sábado, 28 de abril de 2018

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

Preces – V Domingo de Páscoa – Ano B


Sacerdote: Irmãos e irmãs, neste tempo santo da ressurreição do Senhor, apresentemos ao Pai que ressuscitou Jesus dentre os mortos as preces de nossa comunidade:

Todos: Ficai conosco, Senhor.

1. “A Igreja, porém, vivia em paz” (At 9, 31). Dai a paz, Senhor, a vossa Igreja, pois não há outro que combata por nós, se não vós, nosso Deus. Rezemos ao Senhor.

2. “Saulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discípulo.” (At 9, 26). Ajudai-nos a ver os nossos irmãos com os vossos olhos de misericórdia, e fazei-nos crer que todos podemos mudar de vida. Rezemos ao Senhor.

3. “Vossos pobres vão comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão” (Sl 21,27). Olhai para aqueles a quem faltam todas as coisas, e movei o amor e generosidade para o bem integral desses irmãos. Rezemos ao Senhor.

4. “Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!” (IJo 3, 18). Que nossa mente concorde com a nossa voz, para que nossas palavras de louvor não sejam desmentidas por ações de pecado. Rezemos ao Senhor.

5. “Para ele há de viver a minha alma” (Sl 21, 30). Dai a vida eterna aos nossos irmãos que adormeceram em Cristo, e concedei-nos um dia com eles contemplar-vos face a face. Rezemos ao Senhor.

Sacerdote: Deus cujo poder se manifesta no amor e na compaixão, escutai as orações que em nossas necessidades vos apresentamos; e concedei-nos perseverar até o fim em vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

V Domingo de Páscoa (Ano B)


V Domingo de Páscoa (Ano B)
Leituras e subsídios para liturgia e homilia para o 5º Domingo da Páscoa:

LITURGIA DOMINICAL - O Domingo – Crianças - 29 de Abril – 5º Domingo da páscoa

29 de Abril – 5° Domingo da Páscoa

Nesta liturgia somos chamados a permanecer muito unidos a Jesus, assim como os ramos vivem unidos à videira. Dele recebemos a força vital para darmos muitos frutos de amor, partilha, justiça e bondade. Quando estamos pertinho de Jesus, nossa vida se enche de alegria e disposição para fazer o bem e viver a fraternidade.


COMPROMISSO DA SEMANA

Nesta semana me proponho rezar por todas as pessoas que ainda não conhecem Jesus ou estão afastadas dele.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 29/04/2018

ANO B


5º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano B - Branco

“Unidos a Cristo e aos irmãos.”

Jo 15,1-8

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Somos convidados a refletir sobre a nossa união à Cristo, unidos a Ele temos acesso à vida verdadeira. Utilizando a comparação da videira e dos ramos, reforçamos a proposta da comunidade unida a Jesus, fecunda no amor e comunhão. Assim, é necessário permanecer junto ao Senhor para receber a seiva e dar frutos. Hoje comemoramos também o Dia Diocesano da Comunicação e pedimos a Deus que, através dos meios de comunicação social, anunciemos o Evangelho de Jesus Cristo, videira verdadeira à qual estamos unidos.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, como ramos da Videira, que é Cristo, viemos aqui para celebrar nossa plena comunhão com o projeto de Jesus. Queremos estar unidos a Ele, e a Eucaristia é a nossa melhor forma de experimentarmos essa união. Sabemos que, sem estarmos intimamente ligados a Ele, não produziremos frutos. Reconhecendo que dele dependemos, aclamemos o Senhor Ressuscitado e reconheçamos sua presença em nossas vidas e em nossa história.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A mística cristã só tem sentido e é eficaz se for vivida na íntima união com Cristo, realizada no amor. Tal afirmação nos ajuda a entender que o Evangelho não é ideologia existencial, mas projeto de vida, fundamentado no amor, lugar comum da união entre Cristo e seu discípulo. O amor que une o Cristão a Cristo ilumina a mística cristã e é capaz de produzir frutos que permaneçam, a ponto de transformar a vida pessoal e o ambiente social. Esse projeto de vida orienta os discípulos de Cristo a amar de modo vivencial e não abstrato ou teórico. Hoje, damos graças pelo batismo, que nos inseriu em Cristo como ramos na videira, pela palavra que nos purifica e pelo sofrimento que poda todo o mal. O vinho, fruto da videira, é sinal expressivo dessas realidades, e sacramento da nova aliança no sangue de Jesus. Portanto, permaneçamos no amor de Cristo.

Comentário sobre a Carta aos Romanos 5, 9 (PG 14, 1.043-1.044)
Orígenes (séc. III)

JESUS É A VIDEIRA; NÓS, OS RAMOS; E O PAI É O AGRICULTOR

Se nossa existência está unida a Cristo em uma morte semelhante a sua, igualmente em uma comum ressurreição. Compreendamos que nossa velha condição foi crucificada com Cristo, ficando destruída nossa personalidade de pecadores e nós, livres da escravidão do pecado; porque aquele que morre permanece absolvido do pecado.
Por esta razão o apóstolo afirma também que estamos mortos ao pecado, e que aqueles que pelo batismo nos incorporamos a Cristo fomos incorporados a sua morte. Agora escreve que nossa existência está unida a ele em uma morte semelhante a sua, acrescentando que se participamos de uma morte semelhante a sua, pela qual ele morreu ao pecado, podemos esperar participar também de uma comum ressurreição.
Como possa realizar-se isto, o demonstra dizendo que nossa velha condição deve ser crucificada juntamente com Cristo. Por velha condição entende-se a vida de pecado que levamos anteriormente, a qual pusemos fim – e, de certo modo, demos morte – quando recebemos a fé na cruz de Cristo, mediante a qual de tal forma fica destruída nossa personalidade de pecadores, que nossos membros, anteriormente escravos do pecado, não sirvam mais ao pecado, mas a Deus.
Mas retomando o fio do discurso, vejamos agora o que quer dizer ser enxertados em sua morte como a de Cristo. O apóstolo nos apresenta a morte de Cristo comparando-a à planta de uma árvore qualquer, na qual nos quer enxertados, de maneira que a nossa raiz, sugando a seiva da sua raiz, produza ramos de justiça e dê frutos de vida.
E se queres saber, mediante o testemunho das Escrituras, qual seja a planta no qual temos de ser enxertados, e de que tipo há de ser essa árvore, escuta o que se escreve na Sabedoria: É árvore de vida, diz, para os que a colhem, são bem-aventurados os que a retêm. Portanto, Cristo, força de Deus e sabedoria de Deus, é a árvore da vida, na qual devemos estar enxertados; e por um novo e amável dom de Deus, sua morte se converteu para nós em árvore da vida.
É com razão, pois, que o apóstolo, consciente de que no presente texto não é seu propósito falar da morte, tributo comum da condição humana, mas da morte ao pecado, não disse: “Se fomos incorporados a sua morte”, mas “a uma morte semelhante a sua”. Pois de tal maneira Cristo morreu de uma vez ao pecado, que não cometeu pecado algum nem encontraram falsidade em sua boca. […]

Comentário do Evangelho

A comunidade que dá frutos de amor

João, no seu evangelho, apresenta mais uma autoproclamação de Jesus na qual diz ser, ele próprio, a videira verdadeira. No Primeiro Testamento a divindade se revelara a Moisés com o nome: "Eu Sou". As autoproclamações de divindades já eram encontradas nas tradições religiosas da cultura egípcia. No evangelho de João são inúmeras as autoproclamações de Jesus: eu sou... o pão da vida, o pão descido do céu, a luz do mundo, a porta das ovelhas, o bom pastor, a ressurreição, o caminho, a verdade e a vida, e, agora, a videira. Enquanto o deus de Moisés permanecia um deus invisível e nas alturas, agindo a distância, as autoproclamações do evangelho de João revelam Jesus como sendo Deus intimamente presente no mundo, convivendo com as pessoas, relacionando-se de maneira simples e comum com homens, mulheres e crianças.
Com esta última autoproclamação, Jesus acentua a íntima relação que existe entre seus discípulos e ele. A imagem usada é a da videira, cujo cultivo era comum nas civilizações antigas em vista da produção do vinho. A poda dos ramos nos quais não brotaram frutos, a fim de fortalecerem os ramos carregados, era uma prática comum no seu cultivo. A simbologia da videira é muito usada no Antigo Testamento, representando o povo de Israel. Jesus lhe dá um novo sentido. Todos, sem discriminações de raça, religião ou condição social, em todos os tempos, são seus ramos. É a perspectiva universalista do dom do amor divino e da vida eterna. Aos ramos cabe dar os frutos. Os ramos sem frutos serão separados da videira. Podemos perceber estes ramos sem frutos em Atos dos Apóstolos (primeira leitura), naqueles judeus de língua grega que rejeitavam a pregação de Paulo e procuravam matá-lo. O ramo que dá fruto é limpo para que dê mais frutos ainda. O ramo unido à videira é o discípulo que permanece em Jesus e Jesus, nele. É o ramo que é tornado limpo pela acolhida e prática da palavra de Jesus.
A íntima inserção dos ramos ao tronco da videira é uma sugestiva imagem da permanência dos discípulos em Jesus. O verbo "permanecer" aparece oito vezes no texto. O permanecer em Jesus significa permanecer em comunhão de amor com o próximo e com Deus, já participando da vida eterna. Na Primeira Carta de João (segunda leitura) é destacado que, quem vive o mandamento de amor, permanece em Deus e Deus permanece nele, o que significa a participação em sua vida divina e eterna.
A comunidade unida, em comunhão com Jesus e praticando sua palavra, tem como fundamento de sua oração pedir que seja feita a vontade do Pai. E o Pai é glorificado pela comunidade que dá frutos de amor, no empenho em remover a injustiça do mundo e promover a vida para todos.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, que minha união contigo leve-me a produzir, sempre mais, os frutos de amor e de justiça esperados por ti.
Fonte: Paulinas em 06/05/2012

Vivendo a Palavra

A figura do ramo que precisa estar ligado à videira para manter-se vivo e dar frutos é clara e simples até para uma criança. Mas nós, somos adultos... e temos dificuldade para compreender. O mundo tenta nos seduzir com falsos brilhos e caminhos cheios de prazeres. É por isto que Jesus advertiu que só as crianças são aptas para o Reino do Céu.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/05/2012

VIVENDO A PALAVRA

Com a metáfora da videira, Jesus quer nos mostrar que a fé só pode ser vivida em comunidade. Não poucas vezes somos tentados a nos isolar, pensando que sejam possíveis altos voos místicos solitários. Engano. Só seremos discípulos evangelizadores do Reino, enquanto estivermos unidos a Cristo e aos irmãos.

Reflexão

O verdadeiro evangelizador tem plena consciência de que ele não atua por suas próprias forças. Também sabe que a missão à qual participa não é uma missão sua ou mesmo humana. Jesus é o grande missionário do Pai e todos nós participamos da tríplice missão de Jesus pela graça do Batismo. Por isso, só podemos produzir frutos para o Reino de Deus, frutos que permanecem para a vida eterna, se estamos unidos a Jesus para participar da sua obra. Se nos separamos de Jesus, deixamos de realizar a obra do Reino para realizar a nossa própria obra, e o resultado disso é o fracasso de todos os nossos esforços.
Fonte: CNBB em 09/05/2012

Recadinho

Você pode dizer que é um ramo que produz frutos? - Em que consiste sua participação na vida da Igreja? - Como se pode alimentar da vida de Deus? - Ser cristão é progredir sempre. Sua comunidade progride? - O que acontece quando na comunidade há galhos secos, improdutivos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: 12 - Santuário Nacional em 21/05/2014

Reflexão

O discurso do capítulo 15 de João inicia com a imagem da videira e dos ramos. Jesus é a videira, os discípulos são os ramos e o Pai é o agricultor. Há um verbo que domina do início ao fim do texto: permanecer. Os ramos não têm vida autônoma e, desligados do tronco, secam e não produzem nada. Assim Jesus compara a vida da comunidade cristã. “Eu sou a videira e vocês são os ramos”. O autêntico cristão está unido a Cristo, fonte de seiva e vida. O motivo da união com Jesus é produzir frutos do Reino de Deus. Não merece o nome de cristão quem não produz frutos de amor, justiça e solidariedade. Nisto o “Pai é glorificado”: que produza frutos. O “Pai é o agricultor” que realiza a poda: o ramo que não dá fruto é cortado e o discípulo que produz é cuidado para que produza mais ainda. A alternativa que Jesus apresenta é clara: estar unido a ele e produzir frutos ou ser cortado e desligado. O Pai (o agricultor) se encarrega da árdua tarefa de remover os ramos secos; a comunidade (os ramos) pode colaborar, mas não assumir o papel do “agricultor”. Sintetizando, o evangelho apresenta a dupla missão do cristão: permanecer em Jesus e produzir os mesmos frutos que ele.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UNIDOS AO RESSUSCITADO

A fé cristã baseia-se na íntima comunhão com Jesus ressuscitado. Entretanto, não se trata de uma comunhão abstrata, mas sim, de uma comunhão existencial, capaz de transformar a vida humana. Assim como a comunhão com o Pai atinge a totalidade do ser de Jesus, do mesmo modo a comunhão com Jesus tende a atingir a totalidade do ser da pessoa de fé e transformá-la em manifestação do Ressuscitado.
Sem este enraizamento em Jesus ressuscitado, torna-se impossível pautar a vida pelo projeto de Deus e produzir os frutos esperados por ele. Está fadado à esterilidade e a produzir frutos imprestáveis quem declara a própria autonomia e toma um caminho que prescinde de Jesus. Pelo contrário, quem se coloca na dependência de Jesus e permite que a vida provinda dele perpasse todo o seu ser, estará em condições de viver um amor autêntico e fazer multiplicar as obras de justiça.
O permanecer unido ao Ressuscitado provém de uma opção pessoal. Por isso, quem se diz unido a Jesus sem dar os frutos esperados, será cortado e lançado fora. Quem se diz discípulo de Jesus por mera formalidade e não assume as conseqüências desta opção será afastado da presença dele. Quem produz os frutos desejados será levado a produzi-los sempre mais.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que minha união contigo leve-me a produzir, sempre mais, os frutos de amor e de justiça esperados por ti

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A VIDEIRA, OS RAMOS E OS FRUTOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

No Primeiro Testamento, o deus de Moisés se revelara como "Eu Sou". As autoproclamações de divindades já eram encontradas no Egito. No Evangelho de João são inúmeras as autoproclamações de Jesus: Eu sou... o pão da vida, o pão descido do céu, a luz do mundo, a porta das ovelhas, o bom pastor, a ressurreição, o caminho, a verdade e a vida, a videira, entre outras.
Com elas, Jesus revela- se como o Deus intimamente presente no mundo, na vida das pessoas, relacionando-se de maneira simples e comum com homens, mulheres e crianças.
Jesus se autoproclama como a videira verdadeira. A videira, na tradição do Antigo Testamento, representa o povo de Israel. Jesus lhe dá um novo sentido, no qual todos, sem discriminações de raça, religião ou condição social, em todos os tempos, são seus ramos. É a perspectiva universalista do dom do amor divino e da vida eterna.
Aos ramos cabe dar os frutos. Os ramos sem frutos serão separados da videira. O ramo unido à videira é o discípulo que permanece em Jesus, e Jesus nele. Os ramos unidos à videira são a comunidade unida a Jesus, que ora ao Pai e é ouvida.
A Primeira Carta de João (segunda leitura) desenvolve o tema da permanência em Jesus. Quem ama com ações e de verdade permanece em Deus. E é permanecendo em Jesus que os discípulos produzirão os frutos que são do agrado do Pai. E a seiva do amor que une Jesus e os discípulos cria laços entre as pessoas, leva à fraternidade, à solidariedade e comunica a vida. Na primeira leitura, vemos como a conversão de Saulo levou-o, logo de início, a uma pregação corajosa. Em continuidade, sua missão frutificou em inúmeras comunidades de fé.
Fonte: NPD Brasil em 06/05/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. NOSSA QUERIDA VIDEIRA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há muita gente que, por mera falta de conhecimento, interpreta de maneira equivocada esse evangelho de São João, onde Jesus se apresenta como a Videira. Talvez porque seja mais fácil entender que se trata de algo pessoal: falando da minha espiritualidade, minha intimidade com o Cristo, minha permanências nele, através das minhas orações e da minha sacramentalidade, pois só assim irei produzir os “meus frutos”. Não há dúvidas de que o texto traz um apelo à conversão pessoal, possível a partir da permanência, isso é, em comunhão com Jesus Cristo mediante a graça santificante, mas o evangelho também apresenta indícios de uma relação bem mais ampla e complexa, basta ver a conclusão lógica: Fora da videira, além de não produzir nenhum fruto, também iremos morrer e ser destruídos para sempre, nas chamas do fogo eterno.
Se entendermos a expressão Joanina ao pé da letra, esse fogo se apresenta como um castigo, e nesse caso, permanecer com Cristo seria uma obrigação e não uma opção pessoal por esta vida, totalmente nova que ele nos oferece. A estrutura de um vegetal é algo muito complexo: raiz, tronco, ramos, folhas, flores e frutos. A esse respeito, lembrei-me de uma história muito interessante, que ilustra bem a reflexão.
Ao passar o final de semana na chácara da família, o menino disse ao pai, que queria fazer um discurso de agradecimento a uma árvore, pelo fruto adocicado que acabara de saborear, mas que queria saber, por onde começar “A quem agradeço primeiro, a raiz, ao tronco ou ao galho, onde apanhei o fruto?” O pai sorrindo, explicou que o fruto saboroso foi produzido pela árvore toda em seu conjunto, e não apenas por uma de suas partes. É João também, o autor da célebre afirmação de que, “Quem diz que ama a Deus que não vê, mas não ama o irmão que vê, é mentiroso, pois a verdade não está nele”.
Então o evangelho da Videira fica bem mais claro para todos nós, sem essa comunhão com Cristo e com os irmãos da comunidade, não iremos produzir frutos, ou os frutos não serão de boa qualidade. É na Igreja comunidade, que vivemos e celebramos essa comunhão. Permanecer, não significa um encontro casual ou acidental, nem tão pouco quer dizer fechar-se dentro do seu grupo, da sua equipe, pastoral ou movimento, quando temos essa atitude, de só se sentir bem no “meu grupo”, o horizonte se apequena, porque se trata de uma fuga das relações complexas e assim, eu acabo-me “escondendo” no meu grupo, ali não serei questionado, não precisarei buscar mais nada, pois terei enfim encontrado a sonhada paz, a comunidade perfeita.
Um ramo assim está fadado a secar, irá perder a vitalidade e acabará caindo ou sendo arrancado por algum vento impetuoso que sopra contrário, pois não é função do tronco conduzir a seiva a um ramo em particular, mas a todos os ramos. Fechar-se no grupo significa uma tentativa infrutífera de monopolizar a seiva da graça de Deus, só para nós, com exclusividade. Há igrejas cristãs que pensam assim, há grupos cristãos que também pensam desta forma, alimentando a ilusão de que o cristianismo fechado em um grupo é uma maravilha, uma bênção e uma grande graça. Quanto engano!
O evangelho desse domingo, escrito por São João, desmonta toda essa “fantasia colorida”. A ameaça de ruptura e destruição no fogo, não é para os que não pertencem á Videira, mas sim para os de dentro, que insistem em caminharem sozinhos, sem uma inserção na vida comunitária. São Paulo usa a mesma linguagem da videira, quando vislumbra a Igreja como um Corpo, onde nós somos os membros e Cristo é a Cabeça, o pé não tem nenhuma importância em si mesmo, se não considerarmos sua relação com o corpo, um membro separado do corpo, não serve para nada, não tem função alguma, ele só se torna valioso e importante, quando unido permanentemente com o corpo todo.
Nossa caminhada enquanto igreja, não pode ser alimentada por essas fantasias e mentiras inebriantes, pois elas não resistirão ao Fogo da Verdade Divina.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Eu sou a videira
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus se compara com uma videira. Quem não vive no campo ou em áreas onde não se plantam uvas, não tem ideia exata de uma videira e de todo o seu simbolismo. A comparação, porém, é válida para qualquer planta que dê frutos. A videira é um pé de uva.
Estamos no Tempo Pascal e é sempre o Ressuscitado quem está falando. A planta tem ramos. O ramo que não dá frutos é cortado. O ramo que dá frutos é limpo pelo agricultor para que dê mais frutos. Os discípulos que ouvem Jesus falar já estão limpos pela palavra que Jesus lhes dirigiu. A palavra os purificou. Depois da proclamação do Evangelho se diz em voz baixa: “Pelos ditos evangélicos, sejam apagados os nossos delitos”.
Portanto, que a Palavra proclamada nos limpe e purifique. Nós o ouvimos e, aceitando o que ele diz, afirmamos: “Nós permanecemos em Jesus e ele permanece em nós”. Se não permanecermos em Jesus, não poderemos dar fruto. Sem ele nada podemos fazer. Quem não permanece nele é lançado fora, seca e é queimado. Permanecendo em Cristo, e suas palavras em nós, podemos pedir o que quisermos, que nos será dado. Se somos discípulos de Jesus e produzimos fruto, o Pai é glorificado. [...]

HOMÍLIA

Pe. Jacir de Freitas Faria, ofm

5º DOMINGO DA PÁSCOA

A COMUNIDADE E O MUNDO

I. INTRODUÇÃO GERAL

As leituras deste domingo nos apresentam teologicamente o Jesus homem que fez história conosco, veio morar no meio de nós. Por ele, Paulo se converteu e tudo deixou, para anunciar a sua ressurreição. Em Jesus histórico, Deus nos visitou. No simbolismo da videira e seus ramos, unimo-nos todos em Jesus para levar adiante o seu projeto de salvação a toda a humanidade. Na fé em Jesus, professada pela comunidade da primeira epístola de João, somos impelidos a afirmar: “Deus que tudo conhece é maior do que o nosso coração” (1Jo 3,20). Jesus é maior do que o mundo que o acolheu. Sem ele, nada podemos fazer.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 9,26-31): A Igreja é missionária como Paulo

Uma das polêmicas do início do cristianismo foi a aceitação de Saulo – primeiro nome desse fariseu convertido ao cristianismo após um contato com o Ressuscitado a caminho de Damasco (At 9,1-2), de onde prometera trazer presos para Jerusalém os seguidores do Caminho (Jesus), o qual passou desde então a se chamar Paulo. A primeira leitura de hoje nos mostra, por meio da habilidade da pena de Lucas, a argumentação necessária para convencer os irmãos de Jerusalém – os quais tinham motivos de sobra para não acreditar naquele que havia perseguido até a morte o irmão Estêvão (At 7,58) – de que Paulo era apóstolo do mestre ressuscitado Jesus de Nazaré. A descrição de Lucas mostra como Barnabé, o irmão de confiança da comunidade, oferece argumentos confiáveis sobre a pessoa de Paulo. Ele havia visto o Senhor ressuscitado, ouvido suas palavras e se convertido (At 9,3-9). Ver para crer era de fundamental importância para os cristãos. Os judeus preferiam o ouvir. Ademais, Paulo havia pregado em Damasco e sido perseguido pelos judeus, que tramaram a sua morte (At 9,23). Paulo teve de fugir escondido. O testemunho de Barnabé convenceu os irmãos de Jerusalém. Paulo foi aceito e confirmado pela comunidade-mãe, onde logo iniciou sua pregação. Não tardou muito e os judeus o perseguiram. Paulo, agora evangelizador reconhecido, teve de fugir novamente. Foi para a sua terra natal, Tarso, para dar continuidade à sua missão.

2. Evangelho (Jo 15,1-8): Jesus é a videira, crescida no meio de nós para revelar Deus

Estamos no Tempo Pascal. Nada melhor para confirmar a nossa fé em Jesus ressuscitado que as imagens da videira da comunidade joanina. De forma figurativa, como em tantas outras passagens, o Evangelho de João nos oferece a imagem do “eu sou” de Jesus, o qual se revela como: pão da vida (6,35); luz do mundo (8,12); porta das ovelhas (10,7); bom pastor (10,11); ressurreição e a vida (11,25); caminho, verdade e vida (14,6).
Tomemos para a nossa reflexão o “eu sou a videira”. No Oriente, o vinho era a bebida dos deuses; Baco ou Dionísio, o deus do vinho, era celebrado na Roma antiga com grandes festas, no período da vindima, que se transformaram em festas orgiásticas à base de vinho. Em Israel, a videira era e é planta comum nas casas do povo. Israel se considerava a vinha escolhida por Deus para levar a santificação a todos os povos. Cada israelita é um vinhateiro, um cuidador da aliança (vinha) que Deus, o grande Senhor da vinha, tinha feito com Israel. O livro do Gênesis mostra mitologicamente que o ser humano perdeu o paraíso e passou a viver numa terra infértil (Gn 3,17-18). Após o dilúvio, Noé começou a plantar uma vinha (Gn 9,20). Vieram a uva e o vinho como símbolos eternos de bênção para Israel. Noé chega a beber muito vinho e fica embriagado. Os profetas condenaram os israelitas infiéis que levavam o povo a perder o direito de poder beber vinho, usufruir das benesses da aliança com Deus (Am 5,11-12; Sf 1,13). Mais tarde, no tempo do Segundo Testamento, as lideranças do povo judeu se julgavam senhores da vinha, no comando e na manutenção da fé israelita. Ocorreu, no entanto, que eles perderam o controle e desvirtuaram o povo do caminho. Acabaram, em conchavo com as lideranças romanas, condenando Jesus, o Filho de Deus, a morrer fora da vinha (Jerusalém).
No contexto acima apresentado, podemos entender a mensagem de Jesus: “Eu sou a videira, e vós, os ramos” (Jo 15,5). Antes, Jesus dissera: “Vós estais podados [puros] por causa da palavra que vos ensinei” (15,3). De forma incisiva, Jesus chama seus discípulos a permanecer nele, no anúncio de sua palavra. Permanecer nele é o mesmo que renovar a aliança de outrora, no seu sangue derramado. E Jesus é ainda mais contundente: sem mim nada podeis fazer (15,5), ou melhor, sem Deus nada podemos fazer. Os frutos a serem produzidos pela comunidade são os do reino de Deus. O novo judeu-cristão é aquele que deixa Jesus morar dentro dele. O cristão passa a ser um novo Jesus ressuscitado.

3. II leitura (1Jo 3,18-24): Como reconhecer que Jesus mora dentro de nós?

Esse belíssimo texto poético e afetuoso da comunidade joanina parece ser uma continuidade do evangelho de hoje. Os sinais que demonstram que o seguidor de Jesus age conforme os ensinamentos do mestre são: a) amar com ações de verdade, e não com palavras e língua; b) rezar de forma verdadeira; c) consciência tranquila; d) guardar os mandamentos; e) crer no nome do Filho Jesus Cristo; f) amar os outros como ele nos amou. Agindo assim, os cristãos se tornavam morada de Deus, e Deus morava neles. Deus permanece nos discípulos de Jesus pelo Espírito enviado por Deus (v. 24). Assim, cada discípulo demonstra que Deus mora nele e se torna forte. Ninguém poderá vencê-los, como afirmara Paulo em Rm 8,21: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Essa convicção dos cristãos os levou ao martírio como testemunho da ressurreição de Jesus. Desse modo, as raízes do cristianismo ganharam força, e ele ganhou o mundo.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

– Levar a comunidade a se perguntar pelos frutos que ela produz, unida ao projeto de Jesus.
– É possível viver a fé sem vínculo com uma comunidade? É possível ser cristão sem estar em comunhão com a proposta de Jesus?
– Paulo, após o encontro com o Ressuscitado, logo iniciou a sua caminhada de evangelizador do reino. Esse episódio mudou a vida de Paulo, e ele mudou a vida de muitas pessoas. Diante disso, perguntemo-nos: as palavras de Jesus, de fato, permanecem, isto é, fizeram morada em nós, transformando-nos por inteiro?
– Que sentido tem a frase do evangelho de hoje: “Sem mim nada podeis fazer”, nas culturas que pouco conhecem de Jesus e de seus ensinamentos? Qual deveria ser a nossa atitude pastoral, nesse caso?
– Na hora do abraço da paz, explicar que desejar a paz de Cristo é o mesmo que afirmar: que você seja qual outro Jesus ressuscitado que mora dentro de você.
Fonte: Paulus em 06/05/2012

HOMÍLIA

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

PERMANECER EM JESUS

A videira, ao longo da Bíblia, representa o povo de Deus. Povo que Deus ama e do qual cuida, mas que nunca havia dado os frutos de vida que ele desejava, mesmo com os “trabalhadores” (os profetas) que enviava para proporcionar-lhe cuidado.
Ao dizer que ele mesmo é a verdadeira videira, Jesus mostra que o povo agora são os ramos que estão unidos a ele pelo amor, alimentando-se da mesma seiva de vida – o Espírito Santo – para dar frutos.
A questão, portanto, é produzir ou não frutos; é permanecer ou não em Jesus. Não se trata, pois, de permanecer “com” Jesus, mas “em” Jesus, vivendo a mesma vida que ele, assumindo seus mesmos sentimentos e atitudes, como ramos que são extensão do único tronco.
O Pai, agricultor que ama a videira – Jesus com seus ramos – e dela cuida, não deixa que os ramos que não dão fruto a enfraqueçam. A seiva, o Espírito Santo vivificador, continua a correr pelos ramos que dão fruto, os quais o Pai limpa por meio da Palavra de Jesus.
Estando unidos a Jesus, permanecendo nele como ele permanece no Pai, os discípulos são vivificados pelo Espírito Santo e, por meio do aprendizado contínuo com a Palavra do Mestre, podem cumprir a missão de dar muito fruto.
É este, portanto, o tempo privilegiado para permanecer no Mestre ressuscitado. Permanecer unidos a ele não para cortar pessoas de nossa vida, como se fôssemos os ramos bons e os outros fossem ramos destinados ao fogo; na verdade, se a poda de ramos é da competência do Pai, o agricultor, e não nossa, estar unido a Jesus requer que cada um se dedique a podar em si mesmo mentalidades e atitudes contrárias aos frutos de vida que Deus quer.
É tempo de permanecer firmes no testemunho da misericórdia e do amor incondicional, pois é isso que nos mantém unidos a Jesus.
É tempo de glorificar o Pai, produzindo frutos de vida e aprendendo a cada dia com o Mestre, nossa verdadeira videira, sem o qual “nada podemos fazer”.

REFLEXÕES DE HOJE


29 DE ABRIL-DOMINGO

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HOMÍLIA DIÁRIA

Permanecer em Jesus é essencial para viver e frutificar

Postado por: homilia
maio 6th, 2012

Por oito vezes, Jesus usa o verbo “permanecer” no Evangelho de hoje. Por que tanta insistência nesse assunto? A única explicação é que a permanência em Cristo é o núcleo fundamental da Sua mensagem.
Permanecer em Jesus é acolher Sua Palavra e Seu exemplo, e procurar colocá-los em prática. É permanecendo em Cristo que os discípulos produzirão os frutos que são do agrado do Pai. E a seiva do amor que une Jesus aos discípulos cria laços entre as pessoas, leva-os à fraternidade, à solidariedade e comunica a vida.
Para que nós sejamos “ramos frutíferos”, precisamos ouvir e guardar bem as Palavras da Verdadeira Videira: “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda” (Jo 15,2). Para que mais uvas cresçam, o Senhor poda os ramos, removendo os rebentos inúteis e tudo o que poderia desviar a força vital da produção.
A poda é dolorosa, mas necessária, porque muitas coisas sugam nossa força e nos impede de nos dedicarmos à produtividade. Precisamos de uma boa capina e poda, então, deixe-se corrigir. Outra coisa exigida para a produção de fruto é permanecer na videira. Sem a ligação vital com ela, o próprio ramo murcha e morre. Isso nos leva à segunda responsabilidade principal dessa passagem.
Permanecer em Jesus é essencial para vivermos e frutificarmos: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,4-5).
Aqueles ramos que permanecem em Cristo produzem muito fruto pois, caso contrário, serão colhidos e lançados ao fogo. É a pura verdade o que Jesus nos diz: “Sem mim nada podeis fazer”. Separados de Jesus, nada podemos fazer para melhorar nossa vida, nossa família, nossa alma e nossa relação com Deus.
Muitos tentam andar a sós, pensando que sua bondade e discernimento produzirão fruto sem se apoiar no Senhor. Se você também está pensando e agindo dessa maneira, está enganado. Somente com a ajuda de Jesus somos capazes de cumprir a justiça e a verdade que o Senhor espera que produzamos.
Para isso, Cristo permanece em nós por meio de Suas Palavras: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós”. Alguns buscam “divorciar” Jesus do que Ele diz e procuram uma relação com Ele sem prestar cuidadosa atenção à Sua Palavra. Eles dependem de sentimentos, emoções e experiências. Mas, de fato, o Senhor mora em nós somente até o ponto em que Sua Palavra e Seus ensinamentos permanecem em nós.
Precisamos nos lembrar, constantemente, do que Jesus disse e meditar sobre isso de modo que Ele possa viver poderosamente em nós. O outro modo pelo qual Jesus permanece em nós é quando guardarmos os Seus mandamentos: “Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço” (cf. Jo 15,7).
Peçamos ao Pai do céu que nos dê a graça de manter uma ligação ininterrupta, ativa e constante com Jesus, de quem dependemos para produzir os frutos que Ele mesmo espera de nós.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/05/2012

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a simplicidade de coração, o despojamento de qualquer pretensão ao muito saber. Ensina-nos, Pai amado, tão somente as lições de Amor que nos foram testemunhadas por Jesus de Nazaré, o Cristo prometido e esperado, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/05/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a construir uma comunidade santa. Que sejamos nela membros fieis, participativos, humildes, generosos, puros e isentos de julgamentos. Dá-nos, Pai amado, a consciência de que o único jeito que temos de santificar a nossa comunidade é nos tornarmos santos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.