sábado, 3 de setembro de 2022

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

São Gregório Magno - 03 de Setembro




Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.
Gregório (cujo nome significa “vigilante”), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.
São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do “Ora et Labora”.
Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o ‘ideal do pastor’:” O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus.”
Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para “sentar” na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.
São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.
São Gregório Magno, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2021

São Gregório Magno, doutor da Igreja

Papa

Origens

Gregório nasceu em Roma, no ano 540, em uma família patrícia, conhecida como Anici, de grande fé cristã. Ele prestou muitos serviços à Sé Apostólica. Seus pais, Gordiano e Silvia – que a Igreja venera como santa em 3 de novembro – transmitiram-lhes nobres valores evangélicos, mediante seu grande exemplo.

De político a Monge

Após seus estudos de Direito, Gregório empreendeu a carreira política e ocupou o cargo de Prefeito da cidade de Roma. Essa experiência o amadureceu e o levou a ter uma maior visão da cidade, as suas problemáticas e um profundo senso da ordem e da disciplina.
Alguns anos depois, atraído pela vida monacal, decidiu retirar-se da política. Deu seus bens aos pobres e fez da sua vila paterna, no bairro do Celio, um mosteiro dedicado a Santo André. Ali, dedicou-se à oração, ao recolhimento, ao estudo da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja.

Eleito Papa

O Papa Pelágio II nomeou Gregório diácono e o enviou a Constantinopla como seu Representante Apostólico, onde permaneceu seis anos. Além de desempenhar as funções diplomáticas que o Pontífice lhe havia confiado, continuou a viver como monge com outros religiosos.
Convocado novamente a Roma, voltou ao Celio. Com a morte do Papa Pelágio II, no ano 590, foi eleito seu Sucessor.

Auxílio e consagração a São Miguel

Gregório teve que enfrentar um período difícil: corrupção dos Lombardos; abundantes chuvas e inundações, que provocaram numerosas vítimas e grandes prejuízos. A escassez atingiu diversas regiões da Itália; a epidemia da peste, que continuava a causar vítimas.
Então, Gregório exortou os fiéis a fazer penitência, rezar e tomar parte de uma solene procissão penitencial de três dias à Basílica de Santa Maria Maior ao atravessarem a ponte que liga a área do Vaticano ao centro da cidade, hoje chamada Ponte Santo Anjo. São Gregório Magno e a multidão tiveram a visão do arcanjo Miguel sobre a “Mole Adriana”, que foi interpretada como sinal celeste, que anunciava o fim da epidemia. Daqui, o costume de chamar o antigo mausoléu de Castelo Santo Anjo.

Atuação em Roma

Ocupando a Cátedra de Pedro, Gregório reorganizou a administração pontifícia e cuidou da Cúria Romana, onde tantos eclesiásticos e leigos tinham interesses bem diferentes daqueles espirituais e caritativos.
Assim, confiou a sua direção aos monges beneditinos. Reviu ainda as atividades eclesiásticas nas várias sedes episcopais, estabelecendo que os bens da Igreja fossem utilizados para a própria subsistência e em prol da obra evangelizadora no mundo. Tais bens deviam ser administrados com absoluta retidão, justiça e misericórdia.
Gregório ofereceu seus próprios bens e testamento à Igreja para ajudar os fiéis; comprou e distribuiu-lhes trigo; socorreu os necessitados; sustentou os sacerdotes, monges e claustrais em dificuldade; arcou com resgastes de prisioneiros; trabalhou por armistícios e tréguas.
Deve-se a ele também as táticas políticas para salvar Roma – esquecida pelos imperadores – e os tratados com os Lombardos para assegurar a paz na Itália central; estabeleceu relações de fraternidade com eles e se preocupou pela sua conversão; enfim, organizou missões de evangelização entre os Visigodos da Espanha, os Francos e os Saxões.
Enviou à Bretanha o prior do convento de Santo André no Celio, Agostinho – que depois se tornou Bispo de Cantuária – e quarenta monges.

Reforma Litúrgica e Regras Pastorais

O Papa Gregório I reformou ainda a celebração da Missa, tornando-a mais simples; promoveu o canto litúrgico, que recebeu o nome de gregoriano, e escreveu diversas obras.
Seu epistolário conta mais de 880 cartas e muitas homilias. Algumas de suas obras famosas: “Magna Moralia in Iob” (comentário moral sobre o livro de Jó), onde afirma que o ideal moral consiste em uma harmoniosa integração entre palavra e ação, pensamento e compromisso, oração e dedicação aos próprios deveres; “Regula Pastoralis”, que traça a figura de um Bispo ideal, insistindo sobre o dever do pastor de reconhecer, todos os dias, a sua miséria, e, por fim, dedica o último capítulo ao tema da humildade. Para demonstrar que a santidade é sempre possível, Gregório redigiu o livro intitulado Diálogos, um texto hagiográfico, onde cita exemplos, deixados por homens e mulheres, canonizados ou não, acompanhados de reflexões teológicas e místicas. Muito conhecido é seu “segundo livro” sobre São Bento de Núrsia.

Páscoa

Poder-se dizer que Gregório Magno tenha sido o primeiro Papa a utilizar o poder temporal da Igreja, sem deixar de lado o aspecto espiritual do seu ofício.
No entanto, permaneceu sempre um homem simples, tanto que, nas suas Cartas oficiais, se define “Servus servorum Dei” (“Servo dos servos de Deus”), um apelativo que os Pontífices mantiveram no tempo. São Gregório Magno morreu em 12 de março de 604 e foi sepultado na Basílica de São Pedro.

Minha oração

“São Magno, grande Papa e Doutor da Igreja, ao mesmo tempo homem simples e de grande espiritualidade, ensinai aos líderes de todas as áreas da vida a seguirem o  exemplo de Cristo, servo de todos e em tudo humilde.  Também, faça de nós seus imitadores. Amém!”

São Gregório Magno, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 3 de setembro

Comemoração de Santa Febe, serva do Senhor entre os fiéis de Cêncreas, na atual Grécia, que auxiliou muito São Paulo, como ele confirma na Epístola aos Romanos.
- Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Basilissa, virgem e mártir. († s. IV)
- Em Córdova, na Hispânia Bética, São Sandálio, mártir. († s. IV)
- Em Toul, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Mansueto, primeiro bispo desta cidade. († s. IV)
- No monte Titano, próximo de Rímini, no território que hoje na península itálica tem o seu nome, São Marino, diácono e anacoreta. († s. IV/V)
- Na Irlanda, São Macanísio, bispo. († 514)
- Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Auxano, bispo. († c. 589)
- Em Montesárquio, na Campânia, também na Itália, São Vitaliano, bispo. († s. VII/VIII)
- No mosteiro de Stavelot, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Rimágilo, bispo e abade, que, depois de ter vivido no mosteiro de Solignac, fundou os mosteiros de Stavelot e de Malmedy, no ermo da floresta das Ardenas. († c. 671-679)
- Na ilha de Lérins, na Provença, atualmente na França, Santo Aigulfo, abade, e companheiros monges, que, segundo a tradição, sofreram o martírio numa incursão dos Sarracenos. († c. 675)
- Em Séez, na Nêustria, também na atual França, São Crodogango ou Crodegango, bispo e mártir. († s. VIII)
- No território de Astino, na Lombardia, região da Itália, o Beato Guala, bispo de Bréscia, da Ordem dos Pregadores, que, no tempo do imperador Frederico II, trabalhou com muito empenho e prudência pela paz da Igreja e da sociedade civil e finalmente foi condenado ao exílio. († 1244)
- Em Nagasaki, no Japão, os beatos Bartolomeu Gutiérrez, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, e cinco companheiros, mártires, que, em ódio à fé cristã, foram imersos em águas sulfúrias a ferver e depois lançados ao fogo. († 1632)
- Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Brígida de Jesus Morello, que, ficando viúva, se consagrou ao Senhor, dedicando-se à penitência e a muitas obras de caridade e, para a formação cristã da juventude feminina, fundou a Congregação das Irmãs Ursulinas de Maria Imaculada. († 1679)
- Em Paris, na França, a paixão dos beatos André Abel Alricy, presbítero, e setenta e um companheiros, mártires, entre os quais muitos presbíteros, que, depois da chacina do dia anterior, foram recluídos no Seminário de São Firmino e por fim assassinados em ódio à Igreja. († 1792)
- Também em Paris, no mesmo dia e ano, os beatos mártires João Baptista Bottex, Miguel Maria Francisco de la Gardette e Francisco Jacinto le Livec de Trésurin, que, durante a mesma perseguição, morreram por Cristo no cárcere “La Force”. († 1792)
- Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos João Pak Hu-jae e cinco companheiras, mártires, que, levados ao tribunal por serem cristãos, suportaram cruéis suplícios e por fim foram degolados. († 1839)

Fonte:
Martirológio Romano
- Vatican.news
- Santiebeati.it

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição:  Melody de Paulo

São Gregório Magno

São Grerio Magno
Papa
540-604

Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.
Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.
Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.
Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.
Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.
Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.
Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.
Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
Fonte: Paulinas e Catolicanet em 2014

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja

O Papa Gregório I, com mais justiça chamado "Magno", foi o primeiro Pontífice que foi monge e subiu à cadeira apostólica quando a Itália se achava em uma condição deplorável como conseqüência das lutas entre os ostrogodos e o imperador Justiniano, que terminaram com a derrota e morte de Totila, no ano 562.
Embora São Gregório cumpria fiel e honrosamente suas funções como prefeito, há muito tempo se sentia chamado a uma vocação superior, até que por fim resolveu se afastar do mundo e consagrar-se ao serviço de Deus, sendo ordenado sétimo diácono da Igreja Romana e enviado como embaixador na corte bizantina. A princípios do ano 586, depois de voltar para Roma, converteu-se em abade do mosteiro de Santo André.
No ano 590, uma terrível epidemia arrebatou a vida o Papa Pelágio e o povo escolheu Gregório como novo Pontífice. Do momento em que assumiu o cargo de Papa, impôs-se o duplo dever de catequizar e cumprir com a disciplina; proibiu o pagamento injusto de primas por enterros em Igrejas, por ordenações ou por conferir o pálio e não permitiu aos diáconos dirigir a parte cantada da missa a menos que fossem escolhidos por suas vozes mais que por seu caráter. Também destacou como pregador escolhendo temas do Evangelho do dia e, até nós chegou algumas de suas homilias, cheias de eloqüência e senso comum, terminadas com um ensino moral que podia adaptar-se a cada caso. Foi um excelente administrador da Sede Pontifícia pois todos os súditos estavam contentes com o que lhes cabia na distribuição de bens e ainda entrava dinheiro à tesouraria.
De todo seu trabalho religioso no ocidente, a conversão da Inglaterra e o êxito que coroou seus esforços encaminhados para esta direção foi para ele, o maior triunfo de sua vida.
Reconhece a São Gregório a compilação do Antiphonario, a revisão e reestruturação do sistema de música sacra, a fundação da famosa Schola Cantorum de Roma e a composição de vários hinos muito conhecidos. Mas sua verdadeira obra se projeta em outras direções. É venerado como o quarto Doutor da Igreja Latina, por ter dado uma clara expressão a certas doutrinas religiosas que ainda não tinham sido bem definidas e possivelmente seu maior trabalho foi o fortalecimento da Sede Romana.

São Gregório Magno

NascimentoNo ano 540
Local nascimentoRoma
OrdemPapa e Doutor
Local vidaRoma
EspiritualidadeDe família nobre, ainda muito jovem foi primeiro ministro do governo de Roma. Grande admirador de São Bento, investiu tudo o que possuía na construção e manutenção de mosteiros. Porém, pouco tempo pode visitar os mosteiros porque o papa Pelágio o enviou como Núncio apostólico em Constantinopla onde permaneceu até o ano 585. No ano 590 foi eleito Papa até 604 e foi um dos maiores papas que a Igreja já teve. Consideravam-no modelo perfeito de como se governa a Igreja, portador de todas as qualidades de um homem de governo, com seu senso de dever, medida e dignidade. Entre muitas outras realizações, Gregório reformou o Clero, a liturgia romana, empenhou-se pela conversão da Inglaterra, fundou uma escola de canto sacro que influenciou toda a Europa, nela propagando o que ficou sendo conhecido como Canto Gregoriano. Combateu eficazmente as muitas heresias que grassavam na Europa, na África e no Oriente; combateu com firmeza a prepotência do patriarca de Constantinopla, o qual, apoiado pelo imperador bizantino, contestava o Primado de Roma. Com pouca saúde em seus 14 anos de seu pontificado, não abandonou porém, os estudos teológicos e místicos, e escreveu diversas obras de espiritualidade que tiveram e ainda têm grande influência. Encontramos 848 de suas cartas, e muitas de suas homilias. Grande influência exerceram seus escritos: Vida de São Bento e Regra Pastoral, ainda hoje muito requisitado. É considerado o último dos Papas do antigo Império Romano e o primeiro dos Papas medievais. Enfrentou a peste e a fome em Roma, bem como a devastação produzida pelos invasores Lombardos que assediaram a cidade e só foram contidos graças à diplomacia do Pontífice.
Local morteRoma
Morte12 de março de 604
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoDos anglos outrora apóstolo, dos anjos agora irmãos, à grei que a Igreja congrega estende, Gregório, a mão. Calcando riqueza e glória, do mundo o falso esplendor, tu, pobre, seguiste o Pobre de toda a terra Senhor. Supremo Pastor, o Cristo, confia-te a sua grei: de Pedro recebe o cargo quem segue, de Pedro, a lei. Da Bíblia com seus mistérios descobres a solução: a própria Verdade te ergue à luz da contemplação. De todos os servos, servo, da Igreja papa e doutor, não deixeis os que te seguem nas garras do tentador. Por ti os mais belos cânticos puderam vir até nós; em honra ao Deus uno e trino, ergamos, juntos, a voz.
DevoçãoCombate as heresias, à conversão dos pagão e a São Bento.
PadroeiroDos Monges
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Sândalo, Basilisa, Serápia, Eufêmia, Dorotéia, Tecla, Erasm (vgs); Aristeu (bispo); Antonino, Aigulfo (ab.); Zenão, Caritão (Márts); Mansueto, Auxano (bispo); Simeão, Estilita o jovem, Ildelita (ab.); Febe e Teotisto (monge).
Fonte: ASJ em 2014

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 03/09/2022

ANO C


Lc 6,1-5

Comentário do Evangelho

O poder de dar e proteger a vida.

Uma vez mais o descanso sabático está no centro da controvérsia. Os fariseus, pelos dados que o Novo Testamento nos oferece, se tornaram legalistas: trata-se, pura e simplesmente, de cumprir um a um os preceitos da Lei. É bastante provável que o sentido da Lei tenha ficado esquecido, como ficou esquecido o amor de Deus que permanece velado atrás da letra da Lei. A pergunta de alguns dentre os fariseus é esta: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” (v. 2). Segundo Jesus, no dia de sábado é exigido fazer o bem e salvar a vida (vv. 8-9). Jesus responde recorrendo a um episódio de Davi (1Sm 21,1-10). O que justificou a atitude de Davi foi a fome e a necessidade de manterem a vida em boas condições (cf. Lc 6,3-4). O exemplo de Davi ilustra a argumentação de Jesus contra os fariseus e em favor dos discípulos. “O Filho do Homem é Senhor também do sábado” (v. 5), isto é, o sábado, dia de se lembrar da misericórdia de Deus, é tempo privilegiado da manifestação do seu poder, poder de dar e proteger a vida, poder de libertar da escravidão do mal.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 07/09/2013

Comentário do Evangelho

O sábado ponto de controvérsia.

O descanso sabático está no centro da controvérsia de Jesus com os fariseus. O que predominam, segundo os evangelhos, na visão dos fariseus sobre o sábado, são as interdições. Fica esquecida a finalidade primeira do sábado: recordando o dom da vida e de toda criação e os sofrimentos da escravidão do Egito, da qual o povo foi libertado por Deus, deviam imitar a misericórdia de Deus (Lc 13,15-16). Diante do rigorismo legalista, a concepção do sábado como dom de Deus (Ex 16,29), para fazer a memória do dom da vida e da liberdade, praticamente desaparece. Para os fariseus, arrancar espigas para comê-las, no dia de sábado, era transgredir o descanso sabático. No entanto, a Torá permite a colheita de espigas contanto que não se utilize a foice (Dt 23,36). À objeção dos fariseus, Jesus responde recorrendo ao exemplo de Davi (1Sm 21,1-10). A fome e a necessidade de manterem a vida em boas condições justificaram a atitude do monarca. O exemplo de Davi é um exemplo de peso que justifica e ilustra a defesa que Jesus faz da atitude dos seus discípulos. No novo tempo da presença do Senhor que assumiu a nossa humanidade, o sábado é tempo privilegiado de manifestação do seu poder salvador.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.
Fonte: Paulinas em 06/09/2014

Vivendo a Palavra

É suave o jugo e leve o peso do fardo que Jesus entregava aos seus discípulos. Assim também deve ser a vida proposta pela Igreja aos seus fieis: ultrapassar a letra morta das prescrições, amando os irmãos que estão ao nosso lado e cuidando da natureza que nos foi emprestada pelo Criador e Nosso Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os fariseus apanham Jesus em outra ‘transgressão’ à Lei – Ele permitia que seus seguidores violassem o preceito sabático, arrancando e saboreando espigas de trigo! Seus corações de pedra não haviam sido substituídos por corações de carne, que sejam capazes de compreender que nosso Pai deseja misericórdia e não sacrifícios.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/09/2020

Reflexão

É muito fácil a gente ver o que as pessoas estão fazendo e, a partir da aparência dos seus atos e de princípios previamente estabelecidos, emitir os nossos juízos e opiniões. O Evangelho de hoje mostra para nós os erros que podemos incorrer com este tipo de comportamento. Podemos fazer com que Deus se torne o grande opressor da humanidade, porque é um grande ditador e está à espera para punir a todos os que lhe desobedecem e não um Pai amoroso e podemos também deixar de olhar a realidade das pessoas e as suas motivações, que podem modificar profundamente a nossa opinião a respeito delas.
Fonte: CNBB em 07/09/201306/09/2014 e 03/09/2016

Reflexão

Na Antiga Aliança, o sábado era reservado ao culto religioso e ao descanso; ninguém estava autorizado a trabalhar. Nem mesmo os animais (cf. Ex 20,8-11; Dt 5,12-15). Jesus não falta com o respeito ao sábado. É que ele põe o ser humano acima das prescrições sabáticas. Assim, ele liberta da doença algumas pessoas, em dia de sábado. Neste episódio, os fariseus confundem colheita da produção agrícola com o simples catar algumas espigas para matar a fome (necessidade urgente e inadiável). Jesus corrige a mentalidade dos fariseus dizendo que eles desconhecem as Escrituras, que eles tanto prezam e citam: “Vocês nunca leram o que fez Davi quando estava com fome?”. Jesus é maior do que Davi, que eles muito admiram e valorizam: “O Filho do Homem é Senhor do sábado”.
Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, os fariseus fazem tempestade num copo d’água: acusam teus discípulos como se tivessem cometido grave escândalo. Apenas debulhavam espigas para matar a fome, em dia de sábado. Citando as Escrituras, argumentas que as leis foram criadas para favorecer a vida humana. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 05/09/2020

Reflexão

A lei do sábado, com o passar do tempo, tornou-se instrumento de opressão. Havia um tipo de tradição rígida, encabeçada por um grupo chamado fariseu, especialista em exigir dos outros o cumprimento de 613 preceitos. Com tanta lei assim, a vida ficava impossível de ser sentida. A liberdade com a qual Deus dotou o homem tornava-o refém de um emaranhado de práticas vazias. A comunidade dos discípulos de Jesus é chamada a viver na sua profundidade, sem a necessidade de se enrolar em falsos preceitos, inventados unicamente para satisfazer formalidades. O seguidor de Jesus vai ao essencial, naquilo que toca a existência e a enche de significado. Jesus é o sentido.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Em que consiste seu repouso dominical? - Coloca realmente Deus no centro de tudo? - Será que nossa sociedade se preocupa com o tempo de descanso e tempo também para se dedicar a Deus? - Você considera realmente um dia santo e domingo como oportunidade de dedicar mais tempo a Deus, à Igreja? - É possível repousar e testemunhar sua fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 06/09/2014

Comentário do Evangelho

O SENHOR DO SÁBADO

Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor.
Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via nele motivos para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação.
Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas.
Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei e dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: sua condição de Filho de Deus.

Oração
Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 06/09/2014

Meditando o evangelho

UMA LEI COMPLICADA

A Lei do repouso sabático tornava-se cada vez mais complicada na medida em que  havia o perigo de não ser respeitada. A partir do cativeiro babilônico, quando os judeus correram o risco de perder a sua identidade de povo eleito, os mestres procuraram acrescentar à Lei do sábado prescrições cada vez mais rígidas e minuciosas. Essas regras foram posteriormente recolhidas e organizadas em forma de tratado, ao qual se deu o nome de Shabbat. Foi o mais longo e o mais importante de todos os tratados da literatura rabínica. Para ser fiel ao mandamento, era preciso assimilar tudo quanto aí era prescrito.
No episódio referido pelo Evangelho, os fariseus queriam enredar Jesus num casuísmo legal. O fato de os discípulos, em dia de sábado, terem apanhado espigas de trigo para comer, não lhes podia ser imputado como roubo. Segundo eles, os discípulos tinham infringido a norma que proibia a preparação de alimentos em dia de sábado. Esta preparação supunha a colheita e a debulha do trigo. Daí serem estas ações também proibidas.
A atitude de Jesus pôs abaixo este rigorismo perfeccionista, procurando abrir a mentalidade dos discípulos para o bom senso e a verdadeira fidelidade a Deus. O bom senso aconselhava-os a não passar fome, quando tinham comida à disposição. Sendo assim, a Lei da sobrevivência mostrava-se ser mais fundamental que a Lei do repouso sabático. Esta só seria válida quando não entrasse em conflito com aquela. O mesmo seria necessário dizer de todos os demais mandamentos.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.
Fonte: Dom Total em 03/09/2016 e 05/09/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Lei e a Necessidade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Alimentar-se quanto se está com fome é uma das necessidades básicas e essenciais de qualquer ser humano e por isso, “passar fome” é uma expressão que nem deveria fazer parte do nosso vocabulário pois é um pecado contra a vida. A falta de alimentação traz a desnutrição e consequentemente á morte, se a pessoa não se alimentar.
Jesus era um pregador itinerante e seus discípulos o acompanhavam, ás vezes aparecia as almas generosas que lhe ofereciam um lanche ou uma refeição mais caprichada, mas naquele dia de sábado, em que o Judeu guardava o preceito sabático, não tiveram essa acolhida pois as pessoas preparavam as refeições na véspera e não podiam prever que no sábado aparecia os doze e mais o Mestre para uma refeição extra. Não se sabe de que distância eles vinham caminhando, mas o texto mostra que a “fome” bateu e a turma nem quis saber de quem era aquela roça de milho, foram apanhando as espigas, ali mesmo debulhando-as e “mandando para dentro”, certamente Jesus também comeu algumas pois tinha fome como qualquer outro.
Foi quando de repente apareceram os chatos dos Fariseus para acabar com a alegria do grupo, e já vieram de dedo em riste, para fazer a acusação. E como sempre sobrou para o Mestre, a acusação de que seus discípulos não guardavam o sábado pois estavam acintosamente trabalhando (colhendo espigas de milho) pois o problema não era eles estarem se alimentando, mas sim de estarem trabalhando, o que era rigorosamente proibido em dia de sábado.
Jesus então usa de uma estratégia inteligente, Davi era um nome de peso para eles, uma pessoa de referência, fiel, zeloso das coisas do Deus da Aliança, enfim, alguém intocável. Jesus os lembra que Davi e seus companheiros tiveram fome em um combate, e ao entrarem no templo, comeram os pães da proposição (seria em nossos dias a Hóstia do Padre, que é intocável) a comparação é apenas no sentido, pois uma Hóstia não mata a fome física de ninguém. Mas no caso de Davi eram pães, e de bom tamanho, que ele comeu e deu a turma toda.
E diante da mudez dos tais Fariseus, que não sabiam o que responder, Jesus deu o golpe de misericórdia: “O Filho do Homem é Senhor também no Sábado”, ou seja, a Vida acima de qualquer norma ou lei, mesmo que seja religiosa. É bom pensarmos se em nossas comunidades, nas pastorais e movimentos, a gente muitas vezes não coloca normas e norminhas, mil regrinhas, acima do bem e da Vida das pessoas. Qualquer Lei que não tenha no centro a defesa e a preservação da Vida, não é Cristã!

2. O Filho do Homem é Senhor também do sábado - Lc 6,1-5
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Era sábado. O evangelista relata o que aconteceu para ensinar aos cristãos provenientes do judaísmo como se comportar em relação ao sábado. Passando por um trigal, os discípulos arrancavam espigas e comiam. Ora, sábado é o dia de Deus e deve ser observado segundo o que Deus quer. Parece, porém, que os homens, com suas leis, seus princípios, suas tradições e suas interpretações, acabaram desvirtuando o que Deus queria. Para Deus, o ser humano vem sempre em primeiro lugar e tudo existe para o bem daqueles que ele criou e pelos quais seu Filho Jesus entregou a própria vida. Sagrado para Deus é o ser humano. O sábado é dia sagrado porque nele o ser humano glorifica a Deus. A melhor maneira de glorificar a Deus é a prática do amor fraterno. As observâncias do dia sagrado não podem impedir que, quem tem fome, coma. O sábado foi feito em primeiro lugar para o descanso do ser humano. Esse descanso, porém, não pode se tornar um tormento de observâncias. A intensão de proteger a Lei é boa, mas pode acabar sufocando as pessoas e impedindo que elas façam o bem no dia de Deus, por ser o dia de Deus. Ainda aos gálatas, Paulo diz: “Vocês observam cuidadosamente dias, meses, estações, anos! Receio ter-me cansado em vão por vocês”.
Fonte: NPD Brasil em 05/09/2020

Liturgia comentada

Insurgiram-se contra mim... (Sl 54 [53])
Arrogantes, violentos, os inimigos da Igreja procuram a ruína do povo de Deus, da mesma forma que o Rei Saul tentava eliminar Davi, alvo de seu ódio e seu ciúme.
A introdução deste Salmo registra que o poema-oração foi composto por Davi quando se refugiara entre os zifeus (cf. 1Sm 23), os quais informaram Saul de sua presença. Trata-se de uma dessas situações em que tudo parece perdido e só nos resta a proteção divina. Assim se sentiu a Igreja de Cristo em diferentes épocas e lugares, escolhida como alvo de poderosos inimigos.
Como explicar esse ódio que escorre ao longo dos séculos, desde a pregação dos primeiros apóstolos, quando judeus e pagãos rangiam os dentes, apanhavam pedras ou arrastavam os cristãos até seus tribunais? Afinal, a pregação da Igreja não era, em síntese, o anúncio de uma Boa Notícia para todos? Ora, o anúncio é uma denúncia. A proposta do bem traz o mal ao sol. A luz combate as trevas. Quem defende a vida ofende os mercadores da morte. Daí a reação violenta contra o Evangelho de Cristo.
Exemplo desse “incômodo” causado pela evangelização verificou-se ainda no Império Romano, quando se prestava um culto de adoração ao imperador. O anúncio do Senhorio de Cristo reduzia César a um homem comum, diante de quem o cristão jamais dobraria os joelhos. Sua religião era considerada uma irreligião; sua piedade, uma impiedade.
Ao longo da história, muitos regimes autocratas tentaram impor a ferro e fogo o seu poder sobre as populações. O regime nazista de Hitler encontrou nos cristãos fiéis uma barreira para seus projetos de dominação, que incluíam a eliminação de minorias raciais, deficientes físicos e mentais, supressão da liberdade de pensamento e de expressão, entre outras manifestações de loucura.
Ora, o Evangelho revela a dignidade do homem, criado à imagem e semelhança de Deus. Esta doutrina era incompatível com os dogmas do nazismo ateu. Daí as perseguições, o fechamento das editoras e escolas católicas e o martírio de numerosos cristãos de diferentes denominações. O governo de inspiração maçônica que assolou o México nos anos 30 seguiria a mesma cartilha, assassinando centenas de padres e religiosas.
Hoje, a Igreja continua sendo o alvo daqueles que se insurgem contra sua mensagem. A Igreja defende a família, vê o matrimônio como uma aliança sagrada entre homem e mulher, defende os fetos e embriões como pessoas com direitos, recusa que o homem seja tratado como matéria-prima ou mão-de-obra escrava. Por isso mesmo, continuará perseguida...
Orai sem cessar: “Por amor de Sião, eu não me calarei!” (Is 62,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 07/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária em 07/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Oremos pelo nosso Brasil

Oremos pelo nosso Brasil, oremos pelos nossos governantes, para que o Senhor nos dê um país mais justo e solidário.

A carta de São Paulo aos Colossenses, no capítulo primeiro, versículo 23 diz: “Mas é necessário que permaneçais inabalável e firmes na fé, sem vos afastardes da esperança que vos dá o Evangelho”.
Hoje, somos convidados pela Palavra de Deus a permanecermos inabaláveis, firmes, confiantes, sem perder a esperança nem a direção. É necessário que permaneçamos no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos foi anunciado.
Nós recebemos essa Palavra como salvação para a nossa vida, como resgate para a nossa condição de pecadores e fracos que somos sem a presença de Deus.
Não podemos negar que, muitas vezes, o barco da nossa vida balança e a tentação que nós temos é de pensar que vamos naufragar. O desânimo bate à nossa porta, o cansaço vem nos visitar. Nós estamos clamando por socorro, por ajuda, estamos clamando pela misericórdia e pela assistência de Deus em nossa vida.
A Palavra de Deus é para que nós não desanimemos se, de alguma forma, o desânimo nos visitar, o cansaço bater à nossa porta e tivermos vontade de jogar tudo para cima. O Senhor, hoje, quer firmar a nossa fé, Ele quer que permaneçamos confiantes, de uma forma inabalável, n’Ele e na Sua palavra.
Que nós nos levantemos de todo o espírito de desânimo e cansaço que esteja nos atormentando; que voltemos para o Senhor a nossa confiança. Olhamos para aquele que venceu a morte, o Senhor da nossa vida.
Queria também, no dia de hoje, convidar você a orar pela nossa pátria, pelo nosso Brasil. Nós brasileiros somos, muitas vezes, tentados a desanimar diante de tantas circunstâncias e momentos difíceis pelos quais passamos como crise econômica, crise política, crise de valores… Mas não podemos desistir da nossa pátria, não podemos deixar de construí-la, ainda que nossa pátria definitiva seja o céu.
O país que nós moramos se chama “pátria amada Brasil”.
No dia da Independência, que Deus dê a soberania ao nosso país, que Ele dê liberdade àqueles que ainda não a experimentaram.
Oremos pela nossa pátria, oremos pelos nossos governantes, para que o Senhor nos dê um país mais justo e solidário.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é o Senhor do tempo e de tudo o que há

Quando dizemos que Jesus é o Senhor do sábado e do domingo, nós queremos dizer que Ele é o Senhor do tempo e da vida, de qualquer dia e lei.

E Jesus acrescentou: ‘O Filho do Homem é senhor também do sábado’” (Lucas 6, 5).

Nesta passagem bíblica, os judeus estão, mais uma vez, tendo dificuldade com Jesus por entenderem que o Mestre, muitas vezes, parece violar o sábado. O sábado e o templo são coisas muito sagradas para a mentalidade e para a religião judaica. Jesus não veio nem para desprezar o templo nem para desprezar o sábado. Ele veio para mostrar que Ele é o Senhor tanto do templo como do sábado e que o homem não foi feito para o sábado, mas sim o sábado para o homem.
Nós estamos falando de um dia da semana, o sábado, para nós, pode parecer um dia comum, mas, na verdade, é o dia sagrado para a religião primitiva dos judeus; assim como é para nós o domingo o dia do Senhor por causa da ressurreição d’Ele. É que nós não nos prendemos à questão do dia da semana, mas sim à questão da observância da Lei de Deus.
Quando dizemos que Jesus é o Senhor do sábado, nós queremos dizer que Ele é o Senhor de qualquer lei, que Ele é o Senhor da vida, que Ele é o Senhor do templo, é o Senhor da nossa fé. Ele é o enviado do Pai e está acima de qualquer preceito e de qualquer lei e é Ele quem, na verdade, nos ensina a interpretar a Lei de Deus como ela deve ser interpretada e vivida no Espírito do próprio Deus, porque, senão, as leis se tornam meramente humanas; preceitos se tornam apenas letras, e as pessoas param nas letras e não absorvem o espírito delas.
Não se trata de desrespeitar o dia do Senhor, mas o que não podemos é virar escravos da lei do sábado nem de lei nenhuma! Chama-nos a atenção para a necessidade de que todos nós temos de guardar o domingo, o dia sagrado para todos nós cristãos. Porém, nós não podemos cair no extremo – o deles é de relaxar, esquecer que domingo é o dia do Senhor e o viver de qualquer jeito, trabalhando, cuidando de suas coisas e não vivem o domingo como o dia do preceito, como um dia sagrado, como o dia de descansarmos em Deus e d’Ele ser o descanso para nós; de vivermos a convivência familiar com tudo aquilo que precisamos viver.
Por outro lado, nós também corremos o risco de ser escravos do dia do Senhor se, nesse dia, não termos tempo para acolher o necessitado, ajudar a quem precisa, prestar um auxílio a quem necessita de nossa ajuda, e assim por diante. Guardar a Lei de Deus é viver o espírito dela; no dia do Senhor vivemos para o Senhor e permitimos que Ele conduza os nossos passos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

O amor de Deus está acima de qualquer lei

A verdadeira religião não é a da lei, porque a religião que salva, liberta, restaura, cura e renova é o amor

“E Jesus acrescentou: ‘O Filho do Homem é senhor também do sábado’” (Lucas 6, 5).

Amados irmãos e irmãs, os antigos da lei primitiva, da lei judaica, observavam muito ao pé da letra o que a lei prescreve, sobretudo, no que diz respeito ao sábado, um dia sagrado. Para eles, no dia que o Senhor descansou, também devemos descansar, não devemos fazer nada e ter toda atenção para não transgredir esse dia. Acaba, então, que a lei, por si só, torna-se uma obsessão, porque a pessoa só olha para a letra e não observa o espírito dela; a pessoa, infelizmente, tem uma mentalidade fechada e reduzida na compreensão da verdade.
A questão não é simplesmente observar o sábado, mas é observar o sábado no Espírito do Senhor. E se alguém precisasse de uma ajuda? Se alguém estivesse passando por dificuldades? “Não se pode fazer nada por essa pessoa, porque hoje é sábado e esse dia não se pode ser transgredido por nada neste mundo”.
Segundo a lei judaica, o sábado tem de ser guardado; para nós, devemos guardar o domingo, dia do Senhor. Mas qualquer lei divina precisa ser vivida no espírito e não na letra, porque a letra por si, mata. O importante, na Sagrada Escritura, não é a palavra pela palavra, mas o que o Espírito criativo e inovador nos traz. Isso não significa que cada um observa a Palavra do jeito que quer, do seu “jeitinho”; na verdade, é observar aquilo que Deus está trazendo para a vivência dessa graça. Por isso, para viver qualquer lei, mandamento e ensinamento da Palavra de Deus, tem de estar imbuído, dentro de nós, a vivência do mandamento do amor. Sem amor não conseguimos colocar em prática a Palavra de Deus.
Primeiro, porque o amor de Deus é muito sincero, não é simplesmente questão de respeitá-lo ou não, de temer ou não a Ele, é muito mais do que isso. É questão de amar a Deus com o amor verdadeiro e autêntico, um amor que nos leva a respeitar, a temer e colocá-Lo como o ser mais sublime da nossa vida.
Quando amamos a Deus, aprendemos a amar o nosso próximo e vamos saber ter sabedoria e inteligência para discernir uma coisa da outra. Quando amamos a Deus não desrespeitamos nem ignoramos o nosso próximo.
Podemos ser muito bons em nossas orações, nas nossas práticas e piedades, podemos passar o dia todo rezando, mas quando é o próximo, somos duros, ignorantes, grossos. Podemos pensar: “Não importa, porque eu sou um homem religioso!”. A verdadeira religião não é a da lei, porque a religião que salva, liberta, restaura, cura e renova é o amor! Aprendemos que a lei é para nos ensinar a amar a Deus e ao próximo.
Quando Jesus nos diz que Ele é o Senhor também do sábado, quer dizer que Ele está acima de qualquer lei, do sábado, da purificação. E esse mesmo Senhor que nos mostra que está acima da lei, leva-nos a crer que a grande lei é amarmos uns aos outros. Desse modo, se quisermos viver a religião de Deus com muita profundidade, amemos muito, mas sem nos esquecermos que O amar nos obriga, abre-nos a cuidarmos, amarmos e darmos o melhor de nós ao nosso próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/09/2016

HOMILIA DIÁRIA

A essência de Deus é o amor e a misericórdia

“Num sábado, Jesus estava passando através de plantações de trigo. Seus discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos” (Lucas 6,1).

Primeiro, é preciso entender que o sábado na mentalidade judaica, na cultura, na tradição judaica, ocupa um lugar central, porque observar a lei acima de tudo é guardar o sábado. A lei para quem vive a radicalidade da compreensão da letra está acima de todas as coisas: não se pode abrir mão do sábado, não se pode trabalhar aos sábados, não se pode, de forma alguma, realizar nada.
Eles entenderam a lei escrita, mas não entenderam o espírito dela. Eles entenderam que era para guardar o sábado, mas não entenderam por que o guardar. Guardar em honra, em respeito, em amor ao Senhor nosso Deus, mas a palavra fundamental é compreender o amor.
O amor a esse Deus não pode nos levar a sermos pessoas cegas, bitoladas, rigoristas, que estão preocupadas com a letra, mas não estão preocupadas com a essência da letra.
Aquilo que fazemos para Deus, em honra e amor a Ele, é para entrarmos na essência d’Ele. Então, eu cumpro os meus preceitos religiosos, vou à Missa, faço as minhas orações, mas não entro na essência de Deus, a qual nos revela justamente Jesus.
A essência de Deus é aquilo que Ele é: amor e misericórdia. Deus não é a lei pela lei, Ele não é o rigorismo pelo rigorismo. Deus não nos forma para sermos cegos, mas para abrirmos os nossos olhos.

O amor a esse Deus não pode nos levar a sermos pessoas cegas, bitoladas e rigoristas

Do que adianta guardarmos o sábado ou observarmos a lei se não enxergamos o pobre, o sofrido… Se não enxergamos quem está na nossa casa, se não enxergamos a dor do outro? “Eu sei que é sábado, mas os discípulos estão com fome, não comeram e estão arrasados. Debulhem as espigas e comam”. E Deus estava ali sendo agraciado, louvado e exaltado porque cuidou da fome e da necessidade do outro.
Jesus mesmo dá o exemplo de Davi: os pães estavam reservados aos sacerdotes, mas Davi, na sua fome, comeu aquilo que estava reservado somente a eles. A lei que não nos ensina a cuidar do outro, a nos voltarmos para o outro, a atender a necessidade do outro, essa lei não é divina ou não tem o espírito da graça.
Não é o problema da lei, mas o problema de quem a interpreta, é de quem olha a letra pela letra, é de quem olha as Escrituras pelas letras, mas não pelo Espírito. Por isso, que Deus nos conceda hoje o Espírito da graça, do amor e da misericórdia para entendermos que a pessoa humana, que o ser humano na fome, na sede, na carência e em tudo que vive é mais importante.
Quem ama a Deus cuida do seu próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/09/2020

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a sabedoria e o coragem de ir além da letra da Lei, mergulhando no seu Espírito e, assim, vivermos, já nesta terra, os sinais do Amor que um dia saborearemos em plenitude no teu Reino. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, dá-nos Sabedoria para procurar o essencial, jamais colocando o acidental em posição de primazia. Que em nossa vida, sigamos a Jesus de Nazaré na convivência fraterna, sempre atentos e dispostos para cuidar do próximo. Ensina-nos, amado Pai, a discernir, para seguir o Espírito Vivo da Lei, não limitados a cumprir apenas a sua letra morta. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/09/2020