiro a trave de teu olho e, então, veras claramente para tirar o cisco do olho de teu irmão


Utilizando-se inicialmente de duas comparações, Jesus adverte os discípulos quanto aos líderes de Israel. São guias cegos por não acolher a Boa-Nova e não olhar o descompasso entre o que dizem e o que fazem. Pretendem estar acima do verdadeiro Mestre. Em muitas ocasiões, Jesus denuncia a hipocrisia dos escribas e dos fariseus, que conduziam as pessoas por uma observância rigorosa de inúmeras prescrições e impunham-lhes fardos pesados, desviando o real papel da Lei, que é a salvação do ser humano. Para aprofundar o tema, é utilizada a imagem da contraposição entre a trave e o cisco no olho. O Mestre adverte a pretensão de alguém se tornar juiz de seu irmão sem um olhar crítico para si mesmo. Devemos ter uma profunda e sincera avaliação de nós mesmos, pois assim somos capazes de reconhecer nossas fragilidades e nossa condição de pecadores. É a condição essencial para ajudarmos a corrigir o próximo sob um olhar de misericórdia. Então, deixando-se guiar pelo Mestre, o verdadeiro discípulo deve excluir qualquer julgamento hipócrita e estéril aos outros e viver um autêntico testemunho consciente de si mesmo.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/tira-primeiro-a-trave-de-teu-olho-e-entao-veras-claramente-para-tirar-o-cisco-do-olho-de-teu-irmao-12092025

Reflexão

Jesus usa uma metáfora para mostrar que o cristão deve estar consciente das suas limitações e pecados antes de querer apontar os defeitos dos outros. Corrigir o próximo é uma ação louvável, mas deve ser consciente e ponderada. Paulo fazia isso com frequência em suas cartas, mas, antes de apontar o que estava errado, dirigia palavras de motivação e recordava aos cristãos que somos apenas instrumentos de Deus e que é Cristo quem deve orientar a comunidade. Ao escrever a Timóteo, Paulo dá graças a Deus pelo dom da sua vocação e por ter sido escolhido por Cristo para ser seu embaixador no mundo. Imitar o Mestre era sua prioridade, pois é trilhando esse caminho que o cristão alcança a santidade e vive em plenitude a fé e a caridade. Imitando o Mestre, deixamos de ser cegos e nos tornamos verdadeiros discípulos, podendo, assim, guiar outros.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/12-sexta-feira-10/

Reflexão

«Todo discípulo bem formado será como o mestre»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, as palavras do Evangelho nos fazem refletir sobre a importância do exemplo e de procurar para os outros uma vida de exemplo. Por tanto, o ditado popular diz que «Pai Exemplo é o melhor predicador», e o outro que diz «vale mais uma imagem do que mil palavras». Não podemos esquecer, que no cristianismo, todos -sem exceção!- somos guias, já que o Batismo nos dá uma participação no sacerdócio (mediação salvadora) de Cristo: por tanto, todos os batizados temos recebido o sacerdócio batismal. E todo sacerdócio, além da missão de santificar e ensinar aos outros, incorpora também o múnus -a tarefa- de encaminhar ou conduzir.
Sim, todos -queiramos ou não- com nosso comportamento, temos a oportunidade de ser modelo estimulante para os que nos rodeiam. Pensemos, por exemplo, na ascendência que os pais têm sobre os filhos, os professores sobre os alunos, as autoridades sobre os cidadãos, etc. O cristão, no entanto, deve ter uma consciência particularmente viva a respeito de tudo isto. Mas... «Pode um cego guiar outro cego?» (Lc 6,39).
Para nós, cristãos, é uma chamada de atenção aquilo que os judeus e as primeiras gerações de cristãos falavam de Jesus Cristo: «Ele fez bem todas as coisas» (Mc 7,37); «O Senhor começou fazer e ensinar» (At 1,1).
Devemos tentar fazer em obras tudo aquilo que cremos e professamos de palavra. Numa ocasião, o Papa Bento XVI, quando ainda era Cardeal Ratzinger, afirmava que «o perigo mais grave, são os cristãos adaptados», portanto, é o caso das pessoas que de palavra se professam católicas, mas na prática, com seu comportamento, não demonstram o radical próprio do Evangelho.
Ser radical, não é ser fanático (já que a caridade é paciente e tolerante) nem exagerado (pois, no amor não é possível exagerar). Como afirmou São João Paulo II, «o Senhor crucificado é um testemunho insuperável de amor paciente e mansa humildade»: não se trata de um fanático nem de um exagerado. Mas é radical até dizer como o centurião que assistiu sua morte «Na verdade, este homem era um justo» (Lc 23,47).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Procurai adquirir as virtudes que julgais faltar aos vossos irmãos, e já não vereis os seus defeitos, porque não os tereis» (Santo Agostinho)

- «A oração e os sacramentos obtêm para nós aquela luz da verdade, graças à qual podemos ser ao mesmo tempo ternos e fortes, usar de doçura e firmeza, calar e falar no tempo certo, repreender e corrigir com justiça» (Bento XVI)

- «Pela caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o ‘vínculo da perfeição’ (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1844)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-09-12

Reflexão

A cegueira “do relativismo”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje “resulta muito atual a descrição que fez são Paulo sobre a “minoria de idade” na fé”: um ser levados à deriva e viver sacudido por qualquer vento de doutrina. Quantos "ventos" conhecemos nestas últimas décadas! Do marxismo ao liberalismo, até a libertinagem; do coletivismo ao individualismo; do ateísmo a um vago misticismo religioso... É a pior das cegueiras, porque ninguém sabe aonde vai, nem aonde ir.
Ter uma fé clara é etiquetado com frequência como fundamentalismo, enquanto que o relativismo —a "cegueira" do pensar segundo "o que se leva"— parece ser a única atitude que está na moda. Vai se constituindo como uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que só deixa como última medida o próprio eu e suas vontades.
—A amizade contigo, Jesus, é nossa "medida": a medida do verdadeiro humanismo. Tua amizade nos dá o critério para discernir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade…
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-09-12

Comentário do Evangelho

Jesus condena a hipocrisia e enfatiza a importância de conhecer o meu coração antes de julgar os outros


Hoje ouvimos a parábola do cego que guia a outro cego… Os dois cairão ao mesmo tempo no mesmo buraco. Muito atual!: vivemos em uma época em que vamos de “corajosos” pela vida, mas bastante escravos das modas (roupas, brinquedos, carros...). Para ser um líder capaz de ajudar aos outros, convém ser “crítico” e exigente com si mesmo.
—«Se você não tem um amigo que o corrija, paga a um inimigo para que o faça».
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-09-12

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Alguém sem amor, que se põe a corrigir seu próximo, é um cego pretendendo guiar outro cego. Só o amor é que nos dá a devida ou divina visão, já para tirar a trave de nossos olhos e assim poder tirar o cisco do olho do próximo. Deus, sim, é quem, de fato, vê, sem nem sequer o mínimo cisco nos olhos, pois é justo, com julgamentos corretos, e a nós, pecadores, nos trata conforme seu amor. Ele nos vê pelos olhos do amor! É o Deus experimentado por Paulo, que cego, “antes blasfemava, perseguia e insultava”, mas que encontrou misericórdia e até confiança a ponto de ser designado pelo mesmo Deus para o serviço de seu Evangelho; para ele “transbordou a graça de nosso Senhor”.
Coleta
Ó DEUS, olhai com bondade os que redimistes e adotastes como filhos e filhas, e concedei aos que creem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=12%2F09%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 12/09/2025

ANO C


Lc 6,39-42

Comentário do Evangelho

Ver o outro com os olhos de misericórdia de Jesus.

Nós não temos acesso, ou muito dificilmente o temos, do lugar original das parábolas contadas por Jesus.
A parábola de nossa perícope de hoje pode se referir às exigências precedentes. Quem é o “guia cego” de que fala a parábola? (v. 39). Parece ser o discípulo que não se submete ao seu Mestre, ou que não vê os outros com os olhos de misericórdia de Jesus; é o que resiste à identificação com o seu Senhor: “... todo discípulo bem formado será como o mestre” (v. 40).
A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e misericórdia: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho?’” (v. 42). A trave não permite enxergar bem; ela distorce ou diminui a visão. A trave no olho equivale à cegueira ou estreiteza de visão e impossibilita a não importa quem se arrogar o direito de ser juiz de seu semelhante.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 13/09/2013

Comentário do Evangelho

Ver os semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus

A parábola que nos é proposta hoje deve ser compreendida à luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície, centrado fundamentalmente sobre a exigência do amor e da misericórdia. O “guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre, e que, por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus; além disso, resiste à identificação com o Senhor. A cegueira é, ainda, um modo de falar da incredulidade. O texto reflete um problema interno à comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A parábola da palha e da trave apela para a necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem, distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses cria uma situação ainda pior. Certamente, a preocupação que o evangelho traduz é a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos próprios limites.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 11/09/2015

Vivendo a Palavra

Viver o discipulado de Jesus é reconhecer que somos limitados e imperfeitos; é procurar nos conscientizarmos que precisamos combater nossos pecados e nos colocarmos a serviço dos companheiros de caminhada como quem quer aprender e não como quem deseja ensinar. É a sabedoria que buscamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

Vivendo a Palavra

Quando somos cegos? Quando buscamos Deus como refúgio para nossos próprios problemas, esquecendo o Deus revelado por Jesus, interessado por uma vida mais digna para todo ser humano. Ser fiel a Deus, experimentado como Pai de todos, não nos exime de responsabilidade: leva-nos a buscar um mundo melhor.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2015

VIVENDO A PALAVRA

Viver o discipulado de Jesus é reconhecer que somos limitados e imperfeitos; é tomar consciência de que precisamos combater nossos pecados e vencer preconceitos, colocando-nos a serviço dos companheiros de caminhada com o desejo de aprender com eles e não com a pretensão de ensinar. É a humilde sabedoria que buscamos, cheios da esperança de alcançá-la.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2019

Reflexão

A nossa vida espiritual deve ser marcada por um constante aprendizado, de modo que sejamos, ao mesmo tempo, evangelizadores e evangelizados, e o crescimento na fé realize-se principalmente na experiência da vida comunitária, na troca de experiência e na valorização de tudo o que os outros podem nos oferecer, sem ficar vendo apenas as dificuldades, os problemas e os erros das pessoas que estão ao nosso lado. Mas tudo isso deve ser iluminado por uma mística: devemos ser dóceis ao Espírito Santo, nos deixar ser conduzidos por ele, já que não somos os donos da verdade e ele é o Espírito da Verdade, que nos conduzirá à plena verdade. Somente agindo assim é que não seremos os cegos que guiam outros cegos, mas sim todos guiados pelo próprio Deus.
Fonte: CNBB em 13/09/2013 e 11/09/2015

Reflexão

Tendência habitual do ser humano é apontar os defeitos alheios. Os fariseus, algumas vezes, foram chamados de cegos por Jesus. Por se acharem melhores que os outros, pensavam ter as credenciais para criticar o próximo. Muitas vezes censuraram o comportamento de Jesus e de seus discípulos. Jesus quer melhorar na vida comunitária o nível do relacionamento humano. Madre Teresa de Calcutá dizia: “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”. Então, sigamos os conselhos do Mestre: ninguém é tão perfeito que tenha condições de remexer a vida dos outros. Cuidado! A ânsia de corrigir um pequeno defeito do próximo pode significar que temos o mesmo defeito em grau bem maior! Olhemos, portanto, nossos irmãos e irmãs com o olhar puro e misericordioso do Pai celeste.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 13/09/2019

Reflexão

Tendência habitual do ser humano é apontar os defeitos alheios. Os fariseus, algumas vezes, foram chamados de cegos por Jesus. Por se acharem melhores que os outros, pensavam ter as credenciais para criticar o próximo. Muitas vezes censuraram o comportamento de Jesus e de seus discípulos. Jesus quer melhorar na vida comunitária o nível do relacionamento humano. Madre Teresa de Calcutá dizia: “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”. Então, sigamos os conselhos do Mestre: ninguém é tão perfeito que tem condições de remexer a vida dos outros. Cuidado! A ânsia de corrigir um pequeno defeito do próximo pode significar que temos o mesmo defeito em grau bem maior! Olhemos, portanto, nossos irmãos e irmãs com o olhar puro e misericordioso do Pai celeste.
Oração
Divino Mestre, com firmeza nos prevines contra os falsos líderes. Mais que visar ao crescimento dos outros, preocupam-se em autopromover-se. Outro perigo é criticar pequenos defeitos alheios, sem antes corrigir os próprios erros. Contigo aprendemos, ó Senhor, que a melhor medida é a misericórdia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 10/09/2021

Meditação

Existe o risco de alguém não saber nada e querer ensinar? - E o que dizer de quem quer se colocar como exemplo? - É fácil reconhecer os próprios erros e defeitos? - Será que estamos dispostos e atentos para aprender? - Você se esforça para conhecer cada vez mais a Palavra de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional e13/09/2013

Meditando o evangelho

CUIDADO COM OS FALSOS LÍDERES

Jesus criticava a postura dos fariseus, mas também se preocupava com a mentalidade corrente entre os seus discípulos. Os fariseus pretendiam ser um exemplo consumado de piedade, só porque davam mostras de ser zelosos no cumprimento da Lei.
Muitos ficavam bem impressionados com o testemunho de fidelidade a Deus, que eles davam. Jesus, porém, não se deixava enganar, pois conhecia a falta de solidez do estilo de vida dos fariseus. Pouca coisa restava além de exibicionismo. Portanto, era loucura deixar-se encantar por um testemunho de vida desse quilate. Seria como se um cego pretendesse ser guiado, com segurança, por outro cego.
Entre os discípulos, difundia-se, também, uma perigosa mentalidade. Havia os que se mostravam severos com o irmão, censurando-lhe as mínimas faltas, sem estarem dispostos a corrigir as próprias faltas pessoais, muito mais graves. Eram hábeis para perceber um cisquinho no olho alheio, mas incapazes de dar-se conta da trave que tinham no próprio olho.
Jesus não podia suportar tal hipocrisia. Para estar em condições de censurar o próximo, era preciso dispor-se a corrigir as próprias faltas. Neste caso, a severidade daria lugar à benevolência, e a impaciência, à compreensão. A atitude de juiz dos pecados alheios seria substituída pela solidariedade com a fraqueza humana.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Espírito de benevolente compreensão, dá-me um coração que saiba solidarizar-se com as fraquezas do próximo, sem cair na tentação de tornar-me seu juiz.
Fonte: Dom Total em 11/09/201513/09/2019 10/09/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Pode um cego guiar outro?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O discípulo não está acima do mestre, mas pode superá-lo. O próprio Jesus disse no Evangelho de João: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço e fará até maiores do que elas”. As obras podem ser maiores, não o discípulo. O mestre será sempre o mestre. O discípulo bem formado poderá ser como ele. Hillel, o grande mestre do judaísmo, dizia que “o aluno tímido que não sabe perguntar não aprende nada, e o mestre irascível ensina mal”, ou “o tímido não aprende, o irascível não pode ensinar”. O discípulo deve saber perguntar, enquanto o mestre verdadeiro será manso e humilde de coração. Assim ouvimos de Jesus, no Evangelho de São Mateus: “Aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas”. O mestre é Jesus e o discípulo sou eu. Qual é a lição de hoje? Ele me ensina a deixar a vida dos outros em paz. A não criticar o irmão por ter um cisco no olho, quando eu mesmo tenho uma trave no meu. Isto é hipocrisia, mas pode não ser se nossa ação for positiva. A correção fraterna será obra de amizade e caridade. Já se disse que “alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos”.
Fonte: NPD Brasil em 13/09/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Roto falando do rasgado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há um ditado ou dístico popular que se aplica perfeitamente bem aos ensinamentos desse evangelho “Não apontes os meus erros com o seu dedo sujo”.
Não é proibido corrigir alguém que cometeu um erro, ao contrário, a correção fraterna é uma das práticas que Jesus recomenda á comunidade. O problema aqui é outro...
É quando a pessoa se insinua ou se apresenta como modelo e referência na comunidade. Claro que ninguém vai dizer aos outros “Olha, siga o meu exemplo, veja como sou bom...”. Mas é a postura que assumimos diante do outro, que nos coloca em evidência.
Principalmente do outro que errou, pecou, e tem uma conduta moral não muito recomendável. O Guia cego relatado no evangelho, é aquele que olha para essa pessoa de cima para baixo, com ares de superioridade, ás vezes até se passando por conselheiro, mas na verdade está dando uma “raspança” no coitado, querendo urgência á sua conversão. É esse o Guia cego que cresce pra cima do outro, colocando em evidência suas “virtudes” diante do erro daquele pecador.
O Evangelho também diz claramente que somente Jesus Cristo é a referência para todos os discípulos, e que nenhum discípulo é superior ao Mestre. Em nossas relações de comunidade, ás vezes até verbalizamos o anúncio de Jesus, quando na verdade estamos anunciando a nós mesmos. Aí é que está o perigo de sermos “Guias Cegos”, com a trave no olho, querendo limpar os olhos do outro.
Quando se fala de Jesus a quem errou, a quem é pecador, basta falar da Misericórdia Divina, do Amor infinito sempre aberto a quem errou, da Paciência e bondade suprema do Pai manifestada em Jesus. Fala-se tudo isso com palavras doces, com um sorriso acolhedor, dando ao outro, coragem para recomeçar e ânimo para retomar a caminhada. Essa pessoa, voltará outras vezes, já com o coração aberto para acolher a Palavra de Deus manifestada em Jesus. Mas quando falamos de nós mesmos, e de como nos convertemos e nos tornamos um cristão exemplar, estamos incorrendo nesse erro grotesco de sermos cego guiando outro cego, fatalmente os dois cairão no buraco…em uma cena cômica e trágica ao mesmo tempo.

2. Pode um cego guiar outro cego? - Lc 6,39-42
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um cego não pode guiar outro cego; o aluno não está acima do mestre. Se quero ser guia de cegos, preciso enxergar bem, se não caímos os dois no buraco. Nietzsche dizia que “alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos”. É um preso soltando outro preso. É alguém capaz de ajudar um outro a superar certas dependências que ele mesmo não supera. Transmito convicções que mantêm alguém firme na prática do bem e perseverante no amor conjugal, por forte que seja a vontade de desistir, e me vejo desistindo. Somos incapazes de muitas coisas, sobretudo de tirar a trave que temos nos olhos. A incapacidade é a verdade da nossa existência. “Kavaná” é uma palavra de grande importância na espiritualidade hebraica. Pode ser traduzida por “intenção”, “propósito”, “motivo”. O propósito da kavaná, explica o rabino Heschel, “é conduzir o coração para Deus, mais do que a língua e os braços”. O encanto está na possibilidade que Deus nos dá de orientar para ele tudo o que queremos realizar, de pôr em tudo uma intenção, kavaná, séria e sincera, mesmo tendo que dizer com o rabino Paulo de Tarso: “Vejo o melhor, experimento, e sigo o que é pior”.
Fonte: NPD Brasil em 10/09/2021

Liturgia comentada

A minha parte da herança... (Salmo 16 [15])
Quando faltaram as forças a Jacó, pressentindo a morte próxima, ele disse a José: “Quanto aos dois filhos que tiveste no Egito, antes de vir para junto de ti, eles serão meus. Efraim e Manassés serão meus como Rúben e Simeão. Os que te nascerem depois deles serão teus e em nome de seus irmãos receberão a herança”. (Gn 48,5-6)
Como se vê, a herança é para os filhos. É um legado que o pai acumulou em sua vida e transfere a seus descendentes. Este miktam (poema) de Davi chega a ser profético quando concentra no próprio Deus a “herança” que lhe cabe. Mas certamente o rei-cantor não podia imaginar que, no futuro, o Filho de Deus nasceria de Mulher para que, nele, o Pai nos adotasse como filhos. Afinal, a herança não é para o escravo da casa...
Cabe aqui uma reflexão? Que é que nós esperamos de Deus, nosso Pai? Saúde para trabalhar? Um bom emprego para o marido? A aprovação do filho no vestibular? Um pé-de-meia para garantir a velhice? Uma vida feliz e tranquila? A morte de nossos inimigos? Ou seremos mais exigentes?
Santo Agostinho comenta: “O Senhor é a porção de minha herança e de meu cálice. Comigo eles possuirão a herança, o próprio Senhor. Outros escolham para sua fruição, porções terrenas e temporais; a porção dos santos é o Senhor, que é eterno. Bebam os outros mortíferos prazeres; a porção de meu cálice é o Senhor”.
No Evangelho de Marcos (10,17), um jovem chega correndo para perguntar a Jesus: “Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” Jesus poderia ter respondido: “Seja filho. Viva como filho e, em consequência, terá direito à herança...”
Tão simples, e complicamos tanto! Se Deus é nosso Pai e nós vivemos como filhos, imersos no amor e praticando a obediência, nada e ninguém poderá impedir que a herança nos seja dada. E mais: ao contrário do que afirmam certas filosofias, não é uma questão de mérito, é uma questão de amor. O pai nos ama e isto o impele a se entregar a nós, à imagem de seu Filho, “que nos amou e se entregou por nós”. (Ef 5,2)
Pregando o Evangelho aos gentios, em uma sociedade marcada pela indiferença dos deuses do Olimpo, Paulo precisou insistir na filiação que brotava da fé: “Sabei, pois: só os que têm fé é que são filhos de Abraão. [...] Assim a bênção de Abraão se estende aos gentios, em Cristo Jesus, e pela fé recebemos o Espírito prometido”. (Gl 3,7.14) E ainda: “A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: ‘Abbá! Pai!’ Portanto, já não és escravo, mas filho, então também herdeiro por Deus”. (Gl 4,6-7)
Orai sem cessar: “Tu és meu Pai, meu Deus!” (Sl 89,27)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 13/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada em 13/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Olhe primeiro para dentro de você

Olhe para a sua vida, repare na tua casa, olhe primeiro para dentro de você.

“Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.” (Lc 6,42)

Meus irmãos, às vezes uma cegueira envolve os nossos olhos, e a pior delas é aquela quando não enxergamos a nós mesmos. Nós enxergamos tanta coisa, mas o essencial não; enxergamos os problemas dos outros, os defeitos, as maldades deles, mas não conseguimos ver os nossos defeitos, os nossos limites, nós não conseguimos enxergar aquilo que em nós está errado.
É terrível, porque quando isso acontece, estamos criticando, estamos vendo defeitos, problemas. Reparamos e falamos da vida dos outros.
É como a história da mulher que sabe e fala dos filhos de todo mundo, está vendo a casa de todo mundo cair e não repara que a dela já caiu há muito tempo.
Olhe para a sua vida, repare na tua casa, olhe primeiro para dentro de você. Não queira corrigir, orientar, direcionar ninguém; quando você não consegue orientar, direcionar nem a sua própria vida. Enxergue-se primeiro!
Peçamos, hoje, ao Senhor que abra os nossos olhos e nos ajude a perceber aquilo que está dentro de nós, que está obscuro. Os nossos defeitos que, muitas vezes, incomoda tantas pessoas; os nossos limites que nós, muitas vezes, não procuramos corrigir; o nosso jeito que desagrada, não une, não faz bem.
Eu quero me enxergar, Senhor, quero me ver; quero olhar para mim e ser conhecido do jeito que sou.
São Luís Grignion de Montfort, com o tratado da verdadeira devoção a Nossa Senhora, diz: “Quando nós conhecermos o fundo sujo e podre que cada um de nós somos, não julgamos mais ninguém. Se nós ainda julgamos, condenamos, é porque ainda não nos conhecemos como deveríamos ser conhecidos”.
Que, hoje, Deus abra os nossos olhos para que enxerguemos do jeito que realmente somos; que Ele abra o nosso interior para que possamos compreender a nossa alma e, assim, sermos lavados pela misericórdia do Senhor e ajudemos os outros a caminhar melhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Aprendamos a ver o próximo com os olhos de Jesus

Saberemos cuidar, amar, julgar menos, condenar de forma nenhuma, mas sermos o elo da misericórdia de Deus para com o nosso próximo!

“Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?” (Lucas 6, 42)

A Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro, é um convite para revisarmos a nossa própria vida, a olharmos para dentro de nós e não cairmos na terrível tentação de viver reparando a vida dos outros sem, contudo, nos determos e repararmos a nossa própria vida.
É preciso chamar atenção que “reparação”, aqui, não significa viver criticando, observando isso ou aquilo. “Reparar” quer dizer corrigir, olhar para si, tomar o caminho e a direção certa para a vida.
Sabe, meus irmãos, temos que, de todas as formas, evitar com toda a força do nosso coração aquelas chamadas ‘reuniões comunitárias’, aqueles encontros que fazem para falar, julgar e comentar a vida dos outros.
Quando olhamos para dentro de nós mesmos percebemos que existem muitas coisas dentro de nós que precisam de conserto, de reparação, de endireitamento.
Quem, de verdade, trabalha para cuidar de si, para reparar sua própria vida não tem tempo para reparar e falar da vida dos outros. Quem gasta seu tempo, sua vida para olhar como está o outro [no sentido negativo da palavra] é porque não tem tempo ou seriedade para olhar e reparar sua própria vida e o seu próprio coração.
Por isso, temos que ter muito cuidado com a chamada ‘cegueira espiritual’, porque ela não atinge só o espírito, acaba, na verdade, sendo uma cegueira moral.
Estamos cheios de coisas dentro de nós que precisam de renovação, de purificação, mas gastamos nossas energias, nossas capacidades, inclusive o nosso próprio tempo, reparando, comentando, nos desgastando com a vida do nosso próximo.
Se alguém pode ajudar alguém, este precisa, primeiro, aprender a enxergar. E saber enxergar quer dizer: saber enxergar a si mesmo, conhecer a si mesmo, reparar em si mesmo, dar conta de si mesmo.
O olho interior não é voltado para as coisas externas; é voltado para dentro de si, é a capacidade de fazer auto-análise, exame de consciência, de admitir que temos essas dificuldades, esses limites e precisamos nos cuidar melhor.
Quando aprendemos a nos cuidar, a nos reendireitar na vida, sabemos ter mais misericórdia, sabemos olhar com outros olhos os limites e dificuldades do outro. Por isso, estamos, muitas vezes, como diz o Evangelho, vendo “cisco” no olho do outro e não somos capazes de enxergar uma trave enorme à nossa frente. É mais do que isso, a trave não está só à nossa frente, está dentro de nós porque tornamo-nos incapazes de nos conhecer.
Que a graça de Deus nos ajude, acima de tudo, a sermos capazes de, a cada dia, nos conhecermos melhor, a repararmos mais as nossas faltas e sermos capazes de dar o melhor de nós e sermos melhores a cada dia. Assim saberemos cuidar, amar, julgar menos, condenar de forma nenhuma, mas sermos o elo da misericórdia de Deus para com o nosso próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/09/2015

HOMILIA DIÁRIA

Quem quer seguir Jesus precisa se enxergar primeiro

“Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita!” (Lucas 6,41-42)

Eu começo com essa afirmação final de Jesus, porque é uma hipocrisia muito grande ver o defeito do outro, o problema e o mal do outro, mas não se enxergar. Muitas vezes, não nos enxergamos, e se enxergamos, é muito mal!
Os nossos olhos se alargam para comentar a vida dos outros, para falar da vida dos outros, para criticar o problema dos outros, para entender que o problema sempre é o outro. A visão diminui e se torna ofuscada quando é para enxergar o que realmente somos, porque temos aquela imagem distorcida, achamos que somos referencial de bondade, de verdade; e se temos defeitos, procuramos amenizá-lo, escondê-lo, não o ver com profundidade.
Gastamos horas, se for preciso, para falar mal do defeito dos outros, para conversar sobre a vida dos outros, mas nos enxergamos muito mal, e aí está o princípio da hipocrisia, aí está aquilo que é mais condenado por Jesus na espiritualidade de quem O segue.
Quem quer seguir Jesus precisa, primeiro, enxergar-se, reparar em si mesmo, porque, se está reclamando da sujeira do outro, mas não está vendo a própria sujeira, não está se purificando.

É uma hipocrisia muito grande ver o defeito do outro, o problema e o mal do outro, mas não se enxergar

A hipocrisia é uma patologia, e das patologias espirituais, ela se torna a mais agravante e preocupante de todas, porque com ela não enxergamos o que precisamos, de verdade, enxergar. Com a hipocrisia, não somos capazes de nos voltar para nós, mas estamos sempre incomodados, chateados e com o pé atrás por causa do outro. E o outro se torna incomodo para nós, torna-se objeto da nossa preocupação, dos nossos pensamentos, daquilo que está em nós.
Quando algo do irmão causa preocupação, eu volto para aquele velho ditado: “Eu coloco minha barba de molho”. Coloco-me no chão em oração e digo: “Senhor, ajuda-me a enxergar, a ver o que não estou vendo, a reparar dentro de mim o que eu preciso consertar”.
A graça que Deus tem me dado é, cada dia mais, tomar consciência dos meus limites, das minhas fraquezas, daquilo que, dentro de mim, não está bem, mas que preciso rever e consertar. Isso faz de mim uma pessoa mais misericordiosa, isso não me permite parar para ficar julgando o pecado das pessoas nem condenando o mundo.
Todo mal que vemos em alguém é para nós uma provocação para nos revermos, para que nos olhemos no espelho não com o retrovisor, mas com a visão da frente que nos permite enxergar do jeito que somos.
Não me conheço como preciso ser conhecido, por isso a graça que peço, todos os dias, é: “Senhor, por favor, ajuda-me a me conhecer mais, a me cuidar mais, a reparar mais em mim os males dessa vida que ainda não reparei”.
Que Deus nos dê a graça de tirar as traves que estão em nós, para sabermos ter mais misericórdia para ver o cisco no olho do próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/09/2019

HOMILIA DIÁRIA

Reparemos primeiro em nossa própria vida

“Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?” (Lucas 6,41)

Não há coisa mais cruel para a nossa vida do que cairmos na hipocrisia, e a hipocrisia é sermos cegos guiando outros cegos, e não só cairmos no buraco, como também levarmos o outro para o buraco.
Como é necessário, a cada dia, purificar o nosso próprio coração. E o que é purificar o coração senão purificar a própria visão interior? A capacidade de nos olharmos e nos vermos, de reconhecermos o que, de fato, somos.
É uma tristeza ficarmos vendo o problema dos outros, o defeito dos outros, os erros dos outros e não nos enxergarmos, não nos apercebermos e não nos voltarmos para o nosso interior, para percebermos que o que queremos mudar no outro não mudamos nem em nós; queremos que o outro seja assim, mas não nos dedicamos para cuidar nem do nosso próprio interior.
Que mal fazemos para a nossa própria vida quando estamos trazendo para todos o erro dos outros, os defeitos das pessoas, quando estamos naquelas práticas da vida cotidiana de comentar e de reparar a vida dos outros.

Que Deus nos liberte de toda a hipocrisia, da forma de olhar a vida, para que olhemos primeiro para o nosso interior

“Hipócrita”, Jesus está dizendo a cada um de nós. Reparemos a nossa vida, olhemos para dentro de nós. Por que estamos olhando o cisco do olho do outro e não percebemos a trave em nosso olho? Porque, na verdade, a trave nos cega, é uma grande ilusão que está à frente do olho, do coração e que não nos permite enxergar a nossa vida como precisa ser enxergada.
Posso corrigir o meu irmão? É claro que posso! Posso ajudar meu irmão? É claro que posso, mas preciso corrigir primeiro a mim mesmo, preciso ver primeiro a mim mesmo, e não é rever com superficialidade, nem corrigir sempre com aquelas desculpas. “Porque sou frágil”; somos sim, mas o grande trabalho interior é primeiro me enxergar, me ver como sou visto, é me olhar no espelho da graça e dizer: “Nossa, quanta coisa em mim para ser vista e mudada”.
Quem conhece a si mesmo vai sempre olhar o outro no espelho e na graça da misericórdia, vai saber tratar o outro, os erros dos outros, o limite dos outros como foi tratado, cuidado e amado pelo próprio Deus.
Que Deus nos liberte de toda a hipocrisia, da forma de olhar a vida, para que olhemos primeiro para o nosso interior para nos corrigir, para sermos melhores para nós e, assim, sermos melhores também para os outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 10/09/2021

Oração Final
Pai Santo, livra-nos da pretensão de saber muitas coisas, de nos tornarmos mestres diante dos irmãos. Faze-nos humildes de coração e abertos para acolher as lições que a Vida nos ensina, capazes de descobrir a tua presença na História através dos sinais dos tempos que vivemos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a quebrar esta casca de egoísmo que nos envolve para que participemos com generosidade e desprendimento da vida dos nossos irmãos, fazendo-nos solidários em suas carências e dificuldades. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, livra-nos da vaidade de saber muitas coisas, de nos colocarmos como mestres diante dos irmãos. Faze-nos humildes de coração e abertos para acolher as lições que a Vida nos ensina; capazes de descobrir a tua Presença em nós, nos irmãos e na História, através dos sinais dos tempos que vivemos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2019