quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

"Ó Jesus Misericordioso, amante das almas, eu Vos suplico, pela agonia do Vosso Sacratíssimo Coração, e pelas dores da Vossa Mãe Imaculada, lavai no Vosso sangue os pecadores do mundo inteiro."

"Jesus, nós confiamos em Vós." Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende Piedade de nós e do mundo inteiro. Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, Eu Confio em Vós.

"Não se perturbe pois, e nem tema o teu coração, crê em Mim e tem confiança em Minha Misericórdia."

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/01/2023

ANO A


Mc 3,13-19

Comentário do Evangelho

Discípulos são enviados

É o terceiro relato de vocação no evangelho segundo Marcos (1,16-20; 2,13-14). Todos eles têm em comum o fato de que o chamado dos Doze é iniciativa de Jesus; são chamados, em primeiro lugar, para acompanharem (seguirem) Jesus e, em seguida, serem enviados por ele. A montanha, sem localização precisa, é, aqui, a “montanha de Deus” (cf. Ex 19,1ss), lugar da revelação de Deus e de seus desígnios. “Doze” evoca as doze tribos de Israel. Com isso Jesus, constituindo os Doze como apóstolos, visa todo o povo escolhido por Deus; a missão dos apóstolos está relacionada com a vocação do povo eleito de Deus. Ao mesmo tempo, a eleição dos Doze aponta para a perspectiva do novo povo de Deus, constituído não pela descendência do sangue, mas pela adesão à pessoa de Jesus. Os Doze partilham da vida do seu Mestre e, para a sua missão, recebem dele o poder de expulsar demônios. Essa expressão “expulsar demônios” equivale a “farei de vós pescadores de homens” (Mc 1,17). Efetivamente, é o mal que desfigura no ser humano a imagem de Deus e impede de acolher o Reino de Deus, já presente em Jesus, como dom; é o mal que impede o ser humano de ceder à atração de Deus. É ainda o mal que, enigmaticamente, habita o coração do homem feito à imagem e semelhança de Deus, escraviza o ser humano e o faz prisioneiro de suas próprias afeições desordenadas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.
Fonte: Paulinas em 24/01/2014

Vivendo a Palavra

Por que doze? Por que chamados um a um? Jesus quer ensinar à sua Igreja – os que respondem à vocação para o anúncio da Boa Nova serão sempre pequeno rebanho – a agir ao modo de sal e luz: realçando o sabor da vida e iluminando os passos da humanidade nos caminhos do Reino, que já está dentro de nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/01/2014

Vivendo a Palavra

Ninguém entra no Reino do Céu às escondidas, de contrabando, por atalhos desconhecidos. Jesus chama os que escolhe e lhes dá poder para curar e anunciar a Libertação. Nós somos os discípulos chamados hoje. Procuremos escutar o convite e nos alegremos, seguindo o Caminho ensinado pelo Mestre da Galileia.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/01/2017

VIVENDO A PALAVRA

Primeiro, Jesus chamou. Eles ouviram e foram. No monte, o Grupo dos Doze foi constituído. Hoje, Jesus continua chamando. Para que nós sejamos do seu Grupo, é preciso ouvi-Lo, e que subamos o Monte com Ele. Seremos seus discípulos e, em seu Nome, anunciaremos o Reino de Deus, com autoridade para expulsar demônios e curar.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/01/2021

Reflexão

A escolha dos doze apóstolos nos mostra a intenção que Jesus tem de formar o novo povo de Deus que irá substituir o povo da Antiga Aliança. De fato, a escolha dos doze não foi obra do ocaso, mas manifesta uma intenção. Assim como no Antigo Testamento, Deus forma o povo de Israel a partir das doze tribos dos descendentes de Abraão, a Igreja é o novo povo de Deus, o povo da Nova Aliança, formado a partir dos doze apóstolos de Jesus, que ele escolheu e enviou com poder para pregar e com autoridade para expulsar todo tipo de mal. Desse modo, entendemos que a Igreja é o novo povo de Deus, o povo da Nova Aliança.
Fonte: CNBB em 24/01/2014 e 20/01/2017

Reflexão

Já em plena missão, Jesus observa o imenso volume de trabalho. Mais do que auxiliares imediatos, Jesus quer junto a si um grupo de doze discípulos, aos quais dá o nome de apóstolos e que, doravante, serão seus companheiros inseparáveis. Receberão os ensinamentos do Mestre em duas modalidades: teoria e prática. Por um lado, o Mestre abrirá para eles um horizonte novo, revelando-lhes que ele, Jesus, é o Filho amado do Pai, cujos planos veio realizar; ao mesmo tempo, fincará os fundamentos do Reino de Deus. Por outro lado, os apóstolos serão testemunhas oculares das boas obras com que Jesus beneficia o povo. Tudo o que estão aprendendo nesta nova escola eles não guardarão para si, mas deverão comunicar aos outros, quando forem enviados. Para isso, Jesus lhes dá poder.
Oração
Ó Jesus, enviado do Pai, chamas os que queres para serem teus apóstolos. De origens e culturas diferentes, eles frequentarão tua escola, em que vão conhecer e viver a novidade do Reino de Deus. Depois, darão continuidade à tua obra libertadora. Aumenta, Senhor, o número dos teus eleitos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus e22/01/2021

Reflexão

Já em plena missão, Jesus observa o imenso volume de trabalho. Mais do que auxiliares imediatos, Jesus quer junto a si um grupo de doze discípulos, aos quais dá o nome de apóstolos e que doravante serão seus companheiros inseparáveis. Receberão os ensinamentos do Mestre em duas modalidades: teoria e prática. Por um lado, o Mestre abrirá para eles um horizonte novo, revelando-lhes que ele, Jesus, é o Filho amado do Pai, cujos planos veio realizar; ao mesmo tempo, fincará os fundamentos do Reino de Deus. Por outro lado, os apóstolos serão testemunhas oculares das boas obras com que Jesus beneficia o povo. Tudo o que estão aprendendo nesta nova escola, eles não guardarão para si, mas deverão comunicar aos outros, no momento em que forem enviados. Para isso, Jesus lhes dá poder.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Meditação

O chamado, a vocação de cada um é sempre um mistério. Mistério do amor de Cristo e do Pai que amam cada pessoa individualmente, escolhem e chamam uma a uma para seu amor e para servir o próximo. Esse serviço é sempre para o bem de homens e mulheres, seja um serviço temporal e natural, seja um serviço espiritual e sobrenatural. Por amor somos chamados para servir no amor.
Oração
Dai-nos, ó Deus, o espírito de fortaleza para que, sustentados pelo exemplo de São Sebastião, vosso glorioso mártir, possamos aprender com ele a obedecer mais a vós do que aos homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Recadinho

Você se considera um(a) escolhido(a) de Deus? - Para que tipo de missão? - Procura assumi-la com amor, com muita dedicação? - Lembra-se sempre de que para ser testemunha do Evangelho o mais importante é dar bom exemplo? - O evangelho de hoje lhe diz mais alguma coisa de especial?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 24/01/2014

Comentário do Evangelho

OS COMPANHEIROS DE JESUS

A escolha dos primeiros companheiros de Jesus foi feita a dedo. Foi chamado quem ele quis. De nada adiantava se oferecer, pedir para ser recebido como discípulo ou apresentar prerrogativas pessoais. Jesus sabia quem deveria tomar parte naquele grupinho mais chegado a ele.
A quantidade dos escolhidos tinha um valor simbólico. O número doze evocava as doze tribos do antigo Israel, libertado da escravidão do Egito. O grupinho de discípulo estava, pois, destinado a ser semente de um povo novo. E tomaria o lugar do Israel do passado, cujas funções na história já haviam se esgotado. Seu sucessor é o grupo formado por Jesus.
Os doze receberam como incumbência dar continuidade à dupla face da missão de Jesus. Eles seriam enviados para ser anunciadores da boa-nova do Reino, destinada a transformar a vida dos indivíduos. A pregação consistiria num chamado insistente à conversão, com seu componente de mudança de vida e de mentalidade. A pregação seria ratificada com a realização de gestos poderosos de expulsão dos demônios. A vitória sobre os demônios seria um sinal da eficácia do Reino no coração das pessoas.
A ação dos discípulos, desta forma, faria a ação de Jesus continuar a dar seus frutos na história. Esta é a tarefa de todo discípulo autêntico.

Oração
Senhor Jesus, tu me chamaste pelo nome para seguir-te. Ajuda-me a levar adiante a missão de proclamar o Reino e fazê-lo frutificar na vida das pessoas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, para a salvação da humanidade, quisestes que são Francisco de Sales se fizesse tudo para todos; concedei que, a seu exemplo, manifestemos sempre a mansidão do vosso amor no serviço a nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 24/01/2014

Meditando o evangelho

OS QUE ELE QUERIA!

A frase evangélica – "Chamou para junto de si os que ele mesmo quis" – pode ser objeto de mal-entendidos. À primeira vista, podemos ser levados a tomá-la como expressão de um voluntarismo do Mestre, cujo querer se impunha. Pode-se suspeitar, igualmente, dos critérios usados na escolha de seus "queridos". Ou julgar como esquisitice o seu gesto, quando se pensa que, segundo o costume da época, os discípulos é que escolhiam os próprios mestres, e não vice-versa.
No entanto, considerando o conjunto da cena, descobrimos que o sentido da afirmação é bem outro. Diferentemente dos demais mestres, a intenção de Jesus era formar um grupo de companheiros de missão, e não ter discípulos no estilo dos rabinos. Daí, a necessidade de ser dele a iniciativa da escolha, considerando o relacionamento interpessoal estabelecido entre eles. Em todo o caso, fica difícil determinar os critérios que Jesus usou  na escolha. Analisando com atenção o elenco dos apóstolos, deparamo-nos com nomes de pessoas do povo, gente simples, sem projeção social. Com o passar do tempo, cada qual iria revelar sua personalidade, e mostrar-se como pessoas que estavam longe da perfeição.
Escolhendo gente pouco expressiva, Jesus se espelhava no modo de agir de Deus, ao longo da história da salvação. Para realizar seus grandes feitos, o Pai havia contado com mediações humanas precárias. O mesmo acontecia com Jesus!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.
Fonte: Dom Total em 20/01/2017 e 22/01/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Os escolhidos de Jesus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Conforme reflexão de ontem, sempre no evangelho de Marcos, Jesus é acompanhado de uma verdadeira multidão, mas para começar algo novo é preciso organizar-se e isso implica em uma instituição, tem muita gente que odeia essa palavra, quando aplicada a Santa Igreja, parece que Igreja e Instituição são coisas incompatíveis e não falta alguns "iluminados" que vêm na instituição uma estrutura diabólica...
Bom, a gente precisa saber que Jesus Cristo sendo humano, vai organizar-se com qualquer homem o faz, e por isso, com muito cuidado começa a formar o Povo da Nova Aliança exatamente no momento em que escolhe o grupo dos Doze. Os que atuam nas pastorais e Movimentos não são super- homens e super- mulheres, superdotados de carismas e imunes a todo mal, há quem pense em uma Igreja assim... Esses sofrem mais que os outros, porque a cada escândalo sentem-se frustrados e até pensam em mudar de Igreja...
Dizemos isso porque nos primeiros convocados desse Grupo seleto, está Judas, que o evangelista em seu escrito pós-pascal faz questão de dizer que se trata daquele que o entregou... Poderia esconder o fato, dizer que Judas nunca havia sido escolhido, por a sua atitude não o fazia digno de ser mencionado como um discípulo do Senhor, mas o evangelista retrata a realidade pura e simples. Judas também foi escolhido, teve a mesma oportunidade dos demais mas acabou fazendo uma opção contrária ao Reino, conforme sua decisão e vontade própria…ninguém nesta vida está predestinado a ser mal e a perder-se, a prática do bem ou do mal, é decisão e escolha de cada um, por isso termos o livre arbítrio.
O fato é que os escolhidos se identificam mais profundamente com Jesus, permitindo até mudança de nome, como é o caso de Pedro e seu irmão João.  Até agora a "cartilha" que todos tinham que ler, se quisessem se relacionar com Deus, era as práticas do Judaísmo, mas a partir de agora esse grupo vai ter de fazer uma releitura sobre Deus e a Salvação.
Essa releitura depende da comunhão de vida que tiverem com Jesus, e no final da caminhada serão enviados para evangelizar e formarem outros grupos, e assim tem sido ao longo dos tempos, ouve-se falar de Jesus, aprofunda-se o conhecimento sobre ele, faz-se uma experiência profundamente cristã na vida em comunidade, junto com outras pessoas, que podem ser até mais santas ou pecadoras do que nós, mas foram também escolhidas para ser Igreja.
Seria oportuno concluir a reflexão com uma pergunta: Por que Jesus nos escolheu para sermos Igreja e vivermos em comunidade? Certamente não é pelas nossas qualidades e carismas pois conhecemos pessoas, as vezes de fora da Igreja, que fariam o nosso trabalho pastoral muito melhor que nós, então porque nós e não elas?
E por que algumas pessoas, em nossa opinião, desqualificadas, também foram escolhidas e fazem parte da comunidade? É QUE DEUS ESPERA DE TODOS NÓS UMA RESPOSTA AO SEU CHAMADO...
Devemos sempre responder positivamente, abrindo-nos à sua graça operante e santificante, sem nos preocuparmos com a resposta que os outros estão dando...
O fato é que, se não renovarmos o nosso propósito e o nosso Sim  a cada dia, poderemos sim, acabar como Judas Iscariotes, que tomou a decisão sozinho, sem se importar com a comunidade...

2. Jesus subiu à montanha e chamou os que ele quis - Mc 3,13-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus está com um grupo mais restrito. Vai escolher os doze apóstolos para ficarem com ele, para anunciarem a Boa-Nova e para expulsarem demônios. São Marcos mantém a visão de Jesus que se opõe ao poder demoníaco. Em seu primeiro ato público na sinagoga de Cafarnaum, ele enfrentou o demônio, que diminuía o ser humano. Na realidade, o demônio reconheceu que Jesus era o Santo de Deus. A oposição parece dar-se com os escribas. Os doze apóstolos, que são de Jesus, também deverão estar do lado oposto ao do demônio e de seus agentes. Jesus chama Pedro de Satanás quando percebe que ele está caindo na tentação de bandear-se para o outro lado. Os apóstolos, expulsando os demônios, darão ao mundo a Boa Notícia da salvação. Salvação de quê? Neste caso, da dominação demoníaca, que se abate sobre o ser humano e tira-lhe a dignidade. Salvação e libertação do pecado do mundo. O Pecado do mundo, com P maiúsculo, atenta contra o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. Segundo a tradição, esses homens escolhidos para serem apóstolos do Senhor saíram pelo mundo afora e anunciaram a Boa Notícia do Reino por toda parte, dando testemunho de sua fé com a própria vida. Morreram pela causa que abraçaram e são alicerce seguro da Igreja de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 22/01/2021

HOMILIA

JESUS CHAMOU OS QUE ELE QUIS

Chamou os que ele quis, para que ficassem com ele e para enviá-los.  Este Evangelho narra o chamado dos doze Apóstolos, palavra de origem grega que significa “enviados”. O número doze evoca as doze tribos de Israel.  O texto começa dizendo que Jesus “subiu ao monte”. É uma expressão com reminiscências bíblicas muito marcantes. Os montes da Bíblia, mais que acidente topográfico, são lugares de teofania, isto é, de presença, revelação e ação de Deus. Por exemplo, o monte Sinai, o monte Horeb, o monte das bem-aventuranças, o da transfiguração. No evangelho de hoje o monte da investidura apostólica. A intenção de Jesus não foi criar um grupo separado do povo, mas guias para a Igreja, o novo Povo de Deus, que ele começava a fundar.
Chamou os que ele quis.” A vocação é de iniciativa divina. Por que Deus chama a este e não aquele ou aquela, é mistério que não entendemos. O certo é que, para uma missão ou outra, todos somos chamados. E nós somos só somos plenamente felizes se seguirmos o caminho Deus nos chama.
Chamou-os para que ficassem com ele e para enviá-los.” Primeiro, nós ficamos junto de Jesus, a fim de aprender dele a Boa Nova do Reino de Deus. Primeiro aprender a viver na própria vida aquilo que vamos ensinar ao povo. Os Apóstolos não foram enviados no começo da vida pública de Jesus. Só no final, depois de um bom tempo de convivência e de formação, é que foram enviados. E, mesmo depois de enviados, Jesus os chamava de vez em quando para novas instruções, também para o descanso, a confraternização e a oração juntos. Se não fazemos isso, nós nos esvaziamos. Ninguém dá o que não tem. “Como é bom, como é agradável, os irmãos viverem juntos!” (Sl 133,1). “Deu-lhes autoridade para expulsar demônios.” Quando Deus nos chama, ele nos capacita para que possamos cumprir a missão. Não só nos capacita, mas nos dá meios e recursos necessários.
Para as escolhas de Deus não há lógica humana. O chamado de Deus para nós é irrevogável! Ele vê o coração e faz as Suas escolhas dentro do que é justo e não de acordo com as nossas razões humanas, por isso, Ele escolhe pessoas que aos nossos olhos são incapazes, sem gabarito, despreparadas. Sabemos, porém, que Ele capacita os que não têm capacidade. No trabalho do reino vale mil vezes mais o que temos dentro do nosso coração do que a capacidade intelectual que nós possuímos.
As escolhas do Senhor se dão naturalmente, sem grandes alardes, assim como fez Jesus quando chamou os doze. Jesus aproximou-se de cada um deles, conheceu a sua realidade, a sua história e chamou até quem mais tarde iria traí-lo. Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, Ele tinha somente um objetivo: fazer a vontade do Pai para que não se perdesse ninguém. Se Jesus tivesse chamado muita gente, para agradar, ou para fazer justiça aos olhos do mundo, o trabalho do reino não teria sido eficaz. Portanto, Ele chamou aqueles que Ele quis para subir o monte com Ele. Nem todos poderiam subir. A metodologia de Jesus é muito simples e profunda, Ele chamou aqueles que poderiam ficar muito perto de si, gozando da sua intimidade, recebendo um ensinamento partilhado concretamente para que fosse frutuoso e depois eles pudessem lançar sementes em terra boa.
Jesus sabia que na Sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os Seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Esse é um valioso ensinamento para nós quando tivermos que fazer opções e usar critérios de escolha nos nossos empreendimentos. Mas também nós precisamos examinar como é que estamos fazendo as nossas escolhas, principalmente entre as pessoas que caminham junto de nós; quais os critérios que nós usamos quando nos aproximamos de alguém para fazer parte do nosso círculo de amizade; se estamos fazendo algum cálculo racional ou se temos idéias formadas a respeito deles. As nossas amizades são conseqüência dos encontros da nossa vida por isso, precisamos também prestar atenção aonde é que estamos encontrando os “nossos amigos”. Precisamos procurar descobrir com Jesus, na sua Palavra e em oração, qual é a vontade de Deus nas diversas circunstâncias da nossa vida.
Como é o seu critério quando tem que escolher alguém para uma missão específica? Você quer agradar alguém ou ser agradado na sua escolha? Você se revolta quando não é escolhido para um lugar importante ou espera a hora de Deus para você? Como e aonde você tem encontrado “amigos”? Você é capaz de acolher no seu círculo de amizade aqueles que aparentemente não têm nenhum brilho?
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 24/01/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia diária Comentada2 em 24/01/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

O Senhor nos chama pelo nome!

Não se esqueça disto: você é de Jesus Cristo, você pertence a Ele!

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3, 14-15).

O Evangelho de hoje nos mostra Jesus designando os Seus apóstolos e, os designando cada um deles pelo nome, a cada um deles o Senhor o chama pelo nome ou o Senhor lhes dá ao próprio nome outro nome mais significativo. A Simão a quem Ele mesmo deu o nome de Pedro; Thiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, André… Aí o chamado do Senhor vai chegar ao meu nome, ao seu nome, ao nome de cada um nós, porque o Senhor nos chama pelo nome, o Senhor nos designa a cada um de nós para a missão que nós temos neste mundo pelo nosso próprio nome!
O Senhor chamou você, meu filho; chamou você, minha querida irmã, para exercer a missão que você tem no mundo. Como é doce, aos nossos ouvidos, sermos chamados pelo nosso próprio nome! É verdade que existem nomes carinhosos que significam alguma coisa para nós; o que nós não podemos é chamar os filhos de Deus de um nome qualquer, de um apelido que seja ”depreciativo”, ou qualquer forma que nos deixe constrangidos.
O dia em que formos nos apresentar, diante do Senhor, nós seremos chamados pela última vez pelo nosso próprio nome. E, então, a nossa sorte eterna nos dará um lugar junto de Deus ou longe d’Ele.
O que nós precisamos é honrar o nome com o qual fomos batizados, o que nós precisamos é valorizar o nome que foi designado, para nós, pela graça do batismo. É assim que somos amados por Deus: de forma única, de forma singular, de forma pessoal! É dessa forma que Deus nos olha, é dessa forma que Deus nos chama, é dessa forma, também, que Deus cuida de nós.
Que nós saibamos valorizar, que sejamos os primeiros a respeitar o próprio nome que nós temos, ao nosso nome soma-se o nome de cristão, porque a graça de ser cristãos é que nos torna seguidores do Cristo Jesus. Assim como Jesus de Nazaré é Jesus o Cristo, o Roger é o Roger cristão, a Maria é a Maria cristã e, assim por diante; o nome de Cristo está associado ao nome de cada um de nós. Não se esqueça disto: você é de Jesus Cristo, você pertence a Ele!
Que o seu nome seja cada vez mais ligado ao nome de Jesus. Com isso, nossos atos, nossas responsabilidades, nossos compromissos e tudo aquilo que queremos fazer, o faremos em nome do Senhor Jesus. A Ele o louvor, a honra, a glória e a adoração!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/01/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Jesus nos deu autoridade para expulsar os demônios

A autoridade que Jesus nos deu, em Seu nome, é para expulsarmos os demônios

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios” (Marcos 3,14-15).

Jesus escolheu doze e os designou com autoridade para pregar e expulsar os demônios. É bonito ver Jesus chamando cada um pelo nome: Pedro, Tiago, João, André, Filipe, Bartolomeu, Mateus… e cada um é singular para Deus. O nome de cada um têm uma importância única no coração do Senhor.
O modo como Deus nos chama é também pelo nome. Ele nos chama de José, Paulo, Maria, porque para Ele não somos coletividade. Para Ele somos a individualidade, somos singular, somos únicos! Olhando para nós, Deus está primeiro nos chamando, e uma vez que respondemos ao Seu chamado, Ele nos coloca no apostolado.
Deus precisa de cada um de nós exercendo um apostolado nesta vida! O apostolado é uma responsabilidade que recebemos para exercer em nome de Jesus, onde quer que nós estejamos, a começar pela família, pela casa onde estamos. Temos de ser apóstolos em nome de Jesus na família que nos foi designada. Você, como pai ou como mãe; eu como padre, o outro como missionário. Enfim, no campo onde você se encontra, exerça o seu apostolado, e que seja eficaz e prodigioso, que produza muitos frutos e traga muitos discípulos para o Reino de Deus.
Os apóstolos do Senhor, primeiro, precisam ficar com Ele, precisam ficar na Sua companhia. Às vezes, ficamos soltos por este mundo, e não existe apostolado solto. O nosso apostolado é exercido na presença de Jesus.
Aprendemos primeiro com Jesus. Está aí a importância do apóstolo ter vida de oração, ter vida de relação pessoal com Jesus. É importante o apóstolo colocar-se para ouvir a Palavra de Jesus, escutá-Lo falando ao seu coração, ter vida de comunhão com Ele. Depois, o apóstolo é enviado para pregar. E digo a você: pregue a Palavra de Deus com simplicidade, com humildade, mas com autoridade de alguém que é aberto à Palavra de Deus.
Pregue a Palavra de Deus na sua casa, para sua família, para os seus filhos. Não precisa subir num púlpito para pregar. Que bom quem tem o dom de subir nos púlpitos e prega ali também. Mas onde quer que você esteja, seja um homem, uma mulher que prega e anuncia a Palavra de Deus. Com essa verdade, expulse os demônios.
Quando falamos em expulsar demônios, as pessoas pensam em grandes exorcismos, nos demônios que tomam conta das pessoas. Existem muitos “demoniozinhos” atormentando a nossa vida, mas o mais importante não é isso. O mais importante é que precisamos expulsar o que nos divide, que causa entre nós atritos; precisamos expulsar aquilo que causa divisão interior em nossa alma e coração.
Não podemos deixar que as obras das trevas reinem dentro de nós. Não podemos deixar que as obras das trevas estejam circulando as nossas relações comunitárias, a nossa família, os nossos lares, a nossa vida eclesial. A autoridade que Jesus nos deu, em Seu nome, é para expulsarmos os demônios.
Que Deus nos dê a graça de sermos bons apóstolos, de exercermos o apostolado do amor e da caridade onde quer que nós estejamos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA

Subamos até o coração de Deus

“Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele” (Marcos 3,13).

Quero olhar para o meu Mestre Jesus que sobe ao monte. O monte é o lugar da oração, é o lugar do encontro, o monte é aquilo que nos tira da vida rasa e nos leva para as alturas, para o nosso encontro com Deus.
Muitas vezes, permanecemos numa planície, ou seja, no mundo em que estamos. No entanto, espiritualmente, é preciso elevar-se até Deus; espiritualmente, é preciso subir ao encontro do Senhor. E para que isso aconteça é preciso elevar a alma, subir ao Espírito.
Se não temos um monte físico – e muitas vezes não o temos mesmo -, nós temos coisas altas, temos prédios e tantas outras coisas, mas mais importante do que o monte físico, é preciso espiritualmente elevar-se até Deus, permitir que a nossa alma vá ao encontro do Senhor para que Ele fale, inspire, direcione, remova, faça, opere, e para que a graça d’Ele esteja em nós.

Suba até o coração de Deus, porque Ele desce até o nosso coração para nos dar a direção

Muitas coisas em nossa vida não mudam porque não mudamos as nossas atitudes, inclusive nossas atitudes espirituais e emocionais. Em vez de subirmos e nos elevarmos para Deus, estamos descendo para os sentimentos baixos, estamos descendo para aquilo que nos deixa oprimidos e deprimidos.
Guarde aquilo que nos prende, largue e solte-se daquilo que o segura, e eleve-se até Deus. Quando nos elevamos a Deus, Ele nos dá a sabedoria, e quando Jesus se elevou ou elevou o seu coração a Deus, foi Este quem Lhe deu a autoridade para Jesus poder chamar os que Ele quis.
Para podermos realizar o que devemos fazer, para que possamos realizar as missões que temos neste mundo – e as missões não são poucas – a missão do pai e da mãe de criar, educar, o que fazer diante dessa ou daquela situação, o que fazer diante de escolhas que precisamos fazer.
Suba até o coração de Deus. Faça como Jesus: suba até o coração do Pai. Saia das acomodações dos tempos em que estamos, daquilo que realizamos. Suba até o coração de Deus, porque Ele desce até o nosso coração para nos dar a direção.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/01/2021

Oração Final
Pai Santo, além da fé, que tanto desejamos, dá-nos também a esperança, para que, ao trabalhar em tua messe, não nos preocupemos com resultados estatísticos, mas vejamos em cada ser humano que de nós se aproximar um irmão a ser conduzido gentilmente ao teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/01/2014

Oração Final
Pai Santo, que por tantos e variados modos nos envias teu convite libertador, dá-nos ouvidos capazes de sintonizar a tua voz, coração grande bastante para acolhê-la e coragem para viver o teu Mandamento de Amor, anunciando-o aos irmãos de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/01/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, que és o nosso refúgio, dá-nos ouvidos atentos para escutar o teu chamado. Dá-nos coragem para aceitar o teu convite. Dá-nos a alegria de viver em tua Presença Paternal – tudo para que o nosso povo se encante com a proposta do teu Amor e caminhemos juntos, como discípulos de Jesus, o Cristo teu Filho Unigênito que se fez humano como nós e reina contigo na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/01/2021