ANO B
Mc 10,32-45
Comentário do Evangelho
A vida a serviço do Reino de Deus
Os três evangelistas sinóticos registram três anúncios da Paixão feitos por Jesus a seus discípulos, ao longo da caminhada que empreendiam para Jerusalém. Em Marcos e Mateus, o segundo e o terceiro anúncio são seguidos de manifestações dos discípulos que aspiravam a posições privilegiadas, esperando que Jesus fosse a Jerusalém para conquistar o poder. Com isto se evidencia a incompreensão dos discípulos em relação à missão de Jesus, até os últimos momentos de seu ministério. O texto de hoje se refere ao terceiro anúncio da Paixão. Jesus revela que a característica do Reino não é o poder, mas sim o serviço e o amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.
Comentário do Evangelho
O medo é falta de fé
Jesus caminha subindo pra Jerusalém, para a sua morte, sua entrega definitiva; caminha decididamente. Os discípulos, por sua vez, iam com medo (IVENDO A PALAVRv. 32). O medo é falta de fé.
Trata-se do terceiro anuncio da paixão, morte e ressurreição. Cada um dos anúncios provoca uma reação dos discípulos, fruto de sua incompreensão. Aqui são os filhos de Zebedeu, Tiago e João. Querem garantir seu lugar, não qualquer lugar, mas posto de privilégio “na glória”.
Pelos lugares postulados, à direita e à esquerda, querem ainda participar do julgamento de todo o mundo. Ora, o caminho do discípulo é o caminho do Mestre – pois o “discípulo não é maior que o Mestre, basta ser como o Mestre” (Mt 10,24-25). É preciso participação efetiva e afetiva na paixão-morte de Jesus: “Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizado com o batismo com o qual eu serei batizado?” (v. 38). Essa é a decisão que importa: “Podemos” (v. 39).
É Deus quem dá a recompensa. Aos discípulos compete a tarefa de construírem uma comunidade de serviço gratuito e generoso, à imitação de Jesus, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos” (v. 45).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.
Comentário do Evangelho
É Deus a recompensa de quem segue o Senhor
Jesus caminha, subindo para Jerusalém, e os seus discípulos vão com ele; Jesus na frente e os discípulos atrás. Jesus caminha decidido, consciente de que caminha para a sua morte. Os discípulos, ao contrário, vão assombrados. O medo é falta de fé. Jesus começa, então, a falar da proximidade de sua paixão e morte. Esse anúncio provoca nos discípulos uma reação diametralmente oposta aos valores propostos por Jesus. Essa reação é fruto da incompreensão e da incredulidade. Os filhos de Zebedeu, Tiago e João, os primeiros a serem chamados por Jesus, pedem a Jesus uma recompensa: sentarem-se um à direita e outro à esquerda do Cristo glorioso; o que eles pedem é um lugar de destaque, para poderem participar do julgamento de todo mundo. Mas o que importa mesmo é outra decisão, a saber, de ir ou não até o fim com Jesus, passando pela paixão e morte. Não há acesso direto à glória sem passar pela paixão. É Deus a recompensa de quem segue o Senhor. Aos discípulos, compete a tarefa de construírem uma comunidade caracterizada pelo serviço gratuito e generoso, imagem de Cristo que não veio para “servir, mas para dar a sua vida em resgate de muitos”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.
Vivendo a Palavra
O Evangelho quer mostrar Tiago e João bem humanos, como nós, ainda sonhando com privilégios, até no Reino de Deus. Talvez para nos mostrar que é possível segui-los no processo de conversão radical que assumiram até o fim de suas vidas. Sigamos, como eles, a via excelente do serviço aos irmãos.
Vivendo a Palavra
‘Eles estavam a caminho, seguindo para Jerusalém’. Eles estavam sempre em movimento, dizem os evangelistas. Jesus e seus amigos. Talvez um apelo para que nós, seus discípulos evangelizadores, nos ponhamos a caminho, em busca do irmão que sofre, do irmão carente, do irmão discriminado.
VIVENDO A PALAVRA
O Evangelho visa à nossa conversão – à mudança de nosso olhar: de um deus poderoso, senhor dos exércitos do Primeiro Testamento, para o Deus-Pai-Misericordioso, que nos enviou seu Filho, feito carne em Jesus de Nazaré. Humilde de coração, o Cristo veio para servir e dar a sua vida em favor de todos. Este é o nosso Deus! O modelo a ser adotado e seguido com amor!
vIVENDO A PALAVRa
Os textos de hoje mostram os caminhos que nos conduzem à mudança de mentalidade: de um deus que aparece na leitura do Eclesiástico – poderoso, mas irado contra o inimigo –, para um Deus que se fez humano em Jesus de Nazaré: manso e humilde de coração, Ele veio para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos. Este, sim, é o nosso Deus!
Reflexão
Todas as pessoas querem, e muito, participar da glória de Deus, mas poucas pessoas querem assumir um compromisso maior com o reino de Deus. O evangelho de hoje nos mostra um pouco isso quando Jesus anuncia o mistério da cruz, mas os discípulos estão mais interessados na sua participação na sua glória. Assim, nos dias de hoje nós vemos muitas pessoas exaltando o amor de Deus, cantando os seus louvores, mas sem o menor compromisso com o serviço ao Reino de Deus, principalmente no que se refere à questão dos pobres, dos sofredores, dos marginalizados e dos excluídos.Todos querem ser os maiores, mas poucos estão dispostos a servir.
Reflexão
Aos apóstolos e demais seguidores, Jesus apresenta um panorama detalhado englobando sua paixão, morte e ressurreição. Insensíveis à grave informação sobre o fim trágico do Mestre, os discípulos buscam poder e triunfo (sentar-se à direita e à esquerda). Imaginam que Jesus ocupará o trono de Israel e querem ocupar os lugares mais importantes. Aos dois apóstolos, ansiosos pelo poder terreno, Jesus lhes propõe uma morte semelhante à sua (beber o cálice). Sua realeza será proclamada na cruz. A ambição dos dois desencadeia a indignação dos outros dez. Em vez de buscar o domínio sobre os outros, como fazem os “governantes das nações”, os apóstolos são incentivados a assumir atitudes de servidores, pois na comunidade de Jesus quem “quiser ser o primeiro, seja o servo de todos”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
O medo se apodera dos discípulos, que, assustados, seguem o Mestre, desta vez a caminho de Jerusalém, centro do poder que vai matá-lo. Trata-se do terceiro anúncio da paixão, morte e ressurreição. Momento de tensão. Os discípulos, no entanto, continuam buscando honras terrenas, sinal de que ainda não compreenderam que tipo de Messias é Jesus, isto é, aquele que dá a própria vida pelos outros. Jesus será batizado com batismo de sangue a ser derramado em sua morte na cruz. Mas é pela cruz que ele vai chegar à glória. Jesus aproveita o ensejo para, outra vez, instruir seus discípulos sobre um ponto essencial que, por ora, não entra na mentalidade dos Doze: entre os cristãos, os chefes devem ser servos de todos, a exemplo de Cristo.
Oração
Ó Jesus, Filho do Homem, pela terceira vez informas teus apóstolos que os chefes te entregarão à morte. Mas, alheios à gravidade do momento, os Doze pensam em ganhar posição no teu Reino. O teu Reino, contudo, não é deste mundo, e vieste não para dominar, mas para servir, doando a própria vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Meditando o evangelho
O CÁLICE E O BATISMO DO MESSIAS
Os discípulos enganavam-se ao considerar Jesus como um Messias poderoso, disposto a restaurar o reino davídico no seu antigo esplendor. O interesse de Jesus superava a simples reversão da ordem político-social. Na qualidade de servidor, seu intento era recuperar o senhorio de Deus no coração humano, de maneira a começar aí a "revolução" que lhe interessava.
Ele estava destinado a beber não a copa dos reis, e sim, o cálice da solidariedade com a humanidade, destinada à morte por causa do pecado. Cálice de sofrimento, de amargura e tristeza, devido à violência, à injustiça e à maldade humanas. Cálice de dor e de abandono, porque cálice de morte violenta. Cálice bebido num contexto de serviço redentor da humanidade.
Também estava reservado para Jesus um batismo. Não mais de água, e sim, o de sangue a ser derramado na cruz. O batismo conclusivo do sua missão, diferente do batismo simbólico no Jordão, no início de seu ministério. Batismo em função dos pecadores a serem redimidos pela cruz.
Nisto consistia a glória de Jesus: servir como Servo sofredor, desprovido de grandezas humanas, mas revestido da glória concedida pelo Pai ao Filho fiel.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de redenção, faze-me compreender o ideal de Jesus: fazer-se servidor da humanidade, sem se deixar contaminar pela vanglória humana.
Meditando o evangelho
ENTRE VÓS NÃO SEJA ASSIM!
A formação dos discípulos exigiu de Jesus estar muito atento ao que se passava no íntimo deles. Muitas vezes, seus ensinamentos eram acolhidos de maneira inconveniente. Ou havia descompasso entre o que era-lhes ensinado e o que eles captavam.
Durante a subida para Jerusalém, o Mestre deu-se conta de como seus discípulos estavam pouco sintonizados com ele. Enquanto declarava estar caminhando para a morte, que seria entregue nas mãos dos estrangeiros e sofreria toda sorte de escárnios e flagelos, os quais culminariam com crucifixão, dois de seus discípulos pretendiam garantir os melhores lugares no Reino que imaginavam iria ser instaurado pelo Messias Jesus. Antes que alguém se antecipasse, queriam estar certos de serem os principais beneficiários desse futuro Reino, entendido em termos políticos.
Jesus não admitiu a pretensão dos discípulos. Combateu-a severamente, e indicou como deve se comportar um discípulo do Reino, para se contrapor à mentalidade dos opressores e tiranos deste mundo. O desejo de grandeza deveria ser substituído pelo ideal de serviço, e a busca dos primeiros lugares haveria de ser substituída pelo ideal de colocar-se como último de todos. Bastava que observassem o comportamento do Mestre que procurava estar a serviço de todos e iria dar a própria vida por todos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.
Meditando o evangelho
O PEDIDO INCONSIDERADO
Quanto mais os discípulos se aproximavam de Jerusalém, onde Jesus haveria de morrer e ressuscitar, tanto mais nutriam esperanças equivocadas a seu respeito. Uma falsa expectativa consistia em identificar Jesus com o Messias davídico, que estava para realizar a esperança popular de restauração do reino de Israel. Não lhes parecia haver mal algum em garantir logo os primeiros lugares na corte do futuro rei.
Jesus questionou esta mentalidade mundana descrevendo o Messias como servo e não como senhor, deslocando o eixo de sua ação da autoridade para o serviço. Os grandes do mundo fazem questão de impor-se sobre os demais e serem tratados como senhores. Eles se comportam como se fossem proprietários das pessoas, exigindo-lhes submissão. No contexto do Reino, as coisas se passam de forma muito diversa, revertendo os esquemas do mundo. Nele, a grandeza consiste em fazer-se servidor de todos e o ocupante do primeiro lugar será quem se predispuser a ser submisso a todos. Por conseguinte, quem é grande no Reino não coisifica seu semelhante. Ele vê no outro um irmão a quem é chamado a servir, com disponibilidade e generosidade.
A vida de Jesus, o Filho do Homem, ilustra seu ensinamento. Toda ela se definiu como serviço à humanidade, para resgatá-la do pecado. Ele não veio para ser servido.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me da ambição humana de grandezas e faz de mim um servidor de todos.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Ciúmes e concorrência pelo poder, afeta os Discípulos de Ontem e de hoje
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Recorramos ao Discípulo anônimo, que se dispõe a dialogar conosco, sobre essa narrativa de São Marcos
______ Olha Discípulo, não nos leve a mal, mas nós aqui, cristãos do ano de 2012 lemos essa narrativa e ficamos indignados, pois isso não é a conduta de um discípulo, concorda?
Discípulo _____ Bom, nesse negócio de ter ciúmes, brigar por cargos e disputar para ver quem é mais poderoso ou importante na comunidade, não dá para vocês falarem muito de nós...
_____ Desculpe Discípulo se a gente pegou pesado, mas é que vocês formam a comunidade dos santos, onde se viu aqueles dois, o Tiago e João querer determinar a Jesus como queriam ser atendidos!
Discípulo____ E vocês aí, que brigam entre pastorais e movimentos, disputam cargos de coordenação, concorrem para ver quem fica mais perto do padre ou do Diácono, para influencia-los á seu favor, a gente fica olhando aqui do "Céu" e também ficamos indignados!
____Mas discípulo, tudo bem... ninguém é perfeito, aqui em nosso tempo somos influenciados pela sociedade, que é regida pelo egoísmo, pela concorrência e disputa, pela correria atrás de grandezas, e até a politicagem dos medíocres infesta as comunidades.... igreja. Quer mais? Até entre os membros do clero há concorrência!
____Oh Discípulo, vai com calma, você está falando da nossa querida Igreja, nossos amados pastores, padres, sacerdotes, diáconos, Bispos e Leigos. Se você está nervoso a gente para por aqui com a reflexão….
Discípulo____ Pois é, com o nosso grupo e nas primeiras comunidades, isso também aconteceu, e aí entre vocês também acontece. Tem leigos antigos que brigam até pelo seu lugar no banco da igreja. Quer mais? Até entre os membros do clero há concorrência!
____Oh Discípulo, vai com calma, você está falando da nossa querida Igreja, nossos amados pastores, padres, sacerdotes, diáconos, Bispos e Leigos. Se você está nervoso a gente para por aqui com a reflexão….
Discípulo (sorrindo) ____Claro que não meu amado, não estou nervoso... Só quero que você entenda que somos uma Igreja Santa, mas também pecadora, nós aqui já estamos na Igreja Celestial, não precisamos mais de prestígio, badalação, status, cargos e poderes, sucesso e marqueting pessoal, mas vocês enfrentam isso dentro da igreja e não adiante querer tapar o sol com a peneira...
____Escuta Discípulo, será que Deus não poderia fazer alguma coisa nesse sentido? Manifestar a sua gloria e seu poder mostrando de uma vez por todas, que o Dono da Igreja é Jesus Cristo, daí todo mundo punha o rabo entre as pernas e cada um ficava no seu canto, sem querer, nos trabalhos pastorais, ser o "Rei da Cocada Preta".
Discípulo____Ah meu amado, e todos os domingos, vocês aí fazem o que? Vai à comunidade jogar Bingo?
______Claro que não, a gente vai á missa aos domingos celebrar a Eucaristia... Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, a gente está afiado sobre o que significa a celebração.
Discípulo_____Pois é, de Cristianismo vocês sabem até demais. Celebram a Eucaristia, mas não a vivem entre vocês. Olha, para ficar mais fácil vou resumir o que o Mestre nos ensinou naquele dia meio conturbado para o grupo...
“_Jesus quer que olhem para Ele e façam uma doação total de suas vidas, nos trabalhos pastorais e ministérios, com disposição de beber, quando necessário, o cálice amargo, como Jesus bebeu. Segundo, Não se deixem influenciar pela busca de poder, que marca a História de vocês na política, na economia e nas relações de um modo geral. Terceiro, que em vossas orações não queiram manipular a Deus pedindo favores nesse sentido, como fizeram meus irmãos Tiago e João que não sabiam o que estavam pedindo. E por último meu caro, sejam Servos e Servas de Deus, servindo a todos com os carismas que Deus lhes concedeu, essa é a prática essencial da vida em comunidade. Como você falou, o Dono da Igreja é Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor, e ele se fez escravo de todos, lavando nossos pés e morrendo na cruz por nós. Alguma dúvida?
_____Nenhuma, amado Discípulo, vamos começar agora mesmo a fazer alongamento, para podermos nos abaixar e servir os irmãos e irmãs, com alegria e humildade, sem querer ser importante naquilo que fazemos.
Discípulo ___E por que o alongamento?
_____Para flexibilizar o nosso coração que às vezes está duro e travado de orgulho, vaidade e egoísmo. Viver a Eucaristia é viver no amor que é serviço. Agora entendi, na comunidade a única disputa que deve haver, é QUEM SERVE MAIS E MELHOR, OS IRMÃOS E IRMÃS...
2. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve - Mc 10,32-45
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Deixamos tudo e te seguimos, mas queremos os primeiros lugares. Somos apóstolos, queremos ser chefes. Os chefes deste mundo são dominadores. Vocês não serão assim.
HOMÍLIA DIÁRIA
Para seguir Jesus é preciso passar pela cruz
Postado por: homilia
maio 30th, 2012
A Paixão de Jesus está presente nas paixões de tantas pessoas que vivem nas comunidades, nas pastorais, nos movimentos sociais e testemunham, radicalmente, o projeto libertador de Jesus de Nazaré. Assim, os anúncios da Paixão se tornam o centro, o núcleo da fé cristã na perspectiva da Ressurreição. Esta é a força motivadora para superarmos as contradições, as dificuldades e os desafios da caminhada.
Estão subindo para Jerusalém e, embora já saibam qual será o destino de Jesus, acontece o anuncio: “…o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles O condenarão à morte e O entregarão aos pagãos. Vão caçoar d’Ele, cuspir n’Ele, torturá-Lo e matá-Lo. Depois de três dias, Ele ressuscitará”.
Esse último anúncio mostrará, claramente, que o seguimento de Jesus não tem privilégios como pensavam os discípulos, porque a caminhada não é marcada apenas de glória, mas passa pela coragem de deixar tudo para suportar a opção de vida que os levará ao longo do caminho. O caminho de Jesus será marcado de rejeição, perseguição, luta e sofrimento. Essas são as condições para chegar à glória. Para, definitivamente, segui-Lo é preciso estar curado da surdez e da cegueira que estavam presente durante todo o percurso. Essa era a razão pela qual os apóstolos tinham dificuldade de compreender a mensagem de Jesus sobre Sua Paixão como condição para segui-Lo.
O Senhor nos anuncia que o seguimento a Ele deverá passar pela cruz, pois seguimento e cruz são inseparáveis. Porém, os apóstolos não compreenderam e, entre si, discutiam quem era o maior (9,34).
Jesus lhes mostrará que o maior é aquele que serve; o primeiro deve ser o último, mudando assim, completamente, a lógica da caminhada. O caminho é por aí!
Padre Bantu Mendonça
HOMÍLIA DIÁRIA
Busque tão somente o reconhecimento do Senhor
O discípulo de Deus é aquele que não busca reconhecimentos, aplausos nem a valorização dos homens; muito pelo contrário, ele busca o reconhecimento do Senhor, de fazer a vontade d’Ele na sua vida.
Jesus os chamou e lhes disse: “Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos” (Mc 10,43-44).
Na escola de Jesus, as pessoas buscam os primeiros lugares, buscam o favorecimento, o reconhecimento, a valorização, buscam aparecer mais do que as outras.
No Reino de Deus, muitas vezes, existem competições. Os discípulos estão pedindo a Jesus para se sentarem à Sua direita e outros à Sua esquerda. Pedindo ao Senhor um lugar mais privilegiado ao Seu lado, percebemos que todos nós gostamos de reconhecimento, de sermos favorecidos em detrimento de outros. A mensagem do Evangelho é a mensagem da humildade.
Muitas vezes, somos desprezados, deixados de lado por causa do nome do Senhor, e é por isso que temos de continuar firmes, porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.
Todas as vezes que nos desprezarem, saibamos que estamos no lugar certo. O discípulo de Deus é aquele que não busca reconhecimentos, aplausos nem a valorização dos homens; muito pelo contrário, ele busca o reconhecimento do Senhor, de fazer a vontade d’Ele na sua vida, nem que para isso precise ser desprezado, não amado, não reconhecido.
Permaneça firme, meu filho, no serviço a Deus e no amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
HOMÍLIA DIÁRIA
O segredo da vida em Deus é a leveza
Encaremos a vida com a leveza de que podemos dar o melhor de nós sem precisarmos ser melhores ou mais importantes do que o outro
“Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (Mc 10,43-45).
A vida humana não pode ser movida pelas pretensões de grandeza e superioridade humana. O coração se eleva, enche-se de orgulho, arrogância e pretensões desmedidas.
Estamos nos medindo pelos outros: quando estamos melhor que o outro, quando podemos mais que o outro, sentimo-nos bem. Quando somos rebaixados ou igualados, nosso coração começa a entrar em confusão, um certo desânimo, e algo negativo acontece dentro de nós. Esse é o parâmetro errado da vida. Se criarmos um parâmetro para a nossa existência, para a nossa vida, a partir da vida do outro, viveremos em constante desgaste emocional.
Quando as nossas emoções estão desgastadas, quando as nossas emoções estão vivendo cada vez mais aquela onda do que o outro pensa, acha, vê, do que temos e o outro não tem, a vida humana se empobrece demais, o nosso espírito desfalece, esgota-se e desgosta-se, perde o gosto e o sabor de viver.
Tornemos a nossa vida leve, encaremos a vida com a leveza necessária, na certeza de que podemos dar o melhor de nós sem precisar ser melhor ou mais importante do que o outro. O segredo da vida em Deus é a leveza e a suavidade. “O meu fardo é suave”, diz Jesus. O que torna o nosso fardo doloroso e pesado é o peso excessivo que damos às coisas, às preocupações e aos excessos de comparações, seja lá com quem for.
Sejamos leves e deixemos que a leveza do Espírito conduza a nossa forma de viver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, nosso Mestre nos lembra hoje que os governadores das nações têm poder e os dirigentes têm autoridade sobre o povo, mas que entre nós não deverá ser assim. Dá-nos sabedoria e humildade, Pai amado, para servirmos a todos, como o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a vencer a grande tentação de nos acomodarmos, satisfeitos com o já feito, em busca de sermos reconhecidos pelo trabalho que realizamos. Faze-nos seguidores vigorosos, entusiasmados e alegres do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos generosidade, força e coragem para nos colocarmos no serviço gratuito aos irmãos, sem discriminações ou preferências, vivendo a fraternidade e a misericórdia, em seguimento ao Cristo – teu Filho Unigênito que se fez carne em Jesus de Nazaré, nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
oRAÇÃO FINAl
Pai misericordioso, contigo está a Fonte da Vida, o Manancial do Amor! Dá-nos sabedoria, generosidade, força e coragem para nos colocarmos a serviço dos irmãos, sem discriminações e sem preferências, vivendo a fraternidade e a misericórdia, sempre seguindo o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.