sábado, 7 de setembro de 2013

LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças

Dia 08 – MISSA DO 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Crescer com sabedoria!


HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/09/2013

8 de Setembro de 2013

Ano C


Lc 14,25-33

Comentário do Evangelho

Atitude radical

Quais são as condições exigidas para seguir Jesus? O texto do evangelho deste domingo começa pela informação de que grandes multidões acompanhavam Jesus (cf. v. 25).
O que estas multidões buscavam? O que eles encontraram? Todos tinham a mesma intenção? Admiravam-se das palavras cheias de sabedoria, de sua autoridade, da sua compaixão, a ponto de alguns declararem se tratar da visita salvífica de Deus; outros tantos, porém, não eram capazes de ultrapassar o que os olhos contemplavam e reconhecer a verdadeira procedência de Jesus. Tudo isso, e muito mais, é suficiente para seguir Jesus Cristo?
A resposta do evangelho é negativa. É preciso, para segui-lo, uma atitude radical: “... renunciar a tudo o que tem” (v. 32) – esta é condição para ser discípulo de Cristo.
Entre os vv. 25 e 33 há uma inclusão, isto é, o tema que será desenvolvido entre estes dois versículos através das duas parábolas (vv. 28-30; 31-32). Nas parábolas, trata-se de prever, de medir forças, de saber calcular os riscos. Trata-se, noutras palavras, de sabedoria, de adequar as ambições aos meios de que se dispõe.
Para seguir Jesus é preciso fazer uma escolha. Em primeiro lugar estar disposto ao desapego. Sem desprezar a quem se ama, os familiares, é preciso não permitir que eles se constituam em obstáculo para o seguimento de Cristo. Se assim o fosse, não seria amor verdadeiro, mas possessão.
Mas o desapego tem de ser da própria vida. A defesa de interesses, privilégios e seguranças pessoais é incompatível com o seguimento de Cristo. Em segundo lugar é preciso aceitar o risco do seguimento de Cristo, a saber, a perseguição, o sofrimento. É exatamente isto que significa “carregar a cruz” (v. 27). Em terceiro lugar é preciso renunciar aos bens (v. 33). Trata-se, então, de renunciar, como exigência do seguimento de Jesus Cristo, às seguranças afetivas e materiais.
A quem se dispõe a seguir Jesus, desde o início, é exigido dele renunciar a tudo que possa ser um obstáculo para se colocar livremente a serviço do Reino de Deus. A segurança do discípulo é, antes de tudo, seu Senhor.
Como Santo Inácio de Loyola, podemos suplicar: “Dá-me o teu amor e a tua graça, e isto me basta. Nada mais quero pedir”.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto possa abalar a solidez de minha adesão a ti e a teu Filho Jesus.

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre não propõe um amor menor aos nossos parentes. Amando o Cristo, estaremos amando nEle e com Ele toda a Criação e a Humanidade – aí incluídos os parentes e a nossa vida – com o Amor purificado de interesses, de discriminações e de cobranças de reconhecimento: o mesmo Amor de Jesus.

REFLEXÕES DE HOJE

08 DE SETEMBRO - DOMINGO

1 - AS CONDIÇÕES PARA SER DISCÍPULO DE CRISTO - José Salviano

2 - “QUEM NÃO CARREGA A SUA CRUZ E NÃO CAMINHA ATRÁS DE MIM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO” - Olívia Coutinho

3 - Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. Padre Queiroz

4 - Quem pode ser discípulo (a) de Jesus- Helena Serpa

5 - A prática cristã -Diac. José da Cruz

6 - Quem não renunciar a tudo que possuir, não pode ser meu discípulo. -Claretianos

http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia de 08.09.2013 - 23º DTC - Jesus, Mestre nossa vida!




8 de setembro – 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM

A SABEDORIA E O REINO

I. INTRODUÇÃO GERAL 
O tema de hoje é a sabedoria evangélica. Esta não se deve confundir com a sabedoria do mundo, que, muitas vezes, é uma “safadoria”: calcular e safar-se… A sabedoria do evangelho é ponderar o nosso empenho pelo Reino de Deus. Não é uma posse segura, conquistada de uma vez para sempre. Até o sábio rei Salomão teve de pedi-la a Deus, mas ele a via muito em função do reinado dele. A nós cabe procurá-la em vista do reinado de Deus.

II. COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS 
1. Leitura (Sb 9,13-19)
A 1ª leitura é uma parte da prece da Salomão pela sabedoria, dom indispensável de Deus para ser um bom rei.
O livro da Sabedoria é, na realidade, uma obra escrita por um judeu de língua grega, contemporâneo de Jesus. Foi posto sob o nome do grande rei Salomão, que tinha fama de sábio porque soube fazer julgamentos prudentes, construir o Templo e responder às perguntas da rainha do Sul (cf. 1Rs 3,1-18; 5,9-14; 8,22-61; 10,1-13 etc.). Sua sabedoria é o dom do discernimento e ponderação outorgado por Deus. Foi o que ele pediu a Deus (1Rs 3,9).
Também no livro da Sabedoria, Salomão pede esse dom e ensina a pedi-lo (9,1-19). O esforço de nossa inteligência, por si, não é o suficiente. As faíscas do Espírito de Deus não se deixam programar; devem ser recebidas como dádivas.
O mundo de hoje carece de sabedoria. Nem mesmo respeita suas próprias fontes de subsistência, sacrificando tudo à sustentação de obscuros poderes e lucros, com a cumplicidade de praticamente toda a sociedade, deixando-se envolver no jogo da competição e do consumo…

2. Evangelho (Lc 14,25-33)
O evangelho nos coloca numa nova realidade, que tem como marco zero a cruz de Cristo. Essa nova realidade exige também uma nova sabedoria. Muitos pretendem seguir Jesus, mas será que sabem que seu caminho conduz ao Gólgota? Daí as duras exigências formuladas por Jesus: abandonar a família, o sucesso, a vida até (Lc 14,25-27), e ponderar sobriamente sua força e disponibilidade (14,28-32). Em resumo: o discípulo deve largar tudo (14,33). Como isso se realiza na vida de cada um, não é dito aqui. Ora, uma coisa é certa: Jesus não pede o impossível, mas a gente deve preparar-se para tudo o que for possível.
A sabedoria ensina a dar a tudo seu devido lugar, a ponderar o que é mais e o que é menos importante. Isso pode conduzir a conclusões que, aos olhos de pessoas superficiais, parecem loucura. As exigências do seguimento de Jesus parecem loucura: “Odiar (=não preferir) pai e mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs” (14,26), por causa de Cristo e seu evangelho, não é isso uma loucura? Não. É a consequência da sabedoria cristã, da ponderação do investimento necessário para o Reino de Deus. Começar a construir a torre sem o necessário capital, isso é que é loucura, pois todo mundo ficará gozando da cara da gente porque não conseguiu concluir a obra! A alusão à torre de Babel, símbolo da vaidade e da confusão humana, é evidente. O homem sábio faz seu orçamento e decide quanto vai investir. No caso do cristão, o único orçamento adequado é o do investimento total, já que se trata do supremo bem, sem o qual os outros bens ficam sem valor.
A sabedoria cristã consiste em ousar optar radicalmente pelo valor fundamental, mesmo se isso exige uma escolha dolorosa contra pessoas muito queridas, realidade que se repetia diariamente na Igreja no tempo de Lucas. E observe-se que essas palavras foram dirigidas às “grandes multidões” que seguiam Jesus (14,25), não a monges e ascetas. Além disso, formam a sequência da exortação ao convite gratuito e da parábola do grande banquete, em que Jesus ensina a dar a preferência às pessoas “não gratificantes” em vez dos familiares e amigos (14,7-14; evangelho de domingo passado). Assim, “odiar” seus familiares pode referir-se, concretamente, a duas realidades: 1) num primeiro sentido, muito atual no tempo de Lucas: a perseguição, que obriga o cristão a preferir o Cristo acima dos laços de parentesco e até acima da própria vida (sentido primeiro); 2) num sentido mais geral, atual também hoje: a preferência (por causa do Evangelho) por categorias de pessoas pouco estimadas, excluídas, mesmo se isso nos custa o afastamento de nossos círculos sociais preferidos.
Ouve-se, em nosso ambiente, muitas vezes, a observação de que é preciso ter “bom senso” em questões de justiça e direito, mas esse “bom senso”, geralmente, não significa outra coisa senão o medo, ou até a covardia. Quando é claro que o amor de Cristo está em jogo, a sabedoria cristã exige um investimento radical. Porém, radicalidade não é imprudência. É liberdade perante aquilo que nos pode desviar do que é importante. A sabedoria cristã nos ajuda a estabelecer as opções preferenciais certas. E depois, é preciso realizar na prática essas opções sabiamente feitas.
Quem acha que seguir Cristo é fundamental, deve fazê-lo, custe o que custar. Assim, o sábio cristão não é o sofista brilhante que explica tudo sem jamais se comprometer. É o homem que, ao mesmo tempo lúcido e convicto, investe tudo no que julga ser o sentido último da vida e da História, à luz da fé em Cristo Jesus. O sábio não é aquele que hesita quando se trata de saltar, mas aquele que salta; o que hesita é o que cai…

3. II leitura (Fm 9b-10.12-17)
A 2ª leitura não foi escolhida em função do tema principal, que determina a 1ª leitura e o evangelho, mas não destoa dele. A carta de Paulo a seu discípulo Filêmon gira em torno do incidente do escravo Onésimo. Este fugira de seu dono, Filêmon, para ficar cuidando de Paulo, aprisionado (provavelmente) em Éfeso, não muito longe de Colossas, a cidade de Filêmon. Agora Paulo manda-o de volta a Filêmon, não mais na qualidade de escravo (um escravo fugido poderia ser punido de morte), mas, como ele recebera o batismo, na qualidade de irmão, “filho” de Paulo, como era o próprio Filêmon (v. 10). Filêmon o deve receber não mais como escravo, mas como irmão (v. 16).
No mundo escravocrata daquele tempo, o que Paulo propõe deve ter parecido loucura; porém, é a mais pura sabedoria cristã. Mesmo se Paulo não pensava numa sociedade sem escravos, ele aboliu mentalmente a diferença entre senhor e escravo, judeu e grego, homem e mulher (cf. Gl 3,28), diante da perspectiva do encontro com Cristo na Parusia (cf. 1Cor 7,20-23). Espiritualmente falando, “em Cristo”, ambos, Onésimo e Filêmon, pertencem a uma nova realidade e são irmãos.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
Os cristãos e as estruturas sociais: “Se Deus só serve para deixar tudo como está, não precisamos dele”, palavras de uma agente da educação popular. O Deus que é apenas o arquiteto do universo, mas fica impassível diante da injustiça dos habitantes de sua arquitetura, não tem relevância alguma. O cristianismo serve ou não para mudar as estruturas da sociedade?
São Paulo tinha um amigo, Filêmon. Este – como todos os ricos de seu tempo – tinha escravos, que eram como se fossem as máquinas de hoje. Um dos escravos, sabendo que Paulo tinha sido preso, fugiu do dono, Filêmon, para ajudar Paulo na prisão. Paulo o batizou (“o fez nascer para Cristo”). Depois, mandou-o de volta a Filêmon, recomendando que este o acolhesse não como escravo, mas como irmão. Mais: como se ele fosse o próprio Paulo!
Essa história é emocionante, mas nos deixa insatisfeitos. Por que Paulo não exigiu que o escravo fosse libertado, em vez de acolhido como irmão, continuando escravo? Aliás, a mesma pergunta surge ao ler outros textos do Novo Testamento (1Cor 7,21; 1Pd 2,18). Por que o Novo Testamento não condena a escravidão?
A humanidade leva tempo para tomar consciência de certas incoerências, e mais tempo ainda para encontrar-lhes remédio. A escravidão, naquele tempo, podia ser consequência de uma guerra perdida ou uma forma de compensar as dívidas contraídas. Imagine que se resolvesse desse jeito a dívida do Brasil! Seríamos todos vendidos (se já não é o caso…).
Na Antiguidade, a escravidão fazia parte da estrutura econômica. Na Idade Média, com os numerosos raptos praticados pelos piratas mouros, surgiram até ordens religiosas para resgatar os escravos e, se preciso, tomar o lugar deles. Apesar disso, ainda na Idade Moderna, a Igreja foi conivente com a escravidão dos negros. A consciência moral cresce devagar, e mudar alguma coisa nas estruturas é mais demorado ainda, porque depende da consciência e das possibilidades históricas. As estruturas manifestam lentamente, com clareza, a sua injustiça, e então levam séculos ainda para transformá-las.
Porém, a lição de Paulo nos ensina que, não obstante essa lentidão histórica, devemos viver desde já como irmãos, vivenciando um espírito novo que vai muito além das estruturas vigentes e que – como uma bomba-relógio – fará explodir, cedo ou tarde, a estrutura injusta. Novas formas de convivência social, voluntariados dos mais diversos tipos, organismos não governamentais, pastorais junto aos excluídos – a criatividade cristã inventa mil maneiras para viver já aquilo que as estruturas só irão assimilar muito depois.
Essa é uma forma da sabedoria do Reino, não para construir um templo ao modo de Salomão, mas o templo de pedras vivas, fundamentado em Cristo.

Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje. 
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br

8 de setembro – 23° DOMINGO COMUM

AMAR A JESUS MAIS DO QUE A TODOS…
No evangelho de hoje, Jesus exige de que quem quiser ser seu seguidor que o ame mais do que a todas as outras pessoas, mais até do que as mais importantes em nossa vida, as quais o próprio mandamento da lei de Deus manda honrar. Como podemos entender isso? Será preciso deixar de amar nossos parentes para seguir Jesus?
Não! O mandamento mais importante, que sintetiza todos os outros, que condensa “a Lei e os profetas” é: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Parece que Jesus está querendo nos livrar do amor interesseiro. Como assim? Por exemplo: se você ama uma pessoa pelo que ela lhe faz, pelos benefícios que lhe traz, esse amor, por mais belo que seja, por mais que mereça ser conservado, não deixa de ter um pouco de interesse. É um tipo de amor marcado pela troca. Toma lá, dá cá. Nesses casos, se a pessoa que você ama lhe traz algum descontentamento ou decepção, logo não a amará tanto, já que ela não está satisfazendo suas vontades, seus gostos. No entanto, se você ama a Deus acima de todas as coisas, se ama o evangelho de Jesus acima de tudo, vai amar a pessoa por ela mesma. Mesmo que ela decepcione você, mesmo que não faça só aquilo de que você gosta, o amor vai permanecer. E porque esse amor está baseado em Deus e não no sentimentalismo humano, é um amor mais forte, que vai além das emoções passageiras.
É esse tipo de amor que faz um pai ou uma mãe ser firmes e, às vezes, dizer palavras duras a um filho ou filha que estão caminhando para longe do reino de Deus. Ainda que possa agradar, o amor a Deus não tem como objetivo principal agradar, mas causar o bem à outra pessoa. Ninguém gosta de tomar remédios amargos ou receber medicamentos por injeção, mas, para recuperar a saúde, muitas vezes é necessário fazer isso. Se um médico só quisesse agradar, curaria pouca gente.
O amor a Jesus é um amor firme, que resiste, permanece, passa por tempestades, perseguições, mas persevera. Não é um sentimento passageiro, só presente quando tudo está bem, que foge quando aparecem as dificuldades. Amar mais a Jesus não é desprezar as outras pessoas, mas amá-las de forma profunda, aconteça o que acontecer. É amor a toda prova!
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Claudiano Avelino dos Santos, ssp
Não abandone a sua cruz
Queria que nós entendêssemos que para sermos discípulos de Jesus nós não podemos abandonar a nossa cruz. É o contrário, o discípulo é aquele que abraça a sua cruz, a sua condição de vida.
Disse Jesus: “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (cf. Lc 14,27).
Na verdade, eu queria que nós entendêssemos que para sermos discípulos de Jesus nós não podemos abandonar a nossa cruz. É o contrário, o discípulo é aquele que abraça a sua cruz, a sua condição de vida.
A tentação faz com que algumas pessoas acreditem que seguir Jesus fará com que elas não tenham mais sofrimentos, não passará mais por dificuldades e sua vida será transformada. É verdade que Jesus transforma, muda a nossa vida, mas a transformação não significa não ter mais aflições, sofrimentos e dificuldades. Aqui, estamos falando da transformação de mentalidade.
Jesus abre a nossa mente para não fugirmos de nossas responsabilidades e nos ensinar a abraçar com amor e ternura aquilo que é próprio da nossa vida. Digo isso, porque você sabe que ser pai e mãe é uma cruz; sabe que o casamento é uma cruz, ser padre é também carregar uma cruz a cada dia.
O trabalho, o emprego, os estudos, a vida que levamos têm as dificuldades próprias de cada tempo, de cada situação, é por isso que nos bate a tentação do abandono, da tristeza, da dor, do desânimo, do cansaço e nos faz querer fugir das responsabilidades e dizer: “Agora eu vou ser de Deus!”.
O Senhor está nos dizendo: “Não fuja, abrace, carregue o que é seu, o que é da sua responsabilidade”. Às vezes, por causa das doenças, das enfermidades, das dificuldades econômicas e de todas as situações que passamos na vida, achamos que Deus nos abandonou. Muito pelo contrário, quando essas dificuldades baterem à nossa porta, quando alguma espécie de sofrimento vem ao nosso encontro, só podemos clamar: “Senhor, ajude-nos a carregar a nossa cruz de cada dia; ajude-nos a enfrentar esse novo desafio, essa nova aprovação, essa nova situação de vida pela qual estamos passando. Não nos permita desanimar, Senhor, nem correr da nossa cruz de cada dia”.
Peço que o bom Deus, o qual nos convida a um desapego, nos dê condição de olharmos para Ele e nos tornarmos Seus seguidores. Que esse mesmo Deus nos dê a força e a graça necessárias para carregarmos a nossa cruz de cada dia.
Que Deus nos dê ânimo, força, coragem e fortaleza, porque nós queremos ser discípulos de Jesus, e como bons discípulos, queremos carregar a nossa cruz de cada dia.
Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Lc 14,25-33 - Opção de quem crê: seguir Jesus



Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.
(Ir. Patrícia Silva, fsp)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Lc 14,25-33 - As condições para ser seguidor de Jesus
Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse:
- Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: "Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!"
- Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
- Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.

Jesus Mestre fala claro sobre as exigências para quem se decide a segui-lo. Esta decisão supõe prontidão, desprendimento de outros vínculos, e ainda, a disposição a enfrentar o desconforto. É assim, se quiser seguir o Senhor. Jesus ilustra isto com duas parábolas: a do homem que decide construir uma torre e a do rei que se prepara para um combate. Em ambos os casos, o Mestre fala da necessidade de lançar bases, de preparar. O bem-aventurado Alberione, na sua inspiração original do carisma paulino, diz que num momento especial de oração diante do Santíssimo Sacramento, na passagem do século XIX ao XX, “sentiu-se profundamente obrigado a se preparar para fazer algo pelo Senhor e pelas pessoas do novo século” (AD, 15). E a partir de então, tudo foi visto sob esta luz. Jesus Mestre recomenda, através da parábola, a “se sentar e calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada, reflexão, "preparar-se", como sentiu Alberione, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai custar”, supõe abrir mão de muitas coisas, optando e investimento em valores,  sendo o primeiro deles “amar a Jesus” mais do que tudo, até mais que “a si mesmo”. Supõe, como diz o final deste texto, “deixar tudo o que tem”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Ou tenho olhado noutra direção?
No Documento de Aparecida, os bispos disseram: “Parecidos com o Mestre. A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um “sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57). (DAp 136.)
E eu me interrogo:
Sinto-me uma pessoa parecida com o Mestre?
Como respondo ao seu chamado e olhar de amor?
Como é minha adesão, o meu “sim” realmente me compromete com Jesus Caminho, Verdade, Vida?
Hoje, faço a opção: quero seguir Jesus por onde Ele for.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
(Bv Alberione)

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da P
alavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, a quem me disponho a seguir.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos grandeza d’alma para nos entregarmos inteiramente ao seguimento de Jesus de Nazaré. Assim seremos para os irmãos testemunhas alegres e confiantes, saboreando desde agora os sinais do Teu Reino, que um dia teremos em plenitude unidos ao Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

...TENHA UM "ÓTIMO DIA"... ... "Se todos os seus esforços forem vistos com indiferença, não desanime. Porque também o sol, ao nascer, dá um espetáculo todo especial e, no entanto a maioria da platéia continua dormindo"...

XXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C)


XXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Leituras e subsídios para liturgia e homilia:

Confira as cifras do Salmo Dominical 89

08/09/2013 Salmo 89

        G         D/G        C/G         G
 — Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós/
        C         G/B        Am7    Dsus  G
 — Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!
         C9                       G/B
 — Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,/ 
           C9                              G/B
 quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!”/ 
           C9                     G/B
 Pois mil anos para vós são como ontem,/ 
         Em7          Am7         Dsus
 qual vigília de uma noite que passou. 
 — Eles passam como o sono da manhã,/

 são iguais à erva verde pelos campos:/ 
  
 de manhã ela floresce vicejante,/
 
 mas à tarde é cortada e logo seca.

 — Ensinai-nos a contar os nossos dias,/
 
 e dai ao nosso coração sabedoria!/
 
 Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?/
 
 Tende piedade e compaixão de vossos servos!
 — Saciai-nos de manhã com vosso amor,/
 
 e exultaremos de alegria todo o dia!/
 
 Que a bondade do Senhor e nosso Deus/
 
 repouse sobre nós e nos conduza!/
 
 Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
  APRENDA A TOCAR O SALMO COM @paulinhodejesus http://blog.cancaonova.com/cliquesom
http://wiki.cancaonova.com/index.php/08/09/2013_Salmo_89