ANO C
Mt 11,16-19
Comentário do Evangelho
Jesus e os discípulos de João
Reconhecendo o valor da pregação de João Batista, Jesus vai a ele e torna-se seu discípulo. Depois, com seus próprios discípulos, inicia seu ministério, anunciando, como João Batista, a chegada do Reino dos Céus. João permanecia nas regiões desérticas, nas fronteiras da Judeia, contudo, Jesus decide fazer seu anúncio nas localidades mais habitadas da Galileia. O movimento de Jesus se desenvolve em paralelo ao movimento dos discípulos de João, e Jesus, em sua pregação, sempre valoriza a pregação de João. O nome de João é o mais citado nos evangelhos (76 vezes), depois do nome de Pedro (124 vezes).
A pequena parábola dos dois grupos de crianças que disputam nas praças é dirigida a "esta geração". Esta expressão tem o caráter de censura, conforme seu uso na tradição profética, nas críticas ao povo de Israel de coração duro. Aqui exprime os chefes do judaísmo que rejeitam Jesus. Assim como o convite de um grupo de crianças é rejeitado pelo outro, João Batista e Jesus são rejeitados por esses chefes. A rejeição, tanto a João, na sua austeridade, como a Jesus no seu convívio comum, significa a rejeição do próprio projeto amoroso, misericordioso e acolhedor de Deus. Porém, os pequenos e humildes reconhecem a sabedoria de Deus, manifesta em Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
Vivendo a Palavra
O povo do tempo de Jesus não era diferente do povo de todos os tempos. Nós estamos prontos para julgar o próximo – comilão, glutão, tem demônio... – esquecendo-nos de que a nossa luta é para conquistar o Reino, que está dentro de nós. Para isto, devemos ser violentos e vencer os nossos próprios instintos.
VIVENDO A PALAVRA
O povo do tempo de Jesus não era diferente do povo de qualquer tempo, como o de hoje. Nós estamos prontos para julgar o próximo – comilão, glutão, tem demônio… – esquecendo-nos de que a nossa luta é para conquistar o Reino, que está dentro de nós. Para isto, devemos vencer os nossos próprios instintos, nossas paixões, nosso egoísmo.
VIVENDO A PALAVRA
Já era assim desde aqueles tempos: o refúgio mais procurado para não enxergar os próprios erros é criticar o próximo. É por isto que aquela geração dizia: Este, que não come nem bebe, está com o demônio! Aquele outro, que come e bebe, é um glutão! O caminho ensinado pelo Mestre passa pelo esforço para nos conhecermos melhor, assumindo os limites e erros pessoais, e prossegue com a entrega humilde e confiante ao Espírito para vivermos nossa conversão ao Reino de Amor.
Reflexão
Muitas pessoas ouvem as mensagens do Evangelho, mas não se sensibilizam com elas, não correspondem a elas, de modo que elas não provocam eco em suas vidas. O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é tão importante como a comunhão de idéias e valores que deve haver entre os homens e Deus. O conhecimento nos ajuda a realizar esta comunhão de modo que ele é um meio necessário para que possamos atingir o fim, mas o conhecimento não é a finalidade em si. Se ficamos apenas no conhecimento, não dançamos com as flautas nem batemos no peito com o canto fúnebre, não comungamos as idéias de Jesus.
Reflexão
Todo o empenho de Jesus na implantação do Reino de Deus parece trazer resultado insignificante ou fraco. Apesar de falar “com autoridade”, superando assim a oratória dos mestres da Lei e dos fariseus, a resposta e a adesão do povo são insatisfatórias. Daqui o desabafo de Jesus mediante a figura das crianças que fazem capricho: não participam da brincadeira. Jesus aplica a imagem ao comportamento de seus ouvintes. Todo esforço é inútil para levá-los a assumir compromisso com o Reino de Deus inaugurado por Jesus. Nem o rigorismo do Batista, nem a suavidade do Mestre de Nazaré, nada convence “essa geração” e seus líderes a mudar de vida. Entretanto, as obras que Jesus realiza revelam que ele é o autêntico emissário de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
Todo o empenho de Jesus na implantação do Reino de Deus parece trazer resultado insignificante ou fraco. Apesar de falar “com autoridade”, superando assim a oratória dos mestres da Lei e dos fariseus, a resposta e a adesão do povo são insatisfatórias. Daqui o desabafo de Jesus mediante a figura das crianças que fazem capricho: não participam da brincadeira. Jesus aplica a imagem ao comportamento de seus ouvintes. Todo esforço é inútil para levá-los a assumir compromisso com o Reino de Deus inaugurado por Jesus. Nem o rigorismo do Batista, nem a suavidade do Mestre de Nazaré, nada convence “essa geração” e seus líderes a mudar de vida. Entretanto, as obras que Jesus realiza revelam que ele é o autêntico emissário de Deus.
Oração
Divino pregador, Jesus Cristo, teus conterrâneos, sobretudo os dirigentes do povo, recusaram a pregação do rigoroso João Batista e te desprezaram por seres amigo dos pecadores. Os planos de Deus, porém, comprovam que João estava certo e tu também estavas com a verdade. Errados, eles. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Reflexão
Parece que Jesus encontrou uma geração difícil no seu tempo: uma geração que não aceitou João Batista, porque este viveu uma vida muito austera e era considerado por alguns deles como um possuído por um demônio; outros não aceitaram Jesus, porque este gostava de participar de refeições com pecadores e tinha fama de comilão e beberrão. Uma geração semelhante a meninos rebeldes que não aceitam festejar com os colegas nem fazer lamentações. Nada lhes agrada. Estão insatisfeitos com todos e com tudo. Que geração é essa? Com certeza, são os adversários do projeto de Jesus, porque os pequeninos e os pobres o acolheram com muito carinho. A geração criticada pelo Mestre é a geração que não quer mudanças, nem perda de privilégios, nem a melhoria dos pobres. As coisas hoje não mudaram muito: o projeto de Jesus continua sendo rechaçado, e quem segue este projeto à risca é perseguido.
Oração
Divino pregador, Jesus Cristo, teus conterrâneos, sobretudo os dirigentes do povo, recusaram a pregação do rigoroso João Batista e te desprezaram por seres amigo dos pecadores. Os planos de Deus, porém, comprovam que João estava certo e tu também estavas com a verdade. Errados estavam eles. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Meditando o evangelho
ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO
O advento de Jesus não foi bem-vindo por todos. Houve quem o rejeitasse de maneira sistemática, numa postura de total fechamento. O Mestre denunciou o espírito de contradição e a má-vontade que se escondia atrás desta atitude. João Batista também havia sido rejeitado pelas mesmas pessoas, mas por motivos contrários àqueles aplicados a Jesus. O Batista foi criticado por não comer nem beber; Jesus, por sua vez, por comer e beber com toda liberdade. João foi chamado de possesso e Jesus, de comedor e beberrão. A vida de penitência de João não era vista com bons olhos; o mesmo se passava com a solidariedade de Jesus em relação aos marginalizados e pecadores de sua época. Qualquer que fosse a proposta, esse tipo de gente tinha motivos para refutá-la.
A denúncia dessa mentalidade deve ter soado aos ouvidos dos discípulos, especialmente dos sistematicamente críticos, como um alerta. O Reino deve ser acolhido com benevolência. Ao invés de buscar argumentos para justificar sua acomodação, o discípulo pergunta-se o que pode fazer para viver a proposta do Reino, de maneira mais radical, assumir o testemunho de Jesus como modelo de fidelidade ao Pai e ao Reino, e, na vida de Jesus, encontrar inspiração. O discípulo sabe qual é a maneira mais conveniente de comportar-se diante do Mestre.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba acolher, com benevolência, o Reino anunciado por ti, sem medo de, cada dia mais, conformar minha vida ao teu projeto.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras
Falta sabedoria, ou a falsa sabedoria faz com que nada nos agrade e nada esteja bom. Mal-humorados, estes não dançam no casamento e aqueles não choram no enterro. Criticaram João Batista que não comia e criticaram Jesus porque comia. A verdadeira sabedoria ajudará a discernir o que é melhor. São João da Cruz viveu grandes tribulações em sua vida consagrada a Deus, tendo que discernir com sabedoria o que era o melhor para a Ordem do Carmo. Com Santa Teresa, foi o grande reformador do Carmelo. Místico, meditava, rezava, trabalhava e escrevia. Podemos aprender com ele, que assim nos ensina: “Para chegar a saborear tudo, não queiras ter gosto por nada. Para chegar a saber tudo, não queiras saber de coisa alguma. Para chegar a possuir tudo, não queiras possuir nenhuma coisa. Para chegar a ser tudo, não queiras ser nada. Para chegar a não ter gosto, deves ir por onde não gostes. Para chegar ao que não sabes, deves ir por onde não sabes. Para chegar a possuir o que não possuis, deves ir por onde não possuis. Para chegar ao que não és, deves ir por onde não és. Quando te demoras em alguma coisa, não estás te lançando em direção a tudo. Para chegar inteiramente a tudo, em tudo deves te abandonar. E quando chegares a ter tudo, deves tê-lo sem nada querer”. Nasceu na Espanha em 1542 e morreu no dia de hoje, em 1591.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. BRINCADEIRA DE CRIANÇA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Do que os meninos Judeus brincavam, naquele tempo? O evangelho de hoje, embora seja uma reflexão, dá a informação de que, uma de suas brincadeiras era esta: Casamento e enterro, no casamento tocava-se a flauta e os convidados cantavam e dançavam, no enterro, um grupo fazia lamentação, e como ocorria na vida real, os demais deveriam chorar e bater no peito desconsolados como fazia um bom judeu diante do quadro da morte.
Jesus certamente também participou de brincadeiras assim e se lembrou da frustração dos tocavam flauta, quando o outro grupo reagia á música e ao clima de alegria, ou quando se simulava um enterro, e acontecia a mesma coisa, permaneciam indiferentes á motivação.
Era exatamente o que ele estava sentindo na pele, a sua gente, as pessoas da sua terra e do seu grupo, não se tocavam com o seu anúncio totalmente inédito, e ainda o viam como um comilão e beberrão, estes eram os mesmos que acusavam João Batista de estar com um demônio, porque não comia e nem bebia.
O homem da pós-modernidade, diante da Religião, principalmente do Cristianismo, também reage assim, ficando totalmente indiferente à realidade do anúncio do Reino e á Boa Nova do Evangelho. Concluindo, podemos usar o reverso da reflexão, e em vez do Homem dançar conforme a música de Deus inverte a ordem e se arroga ao direito de querer que Deus dance de acordo com á sua musiquinha de quinta categoria, sem ritmo nem conteúdo.
2. Com quem vou comparar esta geração? - Mt 11,16-19
Há uma presença marcante de João Batista na primeira parte do Advento. Ele prepara seu povo para o Dia do Senhor e é também o sinal de que o Messias Salvador está chegando e já chegou. É o precursor. O texto de hoje elogia a sabedoria reconhecida pelas suas obras. A afirmação é feita para aqueles que costumam julgar sem critérios. Falta-lhes o bom senso, dado pela sabedoria. João Batista não comia nem bebia e diziam que ele tinha um demônio. Jesus come e bebe e o chamam de comilão, beberrão e amigo dos pecadores. Vamos, então, olhar as obras dos que comentam e criticam e as obras tanto de João quanto de Jesus. O que fazer para agradar tais críticos? Ajudá-los para que não façam julgamentos sem fundamentos, ou deixar que exponham publicamente sua falta de bom senso? Em qualquer situação, Isaías nos orienta a prestar atenção no ensinamento de Deus, que é para nosso bem. Se atendermos às suas ordens, a nossa paz será levada a toda parte, como as águas de um rio. Os opostos se encontrarão e se porão de acordo com João Batista e com Jesus. O Papa São Dâmaso, que hoje celebramos, viveu num tempo de grandes controvérsias doutrinárias. Com muita sabedoria, manteve a unidade da Igreja. Foi ele quem confiou a São Jerônimo a edição da Bíblia Vulgata para que todos tivessem acesso a um bom texto em língua popular.
HOMILIA DIÁRIA
Você tem compreendido e acolhido a mensagem de Jesus?
Postado por: homilia
dezembro 14th, 2012
Depois de Jesus ter exaltado a pessoa de João Batista, agora Ele se volta para a multidão e lhes dirige uma pequena e rústica parábola das crianças nas praças. O Senhor reconhecia em João Batista um profeta que abria novos caminhos em face da rígida e opressora religião do Templo de Jerusalém e das sinagogas. Jesus se fez discípulo de João, recebendo seu batismo e, depois, Ele próprio, inicia seu ministério com o mesmo anúncio do Batista:“Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Na elementar parábola narrada por Jesus, um grupo de crianças tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou tristeza, porém, o outro grupo os rejeita. Então, o próprio Jesus passa a explicá-la.
João Batista fez seu anúncio da conversão de maneira austera, nas regiões desérticas do Jordão, e foi acusado de “ter um demônio”. Jesus, por sua vez, anunciando a chegada do Reino dos Céus de maneira simples e comum, no meio do povo, comendo com os pecadores e publicanos, é chamado de “comilão e beberrão”. Os chefes religiosos, que veem em João e em Jesus uma ameaça ao seu poder, procuram difamá-los diante do povo. Porém, o povo reconhece a sabedoria da mensagem de Jesus e a recebe com alegria e esperança.
“Mas que gente difícil aquela, a quem Jesus fora enviado!” Afinal, eles haviam recusado a sabedoria de Deus – que primeiro se apresentara no ascetismo de João Batista – e depois a condescendência de Jesus para com os pecadores e excluídos do seu tempo. Corremos o risco de dizer isto a respeito daquela gente do tempo de Jesus. Não será que Jesus nos está dirigindo também a mesmíssima mensagem?
Vivemos um tempo muito forte em críticas, muitas vezes, infundadas. Críticas “sem pés nem cabeça”. E, como ontem, Jesus continua insistentemente dizendo: “Com quem vou comparar esta geração?”
Cristo se apresentou aos homens com uma nova mensagem: mensagem do amor, da paz, da justiça, da partilha, da solidariedade, da reconciliação e, sobretudo, da misericórdia. Mas Ele não foi compreendido e acolhido. Somente os simples, os humildes, os disponíveis, os amigos da Verdade a Ele aderiram, reconhecendo n’Ele o ponto de chegada de toda a Lei e os Profetas. Os outros, principalmente os chefes do povo, puseram-se contra Ele e o rejeitaram.
Todavia, por ser forte, Jesus soube compreender os fracos e os reerguer, dando-lhes uma nova dignidade de viver entre os irmãos. Se, enquanto fracos, condenavam os outros, agora, fortalecidos por Cristo e com Cristo, eles devem perdoar para que permaneçam sempre fortes. Já que os fracos condenam e os fortes perdoam.
Peçamos a Jesus que nos ensine a perdoar para sermos a geração dos fortes, a fim de suportarmos as fraquezas dos mais débeis como nos ensina São Paulo. E que São João da Cruz, cuja memória celebramos no dia de hoje, ajude-nos e interceda por nós para que saibamos suportar os sofrimentos e, neles, descubramos o mistério da Cruz de Cristo, que é a fonte da nossa Salvação.
Padre Bantu Mendonça
HOMILIA DIÁRIA
As desculpas nos afastam da presença do Senhor
Não podemos fazer das nossas decepções desculpas para não nos comprometermos com Deus e com Seu Reino
“Veio João, que nem come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’” (Mateus 11,18).
Os homens da época de Jesus deram diversas desculpas para aceitá-Lo ou não. Não importa a modalidade de vida que estavam vivendo, porque, como Jesus mesmo disse: “Veio João, aquele homem penitente, austero, de vida acética, mas diziam: ‘Ele é um demônio. Esse comportamento dele é estranho’. Veio Jesus, que estava com os pecadores, comiam, visitava as casas das famílias e diziam: ‘É um comilão e beberrão’.
Quando não queremos nos encontrar com a verdade ou quando a verdade nos incomoda, temos qualquer desculpa para fugir do confronto com ela, vamos sempre culpando, criticando, vendo sempre o erro nos outros. A incapacidade que temos de fazer autocrítica, de nos conhecermos de verdade e de nos voltarmos para o nosso interior nos leva a estarmos sempre buscando a culpa e a desculpa nos outros, o problema é sempre o outro. “O problema é aquele padre. O problema é a igreja. O problema são as pessoas da igreja. Eu não vou mais, porque lá está cheio de pessoas falsas”.
Quando não queremos de verdade, quando não queremos nos comprometer, quando não queremos nos conhecer de verdade, não queremos nos entregar para o Reino de Deus ou para os outros compromissos que a vida exige de nós, é mais fácil arrumarmos desculpas e vivermos exaltando essas desculpas e as colocando como as grandes responsáveis pelas decisões que tomamos de nos afastar, de não trabalhar, de não nos comprometermos quando, na realidade, poderíamos parar para buscar a verdadeira saberia que vem de Deus, a qual se encontra nos corações humildes, que reconhecem os seus próprios limites e sabem reconhecer a graça de Deus e onde estão os limites e fraquezas humanas.
Não podemos viver de desculpas para cá ou para lá, não podemos fazer das nossas decepções, das nossas mágoas, dos nossos ressentimentos e rancores culpas e desculpas para não nos comprometermos com Deus e com seu Reino. Ele está no meio de nós, precisamos abraçá-Lo, assumi-Lo, entregar a nossa vida e deixar que Ele cuide de nós e direcione o nosso viver.
Ainda que o humano cause decepções, o nosso humano também causa decepções nos outros. Buscamos corrigir a nossa humanidade a partir d’Aquele que se fez humano por nós para levar a nossa humanidade para junto de Deus. Estejamos com Ele e n’Ele, pois Ele cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
O Senhor nos liberta da condição de pecado
“Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’” (Mateus 11,19).
A verdade é que o Senhor Jesus se fez pecador com os pecadores. Sem se entregar de forma alguma ao pecado, mas para libertar os pecadores do pecado é que Ele se fez presente no meio deles.
Para alguns isso é uma ocasião de escândalo, porque Ele come com os pecadores, Ele está junto com os cobradores de impostos. Em outras palavras, o Senhor está no meio de nós, Ele se juntou a nós pecadores para nos libertar dessa condição de pecado.
A questão fundamental é que são os religiosos que se escandalizam com Jesus, são os religiosos que O condenam, porque, na verdade, as pessoas que se acham religiosas condenam aqueles que são pecadores.
A função da religião não é condenar, mas é salvar. A função da religião não é colocar um peso, mas é libertar. A função da religião é religar e não desligar o homem de Deus. Por isso, mais do que nunca, precisamos ser da religião de Jesus, sermos discípulos e seguidores d’Ele.
O Senhor está no meio de nós, Ele se juntou a nós pecadores para nos libertar dessa condição de pecado
Precisamos aprender com Jesus a viver a religião que nos coloca na verdadeira comunhão com o Pai. E essa religião não exclui ninguém; ela não exclui os pecadores, ela não exclui os homens que para nós são perdidos e sem jeito.
Se nós temos jeito, por que para o outro não tem jeito? Se para nós há salvação, se o amor de Deus nos resgatou, precisamos, na verdade, ser canal de resgate para os outros.
Às vezes, Deus nos resgata de pecados até grandes, liberta-nos de situações de vida muito opressoras, liberta-nos de vícios que nos escravizam, mas o mais difícil é nos libertar da hipocrisia religiosa, porque nós, muitas vezes, experimentamos a misericórdia de Deus em nós, mas não sabemos ser misericórdia para o outro.
Precisamos permitir que, neste tempo de graça, a misericórdia de Deus nos alcance, porque só ela pode nos libertar da hipocrisia religiosa, só ela pode nos libertar de viver uma religião de aparências, onde parecemos santos e justificados, mas estamos condenando o Senhor, porque Ele come e senta-se com os pecadores.
Precisamos nos fazer uns com os outros para trazermos os outros para o caminho da graça. Assim fez o Mestre Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja humilde, generosa e acolhedora de todos os nossos companheiros de viagem nesta vida. Que estejamos sempre prontos para cuidar dos irmãos, seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos uma Igreja humilde, generosa e acolhedora de todos os nossos companheiros na viagem desta vida. Que estejamos sempre prontos para cuidar dos irmãos, seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, em Ti repousa a nossa confiança! Sabemos que o caminho da santificação passa por não acusarmos os pecados que julgamos terem sido cometidos pelos irmãos. Entretanto, leva-nos além, amado Pai: dá-nos a disposição de proclamar todo bem que soubermos de cada um deles, pois são todos teus filhos amados. Transforma-nos em fontes de harmonia para a humanidade. Pelo Cristo Jesus, teu Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.