domingo, 13 de novembro de 2022

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 13/11/2022

ANO C


33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

Nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas!” Ml 3, 20a

Lc 21,5-19

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Nos últimos dias do ano litúrgico as leituras levam-nos a refletir sobre a finalidade da existência. Mais que falar em fim do mundo, o discípulo questiona-se qual é a sua missão nesta terra, condição fundamental para o ingresso na vida futura.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Sabemos que o final dos tempos e o fim de todas as coisas é uma realidade. Neste sentido, a liturgia de hoje aborda o tema do julgamento, mostrando que Deus não pode ser manipulado nem comprado. Ele é justo sendo misericordioso, e é misericordioso sendo justo.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, estamos às portas de encerrar o ano litúrgico. A conclusão desse período nos recorda que o tempo passa e a vida passa veloz! A liturgia destes últimos domingos do tempo comum nos recordou a finalidade de nossa existência como testemunhas de Cristo. Que esta Eucaristia nos ajude a viver bem nossa vocação cristã recebendo a graça da perseverança do testemunho de Cristo para assim merecermos a Vida que Ele nos prometeu. Hoje, celebramos o Dia Mundial dos Pobres: que este dia possa reforçar em muitos a vontade de colaborar concretamente para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidariedade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Nosso Deus é o Deus de amor. Não pode salvar o homem sem ele; por isso, faz aliança com seu povo; a salvação é o encontro de duas fidelidades. Mas se Deus é fiel, o povo não o é. Sob a ação das profecias nasce a esperança e a expectativa de um homem que finalmente saberá dar a Deus uma fidelidade absoluta e incondicional: o Messias. Quando ele vier, Deus concederá ao seu povo a plenitude prometida. Uma promessa de vida tal que nada mais haverá de comum entre o mundo presente e o novo paraíso. Uma nova terra, novos céus. Um coração novo tornará o homem sensível à ação do Espírito.
Fonte: NPD Brasil em 17/11/2019

QUANDO ACONTECERÁ ISSO?

Saber o que vai acontecer no futuro é algo que sempre aguçou a curiosidade humana. Adivinhações e previsões são praticadas por algumas religiões, em todo o mundo. Trata-se de uma tentativa humana de saber o que vai acontecer, para poder mudar a ordem dos acontecimentos. Em geral essas práticas envolvem a interpretação de sinais no céu, na terra ou em coisas. No seu conjunto, essas práticas envolvem mais a fantasia e a superstição, e menos a realidade. Por esse motivo, elas não servem para alimentar e nortear a vida cristã.
No contexto da Sagrada Escritura, a profecia não é adivinhação e nem previsão do futuro. O profeta não é um iniciado nos mistérios ocultos, que desvenda sinais nas coisas, ele é um homem de Deus. Ele escuta atentamente a voz de Deus e anuncia ao seu povo. A relação do profeta é com Deus, que é o senhor de todas as coisas, no presente e no futuro. O profeta confia que os desígnios de Deus são perfeitos e tudo concorre para realizar seu projeto de amor. A providência de Deus governa tudo, nada se afasta do seu olhar e da sua misericórdia. Nesse sentido vai também o ensinamento de Jesus.
Os discípulos não são preparados ou exortados para ficar olhando os sinais dos tempos, em busca de respostas. A vigilância cristã não é uma atitude de curiosidade, para não ser surpreendido, é antes de mais nada, uma atenção amorosa e preparação para receber o Senhor que vai chegar. Confiando na providência, os discípulos estão sempre atentos para saber o que é preciso fazer, e se colocam a disposição para o serviço. Passado, presente e futuro estão unidos pela vontade de Deus, que é Senhor da história.
Jesus tem certeza do amor do Pai, e de sua presença constante em cada acontecimento, por isso, ele afirmou que o mistério da cruz era também sinal de amor. O que para os outros viria a ser escândalo, para Ele foi ocasião de testemunho. Porque Ele mesmo foi desprezado, falou da rejeição dos discípulos e da recusa da verdade do Evangelho. Mais que uma mera repetição de fatos, ou uma adivinhação, as palavras de Jesus indicam que em cada tempo, o Pai respeitando o nosso livre arbítrio, está disposto a ser aceito ou recusado, amado ou não. A mudança acontece em nós e não em Deus, porque tudo é parte do seu projeto de amor, e para nós basta saber isso.
Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo auxiliar de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 17/11/2019

Comentário do Evangelho

Ocasião para darmos testemunho.

O atraso da parúsia provocou muitas especulações acerca da “segunda vinda de Cristo”. Especulações estas que deram origem a um discurso milenarista. A expectativa da segunda volta de Cristo gerou, ainda, uma tradição de que alguns fenômenos atmosféricos anunciavam o fim do mundo e, mais, de que Deus seria o responsável, por causa de sua decepção ante a maldade do ser humano que ele criou. São Lucas, no entanto, vai se utilizar destes elementos para anunciar um tempo aberto na história para o testemunho: “Será uma ocasião para dardes testemunho” (v. 13).
A menção da destruição do Templo (vv. 5-6), que pode ser considerada uma profecia ex eventu, não é uma previsão do futuro, mas um modo de ajudar os discípulos e o leitor do evangelho a superarem as provações do tempo presente. Em outros termos, o que Jesus quer dizer é o seguinte: não importa o que aconteça, não se deve esmorecer, nem temer, nem ser envolvido pela perplexidade. É preciso apoiar a vida em valores verdadeiros e sólidos. Até o Templo, ornado com tantas pedras preciosas (cf. v. 6), desaparecerá, pois ele figura entre as coisas que passam. A vida do ser humano deve estar apoiada no que não passa nem decepciona: Deus. As palavras de Jesus, inspiradas numa linguagem apocalíptica, não predeterminam nenhuma data, mas fazem um apelo ao discernimento permanente. Jesus evita responder à pergunta: “... quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?” (v. 7). Mas alerta: “Cuidado para não serdes enganados…” (v. 8). Ele não responde à questão posta, pois a preocupação do discípulo não deve ser com o quando, mas com que atitude ter em meio às adversidades da vida e aos dramas da humanidade. Do discípulo é exigida uma atitude de confiança que nada pode abalar, nem mesmo as catástrofes naturais, nem as perseguições por causa do evangelho. A propósito das perseguições e da morte, é preciso pôr a vida nas mãos de Deus: em primeiro lugar, como dissemos, será uma ocasião de dar testemunho (cf. v. 13) e, em segundo lugar, de confiar que é Deus quem inspira, dá força e protege a causa de seus eleitos. Nos Atos dos Apóstolos, o próprio Lucas relata a atitude de Pedro e João, perseguidos pelas autoridades judaicas: “Quanto a eles, deixaram o Sinédrio muito alegres por terem sido julgados dignos de sofrer humilhações pelo Nome” (At 5,41). É na vitória de Jesus Cristo que deve estar apoiada a esperança dos cristãos: “No mundo tereis tribulações, mas coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Com São Paulo podemos, então, nos perguntar: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. E com ele respondermos: nada nem ninguém (Rm 8,31-39).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de constância, vem em meu socorro nos momentos de provação e dificuldade, quando a perseverança se torna difícil, e a fidelidade, um desafio.
Fonte: Paulinas em 17/11/2013

Vivendo a Palavra

Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ Jesus nos alerta sobre falsos profetas. O dia do Senhor virá, mas nós não devemos nos preocupar em saber quando será. Vivamos a normalidade da existência, procurando fazer o bem, tendo sempre a consciência da presença amorosa do Pai em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos alerta sobre os falsos profetas, que estarão sempre presentes: «Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’». O dia do Senhor virá, mas nós não devemos nos preocupar em saber quando será. Vivamos a normalidade da existência, procurando fazer o Bem; em estado de vigília e tendo sempre a consciência de que estamos na Presença amorosa do Pai em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/11/2019

Reflexão

LEVANTAR-SE-Á O SOL DA JUSTIÇA

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia de hoje aborda o tema do julgamento, mostrando que Deus não pode ser manipulado nem comprado. O “tribunal” de Deus não favorece uns em detrimento de outros. Por isso, quem clama por justiça verá que ela acontecerá. No entanto, em Deus justiça e misericórdia andam juntas e não são contrárias uma à outra. Deus é justo sendo misericordioso, e é misericordioso sendo justo.
O tema do julgamento está vinculado ao do último dia. Muitas pessoas temem falar sobre esse assunto, mas a liturgia nos adverte que é necessário estar sempre preparados enquanto o Senhor não vem. A ênfase dada pelos textos não se concentra no medo do inferno nem em eventos históricos desastrosos nem em cataclismos da natureza. Os textos focalizam a ação de Deus na destruição do mal, na implantação da justiça sobre a terra e na ação dos cristãos, a saber, dar o testemunho de fé.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Lc 21,5-19): Não tenhais medo

O texto de hoje utiliza-se de um recurso literário muito usado na apocalíptica judaica, o testamento de herói. É uma das formas de mostrar a continuidade da história, do plano divino da salvação em tempos difíceis. Consiste, principalmente, em discursos do pseudo-autor antes da própria morte/ascensão, nos quais desvela o futuro dos destinatários e faz exortações a que permaneçam na fidelidade a Deus. Por meio desse recurso literário, o verdadeiro autor interpreta para os seus contemporâneos os acontecimentos desastrosos, e assegura-lhes que Deus fará os fiéis vitoriosos sobre o mal.
O texto começa com a observação sobre o templo de Jerusalém, e prossegue com a afirmação de Jesus de que tudo será destruído. As palavras de Jesus querem responder a duas perguntas: quando vai acontecer e quais os sinais indicativos da proximidade do fim dos tempos. Essas perguntas são fundamentais para as comunidades do final do século I d.C.
Jesus diz aos discípulos quais são os sinais; estes não são uma indicação da proximidade do fim dos tempos, mas uma garantia de que certamente a parusia virá. Por isso, os discípulos não devem ter medo diante dos rumores sobre o fim, pois o dia e a hora não são conhecidos. Enquanto a parusia (a vinda de Cristo) não acontece, os discípulos são exortados à fidelidade, principalmente em tempos de perseguição, como é desenvolvido nos vv. 12-17. Contudo, o mais importante é saber que quando chegar o fim será pelo testemunho de fé que os discípulos serão salvos.

2. I Leitura (Ml 3,19-20a): Sereis livres

O texto de Malaquias enfrenta o problema do malvado que prospera enquanto o justo sofre. É compreensível se fazer certas perguntas: que vantagem há em ser bom? De que vale praticar os mandamentos?
A resposta encontrada pelo profeta é que Deus cuida de nós, isto é, não estamos sozinhos quando sofremos e no “Dia do Senhor” a justiça triunfará.
O autor do texto usa a imagem do fogo reduzindo uma árvore a cinzas, para afirmar que o mal será completamente eliminado do mundo, não restará mais nenhuma maldade, nem seus ramos nem suas raízes (3,19).
A Bíblia também se serve do simbolismo do sol para enfatizar a mesma ideia. No contexto em que o profeta vivia, o sol era tido como dispensador de calor e de vida, de luz e de justiça porque sempre brilha para todos. Quando amanhecer o “Dia do Senhor”, a justiça vai brilhar e o último rastro de maldade será varrido da terra.

3. II Leitura (2Ts 3,7-12): Permaneçais firmes

Para a mentalidade dos tessalonicenses, o ser humano se realiza essencialmente na sua dimensão espiritual alienada das realidades terrenas. O trabalho manual era visto como algo degradante. Partindo da mentalidade judaica, o autor afirma que a condição corporal do ser humano não é algo negativo como se fosse um castigo, portanto, o trabalho manual dignifica o ser humano.
Os espiritualistas, que apregoavam o final dos tempos para breve, estavam criando um clima de ansiedade e de tanto frenesi que não havia mais lugar para as tarefas cotidianas. O autor convoca os tessalonicenses para permanecer firmes tendo o Apóstolo como exemplo.
O autor da carta não é um fanático, ainda que espere ardentemente pela volta de Jesus ele exorta os cristãos a viver na fidelidade a Deus e a comprometer-se plenamente com suas tarefas e obrigações terrenas.
Quando essa carta foi escrita, não somente o ensinamento de Paulo, mas a própria vida do apóstolo exercia uma influência muito grande dentro da comunidade, a ponto de ele ser citado como exemplo a ser imitado.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Os textos de hoje têm o objetivo de animar os cristãos em sua caminhada de fé mediante os desafios enfrentados em circunstâncias de perseguição. Quer incentivá-los a permanecer fiéis e a dar testemunho de sua fé, enquanto esperam a vinda gloriosa de Jesus Cristo.
A imagem que o evangelho apresenta sobre catástrofes não deve ser tomada ao pé da letra. São imagens próprias do gênero literário apocalíptico. Querem ressaltar a mudança radical que acontecerá com a chegada do reino de Deus. Esse simbolismo apenas enfatiza que o “mundo” presente, dominado pelo mal, será destruído para que surja então um mundo novo, onde o mal não existe.
É importante deixar claro que a justiça divina não se assemelha a dos homens (facilmente manipulada pela vingança, por leis excludentes e distorcidas). Deus não se deixa manipular por ninguém. Sua justiça é temperada com misericórdia.
Também se deve dar um destaque para o v. 8: “Tomai cuidado para não serdes enganados”. O que se quer ressaltar com isso é que os cristãos não devem se deixar enganar por discursos sensacionalistas que pregam o fim do mundo, fruto de uma leitura literal desse texto bíblico. Nem tampouco se deixar seduzir por doutrinas que semeiam o medo de um juízo implacável de Deus. Esse tipo de doutrina gera fanatismo e uma vida alienada da realidade, na qual se busca uma via de “santidade” fora do mundo, sem nenhum comprometimento com a transformação da realidade pelo testemunho de uma vida em Deus.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail: aylanj@gmail.com
Fonte: Vida Pastoral em 17/11/2013

Reflexão

A QUE LEVA O TRABALHO?

Em sua segunda carta aos fiéis de Tessalônica, o apóstolo Paulo fala-nos do trabalho-o qual, sem reducionismo, entendemos como todo tipo de atividade laboral, seja intelectual, industrial, manual, serviçal ou artística, seja realizado pelo homem ou pela mulher.
O trabalho é um grande bem do homem e da mulher, uma vez que, por meio dele, não só transformam a natureza, mas se realizam como indivíduos. Ou seja, tornam-se mais humanos. Por ser, em essência, um processo que mobilizam dinamismo pessoal, mais do que uma ação objetiva e produtiva, o trabalho envolve a pessoa em sua totalidade: corpo e espírito. Portanto, temos de considerá-lo não como pena, castigo ou fatalidade, e menos ainda como mero “ganha-pão”, mas como dever e direito, como bênção de Deus para a nossa realização pessoal.
Podemos ainda ver nele uma segunda característica, a de obra da criação. De fato, além de promover a realização da pessoa, o trabalho é participação e colaboração na atividade criadora de Deus, que entregou sua obra ao ser humano para que este lhe dê continuidade em favor da vida do mundo. Por isso, todo trabalhador é um criador. A consciência de que o trabalho humano é participação na obra da criação de Deus está presente nos ensinamentos do Concílio Vaticano II(cf.Gaudium et Spes, n. 34).
Outra característica é sua importância para a construção da paz social. Como em Tessalônica, atualmente há quem viva de rendas e dividendos à custa da exploração da mão de obra barata, do trabalho escravo, dos salários de fome etc. O assalariado brasileiro trabalha, mas com o fruto desse trabalho mal consegue comprar o alimento. Isso sem falar das horas de trabalho nos finais de semana,que lhe roubam o lazer e a possibilidade do convívio social e familiar. A fé e a mensagem cristã não afastam o crente da edificação do mundo nem o induzem ao alheamento dos outros e do progresso;ao contrário, impõem-lhe o dever de contribuir para o bem de toda a humanidade. O que elas fazem principalmente, hoje por meio do apóstolo na segunda leitura, é apontar pistas para o grave clamor da classe trabalhadora, que grita em alta voz: “Nós trabalhamos, mas não comemos”.
Jorge Alves Luiz, ssp
Fonte: Paulus em 17/11/2013

Reflexão

Quando o Evangelho de Lucas foi escrito, a cidade de Jerusalém e o templo já tinham sido destruídos pelos romanos e as perseguições contra os seguidores de Jesus já estavam acontecendo, tais como descritos no texto de hoje. É próprio da literatura apocalíptica tomar fatos do passado e apresentá-los como se ainda não tivessem acontecido. A finalidade desse tipo de linguagem é animar e fortalecer a resistência dos que são perseguidos. Diante desses fatos, Jesus alerta seus fiéis seguidores a não se deixar enganar por falsos pregadores e, além disso, mostra-lhes que tudo passa, mas ainda não será o fim de tudo. Em meio às dificuldades e perseguições, é preciso firmeza na caminhada para não sucumbir e para continuar dando testemunho e reafirmando a fé. O discípulo e a discípula de Jesus não podem ficar de braços cruzados olhando para o céu, mas são convidados a assumir o compromisso para que floresça o mundo novo da justiça, da paz e do amor, lembrando que Deus está no comando da história da humanidade. O Vaticano II nos alerta para estar atentos aos sinais dos tempos e a interpretá-los à luz do evangelho.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 17/11/2019

Reflexão

Quando o Evangelho de Lucas foi escrito, a cidade de Jerusalém e o templo já estavam destruídos pelos romanos e as perseguições contra os seguidores de Jesus estavam acontecendo, como descritas no texto de hoje. É próprio da literatura apocalíptica tomar fatos do passado e apresentá-los como se ainda não tivessem acontecido. A finalidade desse tipo de linguagem é animar e fortalecer a resistência dos que são perseguidos. Diante desses fatos, Jesus alerta seus fiéis seguidores a não se deixar enganar por falsos pregadores e, além disso, mostra-lhes que um dia passará, mas ainda não será o fim de tudo. Não podemos nos deixar paralisar pelo medo. Em meio às dificuldades e perseguições, é preciso firmeza na caminhada para não sucumbir e para continuar dando testemunho e reafirmando a fé. O discípulo e a discípula de Jesus não podem ficar de braços cruzados olhando para o céu, enquanto, aqui na terra e ao nosso lado, muitos estão morrendo de fome, e há desempregados, doentes abandonados, grupos perseguidos… Diante desses desafios, somos convidados a testemunhar nossa fé e assumir o compromisso com o Mestre, que nos convida a continuar o empenho por uma nova sociedade, fundamentada na justiça, na paz e no amor.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

A vida está difícil? - Aproveite a ocasião que Deus me dá para dar um bom testemunho, o de quem sabe viver na paz de Deus mesmo em meio a sofrimentos? - Diante das provações da vida, que significam para mim: paciência, constância, coragem, confiança em Deus, perseverança e firmeza? - Peço a Deus a graça de se forte em meio às contrariedades? - Diante das angústias da vida confio em Deus e procuro fortalecer minha esperança e fé?
Fonte: 12 - Santuário Nacional em 17/11/2013

Meditando o evangelho

A SALVAÇÃO PELA PERSEVERANÇA

Os discípulos de Jesus foram alertados contra os falsos alarmes de chegada do fim do mundo. O resultado disto era o medo, a insegurança e, de modo especial, o sentir-se bloqueado e desmotivado para fazer o bem. É perda de tempo dar ouvidos a quem se considera entendido nas coisas relativas ao fim do mundo, e quer se fazer de mestre dos outros.
As perseguições e dificuldades devem ser vistas pelos discípulos como ocasião para dar testemunho do Reino, sem a ilusão de que tudo acabará em breve. Por causa do nome de Jesus, eles seriam aprisionados, entregues às sinagogas judaicas, e levados diante de reis e governadores. Entre seus traidores estariam os seus próprios familiares e amigos. Seriam odiados, e muitos haveriam de sofrer morte violenta.
Em todas estas circunstâncias trágicas, os discípulos teriam a possibilidade de experimentar a proteção divina. Do Pai receberiam força para se defenderem diante dos tribunais, rebatendo as falsas acusações e testemunhando o nome de Jesus com denodo. E também, a força necessária para não se intimidarem e nem sucumbirem às investidas dos adversários.
Se forem capazes de perseverar, até o fim, no testemunho de Jesus, serão salvos. Desta forma, ficará patente sua adesão radical ao Reino e sua não compactuação com o mal e o pecado. Quem perseverar, experimentará a misericórdia salvífica do Pai.

Oração
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Espírito de constância, vem em meu socorro nos momentos de provação e dificuldade, quando a perseverança se torna difícil, e a fidelidade, um desafio.
Fonte: Dom Total em 17/11/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Reino em Construção
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A comunidade sempre gosta de recordar a história da construção de sua igreja templo, desde a primeira celebração para o lançamento e bênção da pedra fundamental, até o dia solene e festivo em que a obra, totalmente acabada foi consagrada pelo bispo diocesano e entregue ao povo de Deus.
Parecia quase impossível que naquela grande área no final da rua, tomada pelo matagal, em um terreno desnivelado, fosse surgir uma bela igreja, ladeada por uma bonita praça, mudando o visual do bairro.
A comissão de construção sob a direção do pároco, viveu momentos difíceis, as obras ficaram paralisadas quase um ano, por falta de recursos, passaram-se dias, semanas,meses, anos, marcados por muita luta, empenho, coletas, promoções, eventos, rifas, bingos. Houve até divergências entre os membros e alguns abandonaram a comissão, quase gerando uma crise na comunidade.
Mas enfim, um belo dia a igreja ficou pronta e totalmente acabada. Quantas histórias como essa a gente conhece ou até já viveu! O lançamento da pedra fundamental foi muito importante mas, e se tivesse parado nisso? E se a comunidade não tivesse “garra”, esperança e fé para levar adiante o projeto?
É maravilhoso participar de um projeto assim, que a gente vê iniciar-se do “nada”. No meio do caminho há os que desistem, por causa das dificuldades, há os que tomam posição contrária aos interesses da comunidade, há os que fazem intrigas ou críticas destrutivas. Há os que faltam com a caridade, amor, solidariedade, compreensão. Mas há aqueles que seguem adiante, perseverantes e firmes, nenhum argumento contrário consegue fazer com que desanimem.
E um belo dia a vitória começa a delinear-se, conquistada com sofrimento, sacrifício, suor e lágrimas. No futebol costuma se afirmar que, “ganhar de virada é mais gostoso”, de fato, virar o jogo e inverter uma situação de derrota, é coisa muito prazerosa, que nos proporciona uma incontida alegria.
A construção do reino de Deus no meio dos homens, vai nessa mesma linha, quanto mais dificuldades e sofrimentos na ventura desta vida, maior grandiosidade terá a vitória. Mas é preciso ser firme, principalmente quando a força contrária quer nos arrastar para o desânimo e o derrotismo.
A derrocada da força do mal, contrária ao reino de Deus, já tinha sido anunciada através dos profetas, entre eles Malaquias, que na primeira leitura desse 33º. Domingo do tempo comum, afirma que o mal será queimado como palha e não ficará nem raiz e nem ramo, mas para quem teme o nome do Senhor, irá nascer o sol da justiça trazendo salvação.
Uma montanha de palha pode causar admiração pelo volume, mas não tem consistência alguma ,bastando apenas um palito de fósforo e toda aquela palha já era. Mas é preciso acreditar que o bem é maior que o mal, é preciso ter ousadia e fidelidade ao evangelho, para acender o palito que destruirá o mal.
Por isso o evangelho, dentro do gênero literário chamado apocalíptico, estimula as nossas comunidades a continuarem firmes e perseverantes na fé, participando do reino novo inaugurado por Jesus, porém, deixa claro que a salvação não se realizará se o homem não colaborar, por isso Deus fez aliança com o seu povo. Jesus é a pedra fundamental perfeita, que os construtores rejeitaram, mas que foi tomada por Deus e colocada como alicerce de uma nova humanidade, sacramentando nele uma nova e eterna aliança.
Inúmeras vezes Jesus comparou o reino a uma semente, semeada no meio da humanidade, restando muito trabalho pela frente, e isso supõe a tarefa e a missão de cada cristão neste mundo. Ninguém pode ficar na ociosidade esperando passivamente a segunda volta do Senhor, na segunda leitura o apóstolo Paulo condena com veemência essa “vagabundagem” espiritual de alguns membros da comunidade de Tessalônica, muito ocupados em não fazer nada, só esperando pelo grande dia. Ser cristão e pertencer a uma igreja é comprometer-se em construir o reino a cada dia, se não ligarmos Fé e Vida, em todas as suas dimensões, nossas celebrações e nossos cultos, não terão nenhum sentido.
É em meio a este cenário de mentiras e enganos, de todos os dramas e as misérias humanas, de grandes catástrofes e acontecimentos trágicos e pavorosos. No meio de toda esta turbulência, o discípulo de Jesus deve permanecer firme, sem deixar-se levar pelo engano, ou desânimo, nem a traição de parentes ou amigos, porque a vida é maior que a morte, o amor é maior que o ódio, e o mal não resistirá a força da palavra e do testemunho do evangelho.. Por ora estamos no meio do caminho, coloquemos mãos a obra, esta causa vale a pena!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Cuidado para não serdes enganados - Lc 21,5-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Estamos no fim do ano litúrgico. É o tempo do julgamento, da ressurreição para a vida, da prova final para a vitória. “O dia virá”, diz o profeta Malaquias, “abrasador como fornalha”. Naquele dia, os soberbos e os ímpios serão queimados como palha, mas os que temem o nome do Senhor serão curados de todos os males e terão a salvação.
O Senhor vem julgar o mundo com justiça. O fim do mundo será parecido com a destruição do Templo e da Cidade Santa de Jerusalém. Passaremos por grandes provações. O discípulo missionário, que foi provado durante a longa caminhada com Jesus até Jerusalém, será agora aprovado. Permanecendo firme, ele irá ganhar a vida. As provações acontecem o tempo todo da nossa existência. Pode ser que se concentrem no momento final, mas nós já as conhecemos e queremos sair delas aprovados.
Enquanto esperamos a manifestação definitiva do Senhor no fim dos tempos, o que fazemos? Cruzamos os braços e esperamos? Ficamos ocupados não fazendo nada?
São Paulo, escrevendo aos tessalonicenses que estavam preocupados com o fim do mundo, dizia com muita clareza: “Enquanto esperamos, trabalhamos”. De si mesmo, Paulo diz que sempre trabalhou com esforço e cansaço dia e noite para não ser pesado a ninguém. Por isso ele dá a regra: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”. Paulo se refere tanto ao trabalho de cada dia, com o qual nos mantemos e sobrevivemos, quanto às boas ações. Fazer o bem é uma atitude normal do cristão. Ele não será surpreendido no dia do juízo fazendo o mal.
Se o Senhor tarda, ele não se desespera e, menos ainda, ele não relaxa. Não será pego de surpresa maltratando os outros, destratando os outros, ofendendo o próximo. Ao contrário, ele é incansável e trabalha para que todos comam o pão na tranquilidade. Para os que temem o nome do Senhor e o respeitam, o dia do juízo nascerá como o sol. Será o dia da justiça, a de Deus, sempre acompanhada da misericórdia. Será o dia da vitória para quem passou pela provação e saiu comprovado. Façamos o bem e saibamos administrar as contrariedades. Os problemas existem para ser superados. Se arderem como fornalha, não nos queimarão.
O fim dos tempos é anunciado com imagens fortes de perturbações cósmicas e de perseguições aos cristãos. “Nenhum fio de cabelo cairá de nossa cabeça”, assegura-nos Jesus. O Senhor mesmo colocará em nossa boca as palavras de que precisaremos para a nossa defesa. A época dos mártires ainda não acabou. Há sempre alguém morrendo em algum canto do mundo pela causa de Jesus Cristo e do seu Evangelho. Não nos deixemos enganar por ninguém nem nos assustemos com nada. Ainda não é o fim.
Fonte: NPD Brasil em 17/11/2019

Liturgia comentada

Sereis perseguidos… (Lc 21, 5-19)
Sei que muitos “fiéis” têm preferência por outro tipo de Evangelho: aquele que fala de pardais e lírios do campo, da tal recompensa no outro mundo, multiplicada por cem...
Entretanto, o Evangelho de hoje, com as tonalidades típicas do final do Ano Litúrgico, aponta em outra direção. Jesus anuncia uma catástrofe, isto é, um movimento para baixo, uma decadência geral, quando já não ficará “pedra sobre pedra”.
Nós somos construtores: desde os jardins suspensos de Babilônia, passando pelas pirâmides do Egito e a hidrelétrica de Itaipu, experimentamos um especial prazer em edificar monumentos, empilhando pedra sobre pedra. Pena que tudo cairá...
Da destruição do Templo de Jerusalém, com suas pedras imponentes, Jesus salta rapidamente para um outro Templo: seu próprio corpo, que logo será destruído impiedosamente em sua Paixão e Morte. Mas não para nesse corpo de carne. Logo se projeta para outro “Corpo” seu: a Igreja. E a cota que lhe cabe é, nua e crua, a perseguição.
Aqui e ali, tenho encontrado “fiéis” lamuriosos, reclamando de perseguições, como se a Igreja estivesse à espera de aplausos e confetes. Quanta inocência! Como comenta Hans Urs von Balthasar, “a perseguição não será um episódio ocasional, mas um “existencial” para a Igreja de Cristo e para os cristãos individuais. Sobre este ponto, Jesus é formal (vv. 12-17). VÓS sereis perseguidos. VÓS, os representantes da Igreja, TODA a Igreja”.
Basta uma olhadela panorâmica sobre estes dois mil anos de vida eclesial para contemplar a profecia cumprida: prisões, condenações, traições pelos próprios familiares, arenas com leões e touros, em suma: o martírio.
Enquanto espera, que deve fazer o cristão? O mesmo von Balthasar dá sua resposta: “Trabalhar!” Trabalhar como Paulo, que suou a camisa para comer seu pão. O que se pede a cada cristão é uma espécie de compromisso com o mundo “que Deus ama”!
E Jesus observou: “Não se perderá um só cabelo de vossa cabeça...” (Lc 21, 18)
Orai sem cessar: “O meu socorro vem do Senhor!” (Sl 121, 2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 17/11/2013

HOMILIA

ESTAR PREPARADOS E VIGILANTES

Estamos no penúltimo domingo do Ano Litúrgico. A Palavra de Deus convida-nos a meditar no fim último do homem, no seu destino além da morte. A meta final, para onde Deus nos conduz, faz nascer em nós a esperança e a coragem para enfrentar as adversidades e lutar pelo Advento do Reino. De fato, no evangelho há numerosas passagens que aludem a este tema, como os textos “apocalípticos”, pois o gênero “apocalíptico” era uma espécie de moda dos crentes daqueles tempos.
O tema do fim do mundo sempre foi um tema muito presente durante a historia do cristianismo. Podemos dizer que fazia parte da identidade cristã. Ser cristão implicava crer que nossa vida terminaria com um juízo de Deus sobre nós e sobre o mundo no seu conjunto: Deus decidiria em algum momento, e muito provavelmente de surpresa, no final do mundo; toda a humanidade seria convocada ao juízo final.
A vida é realmente muito curta e o encontro com Jesus está próximo. Isto ajuda-nos a desprender-nos dos bens que temos de utilizar e aproveitar o tempo; mas não nos exime de maneira nenhuma de dedicar-nos plenamente à nossa profissão no seio da sociedade. Mais ainda: é com os nossos afazeres terrenos, ajudados pela graça, que temos de ganhar o Céu. Por isso, o fiel cristão não deve esquecer que, além de ser cidadão da Terra, também o é do Céu. Assim, deve comportar-se entre os outros de uma maneira digna da vocação a que foi chamado, sempre alegre, irrepreensível e simples, compreensivo com todos, bom trabalhador e bom amigo, aberto a todas as realidades autenticamente humanas (cf. Fl. 1, 27; 2, 3-4; 2, 15; 4,4).
Jesus nos alerta sobre os falsos profetas: “Cuidado para não serdes enganados…”. Diante das catástrofes Jesus exorta à esperança: não ter medo… Esses sinais de desagregação do mundo velho não devem assustar, pelo contrário são anúncio de alegria e esperança, de que um mundo novo está por surgir. “Quando essas coisas começarem a acontecer, levantem-se, ergam a cabeça, porque a libertação está próxima” (Lc 21, 28).
“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (Lc 21, 19). Aproveitemos o tempo!… Diante das dificuldades não nos deixemos levar pelo desânimo! Acreditemos na Vitória final do Reino de Cristo.
Na nossa vida cotidiana, no exercício da nossa profissão, encontraremos naturalmente, sem assumir ares de mestres, inúmeras ocasiões de dar a conhecer a doutrina de Cristo: numa conversa amigável, no comentário a uma notícia que está na boca de todos, ao escutarmos a confidência de um problema pessoal ou familiar… O Anjo da Guarda, a quem tantas vezes recorremos, porá na nossa boca a palavra certa que anime, que ajude e facilite, talvez com o tempo, a aproximação mais direta de Cristo das pessoas que trabalham conosco. Cristo nos garante: “Coragem, levantai a cabeça, porque se aproxima a libertação”.
Senhor e Pai da história, ensina-nos a transformar as relações entre os seres humanos construindo uma história humana de amor, de liberdade, de justiça e de paz, que nos leve à construção de uma humanidade nova onde se explicite efetivamente o Reino de Deus que em breve chegará. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 17/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 17/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 17/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

Permaneça firme!

O mais importante é permanecermos firmes, não perdermos a convicção e a firmeza de quem nós seguimos.

“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (Lc 21,19).

Meus queridos irmãos e irmãs, a Palavra de Deus nos chama à atenção para termos o cuidado de não sermos enganados, porque o nosso coração vive uma sede de Deus, uma vontade de encontrar-se com Ele, de que Ele venha em nosso auxílio naquilo que nós precisamos.
Às vezes, há tantas pessoas revestidas de Deus, da Sua Palavra, mas de forma errônea, condenatória e sem nenhuma autoridade vinda do próprio Senhor. Falam em nome d’Ele, prometem isso e aquilo. Quantas enganações em nome de Deus!
Não cabe a nós julgar, basta ver quantas confusões existem em nome do Senhor; quantas ofensas, quantas promessas falsas, quantos falsos testemunhos. Nós, muitas vezes, nos deixamos confundir, porque o que queremos de Deus parece que se resume às coisas aqui na Terra, essa busca desenfreada de cura nos deixa longe do essencial, do amor de Deus, da palavra d’Ele, longe da vontade daquilo que Ele realmente tem para nós.
Não sigamos essa gente, não nos apavoremos com quem nos prega um Evangelho de medo, de pânico; não nos apavoremos quando alguém nos condena. Ninguém tem o poder de julgar, ninguém tem o poder de nos condenar, a não ser Jesus, o único e justo juiz. O mais importante é permanecermos firmes na nossa fé, é termos confiança e convicção naquele que é o nosso Senhor.
Nós, muitas vezes, passamos por tribulações difíceis por causa do nome de Jesus, por causa do Seu segmento. Nós, muitas vezes, seremos incompreendidos, tidos como loucos, insensatos, seremos julgados até pelos nossos. O mais importante é permanecermos firmes, não perdermos a convicção e a firmeza de quem nós seguimos.
Isso não significa viver uma fé de uma forma louca, insensata, sem juízo. Para seguir Deus é preciso ter sabedoria, sensatez, equilíbrio; para segui-Lo nós não precisamos ser fanáticos, mas ter convicção, paixão. Precisamos, no equilíbrio, buscar a profundidade d’Ele em nossa vida. Ter uma fé profunda não significa vivê-la de forma desequilibrada. Ao mesmo tempo, não basta dizer que temos fé se não tivermos seriedade no compromisso com Deus.
Quando vivemos nossa fé com seriedade, com equilíbrio, levando o Senhor a sério, nós não precisamos nos incomodar com falsos pastores, falsas promessas, falsas ilusões, nós não precisamos nos incomodar com aqueles que nos ameaçam usando a Palavra de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Coloquemos em Cristo a nossa confiança

“Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (Lucas 21,18).

Estamos caminhando para a reta final do nosso ano litúrgico e, de fato, a Liturgia nos coloca nos acontecimentos finais da nossa vida, da humanidade, daquela constante vigilância do Senhor que vem.
A primeira coisa que a Palavra de Deus nos chama a atenção é que nós precisamos ficar alertas porque o Senhor está no meio de nós mas, sobretudo, alertas para não sermos enganados e iludidos. Diante das ansiedades dos tempos, das tragédias e coisas da vida é muito fácil e sintomático escutarmos as pessoas pregando tragédias, pregando: “Olha, Jesus está voltando, e será logo”.
Eu sei que o Senhor está vindo, está voltando, mas O espero não no desespero, mas na confiança, porque os profetas dos desastres querem colocar o nosso coração no medo e a conversão que é feita pelo medo não é verdadeira, autêntica e nem alicerçada no amor.

Coloquemos em Cristo Jesus a nossa confiança e nossa fé porque é Ele quem cuida de nós

Quando Jesus anuncia todas as tragédias é para dizer que o mundo em que estamos, cercado de terremotos, guerras e conflitos é um mundo sem Deus, mas que o próprio Senhor virá para abreviar essas coisas para implantar de forma definitiva o Senhor em nosso meio.
Depois, ao mesmo tempo que precisamos estar alertas para não sermos enganados, iludidos, confundidos e ao mesmo tempo criarmos confusão com a própria Palavra do Senhor. A Palavra de Deus também nos alerta que seremos perseguidos, odiados, rejeitados por sermos discípulos de Jesus.
Temos que permanecer firmes, perseverantes porque o mundo pode se voltar inteiramente contra nós, mas não poderão nos derrotar porque o nosso Senhor é mais do que vencedor.
Portanto, não precisamos ter receio, medo ou temor porque o Senhor é quem cuida de nós. O importante é permanecer firme na fé, porque é só permanecendo firme na fé que iremos ganhar a eternidade.
Não desanimemos, não entreguemos o nosso coração ao medo, ao temor ou entreguemos o nosso coração as ansiedades dos tempos, mas coloquemos em Cristo Jesus a nossa confiança e nossa fé porque é Ele quem cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção.
Fonte: Canção Nova em 17/11/2019

Oração Final
Pai Santo, que saibamos acolher a mensagem do fim do ano litúrgico que se aproxima: assim como o tempo termina, também a nossa existência é fugaz. Ajuda-nos, Pai amado, a viver os nossos dias como uma caminhada já em teu Reino de Amor, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que nós saibamos acolher e assimilar a mensagem do fim do ano litúrgico que se aproxima: assim como o tempo passa e termina, também a nossa existência é fugaz. Ajuda-nos, amado Pai, a viver os nossos dias como uma caminhada já em teu Reino de Amor (ainda que não em sua plenitude), seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/11/2019