ANO A


4 de Novembro
de 2014
Lc 14,15-24
Comentário do
Evangelho
O banquete é símbolo do Reino
de Deus.
Ao que parece, a refeição na casa de um dos chefes dos fariseus
(14,1) foi repleta de muitos ensinamentos da parte de Jesus. A participação no
banquete do Reino não é mérito pessoal, é dom de Deus. O banquete é símbolo do
Reino de Deus. A participação nesse banquete depende do convite feito por quem
preparou e oferece o banquete. Os convidados podem, livremente, aceitar ou
recusar o convite. O servo que sai para chamar os convidados para o banquete é
símbolo de todos os servos de Deus que por mandato de Deus, anunciaram e
interpelaram o povo de Deus a participar da festa da comunhão com o Senhor. Os
que se recusam, dando desculpas, é o povo de Israel que resiste a entrar no
dinamismo do mistério do Reino de Deus revelado na pregação e nos gestos de
poder de Jesus. No entanto, o anfitrião não renuncia à festa. Ele abre as
portas da sala do banquete àqueles que se sentiam excluídos da mesa ordinária e
do convívio social. É a generosidade do dono da festa que é exaltada. Jesus,
“porta das ovelhas”, é quem abre as portas da sala do banquete à participação
de todos, sem exceção.
Oração
Pai, tu me convidas cada dia para
participar das alegrias de teu Reino. Que eu saiba acolher teu convite paterno,
fazendo-me solidário com os pobres e os deserdados deste mundo.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Todas as pessoas são convidadas para participar
do banquete do Reino de Deus, porém nem todos respondem a esse convite de modo
positivo. Por que? Porque existem muitos interesses em jogo e a maioria das
pessoas não coloca Deus em primeiro lugar na sua vida, de modo outros valores
passam a ter maior importância para ela. Porém aquelas pessoas que nada
possuem, os desvalidos e excluídos deste mundo, são os primeiros a reconhecer a
importância do Reino de Deus em suas vidas e sempre respondem de forma positiva
ao convite que lhes é feito por Deus. Por isso, os pequenos estão sempre
presentes no banquete do Reino dos céus.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
ESTÁ TUDO
PRONTO!
A participação na salvação oferecida à
humanidade é iniciativa de Deus, que convida e motiva cada ser humano.
Entretanto, nada se resolve sem a livre decisão de quem é convidado e se
empenha em dizer "sim".
Na
parábola, muitos convidados recusam-se a acolher o convite do Pai. Apesar da
deferência: o banquete é para eles; da gentileza: o senhor manda convidá-los
pessoalmente; e da expectativa de que venham, eles se recusam a comparecer.
Eram todos ricos: proprietários de terras, pecuaristas, gente de condição
social. Cada qual apresentou sua justificativa. Não estavam interessados em
participar do banquete. Por isso, se auto-excluíram.
Diante
da recusa dos ricos, as atenções voltaram-se para os pobres, aleijados, cegos e
coxos. A sala do banquete ficou repleta deles. Foi uma reviravolta formidável!
Quem
está demasiadamente preocupado com seus afazeres e propriedades, falta-lhe
tempo para as exigências do Reino, mas também pode ver-se definitivamente
excluído dele. É impossível salvá-lo contra sua própria vontade. Só quem se
torna pobre, tendo o coração desapegado dos bens materiais e sempre disponível
para Deus, terá a alegria da salvação. A riqueza polariza de tal modo o coração
humano, a ponto de torná-lo surdo aos apelos divinos. Já a pobreza predispõe-no
a estar sempre atento, e assim poder atender, sem demora, o convite do Senhor.
Oração
Espírito de liberdade
diante dos bens, predispõe-me para atender prontamente o convite do Senhor, com
um coração de pobre.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Conservai, ó Deus, no
vosso povo o espírito que animava são Carlos Borromeu, para que a vossa Igreja,
continuamente renovada e sempre fiel ao Evangelho, possa mostrar ao mundo a
verdadeira face do Cristo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

5 de Novembro de 2014
Lc 14,25-33
Comentário do Evangelho
Para
seguir Jesus é necessário fazer uma escolha fundamental.
Jesus
deixa a casa de um dos chefes dos fariseus, onde tinha sido convidado para uma
refeição; oportunidade em que ele ensinou os convivas acerca de muitas coisas.
Multidões o acompanham para escutá-lo e serem curadas de seus males. A ocasião
é propícia para apresentar as exigências do seguimento. É preciso como ponto de
partida uma atitude radical de desapego: “renunciar a tudo o que se tem”, pois
o Reino de Deus exige a pessoa integralmente (cf. Mt 13,44-46). Para seguir
Jesus é necessário fazer uma escolha fundamental. Como dissemos acima, é
preciso estar disposto e esforçar-se ao desapego. A liberdade diante dos laços
afetivos é requerida, pois os familiares não podem se constituir em obstáculo
para o seguimento. Se a família assim procedesse, já não seria amor, mas
possessão. Trata-se, ainda, do desapego da própria vida e da aceitação do risco
do seguimento, a saber, a perseguição e o sofrimento. É indispensável renunciar
à segurança dos bens terrenos para ter em Deus sua única segurança e esperança.
Para seguir Jesus tem de se optar pela liberdade e pelo desapego, a fim de
estar disponível para o serviço do Reino de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha
disposição a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto possa abalar a
solidez de minha adesão a ti e a teu Filho Jesus.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O nome de cristão é motivo de orgulho para muita gente e
muitos usam esse nome e fazem propaganda do fato de serem cristãos. Mas muitos
são cristãos de apenas de nome e de conversa, porque quando surgem as
exigências da vivência coerente com o evangelho, são os primeiros a recuarem e
a ficarem teorizando formas de religião que justifiquem a sua incoerência
evangélica e outros valores nada cristãos que marcam as suas vidas. A exigência
de Jesus é clara: renunciar a todos os valores que são contrários ao evangelho
e fazer do seu seguimento o centro da própria vida. O resto e conversa fiada de
quem quer usar do discurso para legitimar os próprios erros.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
A LIBERDADE DO DISCÍPULO
O discipulado requer uma liberdade tal, que permita ao
discípulo entregar-se ao Reino sem restrições. É preciso desfazer-se de tudo
quanto possa constituir-se em empecilho para a concretização do projeto do
Reino, cujas exigências fazem sentir seu peso.
O primeiro sinal de liberdade refere-se aos laços familiares
de parentesco. Fazer os interesses do Reino depender deles significa
inviabilizá-los. Pode acontecer choque entre estes dois níveis de apelo. Mas o
Reino deve prevalecer.
O segundo sinal de liberdade diz respeito à predisposição a
enfrentar as conseqüências de ter optado pelo Reino, até mesmo a morte
violenta, como aconteceu com Jesus. O discípulo é livre diante da própria vida,
de modo especial, em tempo de perseguição e nas dificuldades.
O terceiro sinal de liberdade refere-se à posse dos bens
materiais: quem não renuncia a tudo quanto possui, não pode tornar-se discípulo
de Jesus. O coração apegado aos bens materiais será incapaz de partilhá-los
fraternalmente e mostrar-se solidário com os mais pobres. São exigências das
quais não se pode furtar.
Portanto, o discípulo deve discernir bem, antes de se decidir
pelo Reino. Se não terá o desprazer de ver sua opção frustrar-se logo de saída.
Oração
Espírito
que liberta o coração, tira de mim todas as amarras que me impedem fazer uma
entrega livre e generosa ao Reino, sem medo de sofrer as consequências de minha
opção.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos
filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente
ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

6 de Novembro
de 2014
Lc 15,1-10
Comentário do
Evangelho
Deus não desiste do ser humano.
O capítulo quinze do evangelho de Lucas é uma sucessão de três
parábolas de misericórdia, que constituem a resposta de Jesus à murmuração dos
fariseus e dos escribas acerca da refeição que Jesus fazia com os pecadores. No
Antigo Testamento, Deus é o pastor que procura a ovelha que se perdeu (Ez
34,16). Deus não desiste de ninguém que criou à sua imagem e semelhança.
Pacientemente, procura a ovelha que se perdeu. Deus não abandona as noventa e
nove para ir atrás da que se perdeu; deixa as noventa e nove em segurança e vai
atrás da que se perdeu até encontrá-la. As duas parábolas nos ajudam a
compreender que Deus não desiste do ser humano; crê nos que Ele criou, não
obstante a ingratidão que, muita vezes, em todo tempo, marca a relação entre
criatura e Criador. Ao contrário, a alegria de Deus está em encontrar quem se
perdeu. Dito de outra maneira, a alegria de Deus está na conversão do pecador.
Se Jesus acolhe os pecadores e come com eles, é porque é a “imagem do Deus
invisível”; seu comportamento está enraizado no modo como Deus age.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
quero ser contagiado por teu amor desconcertante que vai em busca do pecador e
se alegra ao vê-lo voltar à comunhão.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Todos nós somos pecadores, mas Deus nos ama
tanto que age sempre com misericórdia para conosco, perdoando o que nos pesa na
consciência e sempre dando-nos condições para que nos convertamos e possamos
viver na sua amizade, afinal de contas, o verdadeiro Pai não quer vier os seus
filhos e filhas dispersos pelo mundo e entregues ao poder do pecado e da morte.
Tudo isso faz com que uma das maiores alegrias de Deus seja a conversão dos
pecadores. Como Deus, também nós devemos agir com misericórdia para com os que
erram e dar-lhes condições para que possam converter-se e, assim, vivam a plena
alegria de quem se sente eternamente amado por Deus.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
AO ENCONTRO
DOS PECADORES
A pedagogia de Jesus, no trato com a
humanidade, foi aprendida diretamente do Pai. Este quer ter junto de si todos
os seus filhos. Quanto mais distantes estiverem, tanto mais Deus desejará
atrai-los com o seu amor. No coração do Pai não há lugar para o ressentimento,
o desejo de castigar, o fechamento para o perdão. Tudo nele é amor,
compreensão, esquecimento das ofensas recebidas, disposição para acolher e
recomeçar.
Foi
assim que Jesus tratou todas as pessoas. De modo particular, os pecadores e as
vítimas da marginalização social foram objeto de sua acolhida carinhosa.
Recusando a se tornar juiz deles, buscava fazer-se próximo, de modo a
mostrar-lhes o quanto eram amados pelo Pai. Acolhendo-os e pondo-se à mesa com
eles, quebrava um tabu social de segregação a que estavam relegados,
revelando-lhes a dignidade de seres humanos. Indo ao encontro deles,
manifestava-lhes o propósito divino de não rejeitá-los e seu anseio de fazê-los
voltar à casa paterna. Alegrando-se com a sua conversão e disposição a fazer
penitência, revelava a confiança do Pai na capacidade do ser humano renunciar
ao seu mau caminho para reinserir-se nos caminhos de Deus.
Os
adversários olhavam com suspeita para o modo como Jesus tratava os pecadores.
Só nutriam o desejo de que fossem punidos por Deus e votados à condenação
eterna. Nada mais incompatível com os ideais de Jesus!
Oração
Espírito de benevolência para com os pecadores, dá-me a mesma
disposição de Jesus no trato com quem se encontra longe de Deus e precisa ser
reconduzido à casa paterna.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de poder e
misericórdia, que concedeis a vosso filhos e filhas a graça de vos servir como
devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

7 de Novembro de 2014
Lc 16,1-8
Comentário do Evangelho
Jesus
não consente com a desonestidade do administrador.
Este
trecho do evangelho precisa ser compreendido em conexão com o capítulo anterior
e, de modo particular, com a parábola do Pai misericordioso (Lc 15,11-32).
Nessa parábola, o filho mais novo, tendo saído de casa livremente e ao
experimentar a vida se desumanizar longe da casa do pai, deseja regressar e usa
dos meios de que dispõe para ser readmitido pelo pai. É nesse particular que as
duas parábolas têm o seu ponto de intercessão. No texto de hoje, convém
eliminar, logo de saída, um possível equívoco: Jesus não consente com a
desonestidade do administrador. O que é sublinhado pela parábola é a habilidade
e o empenho de alguém empregar os meios para alcançar um determinado fim. O
administrador infiel utiliza sua inteligência para encontrar o meio de
assegurar a sua felicidade. Transpondo para a vida cristã, poderíamos dizer que
Jesus estimula os discípulos a buscarem os meios para entrarem no Reino de
Deus. Não quaisquer meios, pois no Reino de Deus se entra pela “porta estreita”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me esperto em
relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu
semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Neste trecho do Evangelho, Jesus nos mostra que os filhos
deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. Então
podemos perguntar: Por que isso acontece? A resposta é muito simples: é porque
os negócios em geral são regidos pelos valores do mundo, que são inaceitáveis
para quem quer viver na radicalidade os valores do reino de Deus. Os valores
que regem a economia são o lucro desenfreado, a exploração, o egoísmo, a dureza
de coração, só se pensa em si próprio e nos seus interesses. Essa esperteza não
interessa aos que querem viver como filhos e filhas de Deus.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
APRENDENDO DE UM ESCÂNDALO
Um autêntico caso de corrupção ofereceu a Jesus a chance de
ensinar aos discípulos, mediante uma parábola, a importância de ser esperto em
relação ao Reino de Deus.
Naquele tempo, os gerentes de propriedades alheias agiam com
muita liberdade, sem um controle imediato. O patrão confiava na
responsabilidade do empregado. Este era recompensado pelo que produzia: quanto
mais os bens se multiplicavam, tanto maior era o seu salário.
O Evangelho fala de um administrador que, agindo com
irresponsabilidade e imprudência, estava desperdiçando os bens que lhe tinham
sido confiados. Quando o patrão começa a cobrá-lo por isso, esse administrador
arquiteta um plano para garantir seu futuro e sua segurança. Com uma ação
fraudulenta, busca granjear a benevolência dos devedores, prejudicando o
patrão. Uma vez despedido, teria quem se sentisse na obrigação de recebê-lo,
como sinal de gratidão.
Comparando com o Reino, os discípulos são instruídos a serem
tão hábeis e espertos como o administrador desonesto. Este, no trato com as
coisas humanas, obstinou-se em buscar caminhos para alcançar os seus objetivos.
Do mesmo modo, o discípulo do Reino, com relação às realidades celestes, deve
ter claro o fim a ser atingido e a maneira mais conveniente de fazê-lo. Neste
caso, basta ser obstinado na prática da misericórdia.
Oração
Espírito
que leva a ser esperto nas coisas de Deus, faze-me sempre mais hábil na prática
da misericórdia, único meio de se obter a salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vosso
filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente
ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
