segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 29/01/2019

ANO C


Mc 3,31-35

Comentário do Evangelho

A comunidade de Jesus

Marcos não tem nenhuma mariologia desenvolvida, o que virá nos escritos posteriores da tradição cristã. Maria e os parentes de Jesus vão buscá-lo, pois eles também pensavam que Jesus estivesse fora de si: "E voltou para casa. E, de novo, a multidão se apinhou, a ponto de não poderem se alimentar. Quando os seus tomaram conhecimento disso, saíram para detê-lo, pois diziam: está fora de si" (Mc 3,20-21). Efetivamente, os que estão "do lado de fora" (Mc 3,31) não podem compreender a missão e a identidade de Jesus. Tudo parece loucura. Os que ele reúne, os "que estão ao redor dele" (3,34), são os que compreendem, e para eles as palavras e os gestos de Jesus não só têm sentido, mas dão sentido à vida. A comunidade dos discípulos é caracterizada não mais pela descendência do sangue, mas pela adesão à pessoa de Jesus Cristo, e pelo dinamismo da busca e realização da vontade de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.
Fonte: Paulinas em 29/01/2013

Vivendo a Palavra

Jesus se declara cidadão da humanidade. Não qualquer uma, mas a humanidade constituída pelos que fazem a vontade de Deus. Abre, assim, para todos e cada um de nós, a possibilidade de nos tornarmos irmão, irmã, mãe do Cristo Jesus. Certamente, Maria também tem – e de modo especial – esta mesma cidadania.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus de Nazaré se declara cidadão da humanidade. Não qualquer uma, mas a humanidade constituída pelos que ‘fazem a vontade de Deus’. Abre, assim, para todos e para cada um de nós, a possibilidade de nos tornarmos irmão, irmã e mãe do Cristo. Certamente, Maria também tem – e de modo muito especial – esta mesma cidadania: ela sempre cumpriu a vontade do Pai.

Reflexão

Somos convidados pelo evangelho de hoje a descobrir a verdadeira família à qual nós pertencemos: a família dos filhos e filhas de Deus, que procura conhecer e por em prática a vontade do Pai e participar do seu projeto de construção do mundo novo, da civilização do amor, sinal do Reino definitivo. Participar dessa verdadeira família não significa negar a nossa família terrena, nem os nossos relacionamentos sociais e afetivos, mas subordinar essas duas realidades à realidade maior, que é a família dos filhos e filhas de Deus, fazendo, assim, com que haja uma verdadeira hierarquia de valores na nossa vida, que subordina o temporal ao eterno.
Fonte: CNBB em 29/01/2013

Reflexão

Em outra circunstância, apresentaram-se os parentes de Jesus para tirá-lo de circulação, pois diziam que ele estava louco. É claro que nessa comitiva não estava sua mãe Maria. No episódio de hoje, porém, a mãe está presente, junto com outros familiares. As intenções parecem ser boas, pois querem vê-lo e o mandam chamar, já que estava palestrando com muita gente sentada ao seu redor. Jesus aproveita a ocasião para nos oferecer um novo conceito de parentesco que nasce da fé. Não são os laços de sangue que nos tornam próximos e irmãos de Jesus. Sua família doravante será constituída por aqueles que fazem a vontade de Deus. Uma família que abarca todas as raças e culturas e vai se multiplicando e aumentando à medida que as pessoas aceitam Jesus Cristo e se dispõem a viver fraternalmente.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

PROCURA INÚTIL?

A procura de Jesus, por parte de sua mãe e irmãos, à primeira vista parece ter sido inconveniente e inútil. Inconveniente, por ter acontecido numa hora em que o Mestre estava rodeado por muita gente. Afastar-se, naquele momento, significava interromper o ensinamento dirigido ao povo. Inútil, por que, para ele, os laços de sangue tinham pouca importância. Logo, não havia motivo para dar-lhes um tratamento especial.
Entretanto, as coisas não foram bem assim. A chegada da mãe e dos irmãos de Jesus serviu-lhe de motivo para dar um ensinamento de extrema importância: o relacionamento entre os discípulos do Reino teria como ponto de referência a prática da vontade do Pai. Esta seria a maneira pela qual deveria articular-se o novo povo de Deus, para além de parentescos sangüíneos ou da pertença a este ou aquele povo. Doravante, a submissão à vontade do Pai, explicitada nas palavras do Filho, seria a forma de vincular-se ao Reino.
É incorreto interpretar as palavras de Jesus como uma forma de desprezo aos seus familiares. Se assim fosse, estaria indo na contramão da mais elementar piedade bíblica, a qual incluía o respeito aos genitores como algo quase sagrado, e da cultura judaica, fortemente alicerçada nas relações familiares.
Portanto, a procura de sua mãe e de seus irmãos foi de grande utilidade para Jesus, pois motivou-o a ensinar que os laços sangüíneos devem estar submetidos a algo muito mais radical e abrangente: a fidelidade a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Fazer a Vontade de Deus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Outro dia alguém desabafou perto de mim "Tem muita coisa boa nesta vida, que a gente quer fazer, mais contraria a Vontade de Deus, parece que os maus, aqueles que não estão comprometidos com o Reino e nem frequentam Igreja nenhuma, são mais felizes pois fazem o que querem nesta vida".
Quando se fala na Vontade de Deus, dá-se a impressão de que Ele é um tremendo estraga-prazer, que vai contra tudo o que é bom de fazer, e a vida de Fé nesta terra até parece àquela competição de Cabo de Guerra, Deus puxa para um lado, e o Ser Humano para o outro..."
Se cristianismo fosse isso, nós cristãos seríamos os mais infelizes de todos os homens, o primeiro homem Adão e a mulher Eva, viviam na plenitude da comunhão com Deus, a finalidade para a qual Deus os criou estava em pleno acordo: eles eram objeto do amor de Deus e viviam em um paraíso, que antes de ser um lugar geográfico, é um estado de espírito do homem em sintonia com Deus Criador. Não tinham e nem preconizavam ter nenhuma ambição, tudo o que um Ser humano deseja ser nesta vida, realizando-se na plenitude do amor, nossos primeiros pais já tinham, até que… conheceram a possibilidade do mal e fizeram opção por ele...
No evangelho de hoje estamos diante do novo Povo que vai surgindo com Jesus, este retorno á vida de comunhão com Deus vai custar a Vida do Verbo Encarnado, mas o homem, que havia se perdido em si mesmo e não mais se achava, porque diante dele só estava o Mal, agora terá a possibilidade de optar pelo Bem, este Bem que está precisamente nas palavras e ensinamentos de Jesus, que por sua vez é a Palavra de Deus.
O retorno da humanidade aquele estado de vida inicial, passa por Jesus, aliás, só Ele é o caminho que conduz ao Pai, e nem um outro. Até aí tudo bem mais, sendo o homem um ser social, essa experiência de amor e de comunhão com Deus manifestado em Jesus, só se torna possível na relação com o outro, e aí a comunidade é o lugar por excelência, que nos conduz a esse paraíso, que não está lá atrás, perdido no passado, mas está á nossa frente, motivando-nos a caminhar sempre mais, alimentados pela Esperança que um dia transbordou do coração de Deus Filho naquela cruz, e inundou toda a nossa vida, permitindo-nos sonhar, desejar e alcançar essa plenitude feliz, que é eterna...

2. A Mãe de Jesus e seus parentes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A Mãe de Jesus e seus parentes, que são chamados de irmãos e irmãs, estavam procurando Jesus. Ele então perguntou: “Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?”. E acrescentou: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Jesus não está desfazendo de sua mãe e de seus familiares. Ele está dizendo que sua família é mais ampla do que a que é constituída pelos laços de sangue. São membros da família de Jesus todos os que fazem a vontade de Deus. No Novo Testamento, não foi Maria a primeira a dizer “sim” à vontade de Deus, quando o Anjo lhe anunciou a encarnação do Salvador? Maria é, pois, a primeira na família de Jesus. Ela nos ensina a dizer sempre “sim” à vontade de Deus. Maria é a mãe natural de Jesus e é também discípula do Mestre. Diz o Concílio Vaticano II que “o Pai das misericórdias quis que a Encarnação fosse precedida da aceitação por parte da Mãe predestinada”. Maria primeiro concebeu na mente e depois no corpo. A concepção física é precedida da disposição de acolher a vontade de Deus. Maria pertence à família de Jesus pelo sangue e pelo espírito. Pertencer pelo espírito significa ser discípula, seguidora do Mestre, que é seu próprio Filho. Assim também nós. Não apenas estamos na família de Jesus, que é a Igreja. Queremos ser da família, discípulos seguidores do Mestre.

HOMILIA DIÁRIA

Como discípulos fazemos parte da família de Jesus

Postado por: homilia
janeiro 29th, 2013

Marcos, no início de Seu Evangelho, apresentou a tensão entre “sinagoga”, da qual Jesus se afasta, e “casa”, que passa a ser o local de reunião das novas comunidades em torno de Jesus.
Vemos, no texto de Mc 3,31-35, que Jesus se encontra dentro da casa, seus parentes do lado de fora e a multidão ao Seu redor, ouvindo-O. Estão reunidos os discípulos e discípulas em torno de Jesus, como também a multidão – pessoas do povo -, capaz de deixar tudo e segui-Lo. São aleijados, coxos, pobres, doentes que estão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).
“Participar da casa” é participar do banquete da vida, da aproximação com o outro como espaço de diálogo e compreensão. Para poder “entrar na casa” é preciso romper com o sistema de opressão que há em nossa sociedade, na medida em que faço do outro instrumento da minha vontade e o coloco em disputa com os demais. A casa é o lugar apropriado para desenhar a proposta que Jesus deseja anunciar e promover o sistema de relação social.
“…Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa” (Mc 6,4). As pessoas capazes de compreender a missão de Jesus são aquelas que fazem a experiência d’Ele. Os mais próximos se afastam diante da missão de Jesus, enquanto os mais distantes se aproximam d’Ele e de Sua missão. “Aproximar da missão” é encontrar-se dentro da casa e reconhecer em Jesus a presença do Reino de Deus.
No relato de Marcos 3,20-21, encontramos que o “estar na casa” é o principal foco e eixo de partida, enquanto que, nos versículos 31-35, o grande eixo é a pergunta: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”. Jesus se sente próximo e familiar a todos que se deixam envolver por seu projeto. O grau de parentesco é como um título para que se possa fazer parte da nova comunidade e requer, acima de tudo, fidelidade. Enquanto, anteriormente, a preocupação da família era a incompreensão da missão de Jesus, o qual tinha a família como eixo estrutural, agora Jesus nos diz: “…eis a minha mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3,34-35).
É preciso ser obediente a Deus, porque no centro está o ser humano e suas necessidades. Estar sentado à Sua volta é estar atento aos Seus ensinamentos: “Enquanto caminhavam, Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e ficou escutando a sua palavra. Marta estava ocupada com muitos afazeres. Aproximou-se e falou: «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela venha ajudar-me!» O Senhor, porém, respondeu: «Marta, Marta! Você se preocupa e anda agitada com muitas coisas; porém, uma só coisa é necessária, Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada.»”(Lc 10,38-42).
É a unidade em Jesus que se deve fazer evidente numa opção de vida, na instauração de uma família, como também na vida. Viver a vida com adesão ao projeto divino e na construção de um mundo novo, no qual a esperança nos move para frente para podermos chegar “…a uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel”.
O evangelista Marcos nos deixa claro, aqui, que o importante é entrar na casa, conversar, dialogar e participar da vida com o(a) outro(a). Assim, a comunidade do discipulado será a nova família que queremos formar.
Portanto, as palavras de Jesus, questionando “quem é sua mãe e quem são seus irmãos”, têm o sentido de revelar que o dom de Deus, n’Ele presente, não se restringe a laços consanguíneos privilegiados. Jesus substitui esses laços estabelecidos na tradição pelos laços do amor verdadeiro e sem fronteiras, que vão muito além dos limites de família ou raça.
A verdadeira família é aquela constituída por pessoas que, fazendo a vontade de Deus, tornam-se discípulas de Jesus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 29/01/2013

Oração Final
Pai Santo, todas as vezes que seguirmos teu Filho, orando com Ele “Seja feita a tua vontade”, faze-nos recordar o que isto significa: que desejamos conformar a nossa vontade com a tua Vontade e, assim, fazermo-nos teus filhos, como o Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, todas as vezes que seguirmos teu Filho, orando com Ele “Seja feita a tua Vontade”, faze-nos recordar o que isto significa: que desejamos conformar a nossa vontade com a tua Vontade e, assim, fazermo-nos filhos teus, como o é o Cristo Jesus, nosso Irmão Maior que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DIÁRIA - 29/01/2019


Tema do dia

SENHOR, EIS-ME AQUI PARA FAZER A TUA VONTADE

O autor da Carta aos Hebreus mostra o limite da Lei Antiga, que exigia, ano após ano, sacrifícios e holocaustos. Ela foi levada à plenitude por Jesus de Nazaré, o eterno Sumo Sacerdote. Nele nós fomos santificados de uma vez por todas pela oferta de seu próprio corpo e sangue.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

3ª-feira da 3ª Semana Do Tempo Comum
Cor: Verde


Primeira Leitura (Hb 10,1-10)
3ª Semana do Tempo Comum - Terça-feira - 29/01/2019

Leitura da Carta aos Hebreus

Irmãos, 1a Lei possui apenas o esboço dos bens futuros e não o modelo real das coisas. Também, com os seus sacrifícios sempre iguais e sem desistência repetidos cada ano, ela é totalmente incapaz de levar à perfeição aqueles que se aproximam para oferecê-los.
2Se não fosse assim, não se teria deixado de oferecê-los, se os que prestam culto, uma vez purificados, já não tivessem nenhuma consciência dos pecados? 3Mas, ao contrário, é por meio desses sacrifícios que, anualmente, se renova a memória dos pecados, 4pois é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes.
5Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”.
8Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei –, 9ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 39)
3ª Semana do Tempo Comum - Terça-feira - 29/01/2019

— Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
— Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

— Esperando, esperei no Senhor, e inclinando-se, ouviu meu clamor. Canto novo ele pôs em meus lábios, um poema em louvor ao Senhor.
— Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados. E então eu vos disse: “Eis que venho!”
— Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
— Proclamei toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração; vosso auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade na presença da grande assembleia.


Evangelho (Mc 3,31-35)
3ª Semana do Tempo Comum - Terça-feira - 29/01/2019


A Mãe de Jesus e seus parentes

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”.
33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 28/01/2019

ANO C


Mc 3,22-30

Comentário do Evangelho

Jesus age com o poder do Espírito Santo

Para os contemporâneos de Jesus, era desconcertante o que ele ensinava e fazia. Esse desconcerto faz o narrador dizer que os escribas pensavam que ele estava possuído por Beelzebu e que a ação pela qual Jesus libertava as pessoas de seus males era do demônio (v. 22). O ouvinte ou o leitor do evangelho sabe, nós o sabemos, que Jesus é revestido e conduzido pelo Espírito (Mc 1,9-13). Ademais, ninguém podia fazer o que ele fazia, se Deus não estivesse com ele (cf. Jo 9,33). Portanto, a percepção dos escribas é equivocada e, ela sim, é portadora do mal. A blasfêmia contra o Espírito Santo consiste em sustentar que Jesus, que expulsa os demônios pela força do Espírito Santo, tem um espírito impuro; nisto, precisamente, está a maledicência. Olhando de outro ponto de vista, o texto é um convite ao ouvinte e ao leitor a reconhecer em tudo o que Jesus faz a presença do Espírito Santo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.
Fonte: Paulinas em 28/01/2013

Vivendo a Palavra

Jesus nos fala sobre a casa dividida que não consegue sobreviver, para que revejamos a nossa convivência na Igreja. Será que nós formamos uma comunidade como foi sonhada, ensinada pelo Mestre e, no início, esboçada pelos primeiros cristãos? Como está a nossa conversão?
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos fala sobre a casa dividida que não consegue sobreviver, para que revejamos a nossa convivência na Igreja. Será que nós formamos uma comunidade fraterna, como foi sonhada, ensinada pelo Mestre e, no início, esboçada pelos primeiros cristãos? Como anda o nosso processo de conversão?

Reflexão

A inveja nos faz capazes de encontrar os motivos mais terríveis para condenar alguém que pratica o bem. Com Jesus não foi diferente.Os mestres da Lei viam tudo o que Jesus fazia e não podiam negar os fatos, mas quando deveriam aderir à proposta de Jesus, a inveja tomou conta dos seus corações. Como o poder de Jesus não podia ser contestado, resolveram contestar a origem de tal poder, afirmando que este não era a manifestação de uma realidade divina, e sim diabólica, atribuindo a Jesus o que de fato era a origem dos seus próprios pensamentos, uma vez que negavam como divina a ação do próprio Espírito Santo, e isso sim, é algo diabólico.
Fonte: CNBB em 28/01/2013

Reflexão

Uma comitiva oficial desce de Jerusalém, o centro do poder religioso, econômico e político. São alguns doutores da Lei que chegam e começam uma campanha de difamação. Pretendem desqualificar pela base toda a atividade de Jesus, afirmando que ele está a serviço de Satanás, o rival de Deus. A acusação é grave: dizer que Jesus tem pacto com Satanás é como dizer que ele é inimigo de Deus. Atribuir a Satanás o que é ação de Deus é blasfemar contra o Espírito de Deus. Quem se fecha diante dos sinais evidentes operados por Jesus, sobre quem repousa o Espírito Santo, fecha-se à ação de Deus, também ao perdão. Quem recusa o perdão não pode recebê-lo. Portanto, pecar contra o Espírito Santo é rejeitar conscientemente a verdade. É chamar o pecado de santidade, e a santidade de pecado.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

A acusação que os escribas fizeram a Jesus é de extrema gravidade. Na avaliação deles, o Mestre estava possuído pelo demônio. E isto é considerado como uma blasfêmia contra o Espírito Santo, sem possibilidade de perdão. Por quê?
Toda a ação de Jesus desenrolava-se sob o impulso do Espírito Santo. O Mestre pregava e curava pelo poder do Espírito que recebera do Pai. A expulsão dos demônios resultava do mesmo poder. Jesus realizava gestos poderosos porque o Espírito de Deus habitava nele.
A blasfêmia consistiu em confundir o Espírito Santo com Belzebu. Declarar Jesus possesso significava dizer ser ele habitado pelo mau espírito, e assim, negar totalmente a obra que Deus realizava por meio de seu Filho.
A incapacidade de interpretar os fatos de maneira correta resultava não só da má vontade dos escribas em relação a Jesus, mas também em relação a Deus. Por desconhecer a pedagogia da ação divina, recusavam-se a reconhecer o dedo do Pai na ação de seu Filho. E se punham a fazer considerações inconvenientes a respeito dele.
Aos blasfemadores só restava um caminho para se tornarem objeto da misericórdia divina: reconhecer a presença de Deus na ação de Jesus, e confessar que, no Filho, a libertação divina acontecia na história da humanidade oprimida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Acusações e Oposição
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nova acusação contra Jesus, agora são os Escribas que já nem sabem o que estão falando, acusam Jesus de estar unido a Belzebú ou Satanás, para expulsar os demônios dos que estavam possessos. A postura dos Escribas nos lembra um termo bastante verdadeiro, que se usa na política mais quem sentido amplo: Oposição burra!
A oposição é importante pois nos ajuda a perceber nossos erros e isso nos faz crescer, mas quando se trata de uma oposição inteligente que aponta os erros e equívocos cometidos por alguém, assim deveria ser na política entre Situação e Oposição, mas não é e nunca será...Até mesmo em nossas comunidades essa postura dos Escribas acontece. Quando não vamos com a cara do Coordenador, ou do Padre, ou do Diácono ou Ministro, ele pode até fazer chover, que vamos ser contra.
No caso das comunidades, uma oposição inteligente faz a correção fraterna, mas uma oposição burra só destrói e causa divisões, isso é pecado grave contra a Igreja! Jesus faz o Bem ao expulsar demônios das pessoas que estavam sofrendo, mas seus opositores os Escribas deturpam a sua ação libertadora atribuindo-a a Satanás. O desejo pérfido de Satanás é sempre possuir e dominar as pessoas e não libertá-las, isso é, o Mal se associa ao Mal, para fazer o Mal e jamais o Bem e pensar o contrário é burrice...
Tem gente que não é contra Jesus mais não o aceita e nem o assume como único Deus e Senhor, em se tratando de Jesus, não basta não ser contra, é preciso fazer por ele uma opção radical e assim comprometer-se com todos os valores do evangelho, viabilizando a prática do bem.
Nossas comunidades são essa casa protegida pelo Homem Forte que é Vencedor por excelência, Satanás só consegue infiltrar-se na comunidade, quando alguém que se diz cristão, agindo como o Escribas, se coloca contra o Evangelho, traindo o ideal Cristão e permitindo que se crie divisões provocadas pela inveja, intriga e calúnia.

2. Se um reino se divide internamente, ele não consegue manter-se
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os escribas diziam que Jesus expulsava demônios pelo poder do chefe dos demônios. Segundo outros evangelistas, Jesus tinha acabado de curar um homem surdo-mudo. Os escribas de Jerusalém não se alegraram com a cura do homem. Ao contrário, passaram a acusar Jesus. Ele então responde com um argumento que mostra a centralidade do ser humano. Se ele expulsa Satanás com o poder de Satanás, o demônio está lutando contra si mesmo e acaba se destruindo. Quem perde, então, é o demônio. Isto não é bom? Não é isto que queremos? Vale sempre a pena ter o ser humano curado e restaurado, mesmo se isso for feito pelo diabo. A realidade, porém, é mais profunda. O que está faltando aos escribas é o amor, é a presença do Espírito Santo no coração deles. Eles não se alegram com a cura do homem possesso, por isso a sua blasfêmia não é contra Jesus, mas contra o Espírito Santo.

HOMILIA DIÁRIA

Por que a blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável?

Postado por: homilia
janeiro 28th, 2013

Conforme a popularidade de Jesus crescia, seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar seus maravilhosos poderes. Finalmente, decidiram alegar que Ele expulsava demônios pelo poder do próprio Satanás. Paralelo ao texto de hoje estão Mateus 12,22-32 e Lucas 11,14-23. E com apenas três argumentos Jesus responde e faz uma advertência:
1. Como é que Satanás pode expulsar a si mesmo?
2. Se eu expulso demônios por Satanás, por quem os expulsam os vossos filhos?
3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar aqueles que Satanás mantém cativos.
Sua advertência foi: “Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Marcos 3,28-30).
Depois de Seus debates com os fariseus, e outros inimigos, sobre como guardar o sábado, eis que surge nova questão: de onde vinha o poder de Cristo para expulsar demônios?
Não podendo negar Seus muitos e poderosos milagres, os líderes judaicos tentaram vinculá-los a Beelzebul – ou seja, a Satanás. Interiormente, sentiam que esses milagres eram resultado da manifestação divina, mas após terem acusado e perseguido Jesus, ficava difícil admitir a origem divina da obra feita por Ele. O orgulho, ou seja, a falta de humildade, levou tais líderes a essa situação.
O argumento de Cristo permaneceu sem resposta: Como Seus milagres poderiam provir de Satanás, se destruíam a obra dele? (saúde em vez de doença, libertação de demônios em vez de escravidão a eles). Há aqui uma lição para todos: o orgulho pode obliterar a visão espiritual a ponto de alguém “ao mal chamar bem, e ao bem chamar mal” (Is 5,20).
Quando uma pessoa chega a esse ponto, corre o risco de pecar ou “blasfemar contra o Espírito Santo” e “não ter perdão para sempre” (Mc 3,29). Por que? O fato é que todo pecado pode ser perdoado, desde que seja confessado (I João 1,9). Mas, se alguém chegar ao ponto de achar que o mal é o bem (de que a falsa acusação deles quanto aos milagres de Cristo era correta), então nunca haverão de se arrepender disto e, por conseguinte, não obterão o perdão. Estarão cometendo o “pecado imperdoável”, pois nunca foi confessado para ser perdoado. Poderíamos dizer, então, que “pecado imperdoável” é pecado não confessado e deixado, como esse dos líderes judaicos.
Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do Tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com Seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Jesus já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem numa sinagoga. Eles se empenham em difamar Jesus, para afastá-lo do povo.
O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento – e até a ruptura – com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos, explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.
Na Encíclica « Dominum et vivificantem » § 46, de Sua Santidade João Paulo II, encontramos razões do “porquê” é imperdoável o pecado contra o Espírito Santo.
Por que a «blasfêmia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfêmia»? Santo Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».
Segundo uma tal exegese, a «blasfêmia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.
Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas». Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.
Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfêmia contra o Espírito Santo» consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não remissão» está ligada, como a sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical em converter-se.
Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.
Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.
Ora, a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção.
O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.
É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.
Rejeitar o amor de Jesus é rejeitar o próprio Espírito Santo, que é a comunicação da vida e do amor de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 28/01/2013

Oração Final
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito, faze-nos dóceis, receptivos, atentos e obedientes à sua inspiração. Que nos mantenhamos unidos, vigilantes, sempre agradecidos pelos dons que nos ofereces, especialmente a vida e a fé. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do mesmo Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito, faze-nos dóceis, receptivos, atentos e obedientes à sua inspiração. Que nos mantenhamos unidos, vigilantes, sempre agradecidos pelos dons que nos ofereces, especialmente a Vida, a Fé e a nossa Comunidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do mesmo Espírito Santo.