terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Os Santos Inocentes - 28 de Dezembro




A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.
Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.
A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.
Santos Inocentes, rogai por nós!

Santos Inocentes, padroeiros das crianças abandonadas

Mártires (Festa

Origens

A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras.

Os Magos

Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No. Abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes — ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não retornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.

O Anjo no sonho de José

Tendo eles partido, eis que um Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar’. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito.

Santos Inocentes: Vítimas de um tirano rei

A Ira de Herodes

E lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se, deste modo, o que tinha sido dito pelo Senhor, por meio do profeta, que disse: ‘Do Egito chamarei o meu filho’. Então, Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então, cumpriu-se o que estava predito pelo profeta Jeremias: ‘Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'” (Mt 2,11-20)

A Morte de Inocentes

Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

A Celebração dos Santos Inocentes

A Festa

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Santos Inocentes ficou sendo a destes. Começava às vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um “bispo”, estes cantorezinhos apoderaram-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas.

Extravagante Cerimônia

Depois, o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

Um convite para reflexão

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por esses pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Minha oração

“Pela injustiça humana, tantas almas tornaram-se mártires dando a vida em lugar do Cristo, as almas pedimos a intercessão e a gratidão por tão grande entrega. Olhai para nós, nossas fragilidades, nossas necessidades e cuidai da nossa salvação. Amém.”

Santos Inocentes, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 28 de dezembro

Em Alexandria, no Egipto, São Teonas, bispo, que foi mestre e predecessor de São Pedro mártir. († 300)
- Comemoração de Santo António, monge, que levou vida solitária e, sendo já ancião, se recolheu no mosteiro de Lérins, na Provença. († c. 520)
- Em Matélica, nas Marcas, região da Itália, a Beata Matias Nazzaréni, abadessa da Ordem das Clarissas. († c. 1326)
- Em Lião, na França, o dia natal de São Francisco de Sales, bispo de Genebra, cuja memória se celebra no dia do seu sepultamento em Annecy. († 1622)
- Em Roma, São Gaspar del Búfalo, presbítero, que lutou denodadamente pela liberdade da Igreja que fundou as Congregações de Missionários e das Irmãs Missionárias. († 1837)
- Em Nápoles, na Itália, Santa Catarina Volpicélli, virgem, que fundou o Instituto das Escravas do Sagrado Coração. († 1894)
- Em Kiev, na Ucrânia, o Beato Gregório Khomysyn, bispo de Ivano-Frankivsk e mártir. († 1945)

Fonte:
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Martirológio Romano

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

Santos Inocentes

A festividade dos santos Inocentes
aparece já no calendário cartaginês do
século IV, e pouco depois no
'Sacramentário leoniano'
Mártires
Um trágico episódio de sangue é narrado apenas pelo evangelista Mateus, que se dirige principalmente aos leitores provenientes do judaísmo, com a intenção de demonstrar que em Jesus se cumpriram as antigas profecias, até aquela do grito de dor de Raquel chorando os próprios filhos.
Os meninos de Belém e dos arredores, que o suspeitoso e sanguinário Herodes mandou matar, com a esperança de suprimir o Messias-rei, são as primícias dos redimidos e santificados pelo Salvador Jesus, segundo sua própria promessa: "Aquele que tiver perdido a sua vida por minha causa a encontrará".
A festividade dos santos Inocentes aparece já no calendário cartaginês do século IV, e pouco depois no 'Sacramentário leoniano'. O poeta Prudêncio, de cujos textos é tirada a liturgia deste dia, chama-os justamente 'Flores martyrum', as primeiras flores germinadas em torno do berço do Redentor, quais 'comites Christi'.
Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
Fonte: Paulinas em 2015

Santos Inocentes



Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez.
Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença.
Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina.
Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo".
Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado.
Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército.
A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse.
Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.
Fonte: Catolicanet em 2015

Santos Inocentes Mártires

O dia de hoje se comemora as Crianças Inocentes que o cruel Herodes mandou matar.
Conforme destaca o Evangelho de São Mateus, Herodes chamou os Sumos Sacerdotes para lhes perguntar em que lugar exato ia nascer o rei do Israel, que os profetas haviam anunciado. Eles lhe responderam: "Tem que ser em Belém, porque assim o anunciou o profeta Miquéias dizendo: "E você, Belém, não é a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que será o pastor de meu povo de Israel" (Miq. 5, 1).
Então Herodes se propôs averiguar exatamente onde estava o menino, para depois mandar a seus soldados a que o matassem. E fingindo disse aos Reis Magos: - "Vão e averigúem a respeito desse menino, quando o encontrarem retornam e me informam isso, para ir eu também a adorá-lo". Os magos se foram a Belém guiados pela estrela que lhes apareceu outra vez, ao sair de Jerusalém, e cheios de alegria encontraram ao Divino Menino Jesus junto à Virgem Maria e São José; adoraram-no e lhe ofereceram seus presentes de ouro, incenso e mirra. Em sonhos receberam o aviso divino de que não voltassem para Jerusalém e retornaram a seus países por outros caminhos, e o pérfido Herodes ficou sem saber onde estava o recém-nascido. Isto o enfureceu até o extremo, por isso rodeou com seu exército a pequena cidade de Belém, e deu a ordem de matar a todos os garotinhos menores de dois anos, na cidade e arredores.
O próprio evangelista São Mateus afirmará que nesse dia se cumpriu o que tinha avisado o profeta Jeremías: "Uma gritaria se ouça em Ramá (perto de Belém), é Raquel (a esposa de Israel) que chora a seus filhos, e não quer consolar, porque já não existem" (Jer. 31, 15).

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 28/12/2021

ANO C


Mt 2,13-18

Comentário do Evangelho

O novo Israel

O novo é dito com as palavras antigas e evoca o passado de Israel. Jesus é apresentado como o novo Israel e o Novo Moisés. Herodes lembra o Faraó do Egito que mandou matar todos os meninos nascidos dos Hebreus, pois eles representavam uma ameaça (Ex 1,15-22). Como Moisés escapou misteriosamente da morte (Ex 2,1-10) e fugiu para outro país para escapar do Faraó (Ex 2,11-15), do mesmo modo Jesus escapa da crueldade de Herodes (vv. 13-15) e, depois, vai para Nazaré (v. 23). Já desde muito cedo, pouco depois de seu nascimento, a perseguição de Herodes e o massacre das crianças de Belém prefiguram a rejeição de Jesus por parte de Israel.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.
Fonte: Paulinas em 28/12/2013

Vivendo a Palavra

Os retratos da vida se repetem pelos tempos afora. Também hoje os santos inocentes estão morrendo, vítimas da injustiça dos homens, da insensibilidade dos sistemas econômicos, do silêncio dos que se dizem religiosos... Prestemos ao mundo o serviço do testemunho de vida sóbria e modesta, de relações solidárias e misericordiosas com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os retratos da vida se repetem pelos tempos afora. Também hoje os santos inocentes estão morrendo, vítimas da injustiça dos homens, da insensibilidade dos sistemas econômicos e do silêncio dos que se dizem religiosos… Prestemos ao mundo o serviço do testemunho de uma vida sóbria e modesta, de relações solidárias e misericordiosas com os irmãos.

Reflexão

Os Santos Inocentes não chegaram sequer a tomar consciência de si mesmos. Suas vidas não puderam desabrochar. Seus lábios foram impedidos de louvar a Deus. Porém, seu sangue inocente banhou a terra e ficou à espera de outro sangue inocente, o de Jesus, derramado em resgate da humanidade pecadora. Santos Inocentes Mártires: primeiro elo de uma interminável cadeia de outros inocentes, cujas vidas são interrompidas, às vezes por motivos levianos: abortos, guerras e acidentes de várias espécies. A matança dos inocentes deixa na história uma marca repugnante e nos faz repudiar com veemência a insana e cruel atitude de qualquer pessoa que se apodera da vida alheia ou própria, para destruí-la. Senhor da vida é somente Deus. Os Santos Inocentes Mártires são celebrados desde o século VI.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 28/12/2019

Reflexão

Os Santos Inocentes não chegaram sequer a tomar consciência de si mesmos. Suas vidas não puderam desabrochar, seus lábios foram impedidos de louvar a Deus, porém seu sangue inocente banhou a terra e ficou à espera de outro sangue inocente, o de Jesus, derramado em resgate da humanidade pecadora. Santos Inocentes Mártires, primeiro elo de uma interminável cadeia de outros inocentes, cujas vidas são interrompidas, às vezes por motivos levianos: abortos, guerras e acidentes de várias espécies. A matança dos inocentes deixa na história uma marca repugnante e nos faz repudiar com veemência a insana e cruel atitude de qualquer pessoa que se apodera da vida alheia ou própria para destruí-la. Senhor da vida é somente Deus. Os Santos Inocentes Mártires são celebrados desde o século VI.
Oração
Ó Mestre e Senhor, dolorosa página fazendo referência aos Santos Inocentes Mártires! Por prepotência e cegueira de um déspota, os bebês foram cruelmente trucidados. Vem em nosso auxílio, Jesus, e ajuda-nos a promover a vida. Concede que jamais alguém se sinta no direito de tirar a vida do semelhante. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Herodes teme perder seu trono. Confuso, despistado pelos magos, apela para a ignorância: manda matar as crianças com menos de dois anos. Hoje não é diferente! O que dizer... do aborto, por exemplo? - São só poderosos que querem dominar seu semelhante ou há também pessoas simples que se transformam em dominadoras? O que leva tanta gente a praticar tanta maldade? - Que tipo de ajuda poderiam nos dar os magos que visitaram o Menino Jesus? - Faça uma prece pensando em Maria e José, pais de Jesus.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/12/2013

Meditando o evangelho

O MARTÍRIO DOS INOCENTES

A presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente alicerçado num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, punha a nu a perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na violência.
A matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. No coração do rei sangüinário não havia lugar para o amor.
Herodes, em última análise, ousou desafiar o próprio Deus, de quem Jesus era Filho e recebera uma missão. Levantar-se contra o Messias correspondia a rebelar-se contra quem o enviou. Mas Deus não se deixou vencer por Herodes: salvou seu Filho pela ação previdente de José, que se pôs em fuga para o Egito, com o menino e sua mãe.
Na vida de Jesus e de seus discípulos, a perseguição e a morte, por causa do Reino, seriam uma constante. Entretanto, como estão a serviço do Reino do Pai, podem contar com a vitória, uma vez que os prepotentes jamais prevalecerão.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, apesar das perseguições e da morte que deverei defrontar, ponho-me em tuas mãos e me consagro totalmente ao serviço do teu Reino.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Santos Inocentes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A referência máxima para os judeus era Moisés, em suas práticas religiosas e observância das Lei, tudo isso só tinha a Moisés como única referência como Homem de Deus, de quem Deus se serviu para libertar o seu povo da Escravidão do Egito. Mateus, que escreve para Judeus não pode "atropelar" toda uma tradição, acabando com as referências religiosas para falar de Jesus, o novo Libertador do homem. E Mateus nem precisa forçar muito no seu modo de escrever e falar de Jesus, de fato Jesus Cristo é a unidade de toda Escritura pois no antigo testamento, as pessoas e os acontecimentos apontam para ele, com ele toda a escritura tem um único sentido.
O jeito que Mateus encontrou foi fazendo um paralelo de Jesus com Moisés, daí vem os acontecimentos narrados neste evangelho, Moisés, tanto quanto Jesus também sofreu perseguição desde o seu nascimento, o Faraó tinha dado a ordem às parteiras, todo menino dos Hebreus deveria ser morto e jogado as águas do rio Nilo.
Os Poderosos do Egito tinham medo dos Hebreus que estavam aumentando consideravelmente e poderia vir a ser uma ameaça á sua soberania. Também com Jesus vai ocorrer o mesmo, Herodes manda matar todas as crianças recém-nascidas, porque não quer que nasça o novo Rei e Libertador do Povo. E esse processo que começou com a saída do povo do Egito, se repete em Jesus, onde a Sagrada Família também é chamada do Egito e a Revelação é feita a José em sonhos, como outrora outro José Sonhador, levou o seu povo ao Egito em tempos de seca e de flagelo.
Oh benditos Santos Inocentes, que receberam o martírio como Dom Divino, e mesmo sendo crianças recém-nascidas, deram o seu testemunho corajoso dando a vida para preservar a Vida Verdadeira que viria para todo Homem. Uma leitura ingênua desse fato teria do leitor uma recriminação "Como pode Deus consentir  uma desgraça dessa?" . Mas o entendimento da reflexão proposta por Mateus perpassa o fato em si, que provavelmente nem seja histórico, pois ele quer revelar aos Judeus que um novo e definitivo Moisés já chegou e está em meio aos homens: Jesus Cristo, Nosso Senhor, aquele que incomoda e abala as estruturas do poder dos homens, porque tem algo muito maior a oferecer: uma libertação plena do homem integral...

2. Ouviu-se um grito em Ramá - Mt 2,13-18
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A história dos Santos Inocentes é contada por São Mateus na passagem do Evangelho que acabamos de ler. Seria uma reflexão ampliada do que se lê em Jeremias: “Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem”. Raquel, esposa de Jacó, morreu ao dar à luz Benjamin. Foi sepultada no caminho de Belém. Meditando o acontecimento da matança dos Santos Inocentes, São Quodvultdeus, no século quinto, escrevia: “Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. Por que temes, Herodes?… Matas o corpo das crianças porque o medo matou teu coração… Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem”. Sem saber, crianças inocentes deram a vida por Jesus. Um rei cruel mandou matá-las. Que elas protejam nossas crianças!
Fonte: NPD Brasil em 28/12/2019

HOMILIA

O MARTÍRIO DAS CRIANÇAS

Hoje é o dia dedicado aos Santos Inocentes, que são aquelas crianças que foram assassinadas a mando de Herodes, quando José fugiu com Maria e Jesus para o Egito. Esses pequenos e inocentes mártires foram os primeiros a morrer para que se cumprisse o projeto de Deus com Jesus. E Jesus devia saber disso. A presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente alicerçada num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, tornava pública a perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na violência.
A matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. O que leva uma pessoa a matar crianças com menos de 2 anos de idade? Parece algo distante da nossa realidade, mas está mais perto do que pensamos. E aqui eu vou dar dois exemplos de como isso acontece bem perto de nós.
Primeiro pensemos no aborto, que é algo aparentemente sem maiores conseqüências, mas que transforma as pessoas que o praticam em assassinos semelhantes a Herodes. Por que Herodes mandou matar aquelas crianças? Para não perder seu lugar no trono. Por que as pessoas abortam? Para não perderem seu lugar no trono. Uma criança não-planejada representa uma mudança nos planos dos pais, que para não perderem o controle de suas vidas, tornam-se assassinos de um inocente. E isso acontece em todas as classes sociais, da mesma forma que o segundo exemplo...
Algumas crianças vão sendo mortas aos poucos pela ausência ou pela super-proteção dos pais. A ausência física, ou a ausência do exemplo a seguir. As crianças se espelham muito nos seus pais, e todas as atitudes dos pais penetram no inconsciente e refletem no comportamento dos filhos. Crianças não sabem distinguir entre o certo e o errado vão aprendendo à medida que vão vendo e escutando seus pais... E a super proteção priva a criança de desenvolver suas potencialidades... Esse tipo de morte lenta começa na infância, por culpa dos pais.
Cuidar de crianças não é uma tarefa fácil, mas de todas as tarefas, é a mais gratificante. Ser o herói e o exemplo de vida para um filho deveria ser o desejo de todos os pais, pois aquele filho e aquela filha são a continuação da sua vida nesse mundo. Uma árvore boa só pode dar frutos bons, que tem sementes boas, que formarão outras árvores boas.
Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 28/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

28 de DEZEMBRO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/12/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Não podemos mais permitir que nenhuma vida seja maltratada!

Não podemos mais permitir que nenhuma vida seja maltratada, nenhuma vida seja eliminada, a começar pela vida de nossas crianças.

”Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos” (Mt 2, 16).

Ainda estamos celebrando as alegrias do nascimento de Jesus Cristo e a Igreja nos permite contemplar diversas faces da presença de Deus no meio de nós. O relato do Evangelho de hoje, a festa que nós celebramos hoje, é sobre os santos inocentes, crianças de dois anos para baixo que foram assassinadas brutalmente pela maldade de Herodes, que queria matar Jesus, que queria de alguma forma eliminá-Lo. Com medo do seu trono ser ameaçado, por isso, ele mandou perseguir toda e qualquer criança daquela região que tivesse menos de dois anos, na certeza de que, de uma forma ou de outra, mataria Jesus.
José e Maria, avisados pelo anjo, fogem para o Egito e lá vão viver muitos anos, até que Herodes morra e, assim, eles possam voltar a viver em Nazaré.
O que este infanticídio de hoje diz ao nosso coração? Infelizmente, meus irmãos e irmãs, no mundo em que vivemos nem tudo é alegria e festa; nem todas as crianças podem comemorar, celebrar o Natal, ganhar presentes, sorrir… Nem todas as crianças têm pão para comer, roupa para vestir, nem todas as crianças são respeitadas na sua dignidade.
O infanticídio cometido por Herodes continua a acontecer no meio de nós, hoje, de diversas formas. A mais trágica delas ainda é o aborto; um dos crimes mais brutais e desumanos que existem, no qual crianças são assassinadas ainda no ventre de sua mãe. Elas são, na verdade, mártires, como as crianças do Evangelho de hoje.
Algumas crianças não morrem no ventre de sua mãe, mas vão morrendo aos poucos no meio de nós. A desnutrição infantil e a falta de condições dignas levam muitas crianças a se tornarem doentes, vítimas da fome, vítimas da guerra, vítimas das tragédias humanas. Milhões de crianças no mundo inteiro são vítimas de abusos, que vão acabando com a dignidade delas e vão, aos poucos, tirando o sentido da vida de muitas delas.
Hoje, muitos adultos sofrem, porque, quando eram crianças, sofreram este ou aquele tipo de abuso. No dia de hoje, nós queremos levantar a nossa voz, queremos levantar o nosso coração para nos unirmos ao Coração de Jesus em defesa dos nossos pequenos. Não podemos mais permitir que nenhuma vida seja maltratada, que nenhuma vida seja eliminada, a começar pela vida de nossas crianças.
Não podemos mais permitir a prostituição infantil nem o abuso de crianças! Não podemos mais permitir a pedofilia ou qualquer outro crime que tire a dignidade dos nossos pequenos. O reino dos céus é de quem se parece com elas! Nós amamos o sorriso dos pequenos, mas não podemos ter a nossa mente e o coração fechados! E nos comportarmos com indiferença, porque ao nosso lado existem crianças sofrendo.
Não cuidemos só do nosso filho ou da nossa filha. Claro, cuidemos dos nossos em primeiro lugar, a obrigação de cada pai, cada mãe, é cuidar do seu filho e da sua filha. Mas, uma vez que somos filhos de Deus, precisamos cada vez mais unir forças para defender a vida de nossas crianças.
O Natal vai ser apenas uma euforia se resumirmos o sentido natalino a trocarmos presentes, a darmos roupas novas para nossos filhos e brinquedos e nos esquecermos de que milhões e milhões de crianças continuam sendo martirizadas, sofridas e penalizadas pela brutalidade humana.
Deus abençoe e proteja nossas crianças desde o ventre de suas mães!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

O Reino de Deus nos traz a vida plena

Levanta-te, pega o Menino e Sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o Menino para matá-Lo” (Mateus 2,13).

Herodes representa o poder destruidor desse mundo, o poder e a cultura da morte, aquele que persegue e, de fato, quer extinguir tudo aquilo que representa a vida, inclusive, a vida plena que Deus nos trouxe.
Herodes queria matar Jesus porque Ele representava uma ameaça para Herodes, representava uma ameaça para a sua tirania e para todos os tiranos da sociedade porque Jesus é o Senhor da vida.
Jesus não veio para usufruir de qualquer poder humano, de qualquer tirania humana, porque o Reino d’Ele não é desse mundo. O Reino d’Ele é da vida plena e da vida em abundância. E aqueles que não conhecem essa vida se opõem à vida que Deus nos trouxe.
Para tentar matar Jesus, para tentar encontrá-Lo porque Herodes não O conhecia, ele mandou matar todas as crianças da redondeza que tinham menos de dois anos e, por isso, uma grande matança, uma grande tragédia, um grande infanticídio ocorria naqueles arredores para que, de alguma forma, Jesus fosse eliminado.

O Reino de Deus não é deste mundo, o Reino d’Ele é da vida plena e da vida em abundância

Todo atentado contra a vida é um atentado contra Deus, contra Jesus. Toda a forma de eliminar a vida humana, toda a violência vinda de qualquer lado, de qualquer parte; toda a violência vivida que ataca a vida é um ataque a presença de Deus no meio de nós.
Na celebração do Natal, Jesus é aquele que se coloca ao lado dos que têm a vida ameaçada pelas perseguições pela cultura da morte. Jesus é aquele que se coloca ao lado das vítimas, desde o aborto a outros crimes violentíssimos contra a vida: vida de crianças inocentes, vida de crianças no ventre de suas mães, vida de adolescentes e jovens, vida que se manifesta desde a primeira infância até a vida dos nossos idosos que, muitas vezes, estão morrendo por falta de cuidado, estão sendo eliminados pela cultura da morte, a cultura do descarte dos tempos em que vivemos.
Para anunciar Jesus não basta que Ele esteja na nossa vida particular, mas precisamos promover a vida desde a sua concepção até o seu entardecer mais longo.
Toda a vida é manifestação amorosa de Deus, por isso, hoje não celebramos a morte, pelo contrário, denunciamos a morte como algo perverso, enganador, denunciamos aqueles que promovem a morte como inimigos da graça de Deus, porque Ele veio trazer vida para todos.
Cuidemos da vida de nossas crianças, de nossos jovens e de nossos idosos. Promovamos a vida porque a vida que vivemos aqui, com curtos dias, muitos dias, não importa a quantidade de dias, pertence a Deus. A Ele devemos dar contas, no entardecer da vida, do nosso viver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal CançãNova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2019

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um olhar manso e puro, capaz de enxergar nossos irmãos. E nos dá também, Pai amado, desprendimento e coragem para partilhar os dons com que nos cumulaste, aliviando, assim, o sofrimento e a dor dos companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um olhar manso e puro, capaz de enxergar nossos irmãos. E nos dá também, amado Pai, desprendimento e coragem para partilhar os dons com que nos cumulaste, aliviando, assim, o sofrimento e a dor dos companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.