domingo, 6 de abril de 2014

TERÇOS – VÍDEOS


Acesse:

1 - Terço da Divina Providência - http://youtu.be/5mzUbLl_P48

2 - Terço de Cura e Libertação - http://youtu.be/TWmZ47JoC0I

3 - Terço da FÉ - http://youtu.be/-I1tuBSDtkU

4 - Terço do Espírito Santo - http://youtu.be/BJqMkwQsOeQ

5 - Terço da Libertação Cantado - http://youtu.be/9ofE4VoEZPU

TERÇO DA MISERICÓRDIA - VÍDEOS - APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA


"Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

JESUS, EU CONFIO EM VÓS!!!

APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA

Para ser rezado nas contas do terço

No começo:

Pai nosso, que estais no céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espirito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna Amém.

Nas contas de Pai Nosso, dirás as seguintes palavras usando o terço de Maria:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas de Ave Maria rezarás as seguintes palavras:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No fim, rezarás três vezes estas palavras:

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” 
(Diário, 476).

Oração do Angelus - Padre Antonello - VÍDEO - Como rezar o Ângelus





Como rezar o Ângelus:

1) O Anjo do Senhor anunciou a Maria
- E Ela concebeu pelo poder do Espírito Santo.
Ave Maria...

2) Eis aqui a serva do Senhor.
- Faça-se em Mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria...

3) E o Verbo Divino se fez homem,
- e habitou entre nós.
Ave Maria...

4) Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
- para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Derramai ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do Vosso filho, cheguemos por Sua Paixão e Cruz à glória da ressurreição. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Glória ao Pai... (repete-se 3 vezes)

LITURGIA DAS HORAS

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Mensagens diárias prá vc

Terço - Mistério Gozosos - Segunda-Feira e Sábado


Terço do Rosário: Mistérios Gozosos



LITURGIA DIÁRIA 07/04/2014


Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e tfaça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamoa vida eterna. Amém.

Roxo. 2ª-feira da 5ª Semana Quaresma

Primeira Leitura (13,1-9 13,15-17 13,19-30 13,33-62)
5ª Semana da Quaresma
Segunda-feira 07/04/214

Leitura da Profecia de Daniel.

Naqueles dias, 1Havia um homem chamado Joaquim, que habitava em Babilônia.2Tinha desposado uma mulher chamada Suzana, filha de Helcias, de grande beleza, e piedosa,3porque havia sido educada segundo a lei de Moisés por pais honestos.4Joaquim era sumamente rico. Junto à sua casa havia um pomar. Os judeus reuniam-se frequentemente em casa dele, porque gozava de uma particular consideração entre seus compatriotas.5Haviam sido nomeados juízes, naquele ano, dois anciãos do povo, aos quais se aplicava bem a palavra do Senhor: A iniquidade surgiu, em Babilônia, de anciãos juízes que passavam por dirigentes do povo.6Esses dois personagens frequentavam a casa de Joaquim, aonde vinham consultá-los todos aqueles que tinham litígio.7Lá pelo meio-dia, quando toda essa gente tinha ido embora, Suzana vinha passear no jardim de seu marido.8Os dois anciãos viam-na portanto todos os dias durante seu passeio, tanto que se apaixonaram por ela e,9perdendo a justa noção das coisas, desviaram os olhos para não ver mais o céu e não ter mais presente no espírito a verdadeira regra de comportamento.15Enquanto calculavam qual seria o momento propício, eis que Suzana chegou como de costume, com duas empregadas, e tomou a resolução de banhar-se, pois fazia calor.16Lá não havia ninguém, salvo os dois anciãos escondidos, que a espreitavam.17Trazei-me, disse ela às duas empregadas, óleo e unguentos, e fechai as portas do jardim, para eu me banhar.19Apenas saíram, os dois homens precipitaram-se em direção de Suzana.20As portas do jardim estão fechadas, disseram-lhe, ninguém nos vê. Ardemos de amor por ti. Aceita, e entrega-te a nós.21Se recusares, iremos denunciar-te: diremos que havia um jovem contigo, e que foi por isso que fizeste sair tuas servas.22Suzana exclamou tristemente: Que angústias me envolvem por todos os lados! Consentir? Eu seria condenada à morte! Recusar? Nem assim eu escaparia de vossas mãos!23Não! Prefiro cair, sem culpa alguma, em vossas mãos, do que pecar contra o Senhor.24Suzana soltou grandes gritos, e os dois anciãos gritavam também contra ela.25E um deles, correndo às portas do jardim, abriu-as.26Com essa balbúrdia, os criados precipitaram-se pela porta do fundo para ver o que havia acontecido.27Os anciãos se puseram a falar, e os criados enrubesceram, pois jamais nada de semelhante fora dito de Suzana.28No dia seguinte, os dois anciãos, cheios de criminosas intenções contra a vida de Suzana, vieram à reunião que se realizava em casa de Joaquim, marido dela.29Disseram, diante da assembléia: Mandem buscar Suzana, filha de Helcias, a mulher de Joaquim! Foram-na buscar,30e ela chegou com seus pais, seus filhos e os membros de sua família.33Os seus choravam, assim como seus amigos.34Os dois anciãos levantaram-se à vista de todos, e pousaram a mão sobre sua cabeça,35enquanto ela, debulhada em lágrimas, mas com o coração cheio de confiança no Senhor, olhava para o céu.36Os anciãos disseram então: Quando passeávamos pelo jardim, ela entrou com duas servas; depois fechou a porta e mandou embora suas acompanhantes.37Então, um jovem que se achava escondido ali, aproximou-se e pecou com ela.38Nós nos encontrávamos num recanto do jardim. Diante de tal desvergonhamento, corremos para eles e os surpreendemos em flagrante delito.39Não pudemos agarrar o homem, porque era mais forte do que nós, e fugiu pela porta aberta.40Ela, nós a apanhamos; mas quando a interrogamos para saber quem era o jovem, recusou-se a responder. Somos testemunhas do fato.41Confiando nesses homens, que eram anciãos e juízes do povo, condenaram Suzana à morte.42Então ela exclamou bem alto: Deus eterno, vós que penetrais os segredos, que conheceis os acontecimentos antes que aconteçam,43sabeis que isso é um falso testemunho que levantaram contra mim. Vou morrer, sem nada ter feito do que maldosamente inventaram de mim.44Deus ouviu sua oração.45Como a levassem para a morte, o Senhor suscitou o espírito íntegro de um adolescente chamado Daniel,46que proclamou com vigor: Sou inocente da morte dessa mulher!47Todo mundo virou-se para ele: O que significa isso?, perguntaram-lhe.48Então, no meio de um círculo que se formava, disse: Israelitas, estais loucos! Eis que condenais uma israelita sem interrogatório, sem conhecer a verdade!49Recomeçai o julgamento, porque é um falso testemunho a declaração desses dois homens contra ela.50O povo apressou-se em voltar. Os anciãos disseram a Daniel: Vem sentar conosco e esclarece-nos, pois Deus te deu o privilégio da velhice!51Separai-os um do outro, exclamou Daniel, e eu os julgarei. Foram separados.52Então Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: Velho perverso! Eis que agora aparecem os pecados que cometeste outrora em julgamentos injustos,53condenando os inocentes e absolvendo os culpados; no entanto, é Deus quem diz: não farás morrer o inocente e o íntegro.54Vamos! Se realmente a viste, dize-nos debaixo de qual árvore os viste juntos. Debaixo de um lentisc, respondeu.55Ótimo!, continuou Daniel, eis a mentira, que pagarás com tua cabeça. Eis aqui o anjo do Senhor que, segundo a sentença divina, vai dividir teu corpo pelo meio.56Afastaram o homem. Daniel mandou vir o outro e disse-lhe: Filho de Canaã! Tu não és judeu: foi a beleza que te seduziu, e a concupiscência que te perverteu.57Foi assim que sempre fizeste com as filhas de Israel, as quais, por medo, entravam em relação convosco. Mas eis uma filha de Judá que não consentiu no vosso crime.58Vamos, dize-me sob qual árvore os surpreendeste em intimidade. Sob um carvalho.59Ótimo!, respondeu Daniel, tu também proferiste uma mentira que vai te custar a vida. Eis aqui o anjo do Senhor, que empunha a espada, prestes a serrar-te pelo meio para te fazer perecer.60Logo a assembléia se pôs a clamar ruidosamente e a bendizer a Deus por salvar aqueles que nele põem sua esperança.61Toda a multidão revoltou-se então contra os dois anciãos os quais, por suas próprias declarações, Daniel provou terem dado falso testemunho.62De acordo com a lei de Moisés, aplicaram o tratamento que tinham querido infligir ao seu próximo: foram mortos. Assim, naquele dia, foi poupada uma vida inocente.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Opcional

Primeira Leitura (Dn 13,41c-62)
5ª Semana da Quaresma
Segunda-feira 07/04/214

Leitura da Profecia de Daniel.

Naqueles dias, 41ca assembleia condenou Susana à morte. 42Su­sana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!
44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a execução, Deus suscitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel. 46E ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue desta mulher!”
47Todo povo então voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é esta, que acabas de dizer?” 48De pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, condenais uma filha de Israel? 49Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!”
50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”. 51Falou então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei”. 52Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Não farás morrer o inocente e o justo!’ 54Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”.55Daniel replicou: “Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade.58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59Daniel retrucou: “Também tu mentiste com perfeição, contra tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!”
60Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório (Sl 22)
5ª Semana da Quaresma
Segunda-feira 07/04/214

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.
— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, com óleo vós ungis minha cabeça, e meu cálice transborda.
— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

Evangelho (Jo 8,1-11)
5ª Semana da Quaresma
Segunda-feira 07/04/214


Jesus perdoa a mulher

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”
6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé.10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Opcional

Evangelho (João 8, 12-20)
5ª Semana da Quaresma
Segunda-feira 07/04/214

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 12Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. 13A isso, os fariseus lhe disseram: Tu dás testemunho de ti mesmo; teu testemunho não é digno de fé. 14Respondeu-lhes Jesus: Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é digno de fé, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho nem para onde vou. 15Vós julgais segundo a aparência; eu não julgo ninguém. 16E, se julgo, o meu julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho, mas comigo está o Pai que me enviou.
17Ora, na vossa lei está escrito: O testemunho de duas pessoas é digno de fé (Dt 19,15). 18Eu dou testemunho de mim mesmo; e meu Pai, que me enviou, o dá também. 19Perguntaram-lhe: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não conheceis nem a mim nem a meu Pai; se me conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu Pai. 20Estas palavras proferiu Jesus ensinando no templo, junto aos cofres de esmola. Mas ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Oração para depois de ler Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada,  meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

DESEJO A TODOS UMA SEMANA ABENÇOADA COM A GRAÇA DA INTERCESSÃO DA VIRGEM SANTÍSSIMA. PAZ E BENÇÃO...

SÃO QUATRO LEIS DA FELICIDADE... CONTA TUAS BÊNÇÃOS. PROCLAMA TUA RARIDADE. ANDA MAIS UMA MILHA. USA SABIAMENTE O TEU PODER DE ESCOLHA. TENHA UMA SEMANA ABENÇOADA.

BOM DIA. SABE AQUELE DIA LINDO, CHEIO DE COISAS BOAS? POIS É; É ESTE DIA QUE VIM TE DESEJAR!

SEGUNDA-FEIRA É RECOMEÇO PARA TUDO! SEMPRE TEMOS A OPÇÃO DE RECOMEÇAR DIFERENTE DA SEMANA PASSADA! UM ÓTIMO DIA DE RECOMEÇO E UMA ÓTIMA SEMANA!

BOA NOITE! - "Quem se ajoelha Diante de Deus... Não se curva diante de nenhuma dificuldade."

LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças

Dia 6 – Missa do 5º Domingo da Quaresma

Jesus nos chama à vida!


COMPROMISSO DA SEMANA:

Lição de vida: trate os outros como quer que eles tratem você.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/04/2014

6 de Abril de 2014

ANO A


Jo 11,1-45
Opcional
Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45

Comentário do Evangelho

Catequese sobre a ressurreição.

Estamos praticamente às portas da Semana Santa; no próximo domingo, o domingo de Ramos e da paixão do Senhor, entraremos na Semana Santa. O Evangelho desse quinto domingo da Quaresma é uma catequese sobre a ressurreição. Situado no livro dos sinais, nosso relato é o sétimo e último sinal que Jesus realiza. Não nos esqueçamos de que a finalidade dos sinais é conduzir os discípulos, o leitor do evangelho, nós todos à fé em Jesus Cristo. Dizer que se trata do sétimo sinal significa que ele é o maior de todos os sinais, a plenitude dos sinais. Com esse relato, o autor do evangelho prepara o leitor para entrar com esperança nos relatos da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Estar longe de Jerusalém, lugar da habitação de Deus, era como estar morto, como perder o sopro de Deus. Por essa razão, Ezequiel utiliza a metáfora da abertura das sepulturas. A distância de Deus fazia o povo experimentar a falta da vida. Por isso, o texto termina com a promessa do sopro de Deus que faz viver.
O sopro de Deus faz viver para além da morte. No centro do texto do evangelho de hoje está a afirmação de Jesus a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida […]”. É pela fé que se participa dessa vida nova, transfigurada. A pergunta que provoca e desafia a fé de Marta e a nossa fé é a seguinte: “Crês nisto?” Marta responde afirmativamente, pois ela é no relato símbolo do discípulo perfeito que põe a sua confiança no Senhor. Diante da morte há duas atitudes possíveis, representadas por Marta e sua irmã Maria: ficar prisioneiro do círculo da morte e do luto (Maria) ou romper com esse círculo pela adesão ao Senhor da vida. Quando Marta ouviu dizer que Jesus estava próximo, saiu correndo ao seu encontro; Maria, no entanto, permaneceu em casa, sentada, mergulhada no luto e na tristeza. A presença do Senhor faz surgir a esperança. Marta que crê na ressurreição de Cristo, na vida que ele dá, será para sua irmã Maria mensageira de um chamado do Senhor que a faz sair do mundo da morte para estar diante daquele que é o Senhor da vida. Para a nossa reflexão, a pergunta que se nos impõe a partir do relato é a seguinte: com qual das duas irmãs você, neste momento, se identifica? Você é portador de que mensagem? Você se identifica com Marta, que rompe o círculo da morte e deposita sua confiança no Senhor, que dele recebe a luz, a vida verdadeira, ou você se identifica com Maria, prisioneira do luto, da morte e da falta de fé?
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem.

Vivendo a Palavra

Não escondamos o nosso espanto e nosso encantamento diante do Mistério de Jesus Cristo, o Verbo Encarnado: tão humano, que chora a perda do amigo; tão divino que o ressuscita. O caminho da fé não passa pelo entendimento, mas pelo coração – e um coração que deve estar sempre agradecido.

Recadinho


Você está sempre preocupado com suas amizades? - Em que circunstâncias reconhecemos os verdadeiros amigos? - Você reza pedindo sempre que Deus o fortaleça na fé? - Você é generoso a ponto de interceder pelo próximo? - Dê algum testemunho de solidariedade.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

O ÚLTIMO SINAL

A ressurreição de Lázaro conclui a série dos sinais realizados por Jesus, ao longo do seu ministério, e, de certo modo, prepara o caminho para o sinal definitivo: sua ressurreição. O último sinal contém elementos importantes para a correta compreensão do que estava para acontecer.
Jesus é apresentado como vencedor da morte e doador da vida. Não importava que o amigo estivesse doente, morresse e depois passasse quatro dias sepultado. O Messias Jesus era suficientemente poderoso para chamá-lo de volta à vida.
Quem estivera morto levanta-se do sepulcro e volta para a vida, obedecendo à ordem dada por Jesus. Este se apresenta como o princípio e a causa da ressurreição da Lázaro. A ressurreição de Jesus acontecerá por que traz dentro de si uma força divina, que faz jorrar a vida onde reina a morte.
A ressurreição de Lázaro possibilitará aos discípulos solidificarem sua própria fé. Jesus se alegra por eles não terem encontrado Lázaro com vida. Assim, teriam a chance de testemunhar uma manifestação inquestionável do poder do Mestre, e, por conseguinte, crerem nele.
Por sua vez, o diálogo com Marta e Maria, em torno da fé na ressurreição dos mortos, põe as bases para a compreensão da gloriosa ressurreição do Senhor. 
Desta forma, os discípulos foram preparados para enfrentar o impacto da morte iminente do Mestre.
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor nosso Deus, dai-nos, por vossa graça, caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 06 DE ABRIL – DOMINGO


VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

6 de abril – 5º DOMINGO DA QUARESMA
Por Celso Loraschi

I. INTRODUÇÃO GERAL

Deus se revela por meio da palavra profética. Na primeira leitura, Ezequiel anuncia vida nova para os que se encontram sem esperança, no túmulo do exílio da Babilônia. Deus ama prioritariamente o povo em situação de sofrimento. Está junto aos exilados e promete-lhes a volta à terra de Israel, devolvendo-lhes a liberdade. O dom do Espírito de Deus revigora o coração do povo e lhe suscita vida (I leitura). A revelação plena de Deus se dá na pessoa de seu Filho, Jesus. Ele é o caminho da vida por excelência. Pelo relato da ressurreição de Lázaro, a comunidade cristã afirma que Jesus é a ressurreição. Quem vive e crê nele jamais morrerá (evangelho). Deus se revela também por meio do testemunho dos seguidores de Jesus, como o de Paulo. Escrevendo aos romanos, orienta-os para uma vida nova proveniente da fé em Jesus Cristo. É a vida no Espírito. Ele habita em cada pessoa e suscita vida aos corpos mortais (II leitura). Os três textos enfatizam a vitória da vida sobre a morte como dom de Deus. O seu Espírito nos faz novas criaturas: transforma, reanima, fortalece, ressuscita…

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Ez 37,12-14): Porei o meu Espírito em vós
Na tradição judaico-cristã, profecia é tempo de graça: tempo que se faz pleno porque Deus se comunica e interpela seu povo, recordando a sua aliança e demonstrando o seu amor. Ezequiel profetizou junto aos exilados na Babilônia ao redor do ano 580 a.C. O povo encontra-se mergulhado em profunda crise. Está longe da terra que Deus lhes concedeu conforme a promessa feita a Abraão. Sente-se abandonado por Deus e sem esperanças de futuro. A situação realmente parece desesperadora. Nesse pequeno texto, aparece três vezes a palavra “túmulos”. Deus, porém, não se conforma com a morte de ninguém. Por isso, suscita o profeta Ezequiel para anunciar novo tempo: vai infundir nos exilados o seu Espírito, que lhes dará força e coragem para se reerguerem das cinzas.
Em nome de Deus, Ezequiel anuncia um novo êxodo. No primeiro êxodo, Deus libertou o seu povo da escravidão do Egito e lhe deu a terra prometida. Deus também vai livrá-los do domínio da Babilônia e serão reintroduzidos na terra de Israel. O jugo estrangeiro será quebrado, e o povo disperso (parecendo ossos secos espalhados num vale) poderá voltar a se reunir em sua própria terra, onde habitará com segurança. Isso acontecerá pela intervenção gratuita de Deus. Ele desperta para a vida os que se encontram em situação de morte. Faz sair os esqueletos dos seus túmulos. Reanima os “cadáveres ambulantes”. O seu Espírito penetra nos corpos sem vida. O povo disperso e abandonado toma consciência de que é amado por Deus e, por isso, descobre-se como capaz de mobilizar-se para a reconquista da terra de liberdade.

 2. Evangelho (Jo 11,1-45): Jesus é a ressurreição e a vida
A narrativa da ressurreição de Lázaro corresponde ao último dos sete sinais de libertação realizados por Jesus no Evangelho de João. Os relatos dos sete sinais procuram levar os cristãos a refletir sobre o sentido profundo dos fatos da vida humana: a falta de vinho numa festa de casamento (2,1-12), a doença do filho de um funcionário real (4,46-54), o paralítico à beira da piscina de Betesda (5,1-18), a fome do povo (6,1-15), o barco dos discípulos ameaçado pelas águas do mar (6,16-21), o cego de nascença (9,1-41) e, finalmente, a morte de Lázaro. Todos eles visam apresentar Jesus como o Messias que veio para resgatar a vida plena para os seres humanos. Em cada sinal, percebe-se um propósito pedagógico: a representação de um caminho novo apontado por Jesus para derrubar todas as barreiras que impedem a pessoa de realizar-se plenamente.
Jesus é o “Bom Pastor” que dá a vida por suas ovelhas (cf. 10,11). Ele é o verdadeiro caminho para a vida com dignidade e liberdade, vencendo as causas de todos os males. Vence a própria morte: é a vida definitiva. Somente os que creem em Jesus, com convicção, compreendem e acolhem essa verdade. Portanto, a finalidade principal dos sinais é levar os discípulos à fé autêntica. Ao informar que Lázaro havia morrido e, por isso, iria ao seu encontro, Jesus diz aos discípulos: “É para que vocês creiam” (11,15). Também lemos no final do evangelho: “Jesus fez ainda muitos outros sinais, que não se acham escritos neste livro. Esses, porém, foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham a vida em seu nome” (20,30-31).
As personagens que aparecem no relato – Marta, Maria e os judeus – refletem diferentes concepções a respeito de Jesus. Primeiramente, podemos observar o comportamento de Marta. Sabendo que Jesus chegara a Betânia, “saiu ao seu encontro” e a ele se dirigiu, chamando-o pelos títulos cristológicos de “Senhor” e “Filho de Deus”. Diante da promessa da ressurreição, declara-lhe convictamente sua fé: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que vem ao mundo”. E vai anunciar à sua irmã Maria, que, por sua vez, imediatamente segue ao encontro de Jesus, mas não consegue declarar a fé nele como fez Marta. Está ainda angustiada e paralisada diante da realidade da morte. Já os judeus apenas seguem Maria, sem ter consciência de ir ao encontro de Jesus nem muito menos fazer-lhe alguma confissão de fé.
São três modos de comportar-se diante de Jesus. O comportamento de Marta é o retrato das pessoas que têm fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, Salvador da humanidade. Para os que acreditam nele, a ressurreição é uma realidade não apenas para o futuro, mas para o presente. Toda atitude em favor da vida é sinal de ressurreição e gesto de glorificação a Deus, criador e libertador.
Os autores do evangelho fazem questão de mostrar o rosto humano de Jesus. Ele participa da dor das pessoas que sofrem, comove-se e chora. Sua comoção, porém, pode ser traduzida como impaciência com a falta de fé tanto de Maria como dos judeus. E, para além das lamentações, Jesus reza ao Pai para que, diante desse sinal definitivo da ressurreição, “eles acreditem” nele como enviado de Deus.
Lázaro (cujo nome significa “Deus ajuda”) está enterrado há quatro dias. O “quarto dia” refere-se ao tempo depois da morte de Jesus; é o tempo das comunidades que creem em Jesus morto e ressuscitado. Portanto, é o tempo da graça por excelência, que deve ser vivido de forma totalmente nova. Lázaro e as comunidades cristãs são chamados a sair dos túmulos do medo, da acomodação, do egoísmo e da tristeza; são chamados a “desatar-se” das amarras dos sistemas que oprimem e matam. As pessoas de fé autêntica, seguidoras de Jesus, são verdadeiramente livres. O “quarto dia” é o tempo da ressurreição, dom de Deus.

3. II leitura (Rm 8,8-11): Vida nova no Espírito Santo
Viver no Espírito de Cristo é o que propõe são Paulo aos romanos. Somente no capítulo 8, aparece mais de 20 vezes a palavra “espírito”. A vida no Espírito Santo contrapõe-se à vida segundo a carne, ou seja, aos instintos egoístas. Toda pessoa carrega dentro de si essas duas tendências, que lutam entre si permanentemente. Aquelas que foram regeneradas em Jesus Cristo estão mergulhadas em seu Espírito. Por isso, possuem a luz e a força do próprio Jesus, que realizou a vontade de Deus e redimiu a humanidade. Ele nos justificou pela graça e nos tornou novas criaturas, participantes de sua natureza divina.
Estar com o Espírito de Cristo, porém, não significa anulação da tendência para o pecado. A tensão à santidade deve ser permanente. É uma questão de opção fundamental pelo mesmo modo de pensar e de agir de Jesus. Ele mesmo advertiu que “ninguém pode servir a dois senhores”. Paulo lembra que os cristãos não podem viver segundo a carne e segundo o Espírito ao mesmo tempo. Não se pode viver na liberdade e na escravidão ao mesmo tempo.
Na carta aos Gálatas, Paulo escreve: “Foi para sermos livres que Cristo nos libertou” (5,1). Ele nos libertou da escravidão do pecado por pura graça. Portanto, somente na graça de Jesus Cristo vivemos a autêntica liberdade. Somente no Espírito de Jesus nos libertamos da escravidão das obras dos instintos egoístas. E, para não haver dúvidas sobre os dois caminhos que se opõem entre si, Paulo fala a respeito das obras que caracterizam cada um deles. “As obras da carne são manifestas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas… Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio” (Gl 5,19-23).
Uma vez que aderimos, pela fé, a Jesus Cristo, a ele pertencemos e seu Espírito habita em nós. Esse Espírito é o agente das obras que agradam a Deus. Podemos, então, contar com a plenitude de sua graça. Assim, morremos para as obras do egoísmo e permanecemos na vida. Pois o mesmo “Espírito daquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dá a vida aos nossos corpos mortais”. Temos a graça de viver desde agora a vida eterna, pois em Cristo fomos divinizados.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

– O Espírito de Deus move a história. Como foi revelado ao profeta Ezequiel, não há situação que não interesse a Deus. Ele intervém na história humana para transformá-la em história da salvação. Concede seu Espírito para libertar o ser humano de toda espécie de escravidão e conduzi-lo à liberdade. O Espírito de Deus nos faz sair dos “túmulos” da desesperança, do medo, da acomodação… Deus não se conforma com o abandono e a morte de ninguém. Ele é o Deus da vida em plenitude. As crises e dificuldades de nosso tempo são desafios que podem ser enfrentados como fez o povo exilado na Babilônia: na confiança em Deus e na esperança ativa.
– Jesus é a fonte da verdadeira vida. Como “Bom Pastor”, ele se interessa pelas necessidades de todos nós. Oferece sua amizade e sua companhia permanente. Conta conosco para continuar sua obra. Os sinais que ele realizou são indicativos para a missão das comunidades cristãs. A ressurreição de Lázaro aponta para o novo modo de ser Igreja, organizada de forma participativa e corresponsável. Uma Igreja composta de pessoas redimidas pela graça, ressuscitadas em Cristo. Cada um de nós é chamado a declarar sua fé de modo prático, na certeza de que o bem pode vencer o mal e de que a morte não tem a última palavra. Nesse sentido, é importante que prestemos atenção nos apelos da Campanha da Fraternidade deste ano.
– O Espírito de Cristo mora em nós. Cabe a cada pessoa viver de tal modo que esteja permanentemente na comunhão com Jesus Cristo. Se nos deixarmos conduzir pelo Espírito de Jesus que habita em nós, realizamos as obras que agradam a Deus. Morremos para o egoísmo e ressuscitamos no amor. Nosso corpo mortal recebe a graça da imortalidade. Se, porventura, quebramos essa unidade, Deus nos concede a graça da reconciliação. Eis a Quaresma, tempo de conversão, tempo de salvação.
Celso Loraschi
Mestre em Teologia Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos, professor de evangelhos sinóticos e Atos dos Apóstolos no Instituto Teológico de Santa Catarina (Itesc).
E-mail: loraschi@itesc.org.br

6 de abril: 5º Domingo da Quaresma
AS LÁGRIMAS DE CRISTO
Cristo não vem a nós feito filósofo, a proclamar que a vida é a doença e a morte é o remédio. Nunca prestigiou a morte e jamais desprestigiou a vida. Pelo contrário, entrou no mundo para ajudar a vida a derrotar a morte: a ressurreição de Lázaro é prova disso. E suas lágrimas querem ser protesto contra o poder abusivo da morte e hino de amor à preciosidade e beleza da vida.
Aquelas lágrimas derramadas pela morte de um amigo revelam-nos o lado humano de Cristo, sua qualidade humana, sua dimensão humana. E sua solidariedade com todo ser humano que chora a morte de seus entes queridos.
Elas revelam também a inconformidade de Cristo com os insultos que a morte continuamente desfere contra a vida, bem como a determinação dele em declarar guerra à morte e em pôr-se a serviço da vida.
Hoje as lágrimas de Cristo têm para nós sabor de provocação. Provocam-nos a sair a descoberto contra a morte e em defesa da vida; a abandonar o caminho da violência que favorece a morte, a intentar caminhos de paz por onde a vida possa transitar sem sofrer atentados; a recusar o ódio e o egoísmo, aliados da morte, e a abraçar o amor, aliado da vida.
Se olharmos em redor com atenção, perceberemos que a morte tem seu trabalho muito mais facilitado do que a vida. Os salários insuficientes para comprar alimentos e remédios, a falta de moradias, de saúde e segurança, o tráfico criminoso de drogas e de humanos, a prática inconsciente do aborto são outros tantos faróis vermelhos a segurar a marcha da vida.
Enquanto isso, tantos Lázaros debaixo da pedra sepulcral, mas ainda com vida, ficam aguardando a hora da libertação.
Pe. Virgílio, ssp
06 de abril – 5° Domingo da Quaresma
JESUS, FONTE DA VIDA
A celebração litúrgica deste domingo ressalta o tema da ressurreição e identifica na pessoa de Jesus a fonte da vida, capaz de vivificar até os mortos.
A ressurreição de Lázaro, operada por Cristo, é sinal da vida a nós concedida pela força do Espírito Santo (“Em vós porei meu espírito e vivereis”, Ez 37,14) recebido no batismo, como antecipação e garantia da nossa ressurreição final com Jesus.
De todas as ressurreições realizadas por Jesus, a de Lázaro ganha importância maior, seja por ser o ressuscitado um morto de quatro dias, já sepultado, seja porque é acompanhada de fatos e diálogos que a transformam em “sinal” particular do poder messiânico do Salvador.
Esse sinal já se vislumbra na resposta de Jesus a quem lhe comunica a doença de Lázaro (“Esta enfermidade não é para a morte, mas para a glória de Deus”, Jo 11,14) – atitude que dificilmente seríamos capazes de testemunhar ao ver nossos entes queridos enfermos –, em sua demora em ir a Betânia e, enfim, na surpreendente declaração: “Lázaro está morto…”.
Os fatos acima se mostram destinados a glorificar Jesus como ressurreição e vida para toda a humanidade e, ao mesmo tempo, a aperfeiçoar a fé dos que acreditavam nele e suscitá-la em quem ainda nele não acreditava.
Sobre esses dois pontos insiste Jesus em seu diálogo com Marta. Ela crê. Está convicta de que, se o Mestre estivesse ali, junto deles, seu irmão não teria morrido. Mas Jesus quer dar vida eterna aos que nele creem, por isso declara: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
Essas palavras de Jesus ainda hoje nos são válidas. O tempo pode ter passado, nossa fé pode sofrer abalos, o medo pode rondar nossa existência, mas tais palavras estão aí, vivas, convidando-nos a sair em busca de nossa liberdade. De fato, Deus Pai não nos quer como “ossos ressequidos”, abandonados nos túmulos do medo e da falta de fé; ao contrário, pela força de sua Palavra proclamada neste domingo, promete-nos, em Jesus, a vida, alicerçada na graça e livre de toda espécie de escravidão.
Com sua atitude diante da morte do amigo, Jesus mostra que ama toda a humanidade e se solidariza com ela na pessoa dos Lázaros, Martas e Marias de todos os tempos. E nós, como anda nossa capacidade de solidarizar-nos com os Lázaros, Martas e Marias da vida?
Jorge Alves Luiz
5º Domingo da Quaresma - 06 de Abril de 2014


Primeira Leituras: Ez 37,12-14;
Salmo: 129 (130)
Segunda Leitura: Rm 8,8-11;
Evangelho: Jo 11-1-45

Situando-nos brevemente
”Há cristãos que parecem ter escolhido viver um a Quaresma sem Páscoa’’, constata o Papa Francisco, olhando para situação de desânimo que, na Igreja, está invadindo a alma de certas pessoas (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 24 de novembro de 2013; n. 6).
Em verdade, deveria acontecer o contrário, pois ‘’a alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria’’ (ibidem n. 1).
O Papa Francisco nos convida a abrirmos nossos corações e nossos olhos para a liberdade e a alegria que vêm de Cristo e nos enchem de nova energia para enfrentarmos, com confiança, os desafios de nosso tempo.
A aventura de nossa vida de crentes, de fato, continua se desdobrando entre a possibilidade de viver com energia vital da ressurreição de Jesus que nos habita, pelo dom do Espírito Santo, e a tentação de recuar para uma ‘’Quaresma sem Páscoa’’, para uma vida sem esperança, prisioneiros dos erros, das fatigas, das decepções.
O encontro ou o reencontro com Jesus, favorecidos pela Quaresma, tem, porém, a potencialidade de uma nova renovação radical, de uma nova Páscoa: ‘’Com Jesus Cristo, nasce sem cessar a alegria’’(ibidem, 1).

Esta é a experiência pessoal de Lázaro e de suas irmãs, Marta e Maria, testemunhas surpreendidas e agradecidas do que è humanamente impossível: viver em primeira pessoa e testemunhar a ressurreição da morte. Para cada homem e mulher, marcado pela fragilidade humana, Jesus vai repetir seu potente grito: ‘’Lázaro, vem para fora!’’(Jo 11, 43). Ele está pronto a estender sua mão de amigo para nos libertar do túmulo do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento.
Na regra para os monges, São Bento resume esta constante tensão interior da vida cristã numa formulação muito eficaz: ‘’durante a Quaresma (...) ofereça cada um a Deus, de espontânea vontade, com alegria do desejo animado pelo mesmo Espírito, espera a santa Páscoa’’ (Regra Beneditina 49, 6-7).
O encontro com Cristo abre a nascente da água viva que fica escondida no poço do coração, sob os escombros de nossas contradições e insucessos (encontro com a samaritana – 3º domingo); ilumina com luz interior do Espírito o horizonte indecifrável da vida (cura do cego de nascença -4º domingo). Jesus vem ao nosso encontro, penetrando até as trevas mais obscuras da existência, quando estamos sepultados no túmulo das amarguras e do isolamento. Ele reativa as energias de uma vida nova e da esperança (ressurreição de Lázaro – 5º domingo).
Tendo experimentado primeiro a graça e a força da ressurreição, e aprendendo a pensar e atuar desde já como ‘’partícipes da ressurreição de Cristo’’ (cf. Cl 3, 1-3), sentimos a urgência interior, e não somente o convide, a nos tornarmos testemunhas da Boa Nova do amor fiel de Deus, semeadores de novas Páscoa.
Que o mundo atual, que procura, ora na angústia ora na esperança, possa receber a Boa Nova dos lábios não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impaciente ou ansioso, mas de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram os que receberam primeiro em si a alegria de Cristo (cf. Evangelii Gaudium, n.11).
O ano 2014 está marcado pela convocação do Sínodo Extraordinário dedicado à família e as suas problemáticas sociais e pastorais, que será celebrado no mês de outubro.
Com tal iniciativa, a Igreja quer mergulhar nas feridas das famílias, com o intuito de tocar, ao vivo, a dor e as esperanças que acompanham seu caminho e também deixar-se tocar; partilhar as duras quaresmas das pessoas para oferecer a esperança da ressurreição, anunciando o evangelho da Páscoa de Jesus, com a atitude de sua misericórdia e de sua compaixão.
Chama nossa atenção também o método, novo e especial, com que está sendo preparada a assembleia dos bispos. O Papa quis fazer apelo a todas as comunidades e pessoas do povo de Deus, para que, com os próprios testemunhos, sugestões, orações, elas contribuam com este caminho de Quaresma- Páscoa, que perpassa a vida cotidiana das pessoas. Que o sepulcro das relações feridas e aparentemente mortas possam abrir-se de novo para uma nova vida. Que lágrimas sejam enxugadas, cantos de esperanças possam ressoar novamente pela graça do Senhor, experimentada no cuidado misericordioso da Igreja, como ressoaram na casa de Lázaro, Maria.

Recordando a Palavra“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá (...). Crês nisto? Ela respondeu: ‘’Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo’’(Jo 11,27).
A narração da morte e ressurreição de Lázaro converge como, a seu cume, para esta suprema autorrevelação de Jesus e a sublime confissão de fé de Marta. Jesus revela a si mesmo como fonte de vida nova e plena, e promete que a experimentarão em si mesmos, os que acreditarem nele, mediante o dom do Espírito. Marta, passando através do longo caminho da amizade com Jesus, pela dor, provocada pela morte do irmão, e pelo aparente descuido de Jesus, que não acorre logo ao pedido das irmãs, chega a reconhecer e confessar Jesus como o enviado de Deus.
Os tempos e as modalidades em que Deus atua na vida, assim como nos acontecimentos, nas pessoas, nas famílias, nas comunidades eclesiais, na história, permanecem para nós envoltos no mistério. Então como que subtraídos aos nossos cálculos humanos. Deus, porém, está ali, cuidando de cada um, como pai solícito e fiel.

Jesus nos desvenda o sentido secreto do projeto de Deus. Desconcertando os presentes, declara abertamente que Lázaro está morto. A morte do amigo, no entanto, é uma oportunidade para manifestar a potência de Deus, glorificar o Filho e despertar a fé dos discípulos. ‘’Esta doença não leva a morte, mas é para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela’’(11,4). ‘’ Lázaro morreu! E por causa de vós, eu me alegro por não ter estado lá, pois assim podereis crer’’(11,15).
O profeta Ezequiel, na primeira leitura, deixa vislumbrar que o processo da ressurreição, atuando no presente, por impulso do Espírito de Deus, não somente toca os indivíduos, mas atinge todo o povo e sua triste história, destinada a uma luminosa renovação. O povo de Israel esta sepultado como morto na experiência do exílio, desarraigado de sua terra, despojado de sua cultura e de sua liberdade civil e religiosa, oprimido pela convicção de estar sofrendo punição do Senhor, motivada por ter abandonado a aliança. O profeta anuncia que, além de toda expectativa razoável, o Senhor vai tirá-lo da trágica situação histórica, dando-lhe uma nova, inesperada oportunidade de vida.
A volta para a terra dos pais, a recuperação da liberdade política e a restauração do culto no templo reconstruído são acompanhados por uma ressurreição ainda mais radical: a renovação interior, realizada pela efusão do Espírito na consciência deles. ‘’Ó meu povo, vou abrir vossas sepulturas! (...) e vos conduzirei para a terra de Israel (...). Quando incutir em vós o meu espírito, para que revivais (...) sabereis que eu, o Senhor, digo e faço’’(Ex 37,12-14).
Esta fé e esta experiência nos fazem cantar com o salmista: ‘’Do abismo profundo clamo a ti, Senhor, escuta minha voz! Que teus ouvidos estejam bem atentos à voz da minha súplica (...). Espero no Senhor, minha alma espera na sua palavra. A minha alma aguarda o Senhor mais que as sentinelas a aurora’’(salmo responsorial- Sl 129).
O Espírito é o novo impulso vital que impele os discípulos de Jesus a viverem, de fato, como já partícipes da energia divina da sua ressurreição. Homens e mulheres, embora atravessados ainda pelas dores do parto da nova criação, são animados pela esperança de seu cumprimento e, na totalidade de sua experiência humana, aqui indicada com o termo ‘’corpo’’, guardam já o fermento da ressurreição futura e definitiva.
Quem fica atuando assim vive segundo o Espírito do Senhor ressuscitado. O Espírito habita nele e lhe faz experimentar uma profunda relação pessoal com Cristo, superando o ‘’impulso instintivo’’ a afirmar a si mesmo, o qual o apóstolo chama de ‘’carne’’(cf.2ª leitura, Rm 8,9).

Atualizando a Palavra

Na atitude de Jesus para com Marta e Maria, e na pedagogia que ele usa com os discípulos e com o povo, somos convidados a reconhecer a constante pedagogia com a qual Deus acompanha o caminho pessoal de cada um, e o orienta para crescer na fé e na liberdade do amor. ‘’Senhor, se tivesses estado aqui... ’’ Quantas de nossas leituras apresadas dos acontecimentos se refletem nestas palavras de Marta e de Maria! (cf. 11,32). Quantas de nossas queixas apaixonadas e doloridas elas interpretam!
O “silêncio” de Deus, frente às injustiças, aos mal-entendidos, aos perigos extremos, continua fazendo parte do drama e das esperanças do homem e da mulher de todos os tempos. Razão de escândalo e de possível ressurreição, de rebelião e de passagem do nível humano ao da misericordiosa sabedoria de Deus.
E preciso lembrar que a narração da morte e da ressurreição de Lázaro introduz, diretamente, na narração da paixão, morte e ressurreição de Jesus. O próprio Jesus vive o grande silêncio de Deus no horto das oliveiras e na cruz. Ele encontrará resposta somente na misteriosa remoção na pedra do sepulcro, no terceiro dia. Nas ultimas palavras de entrega confiante ao Pai, pronunciadas na cruz, ele abraça todos nós, e nos entrega a espera da ressurreição junto com ele: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito’’ (Lc 23,46).
No dia do Sábado Santo, a Igreja celebra somente a Liturgia das Horas, jejuando, rezando e meditando em silêncio. É o dia consagrado a meditação silenciosa do mistério de Jesus “descido a mansão dos mortos’’, extremo limite da experiência humana da morte. Somente na solene vigília da noite, chegaremos a cantar, com renovada fé e alegria, que Jesus venceu a morte e renovou a vida: junto com ele, também em nós a sua vida vence nossa morte! Agora vence a morte do coração, depois até a morte do nosso corpo!
Ao ver chorar a amiga Maria, Jesus estremece interiormente, fica profundamente comovido e chora (11,33-34.38). Que estupor e que consolo suscita este Jesus! Ele é o Verbo de Deus que habita na luz inacessível do Pai e, ao mesmo tempo, se torna tão próximo a todas as nossas paixões, sofrimentos e alegrias!
O Papa Francisco nos estimula, sem cessar, a nos deixarmos envolver por essas atitudes de misericórdia, compaixão e solidariedade de Jesus para com os mais pobres e necessitados, e a assumi-las como estilo de vida pessoal, sobretudo por parte dos ministros do evangelho.
Jesus deixa transformar sua compaixão e seu pranto, e o das amigas Marta e Maria, num grito de amor que chama os mortos para reviverem. ‘’Lázaro, vem para fora!’’(Jo 11,43). Ele fica repetindo seu grito animador para cada pessoa. Nosso nome está em seu coração e vibra em seu grito silencioso.
O encontro com Jesus faz da ‘’ressurreição’’ uma experiência que anima já o presente dos que acreditam nele. Experiência que ressoa, na voz da Igreja, como canto cheio de esperança: ‘’Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição... Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada’’ (Prefácio I da missa dos defuntos).
“Desamarrai-os e deixai-o ir’’ (11,44). Esta é a missão fundamental que Jesus entrega a seus discípulos de todos os tempos. Partilhar com Jesus a missão de desamarrar as pessoas dos empecilhos que as impedem de viver e caminhar com as próprias pernas, na dignidade e na liberdade autêntica dos filhos e filhas de Deus. Libertar das correntes do pecado e das injustiças, mesmo quando elas estão escondidas sob o manto das observâncias religiosas. Libertar dos pesadelos impostos pelos homens, que escravizaram ao invés de transmitir a energia libertadora da Palavra do Senhor. Jesus foi terrivelmente crítico com os falsos religiosos de todos os tempos (cf. Mt 11, 29-30).
O Papa Francisco não se cansa de repetir que a Igreja tem necessidade de voltar ao essencial do evangelho, em sua vida e em seu serviço de animação espiritual do povo. Não serve transmitir um acervo de doutrinas desligadas entre si, que não tocam o coração. É preciso anunciar e fazer a alegria da ressurreição: A ressurreição de Jesus não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual (...). Cada dia, no mundo, renasce a beleza, que ressuscita transformada através dos dramas da história. Esta é a força da ressurreição, e cada evangelizador é um instrumento deste dinamismo. ’’ (Evangelii Gaudium, n. 276).

Ligando a Palavra com a ação eucarística
Com bela e significativa expressão, os Padres da Igreja chamavam a Eucaristia de “ remédio que produz a imortalidade’’, pois ela nos faz participar da experiência atualizada da morte e da ressurreição de Jesus, como proclamamos na grande oração eucarística: ’’Anunciamos Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor, Jesus!’’
Conscientes de que, se não nos alimentarmos do pão da vida, não conseguiremos sustentar o caminho da fé, com imensa gratidão, acolhemos o convite de Jesus a participar da mesa da Palavra e da Eucaristia.
Sendo peregrinos rumo à casa do Pai, a Igreja tem um especial cuidado maternal pelos filhos que mais se aproximam da meta do caminho, e oferece a eles o corpo vivo de Cristo como ‘’ pão de viagem’’ para a vida eterna. Por isso, a Eucaristia dada aos que estão gravemente doentes se chama ‘’viático’’. O exercício de caridade e um grande anúncio da páscoa do Senhor para os enfermos e familiares.
Na Eucaristia, celebramos também, a cada vez, a memória dos irmãos e das irmãs que nos precederam na casa do Pai: os santos e os defuntos. Nesta memória sagrada, proclamamos que a páscoa de Jesus é a única fonte de vida para todos os membros do único povo de Deus, tanto os que ainda estão peregrinando na fé, como os que já vivem na glória do Pai.
 A consciência da força da ressurreição nos impele a abrir as portas da vida às surpresas de Deus e ao ‘’futuro e ao amanhã’’ de Deus. Muitas vezes, ao invés, submetidos mais à mentalidade mundana que aos critérios do evangelho, fracos na fé e na esperança, ficamos prisioneiros do que achamos importante no ‘’hoje, no aqui, e no agora’’.
A Igreja é chamada de ser sempre a casa aberta do Pai (...). 
 Mas há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida celestial, todos podem fazer parte da comunidade, e nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer (...). A Eucaristia, embora constitua a plenitude da vida sacramental, não é um prêmio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos. Estas convicções têm também conseqüências pastorais, que somos chamados a considerar com prudência e audácia. ’’ (Evangelii Gaudium, n.47). Como nos interpelam estas palavras ardentes de caridade do Papa Francisco?

Sugestões para a celebração
Ø    Seria conveniente celebrar de maneira comunitária, durante a semana, no horário mais conveniente, a Unção dos Enfermos, convidando as pessoas que, por motivos de saúde ou de idade, se encontram em situação de particular fragilidade, como sugere o Rito da Unção dos Enfermos. Colocada no contexto deste domingo, marcado pela ressurreição de Lázaro e pelo consolo suscitado em Maria e Marta pelo gesto potente de Jesus, e situada na perspectiva da Páscoa já próxima, tal celebração pode assumir o caráter de uma grande profissão de fé na ressurreição, enquanto suscita o consolo da esperança cristã, diante da dor e da morte.
Ø    Onde houver o costume, e se for oportuno, o presbítero, nesta semana, poderia celebrar a missa na casa de um ou de outro doente mais grave ou impedido, por longo tempo, de participar da Eucaristia da comunidade. A celebração da missa pode ser precedida pela confissão sacramental e pela unção dos Enfermos ao paciente.
Ø    Uma conveniente catequese deveria ajudar a iluminar os fiéis sobre o dogma da “ressurreição da carne”, que professamos a cada domingo no ‘Creio’. Não somente como algo que nos atingirá ao fim dos tempos, mas também como participação de Jesus mediante a morte ao pecado e a tudo o que nos impede de viver como filhos e filhas de deus, e na abertura ao amor e à verdadeira liberdade interior. Aprender a reconhecer as experiências de ressurreição, vivenciadas ao superar situações particularmente difíceis, e a agradecer ao Senhor.
Ø     A mentalidade secularizada, presente em todo ambiente, tende a esconder de qualquer maneira a morte. Promove modelos de vida na beleza do corpo, na juventude sem fim, nas aparências, afastando da própria vista pessoa com deficiências físicas e idosas, mesmo quando membros da própria família. Até  o tornar-se doente faz envergonhar-se. Na luz da profunda compaixão de Jesus com toda a forma de deficiência física e espiritual e olhando para sua comovida participação na perda do amigo Lázaro, ajuda a resgatar a enfermidade, a dor e a morte, na luz da morte e da ressurreição do próprio Jesus.
Ø    Cuidar que a celebração dos funerais, quer durante o velório, quer na missa presente o defunto, ou na do 7º dia, não seja reduzida a um evento de conveniência social, mas oportunidade de experiência de encontro dos participantes com o Senhor ressuscitado,. Com tal finalidade, é muito importante que a comunidade expresse aos familiares e aos presentes a própria proximidade, como sinal de consolo e de esperança.
Ø    Os cantos para as celebrações quaresmais podem ser encontrados no CD da Campanha da fraternidade de 2014: Hino da CF 2014 e Cantos para a Quaresma Ano A.
Fonte: Roteiros Homiléticos da Quaresma, Março e Abril– CNBB 2014 - Ano A
DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2014
Homilia do 5º Domingo da Quaresma
Homilia de Betânia (Franciscanos da igreja de São Lázaro)


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Homilia do Pe. Paulo Ricardo


Vem para fora!

A chave de leitura deste belíssimo Evangelho, que expressa de modo dramático o afeto, a humanidade e o amor de Jesus, são a Sua paixão, morte e ressurreição. A pedido de Marta e Maria, Jesus sai da região da Galileia e vai a Betânia, que ficava a “uns três quilômetros” (v. 18) de Jerusalém, consciente de que sobe para dar a vida, seja para Lázaro, seja para todos os homens, na morte da Cruz. Os próprios discípulos, ao ouvirem a proposta de Jesus de voltar à Judeia, respondem: “Mestre, agora há pouco os judeus queriam te apedrejar, e vais de novo para lá?” (v. 8).
Então, para compreender em profundidade a narrativa de São João, é preciso recorrer a outro trecho desse mesmo Evangelho, em que Jesus diz que “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” [1]. Em Betânia, Jesus dá a vida a Lázaro e, em troca, Ele mesmo ganha a morte.
Esse amor de amizade de Cristo manifesta-se de modo enigmático no capítulo 11 do Evangelho de São João. É verdade que Jesus se comove, como se lê nos versículos 33 e 38. No entanto, o verbo grego usado para expressar a Sua reação faz referência a uma comoção por raiva, por ira, como que a indicar o zelo de Deus pelo homem.
Ao mesmo tempo em que se comove, na síntese do versículo 35, é dito que “Jesus chorou”. Eis uma verdadeira epifania, uma revelação do coração de Deus que se comove diante da morte do ser humano. A palavra usada para expressar o choro de Jesus é o grego δάκρυσεν (lê-se: edákrisen), que, diferentemente do verbo usado para expressar o choro de Maria e dos judeus (κλαίω; lê-se: klaío), faz referência a um choro comedido e sereno; a gotas de lágrima (δάκρυ; lê-se: dákri), literalmente.
Isso leva-nos a penetrar no segredo do sofrimento de Deus. Se Ele chora diante da morte física de seu amigo, sofre muito mais com a morte das almas que se afastam d’Ele pelo pecado, tornando-se de fato inimigas de Deus [2]. O Seu choro secreto é algo que nos deve fazer tomar a firme decisão de consolar o Seu coração, ferido por nossas culpas.
Com isso, não se está a dizer que Lázaro não ressuscitou. Esse milagre realmente aconteceu, mas aponta para algo mais profundo: Jesus quer dar-nos a vida eterna, como diz a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (v. 25).
No versículo 43, Jesus dirige um chamado a Lázaro a todos nós: “Lázaro, vem para fora!”. Ao contrário de seu choro comedido diante da morte, quando Deus nos chama à vida, Ele brada, com uma forte voz (φων μεγάλ; lê-se: foní megáli). Essa voz quer vencer a nossa surdez mortífera e chamar-nos a uma conversão mais profunda, na qual nós abandonamos o pecado não só por causa do inferno, mas porque ele ofende a Deus e fá-Lo chorar.
Vamos rezar, neste domingo, pedindo a Deus o dom da contrição perfeita. Muitas vezes, arrependemo-nos de nossos pecados por conta das penas do inferno ou pela recompensa do Céu. Neste Evangelho, Jesus convida-nos a vir para fora, sair do pecado para corresponder ao Seu amor e consolar o Seu coração, parar de ofendê-Lo por causa da lágrima secreta que Ele derrama a cada pecado que cometemos. Quantas vezes Jesus não chorou sobre o túmulo de nossa alma morta pelo pecado!
No capítulo seguinte do Evangelho de São João, Jesus senta-se à mesa com Marta, Maria e Lázaro: é a festa dos amigos que se sentam à mesa para agradá-Lo. Que beleza é ser amigo de Cristo, como o foram Marta, Maria e Lázaro! Que alegria é transformar a nossa alma em Betânia, onde Deus pode sentar-se conosco como com comensais e onde podemos, à imitação de Maria, ungir os Seus pés com um “bálsamo de nardo puro, de grande preço” [3]! Determinemo-nos, peçamos a Deus a graça da contrição perfeita e aproximemo-nos da Eucaristia, como comensais que querem consolar o coração divino.

Referências:
Jo 15, 13.
Cf. Rm 1, 30.
Jo 12, 3.

Liturgia de 06.04.2014 - 5º Domingo da Quaresma

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Dermeval Neves

 

A Voz do Pastor - 5º Domingo da Quaresma

Domingo 06/04/2014
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arqrio




HOMILIA
LÁZARO SÁI PARA FORA!
Ressurreição e Luz são dois temas intimamente ligados, porque são sinônimos da salvação: “Se alguém caminha de dia, não tropeça; mas tropeçará, se andar de noite”(Cf. Jo 11,10).
O tema central do Evangelho de hoje é a vida. Vida que foi restituída a Lázaro e que está ligada à amizade, ao amor fraterno, a compaixão, atitudes cristãos que estão presentes na glorificação de Deus, que é o destino dos homens e mulheres que crêem verdadeiramente. A vida verdadeira, que o Cristo trouxe, tem face humana e face divina, que se misturam.
A ressurreição de Lázaro é um dos maiores sinais de Jesus. Jesus, assim, vai manifestando a sua filiação divina, seu poder messiânico, sua missão salvadora, e provoca, cada vez mais, a admiração, a fé, o testemunho daqueles que são beneficiados pela sua ação evangelizadora. O próprio Evangelista João anuncia que Jesus fez muitos outros sinais, e que Estes sinais foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, em crendo, tenhais a vida” (Jo 20,30-31).
Assim, poderíamos afirmar que a vida do homem é a razão de ser da encarnação de Jesus. Os milagres e sinais de Jesus foram efetuados para destacar a VIDA PLENA, a VIDA QUE SÓ ELE PODE NOS DAR.
Jesus afirmou: EU SOU A VIDA; EU SOU O PAO DA VIDA, EU SOU A LUZ DA VIDA. Jesus veio ao mundo para despertar a criatura humana do sono.
E esta vida nova só será possível àqueles que viverem, com dignidade, a grandeza do seu Batismo. Aderindo a Cristo o batizado deve viver uma vida realmente nova, animada pelo espírito de Cristo. Mas sem a fé, traduzida em obras, o batismo ficará morto. A vida da fé batismal se verifica, se atualiza, por exemplo, quando ela transforma a sociedade de morte numa comunidade viva de vida, de fraternidade e de comunhão.
Como Lázaro, acolhamos a ordem de Jesus: “SAI PARA FORA”. Peçamos ao Senhor que nos desperte e ressuscite do sono da morte e nos revista da Sua imortalidade com a Celebração da Festa da Páscoa que se aproxima.
Fonte Homilia Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA DIÁRIA
E o grande sinal é este: mostra que Jesus é a vida, Ele traz Lázaro novamente à vida para nos demonstrar que Ele tem poder sobre a vida, que Ele é o Senhor da vida. 
”Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais (João 11, 25-26).



A maravilha da Palavra de Deus, hoje, é Jesus que vai à casa dos seus amigos: Marta, Maria e Lázaro. Ele vai especialmente para se encontrar com Lázaro, porque já recebera a notícia de que ele havia morrido fazia alguns dias. A tristeza toma conta daquele lugar e daquela casa, e as irmãs deste, Marta e Maria, vão ao encontro de Jesus e dizem: ”Mestre, se o Senhor estivesse aqui o nosso irmão não teria morrido”. E Jesus diz: ”Não, o seu irmão ressuscitará”. E Marta responde: “Sim, Senhor. Eu sei que ele há de ressuscitar na ressurreição do último dia”.
E Jesus, categoricamente, apresenta a verdadeira ressurreição, quando nos diz que: ”todo aquele que n’Ele crê, ainda que esteja morto, viverá”, porque Jesus é a ressurreição e Jesus é a vida. E quem se aproxima do Senhor, quem adere à Pessoa de Jesus, quem se coloca do lado d’Ele, se abre para Ele, não conhecerá jamais a morte.
A morte não domina aquele que é do Senhor! Algumas vezes,  nós ficamos tristes, e é mais do que natural A tristeza e a dor da saudade quando alguém muito querido parte para outra vida. Até mesmo Jesus ficou comovido com a morte do amigo, Lázaro, por isso, foi ao encontro dele, para nos dar um sinal. E o grande sinal é este: mostrar que Ele é a vida, Ele traz Lázaro novamente à vida para nos demonstrar que Ele tem poder sobre a vida, que Ele é o Senhor da vida.
Mas a vida que Jesus quer nos dar é a vida plena e a vida eterna; primeiramente para nós que andamos mortos, por causa dos nossos pecados, Ele nos ressuscita e nos tira da escuridão e da zona da morte e nos traz novamente à vida. E depois, aquela morte incômoda, que tira a vida, aquele que crê em Jesus não a experimenta, é apenas uma passagem, pois o Senhor nos transforma de modo que tenhamos, já aqui na Terra, as primícias da eternidade.
A morte é para o justo, para aquele que é de Deus, a porta de entrada para a glória celeste. Hoje é dia de refletirmos sobre o valor da vida, mas não simplesmente o ”viver”; mas sim sobre a vida plena, a vida ressuscitada, a vida que o Senhor veio nos trazer com Sua morte. E todos aqueles que morrem em Cristo, no batismo, morrem para o pecado e têm com Ele o selo da vida.
Que o selo do Cristo Ressuscitado esteja em nós para que a vida nova, que Ele nos trouxe, esteja também conduzindo a nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Jo 11,1-45 - Jesus ressuscita Lázaro



Preparo-me para a Leitura Orante, com todos os internautas, invocando o Espírito Santo: Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
- O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 11,1-45, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Ora, havia um doente, Lázaro, de Betânia, do povoado de Marta e de Maria, sua irmã.(Maria é aquela que ungiu o Senhor com perfume e enxugou seus pés com os cabelos. Lázaro, seu irmão, é quem estava doente.) As irmãs mandaram avisar Jesus: "Senhor, aquele que amas está doente". Ouvindo isso, disse Jesus: "Esta doença não leva à morte, mas é para a glória de Deus...". Jesus tinha muito amor a Marta, à sua irmã Maria e a Lázaro... Depois, falou aos discípulos: "Vamos, de novo, à Judéia". Os discípulos disseram-lhe: "Rabi, ainda há pouco os judeus queriam apedrejar-te, e agora vais outra vez para lá?"... Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Marta, então, disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei o que pedires a Deus, ele te concederá". Jesus respondeu: "Teu irmão ressuscitará". Marta disse: "Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia". Jesus disse então: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?" Ela respondeu: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo". Tendo dito isso, ela foi chamar Maria, sua irmã, dizendo baixinho: "O Mestre está aí e te chama". Quando Maria ouviu isso, levantou-se depressa e foi ao encontro de Jesus. Jesus ainda estava fora do povoado, no mesmo lugar onde Marta o tinha encontrado. Os judeus que estavam com Maria na casa consolando-a, viram que ela se levantou depressa e saiu; e foram atrás dela, pensando que fosse ao túmulo para chorar. Maria foi para o lugar onde estava Jesus. Quando o viu, caiu de joelhos diante dele e disse-lhe: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido". Quando Jesus a viu chorar e os que estavam com ela, comoveu-se interiormente e perturbou-se. Ele perguntou: "Onde o pusestes?". Responderam:"Vem ver, Senhor!". Jesus derramou lágrimas. 0s judeus então disseram: "Vede como ele o amava!". Alguns deles, porém, diziam:"Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?". De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma gruta fechada com uma pedra. Jesus disse: "Tirai a pedra!".  Marta, a irmã do morto, disse-lhe: "Senhor, já cheira mal: é o quarto dia". Jesus respondeu: "Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?" Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o alto, disse: "Pai, eu te dou graças porque me ouviste! Eu sei que sempre me ouves, mas digo isto por causa da multidão em torno de mim, para que creia que tu me envias¬te". Dito isso, exclamou com voz forte: "Lázaro, vem para fora!". O morto saiu, com as mãos e os pés amarrados com faixas e um pano em volta do rosto. Jesus, então, disse-lhes: "Desamarrai-o e deixai-o ir!"...

Lázaro não ressuscita glorioso para viver sempre. Apenas volta a esta vida. Sua ressurreição prefigura a de Jesus, através de alguns elementos: panos, sepulcro, três dias. O milagre tem também dois objetivos: para que o povo creia na missão de Jesus e para a glória de Deus. Demonstra também o afeto de Jesus por seus amigos: "Jesus tinha muito amor a Marta, à sua irmã Maria e a Lázaro". E ainda, a comoção humana de Jesus diante da morte. O texto diz:"Jesus derramou lágrimas".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O texto me fala que Jesus Cristo é o Deus da vida e que, ao mesmo tempo, se
sensibiliza com a dor humana. Os bispos, em Aparecida, disseram:
"Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que “o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir”136. Esta prova definitiva de amor tem o caráter de um esvaziamento radical (kenosis), porque Cristo “se humilhou a si mesmo  fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2,8). " (DAp 242).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja, a
Oração da Campanha da Fraternidade de 2014
 Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz
e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem
o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito,
e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal,
vivamos como vossos filhos e filhas,
na liberdade e na paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Amém!

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Quero hoje viver com o olhar solidário de Jesus e descobrir, motivações de vida nova.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patricia Silva, fsp

http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=06%2F04%2F2014

Oração Final

Pai Santo, ajuda-nos a crer, superando a vaidade de tentar compreender Mistérios que não cabem nos limites do nosso entendimento. Dá-nos força para nos jogarmos confiantes nos teus braços paternos, certos de que em Ti encontraremos a sonhada Paz. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php