sexta-feira, 10 de novembro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

São Leão Magno - 10 de novembro



O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de “Magno”, que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade. São Leão Magno nasceu em Toscana (Itália) no ano de 395 e depois de entrar jovem no seminário, serviu a diocese num sacerdócio santo e prestativo.
Ao ser eleito Papa, em 440, teve que evangelizar e governar a Igreja numa época brusca do Império Romano, pois já sofria com as heresias e invasões dos povos bárbaros, com suas violentas invasões. São Leão enfrentou e condenou o veneno de várias mentiras doutrinais, porém, combateu com intenso fervor o monofisismo que defendia, mentirosamente, ter Jesus Cristo uma só natureza e não a Divina e a humana em uma só pessoa como é a verdade. O Concílio de Calcedônia foi o triunfo da doutrina e da autoridade do grande Pontífice. Os 500 Bispos que o Imperador convocara, para resolverem sobra a questão do monofisismo, limitaram-se a ler a carta papal, exclamando ao mesmo tempo: “Roma falou por meio de Leão, a causa está decidida; causa finita est”.
Quanto à dimensão social, Leão foi crescendo, já que com a vitória dos desordeiros bárbaros sobre as forças do Império Romano, a última esperança era o eloquente e santo Doutor da Igreja, que conseguiu salvar da destruição, a Itália, Roma e muitas pessoas. Átila ultrapassara os Alpes e entrara na Itália. O Imperador fugia e os generais romanos escondiam-se. O Papa era a única força capaz de impedir a ruína universal. São Leão sai ao encontro do conquistador bárbaro, acampado às portas de Mântua. É certo que o bárbaro abrandou-se ao ver diante de si, em atitude de suplicante, o Pontífice dos cristãos e retrocedeu com todo o seu exército.
Dentre tantas riquezas em obras e escritos, São Leão Magno deixou-nos este grito: “Toma consciência, ó cristão da tua dignidade, já que participas da natureza Divina”.
Entrou no Céu no ano de 461.
São Leão Magno, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2020

São Leão Magno


Natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma, por volta do ano 430; dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.
No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano” – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.
Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão, nas quais a população encontrou abrigo e se salvou.
A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia -, que reconheceu e afirmou a unidade das duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade”.
Sustentador e promotor da primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. De fato, foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez, pobreza, injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias – lê-se em seus escritos – para manter constantemente a justiça e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível”.
Seu Pontificado, que durou vinte e um anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão; o primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”; o primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”. A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro.

São Leão Magno, rogai por nós!

Oração contra o desânimo (composta por São Leão Magno):

Não desista nunca: Nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem ignorados, nem quando a desilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar, nem quando a traição te ferir, nem quando o sucesso te abandonar, nem quando a ingratidão te desconcertar, nem quando a incompreensão te rodear, nem quando a fadiga te prostrar, nem quando tudo tenha o aspecto do nada, nem quando o peso do pecado te esmagar. Invoque sempre a Deus, junte as mãos, reze, sorria… E recomece!

Referência:
vaticannews.va
Fonte: Canção Nova em 2022

São Leão Magno, o 45º Papa da Igreja Católica

Papa e Doutor da Igreja


Origens

São Leão Magno é natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma por volta do ano 430. Dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.

Convenceu Átila a mudar de ideia

No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano” – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.

Impediu a cidade de ser incendiada

Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão. Nas Basílicas, a população encontrou abrigo e se salvou.

São Leão Magno: defendeu a Doutrina da Igreja

Defesa da Doutrina

A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia; que reconheceu e afirmou a unidade das duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade”.

Escritos

Sustentador e promotor da primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. Foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez e pobreza, pelas injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias para manter constantemente a justiça e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível”.

O Primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”

Pontificado

Seu Pontificado, que durou 21 anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão. O primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”. O primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”.

Páscoa

A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro.

Oração contra o desânimo (composta por São Leão Magno):

Não desista nunca: Nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem ignorados, nem quando a desilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar, nem quando a traição te ferir, nem quando o sucesso te abandonar, nem quando a ingratidão te desconcertar, nem quando a incompreensão te rodear, nem quando a fadiga te prostrar, nem quando tudo tenha o aspecto do nada, nem quando o peso do pecado te esmagar. Invoque sempre a Deus, junte as mãos, reze, sorria… E recomece!

Minha oração

“Doutor nas ciências de Cristo, sábio no conhecimento do Mestre dos mestres, sejamos vossos discípulos e nos tornemos grandes conhecedores de Deus. Que Quanto mais o conhecemos mais o amemos e adoremos, o exaltemos acima de tudo! Amém.”

São Leão Magno, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 10 de novembro

- Na antiga Pérsia, o passamento de São Demetriano, bispo de Antioquia. († c. 260)
- Em Tiana, na Capadócia, na hodierna Turquia, Santo Orestes, mártir. († s. III/IV)
- Em Ravena, na Flamínia, hoje nas Marcas, região da Itália, São Probo, bispo. († s. III/IV)
- Na antiga Pérsia, os santos mártires Narsés, bispo, venerável ancião, e José, seu discípulo. († 343)
- Em Cantuária, na Inglaterra, São Justo, bispo. († 627)
- Em Villa del Foro, localidade do Piemonte, região da Itália, São Baudulino, eremita. († s. VIII)
- Em Nápoles, Itália, Santo André Avelino, presbítero da Congregação dos Cónegos Regrantes. († 1608)
- Em Barcelona, na Espanha, o Beato Acisclo Joaquim Piña Piazuelo, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936)
- Em Madrid, na Espanha, as beatas Manuela do Sagrado Coração, virgem da Congregação das Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e Companheiras, mártires. († 1936)
- Em Hamburgo, na Alemanha, os beatos Eduardo Müller, Germano Lange e João Prassek, presbíteros da diocese de Lübeck e mártires. († 1943)

Fonte:
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
- Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

São Leão Magno

São Leão I, o Magno
Papa
Século V

Papa e doutor da Igreja (+461)
Nascido provavelmente em Roma, de pais de origem toscana, Leão foi elevado ao sólio pontifício em 440. No seu longo pontificado realizou a unidade da Igreja, impedindo usurpações de jurisdição pelo patriarcado de Constantinopla e vicariato de Arles.
Combateu as heresias dos pelagianos, dos maniqueus, dos nestorianos e sobretudo dos monofisitas, com a célebre Carta dogmática endereçada ao patriarca Flaviano de Constantinopla, na qual expõe a doutrina católica das duas naturezas de Cristo em uma só pessoa. A carta, lida pelos legados romanos na assembleia conciliar de Calcedônia (451), forneceu o sentido e as próprias fórmulas da definição dogmática e marcou época na teologia católica.
Mas não só por esse ato solene Leão teve — o primeiro entre os papas — o título de Magno e, em 1754, o de doutor da Igreja. Ele tinha uma ideia altíssima da própria função. Encarnava a dignidade, o poder e a solicitude do príncipe dos apóstolos.
Os seus 96 sermões e as 173 cartas chegadas até nós mostram-nos um papa paternalmente dedicado ao bem espiritual dos fiéis, aos quais se dirige com uma linguagem sóbria e eficaz. Mesmo não se detendo nos particulares de uma questão doutrinária, expõe os conteúdos dogmáticos dela com clareza e precisão, e ao mesmo tempo com um estilo culto e atento a certa cadência, que torna agradável a sua leitura.
O seu pontificado corresponde a um dos períodos mais atormentados da história; assim, ao cuidado espiritual dos fiéis uniu-se uma solicitude pela salvação de Roma. Quando, na primavera de 452, os hunos transpuseram os Alpes, Valentiniano III, refugiado em Roma, não encontrou outra solução senão rogar ao papa que fosse ao encontro de Átila, acampado perto de Mântua.
Leão foi até ali e convenceu o feroz guerreiro a retirar-se para a outra margem do Danúbio. A lenda conta que Átila viu no céu os apóstolos Pedro e Paulo com as espadas desembainhadas em defesa do pontífice. Este repetiu a mesma tentativa três anos depois com o bárbaro Genserico, mas com menos sucesso. Os vândalos, oriundos da África, aportaram na Itália e adentraram a Cidade Eterna. O papa foi o único a defendê-la e conseguiu que Genserico não a incendiasse nem matasse os habitantes. Em 14 dias de ocupação contentou-se em saqueá-la. A história da arte é-lhe grata.
Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
Fonte: Paulinas em 2015

o Leão Magno, Papa

Chamado Magno pela grandeza de suas obras sua santidade, é o Pontífice mais importante de seu século. Teve que lutar fortemente contra duas classes de inimigos: quão externos queriam invadir e destruir a Roma, e os internos que tratavam de enganar os católicos com enganos e heresias.
Nasceu na Toscana, Itália; recebeu uma esmerada educação e falava muito corretamente o idioma nacional que era o latim. Chegou a ser Secretário do Papa São Celestino, e do Sixto III, e foi enviado por este como embaixador a França para tratar de evitar uma guerra civil que estalaria pela briga entre dois generais.
Desde o começo de seu pontificado deu mostra de possuir grandes qualidades para esse ofício. Pregava ao povo em todas as festas e dele se conservam 96 sermões, que são verdadeiras jóias de doutrina. Aos que estavam longe os instruía por meio de cartas. Conservam-se 144 cartas escritas por São Leão Magno.
Morreu em 10 de novembro do ano 461.

São Leão I (O Grande), Papa

o Leão I (Pontificado:   440 - 461)

Comemoração litúrgica: 10 de Novembro.

Também nesta data: Santa Ninfa e Santa florência

São Leão, célebre  na história da Igreja pelo profundo saber, pelas grandes e extraordinárias virtudes e principalmente pelo brilhante governo que fez, como chefe supremo da cristandade, era natural de Roma.  Bem cedo, quando ainda fazia  os estudos, pode-se  observar-lhe um talento fora do comum, como de fato se distinguiu entre os condiscípulos, sendo entre  eles um homem  que ocupava o primeiro lugar. Considerando  as ciências profanas o acesso para as divinas, com  sua aquisição não se contentou,  dedicando-se  depois ao estudo da teologia e dos livros sacros.
Feito sacerdote, o Papa  Celestino, conhecendo de perto  o grande valor científico e  moral do jovem eclesiástico, ocupou-o logo nos trabalhos administrativos. Por diversas  vezes Leão se desempenhou de  cargos dificílimos, como delegado  apostólico.    Foi Leão   que descobriu as tramóias  hipócritas, que o pelagiano  Juliano  fazia para obter  a  readmissão  no grêmio da Igreja.
Quando em 440  Xisto III morreu, por unanimidade de votos, foi Leão eleito Papa. O novo Pontífice,  conhecendo  bem a grande responsabilidade que um chefe da Igreja tem, em longas e fervorosas  orações se preparou para os trabalhos deste novo cargo. Roma  foi o primeiro campo de  sua ação apostólica. Pela oração, pela  palavra e pelo exemplo, trabalhou na elevação dos costumes. Às  outras dioceses, dentro e fora da Itália dirigiu mensagens  episcopais, todas  elas  documentos de  piedade, zelo e prudência. Não   estava muito  tempo sentado   no sólio  pontifício, quando começou  a  campanha contra as  heresias, que por toda a parte se  levantaram. Eram os maniqueus, os arianos, donatistas, priscilianistas e pelagianos que, quais  lobos famintos procuravam infestar  o rebanho de Cristo.  Em numerosas circulares dirigidas aos bispos, exortou-os  a serem vigilantes, indicou-lhes o modo  e  os meios de combaterem as  doutrinas errôneas e em  diversos  concílios, entre  estes,  no célebre  concílio de Calcedon, foram  discutidas e condenadas  as  seitas, que  deturpavam  a doutrina sobre a  encarnação de Cristo.
Prova  do seu espírito  justiceiro que não conhecia acepção de pessoas, deu numa questão litigiosa entre bispos  gálicos, que tinham invocado sua intervenção.   No seu julgamento nem poupou a  Santo Hilário, cujo  rigor  excessivo  com os  bispos  subalternos reprovou.
Enquanto Leão com todo empenho, procurava  afastar do rebanho de Nosso Senhor a  peste do erro, a Europa sofria uma das maiores calamidades que a história conhece: A invasão dos Hunos, chefiados  por Átila, que a si próprio se chamava o  açoite de Deus.  A devastação, o incêndio, pilhagem e a morte marcavam as passagens das terríveis  hordas  asiáticas. Apavorados,  fugiam os  povos  à  aproximação delas, para  não serem  vítimas da crueldade  inaudita dos  bárbaros.  Átila, sem achar resistência pode atravessar  o sul da Rússia, a Áustria  e  a Alemanha.  Tendo chegado aos  campos  catalaúnicos, na França  achou quem lhe fizesse frente, e seu exército foi derrotado. Mudando de rumo, teve a  intenção de  tomar Roma e  com este fim, invadiu a Itália. Leão convidou  os fiéis à oração e penitência, implorando assim  o auxílio divino. Átila tinha chegado  já o Ravenna, e os romanos tremiam, na expectativa   da cidade sofrer uma invasão.  Leão foi ao encontro do tirano, o qual, contra o que se poderia esperar, o recebeu com honras e sinais de respeito. Átila  prometeu pôr  têrmo à obra devastadora e  contentar-se com o pagamento de  um tributo. Posteriormente, perguntado  porque  se  curvara  diante de um sacerdote indefeso, respondeu:  "Não me curvei diante de uma pessoa, mas diante de  um ser  sobrenatural, que vi ao seu lado ameaçar-me com uma espada  flamejante".  Átila  retirou-se  para a  Panônia, onde pouco tempo depois morreu.
A vitória que Leão alcançou sobre Átila, não lhe foi possível obter, um ano depois, sobre Genserico, rei dos Vândalos e  ariano que,  às  instigações da imperatriz  Eudóxia, invadiu a Itália e  saqueou Roma.  Leão  apenas conseguiu salvar  a  cidade do incêndio e  as  igrejas da profanação. Genserico  respeitou  a  vida dos cidadãos  romanos, mas entregou muitos  à escravidão.
Os horrores  que Roma sofreu, com a  invasão dos Vândalos, Leão  atribuiu-os à  vida dissoluta e  à  ingratidão dos romanos. Leão reinou vinte e um anos. Foi  um dos  mais  gloriosos  pontificados, devido à sabedoria, prudência e piedade do santo Pontífice.
Deste grande  Papa possuímos  101  alocuções e 141  circulares, documentos  preciosos, que provam cabalmente que a  doutrina católica no século quinto era idêntica à dos nossos  dias.  Leão o Grande, morreu no ano de 461.
REFLEXÕES:
Com franqueza apostólica São Leão apontou a ingratidão e os pecados dos habitantes de Roma, como causadores da  grande desgraça da  invasão dos Vândalos.  Não  outros motivos de muitos  sofrimentos e calamidades, que caem  sobre uma  nação, uma sociedade ou família. Deus castiga o pecado e  a ingratidão.  "É  certo  -  diz  São Jerônimo -  que fome, guerra, epidemia  e  outros  sofrimentos, são conseqüências  dos nossos  pecados".  A Sagrada  Escritura confirma esta verdade, com numerosíssimos  exemplos. A história do povo judeu é a prova mais patente da reação da  justiça divina, que castiga o mal e recompensa o bem. Os Judeus  conheciam muito bem esta tática  divina.  "Não fomos obedientes aos  vossos  mandamentos -  diz o piedoso Tobias - eis porque  estamos  entregues ao saque, ao cativeiro e  à morte e  para servirmos de fábula e de  escárnio a  todas as nações, por entre as quais  nos espalhastes".  (Tob 3,4). Para afastar de  nós  os  castigos de Deus, devemos recorrer  à penitência; porque  só a penitência deve  remover o pecado, a virtude deve santificar a  nossa vida, a oração deve  unir-nos a Deus.
Fonte: Página Oriente em 2015

São Leão Magno

Nascimento - No ano 400

Local nascimento - Toscana (Itália)

Ordem - Papa

Local vida - Vaticano- Roma

Espiritualidade - São Leão Magno ou Papa Leão I - 21 anos de pontificado -viveu em uma época dificílima para a Igreja, em controvérsias e incertezas daquele século sacudido por assaltos e incêndios, como um prelúdio em que o mundo ruía. Estabeleceu a doutrina católica contra os monofisistas e convocou o Concílio de Calcedônia, o IV Concílio com 660 bispos orientais, definindo a doutrina das duas natureza de Jesus Cristo: a divina e a humana. Dedicou os últimos seis anos de sua vida a reconstruir ruínas causadas pelos inúmeros saques de vândalos de Genserico obtendo, por diplomacia e humildade, que Roma não fosse incendiada e seus habitantes respeitados. Escreveu 96 sermões e 173 cartas que buscavam alimentar o lado espiritual das pessoas mais simples. Sua célebre "Epístola Dogmática a Flaviano" lida pelos delegados romanos que presidiam a assembléia, forneceu sentido e fórmulas de definição conciliar, criando assim uma efetiva unidade e solidariedade com a sede de Roma, caso único na história da Igreja, até hoje.

Local morte - Roma

Morte - 10 de novembro de 1461, aos 61 anos de idade

Fonte informação - Santo Nosso de cada dia, rogai por nós

Oração - Deus, nosso Pai, embora a Igreja seja formada de vários membros, em Cristo Jesus, vosso Filho, somos um. Pelo batismo fazemos parte da grande família dos filhos de Deus. Por isso, Senhor, inspirai-nos sentimentos de fraternidade, de cooperação, de serviço. São Leão Magno tudo fez para preservar a integridade da fé e a unidade da Igreja. Esforcemo-nos também para construir a unidade em nossas famílias, em nossa comunidade e em nossa nação. Em Cristo Jesus, somos sacerdotes, profetas e reis. Recebei, pois, Senhor Deus, nosso Pai, a oferta de nossa própria vida consagrada ao bem, à justiça e à verdade. Dai-nos o dom das profecias, para que anunciemos a vossa mensagem libertadora, e que o vosso nome seja bendito para sempre. Reinemos com vosso Filho, colocando-nos a serviço de nossos semelhantes, não nos omitindo diante tarefas urgentes de nosso tempo (1 Pedro 2,4ss.).

Devoção - À doutrina Católica e reconstrução dos templos em ruínas

Padroeiro - Dos tempos difíceis da Igreja

Outros Santos do dia - André, Avelino (conf); Demétrio, Probo (bispos); Aniano (diác); Eustásio, Tobério, Modesto, Florência (márts); Trifena e Trifosd, Trifão e Respício (márts.); Noé (patr). Daniel (médico).

Fonte: ASJ em 2015

LEITURA ORANTE DO DIA 10/11/2023



LEITURA ORANTE

Lc 16,1-8 - Transformar a riqueza em instrumento de fraternidade e partilha!

A esperteza do administrador

Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas
que se encontram neste ambiente digital.
Graça e Paz a todos.
Jesus Mestre, creio com viva fé
que estais aqui presente, junto de mim,
para indicar-me o caminho que leva ao Pai.
Iluminai minha mente, movei meu coração,
para que esta meditação produza em mim frutos de vida.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos com atenção, o texto Lc 16,1-8 que narra a
parábola do administrador desonesto.
Jesus disse aos seus discípulos:
- Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: "Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador."
- Aí o administrador pensou: "O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer... Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas."
- Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: "Quanto é que você está devendo para o meu patrão?"
- "Cem barris de azeite!" - respondeu ele.
O administrador disse:
- "Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinquenta."
- Para o outro ele perguntou: "E você, quanto está devendo?"
- "Mil medidas de trigo!" - respondeu ele.
- "Escreva oitocentas!" - mandou o administrador.
- E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
- As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.
Refletindo
Muitos acham esta parábola desconcertante. Ela diz claramente que o administrador era desonesto. E, no entanto, o patrão o louva. Mais ainda: Jesus o apresenta como modelo. O administrador usa esperteza. Procura se cercar de amigos. E os faz através dos devedores do seu patrão. O recurso que utiliza é engenhoso e desonesto. O patrão admira o seu engenho.
Podemos entender assim: na parábola de Jesus, Deus é o patrão defraudado que nos recebe no seu Reino, apesar de nossa pobre administração.
Ou, como você pensa?

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “Dos que vivem em Cristo se espera um testemunho muito crível de santidade e de compromisso. Desejando e procurando essa santidade não vivemos menos, mas melhor, porque, quando Deus pede mais, é porque está oferecendo muito mais: “Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo!” (DAp 352)

O papa Francisco comenta a parábola:
"A riqueza pode levar a construir muros, criar divisões e discriminações. Jesus, ao contrário, convida os seus discípulos a inverter a rota: «Arranjai amigos com a riqueza». É um convite a saber transformar bens e riquezas em relacionamentos, porque as pessoas valem mais do que as coisas e contam mais do que as riquezas possuídas. Com efeito, na vida não são aqueles que têm muitas riquezas que dão frutos, mas aqueles que criam e mantêm vivos muitos vínculos, tantas relações, numerosas amizades através das diversas «riquezas», isto é, dos diversos dons que Deus lhes concedeu. Mas Jesus indica também a finalidade última da sua exortação: «Arranjai amigos com a riqueza para que eles vos recebam nas moradas eternas». Se formos capazes de transformar riquezas em instrumentos de fraternidade e solidariedade, quem nos receberá no Paraíso não será apenas Deus, mas também aqueles com os quais partilhamos, administrando-o bem, o que o Senhor colocou nas nossas mãos".

E nos interrogamos:
Como é nosso testemunho?
Reconhecemos nossas falhas?
Sabemos partilhar?

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos:
Jesus Mestre,
agradeço-vos pelas luzes
que me destes nesta reflexão.
Perdoai-me, pelos limites
que me impediram de fazê-la melhor.
Ofereço-vos a resolução que tomei
e que espero viver, com a vossa graça.
Amém.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Sentimo-nos discípulos/as de Jesus.
Nosso olhar deste dia será iluminado
pela presença de Jesus Cristo,
pelo compromisso que assumimos com o Reino de Deus.

Bênção
Abençoe-nos o Pai. o Filho e o Espírito Santo. Amém
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tende piedade de nós.

Irmã Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 10 de novembro, 6ª feira, | Memória de São Leão Magno


10 de novembro, 6ª feira, | Memória de São Leão Magno


- Hoje é dia 10 de novembro, 5ª feira, Memória de São Leão Magno, papa e doutor da Igreja.

- Jesus conta aos seus discípulos no evangelho de hoje, a parábola de um administrador prudente. A esperteza do administrador se torna critério de comparação entre "os filhos deste mundo" e os "filhos da luz". Peça ao Senhor a graça de administrar todos os seus bens e graças com sabedoria, humildade e prudência.

- Escuta o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, capítulo 16, versículos 1 a 8.

Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: "Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'. O administrador então começou a refletir: 'O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração'. Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu patrão?' Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' O administrador disse: 'Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!' Depois ele perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?' Ele respondeu 'Cem medidas de trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz".

- A mensagem da parábola é surpreendente. O interesse do patrão é o lucro, o acúmulo de mais riqueza. Para ele, o administrador está sendo desonesto porque não está obtendo o lucro que ele deseja para suas mercadorias. Depois de refletir bastante, o administrador decidiu ser solidário com os endividados, "fazendo amigos com o dinheiro da injustiça". No lugar do lucro do seu patrão, ele preferiu conquistar amigos. Dinheiro passa, a amizade permanece. A lógica do Reino de Deus é bem diferente da ideologia do mercado. Para o mercado econômico o que importa é o lucro. Nesse ambiente encontramos muita desonestidade, corrupção, injustiça. O Reino de Deus nos pede despojamento, solidariedade, partilha. Jesus deseja, no seu seguimento, discípulos inteligentes, ponderados, "espertos", que optarão sempre pelo Reino. O administrador é exemplo de quem levou a sério esse ensinamento.

- Que tal uma revisão: os seus bens materiais e o seu dinheiro são utilizados para suprir as suas necessidades ou para atender aos seus desejos? Qual tem sido sua preocupação com as necessidades dos outros?

- “... os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” diz o evangelho de hoje. Quanto mais simples e despojado você se tornar, mais liberdade e agilidade você terá para decidir-se pela causa do Reino de Deus, colocando sua inteligência e criatividade a serviço do bem comum. Como Maria, mãe de Jesus, saboreie em silêncio essa Palavra de Deus, e repita: "Faça-se em mim segundo a vossa Palavra".

- Termine sua oração pedindo ao Senhor que ajude a ser um bom administrador da abundante graça de Deus derramada em sua vida. Peça também a sabedoria de usar as coisas que passam, sem se apegar a elas, e abraçar as que não passam.

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.


HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 10/11/2023

ANO A


Lc 16,1-8

Comentário do Evangelho

A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus.

É preciso cuidado para interpretar bem o que a parábola diz, do contrário poderia induzir a erro, considerando que Jesus elogia a desonestidade do administrador. O que é louvado nesta parábola é a habilidade de uma pessoa de empregar os meios para alcançar determinado fim; ele utiliza sua inteligência para encontrar o meio de assegurar sua felicidade.
O que preocupa Jesus são os meios para entrar no Reino de Deus – é exatamente isto que a parábola enfatiza. Não quaisquer meios, pois é preciso entrar pela “porta estreita”. A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus. Jesus urge dos discípulos deixarem a passividade e empreenderem tal “sabedoria” para alcançar o seu objetivo, a saber, entrar no Reino de Deus. Não é, reiteramos, elogio à desonestidade, mas ao esforço de buscar os meios para ter a vida salva. Esta é a lição dada aos discípulos e ao leitor do evangelho: é preciso sair do comodismo; o Reino de Deus exige empenho, inteligência e discernimento.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 08/11/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

OS FILHOS DESTE MUNDO SÃO MAIS PRUDENTES


O texto do Evangelho de hoje pode dar margem a interpretações equivocadas, por dar a impressão de que Jesus elogia a desonestidade do administrador. Não, não é isso que o texto está dizendo. O homem é um administrador experiente. Acusado de má gestão, ele percebe que a demissão o espera, trazendo-lhe grandes prejuízos financeiros. É aí que entra sua esperteza.
Ele começa a buscar alternativas e saídas para essa situação de emergência. É preciso, portanto, criatividade e capacidade de adaptar-se. Ele perdoa parte da dívida de alguns devedores. Jesus elogia a esperteza do administrador, que é capaz de conseguir amigos, cúmplices e parceiros que possam socorrê-lo nas dificuldades.
É uma hábil manobra. De devedores do patrão, eles se tornam amigos, agradecidos ao administrador. A aplicação fundamental da parábola, portanto, é essa: nós somos administradores de bens que Deus nos confia. São meios, não devem ser um fim em si mesmos. O que fazemos com eles? Somos escravos deles? Vivemos em função deles? Ou compreendemos que eles devem ser instrumentos de caridade, de solidariedade, de construção de laços novos em sociedade?
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Nós somos os administradores contratados pelo Pai. Sabemos que a vida é passageira e logo chegará a hora de prestar contas. Quais diretrizes adotamos em nosso trabalho – o toma-lá-dá-cá proposto pelo mundo, ou a Lei do Amor ensinada e vivida pelo Cristo Jesus? É oportuno um bom exame de consciência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

O sucesso nos negócios dos que pertencem ao mundo é apenas aparente e passageiro. Ao reconhecer a esperteza do administrador desonesto, Jesus não quer apontá-lo como exemplo a ser seguido, mas mostrar aos seus discípulos que existe um outro caminho que deve ser preferido: a honestidade e a lealdade na relação com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

Nós somos os administradores contratados pelo Pai. Sabemos que a vida é passageira e logo chegará a hora de prestar contas. Qual diretriz adotamos em nosso trabalho: o toma-lá-dá-cá proposto pelo mundo, ou a Lei do Amor ensinada e vivida pelo Cristo Jesus? É sempre oportuno um honesto e profundo exame de consciência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2019

Reflexão

Neste trecho do Evangelho, Jesus nos mostra que os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. Então podemos perguntar: Por que isso acontece? A resposta é muito simples: é porque os negócios em geral são regidos pelos valores do mundo, que são inaceitáveis para quem quer viver na radicalidade os valores do reino de Deus. Os valores que regem a economia são o lucro desenfreado, a exploração, o egoísmo, a dureza de coração, só se pensa em si próprio e nos seus interesses. Essa esperteza não interessa aos que querem viver como filhos e filhas de Deus.
Fonte: CNBB em 08/11/2013

Reflexão

Um administrador desonesto que age com esperteza. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Tratava-se de uma comissão que lhe cabia por direito e que ele poderia usar como bem entendia. O que se elogia, em todo caso, não é a desonestidade, sempre abominável. O que se quer destacar é a sagacidade do administrador, em vista de não ficar na rua quando fosse despedido. Jesus adverte que os maus (filhos deste mundo) “são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Uma parábola chocante, capaz de mexer com o brio de todo cristão. Dado que somos filhos da luz, precisamos administrar o tempo e os bens deste mundo na justa medida, conforme os valores do Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 08/11/2019

Reflexão

Um administrador desonesto que age com esperteza. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Tratava-se de uma comissão que lhe cabia por direito e que ele poderia usar como bem entendia. O que se elogia, em todo caso, não é a desonestidade, sempre abominável. O que se quer destacar é a sagacidade do administrador, com vista a não ficar na rua quando fosse despedido. Jesus adverte que os maus (filhos deste mundo) “são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Uma parábola chocante, capaz de mexer com o brio de todo cristão. Dado que somos filhos da luz, precisamos administrar o tempo e os bens deste mundo na justa medida, conforme os valores do Reino.
Oração
Ó Jesus Mestre, a parábola do gerente desonesto nos ensina a ser espertos e empenhados com relação ao Reino de Deus. A capacidade de pronta decisão é o que gostarias de encontrar nos teus discípulos. Torna-nos, Senhor, bons investidores para o futuro, praticando a misericórdia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 05/11/2021

Reflexão

Um administrador desonesto que age com esperteza. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Tratava-se de uma comissão que lhe cabia por direito e que ele poderia usar como bem entendia. O que se elogia, em todo caso, não é a desonestidade, sempre abominável. O que se quer destacar é a sagacidade do administrador, em vista de não ficar na rua quando fosse despedido. Jesus adverte que os maus (filhos deste mundo) “são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Uma parábola chocante, capaz de mexer com o brio de todo cristão. Dado que somos filhos da luz, precisamos administrar o tempo e os bens deste mundo na justa medida, conforme os valores do Reino.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Os filhos deste mundo são mais espertos (...) em seus negócios do que os filhos da luz.»

Mons. Salvador CRISTAU i Coll Obispo de Terrassa
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos apresenta uma questão surpreendente à primeira vista. Com efeito, diz o texto de São Lucas: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Evidentemente, não se nos propõe aqui que sejamos injustos em nossas relações, e menos ainda com o Senhor. Não se trata, não obstante, de um louvor à estafa que comete o administrador. O que Jesus manifesta com seu exemplo é una queixa pela habilidade em solucionar os assuntos deste mundo e a falta de verdadeiro engenho dos filhos da luz na construção do Reino de Deus: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Tudo isso nos mostra - mais uma vez!- que o coração do homem continua tendo os mesmos limites e pobrezas de sempre. Na atualidade falamos de tráfico de influências, de corrupção, de enriquecimentos indevidos, de falsificação de documentos... Mais ou menos como na época de Jesus.
Mas a questão que tudo isto nos propõe é dupla: Por acaso pensamos que podemos enganar a Deus com nossas aparências, com nossa mediocridade como cristãos? E, ao falar de astúcia, teríamos também que falar de interesses. Estamos interessados realmente no Reino de Deus e sua justiça? É frequente a mediocridade em nossa resposta como filhos da luz? Jesus disse também que ali onde esteja nosso tesouro estará nosso coração (cf. Mt 6,21). Qual é nosso tesouro na vida? Devemos examinar nossos anelos para conhecer onde está nosso tesouro... Diz-nos Santo Agostinho: «Teu anelo contínuo é tua voz contínua. Se deixas de amar calará tua voz, calará teu desejo».
Talvez hoje, ante o Senhor, teremos que questionar qual deve ser nossa astúcia como filhos da luz, isto é, dizer nossa sinceridade nas relações com Deus e com nossos irmãos. «Na realidade, a vida é sempre uma opção: entre honestidade e desonestidade, entre fidelidade e infidelidade, entre bem e mal (...). Com efeito, diz Jesus: É preciso decidir-se» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O senhor elogiou o mordomo que ele demitiu de sua administração por ter olhado para o futuro» (Santo Agostinho)

- «O costume do suborno é um costume mundano e fortemente pecaminoso. É um costume que não vem de Deus: Deus nos pediu para trazer o pão para casa com nosso trabalho honesto!» (Francisco)

- «Segundo o desígnio de Deus, o homem e a mulher são vocacionados para ‘dominarem a terra’ (245) como 'administradores' de Deus. Esta soberania não deve ser uma dominação arbitrária e destruidora. A imagem do Criador, ‘que ama tudo o que existe’ (Sb 11, 24), o homem e a mulher são chamados a participar na Providência Divina em relação às outras criaturas. Daí a sua responsabilidade para com o mundo que Deus lhes confiou» (Catecismo da Igreja Católica, nº 373)

Reflexão

O "purgatório”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, inclusive para este “administrador infiel”, do coração de Jesus sai um louvor (pela sua astúcia). Admiramos a tenacidade divina para salvar nossas vidas, nem que sejam aproveitando alguns poucos “fragmentos” do bem que Ele ache na nossa existência terrena. Nesta linha discorre o ensino católico sobre o "purgatório".
Em grande parte dos homens —isto podemos supor— fica no mais profundo do seu ser uma última abertura interior à verdade, ao amor, a Deus, porém nas opções reais da vida, dita abertura tenha-se embaçado com compromissos com o mal. Deus pode recolher os “fragmentos” e fazer “algo” com eles (purificá-los e uni-los). Necessitamos de certa limpeza final (um purgatório!), onde o olhar de Cristo nos limpe de verdade, fazendo-nos aptos para Deus e capazes de estar na sua moradia. É uma necessidade tão humana que, se não existisse o purgatório, teríamos de inventá-lo!
—Senhor, antes que uma “peça malograda de um oleiro”, desejo ser salvo para culminar contigo minha existência.

Recadinho

Será que não estou pensando que Jesus elogia a malandragem? - Não seria o momento de me colocar na posição justa? Jesus, com seu exemplo, quer nos ensinar a sermos espertos para conseguir os bens eternos usando de honesta esperteza. Pensemos nisto! - Será que às vezes não corro o risco de ser desonesto com os desonestos? - Nossa comunidade se preocupa e faz algo para combater as injustiças do mundo? - Vendo seu futuro em jogo, o homem mostra duas coisas: de rapidez na decisão e grande astúcia. Defendeu a própria pele, como se diz. Jesus quer que façamos o mesmo, mas para colocar a salvo nosso futuro eterno e não as coisas deste mundo!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/11/2013

Meditão

Não há dúvida de que o administrador da parábola de Jesus era desonesto. E não é sua desonestidade que Jesus elogia e nos dá como exemplo. Como ele devemos sim agir enquanto é tempo, usar bem das possibilidades ao nosso alcance, e preparar-nos para prestar contas. Se tantos usam da esperteza para a injustiça, quanto mais devemos nós colocar tudo a serviço da salvação. Devemos estar atentos para alcançar a salvação.
Oração
Ó Deus, que jamais permitis que as potências do mal prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos, dai-lhe, pelos méritos do papa São Leão, permanecer firme na verdade e gozar a paz para sempre. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Parábola do Administrador Infiel: o cristão deve ser ousado


Hoje o Mestre nos deixa desconcertados... Parece que aprova a “cultura do bolaço”: favores e mais favores entre mafiosos com falta de solidariedade que só pensam em um benefício próprio, sem importar-lhes a carestia dos muitos que sofrem. Não é isso! Não se trata de nos fazer “amigos do dinheiro”, senão de pôr o prestigio profissional ao serviço dos outros. O cristão não tem vocação de “burro decaído”. No trabalho, no social, no esporte… Deus nos exige aspirar à excelência. Se não, como removeríamos os corações?
—São Paulo fez valer o prestigio e os direitos de sua “cidadania romana”. Então, vou de “paletó” pela vida? Atenção, que no céu não há lugar para “bonzinhos burros”!

Meditando o evangelho

APRENDENDO DE UM ESCÂNDALO

Um autêntico caso de corrupção ofereceu a Jesus a chance de ensinar aos discípulos, mediante uma parábola, a importância de ser esperto em relação ao Reino de Deus.
Naquele tempo, os gerentes de propriedades alheias agiam com muita liberdade, sem um controle imediato. O patrão confiava na responsabilidade do empregado. Este era recompensado pelo que produzia: quanto mais os bens se multiplicavam, tanto maior era o seu salário.
O Evangelho fala de um administrador que, agindo com irresponsabilidade e imprudência, estava desperdiçando os bens que lhe tinham sido confiados. Quando o patrão começa a cobrá-lo por isso, esse administrador arquiteta um plano para garantir seu futuro e sua segurança. Com uma ação fraudulenta, busca granjear a benevolência dos devedores, prejudicando o patrão. Uma vez despedido, teria quem se sentisse na obrigação de recebê-lo, como sinal de gratidão.
Comparando com o Reino, os discípulos são instruídos a serem tão hábeis e espertos como o administrador desonesto. Este, no trato com as coisas humanas, obstinou-se em buscar caminhos para alcançar os seus objetivos. Do mesmo modo, o discípulo do Reino, com relação às realidades celestes, deve ter claro o fim a ser atingido e a maneira mais conveniente de fazê-lo. Neste caso, basta ser obstinado na prática da misericórdia.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito que leva a ser esperto nas coisas de Deus, faze-me sempre mais hábil na prática da misericórdia, único meio de se obter a salvação.
Fonte: Dom Total em 10/11/2017,  08/11/2019 05/11/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Bom Administrador
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este administrador desonesto teve duas atitudes que mereceram elogios de Jesus, pensou no futuro e foi capaz de abrir mão da sua comissão sobre a venda de produtos, se projetarmos a reflexão na esperança escatológica, podemos afirmar que o caminho para essa plenitude passa pelas perdas e de fato, o próprio Jesus vai dizer "Quem perder a sua vida por causa de mim, vai ganhá-la".
O Administrador sabia que tinha perdido  o emprego e agora precisava  se garantir. A forma que encontrou foi conquistar amigos, baixando drasticamente o valor da dívida, é bom informar os leitores que na verdade ele não reduziu preço algum, apenas abriu mão da sua comissão, uma perda momentânea que iria representar um ganho futuro, até mais valioso, quem sabe, um deles poderia lhe dar um novo emprego, ou um abrigo em sua casa por gratidão.
O evangelho não incentiva a sua desonestidade, mas a sua astúcia em tomar decisão certa no momento certo, coisa que os Filhos da Luz nem sempre o fazem. Muitos cristãos se entregam e confiam plenamente em Jesus Cristo, entretanto, não abrem mão de seus caprichos e de um egoísmo terrível que chega a sufocar, atuam na comunidade onde aparentemente nada ganham, porém, esperam sempre algo em troca, prestígio, sucesso, poder de decisão e outras coisas mais que contrariam o evangelho.
Os bens materiais e tudo mais que possuímos, incluindo-se os carismas, habilidades e talentos devem sempre ser colocados a disposição do outro na comunidade, de maneira prazerosa, generosa, de modos que cause alegria interior. Quando o mau uso do nosso carisma resulta em mágoas e revoltas, intrigas e ressentimentos é sinal de que embarcamos no trem do Imediatismo que a pós-modernidade nos apresenta, e nós queremos ganhar agora e já, nem nos damos conta de que o Futuro poderá ser bem amargo, se persistirmos nesse caminho...

2. Os filhos do mundo e os filhos da luz - Lc 16,1-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um administrador desonesto foi despedido por má administração e foi elogiado por ser esperto. Sua esperteza consistiu em fazer amigos que o recebessem quando estivesse na rua. Fez amigos renunciando ao que era seu. Ele tinha direito a uma parte das dívidas a serem pagas a seu patrão. Quem tivesse que pagar cem sacos de trigo, oitenta eram do patrão e vinte do administrador. Ele renunciou aos vinte e mandou que o devedor pagasse oitenta. Assim foi fazendo amigos. A mesma coisa devemos fazer nós. Fazer amigos com os bens deste mundo para que eles nos recebam na eternidade. O necessitado que você hoje socorre será o seu porteiro no céu. Não deixará você na rua.
Fonte: NPD Brasil em 08/11/2019

Liturgia comentada

Presta contas! (Lc 16,1-8)
Esta parábola do administrador desonesto costuma escandalizar muita gente. De fato, uma leitura superficial do Evangelho parece dar a entender que o Mestre faz elogios um safado. Claro que não! A falta de ética do corrupto – para usar termos bem atuais – era (e é) execrável. Mentira e falsidade jamais receberiam elogios do Mestre da Verdade!
O que Jesus quer ensinar é bem outra coisa: se os fiéis dedicassem por sua salvação (e pela salvação dos outros!) o mesmo empenho e inteligência que os homens do mundo dedicam a seus negócios escusos e duvidosos, pouca gente se perderia.
Mas não é bem sobre isto que eu quero refletir hoje. Claro que devemos prestar contas de nossa vida ao seu término, diante do divino Juiz. Mas não devemos cair na ilusão de que seremos capazes de acumular tantos méritos, a ponto de podermos apresentar a Deus uma fatura e dele cobrar nosso direito ao céu. A salvação é sempre graça, grátis, dom. Antes, será com trajes de mendigo que nos apresentaremos ao Senhor.
É disso que falo – um tema tipicamente teresiano - em meu soneto “Balanço”:

Quando chegar ao fim a minha vida,
Toda cheia de curvas e de dobras,
Ah! não contes, Senhor, as minhas obras
A ver se a recompensa é merecida!

Minha justiça é logo corrompida...
Minhas boas ações, apenas sobras...
Eu fui um fariseu: minhas manobras
São ruínas em pó, massa falida...

Quando chegar ao fim destes meus dias,
ei que terei as minhas mãos vazias
E a túnica bem rota de um mendigo!

E, por saber que tudo logo passa,
Eu me abandono inteiro à tua graça,
Pois só o Amor eu levarei comigo...

Orai sem cessar: “Deus tenha piedade de nós e nos abençoe!” (Sl 67,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 08/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 08/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Seja esperto para fazer o Reino de Deus acontecer

Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer.

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da Luz.” (Lucas 16,8)

O Evangelho de hoje parece de difícil compreensão, pois causa um nó em nossa cabeça, uma certa confusão. Jesus está dando o exemplo de um administrador que, além de infiel, foi desonesto na maneira como tratou seus negócios.
O administrador não fez aquilo que lhe foi confiado. Antes ainda de sair do seu trabalho, ajustou-se com os devedores para depois não ficar “mal na conta”. Acertou com um e mudou o valor que este devia ao patrão, fez o mesmo com os outros, de modo que formou muitos amigos, porque agiu com esperteza.
Olhando para essa parábola, perguntamos: “Por que o Senhor nos conta essa parábola? Justamente para entendermos que os filhos deste mundo, aqueles que agilizam as coisas, fazem com que elas aconteçam, agem com esperteza e levam a desonestidade até às últimas consequências. “O importante é levar vantagem, é ter lucro”, assim pensam os filhos deste mundo. Digo mais: eles não desanimam. Não deu certo aqui, tentam de outra maneira. Mas nós, que temos as armas da luz, as armas do Reino dos Céus, as graças do Evangelho, não temos agilidade e desanimamos com qualquer coisa. Mais ainda: estamos combatendo uns aos outros.
Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer. Veja que as coisas do mundo vêm envoltas em pacotes, ainda que o produto não seja bom. O pacote deles é bom demais, pois demonstra alegria, satisfação naquilo que apresentam.
Nós, que apresentamos o Reino de Deus, o levamos com tristeza no coração, com desânimo, com ar de fracasso, por isso não temos habilidade, agilidade e eficácia em mostrá-lo às pessoas; assim, as trevas crescem. Nós que somos chamados filhos da Luz não sabemos usar da esperteza e da sabedoria evangélica para fazer o Reino acontecer.
Que o Senhor nos conceda agilidade, habilidade e verdadeira sabedoria para aplicarmos na multiplicação da Sua Palavra.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos ter habilidade evangélica

Devemos ter habilidade evangélica, empenho, amor, dedicação e esforço para dar o melhor de nós, a fim de realizarmos as coisas de Deus

“E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz.” (Lucas 16,8)

Há, no mundo em que vivemos, a lógica da esperteza, há pessoas que têm uma habilidade sem igual nos negócios, nos empreendimentos, naquilo que fazem. Há aqueles que têm uma facilidade em ter lucro naquilo que realizam e usam para isso as artimanhas que podem; outros têm uma habilidade para falar, para negociar e nos convencer de uma coisa que não temos nem como contradizer o que estão falando. Essas pessoas usam do seu empenho para conseguir convencer o outro do que querem, do que têm para oferecer.
Vivemos num mundo em que as pessoas dizem: “O mundo é dos espertos”.
Veja: esse “mundão” perdido em que vivemos pode ser dos espertos, mas o Céu não! Este é dos justos, dos santos e honestos, é dos que fazem a vontade de Deus.
Na Palavra, por que o senhor dessa administração está elogiando o administrador desonesto? Porque ele foi habilidoso em sua desonestidade, foi empenhado em dar o melhor de si e se dar bem naquilo que fazia. Os filhos da luz não são habilidosos, não são empenhados, fazem as coisas de Deus de qualquer jeito, fazem quando dá. Imagina se nós tivéssemos o empenho que muitos no mundo têm, para fazer e promover as coisas deste mundão em que vivemos?
Se nós tivéssemos a mesma dedicação, a luz de Cristo estaria brilhando mais nesse mundo, o Reino de Deus estaria acontecendo com mais vigor. Não precisamos ser desonestos nem devemos ser, não podemos ter a habilidade do mundo, mas devemos ter a habilidade evangélica, o empenho, o amor, dedicação e esforço para dar o melhor de nós para realizar as coisas de Deus.
Essa história de fazer as coisas de Deus de qualquer jeito – “O importante é que estamos fazendo” – não é assim não! É importante darmos o melhor de nós, e cada um dá o melhor de si, cada um usa a inteligência, a habilidade. É importante usar as redes, os meios de comunicação; é importante usarmos a Palavra, o que podemos para que o Evangelho seja anunciado. De forma oportuna ou inoportuna, precisamos ter a oportunidade de fazer o Reino de Deus acontecer, porque esse mundo é muito mais habilidoso naquilo que é deste mundo do que nós que somos os filhos da luz.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

Os filhos da luz precisam ser audaciosos em comunicar Deus

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz.” (Lucas 16,8)

Talvez, possa causar uma certa estranheza em nosso coração o fato desse senhor que administra ser o dono dos negócios e elogiar o seu administrador desonesto.
Veja, ele não está elogiando a corrupção, ele está elogiando a esperteza, mesmo que seja uma esperteza desonesta. Na verdade, o que ele está fazendo é abrir mão do seu lucro que poderia ser maior. Ele reduz aquele lucro para conseguir menos, para que, na frente possa obter o favor, a vantagem, acolhimento daquele de quem ele acolheu a dívida.
Ele não estava dando um “cano” no seu patrão, na verdade, ele estava abrindo mão do seu lucro para obter vantagens… Veja que esperteza! Jesus conclui dizendo: “Os filhos deste mundo são muito mais espertos”.

Os filhos da luz não são espertos, ou seja, não são audaciosos em comunicar a graça de Deus

Os filhos deste mundo estão sempre fazendo negociatas, sempre criando novas condições, novos jeitos para conquistar. Quando um comprador quer conquistar alguém, como diz esse provérbio: ele “faz das tripas coração”, ou seja, ele se “vira nos trinta” para conquistar aquela pessoa. Quando ele quer apresentar um produto, pode ser que o produto nem tenha valor algum, mas ele usa de tanta esperteza que só a esperteza dele dá valor àquele produto que possa não valer nada.
Os filhos da luz não são espertos, ou seja, não são audaciosos em comunicar a luz e a graça de Deus. Os filhos deste mundo são ágeis, habilidosos e dedicados para venderem os seus “produtos”.
Quem dera se nós tivéssemos mais intrepidez, ousadia, doação, dedicação, quem dera que nós tivéssemos mais entusiasmo e amor para levarmos a Palavra de Deus e as coisas de Deus ao coração dos nossos, do mundo que estamos.
Ás vezes, levamos com desânimo, sem muita boa vontade, sem mostrar entusiasmo, graça. Não conquistamos para o Reino da luz, porque, não temos a habilidade que o mundo tem para conquistar as pessoas para o mundo das trevas.
É necessário que tenhamos a intrepidez evangélica para levarmos, aos outros, a mensagem do Evangelho.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

Os filhos da luz precisam de amor para conquistar o próximo

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lucas 16,8)

O Evangelho que nos é apresentado na Liturgia de hoje parece controverso, porque, quase no final dele, diz que o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Entenda que o senhor não é o Senhor Deus, esse é o senhor desse administrador, é o chefe que vai demiti-lo e já o avisou, e sabendo que vai ser demitido, ele vai negociar com aqueles que devem para o seu patrão. Quem deve 20, ele manda pagar 10, ajeita as contas, e assim por diante ele vai abatendo as dívidas de cada um. Para quê? Porque ele sabe que, uma vez que ele vai estar desempregado, vai depois encontrar amigos que possam lhe favorecer. Ou seja, na desonestidade ele age com esperteza.
Você já viu como é que são as pessoas que fazem negócios neste mundo? Elas fazem qualquer negócio e, muitas vezes, agem com uma habilidade que engana qualquer um de nós, têm uma lábia, têm uma forma de falar e de agir; às vezes, você vai comprar um negócio, ele negocia com você, faz uns abatimentos, quase que lhe dá de graça, para não o perder. Isso é habilidade! Habilidade é o que o mundo tem para conquistar as pessoas para os seus negócios, habilidade é o que o mundo tem para vender a sua mercadoria, para fazer a sua propaganda.

Nós que fomos conquistados pela luz de Cristo nos comportamos, muitas vezes, de uma forma tão passiva diante das coisas de Deus

Muitas vezes, compramos uma coisa até que não tem utilidade nenhuma ou vamos deixar de lado, de escanteio, porque nos deixamos levar pela propaganda que nos ludibriou, que nos seduziu e enganou. O que chama atenção é a esperteza, porque os filhos deste mundo agem com esperteza nos seus negócios, os filhos deste mundo são mais hábeis, mais espertos, são mais dedicados naquilo que fazem.
E nós que fomos chamados e conquistados pela luz de Cristo nos comportamos, muitas vezes, de uma forma tão passiva e inerte diante das coisas de Deus e na própria relação com o próximo. Aqui não é para trazer a desonestidade para as coisas de Deus, mas é para ter habilidade para conquistar, para falar e evangelizar.
Precisamos usar da inteligência, da sagacidade, precisamos realmente ter habilidade evangélica para anunciarmos Jesus. Imagina uma pessoa que vai anunciar Jesus com a cara amarrada, com a cara azeda, vai anunciar Jesus de uma forma tão amarga! Como é que vamos conquistar as pessoas para Deus? Muitas vezes, as pessoas de Deus não conseguem nem levar os da sua própria casa para Ele. Sabe por quê? Porque ela vai para a igreja, mas ela volta de lá falando mal das pessoas, falando mal do padre, da sua própria pastoral. Quem é que vai sentir atração por uma coisa dessa, que só provoca discórdia e confusão? A própria pessoa que é da igreja fala mal das coisas da igreja, vive semeando fofoca, discórdia e confusão. Como ela vai atrair?
No Reino de Deus é a santidade, a verdade, a pureza e o amor que atraem as pessoas. Então, são essas habilidades que os filhos da luz precisam usar para conquistar pessoas para o Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/11/2021

Oração Final
Pai Santo, a sociedade consumista oferece com facilidade o seu aplauso ao nosso egoísmo, ao nosso desejo de levar vantagens ilusórias e efêmeras. Dá-nos, Pai amado, discernimento e coragem para seguir os caminhos do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não permitas que nos enganemos com o progresso material como se ele fosse capaz de satisfazer os anseios da nossa alma. Mantém-nos humildes, com o espírito de pobreza evangélica, generosos na partilha dos bens que nos emprestas e cuidadosos no trato com os irmãos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a sociedade consumista em que vivemos oferece com facilidade o seu aplauso ao nosso egoísmo e ao nosso desejo de levar vantagens em tudo – lucros que são sempre ilusórios e efêmeros. Dá-nos, amado Pai, discernimento e coragem para seguir os caminhos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2019