sábado, 15 de setembro de 2012

LITURGIA DAS HORAS

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Oração desta Hora

Terço - Mistérios Gloriosos - Quarta-Feira e Domingo


Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos  


Santos Cornélio e Cipriano - 16 de Setembro


Santos Cornélio e Cipriano


Santos Cornélio e CiprianoUnidos pela fé e sangue, encontramos como exemplo de amizade e santidade estas testemunhas de Cristo, que foram martirizados no mesmo dia, porém, com diferença de cinco anos.
São Cornélio

Cornélio tinha sido eleito Papa em 251, após um grande período de ausência do pastor por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi contestada por Novaciano, que acusava o Papa de ser muito indulgente para com os que haviam renegado a fé (lapsos) e separaram-se da Igreja.

XXIV Domingo do Tempo Comum (Ano B)


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105. A parresía da Cruz - 24º Domingo comum (16/09/2012)

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OUÇA COMENTÁRIO DO 
EVANGELHO 

Marcos 8,27-35

http://soundcloud.com/padrepauloricardo/105-a-parres-a-da-cruz-24

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/09/2012


Marcos 8,27-35

Comentário do Evangelho

A identidade de Jesus

Jesus e seus discípulos partem para os povoados além das fronteiras da Galileia, ao norte. A partir de então Jesus decide tomar rumo ao sul, seguindo o caminho para Jerusalém, através da Judeia, em um ambiente exclusivamente judaico, para aí fazer seu anúncio libertador. Aproxima-se a festa ritual da Páscoa judaica. É o momento oportuno para aprofundar a própria identidade de Jesus. Vai se encerrando o ministério na Galileia e vizinhanças, em ambiente predominantemente gentílico, para o confronto em Jerusalém, completando-se a missão de Jesus. 
Conforme as expectativas das elites religiosas e econômicas de Jerusalém, aguardava-se um líder, o messias, representado na figura do "Servo de Javé", das profecias de Isaías , o qual daria à Judeia um poder e status de acordo com antigo império de Davi, conforme as glórias que constavam na tradição. Na escatologia e na apocalíptica do Primeiro Testamento encontravam a esperança de Israel vir a ser uma nação hegemônica sobre todas as nações do mundo, em pleno poder e glória. Parte do povo assimilava esta tradição das elites, introjetando-a. Assim também acontecia com os discípulos de Jesus, originários do judaísmo. 
A questão da identidade de Jesus vinha sendo discutida entre o povo e as opiniões eram variadas. O próprio Herodes se interrogava sobre esta questão. Entre o povo, contudo, havia opiniões que identificavam Jesus com alguns líderes populares, contestadores do poder, como foram João Batista, Elias ou os profetas. 
Contudo, junto de Jesus, Pedro representando os discípulos, ao ser interrogado, externa sua opinião de que Jesus seria o messias ("cristo", do grego) esperado pelas elites. Jesus os repreende severamente, com o mesmo vigor que exorcizava os espíritos impuros. 
Em continuidade, Jesus prenuncia as perseguições que o ameaçam em Jerusalém, da parte das autoridades religiosas (primeiro "anúncio da Paixão"). Pedro rejeita o confronto com os possíveis sofrimentos e é repreendido mais severamente por Jesus. Jesus propõe as "coisas de Deus", a comunicação da vida, sem limites. Pedro atém-se às "coisas dos homens", à preservação do poder e à paz da ordem iníqua estabelecida. 
Jesus, então, retoma a instrução aos discípulos quanto ao despojamento e a disponibilidade a serem assumidos por eles. Perder sua vida por causa de Jesus é desprezar os sedutores projetos de sucesso de enriquecimento e de consumismo, oferecidos pelos poderosos deste mundo. Perder sua vida é ser para o outro, estar a serviço e em comunhão com os mais necessitados e excluídos, como Jesus. É viver o amor, comprometendo-se com a luta em vista da restauração da vida e da conquista da Paz.

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra


Jesus proíbe a Pedro de dizer que Ele é o Messias. Expulsando espíritos malignos, também fazia o mesmo. O ‘Segredo Messiânico’ devia ser guardado até que o Filho do Homem sofresse muito, fosse rejeitado pelos anciãos e pelo povo, morresse e ressuscitasse para a glória do Pai. Ao anunciarmos Jesus, nós temos sempre consciência de que falamos do Ressuscitado?


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. O CRISTO DOS DESILUDIDOS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Com certeza esse evangelho do 24º. Domingo do Tempo Comum, traz em nosso coração essa pergunta tão inquietante: O que significa perder a vida por causa de Jesus e do seu evangelho? Quem é Jesus, e o que significa a afirmativa de que é preciso “Perder para ganhar”?.

Nos primeiros três séculos da Igreja primitiva, quando o Cristianismo não estava atrelado ao Império, tivemos centenas de mártires que derramaram seu sangue na arena, por causa do testemunho. Nas comunidades de Marcos a perseguição do império romano era muito intensa e os que eram pegos e não renunciavam a fé em Jesus, eram presos e acabavam também mortos. Na América Latina não foram poucos os mártires, que tombaram defendendo o direito e a justiça do povo sofrido e injustiçado.

Será que é deles que o evangelho está falando, no sentido literal? Será que não podemos aplicar hoje ás pessoas de nossas comunidades essa expressão, de que elas também perdem a vida por causa de Cristo e do seu evangelho? Em certo sentido, é muito válido dizer que nossos agentes de pastorais, perdem a vida, quando se dedicam a tantos trabalhos estafantes, muitos até nem vivem mais para si mesmo, mas organizam suas vidas a partir da comunidade, e fazem isso com muita alegria e seriedade. Deixar de lado os interesses pessoais, para dedicar-se ao trabalho pastoral, sem dúvida é também perder a vida.

Entretanto, não é apenas isso, porque muitas vezes recebemos algo em troca, e nesse caso, se ganhamos e não estamos perdendo, o evangelho não se aplica, ainda que haja uma roupagem de trabalho pastoral, mas é só roupagem, pois no fundo a gente se apega ao cargo, ao poder, que sempre nos fascina, nas comunidades há certos coordenadores que “mandam” até mais que o padre, e o poder satisfaz ao nosso “ego”.

Jesus havia se dado conta de que a visão sobre o seu Messianismo, era equivocada. Com o objetivo de fazer a necessária correção, fez uma prova oral com seus discípulos, primeiro eles são indagados sobre o que o povão pensa a respeito dele, e ao saber que o povo o confundia com João Batista, Elias ou um dos profetas, parece que Jesus não demonstrou nenhuma preocupação, e foi direto ao assunto que mais lhe interessava: “E vocês, quem dizem que eu sou?”. A resposta de Pedro foi corretíssima “Tu és o Messias!”. A questão é saber, de que Messias Pedro estava falando. Por isso, em seguida, Jesus revela o sentido do seu messianismo, que irá se consolidar no sofrimento, na rejeição, na morte e ressurreição.

Na visão de Pedro, no Messianismo de Jesus tudo vai dar certo e as coisas vão se resolver, as contas irão fechar, pois Jesus irá por ordem na casa, com o seu poder divino. Ninguém irá resisti-lo... Não é essa a ilusão que toma conta do coração de muitos cristãos em nossas comunidades? O Jesus do “tudo certo”, do “mar de rosas”, da “doce paz, da saúde, da prosperidade”, o Jesus da reviravolta, que só me dá vitória em cima de vitória, o Jesus que sempre me tira dos “enroscos” da vida. Esse não é o Jesus do Evangelho, mas o Cristo dos Desiludidos!

Encontrar sempre respostas prontas, caminhos largos, problemas resolvidos, portas abertas, nunca foi e nem será uma característica do cristianismo. Anunciar um Jesus assim é trair o projeto de Deus, é falsificar o evangelho, é ser Satanás, aquele que se opõe ao Reino do Céu. Infelizmente na pós-modernidade, muitas igrejas, sem raiz, sem história e nem tradição, idealizaram um Jesus produto do consumo, um Cristo que só abençoa os ricos e poderosos. Nessa teologia de fundo de quintal, os dois últimos versículos do evangelho desse domingo, são deixados de lado, pois não falam a linguagem da pós modernidade. Quem irá, nos dias de hoje, fazer marketing de um projeto que implique renúncia, cruz e sofrimento? Um projeto cuja proposta de Salvação seja pautada pelo desprezo á própria vida, deixando de lado até interesses particulares.

Proposta de Salvação que não fale em vitória, em sucesso, em prosperidade, não dá IBOPE, não lota templo, não dá audiência. Qualquer marqueteiro da atualidade teria a mesma reação de Pedro e repreenderia Jesus... Onde já se viu, começar um projeto prenunciando o fracasso da cruz?

O Messianismo de Jesus vislumbra sim, um mundo totalmente novo, mas ele não descarta a aspereza do caminho, as pedras do calvário, os penhascos, os espinhos, a ousadia de um sonho, que vai se construindo com os pés no chão da história, vivendo já no coração os valores desse reino que virá. O autêntico discípulo é aquele que, vislumbrando esse reino, descobre-o presente em Jesus que caminha com a sua igreja, e passa a viver cada minuto, hora e dia, apenas em função desse projeto, menosprezando todo e qualquer valor ou ideologia, que o mundo possa oferecer, porque crê sinceramente que nada é maior ou mais importante do que Cristo e a Boa Nova do Evangelho. É exatamente assim que o quadro se reverte, e a PERDA se transforma em GANHO, como ensina o evangelho... (24º Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da 

Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP



2. A identidade de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração

Senhor Jesus, revela-me sempre mais tua face de Messias Servo, para que eu não me engane no caminho do teu seguimento.



3. TU ÉS O MESSIAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A pessoa de Jesus não se enquadrava nas categorias da época e era interpretada de formas as mais variadas. Seu modo de ser austero e a maneira incisiva de sua pregação levavam alguns a confundi-lo com João Batista ou com Elias. Pensava-se que Jesus tivesse como que feito reviver em si estas figuras. A postura de Jesus era também identificada com as dos profetas do passado, cujas vidas pareciam servir-lhe de inspiração.

Jesus quis saber a opinião dos discípulos a seu respeito, por não estar bem seguro de como o consideravam. A resposta foi dada por Pedro, em nome do grupo, de maneira correta, e convenceu a Jesus. Ele, de fato, era o Messias.

Entretanto, o Mestre sentiu-se na obrigação de oferecer aos discípulos pistas para a correta compreensão de sua condição messiânica. Seu messianismo leva-lo-ia a confrontar-se com a rejeição das autoridades e com a morte violenta. Ele, no entanto, estava também destinado à ressurreição.

As expectativas em voga giravam em torno de um futuro Messias revestido de glória e poder. Os discípulos, pois, tiveram de fazer um esforço gigantesco para introduzir o sofrimento no messianismo do Mestre. Jamais se esperava um Messias sofredor, como Jesus se proclamava ser. Os discípulos viram-se, portanto, na obrigação de refazer seus esquemas.

Oração

Senhor Jesus, faze-me compreender que escolheste o caminho da cruz e do sofrimento, para realizar a missão recebida do Pai.


16.09.2012


24º Domingo do Tempo Comum — ANO B

(VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO)

TEMPO DE AMAR E LER A BÍBLIA - SETEMBRO: MÊS DA BÍBLIA

__ "Quem dizeis que eu sou? Tu és o Messias!" __


 




16 de setembro: 24º domingo comum
QUEM É JESUS PARA NÓS?
Jesus despertou o interesse de muita gente ao longo dos séculos. Uns motivados por simples curiosidade, outros pelo desejo de conhecê-lo para segui-lo.
Pedro mostra ser mais fácil aceitar e seguir Jesus, o Filho de Deus, o enviado do Pai, do que se comprometer com o “Messias servo e sofredor”, o Cristo do calvário. Quando nos confrontamos com a cruz, pensamos duas vezes antes de nos comprometer. Proclamar Jesus glorioso, rei do universo, é bonito e fascina, mas seguir Jesus com a cruz e na cruz é algo que poucos se animam a fazer.
No entanto, quem quiser segui-lo com compromisso terá de assumir a própria cruz. Não há seguimento de Jesus sem a cruz de cada dia: renúncia a si mesmo, doação ao seu projeto, aceitação dos desafios decorrentes da missão… Não precisamos inventar cruzes nem ser masoquistas, tanto menos nos conformar com sofrimento desnecessário, pois a vida de seguimento de Jesus já implica renúncias e critérios de conduta bem claros.
Professar Jesus significa ser solidário com os sofredores, não se conformar com a injustiça e a corrupção, não aceitar o desrespeito aos direitos humanos. O Documento de Aparecida lembra que os direitos básicos são desrespeitados no rosto dos que sofrem: povos indígenas e afro-americanos; mulheres excluídas e idosos abandonados; jovens sem estudo e sem emprego; pobres sem terra e sem teto; desempregados, e tantos outros (cf. DAp 65).
Não se pode compreender Jesus sem a cruz. Não somente a cruz que carregou no fim da vida e em que morreu, mas a cruz do dia a dia: fidelidade ao Pai, opção pelos pobres, compromisso com a justiça e o reino, doação da própria vida por amor ao ser humano. Somente quando compreendermos e experimentarmos que o discipulado cristão é seguir o caminho da cruz, da doação e do serviço é que estaremos caminhando na estrada de Jesus.


Pe. Nilo Luza, ssp
Dia 16 de setembro – MISSA DO 24º DOMINGO COMUM
ANO B (Verde) – ANO XXXV – REMESSA X
PONTOS DE REFLEXÃO
I LEITURA  Is 50,5-9a
Neste terceiro Cântico de Isaías, o servo do Senhor apresenta-se como um discípulo fiel de JHWH, um sábio encarregado de instruir  aqueles que “temem a Deus”, mas também os desgarrados e quantos ainda “caminham nas trevas”. Graças à coragem e ao auxílio divinos, até que o Senhor lhe conceda o triunfo definitivo.
O começo do cântico coloca em evidência e sublinha o tema da “escuta” da Palavra da parte do discípulo.
O servo, tal como o profeta, tem a difícil missão de comunicar e de anunciar a Palavra de Deus para sustentar todos os que perderam confiança e esperança. Ele agora goza desta prerrogativa enquanto discípulo, iniciado na Palavra, tornado experiente por essa escola e portanto capaz de anunciar o que aprende de cada dia do seu Deus. Não recua perante as dificuldades, pelo contrário enfrenta com coragem os ultrajes e a situação de extrema e dura perseguição, porque experimenta o auxílio e o conforto d´Aquele que prontamente, quando ele acorda “cada manhã” , intervém, abrindo-lhe os “ouvidos”. É em virtude desta solicitação divina que o servo está pronto a aceitar os numerosos sofrimentos e desgostos provocados pelos adversários, isto é, de quantos retardam a sua missão e a ela se opõem.
Tendo consigo a segurança de estar nos desígnios do Senhor e de se movimentar no projeto e na missão que lhe foi confiada, não conhece em si dilações de nenhum tipo e é para ele fonte de segurança e por isso torna “o seu rosto duro como pedra” . O servo-discípulo torna-se assim capaz de ultrapassar qualquer tipo de prova, porque nesta empresa nada fácil o seu serviço consiste na certeza e na perspetiva vislumbrada da vitória final.
II LEITURA TG 2,14-18
Numa perspetiva de salvação, não tem valor algum “dizer que se tem fé” se a comprová-la não estão as “obras”. Somente com boas palavras não se coloca o indi-gente a salvo do frio e não se lhe mata a fome. Do mesmo modo. A “fé sem obras está completamente morta”. Não existe contradição entre a afirmação de Tiago e a de Paulo: Tiago coloca-se do ponto de vista de quem é filho de Deus, e Paulo, ao invés, da parte de quem deseja tornar-se.
Na linguagem de Tiago há uma fé “viva” e uma fé “morta”: a primeira tem a capa-cidade de produzir frutos de bem; a segunda, frutos de morte, ou seja, vazio e inope-rância. À primeira vista, esta distinção parece subtil e inútil, mas, ao invés, contém em si o critério para discernir a qualidade e a autenticidade da fé, isto é, para distin-guir uma fé autêntica de uma fé aparente. Na linguagem do Evangelho isso traduz-se na possibilidade de distinguir pelos frutos a “árvore boa” da árvore “má”.
Tiago reafirma com prontidão que nem sequer a ortodoxia e a crença mais estritas servem para alguma coisa se não se exprimem e não se traduzem em boas obras. Ele quer indicar com firmeza e decisão a impossibilidade de sermos salvos sem uma fé operosa. Isto porque, provavelmente , alguém da comunidade sustentava uma tese diferente. Afinal, fica bem claro que uma fé verdadeira não pode deixar de produzir obras de bem.
No caso em questão, as obras de misericórdia corporal, tais como “vestir os nus”  e “dar de comer aos famintos”, são citadas no texto como exemplos válidos para de-monstrar a fé operante. Os simples cumprimentos e votos de felicidades não expri-mem, de per si, boas intenções. A fé que se reduz a um puro conhecimento intelectual é inútil, como no caso dos demónios. A fé sem obras é com razão chamada “fé dia-bólica”.
EVANGELHO Mc 8,27-35
O nosso texto apresenta duas partes bem distintas. Na primeira, Pedro dá voz à comunidade dos discípulos e constata que Jesus é o Messias libertador que Israel esperava; na segunda, Jesus explica aos discípulos que a sua missão messiânica deve ser entendida à luz da cruz (isto é, como dom da vida aos homens, por amor).
A primeira parte do nosso texto começa com Jesus a pôr uma dupla questão aos discípulos: o que é que as pessoas dizem d’Ele e o que é que os próprios discípulos pensam d’Ele?
A opinião dos “homens” vê Jesus em continuidade com o passado (“João Baptista”, “Elias”, ou “algum dos profetas”). Não captam a condição única de Jesus, a sua novidade, a sua originalidade. Reconhecem apenas que Jesus é um homem convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão – como os profetas do Antigo Testamento… Mas não vão além disso. Na perspectiva dos “homens”, Jesus é apenas um homem bom, justo, generoso, que escutou os apelos de Deus e que Se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes d’Ele . É muito, mas não é o suficiente: significa que os “homens” não entenderam a novidade de Jesus, nem a profundidade do seu mistério.
A opinião dos discípulos acerca de Jesus vai muito além da opinião comum. Pedro, porta-voz da comunidade dos discípulos, resume o sentir da comunidade do Reino na expressão: “Tu és o Messias” . Dizer que Jesus é o “Messias” (o Cristo) significa dizer que Ele é esse libertador que Israel esperava, enviado por Deus para libertar o seu Povo e para lhe oferecer a salvação definitiva.
A resposta de Pedro estava correcta. No entanto, podia prestar-se a graves equívocos, numa altura em que o título de Messias estava conotado com esperanças político-nacionalistas. Por isso, os discípulos recebem ordens para não falarem disso a ninguém. Era preciso clarificar, depurar e completar a catequese sobre o Messias e a sua missão, para evitar perigosos equívocos. É isso que Jesus vai fazer, logo de seguida.
Na segunda parte do nosso texto, há duas questões. A primeira é a explicação dada pelo próprio Jesus de que o seu messianismo passa pela cruz; a segunda  é uma instrução sobre o significado e as exigências de ser discípulo de Jesus.
Jesus começa, portanto, por anunciar que o seu caminho vai passar pelo sofrimento e pela morte na cruz . Não é uma previsão arriscada: depois do confronto de Jesus com os líderes judeus e depois que estes rejeitaram de forma absoluta a proposta do Reino, é evidente que o judaísmo medita a eliminação física de Jesus. Jesus tem consciência disso; no entanto, não se demite do projecto do Reino e anuncia que pretende continuar a apresentar, até ao fim, os planos do Pai.
Pedro não está de acordo com este final e opõe-se, decididamente, a que Jesus caminhe em direcção ao seu destino de cruz. A oposição de Pedro (e dos discípulos, pois Pedro continua a ser o porta-voz da comunidade) significa que a sua compre-ensão do mistério de Jesus ainda é muito imperfeita. Para ele, a missão do “messias, Filho de Deus” é uma missão gloriosa e vencedora; e, na lógica de Pedro – que é a lógica do mundo – a vitória não pode estar na cruz e no dom da vida.
Jesus dirige-se a Pedro com alguma dureza, pois é preciso que os discípulos corrijam a sua perspectiva de Jesus e do plano do Pai que Ele vem realizar. O plano de Deus não passa por triunfos humanos, nem por esquemas de poder e de domínio; mas o plano do Pai passa pelo dom da vida e pelo amor até às últimas consequências (de que a cruz é a expressão mais radical). Ao pedir a Jesus que não embarque nos projectos do Pai, Pedro está a repetir essas tentações que Jesus experimentou no início do seu ministério ; por isso, Jesus responde a Pedro: “Vai-te, Satanás”. As palavras de Pedro pretendem desviar Jesus do cumprimento dos planos do Pai; e Jesus não está disposto a transigir com qualquer proposta que O impeça de concretizar, com amor e fidelidade, os projectos de Deus.
Padre José Granja,
Reitor da Basílica dos Congregados, Braga (Portugal)

Somos chamados ao discipulado e à missão


Postado por: homilia

setembro 16th, 2012


Estamos, hoje, exatamente no “coração” do Evangelho de Marcos. Novamente,  aparece o tema da identidade de Jesus: Cristo, o Filho de Deus. Ele tem uma identidade rica e misteriosa, que, desde o início ao fim, o evangelista quer revelar, gradualmente, a todos nós.
O texto de hoje, no capítulo oito, contém a resposta radiante de Pedro que se destaca das opiniões correntes entre as pessoas. As grandes figuras religiosas do passado são superadas, visto que Jesus de Nazaré é o Messias, o Cristo. Na sua simplicidade e brevidade, Marcos condensa a revelação do Mestre nas palavras de Pedro: «Tu és o Messias».
Para Marcos, Jesus entrou numa etapa nova: deixa as multidões da Galileia para dedicar mais tempo à formação dos Seus discípulos e começa com a revelação da Sua dupla identidade de Messias e de Servo sofredor. Duas realidades inalcançáveis pela mente humana por si mesma.
Pedro, com dificuldade, consegue colher a verdade de Jesus Messias-Cristo, mas tropeça totalmente na realidade do Messias-Servo que “devia sofrer muito… ser morto e ressuscitar”. O discípulo se arma, inclusive, em “mestre” de Jesus, repreende-o por aquele tipo de discurso, a ponto de Jesus o censurar duramente, convidando-o a tomar o lugar que lhe compete atrás de Jesus: o discípulo caminha atrás do Mestre, segue os Seus passos.
Sobre o tema do sofrimento e da cruz, Pedro é prisioneiro da mentalidade corrente, pensa “segundo os homens”; só mais tarde, quando vier o Espírito, chegará a pensar “segundo Deus”.
“Tu não compreendes segundo Deus, mas segundo os homens”: é a advertência severa de Jesus a Pedro e aos discípulos de então e de todos os tempos. Uma advertência que petrifica qualquer forma de religiosidade acomodada e retórica. Um convite desconcertante a percorrer o caminho estreito da humildade e da austeridade: deixar de pensar apenas em si mesmo, tornar-se responsável pelos outros, partilhar a opção de Jesus que aceitou – por amor – a própria morte, para que todos “tenham a vida em abundância” (Jo 10,10).
Nós somos chamados ao discipulado e à missão. Mas isso só será possível se, como Pedro, reconhecermos e compreendermos a verdadeira identidade de Jesus. Ele nos propõe as “coisas de Deus”, a comunicação da vida sem limites. Não podemos nos ater às “coisas dos homens” à exemplo de Pedro, à preservação do poder e à paz da ordem iníqua estabelecida.
Jesus está nos chamando e nos apresentando a proposta de Seu seguimento. A vida de cada um, ao ser doada em comunhão com outras vidas em ações concretas nos alcançará a salvação, isto é, se insere e permanece no seio de Deus, na eternidade.
Senhor Jesus, revela-me sempre mais Sua face de Messias-Servo, para que eu não me engane no caminho do Seu seguimento.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante 

Mc 8,27-35 - “Quem o povo diz que eu sou?”



Saudação

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.

(Bv. Alberione)


1. Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?


Leio atentamente o texto: 

Mc 8,27-35, 
e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

Depois Jesus e os seus discípulos foram para os povoados que ficam perto de Cesareia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Os discípulos responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
- O senhor é o Messias! - respondeu Pedro.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa.
Jesus começou a ensinar os discípulos, dizendo:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, três dias depois, ressuscitará.
Jesus dizia isso com toda a clareza. Então Pedro o levou para um lado e começou a repreendê-lo. Jesus virou-se, olhou para os discípulos e repreendeu Pedro, dizendo:
- Saia da minha frente, Satanás! Você está pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa.
Aí Jesus chamou a multidão e os discípulos e disse:
- Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira.

Jesus toma a iniciativa. Começa com uma pergunta indireta: “quem o povo diz que eu sou?” A resposta é diversificada: para uns é João Batista, para outros Elias ou um profeta... A pergunta de Jesus leva os discípulos a fazerem uma avaliação de tudo que Jesus realizou no meio do povo. Em seguida, Jesus se dirige aos discípulos: “E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?” Pedro falou em nome de todos: “Tu és o Messias!” Então, depois de identificação, Jesus passa a ensinar os discípulos e lhes revela o que lhe vai acontecer. Inclusive, que depois de sofrer, ressuscitará.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?

 Qual palavra mais me toca o coração?

Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. 

O que o texto me diz no momento?

Sempre que me encontro com Jesus e reconheço que é o Messias, o Filho de Deus, ele me comunica seus Projetos. Disseram os bispos, em Aparecida:

 “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (Mc 8,34).” (DAp 140).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo com o bem-aventurado Alberione:

Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.

Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.


4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.
Vou demonstrar pela vida com minha fé que Jesus é o Filho de Deus e somos todos irmãos.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Sugestão

Mês da Bíblia
Setembro 2012
Inspirado no Evangelho de Marcos.

O tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos, 
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama

Divulgue na sua comunidade.

Deus abençoe esta sua missão de discípulo missionário.

Ir. Patrícia Silva, fsp


Oração Final 
Pai Santo, dá-nos novo ardor, adapta nossos métodos aos tempos em que vivemos e inspira-nos expressões capazes de mostrar aos companheiros de caminhada a nossa fé e nossa gratidão pelo dom inefável que nos concedeste – o teu Filho Unigênito, encarnado em Jesus de Nazaré, o Cristo que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DIÁRIA - 16/09/2012

BOM INÍCIO DE SEMANA

BOM DIA!

DOMINGO

Os bispos na Conferência de Aparecida, disseram: (DAp 543)



BOA NOITE!

HINO OFICIAL DA JMJ RIO 2013 - FAÇA O DOWNLOAD

CLIQUE AQUI E FAÇA O DOWNLOADE
DO HINO OFICIAL DA JMJ RIO 2013:

HINO OFICIAL DA JMJ Rio2013 - ESPERANÇA DO AMANHECER

 



Faça o download do hino oficial

(Hino Oficial da JMJ Rio2013)

Sou marcado desde sempre
com o sinal do Redentor,
que sobre o monte, o Corcovado,
abraça o mundo com Seu amor. 

(Refrão)

Cristo nos convida:
"Venham, meus amigos!"
Cristo nos envia:
"Sejam missionários!"

Juventude, primavera:
esperança do amanhecer;
quem escuta este chamado
acolhe o dom de crer!
Quem nos dera fosse a terra,
fosse o mundo todo assim!
Não à guerra, fora o ódio,
Só o bem e paz a não ter fim.

Do nascente ao poente,
nossa casa não tem porta,
nossa terra não tem cerca,
nem limites o nosso amor!
Espalhados pelo mundo,
conservamos o mesmo ardor.
É Tua graça que nos sustenta
nos mantém fiéis a Ti, Senhor!

Atendendo ao Teu chamado:
"Vão e façam, entre as nações,
um povo novo, em unidade,
para mim seus corações!"
Anunciar Teu Evangelho
a toda gente é transformar
o velho homem em novo homem
em mundo novo que vai chegar.