terça-feira, 21 de novembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/11/2017

ANO A


Lc 19,11-28

Comentário do Evangelho

O medo é contrário à fé.

A parábola do rei que viajou para o estrangeiro é equivalente, quanto ao tema principal, à parábola dos talentos (cf. Mt 25,14-30). A introdução da parábola evoca a morte-ressurreição de Cristo, a sua parúsia, a missão conferida aos servos de cuidar do dinheiro do rei e a resistência e rejeição do rei por seus concidadãos. Não obstante a resistência e rejeição, ele foi nomeado rei e voltou para pedir contas de seu dinheiro.
Para o leitor do evangelho fica claro que se trata de Jesus. O acento é posto no “outro servo”, que enrolou o dinheiro do rei num lenço e, ao contrário dos outros dois, não valorizou esse dinheiro, por isso não o fez frutificar. O medo o paralisou, e foi a desculpa da sua inércia, do seu comodismo. De onde lhe vem este medo? Não será o mesmo raciocínio que levou Caim a matar Abel: imaginar que Deus pudesse preferir um ao outro? Fazer-se imagem de Deus pode ser perigoso e induzir a sérios equívocos. O medo é contrário à fé. O espírito servil precisa ser expurgado da vida cristã e ceder lugar à liberdade: “Vós não recebestes um espírito de escravos para cair no medo, mas de filhos adotivos” (Rm 8,15).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, faze de mim um discípulo fiel de Jesus a quem deverei prestar contas do bom uso dos dons que me concedeu. Que eu seja prudente no meu agir.
Fonte: Paulinas em 20/11/2013

Vivendo a Palavra

Jesus indica claramente a postura que deseja do discípulo: nós não devemos esperar parados, mas ir e anunciar. Não escondamos os dons que nos foram emprestados pelo Criador. Trabalhemos para que eles se aprimorem, reproduzam e os coloquemos a serviço dos companheiros, especialmente dos mais fragilizados.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/11/2013


VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho enfatiza a nossa responsabilidade sobre os dons que recebemos do Criador. Não basta preservá-los para devolvê-los intocados ao Pai que é rico em misericórdia: é preciso que os cultivemos e desenvolvamos com esforço, competência e, se de graça recebemos, de graça e com amor também devemos colocá-los a serviço dos irmãos.

Reflexão

Os dons que temos não nos pertencem, mas sim a Deus, que é o Senhor de tudo, de modo que os dons que recebemos de Deus devem ser ordenados para ele. Sendo assim, não podemos usar os nossos dons, nem mesmo os dons naturais, somente em vista da nossa realização e da nossa promoção pessoal, mas devemos colocá-los a serviço de Deus e dos nossos irmãos e irmãs, pois somente quando o dom se transforma em serviço é que ele é capaz de multiplicar e de produzir frutos em abundância, contribuindo, assim, para que o Reino de Deus cresça cada vez mais no meio dos homens.
Fonte: CNBB em 20/11/2013

Recadinho

Há pessoas que colocam como objetivo de vida apenas a riqueza? - É possível ser feliz assim? - Quando S. Paulo recomenda (em Efésios 5, 16) que aproveitemos o tempo presente, pois nossos dias são incertos, a que ele se refere? - Sabe ser grato a Deus pelo dom da vida e o dom de produzir frutos? - Você reza por aqueles que “colhem onde não semearam?”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 20/11/2013

Meditando o evangelho

A ENTRONIZAÇÃO REAL

A parábola evangélica tem como pano de fundo um fato histórico. Arquelau, um dos filhos de Herodes, tinha viajado para Roma com o intuito de pedir ao imperador César Augusto para confirmá-lo no trono, com o título de rei. Arquelau era perverso como seu pai, por isso o povo judeu o odiava. Foi por esta razão que uma delegação judia seguiu também para Roma para se opor, diante do imperador, contra a nomeação. A questão foi contornada pela autoridade romana que concedeu a Arquelau apenas o título de tetrarca. Desconhece-se qual terá sido sua reação ao voltar. Contudo, a ordem do rei mandando trucidar seus inimigos na presença dele, pode revelar a ira contra seus opositores. Pouco tempo depois, foi destituído do cargo.
A parábola oferece pistas para compreender o que está para acontecer com Jesus. Ele é quem está para ser investido rei pelo Pai. Isto exigirá dele passar, antes, pela morte e, depois, ressuscitar. O tempo de sua ausência é oferecido aos discípulos como oportunidade para fazerem frutificar os dons recebidos de Deus. Os sensatos e responsáveis irão, logo, fazê-los multiplicar. Os medrosos permanecerão bloqueados, e seus dons estarão fadados à esterilidade. Além disso, os inimigos de Jesus, contrários à sua condição de Messias, iriam perseguir a comunidade dos discípulos.
Todavia, ao voltar, revestido do poder real para realizar o juízo, o Mestre retribuirá a cada um conforme se tiver comportado. A prudência aconselha, pois, o caminho da fidelidade ao Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, faze de mim um discípulo fiel de Jesus a quem deverei prestar contas do bom uso dos dons que me concedeu. Que eu seja prudente no meu agir.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A FÉ COR DE CINZA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Às vezes entre os próprios cristãos há uma anedota de que, para a pessoa ser crente, tem que ser direita, séria, a Fé nesse caso é avaliada pelas atitudes, deixou de fumar, de beber, de levar uma vida devassa, dizem que a pessoa então, virou crente, e qualquer não participação da mesma, em algo que signifique diversão e descontração, lá vem alguém com a piadinha desrespeitosa: “ Esse aí virou crente”
Penso que ter uma nova atitude, a partir do momento em que se encontrou Jesus Salvador, e o proclama-se Senhor da nossa Vida e da nossa História, é válida e deve ser respeitada, principalmente em meio a uma sociedade marcada pelo ateísmo.
Essa Fé cor de cinza que eu quero aqui abordar, vai além dessas aparências que possam sinalizar uma vivência cristã na vida das pessoas. É exatamente a Fé daqueles nove leprosos que não voltaram, recebendo a crítica do evangelista Lucas nesse evangelho.
Provavelmente em nossas igrejas cristãs, nos sentiremos exortados por essa palavra, para que tenhamos sempre a atitude do Leproso que voltou para dar glória a Deus, pelo dom da sua cura. Certamente muitos pregadores irão dar enfoque à virtude da gratidão, dizendo que diante de Deus devemos ser gratos, no que não estão errados, no fundo a mensagem seria mesmo essa. Mas tenho como proposta fazer uma reflexão ainda mais profunda, válida para todos os que se declaram e se sentem cristãos: qual a diferença entre os nove que não voltaram, e aquele que voltou?
Até o momento em que encontraram Jesus, eles eram exatamente iguais, vítimas da mesma desgraça, a lepra, uma doença que acabava com a alegria de viver, porque o homem, longe do seu semelhante, isolado de seus irmãos, se transforma em um “Bicho Triste”. Banido da sociedade, da família e da comunidade.
O texto não fala que um suplicou mais do que o outro, ou que um gesticulou, ou ficou de cabeça baixa, ou que alguém entre eles, se ajoelhou, simplesmente pararam á distância e clamaram por misericórdia. Vendo-os Jesus disse “Ide mostrar-vos aos sacerdotes”. Até aqui, portanto, nenhuma diferença, tudo exatamente igual, mas aconteceu que enquanto caminhavam ficaram purificados....aqui começa a diferença de atitudes....e a Fé começa a ter uma cor.
Os dez se deram conta de que algo de extraordinário tinha acontecido com eles, a partir daquele momento não eram mais leprosos, poderiam voltar de imediato ao convívio dos familiares, dos amigos, e da comunidade, acabou-se a confinação, o isolamento, a vidinha triste do acampamento de Leprosário, se tinham esposas ou mães e pais, irmãos e irmãs, quem sabe alguma noiva, tudo havia agora se renovado, a vida recomeçava com um horizonte novo e promissor. A cura não era mais uma promessa, mas realidade palpável e concreta, pele limpa, mãos e rosto intacto e sem deformações monstruosas. Podiam comemorar e extravasar toda alegria presentes na alma e no coração.
Com certeza, os dez sentiram naquele momento toda essa euforia , entretanto, na comemoração, só um deles teve a ousadia de “extrapolar”, não havia como deixar fora desse clima de Festa, Aquele que realizara tal prodígio, seria impensável para ele, prosseguir o caminho sem antes festejar a cura com aquele que o havia curado, mas junto com a alegria também o sentimento de gratidão,Simplesmente porque acaba de ser curado. Não damos glória a Deus porque somos bons cristãos, praticantes da religião, cumpridores das obrigações cristãs, mas damos Glória a Deus, porque o seu Amor é grandioso e infinito, e em Jesus o Filho de Deus, já podemos sentir esse amor extremamente misericordioso.
Imagino que no caminho de volta esse homem fez a maior festa, cantando, dançando, dando murros no ar para extravasar a sua incontida alegria. A sua Fé tinha a cor da alegria, era uma Fé contagiante, marcada antes de tudo pelo encanto que começara a sentir pela pessoa de Jesus, por isso o Senhor irá lhe dizer “Vai, a tua Fé te salvou”. Os outros nove continuaram curados da lepra, mas este estrangeiro acabara de descobrir que somente Jesus, Salvador e Redentor consegue dar um sentido novo á nossa vida, somente ele é a razão de se viver.
Provavelmente procurou o Sacerdote, representante da Instituição, que iria apenas confirmar aquilo Jesus realizara em sua vida, o verdadeiro rito manifesta aquilo que é essencial, sinalizando o agir Divino.
Em todos os domingos, nós cristãos temos um encontro privilegiado com Jesus em nossas comunidades, sua palavra nos encanta e a Ceia Eucarística que é o seu Corpo e Sangue passam a fazer parte do nosso Ser Existencial, O Mistério da Força da Eucaristia nos desinstala de nós mesmos, nos leva a buscar a comunhão com as pessoas que nos cercam e com quem convivemos na Comunidade, na Família e na Sociedade.
Qual a cor da Fé que manifestamos em nossas celebrações? Se for a do rito formal de uma liturgia “quadrada” que sufoca em nós a alegria de manifestar o amor de Deus, se for a de um formalismo religioso vivido em uma igreja das obrigatoriedades e preceitos, ela será sempre CINZA como a dos nove Leprosos, que preocupados com o aspecto legalista da relação com Deus, esqueceram ou não quiseram comemorar com Aquele que é a causa, a razão e o sentido desta Vida Nova que nos libertou da tristeza do pecado.
Fé que se fecha em nossas igrejas, não irradia alegria de ser amado, e não contagia as pessoas com quem convivemos, será sempre cor de CINZA, e nossas celebrações serão sempre enfadonhas, monótonas, não vemos a hora de acabar, para voltar ao Leprosário do nosso egoísmo, do mundinho religioso que inventamos, onde nada mais enxergamos além do próprio umbigo. Essa Fé não salva e nem cura ninguém, nem a nós mesmos...

2. Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Esta é a parábola das minas, que são moedas dos tempos antigos. O dono do dinheiro é um homem mau, odiado por todo mundo, e ninguém o quer como rei. Merece, pois, aplausos o servo que se recusou a multiplicar o dinheiro de alguém desonesto.

HOMILIA

AS DEZ MOEDAS DE OURO

A parábola dos talentos, apesar das semelhanças, não deverá ser a mesma das minas, ainda que alguns pensem que sim, pois Jesus podia ter contado duas parábolas semelhantes, embora com o mesmo fim didático. Esta parábola ensina principalmente a necessidade de corresponder à graça duma maneira esforçada, exigente, constante, durante toda a vida. Temos de fazer render todos os dons da natureza e da graça, recebidos do Senhor. O importante não é o número dos talentos recebidos, mas sim a generosidade em os fazer frutificar.
Não se trata propriamente de uma moeda, mas de uma unidade monetária, cujo valor ignoramos ao certo, por variável que era então, mas que ronda pelos 36 quilos de prata O texto nos sugere refletirmos sobre três pontos fundamentais que são:
1 - O segredo da felicidade. Todos suspiramos pela felicidade, todos queremos ser feliz. Todavia é preciso não temos ilusões. A felicidade não se recebe de mão-beijada. Ela conquista-se com o esforço, o trabalho e o sacrifício. O segredo da felicidade está na fidelidade aos nossos deveres em relação a Deus e aos outros. Ser fiel no dever de cada dia; fiel em pequenos gestos de caridade com o próximo; fiel no compromisso de piedade, de amor para com Jesus na Eucaristia; fiel na preocupação de tornar a vida agradável aos outros; sorrido; servindo e ensinando. Não é indiferente ser ou não ser fiel: ditoso o que teme o Senhor e segue o seu caminho, diz o Salmista.
Não há felicidade sem fidelidade. As leituras da missa de hoje colocam diante de nós o exemplo da mulher virtuosa que põe todo o seu esforço ao serviço do bem estar da família, do aconchego do lar. E, no Evangelho, o exemplo dos criados que puseram a render os talentos que o patrão lhes confiou. S. Paulo, por sua vez, convida-nos a ser vigilantes e sóbrios em tudo: no falar e no comer; no vestir e no andar; na maneira de encarar os acontecimentos com otimismo e não com pessimismo e desespero.
2 - Os pecados de omissão. O Evangelho nos diz que o patrão daqueles criados, passado muito tempo, foi ajustar contas com eles. Enquanto que o primeiro e o segundo puseram a render os talentos recebidos, o terceiro, deixando-se levar pela preguiça, nada fez. Daí, ouvir a censura condenatória do seu patrão: servo mau e preguiçoso.
Aqui temos retratado o pecado de omissão. Aquele servo não perdeu o talento recebido. Teve até o cuidado de o esconder, mas assim o tornou improdutivo.
O servo preguiçoso é imagem viva do cristão que, quando é chamado a uma vida de piedade mais intensa; comprometer-se na tarefa do apostolado; a aliviar o peso da pobreza, do sofrimento de quem o rodeia, se esquiva. E tranquiliza a sua consciência dizendo: eu não sou mau, não trato mal ninguém, nem prejudico quem quer que seja. Quem fala assim não repara que também existam omissões graves, coisas que se deviam ter feito ou dito, não se fizeram nem se disseram. V.G. na comunicação social quantos pecados de omissão nesta área, lembra o Senhor Arcebispo Primaz: há momentos para elogiar e ocasiões para, sem condenar ninguém, mostrar a nossa discordância. Lembro os que apoiam publicamente o aborto e outros actos graves contra a vida a justiça e a paz.
3 – verdadeiro descanso. O comportamento dos servos não foi igual. Para o primeiro e o segundo o resultado foi 100% mais; para o terceiro foi 100% negativo. Cada um recebe os seus talentos para os pôr a render sempre que pode fazer algo. E assim não posso cruzar os braços. Certamente que não resolvo tudo. Faço o que posso. Portanto, dê tu também o teu 100% e descansarás, tomarás posse do que está reservado para aqueles que em vida deram o seu 100%
O Evangelho estabelece um laço constante entre os pecados de omissão e o inferno. Três textos se referem ao caso: a parábola dos talentos que acabados de ouvir – lançai-os às trevas de lá de fora. Na parábola do rico avarento (Lc. 16, 10): Morreu e foi sepultado no abismo. No capítulo 25, 11 de S. Mt.: afastai-vos de mim malditos para o fogo eterno.
Eu, no meu lar, no lugar de trabalho, nas minhas relações sociais, na minha paróquia, faço frutificar os talentos de inteligência, de saúde, de simpatia, de possibilidades econômicas...ou enterro tudo isso no despejo da preguiça? Procuro trabalhar na defesa dos valores: da vida, da verdade, da honra, do pudor, dos outros que precisam da minha ajuda? Mãos à obras, tu tens tudo para seres feliz, e repousares na alegria do teu Senhor, basta que ponhas a render os teus talentos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 20/11/2013

Liturgia comentada

Não queremos que ele reine sobre nós! (Lc 19, 11-28)
Estamos diante de um grande mistério do mundo espiritual, diretamente ligado ao “mistério da iniquidade” (a presença do mal do mundo). Trata-se de um vasto movimento de rebeldia que recusa a implantação do Reino de Deus entre os homens.
A raiz de tudo está na revolta dos anjos, capitaneados por Lúcifer, antes da criação do mundo. Ao anúncio da futura Encarnação do Verbo, o “portador da luz” protesta: “Non serviam!” “Não servirei a um Deus-na-carne, a um Deus-humilhado, feito frágil, pequeno, dependente!”
Não por acaso, a primeira tentação do Éden bateu na mesma tecla: tomar nas próprias mãos a decisão a respeito do Bem e do Mal (Gn 3), em um louco impulso de autodeterminação, usurpando a criatura aquilo que cabia exclusivamente ao Criador. Nomeados gerentes da Criação (Gn 1, 28), com a honrosa tarefa de prolongar a obra do Criador, homem e mulher deixam-se iludir pela promessa maligna de serem como deuses (Gn 3, 5). Desde o início, a humanidade recusa o Reino de Deus...
Na parábola de hoje, o Rei se afasta por um tempo. Estamos na história, é claro. Ao longo desse percurso, devemos trabalhar para que o Reino se instaure entre nós, mesmo entre dores e lágrimas, sucessos e fracassos. Nosso trabalho se realiza na esperança, pois o Rei prometeu voltar.
Mas aqui e ali, em todos os quadrantes, erguem-se vozes de protesto: “Não queremos que Ele reine sobre nós!” Os rebeldes se associam, tecem uma teia de rebeldia que envolve todo o planeta. Grupos financeiros, multinacionais da indústria, gigantes da área farmacêutica, generais da mídia – todos dão-se as mãos e juntam seus exércitos para ocupar o espaço do Rei.
Novos potentados são propostos para substituir o Senhor: o Mammon do lucro, a Vênus do prazer, o Marte da guerra, o Zeus do poder, a Juno da vaidade, os baais da prostituição. Quem discorda é caluniado, caçado e cassado, arrastado às arenas.
Mas o Senhor virá. O Senhor já vem. O Senhor não tarda a chegar. O servo fiel receberá seu prêmio. O servo infiel perderá até o que nunca teve. E os inimigos de Deus conhecerão a morte que não passa...
Qual é o meu estilo de vida? Adoro algum ídolo no pedestal de meu Rei? Dedico meu tempo à construção do Reino de Deus?
Orai sem cessar: “Dai ao Senhor a glória de seu nome!” (Sl 29, 2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 20/11/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

É hora de sairmos do comodismo

Sim, é hora de sairmos do comodismo, de fazer os dons que Deus nos deu multiplicar, crescer.
“Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem” (Lc 19,26).
As palavras do nosso Deus vem nos chamar a atenção para a dirigência, para a responsabilidade que nós precisamos ter com aquilo que Deus nos confiou. A parábola do Evangelho de hoje mostra o senhor que confia cem moedas para cada um dos operários que a ele se apresenta. Cada um deles faz o que pode com suas cem moedas: um as multiplicam, fazendo com que rendam dez vezes mais; outro, as fazem render cinco vezes mais; um terceiro pega essas moedas e apenas as coloca em um lenço e não faz com que se multipliquem.
Por isto, o senhor é muito severo quando chega, é muito duro com este homem; e o pouco que ele tem, ele perde. Em compensação, aqueles outros que multiplicaram as suas cem moedas receberam em proporção àquilo que fizeram, foram recompensados por terem pegado seus dons e os multiplicado.
Deus nos chama à ousadia – no bom sentido da palavra –, pois não quer que sejamos preguiçosos, relaxados ou negligentes. Às vezes, levamos a nossa vida de qualquer jeito, reclamando do que temos ou daquilo que não temos. E a nossa vida cai em um marasmo, as coisas não andam para frente e nós ficamos paralisados.
Até as pessoas mais limitadas fisicamente multiplicam os dons que têm. Quando vemos pessoas cegas fazendo coisas extraordinárias, pessoas com uma perna só (ou nenhuma) em cima de uma cadeira de rodas, fazendo muito mais coisas do que nós, que temos braços e pernas, percebemos o quanto nós nos limitamos. Muitas vezes, ficamos presos à condição que temos e não saímos do marasmo.
Sim, é hora de sairmos do comodismo, de fazer os dons que Deus nos deu multiplicar, crescer. Não podemos ficar parados pelo medo, pela letargia, reclamando que não podemos isso ou aquilo. Não importa a quantidade de dons e talentos que temos, o que importa é que, pouco ou muito, nós podemos multiplicá-los, nós podemos nos dar mais, ser mais ousados. O que não podemos é ficar parados, olhando para o céu, esperando que Deus faça a nossa vida acontecer.
Ele nos deu inteligência, capacidade e fé. Se usarmos isto como nossas armas, nós multiplicaremos a graça de Deus entre nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/11/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a vencer o comodismo, a preguiça – às vezes até a covardia – e nos inspira para trabalharmos pelo bem de todos irmãos, caminhando com eles pelas estradas abertas neste mundo encantado pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, por comodismo, preguiça e egoísmo, ou mesmo sob o disfarce de falsa modéstia, nós costumamos esconder os dons que nos emprestas. Faze-nos, Pai amado, companheiros atentos e disponíveis para acolher os que estiverem próximos, partilhando com eles os dons que recebemos de Ti para desenvolver. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/todo-aquele-que-ja-possui-sera-dado-mais-ainda/

LITURGIA DIÁRIA - 22/11/2017



Tema do dia

A TODO AQUELE QUE JÁ POSSUI, SERÁ DADO MAIS AINDA

O Segundo Livro dos Macabeus mostra a mãe dos sete filhos como exemplo de mulher de fé. Prefere a morte a transgredir a Lei de Deus. Nem o martírio dos sete filhos a demove da fidelidade ao Senhor. Exemplo que merece ser contemplado, admirado e seguido.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/todo-aquele-que-ja-possui-sera-dado-mais-ainda/

Oração para antes de ler a Bíblia



Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

4ª-feira da 33ª Semana do Tempo Comum
Sta. Cecília* VgMt, memória
Cor: Vermelha


Primeira Leitura (2Mc 7,1.20-31)
33ª Semana do Tempo Comum - Quarta-feira - 22/11/2017

Leitura do Segundo Livro dos Macabeus.

Naqueles dias,1aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida. 20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor. 21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22“Não sei como aparecestes em minhas entranhas: não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos.
23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis”. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados.
25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento. 28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte, a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia”.
30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: “Que esperais? Não obedecerei às ordens do rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 16)
33ª Semana do Tempo Comum - Quarta-feira - 22/11/2017

— Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
— Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!
— Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.


Evangelho (Lc 19,11-28)
33ª Semana do Tempo Comum - Quarta-feira - 22/11/2017


Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse:
“Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: ‘Procurai negociar até que eu volte’.
14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’.
18O segundo chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu também o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’. 22O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente’”. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedeis todos por mim. Amém.

MEU DIA EM SINTONIA COM O ALTO - 21/11/2017