segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 24/12/2019

ANO A


MISSA DO DIA

Lc 1,67-79

Comentário do Evangelho

Aliança Abraâmica

O hino de Zacarias, ou o Benedictus, é um cântico tipicamente judeu. Trata-se de um hino pré-lucano. O motivo do hino é a visita salvífica de Deus (cf. v. 68). O acento é posto sobre a Aliança abraâmica (v. 73), fundamento da história da salvação, e sobre as testemunhas desta Aliança. João é dito “profeta do Altíssimo”, cuja missão é preparar os caminhos do Senhor (v. 76). O batismo de conversão proposto por João encontra no Benedictus o seu fundamento: “... dando a conhecer a seu povo a salvação, com o perdão dos pecados” (v. 77).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me, como João Batista, a serviço de teu Messias, Jesus Cristo, tornando-me teu profeta, anunciador da libertação a ser realizada em favor da humanidade.
Fonte: Paulinas em 24/12/2013

Vivendo a Palavra

Nesta véspera da chegada da Luz, contemplamos a figura de João Batista. Que a sua vida, plena de força e da graça do Senhor, nos prepare para recebermos o grande Dom do Pai Misericordioso – o seu Filho Unigênito, que se fez carne em Jesus de Nazaré para nos libertar da escravidão do pecado.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nesta véspera da chegada da Luz, contemplamos cheios de admiração a figura de João Batista. Que a sua vida, plena de graça e da força do Espírito Santo, nos prepare para receber o grande Dom do Pai Misericordioso – o seu Filho Unigênito, que se fez carne em Jesus de Nazaré para nos libertar da escravidão do pecado e anunciar o Reino de Deus-Pai.

Reflexão

João Batista é o precursor do Messias, aquele que veio para dar testemunho da verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo, expulsando as trevas do erro, do pecado e da morte, para dar a todos a vida nova, a vida em abundância. Zacarias, no seu canto, nos mostra não apenas este fato, mas também que o nosso Deus é o Deus da misericórdia, que vem ao nosso encontro para nos trazer a salvação, nos libertar de todo poder do inimigo e fazer de todos nós um povo santo, que vive na sua graça e que é destinado à vida eterna.
Fonte: CNBB em 24/12/2013

Reflexão

Este hino é uma rica composição inspirada em numerosas passagens bíblicas. Cheio do Espírito Santo, Zacarias proclama que a realidade esperada já está acontecendo. As promessas se cumprem. Com a vinda do Salvador, Deus realiza o que prometeu pela boca de seus santos profetas, último dos quais é João Batista: “E a você, menino, chamarão profeta do Altíssimo, porque irá à frente do Senhor, para lhe preparar os caminhos, anunciando ao seu povo a salvação, o perdão dos pecados”. A salvação que Jesus nos traz liberta-nos de todos os nossos inimigos: o pecado, o egoísmo, a injustiça. Liberta-nos também de todo temor, porque viveremos na presença de Deus, em ambiente de paz, beneficiando-nos do seu misericordioso coração.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

O Anjo disse aos pastores que estava anunciando uma grande alegria. O Natal de Jesus é de fato para mim uma grande alegria? - Traz alegria à minha alma ou uma alegria tão somente mundana e vazia? Deixo que o Espírito Santo possa agir em mim e me fazer renascer para as coisas de Deus? Como comemoro o Natal do Senhor? - Sou profeta que anuncia a libertação em Cristo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 24/12/2013

Meditando o evangelho

LOUVOR E PROFECIA

Zacarias soube reconhecer a salvação de Deus, cumprindo-se na história de Israel, por meio da libertação trazida pelo poderoso Salvador, Jesus, suscitado no meio do povo. Finalmente, a tão esperada visita de Deus se concretizava, e a libertação, há séculos acalentada, se fazia verdade. A seu filho recém-nascido competia a tarefa de preparar os caminhos da libertação que estava próxima.
Com Jesus, renascia a esperança no coração do povo. Deus não se esquecera das antigas profecias. As promessas seriam realizadas e o povo, resgatado da escravidão a que fora reduzido. Sem dúvida, a servidão pior era a do pecado e do egoísmo. Fazia-se necessário uma remissão urgente. Só assim seria possível servir a Deus, de maneira agradável, na justiça e na santidade.
O Altíssimo, do qual João seria profeta, despontaria como luz para tirar a humanidade das trevas e das sombras da morte, a que o pecado a havia reduzido. Doravante, seria possível trilhar os caminhos da paz, deixando para trás a injustiça e a iniqüidade, fruto do pecado.
O canto de Zacarias, saudando o nascimento de seu filho, era de louvor pelas promessas cumpridas, mas também profecia do que Deus iria realizar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, como Zacarias, eu louvo ao Pai pela fidelidade em cumprir suas promessas e agradeço o que sua misericórdia realiza em favor da humanidade.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Filho de Peixe, peixinho é...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Não se pode pensar em uma ação Divina isolada, que descarte o Ser Humano. Já vi longos e polêmicos debates sobre a ação do Espírito Santo em nossa vida. Ele não age a partir do “Nada”, nem faz cair de repente algo sobrenatural que despenca lá do céu sobre nossa cabeça. Seria muita ingenuidade uma Fé que pense nesses termos.
O Velho Zacarias dá um show de bola, um verdadeiro espetáculo ali no templo, no dia em que levou o filho João para ser circuncidado. O texto afirma que Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo, ou seja, naquele exato momento tudo o que Zacarias acreditava e praticava em sua vida, veio á tona sob ação do Espírito Santo, ou seja, falava por ele mesmo, mas inspirado por Deus. O Espírito Santo o capacitou para dizer com palavras acertadas, tudo o que já era o sentido e a razão de sua vida: a Fé inabalável no Deus da Aliança e o cumprimento das Promessas feitas aos Patriarcas e anunciado pelos Profetas. A Profecia de Zacarias é consequência de toda uma vida vivida e voltada para Deus.
Zacarias aprimora a mensagem que sempre ouviu e anuncia o sentido pleno da Libertação que Jesus iria trazer. Não inventa um Messias diferente, de uma outra linhagem que não fosse a de Davi, mas explicita que a Salvação será plena e não restrita a uma libertação política e social, que povoava a cabeça de muitas autoridades religiosas, e de uma parte do povo.
Ora, João Batista, Filho de Zacarias, vem como Precursor, e tem a quem puxar, pois herdou do Velho Zacarias essa linhagem de Pregador diferente, que não anuncia o Messias que o Mundo quer, mas o Messias que Deus envia ao chegar a plenitude dos tempos.
Em nossos tempos a Humanidade deseja ouvir um anúncio que fale de um Cristo da Pós Modernidade, muito mais na linha de um Super Herói, que na hora “H” vai intervir na História colocando as coisas em seus lugares. Um Cristo que não exige nada dos seus discípulos, mas que chama apenas para si, a responsabilidade de dar aos seguidores saúde, segurança e prosperidade. Zacarias transmite em sua pregação, um Messias que vai fazer parceria com os simples e os pobres e estes se alegram imensamente por serem lembrados por Deus, diferente do Sistema Excludente que os afastava de toda e qualquer decisão.
Isso fica notório nas pessoas que dão início a todo esse processo da Obra da Salvação que irá beneficiar a toda humanidade: Zacarias e Isabel, José e Maria, e hoje os cristãos de nossas comunidades. Que sejamos fiéis e coerentes em nosso anúncio, como o foi Zacarias, anunciando o Cristo que o mundo precisa, e não o Cristo que o mundo quer...

2. Bendito seja Deus! - Lc 1,67-79
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Cheio do Espírito Santo, Zacarias profetiza, bendizendo o Senhor pelo nascimento de João, seu filho, que será o precursor de Jesus, o Messias prometido. Transmitidas de geração em geração, suas palavras se consolidaram no que hoje chamamos de Cântico de Zacarias ou “Benedictus”. Todos os dias esse cântico ressoa em todo o mundo no Ofício da manhã, alegrando o dia que começa. Zacarias bendiz o Senhor que visita e liberta o seu povo, fazendo surgir, na casa de Davi, o Salvador. Voltando-se para o menino recém-nascido, Zacarias descreve a missão dada por Deus a ele, que irá à frente do Senhor, preparando os seus caminhos. Quanto a nós, serviremos a Deus sem medo, livres dos inimigos, com nossos passos trilhando o caminho da paz.

HOMILIA

A PROFECIA DE ZACARIA

Como Maria na hora da visitação a Isabel, também Zacarias celebra, em longo cântico de louvor e ação de graças, as maravilhas de Deus, que ele contempla realizadas em sua própria casa. É o termo do Antigo Testamento, a aurora do Novo, à hora em que vai nascer o Sol de justiça, o Filho de Deus feito homem. É o cântico que a Igreja há-de cantar todas as manhãs na Hora de Laudes.
O cântico de Zacarias é um louvor ao Deus misericordioso que realiza, através de Jesus, a «visita» aos pobres. Em Jesus se manifesta a força que liberta dos inimigos e do medo, formando um povo santo diante de Deus e justo diante dos homens. Desse modo, manifesta-se a luz que ilumina a condição do povo, abrindo uma história nova, que se encaminha para a Paz, isto é, a plenitude da vida.
Ao tempo do Novo Testamento, muitos previram o cumprimento dessas promessas maravilhosas. Simeão "esperava a consolação de Israel" (Lucas 2:25). Ana representava aqueles que "esperavam a redenção de Jerusalém" (Lucas 2:38). José de Arimatéia "esperava o reino de Deus" (Lucas 23:51). Deus tinha preparado pessoas espirituais para o desenvolvimento de seu plano. Suas muitas promessas e a exposição delas pelos profetas despertaram certa expectativa nos corações do seu povo.
Os primeiros anúncios de que aquelas grandes promessas estavam sendo cumpridas deram alegria aos que ouviram as notícias. O anjo Gabriel disse a Maria: "Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim" (Lucas 1:32-33). Zacarias, inspirado pelo Espírito Santo, falou como Deus estava cumprindo as promessas que havia feito a Davi e a Abraão (Lucas 1:67-79, especialmente 69,73). João Batista e, mais tarde, Jesus e seus discípulos pregaram: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo" (Marcos 1:15).
O Magnificat de Maria, tal como o Benedictus de Zacarias é uma exultação no Espírito Santo. Ela resulta do fato de o Espírito Santo os ter feito compreender que as antigas profecias e as promessas de Deus atingiram a sua realização.
Lucas sublinha de modo muito claro que o reconhecimento do Messias e o alcance da sua missão salvadora só pode acontecer aos que têm o Espírito Santo em si. É com este mesmo sentido que Lucas apresenta o canto do velho Simeão no templo. Este ao ver o Menino de Maria, como estava em sintonia com o Espírito Santo, reconheceu naquele recém-nascido o Messias no qual se realizam as antigas profecias e as promessas de Deus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 24/12/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

O grande presente do Natal é Jesus

Você também deve saber que o grande presente do Natal é Jesus. Ele veio para todos nós de coração aberto.

Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo (Lucas, 1, 68 ss).

Zacarias, aquele que duvidou e que foi incrédulo, aquele homem de fé, mas que teve dificuldades para entender a ação de Deus, é agora um homem do louvor, é agora o homem da ação de graças! Agora é um homem que reconhece os prodígios do Senhor no meio do Seu povo (cf. Lc 1, 57-80).
Rompe agora, da boca de Zacarias, um dos hinos mais belos de louvor, de exaltação e de reconhecimento pela ação de Deus no meio de nós (cf. Lc 1, 68). Toda a Igreja, na Liturgia das Horas, todas as manhãs, louva a Deus, com a boca e pela boca desse homem de Deus, que nos trouxe este hino maravilhoso, o ”Benedictus”, reconhecendo o quanto é bendito, o quanto é maravilhoso o Senhor nosso Deus, porque Ele veio nos visitar e nos redimir. Se Deus não nos deixou sozinhos, não nos deixou abandonados, Ele fez aparecer no meio de nós uma força salvadora e restauradora, Ele fez surgir, no meio de nós, Aquele que é o nosso Salvador.
Nós só podemos louvar a Deus, nós só podemos agradecer a Deus, amanhã é dia de Natal! É véspera do Natal do Senhor. Sei que a sua casa vai estar reunida, sei que em algum lugar você vai se reunir com os seus. Eu sei que muitos de nós estaremos na igreja, mas quando estiver diante da mesa, não se esqueça: O mais importante não é o que temos para comer, mas Aquele a quem nós vamos celebrar, aquele presente único que Deus nos trouxe, este sim é o presente de verdade!
Infelizmente tem muita gente ainda que fica triste, porque não ganha presente de Natal; porque não é lembrado pelo Papai Noel ou assim por diante. Você já sabe que Papai Noel é figura da imaginação humana. Você também deve saber muito bem também que o grande presente do Natal é Jesus. Ele veio para todos nós de coração aberto. De braços abertos recebemos Aquele grande presente que Deus nos deu, que é o Seu Filho Jesus.
Que tenhamos este coração, como o coração de Zacarias, agora tomado pela força do louvor, do agradecimento, do reconhecimento da ação de Deus! Nós só podemos perceber o quanto Jesus age e está presente em nossa vida quando nós O exaltamos, quando nós O louvamos, quando nós O glorificamos por tudo aquilo que Ele representa para nós.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/12/2013

Oração Final
Pai Santo, faz do nosso coração nova manjedoura para acolher o Deus Menino, que quer estar entre nós. Ajuda-nos a crescer com Ele e, feitos adultos na fé, anunciaremos ao mundo a Boa Notícia do teu Reino de Amor. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/12/2013

ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, faze do nosso coração uma nova manjedoura para acolher o Deus Menino, que escolheu ficar entre nós. Ajuda-nos a crescer com Ele e, feitos adultos na fé, anunciaremos ao mundo a Boa Notícia da presença em nós do teu Reino de Amor, de que Ele foi o primeiro arauto. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Missa da Vigília Natal

Lc 2,1-14

Comentário do Evangelho


O anúncio de uma grande alegria

O texto do evangelho desta noite de Natal se oferece mais à nossa contemplação que à nossa reflexão, mesmo porque não dispomos de espaço suficiente para comentar o texto. Somente duas ideias, mais pastorais que exegéticas.
“Não havia lugar para eles na hospedaria” (v. 7). Depois de longa viagem de Nazaré a Belém, o que mais se poderia desejar seria um bom lugar para descansar, ainda mais quem está nos dias de dar à luz. Uma das tantas grutas que abrigava o rebanho dos pastores será o lugar que irá acolher o Filho de Deus, que se fez carne no seio da Virgem Maria. Este fato, certamente, prepara o anúncio de “uma grande alegria” aos pastores (cf. v. 10). Mas a notícia de que não havia lugar para eles na hospedaria deveria despertar, no leitor ou no ouvinte do evangelho desta noite santa, o desejo de acolhê-lo, o desejo de que ele tenha abrigo e proteção, o desejo de contemplá-lo e servi-lo, o empenho de abrir espaço na vida para que ele permaneça conosco, ele que é o Emanuel.
“Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (vv. 10-11). De pecadores e impuros, em razão da própria profissão, os pastores são os primeiros destinatários da Boa-Nova. O que hoje acontece mais tarde, Jesus, tendo o poder da palavra, vai esclarecer: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10). Num período posterior ao Novo Testamento, os pastores passam a ser símbolos da Igreja portadora desta grande alegria e enviada a proclamar as maravilhas que Deus fez por seu povo em Jesus Cristo. “Glória a Deus no mais alto dos céus…” (v. 14).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
Fonte: Paulinas em 25/12/2013

Vivendo a Palavra

Como aqueles pastores, envolvidos nas atividades da vida, ouvimos o anúncio da chegado do Salvador. Que a nossa reação seja também parecida com a deles: deixemos nossos interesses menores e nos encaminhemos para o encontro com o Senhor, cantando sua glória e levando Paz para os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/12/2013

Reflexão

NATAL DO SENHOR - MISSA DA NOITE

O POVO QUE ANDAVA NAS TREVAS VIU GRANDE LUZ

I. INTRODUÇÃO GERAL

As profecias descreveram o Messias prometido com várias linguagens e títulos. Essa promessa alimentou a fé de Israel durante vários séculos. Hoje, nessa festa da luz, a esperança que animou o povo da aliança tornou-se realidade. A luz das nações, o Filho de Deus, manifestou-se na humildade, não veio como um guerreiro poderoso, mas na fragilidade de um recém-nascido. Hoje a fé cristã celebra sua primeira vinda enquanto esperamos sua manifestação gloriosa, quando o dia eterno chegar.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Lc 2,1-14): Um filho nos foi dado

A promessa feita ao povo de Israel agora se realiza. E é em Belém, cidade de Davi, que se desencadeia a história da salvação. A imagem do Salvador deitado numa manjedoura tem um sentido profundamente teológico. Na manjedoura como na cruz o enfoque é o despojamento de Jesus, o fato de ele estar à mercê da acolhida ou da rejeição por parte das pessoas.
Outro fato importante é o lugar de seu nascimento. É estranho que não houvesse lugar para José e Maria (v. 7), já que no Oriente a hospitalidade é sagrada, principalmente para uma mulher que dava sinais da proximidade do parto. Por isso, a frase “não havia lugar para eles” deve ter um valor teológico, a saber, a sombra da cruz se projeta sobre os primeiros dias de sua vida, também não tinha onde ser sepultado.
Se, por um lado, não tem lugar para nascer, por outro, é acolhido pelos pastores, acontecimento que é o cume teológico desta seção (v. 11). A promessa divina tinha sido feita aos pastores como Abraão, Jacó, Moisés, Davi etc. Agora Deus estava cumprindo sua promessa e, por isso, o anúncio aos pastores tem caráter de evangelho que quer dizer “boa notícia”.
O sinal (v.12), dado pelos anjos aos destinatários da boa-nova, não é o fato de o Menino estar envolto em faixas, pois isso acontecia com todo recém-nascido (cf. Ez 16,4) para que ficasse aquecido e protegido de doenças. O sinal é que o menino está em uma manjedoura, ou seja, há aqui uma alusão à Eucaristia (pão do céu). Esse sentido pode ser reforçado pelo nome da cidade, Belém, em hebraico Baith-lehem, casa do pão. Dessa forma, o “sinal” não é para que encontrem o Menino, mas uma garantia da comunicação sobrenatural a respeito dele (cf. Ex 3,12).
A narrativa termina com um hino de glória (v. 14). Esse cântico significa que o anúncio da boa notícia encontra um eco no céu. A liturgia celeste se une à comunidade cristã para celebrar esse mistério. A paz, a que se refere o hino, é uma das expressões mais usadas para se falar da salvação esperada no tempo do Messias (cf. Is 9,5-6). O cântico manifesta que a humanidade é amada por Deus e por isso o Salvador nos foi dado, Jesus é o dom do Pai.

2. I Leitura (Is 9,1-6): Um menino nos nasceu

Zabulom e Nefitali foram as primeiras cidades do Reino de Israel a ser atingidas pela invasão do grande império estrangeiro que deportou parte de suas populações. Por isso, as profecias afirmavam que Deus devolveria a essas cidades sua antiga glória. As trevas que pairavam sobre aquela região seriam dissipadas quando um rei futuro introduzisse uma etapa definitiva de justiça e paz.
A esse rei ideal foram atribuídas a sabedoria de Salomão, a honra de Davi e religiosidade dos patriarcas e de Moisés. Ele seria a condensação das virtudes de seu povo. Um grande acento foi posto na sua sabedoria, critério exigido dos governantes de Israel, garantia de bem-estar para a comunidade. As expectativas messiânicas apontavam para um rei davídico ideal e, por isso, a igreja primitiva viu no início do ministério de Jesus na Galileia, região onde ficavam aquelas cidades, a realização das antigas profecias.

3. II Leitura (Tt 2,11-14): A manifestação do Salvador

Esse texto é o coração da Carta a Tito e corresponde à tática de fundamentar a práxis cristã nos alicerces sólidos da fé. Em primeiro lugar, está o amor de Deus que comunicou a graça da salvação para todos os seres humanos. Em seguida sublinha a esperança da manifestação gloriosa de Cristo. Finalmente, recorda a redenção dos pecados através da oferta de Cristo. Por todos esses fatores, estamos capacitados para toda a boa obra que nos configura a Cristo e nos põe a caminho da vida eterna.
O autor da carta vê a salvação como fruto de uma manifestação da graça de Deus (v.11). Essa manifestação é a vitória de Cristo, a ressurreição, e nos ensina a viver de acordo com o dom da vida plena, renunciando a todos os “valores” da morte.
Ensina também a esperar a manifestação gloriosa do “grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” (v.13). As expressões “grande Deus” e “nosso Salvador” eram próprias dos cultos aos deuses e aos imperadores romanos. Aqui elas são direcionadas a Cristo mostrando a fé da comunidade cristã como contestação ao império romano.
O v. 14 dá um conteúdo prático, mais que pedagógico, à redenção trazida por Cristo. Ele se entregou por nós e com isso nos salvou da iniquidade, purificando para si um povo escolhido e zeloso nas boas obras.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

O nascimento de Jesus nos ensina, primeiramente, a grande benevolência de Deus, que envia seu Filho ao mundo como dom. É importante resgatar esse aspecto nos tempos atuais, pois as pessoas quase não experimentam mais o valor da gratuidade. Vive-se numa corrida desenfreada pelo bem-estar pessoal, em que as relações são baseadas na troca e não na gratuidade da entrega de si.
Outro ensinamento importante que nos trazem as leituras desta liturgia é o desapego, a renúncia. O nosso Salvador nasceu numa manjedoura e morreu numa cruz. Isso expressa o modo integral como viveu sua vida. Não procurou honrarias nem benefícios próprios. Não se apegou à sua condição de Filho de Deus, mas viveu a total entrega de si, de sua vida, sem esperar das pessoas reconhecimento algum. Viveu à mercê da acolhida ou da rejeição das pessoas. Viveu livremente sua entrega de vida, sua doação ao outro.
A encarnação de Jesus Cristo vem nos ensinar que a vida humana é puro dom de Deus. E como tal, deve ser recebida e vivida como entrega de si. Somente dessa forma podemos curar o mundo do egoísmo, grande mal que desfigura o ser humano.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail: aylanj@gmail.com
Fonte: Vida Pastoral em 25/12/2013

Liturgia comentada

Paz na Terra! (Lc 2, 1-14)
Em 1994, o povo de Ruanda se viu mergulhado em sangrenta guerra civil, com a nação dividida entre as duas etnias dos hutus e dos tutsis. O genocídio deixou um milhão de mortos e milhões de refugiados em territórios vizinhos. Nesse clima de horror, a comunidade local do Foyer de Charité precisou de se refugiar fora do país, até que a violência amainasse. Naquela pequena comunidade, viviam fraternalmente membros das duas etnias. Sua fraternidade acendeu ódios dos dois lados em conflito: era inconcebível, para uns e para outros, que hutus e tutsis convivessem em paz.
Esta é a lição fundamental do nascimento de Jesus Cristo no Natal: a paz é possível entre aqueles que se sentem amados por Deus. Ou ainda: todos aqueles que reconhecem a Jesus como o seu Salvador, tornam-se irmãos de quem tem a mesma experiência. Cristo se torna a ponte que une e reconcilia, acima e além de qualquer tipo de barreira humana, sejam elas sociais, econômicas, étnicas ou culturais.
O hino entoado pelos anjos nas Campinas de Belém falava de duas realidades do Natal: a gloria (para Deus) e a paz (para os homens). Pena que a palavra “paz” tenha sido tão deturpada! Para os romanos, a “paz” consistia em sufocar toda rebelião nas províncias do Império. Para os governos atuais, a paz pode ser confundida com o silêncio dos deserdados do sistema.
Mas o cristão sabe que a verdadeira é paz é dom de Deus e não será conquistada pelas armas nem por acordos comerciais. Por isso mesmo, pedimos em cada missa: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!” Esta prece é dirigida ao mesmo Jesus que, ressuscitado, entrou no salão onde os discípulos estavam trancados e lhes disse: “A paz esteja convosco!” Aquele mesmo sobre quem Paulo escrevia aos cristãos de Éfeso: “Por que Ele é a nossa paz, Ele que de dois povos fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava.” (Ef 2, 14.)
Nós aprendemos com a tradição judaica que o verdadeiro “shalom” não significa a ausência de crises e conflitos, a falta de tiros nas ruas ou de agressões dentro do lar. A paz não é uma ausência, mas “presença”: a presença do Senhor no meio de seu povo.
A noite de Natal vem lembrar a todos que a paz está ao nosso alcance. E poderemos experimentá-la em plenitude ao acolher amorosamente o Menino que veio a nós. Mesmo que ele esteja vestido com o disfarce dos mais pobres deste mundo...
Orai sem cessar: “O Senhor abençoará seu povo, dando-lhe a paz!” (Sl 29, 11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 24/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus nasceu para ser o nosso Rei e Salvador

Postado por: homilia - dezembro 24th, 2012

O Evangelho de Jesus nos diz que sua vida e morte testemunham a natureza inigualável de sua realeza e Reino. Mas o que seu nascimento nos diz? Jesus é o único qualificado para ser Rei.
Mateus traça a linhagem de Jesus através de José (Mt 1,1-17), um descendente de Davi (Mt 1,6), uma vez que somente um filho de Davi poderia reinar como Messias (Salmo 89,3-4). Lucas traça do mesmo modo a linhagem de Maria até Davi (Lc 3,23-31), assim qualificando duplamente Jesus para ser o Messias. Contudo, o Messias precisa também ser o Filho do Céu (Salmo 2,7). Pela virgindade de sua mãe, Jesus nasceria como o único Filho de Deus. O anjo Gabriel assegurou a Maria que o “poder do Altíssimo” (Lc 1,35) lhe daria a capacidade de conceber sendo virgem (Mt 1,20). E, “por isso, o ente santo” poderia ser “chamado Filho de Deus” (Lc 1,35).
O nascimento de Jesus demonstra Sua divindade. Anjos disseram a Maria (Lc 1,26-38) e a José (Mt 1,18-23) que seu “Filho do Altíssimo” era mais do que apenas um filho. Antes, ele seria o Filho unigênito de Deus (Jo 3,16), chamado apropriadamente “Emanuel”, ou seja, “Deus-conosco” (Is 7,14; Jo 1,14).
E Jesus reinaria sobre a casa de Jacó reconstruída (Lc 1,33; At 15,16-18). Desde que Ele receberia quem quer que o temesse e fizesse o que é reto (At 10,35), essa casa consistiria de judeus e de gentios. Ele concederia a todos os seus cidadãos uma igualdade e comunhão que o mundo jamais tinha conhecido (Gl 3,28), pois Ele seria boa nova “para todo o povo” (Lc 2,10).
Todavia, Jesus não reinaria como um tirano, mas como Salvador. Ele salvaria “seu povo dos pecados deles” (Mt 1,21), trazendo a eles a maior paz de todas: a paz com Deus (Rm 5,1). Ele salvaria, não subjugaria. Desde que seu Reino também traz salvação (At 2,23-24), Ele não poderia ser Rei se não fosse Salvador (Zc 6,12-13; Hb 1,3). Portanto, desde que Ele salva, Ele na verdade tem que reinar (At 2,33-36).
O modo de Seu nascimento mostra como Ele é inigualável. A maioria dos reis nascem no luxo e na riqueza. Porém, não este. Suas faixas não foram de fina púrpura nem seu berço de ouro. Em vez disso, uma manjedoura serviu como sua cama. Esse Rei humilde fez uma entrada quieta e não pretenciosa para aquelas pessoas de humildade incomum que seriam Seus cidadãos.
Os anjos não anunciaram o nascimento d’Ele aos poderosos e prestigiados, mas aos pastores. Eles, humildemente, vieram “apressadamente” para encontrar “a criança deitada na manjedoura”. Encontrando-o, eles glorificaram e louvaram a Deus. Para os corações que respondem, como os desses pastores, em fé confiante nas Palavras de Deus, Jesus seria Rei.
Entretanto, esse Rei seria tanto “para ruína como para levantamento” (Lc 2,34). Porque a maioria rejeita Sua mensagem (Jo 1,11), eles caem enquanto outros sobem a “lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2,6) pela obediência à Sua vontade (Mt 5,19). Até mesmo seus pais representam o tipo de cidadãos que pertenceriam ao seu Reino: justos, amorosos, puros e obedientes.
Seguindo a estrela até Herodes, homens sábios do Oriente aprenderam com o profeta Miquéias que o Messias nasceria em Belém. Eles entraram na casa (não estábulo) e viram o menino (não o recém-nascido) (cf. Mt 2,11). Portanto, esses homens possivelmente viram Jesus antes de Seu segundo ano de idade, em vez de vê-Lo na manjedoura, porque Herodes informou-se com os homens sábios “quanto ao tempo em que a estrela aparecera” (Mt 2,7) e, mais tarde, matou crianças de dois anos para baixo (Mt 2,16).
Até mesmo os visitantes do Oriente tipificam os cidadãos do Reino. Dispostos a fazer uma viagem longa e árdua só para vê-lo, eles O adoraram (Mt 2,11). Eles trouxeram dádivas adequadas a um rei: ouro, uma dádiva comum à realeza (1 Rs 10,14-22); incenso, frequentemente ligado com adoração a Deus (Lv 2,1-16); e mirra, uma especiaria tipicamente cara usada na adoração (Êx 30,23-33), na aromaterapia (Salmo 45,8) e no embalsamamento (Jo 19,39).
Nós também precisamos chegar alegremente ao nosso Rei e oferecer nossos corpos “por sacrifício vivo, santo, que é o vosso culto racional” (Rm 12,1). Seu nascimento valida Seu direito ao trono de Davi, Sua divindade, Seu domínio internacional e até a natureza de Seu Reino. Mas o que os pais, os pastores e os homens sábios demonstram é que nada menos do que corações submissos e vidas obedientes são suficientes para esse Rei, que eleva corações humildes à glória, no Reino dos Céus.
Pai, dá-me um coração de pobre que me permita contemplar o nascimento de Seu Filho Jesus, que viveu pobre para ser solidário com os pobres.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 24/12/2012

LEITURA ORANTE

Lc 2,1-14 - Nasceu o Salvador!


Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 2, 1-14.
Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população. Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de Davi. Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.
Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse:
- Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês - o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.
No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:
- Glória a Deus nas maiores alturas do céu!
E  paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!
Lucas narra o nascimento de Jesus e focaliza a pobreza que envolve o acontecimento. O evangelista prioriza os pobres quando narra a visita dos pastores que passavam a noite no campo, tomando conta das ovelhas. Estes recebem a boa notícia, constatam o fato, e se tornam comunicadores do grande evento.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Sou capaz de receber a boa notícia e reconhecer Jesus nos pobres, nos mais excluídos ou “descartados” como disseram os bispos na Conferência de Aparecida?
Sou capaz de dividir o que tenho com os pobres?

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço minha oração pessoal e depois, rezo:
Senhor, outro Natal é possível
Onde o Menino Jesus não fique envergonhado,
Ao ser escanteado e substituído pelo Papai Noel,
Verdadeiro mascote de vendas e lucros.
Onde as crianças, além de brinquedos,
Ganhem oportunidades de saúde, escola e lazer,
E possam exibir o sorriso largo e o olhar luminoso.

Onde os pais de crianças pobres não sejam inferiorizados
Diante dos apelos do marketing e da propaganda,
Com a tirania da última novidade em brinquedos;

Onde, além da mesa e da ceia natalina,
Estejam recheados o coração e o espírito,
Dos que buscam a justiça, o direito e a paz.

Onde as luzes e cores, presentes e enfeites,
Não formem um verniz de falsidade e ilusão,
Mas expressem um clima de alegria fraterna.

Onde o presépio relembre a cada pessoa e família,
O valor dos laços primários, sólidos, duradouros,
Alicerce de um edifício social sadio e saudável.

Onde o planeta Terra, casa de Deus e casa de todos,
Seja livre da devastação, corrupção e poluição,
Sonho eterno do bem viver e da terra sem males!

Onde os olhos brilhem e os corpos dancem,
Embriagados não pelo prazer e as drogas do egoísmo,
Mas pelas mãos e braços abertos à solidariedade.

Onde o Deus do caminho prevaleça sobre o Deus do templo,
Verbo que se faz carne e arma sua tenda entre nós.
Vem, Senhor Jesus, fica e caminha conosco!
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus que se faz um de nós.

nção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
Fontes: Leitura Orante da Palavra e Paulinas em 25/12/2013, e,

Oração Final
Obrigado, Pai Amado, pelo Dom Inefável – o teu Filho Unigênito. Lembrando a sua encarnação em Jesus de Nazaré, Mistério que a nossa inteligência não consegue compreender, mas nosso coração sente e acolhe com profunda gratidão, nós queremos ser sinais e construtores da tua Paz no Mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/12/2013