terça-feira, 23 de abril de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 23/04/2024

ANO B


Jo 10,22-30

Comentário do Evangelho

“Eu e o Pai somos um”

Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios. No entanto, nenhuma resposta seria convincente: Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!” E em nenhum evangelho Jesus diz claramente ser o Messias. Ao invés de falar diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas. Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel se compara a um rebanho e Deus, a um pastor (cf. Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz são as que conhecem o pastor. A afirmação de Jesus sobre a vida eterna estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna a não ser Deus? Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança; nas mãos do Filho, as ovelhas jamais se perderão. Jesus afirma ainda uma união profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um”. Tal afirmação soava como blasfêmia e escândalo a muitos dos ouvintes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
Fonte: Paulinas em 13/05/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Eu e o Pai somos um


Jesus continua usando a comparação do pastor e das ovelhas. Suas ovelhas acreditam nele, escutam a sua voz, ele as conhece e elas o seguem. Ele lhes dá a vida eterna, elas nunca se perderão. Ninguém as tira dele porque foi o Pai quem lhe deu essas ovelhas. Era a festa da Dedicação do Templo e nessa ocasião Jesus afirmava aos judeus que conversavam com ele: “Eu e o Pai somos um”. Uma afirmação difícil de ser compreendida e aceita, mas quem a faz é o próprio Jesus. Podemos não entender, mas aceitamos porque é ele quem diz. Mais tarde, os cristãos, refletindo sobre tudo o que receberam dos primeiros discípulos de Jesus, falarão da Santíssima Trindade, de um só Deus em três pessoas, de três pessoas distintas umas das outras, e as três, um só Deus. Jesus diz simplesmente: “Eu e o Pai somos um”. Hoje, com a evolução da teologia, temos um vocabulário apropriado para expressar as verdades da fé. Os primeiros tinham Jesus vivo diante deles. Podiam perguntar e o aceitavam porque era ele quem falava.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

A presença de Jesus incomodava as autoridades. Ele não preenchia o perfil do Messias esperado. Mas os sinais que fazia diziam que sim – era Ele! Também nós nos confundimos com os sinais do Reino de Deus, colocando-o longe, em outro tempo e lugar. Mas, ainda que não em sua plenitude, Ele já está aqui!
Fonte: Arquidiocese BH em 13/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

As ‘autoridades dos judeus’ não estavam preparadas para a grande virada de Jesus. O deus que adoravam era o poderoso Senhor dos Exércitos, afastado dos homens no espaço e no tempo. Como seria possível um filho de carpinteiro afirmar que ‘O Pai e eu somos um’? Talvez também nós tenhamos a mesma dúvida… Peçamos ao Espírito Santo que ajude a nossa fé pequenina!
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus declara às autoridades dos judeus que Ele é o Messias. Um Messias bem diferente do que todos esperavam – o que fora construído pelo imaginário do povo. Não era um rei poderoso, mas um homem simples. E anunciava um Reino que não tinha extensão territorial, pois estava dentro de cada um. Ainda hoje, é difícil para nós imaginarmos tamanho Amor do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2020

VIVENDO A PALAVRA

As ‘autoridades’ dos judeus não estavam preparadas para a grande virada de Jesus. O deus que adoravam era o poderoso Senhor dos Exércitos, afastado dos homens no espaço e no tempo. Como seria possível um filho de carpinteiro afirmar que ‘O Pai e Eu somos Um’? Talvez também nós tenhamos a mesma dúvida… Peçamos ao Espírito Santo que ajude a nossa Fé, pois ela é tão pequenina…
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2021

Reflexão

Colaborar na missão salvífica de Jesus através da ação pastoral da Igreja significa levar as pessoas a reconhecerem nele o Deus vivo encarnado para a salvação de todos os que nele crerem. Para que esta ação surta efeito, o anúncio é necessário, mas por si só é insuficiente. Não basta apenas falar de Jesus, é preciso obras, é necessária a vivência dos valores evangélicos, o amor precisa ser concretizado. Mas acima de tudo, é necessária a consciência de que somos participantes da divina missão de salvação dos homens e que quem realiza esta obra não somos nós, mas sim o próprio Deus, é ele quem pastoreia através de nós. Somos na verdade canais de graça para que os homens ouçam a voz de Jesus, sintam-se integrantes do seu rebanho e o sigam rumo à vida eterna.
Fonte: CNBB em 13/05/2014

Reflexão

“Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”. Com esse desafio, os adversários de Jesus tentam desconcertá-lo. Ora, a fé não é resultado de raciocínio ou de argumentos bem concatenados. Para entender Jesus Cristo e aproximar-se do seu mistério, é necessário pertencer a seu rebanho e ouvir a sua voz. Só pode compreender Jesus e o seu Reino quem se dispõe a estabelecer com ele relações de comunhão, diálogo, busca sincera. Essas atitudes estão na base de todo verdadeiro encontro. Mas as lideranças do povo não se abrem para acolher Jesus. Então, não aceitam tampouco o Pai, pois é impossível agradar a Deus sem aceitar Jesus, o Filho de Deus. Pois Jesus age em nome do Pai, e suas ovelhas estão sob a tutela do Pai. Ora, existe comunhão íntima entre Jesus e o Pai: “Eu e o Pai somos um”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 24/04/2018

Reflexão

“Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”. Com esse desafio, os adversários de Jesus tentam desconcertá-lo. Ora, a fé não é resultado de raciocínio ou de argumentos bem concatenados. Para entender Jesus Cristo e aproximar-se do seu mistério, é necessário pertencer a seu rebanho e ouvir a sua voz. Só pode compreender Jesus e o seu Reino quem se dispõe a estabelecer com ele relações de comunhão, diálogo, busca sincera. Essas atitudes estão na base de todo verdadeiro  encontro. Mas as lideranças do povo não se abrem para acolher Jesus. Então, não aceitam tampouco o Pai, pois é impossível agradar a Deus sem aceitar Jesus, o Filho de Deus. Pois Jesus age em nome do Pai, e suas ovelhas estão sob a tutela do Pai. Ora, existe comunhão íntima entre Jesus e o Pai: “Eu e o Pai somos um”.
Oração
Ó Cristo Jesus, para pertencer à tua comunidade, precisamos acreditar em ti e obedecer aos teus ensinamentos. Alguns ouvintes teus se recusaram a ouvir tua voz e seguir teus passos. Recusaram-se a tomar parte no teu “rebanho”. Queremos, Senhor, renovar o propósito de seguir-te agora e sempre. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 05/05/2020

Reflexão

O texto de hoje está ambientado no templo de Jerusalém por ocasião da festa da dedicação do templo. Enquanto Jesus circula pelo templo, alguns judeus aproximam-se dele e o interrogam: “És ou não o Cristo?”. Os judeus não acreditam nas palavras nem nas obras de Jesus. Elas – palavras e obras – seriam suficientes para revelar quem é Jesus, mas eles não compreendem nem fazem esforço para aceitar as propostas do Mestre, porque não fazem parte dos seus seguidores. Quem reconhece que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e se compromete com ele, esse não se decepciona, escuta sua voz, compreende sua mensagem e procura comunicá-la aos outros. Estabelece-se assim uma comunhão de vidas entre o Mestre e os discípulos. Quem faz parte da comunhão com Jesus se une também ao seu Pai, pois ele e o Pai são um.
Oração
Ó Cristo Jesus, para pertencer à tua comunidade, precisamos acreditar em ti e obedecer aos teus ensinamentos. Alguns ouvintes teus se recusaram a ouvir tua voz e seguir teus passos. Recusaram-se a tomar parte no teu “rebanho”. Queremos, Senhor, renovar o propósito de seguir-te agora e sempre. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 27/04/2021

Reflexão

A relação que se estabelece entre Jesus e seus discípulos é comparada à ligação que conecta o pastor e as ovelhas pelas quais ele – o pastor – é responsável. Como já foi mencionado anteriormente, talvez para nós, hoje, a relação pastor-ovelha não diga muito; contudo, podemos extrair dela o ensinamento proposto. Os judeus querem uma certeza ou uma prova definitiva de quem é Jesus; essa prova, porém, já foi dada por meio das palavras e atitudes assumidas por Jesus ao longo de sua vida. Poderíamos mencionar aqui que há, da parte dos judeus, cegueira e surdez que os impedem de ver e ouvir com boa vontade e abertura aquilo que está sendo dito. Os judeus tinham um caminho consolidado e era difícil para eles admitir uma postura completamente nova. A forma como os judeus se relacionaram com Jesus pode nos ajudar a refletir sobre quão aberto está o nosso coração para acolher a voz do Pastor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 10/05/2022

Reflexão

“Se tu és o Cristo, dize-nos claramente.” Com esse desafio, os adversários de Jesus tentam desconcertá-lo. Ora, a fé não é resultado de raciocínio ou de argumentos bem concatenados. Para entender Jesus Cristo e aproximar-se do seu mistério, é necessário pertencer a seu rebanho e ouvir sua voz. Só pode compreender Jesus e seu Reino quem se dispõe a estabelecer com ele relações de comunhão, diálogo, busca sincera. Essas atitudes estão na base de todo verdadeiro encontro. Mas as lideranças do povo não se abrem para acolher Jesus. Então, tampouco aceitam o Pai, pois é impossível agradar a Deus sem aceitar Jesus, o Filho de Deus. Pois Jesus age em nome do Pai, e suas ovelhas estão sob a tutela do Pai. Ora, existe comunhão íntima entre Jesus e o Pai: “Eu e o Pai somos um”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Eu e o Pai somos um»

Rev. D. Miquel MASATS i Roca
(Girona, Espanha)

Hoje, vemos Jesus que «andava pelo Templo, no pórtico de Salomão» (Jo 10,23), durante a festa da Dedicação em Jerusalém. Então, os judeus pedem-lhe: «Se tu és o Cristo, diz-nos abertamente», e Jesus responde-lhes: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais» (Jo 10,24.25).
Só a fé dá ao homem a capacidade de reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus. No ano de 2000, João Paulo II, no encontro com os jovens em Tor Vergata, falava do “laboratório da fé”. Há muitas respostas para a pergunta «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18) … Depois, porém, Jesus passa para o plano pessoal: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Para responder corretamente a esta pergunta é necessária a “revelação do Pai”. Para responder como Pedro — «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16)— faz falta a graça de Deus.
Contudo, embora Deus queira que todas as pessoas acreditem e se salvem, só os homens humildes têm a capacidade de acolher este dom. «Entre os humildes está a sabedoria», lê-se no livro dos Provérbios (11,2). A verdadeira sabedoria do homem consiste em confiar em Deus.
Santo Tomás de Aquino comenta esta passagem do Evangelho dizendo: «Consigo ver graças à luz do sol, mas se fechar os olhos, não vejo; porém a culpa não é do sol, mas minha».
Jesus diz-lhes que, se não creem, que acreditem, pelo menos, devido às obras que faz, que manifestam o poder de Deus. «As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim» (Jo 10,25).
Jesus conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas escutam a Sua voz. A fé leva à intimidade com Jesus na oração. O que é a oração senão o trato com Jesus Cristo, que sabemos que nos ama e nos conduz ao Pai? O resultado e o prêmio desta intimidade com Jesus nesta vida, é a vida eterna, como lemos no Evangelho.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Deus é o ser infinitamente perfeito que é a Santíssima Trindade» (Santo Toribio de Mogrovejo)

- «A vida no seu verdadeiro sentido não a temos só para nós, nem só por nós proprios: é uma relação. Se estamos em relação com Aquele que não morre, então estamos na vida. Então “vivemos”» (Bento XVI)

- «Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, nós cremos e confessamos a respeito de Jesus: ‘Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo’ (Mt 16, 16). Foi sobre o rochedo desta fé, confessada por Pedro, que Cristo edificou a sua Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, nº 424)

Reflexão

Deus Filho

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje Jesus Cristo se nos apresenta com a afirmação mais atrevida de todos os tempos. Ele e o Pai são um. Revela-se como Deus e como o Filho de Deus-Pai. Nunca nenhum líder religioso tinha esgrimido tal pretensão. Mas, Jesus faz “obras” que somente Deus pode fazer: Age e fala como Deus. Sua “obra” definitiva foi sua ressurreição por seu próprio poder.
É realmente Filho: É Alguém vivente que procede de outro Vivente (o Padre), em igualdade de natureza (divina). É pura Filiação-Infinita: Distingue-se do Pai (por ser Filho) e se identifica plenamente com o Pai (porque é Infinito). É Imagem perfeitíssima do Pai, pois Este —como Ser consciente— se conhece e tem uma Imagem de Si. Também cada homem tem uma imagem de si mesmo, mas em Deus é uma Imagem infinitamente perfeita, tanto que é uma Pessoa divina: O Filho que procede do Pai por uma “geração” intelectual.
—Meu Deus, rendo-me ante tua infinita beleza!

Recadinho

Você recebeu de Deus uma vocação. Qual? - Conhece alguém que recebeu a vocação para a vida religiosa? Como a vive? - O que você mais admira na vocação sacerdotal? - Você reza pelas vocações sacerdotais e religiosas? Com que frequência? Como? - Conhece algum jovem (rapaz ou moça) que manifesta desejo de seguir uma vocação especial de serviço? Você incentiva?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/05/2014

Meditação

Não eram sinceros; não procuravam a verdade, não queriam acreditar. Buscavam só pretexto para acusar Jesus. A fé não é causada por uma evidência que nos tire a liberdade de crer ou não. Crer supõe sempre amor e confiança. Só podemos crer porque Deus nos dá o amor que nos arrasta para Ele, e a confiança que nos leva a entregar-nos em suas mãos. Fé é dom que podemos rejeitar ou acolher sinceramente. A escolha depende de nós.
Oração
CONCEDEI, Ó DEUS TODO-PODEROSO, a nós que celebramos os mistérios da ressurreição do Senhor, obter a alegria da nossa redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus em Jerusalém declara ser Filho de Deus, mas os judeus não acreditam nele


Hoje, vemos Jesus no Templo de Jerusalém. Alguns judeus perguntam-lhe se Ele é o Messias, o Salvador. Jesus queixa-se de que não acreditam n’Ele. Já fez muitos milagres com o poder que lhe concede seu Pai Deus: mas nem assim O ouvem.
- Jesus diz que «eu e o Pai somos um»: é o momento em que Jesus se declara abertamente como Deus. E não quiseram crer n’Ele, apesar dos milagres. Tu, acreditas? Mas não esqueças uma coisa: para ter confiança em Deus é preciso falar com Ele; temos de rezar!

Comentário do Evangelho

UMA INCÓGNITA SOBRE JESUS

O modo de proceder de Jesus bem com os seus ensinamentos deixavam desconcertados os seus adversários. Embora realizasse gestos prodigiosos, suficientes para revelar sua plena comunhão com o Pai, e falasse de maneira até então desconhecida, permanecia uma incógnita a seu respeito. Os judeus, que tinham tudo para reconhecê-lo como o Messias, permaneciam na incerteza. Por isso, ficavam à espera de que Jesus lhes "dissesse abertamente" quem ele era.
A postura assumida pelos adversários impedia-os de compreender a verdadeira identidade messiânica de Jesus. Movidos pela suspeita, pela malevolência e pela crítica mordaz, jamais conseguiriam chegar à resposta desejada. Daí a tendência a acusar Jesus de blasfemo e imputar-lhe toda sorte de desvios teológicos e políticos.
Em contraste com os adversários estavam os discípulos. Estes, sim, colocavam-se numa atitude humilde de escuta, atentos às palavras do Mestre, buscando desvendar-lhes seu sentido mais profundo. Dispuseram-se a segui-lo, para serem instruídos não só por suas palavras, mas também por seus gestos concretos de misericórdia, para com os mais necessitados. A comunhão de vida com o Mestre permitia-lhes descobrir sua condição de Messias, o enviado do Pai.
A incógnita sobre Jesus permanece para quem se posiciona diante dele como adversário. Quem se faz discípulo, não tem dificuldade de reconhecê-lo como Messias.
Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 13/05/2014

Meditando o evangelho

O MESTRE É RECONHECIDO

Os judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente, sua identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a uma tal pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas obras que ele realiza!
Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras, quem se faz discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na perspectiva justa para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito de sua identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos, nem má intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode discernir quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas entrelinhas da ação de Jesus, sua condição de Messias, realizador das antigas esperanças de Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua condição divina, pois, as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o Filho de Deus.
Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em condições de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra realizada por Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da posição já tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era oportuno perder tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a partir das obras, paciência!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito do Messias, coloca-me na perspectiva justa, para reconhecer e confessar a messianidade do Filho Jesus.
Fonte: Dom Total em 24/04/201805/05/2020, 27/04/2021 10/05/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. As Obras do Filho revelam o Pai...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Recentemente me contaram uma história bonita de um Ex-Drogado, depois de um patrão ter-lhe dado uma casa para morar com a esposa e a filhinha, além do emprego em um condomínio, o rapaz abandonou tudo e perdeu-se novamente na Vida, voltando a ingerir bebida alcoólica que o levou á morar na rua, pois era difícil para a família convencê-lo a ficar. O patrão permitiu que a esposa e a filha continuassem a morar na casa, sem nada cobrar. Decorrido mais de um ano, certo dia o patrão encontrou com o rapaz dormindo na calçada de uma cidade próxima, em mísero estado. Parou o carro, pediu ajuda as pessoas, o colocou no banco do veículo, e o internou em uma clínica particular, arcando com o custo, depois de três meses, quando ele teve alta, foi busca-lo e o levou para a sua casa, junto com a esposa, e passou a cuidar dele como se fosse seu filho.
Que obrigação ou compromisso tinha esse patrão para ajudar de todas as formas possíveis, esse rapaz a libertar-se das drogas resgatando-lhe a dignidade de ser humano? Nenhuma! Poderia inclusive pensar “Até que tentei ajuda-lo, mas ele preferiu as drogas...”
O evangelho de hoje nos ensina que o amor de Deus por nós, manifestado em Jesus é um amor assim: gratuito, incondicional, que cuida, zela, protege, está atento a todas as nossas necessidades enquanto ovelhas. Ninguém nos conseguirá arrancar de suas mãos, nada nesse mundo nos conseguirá separar do amor de Deus. Não porque somos fiéis, sinceros, exemplo de vida enquanto discípulos, de modo algum! Mas sim porque Ele é Fiel e o seu amor e bondade por suas ovelhas permanece sempre o mesmo, ainda que não correspondamos.
Os Judeus sentiam-se seguros nas tradições de Israel e no seguimento da Lei de Moisés, sua segurança vinha do fato de sentirem-se salvos, por causa de suas ações e práticas religiosas e olhavam Jesus com muita desconfiança. “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo dizei-nos claramente!”
Jesus não é o Mestre do Discurso e da Retórica! Ele é aquele que faz! O seu modo de agir e de pensar já o revela, pois revela o Pai que o enviou. Suas ações testemunham quem é ele. Mas os Judeus não lhe dão crédito. Esperavam um Messias poderoso, comprometido com os poderosos, alguém que em um certo momento fosse manifestar o seu poder e Glória como o Rei Davi, esse grupo de Judeus, que eram as lideranças religiosas, não gostavam desse Messianismo sobre o qual não tinham nenhum controle. Afinal, eram eles os Filhos de Abraão, os seguidores da Lei de Moisés, a Raça eleita e o Povo escolhido, era inconcebível que o Messias agisse tão fora desses padrões previamente estabelecidos.
“As obras que faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim”.
Reconhecemos e aceitamos as obras do Bem, realizadas em outros grupos Religiosos senão o nosso? Se não aceitarmos que Jesus age em seu Espírito também em outros grupos religiosos, mesmo os não cristãos, estamos tendo uma conduta idêntica à desse grupo de Judeus que queriam manipular a Graça e a Salvação que em Jesus Deus oferece a toda humanidade.

2. Minhas obras dão testemunho de mim
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus continua usando a comparação do pastor e das ovelhas. Suas ovelhas acreditam nele, escutam a sua voz, ele as conhece e elas o seguem. Ele lhes dá a vida eterna, elas nunca se perderão. Ninguém as tira dele porque foi o Pai quem lhe deu essas ovelhas. Era a festa da Dedicação do Templo e nessa ocasião Jesus afirmava aos judeus que conversavam com ele: “Eu e o Pai somos um”. Uma afirmação difícil de ser compreendida e aceita, mas quem a faz é o próprio Jesus. Podemos não entender, mas aceitamos porque é ele quem diz. Mais tarde, os cristãos, refletindo sobre tudo o que receberam dos primeiros discípulos de Jesus, falarão da Santíssima Trindade, de um só Deus em três pessoas, de Três pessoas distintas umas das outras e as Três, um só Deus. Jesus diz simplesmente: “Eu e o Pai somos um”. Hoje, com a evolução da teologia, temos um vocabulário apropriado para expressar as verdades da fé. Os primeiros tinham Jesus vivo diante deles. Podiam perguntar, e aceitavam porque era ele quem falava.
Fonte: NPD Brasil em 24/04/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A dúvida cruel...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Como qualquer Judeu, Jesus vai constantemente ao templo, e lá sempre é assediado pelos Judeus mais conservadores, que o conhecem e ouvem, têm até admiração por ele, mas vivem na dúvida cruel sobre o seu Messianismo. Nesse evangelho eles indagam novamente sobre essa questão crucial: “Até quando nos deixarás na incerteza, se és o Cristo, dizei-nos claramente”. Hoje, em um mundo marcado pelo ateísmo, certamente muitos aceitam Jesus, mas têm restrições sobre sua Divindade.
As comunidades do primeiro século tiveram que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para compreenderem o ensinamento dos apóstolos sobre as duas naturezas de Jesus.
Talvez o grande problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por conhecerem á sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel, um grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos dos Nazarenos, mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado Messias, já seria um exagero. E por quê?
Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida de qualquer judeu, alimentar-se, ir à catequese, estar submisso ao Pai e Mãe, aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e não estava em nível de um simples ser humano.
Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais. Um Jesus que está com a gente mais que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé e Vida.
Pior do que ficar na dúvida é inventar um Jesus Cristo mais adequado as nossas necessidades. Esse Cristo descaracterizado, produto de um Espírito Consumista, é hoje em Dia o Deus de muita gente que se rotula cristã...

2. Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente! - Jo 10,22-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus diz que os judeus do seu tempo não acreditavam nele nem em suas palavras. Perguntavam se ele era ou não o Cristo e, no entanto, podiam ver as obras que ele fazia em nome do seu Pai. Não acreditam, diz Jesus, “porque não são das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”. Quem são de fato as ovelhas do rebanho de Jesus? Santo Agostinho nos ajuda a responder com outra pergunta que ele mesmo faz: “São todos os que estão? E estão todos os que são?”. Ele pergunta se todos os que estão na Igreja são de fato discípulos de Jesus e se todos os que são de verdade discípulos de Jesus estão na Igreja. Muitos podem estar na Igreja sem pertencer ao rebanho, porque não ouvem a voz do Pastor. Outros, porém, que estão fisicamente fora do rebanho, participam do mistério pascal de Cristo de um modo que só Deus conhece. Suas obras realizam a vontade do Pai. O melhor será estar no rebanho, fazer parte dele de forma consciente, ouvir a voz do Pastor e segui-lo com muita disposição.
Fonte: NPD Brasil em 05/05/2020

HOMILIA

EU CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS

É um escândalo, esse Bom Pastor, porque toda a vida de Jesus é um juízo contra os que pensavam que Deus devia ajustar-se à “dogmática” religiosa. Ele não se adapta! Assim, pois, o que decide de um modo definitivo o sentido deste evangelho, cotejado com o Salmo 23, é a atitude que devemos ter ante a verdade que Jesus propõe: quem se encontra para valer, com Ele, “veste a camisa” do Reino de Deus, encontra-se com Deus custe o que custar, enquanto confia sem reservas nos cuidados do Bom Pastor. Se Ele, Jesus, escuta nossas súplicas, Deus faz o mesmo. Se Ele dá a vida por nós, isso é o que faz Deus por nós. Não estamos ante uma ficção com estas palavras. Algo concreto se apresenta: estamos diante do “Doador da Vida”, que também se dá para “manter a Vida”. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas! A cruz não é sofrimento inútil. A parte mais difícil, porém, continua sendo as renúncias necessárias e a entrega total à Causa do Bom Pastor! (cf. Jo 10, 3). Jesus conhece os problemas da suas ovelhas. Mesmo quando elas seguem falsários e arremedos substitutivos que pretendem, na verdade, levá-las ao matadouro.
O bom pastor continua cuidando de suas ovelhas, busca a ovelha ferida, trata de seus machucados. Busca a que se extraviou, chama-a docemente ao caminho certo. Trata-a sempre com doçura e com voz carinhosa. Em regiões desérticas como na Palestina bíblica, a vida ou a morte do rebanho dependia do cuidado do pastor. Levar as ovelhas para campos verdes da primavera, ou para a vegetação seca comestível no verão, e alimentá-las, é sua função. Especialmente quanto às sobras da ceifa já realizada nos campos próximos das vilas e cidades. Nas noites escuras o pastor deve cuidar do rebanho, pois feras do deserto, e eventualmente salteadores, rondam e podem atacá-lo. O pastor deve estar vigilante, escutar cada pequeno ruído e manter-se em posição de defesa ou ataque, se necessário for. Dá-lhes segurança ao atravessarem depressões profundas, nos terrenos difíceis ou nos caminhos cheios de pedras soltas e perigosas onde as ovelhas possam resvalar. Sabe a exata distância entre os oásis; conhece as fontes de água onde se pode permanecer para se refazerem as forças... Tudo isso pertence ao cuidado, ao desvelo e à prudência de todo pastor não mercenário (cf. Jo 10, 12-13; Zc 11, 15), no exemplo do salmista e poeta.
O pastor é um companheiro. Ele liga seu destino ao destino do rebanho. Sofre a mesma sede, a mesma fome, padece sob as perseguições ferozes. É solidário, mesmo com sol ardente durante o dia e frio intenso durante a noite. Cansa-se com as ovelhas ao caminhar pela areia, debaixo de sol escaldante e sobre pedras. Corre os riscos de agressão pelas feras, ou ferido e até morto pelos ladrões escondidos à beira da estrada. O pastor é diferente do mercenário ou do ajudante contratado, dá a sua vida pelas ovelhas (cf. Jo 10, 15). Ele mantém uma relação de afeto profundo com as ovelhas. Elas o amam: “Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem” e “elas seguem o pastor porque conhecem a sua voz” (10, 4.27). As ovelhas sentem o bater cadenciado do cajado no chão ou nas pedras.
Os israelitas nunca esperaram um Messias que sofresse, e que fosse, portanto, capaz de dar a vida como Jesus se empenha em fazê-lo, como está no evangelho de João. Nem observaram com atenção o Servo Sofredor do Segundo Isaías. Para eles, é preciso desmontar uma concepção “equivocada” de messianismo: um rei poderoso que se imporá pela força das armas. E assim se nos permite descobrir a opção radical por Jesus. O verdadeiro Messias é capaz de dar “a vida pelas ovelhas”, o mesmo que dizer: dar a vida pelo povo, este muitas vezes referido como “ovelhas desgarradas”, na Bíblia.
A crítica é dura, sempre, aos pastores de Israel. Perverteram a natureza do pastor, que é de apascentar as ovelhas. Eles se apascentam a si mesmos, em vez das ovelhas, com arrogância e desfaçatez. Consequentemente as ovelhas dispersam e se tornam vítimas da pilhagem, e de animais selvagens (Ez 34, 8; Jr 10, 21; 23, 3; 50, 6). O castigo virá sobre eles: “Gemei, pastores, e gritai. Revolvei-vos no pó, chefes do rebanho! Sereis dispersados e caireis como vasos preciosos; não há refúgio para os pastores nem escapatória para os chefes do rebanho” (Jr 25, 34-35; Zc 11, 16-17). Esses textos parecem descrever situações atuais. Como se pode avaliar, biblicamente, a figura do pastor suscita arquétipos ancestrais ligados ao cuidado, à acolhida, à segurança, à confiança. Pastores entregues a valores inversos sempre são denunciados. Os profetas da Bíblia não dão mole para os que se corrompem. Serve-nos o exemplo?
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/05/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 13/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

Você tem ouvido a voz do Bom Pastor ou a do mundo?

Precisamos da sabedoria, do silêncio interior, da meditação e da contemplação para escutarmos a voz do Bom Pastor, Aquele que nos conduz e não nos deixa perdidos nas estradas da vida!

”As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão.” (João 10, 27-28)

Nós continuamos a meditar a figura do Bom Pastor e hoje esse mesmo Pastor nos diz a que as Suas ovelhas escutam a Sua voz, seguem a Sua voz; conhecem a voz do Pastor e vão atrás d’Ele.
Dentro de nós, do coração de cada um de nós, existem muitas vozes gritando, clamando, chamando-nos para fazer isso ou fazer aquilo. Nós precisamos escutar a voz do Bom Pastor, d’Aquele que dá a vida por cada um de nós e não nos deixarmos nos confundir, sermos enganados, iludidos, inebriados; porque, no meio do caminho, é muito fácil nos confundirmos.
Muitas vezes, escutamos o que o outro diz, aquilo que o outro fala, nós damos vozes e atenção a qualquer coisa que escutamos e deixamos de ouvir a voz do Bom Pastor. Deixamos de ouvir aquilo que Jesus quer falar ao nosso coração para escutarmos o que as pessoas estão nos falando.
Às vezes, isso é tão confuso dentro de nós, causa tanta confusão em nosso interior, sobretudo no mundo do “disse não me disse”, no mundo da confusão, da mentira, da futrica, da conversa fiada, das ilusões, sobretudo no mundo em que as pessoas não tomam consciência do que falam (se eu não gosto de alguém ou falo mal dessa pessoa em assim, eu confundo as pessoas com as coisas que falo), que nos deixamos nos enganar. Deixamo-nos seduzir, deixamos que outras vozes confundam o nosso coração!
Aquele que é do redil de Jesus, aquele que faz parte do rebanho de Jesus, não se deixa enganar: escuta, discerne, peneira e conclui – “Isso é de Deus! Isso não é de Deus! Isso faz bem a mim, isso não faz bem a mim!”.
Aquele que é de Deus não toma decisão precipitada, não se deixa levar por suas emoções, pelo calor dos acontecimentos, pelas vozes das emoções que estão ali clamando dentro do coração, com raiva, com medo, tensão e preocupação. Não! Quem é de Jesus acalma o coração, acalenta a alma, procura, no silêncio da oração, escutar a voz de Deus!
Nós nos confundimos e erramos muito no caminho da vida, na estrada que prosseguimos, porque escutamos as vozes confusas que clamam em nós. O que precisamos é da sabedoria, do silêncio interior, da meditação e da contemplação para escutarmos a voz do Bom Pastor, Aquele que nos conduz e não nos deixa perdidos nas estradas da vida! Ao nos deixar guiar pela sabedoria divina, Ele nos conduz pelos prados verdejantes, ainda que tenhamos que passar pela aridez,  pelo vale tenebroso da sombra da morte, nós não temeremos, porque a mão do Senhor, a voz d’Ele há de nos conduzir.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus cuida de nós com amor e ternura

Enquanto formos dóceis, obedientes e submissos ao Pastor, Ele cuida de nós e ninguém nos rouba d’Ele

“Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.” (João 10,28)

O Bom Pastor nos dá a vida eterna; a ovelha que está em Jesus jamais se perde; não há possibilidade alguma de nos perdermos se formos cuidados por Jesus, direcionados e iluminados por Ele.
Não podemos ser enganados e iludidos porque, muitas vezes, achamos ou criamos a sensação de que estamos em Jesus, mas não temos comunhão com Ele. Não escutamos a voz de Jesus; escutamos as nossas convicções, colocamos certas coisas na cabeça e no coração, coisas que nem “Deus” tira e achamos que isso é de Deus.
Uma ovelha se engana e se ilude quando ela não tem a humildade e a submissão à voz, à condução e à direção do Pastor. Quando o Pastor nos direciona, jamais nos perdemos; e a perdição não entra em nós, porque a salvação que Ele nos trouxe está em nós e, ninguém tem forças para nos arrancar das mãos de Deus.
Não podemos dizer que tem sido uma fraqueza: “Foi mais forte do que eu”. Eu sei que temos nossas fraquezas, somos fracos, mas o mal não tem mais poder do que a graça de Deus, em hipótese alguma.
O orgulho tem um poder destrutível e mortal, podemos ter as maiores virtudes do mundo, mas se elas forem contaminadas pela força do orgulho e da soberba, enfraquecemos sem perceber. É como um “vírus” ou um “câncer” que entra em nossa alma e aniquila a nossa relação de comunhão com Deus.
Ovelhas que somos, do redil de Jesus, não permitamos ser roubados das mãos d’Ele. Enquanto formos dóceis, obedientes e submissos ao Pastor, Ele cuida de nós e ninguém nos rouba d’Ele.
Quando nos deixamos iludir e somos levados pelo nosso egoísmo e pela nossa soberba, nos perdemos de forma muito desastrosa. Não nos iludamos, não permitamos que o nosso coração se engane. Sejamos dóceis a Jesus, porque Ele cuida de nós com todo amor e ternura.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/04/2018

HOMILIA DIÁRIA

Silenciemos o nosso coração para escutarmos Jesus

“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.” (João 10,27-28)

As ovelhas de Jesus escutam a Sua voz, mas preciso dizer que existem muitas vozes gritando fora de nós, porque o mundo está aí com propagandas, convites e tantas coisas para nos atrair.
Abrimos as nossas redes sociais, os computadores, ligamos a televisão, o rádio… e têm vozes o tempo inteiro, com propagandas, negócios e ofertas. Criam a melhor linguagem possível para falar conosco e nos puxar; então, nós nos prendemos, ficamos tocados, começamos a ouvir e achamos aquilo tudo muito bonito e bom. Pensamos: “Era isso que eu precisava ouvir!”, e facilmente nos deixamos seduzir.
Depois, há as vozes que estão gritando dentro de nós, que são as nossas carências, as nossas necessidades, também aquilo que, dentro de nós, está ferido, machucado; são os nossos medos, receios e temores, são as buscas que temos na vida, é a sede que grita dentro de nós. São vozes de parentes, de amigos, de pessoas que não são tão amigas. Todo mundo tem uma opinião a dar, um conselho a nos orientar. São tantas coisas a nos dizer, que nos perdemos no emaranhado de coisas que as pessoas dizem.
Estamos num mundo onde todos têm razão, onde todo mundo sabe de tudo e é dono de tudo, onde todo mundo é doutor, sábio e conhecer de tudo.

Somos ovelhas do redil de Jesus e precisamos escutar o nosso Mestre e Pastor

Diante de tantas vozes confusas, se não sabemos silenciar a alma nem o coração, seremos pessoas sem discernimento, perdidas nas estradas e sendas da vida. Sobretudo, não saberemos escutar a voz do Pastor, estaremos sendo levados para lá e para cá o tempo inteiro.
Somos ovelhas do redil de Jesus, e precisamos escutar o nosso Mestre e Pastor. Se não silenciarmos tanto barulho e tanta bagunça, tantas vozes na cabeça e no coração, não iremos escutá-Lo cativando a nossa mente e o nosso coração.
Escute Jesus, silencie a si mesmo, silencie esses gritos que estão clamando dentro do seu ser. É por isso que temos tantos tormentos, tantas dores de cabeça, enxaquecas, inquietações, perturbações, insônias ou sono excessivo, porque há tantas coisas gritando, reclamando. É preciso silêncio para escutar a voz profunda do Mestre.
O Mestre nos dá a vida eterna para que jamais nos percamos, pois nos perdemos muito facilmente, perdemo-nos dentro de nós, no meio do emaranhado de coisas que temos de fazer. Precisamos nos encontrar e nos achar para que ninguém nos arranque das mãos de Jesus.
Escutemos a nossa voz para permanecermos em Jesus, e para que Ele permaneça em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/05/2020

HOMILIA DIÁRIA

A voz do Bom Pastor conduz os nossos caminhos

“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.” (João 10,27)

As ovelhas de Jesus escutam a voz d’Ele. Não há exercício espiritual na vida mais importante do que o exercício da escuta. E saber escutar é para poucos!
Vivemos na sociedade do barulho, vivemos no meio de uma sociedade agitada, onde existem vozes nos conduzindo para todos os lados. Vozes que enganam, seduzem, iludem, que chamam. E essas vozes estão gritando dentro de nós, estão nas ruas, nos meios de comunicação, nos meios de interação social que usamos, estão aí gritando dentro e fora de nós, mas não podemos nos deixar enganar.
É preciso abafar, expulsar, é necessário exorcizar as vozes mundanas que clamam em nós, para escutarmos a voz do Bom Pastor, a voz de Deus. Porque erramos muito, nos iludimos e nos engamos muito até quando achamos que escutamos a Deus e não escutamos. Porque escutamos as nossas tendências, as nossas vontades, os nossos desejos e transformamos isso como se fosse voz de Deus.

É a voz que nos conduz e nos direciona, é a voz que nos traz vida

A linguagem de Deus é o silêncio. E só aquele que sabe sair dos barulhos, das inquietações e dos barulhos do dia a dia e busca, na concentração e na penetração interior pela contemplação e pela meditação, consegue escutar a voz do Pastor.
É a voz que nos conduz e nos direciona, é a voz que nos traz vida, que nos tira aqueles desgostos todos que experimentamos da vida para encontrarmos em Deus o sabor de viver. Ele nos dá a vida eterna e a vida que Ele nos dá, ninguém há de nos roubar e nos tirar, se permanecermos n’Ele e a vida d’Ele permanecer em nós. Se escutarmos a Sua voz e não nos deixarmos enganar e iludir pelas vozes confusas ao longo da vida, é Ele quem vai nos dirigir e nos iluminar.
Por isso, é preciso mais do que nunca, escutar. Escutemos a Deus, demos atenção à Palavra de Deus, à voz de Deus, à direção e à luz de Deus que quer nos tirar dos enganos que as vozes do mundo traçam no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 25/04/2021

HOMILIA DIÁRIA

Seja um discípulo próximo do coração de Jesus

“Naquele tempo, celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: ‘Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente’. Jesus respondeu: ‘Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas’.” (João 10,22-26)

Que afirmação dura: “Não sois das minhas ovelhas”. Afirmação dura, porque, na verdade, não é Jesus quem está afirmando. Jesus só está reconhecendo que muitos corações não aderiram a Sua Palavra, muitos corações não reconheceram n’Ele o Messias. E eram pessoas sábias, pessoas entendidas na Sagrada Escritura, versadas realmente na Sagrada Escritura, e tinham até mesmo o poder e a capacidade de transmitir a Palavra de Deus. Eram doutores da Lei, eram escribas e fariseus, pessoas que estavam no contexto religioso.
Isso fala muito para nós, porque, muitas vezes, nós também somos assim, somos sábios na Doutrina, mas somos analfabetos no discipulado, não aderimos a Jesus de coração e de alma. Sabemos muitas coisas, sabemos até mesmo o Catecismo de A a Z, mas o discipulado, muitas vezes, é muito frágil. Temos determinados comportamentos que não dizem respeito a um discípulo de Jesus, temos reações ou até mesmo determinados comportamentos que se contrastam radicalmente com os valores do Evangelho.

O discípulo de Jesus precisa se esforçar, precisa amadurecer, precisa passar por diversas etapas de amadurecimento

Esses judeus dizem a Jesus: “Dize-nos abertamente se és o Messias”. “Abertamente.” O que mais eles precisavam? E as obras de Jesus? O que Jesus fazia? Essas obras do Senhor que não foram acolhidas, que não foram por eles tocadas, e Jesus estava ali o tempo todo sendo os olhos do Pai, os braços do Pai, a voz do Pai, e aquilo que Deus fazia, Jesus fazia igualmente, mas eles não foram capazes.
As obras de Jesus precisavam ser discernidas, precisavam ser tocadas, precisavam ser experienciadas, mas isso dá trabalho. Isso é coisa do discípulo que quer ficar perto do Mestre, isso requer amadurecimento. E nós somos, muitas vezes, mal-acostumados com respostas prontas, não queremos trabalho, não queremos esforço; e o discípulo de Jesus precisa se esforçar, precisa amadurecer, precisa passar por diversas etapas de amadurecimento na fé e de crescimento, e isso exige uma renúncia, exige um esforço da nossa parte.
Devemos e precisamos descobrir Deus nos fatos, nas suas obras, no mundo, saber como Ele age, como se coloca neste mundo, como Ele se revela. Isso é um trabalho árduo, por isso precisamos ser mestres de discipulado. Muito bem que a Doutrina nos ajuda, muito bem que nós precisamos conhecer o Catecismo da nossa Igreja, precisamos nos empenhar, estudar, nos formar para que a nossa fé tenha ainda mais convicção. Mas precisamos de um encontro pessoal com Jesus, precisamos de uma relacionamento pessoal com Ele,  precisamos ser discípulos naquilo que toca a dimensão da intimidade, da proximidade com o coração de Jesus e com as Suas obras, para que o mundo creia realmente que nós O seguimos.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, nós pedimos que nos faças filhos dóceis e acolhedores, prontos para seguir o exemplo da Mãe que gerou Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, conta-nos entre as ovelhas que entregaste ao teu Filho e que não se perderão. Queremos ouvir a sua voz amiga e segui-la pelos caminhos desta terra encantada, junto com os peregrinos que colocaste perto de nós. E nos concede, Pai amado, os dons da gratidão para contigo e da generosidade para com os irmãos. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, perdoa a nossa incredulidade e nos ajuda a acolher com alegria e gratidão o Reinado de Amor que nos foi trazido pelo teu Ungido, o Cristo que se fez Homem em Jesus de Nazaré. Que através do testemunho de nosso viver anunciemos a toda humanidade a tua compaixão misericordiosa. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, que és misericordioso, conta-nos entre as ovelhas que entregas ao teu Filho Unigênito e que não se perderão. Queremos ouvir a Voz amiga do nosso Pastor e segui-la pelos caminhos desta terra encantada, junto com os peregrinos que colocaste perto de nós. E nos concede, Pai tão amado, os dons da gratidão para contigo e da generosidade para com os irmãos. Pelo Cristo Jesus, que contigo vive e reina na unidade do Espirito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2021