domingo, 14 de janeiro de 2024

LITURGIA DIÁRIA - 13/01/2024


Tema do dia

EU VIM NÃO PARA CHAMAR JUSTOS, MAS OS SIM PECADORES

O tema que atravessa as leituras do dia é o chamado, a vocação. Saul é apontado pelo Senhor e ungido por Samuel. Ele se tornaria rei de Israel. No Evangelho, também Levi é chamado: abandona sua rendosa profissão de cobrador de tributos, segue Jesus e se torna o apóstolo-evangelista Mateus.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/01/2020

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Como o publicano Mateus, cada um de nós confia na graça do Senhor, não obstante os próprios pecados. Todos nós somos pecadores, todos cometemos pecados. Chamando Mateus, Jesus mostra aos pecadores que não tem em consideração o passado deles, nem a sua condição social, nem sequer as convenções exteriores mas, ao contrário, abre-lhes um novo futuro. Certa vez ouvi um bonito ditado: «Não há santo sem passado, nem pecador sem futuro». É isto que Jesus faz. Não há santo sem passado, nem pecador sem futuro. É suficiente responder ao convite com o coração humilde e sincero. A Igreja não é uma comunidade de pessoas perfeitas, mas de discípulos a caminho, que seguem o Senhor porque se reconhecem pecadores e necessitados do seu perdão. Por conseguinte, a vida cristã é escola de humildade que nos abre à graça. (Audiência Geral de 13 de abril de 2016)

Oração para antede lea Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, tlouvte faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Sábado, 1ª Semana do Tempo Comum, Ano Par (II)
Cor: Verde


Primeira Leitura (1Sm 9,1-4.17-19;10,1a)
1ª Semana do Tempo Comum | Sábado - 13/01/2024

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Havia um homem de Benjamin, chamado Cis, filho de Abiel, filho de Seror, filho de Becorat, filho de Afia, um benjaminita, homem forte e valente. Ele tinha um filho chamado Saul, de boa apresentação. Entre os filhos de Israel não havia outro melhor do que ele: dos ombros para cima sobressaía a todo o povo.
Ora, aconteceu que se perderam umas jumentas de Cis, pai de Saul. E Cis disse a seu filho Saul: “Toma contigo um dos criados, põe-te a caminho e vai procurar as jumentas”. Eles atravessaram a montanha de Efraim e a região de Salisa, mas não as encontraram. Passaram também pela região de Salim, sem encontrar nada; e, ainda pela terra de Benjamin, sem resultado algum.
Quando Samuel avistou Saul, o Senhor lhe disse: “Este é o homem de quem te falei. Ele reinará sobre o meu povo”. Saul aproximou-se de Samuel, na soleira da porta, e disse-lhe: “Peço-te que me informes onde é a casa do vidente”. Samuel respondeu a Saul: “Sou eu mesmo o vidente. Sobe na minha frente ao santuário da colina. Hoje comereis comigo, e amanhã de manhã te deixarei partir, depois de ter revelado tudo o que tens no coração”.
Na manhã seguinte, Samuel tomou um pequeno frasco de azeite, derramou-o sobre a cabeça de Saul e beijou-o dizendo: “Com isto o Senhor te ungiu como chefe do seu povo, Israel. Tu governarás o povo do Senhor e o livrará das mãos de seus inimigos, que estão ao seu redor”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório Sl 20(21),2-3.4-5.6-7 (R. 2a)
1ª Semana do Tempo Comum | Sábado - 13/01/2024

— Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra!
— Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra!

— Senhor, em vossa força o rei se alegra; quanto exulta de alegria em vosso auxílio! O que sonhou seu coração, lhe concedestes; não recusastes os pedidos de seus lábios.
— Com bênção generosa o preparastes; de ouro puro coroastes sua fronte. A vida ele pediu e vós lhe destes, longos dias, vida longa pelos séculos.
— É grande a sua glória em vosso auxílio; de esplendor e majestade o revestistes. Transformastes o seu nome numa bênção, e o cobristes de alegria em vossa face.

Evangelho (Mc 2,13-17)
1ª Semana do Tempo Comum | Sábado - 13/01/2024


Segue-me

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho. (Lc 4,18)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira mar. Toda a multidão ia a seu encontro, e Jesus os ensinava. Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu.
E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam.
Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?”
Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada,  meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 12/01/2024

ANO B


Mc 2,1-12

Comentário do Evangelho

A fé como atitude prática

Com este episódio, tem início a seção denominada de “controvérsias galileanas” (Mc 2,1–3,6). A finalidade dessa seção é apresentar as resistências enfrentadas por Jesus no desempenho de sua missão. A questão da controvérsia é o “perdão dos pecados”, mas no centro do relato está a fé dos quatro homens que carregam e levam o paralítico até Jesus. A fé, aqui, se manifesta como uma atitude prática que fez com que os quatro homens procurassem todos os meios para que o paralítico fosse posto diante do Senhor da vida. A palavra de Jesus fazia sentido à vida de todos e comunicava um sopro de vida. A palavra é dita e toma corpo no perdão e na consequente cura do paralítico, pois para a mentalidade da época a enfermidade estava ligada ao pecado. O que atrai a atenção de Jesus é a fé daqueles quatro homens que carregam o paralítico. Por que não ver nesses quatro personagens anônimos a evocação dos quatro primeiros discípulos chamados por Jesus às margens do mar da Galileia (Mc 1,16-20)? É a fé deles que faz Jesus agir em favor do paralítico. O perdão dos pecados é, outrossim, um dos sinais dos tempos messiânicos (cf. Jr 31,34).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, cura-me de minhas deficiências espirituais, pela força de tua graça, para que eu possa caminhar sempre no amor.
Fonte: Paulinas em 17/01/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Toma teu leito e vai para tua casa


Cafarnaum. Muita gente em torno de Jesus. Um paralítico carregado por bons amigos, cheios de fé. Descem-no pelo teto. Jesus, primeiro, perdoa-lhe os pecados. Depois, cura-o da paralisia. Reação silenciosa dos escribas. Só Deus pode perdoar pecados. Jesus é Deus? A paralisia é consequência do pecado? Jesus se revela. Elogia a fé dos amigos do paralítico. Conhece os pensamentos dos escribas. Perdoou os pecados, e o homem continuou paralítico. Talvez para distinguir entre culpa e castigo.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

De um lado, o povo simples que acreditava, até o ponto de vencer obstáculos para colocar o doente diante do Mestre. Do outro, o doutores da Lei, sempre duvidando... A cena continua se repetindo. De que lado nós estamos? Não respondamos só com palavras, mas com a nossa vida fraterna e compassiva.
Fonte: Arquidiocese em Arquidiocese em 17/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

De um lado, o povo simples que acreditava, até ao ponto de vencer obstáculos para colocar o doente diante do Mestre. Do outro, os doutores da Lei, sempre duvidando e questionando… A cena continua se repetindo. De que lado nós estamos? Não respondamos só com palavras, mas com uma vida fraterna e compassiva.
Fonte: Arquidiocese em Arquidiocese em 17/01/2020

Reflexão

As pessoas do tempo de Jesus têm muita dificuldade para acreditar que ele tenha poder de perdoar pecados. Isso acontece porque perdoar pecados é algo que compete unicamente a Deus, e as pessoas da época de Jesus, principalmente as autoridades religiosas, não o reconheceram como o Filho de Deus. Hoje em dia, porém, vemos acontecer o contrário. Parece que o perdão dos pecados é algo tão comum que a maioria das pessoas não valoriza mais isso como algo excepcional que Deus realiza em nossas vidas, vulgarizando a graça sacramental e não dando o devido valor ao Sacramento da Reconciliação.
Fonte: CNBB em 17/01/2014

Reflexão

Numerosas pessoas se concentram ao redor de Jesus, animadas com sua pregação. Algo inédito se passa: quatro homens carregam um paralítico e, pela cobertura, o colocam diante de Jesus. O gesto deles já é um eloquente pedido de cura. Então, Jesus toma a iniciativa e lhe perdoa os pecados. Ora, perdoar pecados é privilégio exclusivo de Deus. Do ponto de vista dos mestres da Lei, Jesus está blasfemando. A pena para quem blasfemava era o apedrejamento. Mas Jesus tem também o dom de saber o que estão matutando em seu interior. Perdoar pecados é uma realidade invisível, teoricamente mais fácil. Entretanto, para manifestar o poder de “perdoar pecados sobre a terra”, Jesus cura o paralítico. Cura o ser humano na sua totalidade.
Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, enquanto anunciavas a Palavra, trouxeram-te um paralítico, para que o curasses. Antes lhe perdoaste os pecados, pois Deus te deu poder para efetivar tanto a cura física quanto a espiritual. Liberta-nos, Senhor, de todo pecado e de toda espécie de paralisia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 17/01/2020

Reflexão

Quando Jesus volta a Cafarnaum, a fama dele já é conhecida, pois muitos vão a ele, aglomeram-se em sua volta, e ele lhes dirige a palavra. Nisso lhe trazem um paralítico carregado por quatro homens e o descem pelo telhado. Até o Mestre se admira da fé deles e diz ao doente: seus pecados estão perdoados. Os doutores da Lei contestam, pois, segundo eles, só Deus pode perdoar os pecados, e taxam Jesus de blasfemo, sujeito a apedrejamento. Jesus lhes dá a entender que ele tem poder de perdoar e curar. Ele vai à raiz dos males, curando o paralítico por “dentro e por fora”, isto é, ele está a serviço da libertação integral da pessoa. O doente que fora carregado por outros agora carrega a própria cama. As paralisias do povo só serão vencidas com atos concretos de solidariedade e com propostas em favor dos mais carentes.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 14/01/2022

Reflexão

Numerosas pessoas se concentram ao redor de Jesus, animadas com sua pregação. Algo inédito se passa: quatro homens carregam um paralítico e, pela cobertura, o colocam diante de Jesus. O gesto deles já é um eloquente pedido de cura. Então Jesus toma a iniciativa e lhe perdoa os pecados. Ora, perdoar pecados é privilégio exclusivo de Deus. Do ponto de vista dos mestres da Lei, Jesus está blasfemando. A pena para quem blasfemava era o apedrejamento. Mas Jesus tem também o dom de saber o que estão matutando em seu interior. Perdoar pecados é uma realidade invisível, teoricamente mais fácil. Entretanto, para manifestar o poder de “perdoar pecados sobre a terra”, Jesus cura o paralítico. Cura o ser humano na sua totalidade.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Filho, os teus pecados são perdoados(...)Levanta-te, pega a tua maca e anda»

Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido
(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos novamente Jesus rodeado de uma multidão: «Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem mesmo à porta» (Mc 2,2). O Seu coração abre-se perante as necessidades dos outros e faz-lhes todo o bem possível: perdoa, ensina e cura ao mesmo tempo. Dá-lhes certamente ajuda a nível material (no caso de hoje, fá-lo curando-o de uma paralisia), mas — no fundo— procura o melhor e o primeiro para cada um de nós: o bem da alma.
Jesus Salvador quer deixar-nos uma esperança certa de salvação: Ele é capaz até de perdoar os pecados e de se compadecer da nossa debilidade moral. Antes de mais, diz taxativamente: «Filho, os teus pecados são perdoados» (Mc 2,5). Depois, contemplamo-lo associando o perdão dos pecados —que dispensa generosa e incansavelmente— a um milagre extraordinário, “palpável” aos nossos olhos físicos. Como uma espécie de garantia externa, para nos abrir os olhos da fé, depois de declarar o perdão dos pecados do paralítico, cura-o da paralisia: «Eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa! O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca» (Mc 2,11-12).
Podemos reviver frequentemente este milagre na Confissão. Nas palavras da absolvição que o ministro de Deus pronuncia («Eu te absolvo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo») Jesus oferece-nos novamente — de maneira discreta—a garantia externa do perdão dos nossos pecados, garantia equivalente à cura espetacular que realizou com o paralítico de Cafarnaúm.
Começamos agora um novo tempo comum. E recorda-se a nós, os crentes a necessidade urgente que temos de um encontro sincero e pessoal com Jesus misericordioso. Neste tempo, Ele convida-nos a não fazer “descontos”, a não descuidar o perdão necessário que Ele nos oferece no Seu seio, na Igreja.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Ao perdoar os pecados, salvou o homem e deu a entender visivelmente quem era Ele, na sua pessoa: Ele era o Verbo de Deus encarnado, com potestade para perdoar os pecados. Como homem se compadece de nós, e como Deus tem piedade de nós e perdoa as nossas ofensas» (Santo Ireneu).

- «O Evangelho apresenta-nos a Cristo que vence a parálise da humanidade. Descreve o poder da Misericórdia divina que perdoa e anula todo pecado quando encontra uma fé autêntica. O mandato de Cristo pode dar um giro à situação: ‘Levanta-te, caminha!’» (Francisco).

- «O Senhor Jesus Cristo, médico das nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e lhe restituiu a saúde do corpo, quis que a sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação, mesmo para com os seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: do sacramento da Penitência e o da Unção dos enfermos» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.421)

Reflexão

Jesus, “mistério de revelação”, nos trouxe a Deus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, antes que a cura extraordinária, Jesus Cristo perdoa os pecados. Parece-nos pouco? Aqui surge a grande pergunta: Que trouxe Jesus realmente, se não trouxe a paz ao mundo, o bem-estar para todos, um mundo melhor sem dores? Que trouxe? A resposta é muito simples: Trouxe a Deus.
Aquele Deus cujo rosto foi revelando-se primeiro pouco a pouco, desde Abraão até a literatura sapiencial, passando por Moisés e os Profetas; o Deus que somente tinha mostrado seu rosto em Israel e que, se bem que entre muitas sombras, foi honrado no mundo dos povos; esse Deus, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, o Deus verdadeiro, Jesus o trouxe aos povos da terra. Agora conhecemos seu rosto, agora podemos invocá-lo.
—Jesus, Tu trouxeste Deus e a verdade sob nossa origem e nosso destino; trouxeste-nos a fé, a esperança e o amor. Somente nossa dureza de coração pode nos fazer pensar que isto é pouco...

Recadinho

Estou sempre pronto a servir? - Sou generoso? - Consigo vencer as dificuldades com certa facilidade? - Somos solidários, lembrando-nos de quanto os outros se preocupam conosco? - Somos caridosos, dedicados, aos que precisam de ajuda Louvemos ao Senhor!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/01/2014

Meditação

“Pela abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. Vendo a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: ‘Filho, os teus pecados estão perdoados’.” Parece que o episódio foi na casa de Pedro. A narrativa ressalta, em primeiro lugar, que Jesus pode perdoar pecados, operando uma transformação nas pessoas. Temos também a manifestação de fé teimosa dos homens que a todo custo levaram o doente até perto de Jesus. Podemos perceber ainda uma nota de carinho nas palavras do Mestre, que acolhe o doente chamando-o de “filho”. Importa, acima de tudo, a confiança em Cristo e a prática da caridade.
Oração
SENHOR, ATENDEI COM BONDADE paterna as preces do vosso povo suplicante, dai-lhe luz para ver o que deve ser feito e coragem para realizar o que viu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus demonstra seu poder de perdoar pecados ao curar um paralítico


Hoje, verificamos que Deus vai diretamente ao essencial das nossas vidas. Todos esperavam a cura milagrosa daquela paralisia, mas Jesus desconcerta-os: «Filho, os teus pecados são-te perdoados».
- Será que Deus não se importa com a nossa saúde? Sim, sem dúvida, mas a começar pela saúde da alma. Jesus começa por aí… pelo essencial. Depois, se convém, a saúde nos outros aspectos! - Qual é a minha prioridade?

Meditando o evangelho

O PODER DA FÉ

Os gestos poderosos realizados por Jesus pressupunham a fé por parte de quem era se beneficiava deles. Não eram gestos mágicos, cujos efeitos independiam da liberdade humana. Antes, fluíam de uma relação com Jesus, onde o amor se manifestava em forma de misericórdia.
Jesus defrontou-se com muitas pessoas cujas expressões de fé o sensibilizavam. A fé do homem carente de cura para sua paralisia e de seus ajudantes foi claramente observada por Jesus. Ela não foi expressa com palavras, mas se escondeu atrás da sucessão de gestos que os fizeram chegar até Jesus. A fé os moveu a procurar Jesus como única possibilidade de solução para aquela grave doença. Levou-os a recorrer a um caminho difícil e perigoso para atingir seu objetivo. Deu ao doente uma certeza tal no poder de Jesus, a ponto de não hesitar em cumprir a ordem recebida, levantando-se e indo embora carregando o leito onde jazia. Na raiz do milagre, portanto, estava uma fé entranhada em Jesus.
Muitos, ao contemplarem o milagre, puseram-se a louvar a Deus que ofereceu à humanidade um dom tão excelente. Os milagres, todavia, tinham um objetivo mais radical: levar ao reconhecimento de Jesus como Filho de Deus. Em outras palavras, eles visavam suscitar a fé em Jesus e o seu seguimento.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, suscita no meu coração uma fé profunda em ti que me faça capaz de experimentar a grandeza de tua misericórdia.
Fonte: Dom Total em 17/01/201417/01/2020 14/01/2022

Oração
Ó Deus, que chamastes ao deserto santo Antão, pai dos monges, para vos servir por uma vida heroica, dai-nos, por suas preces, a graça de renunciar a nós mesmos e amar-vos acima de tudo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 17/01/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. NOSSOS PARALÍTICOS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Certa ocasião, quando refletíamos esse evangelho em grupo, alguém perguntou se na casa onde Jesus estava pregando, havia elevador ou coisa parecida, se olharmos o relato em si mesmo, vamos acabar fazendo outras perguntas como, “Será que eles não podiam pedir licença para passar no meio das pessoas e entrar na casa?” e mais ainda... Seria normal que as pessoas que estavam aglomeradas á entrada, quando vissem o esforço dos quatro homens, subindo na parede com o paralítico deitado em uma cama, oferecessem ajuda, buscando uma alternativa mais fácil...
O próprio Jesus, não poderia ter dado um jeito de sair para atender o paralítico, sem precisar tanto esforço de subir e ainda ter de abrir um buraco no telhado? Fazer perguntas como essas, é muito importante para a nossa reflexão, pois vamos e convenhamos, o modo que eles encontraram para colocar o paralítico á frente de Jesus, não foi o mais fácil, aliás, correu-se até o risco de um grave acidente.
Hoje em dia a gente sabe que nossos templos existentes, ou os que estão em construção, devem ter em seu projeto, a construção de rampas, para facilitar o acesso de nossos irmãos deficientes. Mas com certeza, não é este o tema do evangelista, ele está querendo dizer alguma coisa as suas comunidades e aos cristãos do nosso tempo.
Dia desses, alguém bastante estressado dizia-me que certas pessoas só atrapalham a vida da comunidade, porque são muito radicais, geniosas, incomodam a rodos, e o tempo todo só arranjam encrencas e mais encrencas, concluindo, dão muito trabalho, são sempre do contra, enfim, chatas e duras de engolir, e que sem elas, a comunidade é uma maravilha, o conselho deveria tomar providência, ou quem sabe, o padre impor a sua autoridade.
Pessoas com essas características não caminham, e ainda dificultam a vida de quem quer caminhar: pronto, já começamos a descobrir os paralíticos e paralíticas de nossas comunidades, irmãos e irmãs que não se emendam de seus defeitos, nunca mudam o seu jeito de ser, não se convertem e precisam portanto, ser acolhidas e carregadas. Há irmãos na comunidade que a gente tem prazer de encontrar, é sempre uma alegria imensa, mas há também esses, que nos perturbam, incomodam, e a gente não fica a vontade, se estão conosco em uma reunião da pastoral ou do movimento, a troca de “farpas” será inevitável...
Há no texto duas coisas que chamam a nossa atenção, primeiro o esforço desse quarteto, subir pela parede, desfazer o telhado e descer a cama com cordas. Jesus elogia-lhes a fé, parece até que fez o milagre como retribuição a tanto esforço. Eles tinham fé em Jesus Cristo, sabiam que se o levassem diante dele, seria curado, mas por outro lado, embora o texto não cite isso, a gente percebe que o amavam muito, tiveram com ele muita paciência, sei lá quantos quilômetros tiveram que andar, carregando aquela cama que deveria ser pesada, e ainda, ao deparar com a multidão aglomerada á frente da casa, poderiam ter desistido, já tinham feito a sua parte. Mas a força do amor e da fé, fez com que não desistissem, e se preciso fosse, seriam capazes de derrubar a casa.
Os quatro são uma referência para as nossas comunidades, onde muitas vezes falta-nos o amor e a fé, para carregar nossos paralíticos e superar os obstáculos, passando por cima dos preconceitos. Nas comunidades há pessoas amorosas, pacienciosas, que aceitam conviver com todos, amando-os como eles são, sem exigências, preconceitos ou radicalismo, mas há também a turma de “nariz empinado”, como aqueles doutores da lei, que não crê em um Deus que é misericórdia, e que perdoa pecados, seguem normas e preceitos, até trabalham na comunidade, mas são extremamente exigentes com os “paralíticos”, acham-se perfeitos e não aceitam a convivência com os imperfeitos.
Jesus elimina o problema pela raiz, “Filho, teus pecados te são perdoados...”, a cura física vem em segundo plano, e se a enfermidade impede que o paralítico se aproxime de Jesus, a comunidade os carrega, possibilitando que ele também faça a experiência do Deus que perdoa, ora, se houver na comunidade intolerância, preconceitos, e ranços ocultos, como é que essas pessoas poderão experimentar o amor, o perdão e a misericórdia? Os intolerantes têm sempre um olhar extremamente crítico e severo, para com os paralíticos, e não aceitam que outras pessoas tenham por eles amor e ternura, manifestada na paciência e tolerância.
Por isso Jesus ordena – levanta-te, toma o teu leito e vai para casa. Deus nunca faz as coisas pela metade, na obra da salvação, Jesus não fez simplesmente uma reforma no ser humano, mas o transforma em uma nova criatura, na graça santificante do Batismo, fazendo com que deixe de se relacionar com Deus na religião normativa, porque crê no Deus que é todo amor e misericórdia, que perdoa pecados e os liberta com a sua santa palavra, em Jesus de Nazaré.

2. Por que pensais essas coisas no vosso coração? - Mc 2,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Benditos os quatro homens cheios de fé que se dispuseram a ajudar o paralítico e o levaram até Jesus. Vendo a fé dos quatro homens, Jesus perdoou os pecados do paralítico. Ilumine o seu dia com essa palavra e procure mais três pessoas que queiram ser parecidas com os quatro homens que ajudaram o paralítico. Formem um pequeno grupo para lerem, meditarem e praticarem juntos o Evangelho. Olhem juntos para Jesus e levem até ele quem está cansado e sobrecarregado com o peso da vida.
Fonte: NPD Brasil em 17/01/2020

Liturgia comentada

Vendo a fé daqueles homens... (Mc 2, 1-12)
Cena bastante incomum. Pouco plausível, creio, para os nossos dias. Mas os Evangelhos a deixaram registrada para nosso espanto. Cercada a casa pela numerosa multidão sedenta de ouvir o Mestre, quatro homens não desistem face ao obstáculo e insistem em levar o amigo paralítico diante dos olhos de Jesus.
As casas pobres da Palestina, região de clima seco, com chuvas raras, podiam ser cobertas de ramos de tamareiras e placas de barro. Só o Evangelho de Lucas fala de telhas (cf. Lc 5, 17ss), pois escrevia para leitores de cultura grega, afeitos a diferentes costumes. Assim decididos, os quatro amigos resolvem abrir um buraco no telhado (certamente alguns pedaços de barro seco terão caído sobre o atônito Mestre!) e baixar a padiola do enfermo no centro da casa.
O paralítico está imóvel, claro. Talvez nem pisque um olho. Até onde o texto deixa perceber, ele não tem fé. Já perdeu a esperança. Mas os quatro amigos têm a fé, do contrário não seriam capazes de um gesto tão impróprio e tão ousado... “Vendo Jesus a fé daqueles homens – narra São Marcos -, diz ao paralítico: ‘Filho, perdoados te são os teus pecados.’”
Enquanto os escribas ali presentes murmuram a respeito da aparente blasfêmia do Rabi, este decide demonstrar que possui o poder que os homens não têm – o de perdoar pecados! E devolve prontamente ao enfermo a mobilidade perdida: “Eu te ordeno: levanta-te, toma tua padiola e vai para tua casa.”
Deixo de lado a questão material do milagre e da cura impossível. O que me chama a atenção é que exista uma “fé vicária”. Uma fé substitutiva. Como o infeliz já perdeu a fé, seus amigos têm a fé por ele. E foi esta fé que moveu Jesus a curar o paralítico.
No mundo dos homens, há paralisias dos músculos, dos nervos, do cérebro. Mas existe também uma paralisia do espírito, quando sequer podemos crer. Entretanto, as mães amorosas continuam a rezar sem descanso pelo filho que perdeu a fé. A esposa fiel persevera em sua intercessão pelo marido descrente. E quando Jesus o percebe, admira-se da “fé amiga” e decide entrar em ação...
Feliz do paralítico que tem quatro amigos!
Orai sem cessar: “Por amor de meus irmãos e meus amigos, pedirei a paz para ti!” (Sl 122 [121], 8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 17/01/2014

HOMILIA

JESUS CURA UM PARALÍTICO

Jesus está em casa, e novamente uma multidão lhe cerca. Multidão é o mundo que nos cerca hoje, com suas filosofias. Dentre ela estão aqueles que querem apenas ouvir, outros que querem ouvir para refutar, gente que está ali porque todo mundo também está. Enfim, existem pessoas que buscam Jesus pelos mais variados motivos.
Independente dos motivos, Jesus simplesmente os recebe, com sua simplicidade esmagadora, e apenas fala sobre o Reino de Deus. O que é o Reino de Deus pra Jesus senão o momento onde todos são incluídos, com suas diferenças, em uma só comunidade de aceitação. Jesus fala sempre de um Reino onde não há maior, menor, ou melhor, pois nele somos apenas um.
Naquele momento havia pessoas dos mais diferentes níveis, e que se viam diferentes uns dos outros. Em todo momento Jesus prega sobre um Reino onde todos são incluídos, e isso para pessoas que não se enxergavam como iguais.
Então entra o miserável paralítico. Seus amigos, que pelo simples fato de serem amigos de um doente já mostravam que não se viam melhores ou piores que o pobre paralítico. Apenas o levaram movidos por essa fé. Mas não bastava apenas levar até a casa de Jesus, pois a casa estava cheia e o paralítico não podia entrar, assim como ele não podia ir ao templo, pois naquele “lugar santo” não havia espaço para sua “deficiência pecadora”.
Mas eles foram ousados. Não desistiram, acreditavam que Jesus era diferente, porque a mensagem dele era diferente, e aquele “pobre paralítico” tinha que ouvi-la. – “Então vamos fazer o impossível para que ele possa ouvir, pois esse Jesus é inigualável. A única saída é pelo teto, vamos correr o risco, pois esse Jesus é inigualável”.
Então esses homens passam o paralítico por uma brecha no telhado da casa de Jesus. Essa é a atitude de fé de quem entende que Jesus é único, inigualável e que aquele era um momento único na vida deles, principalmente na vida do paralítico.
Você queria motivo maior do que esse para que Jesus se admirasse da fé deles? A fé que faz com que Jesus se admire não é a fé no milagre da cura, mas a fé no milagre do Reino, a fé no milagre de que, no Reino, eu posso me aproximar com ousadia na presença de Deus sem intermediários. A fé que causa “espanto” em Cristo é a fé daqueles que entendem que a mensagem do Reino é inigualável, e quebra com todas as barreiras que separam. A fé que move a mão de Jesus é a fé de que no Reino todos são realmente próximos uns dos outros.
Por mais que naquele momento eles desejassem ver o amigo deles curado, a fé deles já os havia curado, pois eles entenderam a importância da mensagem do Reino. E então se preocupavam com a saúde, o bem estar de todos. Qual é a tua atitude ante aqueles que estão no pecado? De julgar e condenar? Ou de levar para Jesus afim de que Ele os cure e lhe perdoe os pecados?
A insistência sobre o tema do perdão dos pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado exclusivamente a Deus. Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para provar que “o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os pecados”. O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê?
O perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a cura quando algo não está bem no âmbito corporal. Jesus vê além, preocupando-se por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença. O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes de qualquer coisa, quer ver o ser humano liberto de seus pecados.
Para os que diferenciam entre santos e pecadores, a atitude de Jesus no Evangelho de hoje era uma blasfêmia, já que aquele Jesus era um homem, e como homem não podia perdoar ninguém. – “Deus não pode aceitar esse paralítico de forma tão simples assim, isso é blasfêmia!”, pensavam os raivosos donos do poder religioso. Todavia, na ótica do Jesus e na ótica do reino, nada havia sido tão simples assim, a aceitação de Deus vem da cura do coração, do arrependimento daqueles homens demonstrado pela fé nos princípios do Reino pregado por Jesus. A cura do arrependimento é mais séria e mais difícil que a cura do corpo.
Fazer o paralítico andar foi um sinal não para o paralítico, mas para todos nós que ainda não enxergamos a realidade do Reino. A cura física do paralítico era a representação terrena, carnal, física, daquilo que Deus, através da Sua palavra, haveria de fazer naqueles que com fé, esperança e confiança acreditam no Seu Filho muito amado.
Senhor Jesus, cura-me de minhas deficiências espirituais, pela força de tua graça, para que eu possa caminhar sempre no amor.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 17/01/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Comentada2 em 17/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

A graça de Deus nos purifica e nos cura

Levemos os paralíticos para que o Senhor toque neles, para que o Senhor os tire da imobilidade em que se encontram!

”Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Mc 2, 5)

Uma grande multidão se aglomera em torno de Jesus para ouvir a Palavra de Deus, e, ao mesmo tempo em que esta multidão queria ouvir o Senhor, alguns trouxeram um paralítico carregado por quatro homens, para que ele [paralítico] pudesse chegar até o Senhor. Foi por cima do teto, descoberto por eles, por meio do qual eles o levaram até Jesus.
Queria chamar a sua atenção para algumas coisas. A primeira delas é a paralisia deste homem, não sabemos qual é a origem dela nem o que o deixou paralítico. Mas você sabe que a pessoa paralisada não consegue andar com suas próprias pernas. Diversas causas levam a pessoa a ficar paralisada, mas irei falar da mais profunda delas: a forma como o pecado paralisa a nossa vida, imobiliza os nossos passos, paralisa o nosso coração, a nossa vontade, a nossa disposição de amar, de fazer o bem, de perdoar e de procurar a Deus.
Nós não temos noção de como o pecado é ”nocivo”, do quanto ele realmente nos deixa paralisados. E, às vezes, não temos forças para procurar a Deus, não temos força para chegar até Ele. Quantas pessoas até precisam e querem se aproximar de Deus ou buscar algo para resolver suas vidas, porque estão vivendo uma verdadeira penumbra na fé, na vida espiritual e na vida pessoal. E as outras coisas da própria vida começam a se embaralhar, a se misturar e a ficar confusas quando a paralisia começa tomar conta da vida das pessoas.
Quero chamar a atenção para estes quatro homens que foram ousados e levaram esse paralítico até Jesus. Existem pessoas que servem para levar os outros ao boteco, ao bar, servem para levar para este ou para aquele caminho; mas, hoje, nós precisamos de pessoas que levem os “paralíticos” até Jesus, aqueles que não conseguem andar. O quão importantes são nossas reuniões, nossos círculos bíblicos, terços, o ir ao encontro das pessoas! E aqui não me refiro somente às pessoas que já fazem parte da Igreja ou seguem o Senhor, mas a tantos que estão paralisados no meio de nós e que precisam conhecer o poder de Deus para se levantarem da prostração em que se encontram.
Eu e você precisamos ser esses condutores, primeiro saindo da nossa própria paralisia, pois quem está parado não consegue ir para a frente, e uma vez que nos libertamos, uma vez que a graça de Deus nos purifica e nos perdoa dos nossos pecados, levemos os “paralíticos” para que o Senhor toque neles, para que o Senhor os tire da imobilidade em que se encontram!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

Deus nos dá liberdade de escolha

Os anciãos de Israel disseram a Samuel: “Por isso, estabelece sobre nós um rei, para que exerça a justiça entre nós, como se faz em todos os povos”. (1Sm 8,4-7)

Samuel, já ficando velho, idoso, seus filhos não seguiam todos os passos dele, por isso os anciãos preocupados foram fazer um pedido para Samuel, e esse pedido foi determinante para toda história de Israel.
O povo, os anciãos, foram pedir: “Nós queremos ter um rei, um rei que reine, de fato, sobre nós, que exerça autoridade sobre nós, porque todos os povos têm um rei, mas nós não o temos, e queremos ser como todos os outros povos.
É preciso dizer que o povo de Israel não era um povo melhor que os outros povos, mas era diferente, porque, já que todos os povos tinham um rei, quem reinava sobre Israel era o próprio Senhor. Os juízes, os profetas, aqueles que estavam à frente do povo, eram intermediários da graça de Deus que regia aquele povo. No entanto, a partir dos seus anciãos, Israel não queria mais ser governado por Deus, eles queriam ter um rei como todos os outros povos. Foi assim, então, que Samuel foi se apresentar todo triste na presença de Deus, dizendo que aquele povo o estava rejeitando. “Não Samuel, não é a ti que esse povo está rejeitando; é a mim. E já que esse povo quer um rei como todos os outros povos, deixa que esse povo tenha um rei como eles querem no coração deles, com todas as consequências que virão a partir disso”.

Deus nos dá liberdade de escolhermos aquilo que queremos ser

Permita-me lhe dizer: Deus nos dá a liberdade de escolhermos aquilo que queremos ser. Todos nós temos esse anseio de emancipação; e, muitas vezes, o anseio de sermos iguais a todo mundo. Se todo mundo faz, por que que eu não posso fazer? Se todo mundo procede assim, por que eu também não posso? Se está todo mundo pecando, por que eu também não posso pecar?
Enfim, aquilo que achamos ser justiça, na verdade, é a grande injustiça que nós cometemos com nós mesmos, porque Deus nos escolheu, Ele nos separou para cuidar de nós, para nos ensinar o caminho da vida, da salvação, da libertação. Existe, porém, um mundo que nos atrai, que nos puxa, e existe um mundo que puxa os nossos também, de modo que nós nos cansamos de ser diferentes.
Eu volto a dizer que quem quer ser de Deus não quer ser melhor que ninguém, mas precisa ser diferente, porque, enquanto estamos no mundo, o mundo nos governa, com as suas tendências, com as suas forças, com seus atrativos para que sejamos iguais a todos. Mas quando permanecemos em Deus, é a Ele que obedecemos, é esse espírito de rebeldia que toma conta de muitos de nós, de nossos filhos, de nossas famílias, porque se está todo mundo fazendo, porque é que nós não podemos fazer? E a resposta é muito simples: porque nós pertencemos a Deus, porque nós somos o povo de Deus.
Nós precisamos ser governados pelo Senhor. Israel sofreu e pagou um preço muito caro quando fez a opção de não deixar de ser do Senhor, mas ser igual a outros povos. Que nós não queiramos ser iguais aos outros, mas que queiramos ser do Senhor e ser o povo d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/01/2020

HOMILIA DIÁRIA

Não leve mais para a sua vida aquilo que te paralisa

“Filho, os teus pecados estão perdoados, (…) Eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!” (Marcos 2, 5; 11)

Meus irmãos e minhas irmãs, o pecado é o rompimento de uma relação comigo, com o outro e, mais gravemente, com Deus. O pecado rompe as relações. E não viver uma relação de amor, amando e sendo amado, é a maior paralisia que pode existir na vida de alguém.
Aquela afirmação que Jesus faz, no começo, parecia absurda aos olhos de quem estava ali presente. Nós estamos no contexto dos judeus; e quando Jesus diz: “Os teus pecados estão perdoados”; como pode? Porque, para os judeus, a ideia do perdão dos pecados era muito clara, pois existia um ritual do perdão dos pecados. Os judeus conheciam muito bem o chamado Yom Kipur, que era o Dia do Perdão. Um ritual onde as pessoas amarravam sobre um animal os seus pecados, as suas faltas, e esse animal era levado para o deserto, num lugar distante, acreditando que, ali, acontecia a remissão dos pecados. Então, Jesus diz: “Os teus pecados estão perdoados”.
Aqueles judeus só não conheciam ainda o poder que o Pai havia dado ao Filho, para redimir toda a humanidade; eles não conheciam o Senhor do perdão, e sim o Dia do Perdão. E é preciso conhecer bem a forma como o Pai nos ama.
E o perdão dos pecados nunca pode se transformar para nós em um rito automático, estático. No Sacramento da Confissão, quando nos aproximamos para confessarmos os nossos pecados, jamais permitamos banalizar o Sacramento da Reconciliação. Ele precisa gerar vida, libertar das culpas, dos sentimentos ruins, dos apegos, dos vícios, para que o nosso coração seja, de fato, um coração livre.

Você não pode mais levar para a sua vida aquilo que te paralisa

Depois de perdoar os pecados — que era a maior paralisia —, a mais grave, Jesus diz: “Eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!”, pois é preciso sair de alguma situação. Todas as vezes que confessamos, nós dispomos o nosso coração para a conversão, para uma mudança de vida de não querer pecar mais; por isso, precisamos romper com alguma coisa. E confessarmos os nosso pecados é ter a coragem de fazer isso.
Levantar-se significa deixar no chão aquilo que te paralisava; você não pode mais levar para a sua vida aquilo que te paralisa.
“Vai para a casa”, diz o Senhor. Todos nós temos um lugar vital para mantermos os nossos relacionamentos; e a verdadeira cura se constata dentro, no modo como nós nos comportamos; nas nossas escolhas; no nosso jeito de tratarmos as pessoas da nossa família. Quando nós voltamos para casa, é ali que se manifesta e se concretiza a cura do nosso coração, da nossa paralisia, e nos livramos daquilo que nos paralisa.
De que adiantaria um cura física, se ela não te fizer amar ainda mais as pessoas, amar a Deus? A cura não é uma autossatisfação, e sim amar de novo e do jeito que Deus ama. A cura é estar disposto a amar do jeito que Deus ama.
Não deixemos o nosso coração paralisado, jamais!
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/01/2022

Oração Final
Pai Santo, não nos meças pela pequena fé que vivemos, mas pela nossa grande vontade de acreditar. Queremos proclamar a Boa Notícia que nos foi anunciada pelo Cristo Jesus – o teu Reino de Amor está próximo! Ele já está em nós e no nosso meio. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não nos meças pela pequena fé que vivemos, mas pela nossa grande vontade de acreditar. Queremos proclamar a Boa Notícia que nos foi anunciada pelo Cristo Jesus – o teu Reino de Amor está próximo! Ele já está em nós e no nosso meio. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/01/2020