ANO B
Jo 14,7-14
Comentário do Evangelho
Jesus envolve os discípulos na missão
O conhecimento é o caminho para o amor. Em sua plenitude o conhecimento identifica-se com o amor. Em Jesus, o seu conhecimento do Pai não se separa do ato de amor entre ambos. Em uma perspectiva exibicionista, o conhecimento limita-se ao ato da inteligência levado ao perfeccionismo. Este é um conhecimento estéril.
Os discípulos já conhecem Jesus, mas de modo imperfeito. Jesus os estimula a aprofundar este conhecimento. Pelas palavras de Jesus e por sua prática chegamos a conhecer o Pai. É necessário realizar as obras de Jesus, as obras de Deus. Jesus envolve os discípulos na missão de continuar as obras por ele iniciadas. Os discípulos são chamados a participar da glória de Jesus, que é a glória do Pai. Cumpre pedir a fidelidade à sua missão até o fim e a permanência na vida eterna.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
Comentário do Evangelho
As palavras de Jesus revelam o Pai
Nos versículos anteriores, a intervenção de Tomé permitiu a Jesus dizer que ele é o caminho pelo qual se chega à vida verdadeira, vida que é dada no seu seguimento; é Jesus quem revela a verdade de Deus, pois ele é a “imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Para conhecer o Pai, é preciso passar por ele, que é a “porta” de acesso ao mistério de Deus. Agora, é a vez de Filipe; seu desejo é ver o Pai (cf. v. 8). “Conhecer” para o evangelho de João é entrar em comunhão. Somente entrando em comunhão com Jesus é possível conhecer Deus, viver na intimidade de Deus. A intervenção de Filipe revela a incompreensão dos discípulos ao mesmo tempo que permite a Jesus manifestar o seu desapontamento (v. 9). Notemos que a incompreensão dos discípulos é um traço presente nos quatro evangelhos. A falta de fé (v. 10) impede de ir além das aparências. Somente a fé permite reconhecer que diante de Jesus se está diante da presença de Deus. As palavras de Jesus revelam o Pai; o que Jesus realiza, as suas obras, dão testemunho de sua comunhão com o Pai.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Se me pedirdes algo em meu nome, eu o farei
Se as ovelhas conhecem o pastor, conhecem o Pai que o enviou. Filipe diz com toda sinceridade: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Ver a Deus é o desejo supremo e a suprema realização do ser humano. Jesus responde a Filipe: “Quem me vê, vê o Pai. Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. Jesus está dizendo que há uma especial relação entre ele e o Pai e uma verdadeira identificação. Jesus pede que acreditemos no que ele diz vendo as suas obras e acrescenta que, quem crê nele, fará as obras que ele faz e fará ainda maiores. Jesus anuncia a sua volta ao Pai e que o Filho atenderá tudo o que pedirmos em seu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. Por isso terminamos nossas orações litúrgicas dizendo “por nosso Senhor Jesus Cristo”. O Pai está no Filho e permanece no Filho. Não entendemos, mas um dia teremos a visão da glória e nos encontraremos no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Vivendo a Palavra
O artista se mostra em sua obra. A presença do Criador já explodia em toda a natureza. Mas nós não fomos capazes de percebê-la. O Amor do Pai se encarna, então, em Jesus de Nazaré. O Divino se faz humano para que o humano possa fazer-se divino – e o Pai seja glorificado no Filho.
Vivendo a Palavra
A fé que nos faz crer que o Pai, o Criador, vive no Filho, o Cristo encarnado em Jesus de Nazaré, é um primeiro passo que pedirá logo um segundo: dá-nos a certeza de que Pai e Filho estão em nós – como foi prometido. A Presença de Deus em nós – isto é a Graça! – é que nos permite seguir o Caminho de Jesus.
VIVENDO A PALAVRA
O desejo de Filipe talvez seja o desejo de todos nós: conhecer Deus. Jesus nos mostra o único caminho, que é conviver com Ele mesmo – Jesus: entrar em sua intimidade e descobrir nele a Presença do Pai. E descobrimos que Deus também está à nossa porta e bate. Se a abrirmos, o Pai e o Filho entrarão e cearão conosco!
Reflexão
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é verdadeiramente o único caminho que nos leva ao Pai. Ninguém pode de fato conhecer o Pai se não for através de Jesus, pois ele é a Verdade que nos revela o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele vive em perfeita comunhão com o Pai, quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem conhece o Pai, conhece Jesus. Nós também participamos dessa comunhão na medida em que nos tornamos ícones de Cristo e, participar dessa comunhão é que nos garante a vida em plenitude, a vida eterna, que é a participação na vida divina.
Reflexão
É comovente a maneira familiar com que Jesus fala do Pai. Ele insiste em sua total identificação com o Pai: “Quem me vê, está vendo o Pai”. Jesus é a imagem visível do Deus invisível. Ele é o revelador pessoal do Pai. Quem entra em comunhão com Jesus, entra em comunhão com o Pai. As obras que Jesus realiza são as obras do Pai. Ora, as obras de Deus estão voltadas para o bem do ser humano. O Pai é doador da vida; o Filho também é doador da vida e, como extremo ato de amor, entrega sua vida morrendo na cruz. Os discípulos de Jesus são os continuadores de sua obra. Jesus deixa-lhes o campo aberto para obras semelhantes e ainda maiores que as suas: “Quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará obras maiores do que estas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
É comovente a maneira familiar com que Jesus fala do Pai. Ele insiste em sua total identificação com o Pai: “Quem me vê, está vendo o Pai”. Jesus é a imagem visível do Deus invisível. Ele é o revelador pessoal do Pai. Quem entra em comunhão com Jesus, entra em comunhão com o Pai. As obras que Jesus realiza são as obras do Pai. Ora, as obras de Deus estão voltadas para o bem do ser humano. O Pai é doador da vida; o Filho também é doador da vida e, como extremo ato de amor, entrega sua vida morrendo na cruz. Os discípulos de Jesus são os continuadores de sua obra. Jesus deixa-lhes o campo aberto para obras semelhantes e ainda maiores que as suas: “Quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará obras maiores do que estas”.
Oração
Ó Jesus, com linguagem repleta de ternura, nos revelas o Pai. É como um tesouro de imenso valor que queres repartir conosco. É como se estivesses apresentando para nós um amigo sumamente importante para ti e para nós. Bendito sejas, ó Cristo, pelo teu e nosso Pai celeste! Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Reflexão
Com o objetivo de dar um protetor aos trabalhadores e um sentido cristão ao trabalho, o papa Pio XII instituiu, em 1955, a memória litúrgica de São José Operário. Inseriu-a no contexto da festa dos trabalhadores, universalmente comemorada a 1º de maio. “Nesta memória de São José se reconhece a dignidade do trabalho humano, como dever e aperfeiçoamento do homem, exercício benéfico de seu domínio sobre o mundo criado, serviço à comunidade, prolongamento da obra do Criador e como contribuição ao plano da salvação” (Missal Romano). Sobre São José como modelo dos trabalhadores, o papa Francisco, na Carta encíclica Laudato Si’, escreve: “Também ele nos pode ensinar a cuidar, pode motivar-nos a trabalhar com generosidade e ternura para proteger este mundo que Deus nos confiou” (n. 242).
Oração
Ó Jesus, filho do carpinteiro, voltas à tua terra, onde eras bem conhecido. Teus conterrâneos se maravilham com tua sabedoria e teus milagres, mas mantêm-se fechados e se recusam a acolher o Reino que anuncias. Por isso, tua obra libertadora ali fica truncada, “porque não tinham fé”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Reflexão
É comovente a maneira familiar com que Jesus fala do Pai. Ele insiste em sua total identificação com o Pai: “Quem me vê, está vendo o Pai”. Jesus é a imagem visível do Deus invisível. Ele é o revelador pessoal do Pai. Quem entra em comunhão com Jesus, entra em comunhão com o Pai. As obras que Jesus realiza são as obras do Pai. Ora, as obras de Deus estão voltadas para o bem do ser humano. O Pai é doador da vida; o Filho também é doador da vida e, como extremo ato de amor, entrega sua vida morrendo na cruz. Os discípulos de Jesus são os continuadores de sua obra. Jesus deixa-lhes o campo aberto para obras semelhantes e ainda maiores que as suas: “Quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará obras maiores do que estas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Reflexão
«Eu estou no Pai e que o Pai está em mim»
P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)
Hoje, estamos convidados a reconhecer em Jesus ao Pai que se nos revela. Filipe expressa uma intuição muito justa: «Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta» (Jo, 14, 8). Ver o Pai é descobrir Deus como origem, como vida que brota, como generosidade, como dom que constantemente renova cada coisa. Do que mais precisamos? Procedemos de Deus, e cada homem e, ainda de que não seja consciente, leva o profundo desejo de voltar a Deus, de reencontrar a casa paterna e permanecer ai para sempre. Hei aqui todos os bens que possamos desejar: A vida, a luz, o amor, a paz... São Inácio de Antioquia, que foi mártir no início do século dizia: «Há em mim um água viva que murmura e disse dentro de mim: Vem ao Pai!».
Jesus nos faz entrever a profunda intimidade recíproca que existe entre Ele e o Pai. «Eu estou no Pai e que o Pai está em mim» (Jo 14,11). O que Jesus diz e que faz acha sua fonte no Pai e, o Pai se expressa plenamente em Jesus. Todo o que o Pai deseja nos dizer se encontra nas palavras e nos atos do Filho. Todo o que Ele quer cumprir no nosso favor o cumpre pelo seu Filho. Acreditar no Filho nos permite ter «aceso a Deus» (Ef 2,18).
A fé humilde e fiel em Jesus, a eleição de lhe seguir e lhe obedecer dia trás dia, nos põe em contato misterioso mas real com o mesmo mistério de Deus e, nos faz beneficiários de todas as riquezas de sua benevolência e misericórdia. Esta fé permite ao Pai levar adiante, através de nós, a obra da graça que começou no seu Filho: «Quem crê em mim fará as obras que eu faço» (Jo 14,12).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Oremos como Deus, nosso mestre, nos ensinou. Pois se como disse fará o que pedimos ao Pai em seu nome, quão mais eficaz não será a nossa oração em nome de Cristo, se rezarmos com as suas próprias palavras?» (S. Cipriano)
- «O convite do Senhor para O conhecermos é dirigido a cada um de vós, em qualquer lugar ou circunstancia em que nos encontremos. Basta tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de o tentar encontrar, todos os dias, sem descanso» (Francisco)
- «Toda a vida de Cristo é revelação do Pai: as suas palavras e atos, os seus silêncios e sofrimentos, a maneira de ser e de falar. Jesus pode dizer: Quem Me vê, vê o Pai´ (Jo 14, 9); e o Pai: Este é o meu Filho predileto: escutai-O´ (Lc 9, 35)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 516)
Reflexão
«E o que pedirdes em meu nome, eu o farei»
Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu
(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje, quarto Sábado de Páscoa, a Igreja convida-nos a considerar a importância que tem para um cristão, conhecer Cristo cada vez mais. Com que ferramentas contamos para o fazer? Com diversas e, todas elas, fundamentais: a leitura atenta e meditada do Evangelho; nossa resposta pessoal na oração, esforçando-nos para que seja um verdadeiro diálogo de amor, e não um mero monólogo introspectivo, e o desejo renovado diariamente por descobrir Cristo no nosso próximo mais imediato de nós: um familiar, um amigo, um vizinho que talvez necessite da nossa atenção, do nosso conselho, da nossa amizade.
«Senhor, mostra-nos o Pai», pede Filipe (Jo 14,8). Uma boa petição para que a repitamos durante todo este Sábado. —Senhor, mostra-me o teu rosto. E podemos perguntar-nos: como é o meu comportamento? Os outros, podem ver em mim o reflexo de Cristo? Em que coisa pequena poderia lutar hoje? Aos cristãos nos é necessário descobrir o que há de divino na nossa tarefa diária, a marca de Deus no que nos rodeia. No trabalho, na nossa vida de relação com os outros. E também se estamos doentes: a falta de saúde é um bom momento para nos identificarmos com Cristo que sofre. Como disse Santa Teresa de Jesus, «Se não nos determinarmos a engolir de uma vez a morte e a falta de saúde, nunca faremos nada».
O Senhor no Evangelho assegura-nos: «Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei» (Jo 14,13). —Deus é o meu Pai, que vela por mim como um Pai amoroso: não quer para mim nada de mau. Tudo o que passa —tudo o que me passa— é para o bem da minha santificação. Ainda que, com o olhos humanos, não o entendamos. Ainda que não o entendamos nunca. Aquilo —o que quer que seja – Deus o permite. Confiemos nele da mesma maneira que confiou Maria.
Reflexão
Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje nós consideramos que Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré. O Pai, « rico em misericórdia » (Ef 2,4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como « Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34,6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza divina.
Na « plenitude do tempo » (Gl 4,4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14,9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus.
—Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação.
Reflexão
Deus Pai
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje Jesus Cristo fala do Pai, descobrindo-nos sua intimidade divina. Com naturalidade, Cristo menciona a uma Pessoa diferente a Ele. Mas suas palavras mostram uma surpreendente igualdade entre ambos: quem vê Jesus também vê o Pai. Jesus Cristo nos pede que acreditemos nesta misteriosa revelação.
Pela fé aceitamos este mistério. Mas podemos entender que não é impossível que Deus seja assim: se é Amor, seria estranho que existisse como um ser "solitário" (um "eterno solteirão"). Para amar deve haver "outro". O nome "Pai" faz referência a esse "Outro" (o Filho, também eterno), porque só se é pai si há um filho. É uma Pessoa-Pai infinita: é pura Paternidade. Essa paternidade o faz diferente do Filho, mas, ao mesmo tempo, o une ao Filho: estão tão infinitamente unidos, que o Filho está no Pai e o Pai no Filho.
— Creio em Deus Pai, creio em Deus Filho, creio em Deus Espírito Santo. Creio em Deus Uno e Trino.
Recadinho
Jesus diz que quem acreditar nele fará obras maiores que ele. Um exagero, é claro. O que de mais grandioso você faz em favor da fé? - Você sabe pedir ao Pai? - O que basicamente pede? – Tem consciência do que devemos pedir a Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditação
Jesus apresenta-se como o Filho de Deus, igual ao Pai e por Ele enviado. Conhecendo Jesus, podemos conhecer o Pai, não com os olhos do corpo nem com a força da razão, mas no encontro da fé. Nesse encontro, deixando-nos iluminar e penetrar pela Trindade, somos conquistados e lhe podemos dar uma resposta de amor. Estamos a caminho do pleno conhecimento.
Oração
DEUS DE BONDADE, pela solenidade pascal dais ao mundo remédios celestiais; sede indulgente com a vossa Igreja, para que a celebração nesta terra nos seja proveitosa para a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Comentário sobre o Evangelho
A Última Ceia: «Quem me viu, tem visto o Pai»
Hoje, o Senhor Jesus está a despedir-se dos Apóstolos. E diz-lhes abertamente que Ele é Deus: «Quem me vê a mim, vê o Pai». Jesus de Nazaré é Deus!, e com Ele podemos entrar na vida de família da Santíssima Trindade: na vida do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- Jesus diz-nos: «Acreditai em mim. Pelo menos, acreditai pelas obras». Jesus Cristo fez coisas grandes que nunca mais ninguém realizou: a mais importante é a sua ressurreição. Jesus, eu confio em Ti!
Comentário do Evangelho
JESUS E O PAI
Não se pode de compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava sempre presente em tudo quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo, significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre ambos não redunda da fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta afirmação ousada: "Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera deles.
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho pelo qual chegamos até o Pai.
Oração
Espírito de discernimento ilumina minha mente e meu coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do Filho Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, fazei-nos viver sempre mais o mistério pascal para que, renovados pelo santo batismo, possamos, por vossa graça, produzir muitos frutos e chegar às alegrias da vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Meditando o evangelho
MOSTRA-NOS O PAI!
O diálogo com os discípulos torna-se mormente delicado quando Filipe, falando em nome dos demais, pede a Jesus: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isto nos basta!" Pedido ousado, se considerarmos que a piedade bíblica excluía qualquer possibilidade de alguém ver Deus e permanecer vivo. Por isso, todos os relatos de manifestação de Deus – teofania – revelam que a pessoa que contempla a glória divina fica tomado de pavor, diante da possibilidade de morrer. Como, então, os discípulos de Jesus ousavam querer ver o Pai?
O Mestre procura levá-los a pensar a questão de maneira correta, numa perspectiva nova. Os discípulos esperavam uma teofania, no melhor estilo das teofanias do Antigo Testamento. Jesus, porém, intervém com algo muito mais simples. Coloca-se a si próprio como mediação da visão do Pai: "Quem me viu, viu o Pai! Você não acredita que estou no Pai e que o Pai está em mim?"
A visão do Pai era a coisa mais desejada pelos discípulos. Bastaria dar um salto de qualidade para descobrir, na pessoa de Jesus, o rosto do Pai. E, para isso, era mister nutrir por Jesus fé idêntica à dedicada ao Pai. Sem uma fé verdadeira eles estariam privados da visão do Pai, ou continuariam a querer vê-lo, mas de uma maneira totalmente incorreta. A única forma de ver Deus Pai consiste em contemplá-lo na pessoa de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. MOSTRA-NOS O PAI!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
Continuando suas palavras de revelação, Jesus refere-se ao conhecimento do Pai, que não é visual nem intelectual, mas experiência da união no amor. Jesus tem este conhecimento em plenitude. Filipe não entende. Para ele basta "ver" o Pai. Ele ainda não entrou na dinâmica do amor de Jesus. Não percebe que naquele homem estão a presença e o amor divinos. Jesus insiste que as suas obras de amor só podem ser divinas, só podem ser as obras do Pai criador e misericordioso. E é admirável: os discípulos que crerem nele farão obras maiores do que as dele! Os discípulos participam, assim, na obra do Pai, que deseja vida plena para todos. Eles têm a missão de continuar a testemunhar Jesus e o amor do Pai na história. A oração da comunidade, unida a Jesus, é o fundamento da missão.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Tudo o que pedires ao Pai, em meu nome, vo-lo farei...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Sempre pensei, que bom seria se um dia me aparecesse uma Fada Madrinha ou o Gênio da Lâmpada, que me concedesse três pedidos... Jesus diz neste evangelho, que tudo o que pedirmos ao Pai, em seu nome, ele nos dará. E não são só três pedidos, mas TUDO! E já tem gente fazendo a lista dos pedidos, com medo de se esquecer de alguma coisa importante.
Claro que pensar desse modo, olhando as nossas necessidades materiais, é coisa de uma Fé infantil, que mais se parece com uma varinha mágica. No mínimo, como bons cristãos atuante na pastoral, na catequese, no Ministério, iremos pedir que tudo dê certo em nossos trabalhos, que todo mundo goste e nos elogie bastante, que o nosso grupo, Movimento ou Pastoral tenha grande fama na Paróquia e até na Diocese… Ou seja, que tudo seja do nosso agrado… A essas alturas tenho vergonha de tais pensamentos, pois Jesus orava sempre, e olhe o que aconteceu com ele...
Todos nós precisamos crescer na Fé, tornar-nos bem maduros e nos realizar como Pessoa humana, mais do que isso, nos realizarmos como Filhos e Filhas de Deus. Desafios, obstáculos e dificuldades nós sempre teremos à nossa frente, tentando fazer com que desistamos de tudo, e muitos realmente desistem.
O que temos de pedir sempre ao Pai, não é o sucesso pastoral, não é brilhar neste ou naquele ministério, não é pedir para que a comunidade nos valorize, que o padre nos valorize, tudo isso são desejos humanos em uma realização que não nos leva a lugar nenhum. Pedir isso sim, que ele nos conceda a honra e o privilégio de poder servi-lo, mesmo com todas as nossas limitações e fraquezas, poder ser seus colaboradores mesmo sem ser super- homens ou super- mulheres, mesmo sem muitas vezes ter a noção exata do que é o Reino...
Pedir forças para navegar, passando incólume pelas ondas bravias, atravessando ventanias e enfrentando temporais que vão surgindo em nossa trajetória. E o podemos de fato fazer coisas maiores que Jesus, pois toda a Vida e o Amor de Deus estava Nele concentrado em sua essência, e ele partilhou tudo isso com a sua Igreja que somos nós, e então temos Amor e Vida multiplicados... Nossas obras a partir disso têm que ser realmente maiores que aquelas das primeiras comunidades…
2. Eu estou no Pai e o Pai está em mim
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Se as ovelhas conhecem o pastor, conhecem o Pai que o enviou. Filipe diz com toda sinceridade: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Ver a Deus é o desejo supremo e a suprema realização do ser humano. Jesus responde a Filipe: “Quem me vê, vê o Pai. Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. Jesus está dizendo que há uma especial relação entre ele e o Pai e uma verdadeira identificação. Jesus pede que acreditemos no que ele diz vendo as suas obras e acrescenta que, quem crê nele, fará as obras que ele faz e fará ainda maiores. Jesus anuncia a sua volta ao Pai e que o Filho atenderá tudo o que pedirmos em seu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. Por isso terminamos nossas orações litúrgicas dizendo “por nosso Senhor Jesus Cristo”. O Pai está no Filho e permanece no Filho. Não entendemos, mas um dia teremos a visão da glória e nos encontraremos no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Conhecer ao Pai
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O problema de Filipe era o mesmo das comunidades cristãs do primeiro século da Igreja. Ainda presos ao passado e a tradição de Israel o Povo da Antiga Aliança, esperava uma manifestação gloriosa e esplendorosa de Deus Pai, através de Jesus Cristo. No Antigo Testamento as manifestações Teofânicas, com ventos, fogo, fumaça e intempéries da natureza, eram comuns na manifestação Divina.
Para Filipe e essas comunidades ainda não tinha “caído a ficha”, Jesus e o Pai são um, Deus Pai e Deus Filho, com o Espírito Santo uma única pessoa e um só Deus.
A queixa de Jesus é antes de mais nada uma bela chamada de atenção “Há tanto tempo estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe? ” A Fé em Jesus Cristo não é estática, mas dinâmica, vamos a cada dia o experimentando e assim o nosso conhecimento vai se aprofundando. Olhamos o Homem Jesus de Nazaré, igual a nós em tudo á exceção do pecado, contemplando e caminhando com ele vamos para o Pai, que Nele já chegou até nós.
A Fé em Deus é confirmada e comprovada nas obras reveladoras do Pai, assim é com Jesus e assim deve ser com cada um de nós. Talvez o leitor fique perplexo diante da afirmativa de Jesus, de que, quem Nele crê fará obras ainda maiores do que aquelas que Ele realizou.
Podemos na linha do tempo estar longe do Jesus histórico, mas Jesus age em cada Batizado, formamos o corpo místico da Igreja onde Ele é a cabeça, portanto nossas obras não são isoladas, mas na ação da Igreja onde o Senhor é quem age. Por isso as obras são ainda maiores do que aquelas que ele realizou há dois mil anos atrás, pois se hoje há muitas barreiras e desafios a serem vencidos para um trabalho missionário, há também facilidades, principalmente nos meios de Comunicação, quando utilizados de maneira responsável e criteriosa à serviço da evangelização.
2. Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta - Jo 14,7-14
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Depois da Páscoa vem a Ascensão e a expectativa dos últimos tempos. Queremos ver o Pai, queremos ver a Deus. É a tua face, Senhor, que eu procuro. Não me escondas a tua face. Pode haver desejo maior e melhor? Escrevendo sobre sua vida, o Padre de Foucauld dizia: “Comecei a ir à igreja sem crer. Aí me sentia bem e fazia esta prece estranha: Meu Deus, se vós existis, fazei que eu vos conheça”. Conhecimento que começa aqui na terra pela fé e se realiza plenamente na eternidade, na visão face a face. Quantas pessoas conhecemos que já partiram? O que é feito delas? Ressuscitaram, podemos responder, ou estão vivas diante de Deus esperando a ressurreição da carne. Como se deu a passagem, como é estar em Deus, o que é feito da nossa individualidade, não sabemos exatamente. Ouvimos Jesus falar do Pai e cremos em suas palavras. Nós o ouvimos também dizendo: “Se pedirem alguma coisa em meu nome, eu o farei”.
HOMILIA
JESUS E O PAI
Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta! Esta foi a preocupação de Filipe no Engelho de hoje e pode ser a de muitos diante de uma situação sem solução humanamente falando. Jesus, no quarto evangelho, fala frequentemente da sua relação com o Pai, da sua união com Ele, pelo fato de ter sido enviado por Ele. Ontem como hoje, os discípulos, agora representados por Filipe, queriam algo mais: uma visão direta do Pai. E então respondendo Jesus Se lhes revela: Eu estou no Pai e o Pai está em mim! Sua essência com o Pai é a mesma. Ele é o eterno Filho de Deus. Nele, por ele e para ele, foram criadas todas as coisas.
Mas esse desejo estava em contradição com aquilo que já nos aparece no prólogo de João: A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigênito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer (Jo 1, 18). Mas os discípulos não souberam reconhecer na presença visível do seu Mestre as palavras e as obras do Pai porque, para ver o Pai no Filho, é preciso acreditar na união recíproca que existe entre ambos. Só pela fé se reconhece a mútua imanência entre o Jesus e o Pai. Por isso, a única coisa que havemos de pedir é a fé, esperando com confiança esse dom. Jesus ao apelar para a fé, apoia os seus ensinamentos em duas razões: a sua autoridade pessoal, tantas vezes experimentada pelos discípulos, e o testemunho das suas obras.
A obra de Jesus, inaugurada pela sua missão de revelador, é apenas um começo. Os discípulos hão de continuar a sua missão de salvação, farão obras iguais e mesmo superiores às suas. Jesus quer mesmo dar coragem, aos seus e a todos os que hão de acreditar n´Ele, para que se tornem participantes convictos e decididos na sua própria missão.
Jesus falou muito do Pai. Filipe entusiasmou-se e pediu a Jesus que lhe mostrasse o Pai. Mas o Senhor respondeu-lhe: Quem me vê, vê o Pai. Filipe queria ver o Pai, mas não conseguiu vê-lo em Jesus. Ao contemplar o Mestre ficou pela realidade externa, não conseguindo atingir o interior, a sua realidade íntima, com o olhar penetrante da fé. O verbo «ver», para João, indica duas ordens de realidades: a do sinal visível e o da glória do Verbo.
Eu estou no Pai e o Pai está em mim. Jesus é a revelação de amor, de um amor generoso que quer espalhar-se sem limites, que não tem ciúmes: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas.
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
Fonte Canção Nova
REFLEXÕES DE HOJE
SÁBADO
HOMILIA DIÁRIA
O mundo precisa reconhecer Cristo em nós
“Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). Estas Palavras são fundamentais não somente para Filipe, mas também para cada um de nós. Nelas, vemos a clara Epifania, ou seja, a manifestação humana do rosto do Pai na pessoa de Seu Filho Jesus.
Ver Cristo é ver o próprio Deus. Essa verdade é tão grande que foi o próprio Filho de Deus quem no-la deu a conhecer: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai”.
Filipe – como muitos dos nossos irmãos hoje – ainda não tinha compreendido a verdade, segundo a qual, o Filho está em perfeita sintonia com o Pai numa inter-relação total. Era necessário que se desvendasse, que se derrubasse a “parede” que impedia Filipe de reconhecer Deus Pai no Filho, testemunhado pela pomba, durante Sua Transfiguração: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o” (cf. Mt 17,1-9).
Ao sermos convidados a escutar a Palavra de Jesus, neste texto, temos a oportunidade de conhecer o Pai, o qual revela, no Seu Filho, a Sua vontade. Portanto, não nos bastará apenas ouvi-Lo. Será também necessário fazer uma mudança radical. Uma experiência viva das obras do amor de Jesus, que são as obras do Pai: “As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras”.
Ao acreditarmos em Jesus, somos movidos a assumir as Suas obras em vista da promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o rosto de Deus nos rostos das pessoas por Ele amadas. Talvez você me pergunte como aquele jovem do Evangelho de Lc 10,25-35: “Mas quem é o meu próximo?”. A resposta é simples: são os pecadores, os pobres, os humildes, os marginalizados, os andarilhos, os doentes, os encarcerados, as prostitutas, os alcoólatras e tantos outros. Aliás, quanto “pior” for a pessoa com quem você convive, melhor será para você. Por quê? Porque com fé, confiança e esperança na conversão dessa pessoa, você se converterá num verdadeiro orante e melhor exercitará a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão, o amor de Deus – que se dá no Filho para o perdão dos nossos pecados e salvação das nossas almas. Essa é a glória do Pai, à qual os discípulos são chamados a participar.
Como discípulos, eu e você somos interpelados. Peçamos ao Senhor que nos dê essa graça de sermos um em Jesus, Seu Filho, para que o mundo reconheça em nós o Cristo – enviado do Pai ao mundo -, cuja missão é a libertação da opressão e a construção do mundo novo de fraternidade e justiça.
Padre Bantu Mendonça
HOMILIA DIÁRIA
Que encontremos no Evangelho de Jesus a verdadeira alegria
Que nenhum de nós perca a alegria, a intrepidez, a coragem e a ousadia de anunciar o Evangelho por causa das incompreensões e das perseguições deste mundo!
“Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.” (Atos dos Apóstolos 13, 52)
Eu queria convidar você a refletir sobre a primeira leitura da Santa Missa de hoje – no livro dos Atos dos Apóstolos – na qual vamos acompanhar o caminho de Paulo e Barnabé para anunciar a Palavra de Deus, que é rejeitada por muitos e aceita por alguns. Desse modo, você vai entender que aquilo que aconteceu com Paulo e Barnabé é também o que acontece conosco nos dias de hoje, porque, quando a cidade se reuniu para escutar a Palavra de Deus, alguns naquela multidão ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, se opunham a tudo que Paulo dizia. No entanto, ele e Barnabé não perdiam a coragem, não perdiam a intrepidez e anunciavam com mais sagacidade e com mais destemor a Palavra do Evangelho.
Mas, infelizmente, meus irmãos, muitos ali não aceitaram a pregação, e Paulo e Barnabé foram pregar aos pagãos e não ao povo judeu, o povo para o qual ele fora enviado, em primeiro lugar, a pregar a Palavra. De modo que os judeus daquela cidade influenciaram algumas pessoas a perseguirem os dois apóstolos [Paulo e Barnabé] e a expulsarem esses homens de Deus de sua cidade. E assim aconteceu, eles foram expulsos de lá e não puderam mais anunciar a Palavra de Deus. Desse modo, os apóstolos apenas sacudiram a poeira dos pés e foram para a próxima cidade de Icônio.
O que mais nos causa admiração é que eles não ficaram depressivos, tristes, com sentimentos de culpa, nem culparam a Deus por aquele sofrimento, por aquela tristeza, aquela tragédia. Pelo contrário, esses apóstolos eram tomados por um espírito de alegria, eles eram tomados pela intrepidez do Espírito Santo e, quanto mais perseguidos eram, tanto mais intrépidos ficavam; quanto mais perseguidos eram, mais cheios do espírito de alegria ficavam. Porque eles sabiam que sofriam e que passavam por todas aquelas coisas por causa do nome de Jesus. Sentiam uma alegria inexplicável, humanamente sem condição de se dizer como é que alguém pode ficar feliz por sofrer por causa de Jesus.
Sabem, meus irmãos, algumas pessoas talvez vão zombar de nós, vão nos achar estranhos, vão, muitas vezes, se opor à nossa vida, ao nosso modo de ser, até os de na nossa própria casa, no meio dos nossos familiares.
Os cristãos são tidos como alienados, exagerados, fora do mundo; tudo isso são rótulos e adjetivos que nos devem encher de alegria, devem nos dar a convicção de que andamos no caminho todas as vezes em que formos dignos de sofrimentos por causa do nome de Jesus! Nós participamos do mistério redentor de Sua cruz, nós damos a nossa participação na redenção da humanidade.
Que nenhum de nós perca a intrepidez, que nenhum de nós perca a coragem e a ousadia de anunciar o Evangelho por causa das incompreensões e das perseguições deste mundo. Que tudo isso seja para nós motivo para nos enchermos da santa alegria e do santo temor no Espírito de Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
HOMILIA DIÁRIA
Realizemos as obras do Reino de Deus entre nós
Deus nos usa para que as obras do Seu Reino aconteçam
“Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” (João 14,12-13)
Jesus está nos trazendo tesouros preciosos por meio da Sua Palavra. Aquele que permanece em Deus, aquele que acredita n’Ele fará obras maiores do que aquelas que Ele realizou.
Fico pensando em tantas obras que Jesus fez, e percebo que as minhas são tão pequenas! A comparação não é numérica, não me refiro à quantidade de obras. Não se trata disso, mas sim da intensidade daquilo que fazemos. Com Jesus, a nossa intensidade torna-se cada vez maior.
As obras do Reino de Deus precisam ser feitas a cada dia, pois, quando nos submetemos a Jesus, vivendo em comunhão com Ele, somos inspirados, porque Ele nos manda para frente. O Senhor nos levanta, ergue-nos, mesmo que estejamos caídos e prostrados, para realizarmos a obra de Seu Reino.
As obras são feitas e realizadas na simplicidade do coração e da alma. Um bom conselho que damos, uma boa direção para alguém, um ombro amigo, uma oração que fazemos pelo outro, são boas obras. Somos incapazes de curar e abençoar alguém, mas Jesus usa de nós para que oremos pela cura das pessoas, para que elas sejam abençoadas, iluminada, e para que aquela pessoa que está morta levante e ressuscite. No entanto, precisamos crer em Deus.
Se ficarmos na retaguarda, desmotivados, se não crermos na obra do Reino de Deus, realmente, não faremos obra nenhuma. Deus nos usa para que as obras do Seu Reino aconteçam e, por meio de nós, o Pai seja glorificado no Filho que está em nós. Tudo o que pedirmos ao Pai em Seu nome é Jesus mesmo que fará acontecer.
Voltemos o nosso olhar para Jesus, voltemos o nosso coração para Ele e peçamos: “Jesus, direcione tudo aquilo que fazemos e realizamos, tudo aquilo que precisamos fazer para que o Reino de Deus seja construído e realizado”.
Precisamos ver as obras do Reino acontecendo, e elas acontecem por meio de cada um de nós, que, vivendo a comunhão com Jesus, procuramos, por intermédio da nossa vida, realizar as obras do Seu Reino.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
HOMILIA DIÁRIA
Quando cremos em Jesus, realizamos grandes obras
“Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei.” (João 14,12-13)
É preciso tomar posse dessas palavras porque são palavras de vida eterna. É Jesus quem está dizendo que tudo aquilo que fizermos em Seu nome ao Pai, Ele realizará, mas nós não temos usado o nome de Jesus. E, “usar o nome de Jesus”, não é usar como se só estivéssemos nos aproveitando, pelo contrário, é tomar posse do nome de Jesus, é viver e levar a vida em nome d’Ele.
Jesus quem nos deu vida, quem morreu por nós, ressuscitou para nós e está no meio de nós. Vivemos como se não tivéssemos ninguém por nós, mas nós temos a Jesus, o nosso Mestre e Senhor.
O nome de Jesus precisa estar em nosso coração, em nossos pensamentos e intenções, precisamos levar a vida em nome de Jesus, precisamos ter a vida de Jesus em nós e a nossa vida precisa estar n’Ele.
Aquele que crê em Jesus faz obras maiores do que Ele, não por si, mas por Jesus que está em nós
Tudo que vivemos, passamos e realizamos precisamos colocar aos pés d’Ele. Ficamos acumulando coisas que nos estragam, inquietações, perturbações, preocupações, acumulando brigas, discussões, quando, na verdade, tudo aquilo que inquieta o mundo, precisamos colocar aos pés de Jesus. Tudo aquilo que gera preocupação a você, na sua casa, na sua família, nos seus negócios, no seu trabalho, nos seus estudos, seja no que for, coloque no nome de Jesus.
Coloquemos tudo na presença d’Ele e invoquemos o poderoso nome de Jesus, porque, se assim o fizermos, a Palavra está nos dizendo que aquele que crê em Jesus fará obras maiores do que aquelas que Ele mesmo realizou. Quando vejo as obras de Jesus, a primeira delas, o amor, depois, o despojamento e a entrega. Alguns entendem obras de Jesus apenas por milagres, mas o milagre mesmo é Jesus, encarnado e vivo no meio de nós, morto pelos nossos pecados e ressuscitado no poder de Deus.
Quando cremos em Jesus, a vida d’Ele se encarna em nós, nos despojamos, nos humilhamos, nos abrimos para aquilo que antes não abríamos mão.
Quando cremos em Jesus, morremos para esse mundo tão difícil de morrer; quando cremos n’Ele, ressuscitamos a cada dia das mágoas, da depressão, das opressões da alma, do espírito e do coração, porque, no nome de Jesus, as amizades ressurgem mais fortes, os relacionamentos se reconstroem, os casamentos ressuscitam.
Quando cremos no nome de Jesus e colocamos a nossa vida no nome d’Ele, a humanidade se refaz, a começar pela nossa própria humanidade machucada, ferida e maltratada pelo pecado. Aquele que crê em Jesus faz obras maiores do que Ele, não por si, mas por Jesus que está em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
HOMILIA DIÁRIA
O Filho é a expressão do amor e da comunhão com o Pai
“Disse Filipe: ‘Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!’. Jesus respondeu: ‘Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai’.” (João 14,8-9)
O anseio e o desejo que Filipe tem em seu coração é também o desejo e o anseio da nossa alma. Queremos ver o Pai e contemplá-Lo, queremos a presença amorosa do Criador de todas as coisas em nossa vida. Queremos estar no Seu colo. Mas aquilo que Jesus responde para Filipe, Ele também responde para nós: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me vê, vê o Pai”.
Jesus é a expressão do amor do Pai, Jesus vive profundamente a comunhão com o Pai, e coloca-nos em comunhão com Ele, por isso não chegamos a Deus se não for através de Cristo. É Este quem nos coloca no colo do Pai, que nos conduz ao Seu coração, e por isso precisamos crescer na intimidade com Jesus, precisamos crescer na nossa relação com Jesus e no nosso amor por Ele.
É Jesus quem nos salva, quem nos redime e coloca-nos em comunhão com o Pai
É Jesus quem restaura toda a obra do Pai, é Ele quem nos mostra toda a obra que o Pai faz e fez no meio de nós. Jesus é o verdadeiro enviado do Pai, por isso a nossa verdadeira comunhão com Deus Nosso Pai dá-se através do Seu Filho, Nosso Senhor e Salvador Jesus. Anunciemos, proclamemos e amemos Jesus, pois assim vamos estar em plena comunhão com o amor que o Pai tem por nós.
Quando Jesus é glorificado, o Pai é glorificado; quando Jesus é exaltado, o Pai é exaltado; não dá para separar o Pai do Filho e o Filho do Pai, porque o Filho é a plena expressão de amor e comunhão com o Pai.
O nosso amor por Jesus precisa ser cada vez mais intenso e maior. Por isso, cada vez mais, dirijamo-nos a Jesus, invoquemos o nome d’Ele, porque tudo o que pedirmos ao Pai em nome de Jesus, o Pai realizará no meio de nós. Que poderoso, que santo, que misericordioso é o nome de Jesus! Que poderosa é a Sua ação no meio de nós!
Sobre todos nós esteja o nome de Jesus. Levemos a vida em nome d’Ele, levemos os outros a conhecer, a amar a Jesus Nosso Senhor e Salvador. É Ele que nos salva, que nos redime e coloca-nos em comunhão com o Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Oração Final
Pai Santo, dá-nos o olhar puro e o coração simples para ver e compreender que em Jesus de Nazaré Tu te fazes presente em nosso mundo, trazendo a nós o Reino de Amor. Faze-nos, Pai amado, agradecidos e generosos para partilhar este tesouro entre nossos companheiros de caminhada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso irmão, na unidade do Espírito Santo.
Oração Final
Pai Santo, o teu Amor é infinitamente maior do que a nossa capacidade de compreensão. Ensina-nos, Pai amado, a acolher com gratidão e humildade a tua presença amorosa em nossa vida e a seguir o Caminho da compaixão que Jesus trilhou neste mundo. Pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a compreender que na Pessoa do teu Filho Unigênito – a Palavra Criadora encarnada em Jesus de Nazaré – Tu estás presente em nossa vida, bem próximo de nós, guiando-nos na caminhada de volta para o Lar Paterno, a tua Morada Santa. Faze-nos simples de coração para acolher o teu Reino de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
ORAÇÃO FINAL
Pai nosso, muito querido, que enriqueces a História da nossa Salvação com exemplos santos e confortadores, nós pedimos que a contemplação do papel silencioso de José, o santo operário, aumente a Fé e o Amor vividos entre os cristãos. Amado Pai, que a Igreja seja testemunha da esperança que nos trouxe o Cristo Jesus, teu Filho que entregaste aos cuidados humanos do humilde e generoso José. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.