terça-feira, 2 de janeiro de 2018

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

Santíssimo Nome de Jesus - 03 de janeiro


Santíssimo Nome de Jesus

Comemoração litúrgica 03 de janeiro.


O nome de Jesus é grande pelo que significa. O nome de Jesus foi posto por Maria e José, em obediência à ordem que lhe viera de Deus. Disse o Arcanjo a Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc. 1,  31). A São José o Anjo disse: “Não temas receber Maria, tua mulher; porque o que nela se gerou, é obra do Espírito Santo. E dará à luz um filho, e por nome o chamarás Jesus”. (Mt. 1,  20). – Ora, os nomes impostos a alguém por ordem de Deus significam sempre qualquer dom  gratuito concedido pelo céu, assim como foi dado a Abraão. (Gen. 41,  51): “Serás chamado Abraão, porque te constitui pai de muita gente”. A Pedro foi dado o nome significativo: “Tu és Pedra, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja”. Porque a Cristo tinha sido conferido o dom da graça, pela qual todos seriam salvos, era conveniente que fosse chamado Jesus, isto é, “Salvador”. (São Tomás de Aquino).

Santo Antero - 03 de janeiro


Santo Antero, Papa e Mártir


Pontificado ano de 235 a 236

Comem. Litúrgica: 03 de janeiro.

Também nesta data: SS Nome de Jesus,  Santa  Genoveva, São Cirino e São Florêncio

Santo Antero, sucessor de São Ponciano, foi o décimo nono Papa da Igreja.  Era natural da Grécia,  tendo seu pontificado durado pouco mais de um mês. Assumiu a Cadeira de Pedro em novembro de 235 e morreu martirizado no mês de janeiro do ano subsequente.

Santa Genoveva - 3 de Janeiro




Santa Genoveva - Virgem Consagrada

Santa Genoveva era conhecida por seu amor e desejo de testemunhar Jesus Cristo
Santa Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamdo Dom Jermano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/01/2018

ANO B


Jo 1,29-34

Comentário do Evangelho

Jesus é o Cordeiro de Deus.

A festa do “Santíssimo nome de Jesus” remonta ao século XV, e se deve ao empenho de São João Capistrano e São Bernardino de Sena. No Missal Romano em vigor, é memória facultativa. Como se pode notar, o nosso texto não faz nenhuma menção à imposição do nome de Jesus. Ela é própria aos evangelhos de Mateus e Lucas (cf. Mt 1,21-23; Lc 2,21). Toda vez que, no quarto evangelho, a palavra é cedida a João Batista, ele a utiliza para dar testemunho (cf. 1,34) de Jesus. No quarto evangelho, João Batista tem relevância em razão do seu testemunho (cf. 1,6-9). Há quatro afirmações cristológicas importantes: a preexistência do Verbo (v. 30; cf. vv. 1-3); Jesus é o Cordeiro de Deus, cujo sacrifício resgatou o ser humano para Deus (v. 29); ele é, ainda, aquele em quem o Espírito Santo permanece (vv. 32-33); e, finalmente, ele é o Filho de Deus (v. 34; cf. v. 18). A visão de João mencionada no v. 34 não é estética nem exige o exercício ótico. É um movimento próprio da experiência da fé, através do qual a revelação de Deus é acolhida e compreendida em nossa carne.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito solidário com os pecadores, faze-me colaborar na obra da salvação, levando a todos a luz trazida por Jesus. Amém.
Fonte: Paulinas em 03/01/2014

Vivendo a Palavra

O testemunho de João Batista deve se tornar o pano de fundo para a nossa atividade evangelizadora. A exata compreensão de seu papel de voz que clama no deserto anunciando Jesus de Nazaré como o Cristo prometido e esperado é exemplo de humildade e sabedoria para nós, Igreja do Senhor.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

Como o Batista, o celebrante nos apresenta Jesus sacramentado exclamando: ‘Eis o Cordeiro de Deus!’ E nós, lembrando o oficial romano, respondemos que não somos dignos de que Ele entre em nossa casa, mas basta que peça ao Verbo de Deus que está encarnado n’Ele, e nossos pecados serão perdoados.

Reflexão

João Batista é o único profeta que profetizou o Messias, manifestou a sua presença no meio dos homens e falou sobre a sua missão de tirar o pecado do mundo. É ele quem batiza o autor do próprio batismo e presencia a vinda do Espírito Santo sobre Jesus. Por fim, o evangelho conclui com o testemunho maior de João Batista a respeito de Jesus: "Este é o Filho de Deus". A vida e a missão de João Batista só podem ser entendidas tendo como centro o Messias, nos mostrando a centralidade que Jesus deve ter nas nossas vidas e no nosso trabalho evangelizador.
Fonte: CNBB em 03/01/2014

Recadinho

João Batista chama Jesus de Cordeiro de Deus porque de Deus procede. O que faço para me apresentar como filho de Deus? - Consagro minha vida a Deus? Em que circunstâncias? - João Batista me indicaria como verdadeiro filho de Deus? - João Batista preparou os caminhos para a vinda de Jesus. Meu testemunho de vida prepara alguém para me seguir? Sirvo de exemplo? - Posso aceitar ser indicado como um verdadeiro filho de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/01/2014

Reflexão

João Batista passa a conhecer Jesus quando este se apresenta para ser batizado. A partir desse encontro, João tem certeza de que vem cumprindo bem sua missão: preparar o terreno para a manifestação do Messias. Para isso, João batizava com água, sinal de purificação. O Messias, entretanto, batizará com o Espírito Santo, a força do alto que infunde vida nova e dá sentido aos novos tempos. Realizada a experiência do encontro com Jesus, o Batista pode com segurança apresentá-lo ao povo como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Ele, por sua morte, libertará o povo do sistema injusto, sistema de morte. É a ele que se deve seguir doravante, pois ele é “o Filho de Deus”. É o Messias que ultrapassa as expectativas messiânicas da época.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

O MESSIAS RECONHECIDO

A atividade frenética do Batista, às margens do Jordão, não o fez perder a consciência de sua missão. No afluxo de penitentes à procura do batismo, ele se deu conta da presença do Messias Jesus. Por isso, advertiu a multidão para a presença do Cordeiro de Deus, enviado para abolir o pecado do mundo.
A situação do batismo de Jesus estava carregada de evocações. Sua exclamação lembrava o cordeiro pascal. As águas do Jordão recordavam o mar Vermelho. A eliminação do pecado do mundo aproximava Jesus de Moisés, condutor do povo de Israel para a terra prometida. Tudo isso servia para alertar a multidão acerca da presença do Messias.
João só reconheceu Jesus, por que movido pelo Pai, uma vez que já tinha declarado, por duas vezes, não ter um conhecimento prévio do Messias. Para não se enganar na identificação do Messias, João colocou-se numa atitude de contínuo discernimento. Teria sido desastroso um falso reconhecimento e a conseqüente atribuição do título de Cordeiro de Deus à pessoa indevida. João, ao contrário, não titubeou quando viu Jesus diante de si. Seu testemunho foi firme, pois estava certo de não ter sido induzido ao erro. Diante dele, estava, realmente, o Filho de Deus. Foi o Pai quem lhe revelara a identidade do Filho, e o movera a reconhecê-lo publicamente.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a reconhecer tua presença libertadora de nossa humanidade, desejosa de salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/01/2014

Meditando o evangelho

EIS O CORDEIRO DE DEUS!

A proclamação de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus” sublinha a função salvadora de Jesus, presente desde o início de seu ministério. Como pano de fundo desta imagem de Jesus-Cordeiro de Deus está a tradição do êxodo, suporte de toda a teologia bíblica.
Dois textos do evangelho joanino aludem à imagem enunciada pelo Batista. O primeiro é o discurso eucarístico no qual, ao falar em “comer a minha carne e beber o meu sangue”, Jesus referia-se a si mesmo como o cordeiro imolado na cruz, à semelhança do cordeiro sacrificado por ocasião da Páscoa. Na ceia pascal, os judeus comem a carne do cordeiro, recordando a libertação do Egito. No passado, o sangue do cordeiro, aspergido nos frontais das casas, indicava pertença ao povo eleito, e o livrava do castigo divino. O que o cordeiro pascal representou para o antigo Israel, Jesus representa para o verdadeiro Israel, cuja origem foi seu serviço obediente ao Pai.
O segundo corresponde à cena da cruz, quando Jesus foi traspassado pela lança. O evangelista recorda ter sido a tarde do dia em que se faziam os preparativos para a Páscoa o momento em que, com um golpe de lança, um soldado traspassou o peito de Jesus, sem lhe quebrar nenhum osso. Ou seja, na hora da imolação do cordeiro para a celebração da páscoa nas famílias, seguindo o rito como o cordeiro deveria ser sacrificado. Portanto, imolado na cruz, Jesus cumpriu o papel de Cordeiro de Deus “que tira o pecado do mundo”.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, que eu possa a acolher a salvação realizada por teu Filho Jesus, o qual veio abolir todo pecado deste mundo. Que o meu pecado também seja abolido!

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Cordeiro que tira o pecado do mundo...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A proclamação oficial da Nova Páscoa, que não só irá mudar a vida e o destino do Povo de Israel, mas de toda humanidade, foi feita no deserto, ás margens do Rio Jordão, precisamente no momento em que, Aquele que iria fazer o Batismo definitivo de purificação, entra na fila dos pecadores para receber o Batismo de João "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo".
Em uma frase nesse testemunho maravilhoso, João Batista resume toda a missão salvífica de Jesus, há neste testemunho dois pontos relevantes: primeiro, o Cordeiro da nova páscoa realizará um sacrifício definitivo e único, propiciando não apenas uma libertação política de uma nação que era escravizada pela outra, mas de todo e qualquer mal que dominava o Ser Humano, é portanto, infinitamente superior ao Cordeiro Pascal cuja sangue marcou os batentes das portas dos Hebreus na noite em que passou o Anjo Exterminador.
Segundo, a libertação é plena e é dirigida a toda humanidade, ganhando a salvação um caráter universal. Sendo a Revelação uma auto-comunicação de Deus, é ele próprio no Espírito Santo que revela a verdade a João, o Batista a respeito de Jesus.
E o que esse texto altamente revelador tem a nos dizer, que implicações ele traz a nossa vida de cristãos neste início de um novo ano? Exatamente o reforço da nossa Fé que é genuinamente Cristocêntrica.
Há sempre um perigo que ronda a vida dos cristãos, atrelar a Salvação do Homem á Igreja Instituição, pois é Jesus Cristo quem Salva e não a Igreja que é um valioso instrumento enquanto canal da Graça Divina.
No período da Patrística, que vigorou 500 anos após o primeiro século do Cristianismo, os "Pais da Igreja" reconheceram que o "Logos" espalhou pelo Verbo Encarnado, as sementes do Reino em todas as Nações, Culturas e Religiões do mundo inteiro, portanto, mesmo fora do âmbito eclesial, quem fizer o bem por causa da Fé em Jesus Cristo, estará caminhando para a salvação, que é desejo de Deus a todos os homens. Por isso o sentido universalista da afirmação de João ao apontar Jesus "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo".

2. Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A Liturgia celebra hoje o Santíssimo Nome de Jesus, nome que lhe foi dado primeiro pelo Anjo, quando da anunciação a Maria, e confirmado no oitavo dia do seu nascimento, ao ser circuncidado. É este o testemunho de João Batista sobre Jesus: Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. No dia da Páscoa, cada família tomava um cordeiro de um ano, macho e sem defeito, e o sacrificava quando o sol se punha. Além disso, todos os dias, na Tenda, enquanto estavam no deserto, e depois no Templo de Jerusalém, eram sacrificados dois cordeiros de um ano, um pela manhã e outro no fim do dia. Era o holocausto perpétuo. Isaías se refere ao Servo sofredor como um cordeiro conduzido ao matadouro. Ao ver Jesus, João não tem dúvida e declara que ele é o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo. É o Filho de Deus, sobre quem desceu o Espírito Santo e que já existia antes de João. O sinal dado a João Batista para identificar Jesus foi a visão do Espírito Santo descendo como uma pomba e permanecendo sobre Jesus. Enquanto João batizava com água, Jesus batizará com o Espírito Santo.

Liturgia comentada

Eis o Cordeiro de Deus! (Jo 1,29-34)
Um gesto, uma frase, e está cumprida a missão do Precursor: identificar diante dos homens de seu tempo Aquele que vinha como a vítima de Deus pela humanidade...
Para um judeu daquele tempo, a palavra “cordeiro” permanecia rica de ressonâncias. No presente, os cordeiros eram sacrificados sobre o altar do Templo, em rito de adoração ao Senhor Yahweh. No passado, um cordeiro (Gn 22,13) dera a vida para que Isaac, o filho bem-amado, tivesse a vida preservada. Na noite da libertação, ao deixar o Egito, o povo de Israel fora preservado da incursão do Exterminador graças ao sangue de um cordeiro (Ex 12,22-23) aspergido sobre as vergas dos portais. Daí em diante, em cada Páscoa, um cordeiro sem mancha – tipo do Messias – fazia-se presente à mesa de cada família judaica. Era o Cordeiro Pascal.
Assim, dizer “cordeiro” era dizer “vítima, hóstia” a ser oferecida a Deus. O cordeiro dá sua vida para que os outros não venham a perdê-la. Se, entretanto, por uma deriva que atingiu todo o inconsciente coletivo do povo escolhido, estavam à espera de um Messias vencedor, glorioso general libertador, não fora essa a imagem que Isaías lhes passara, ao retratar o Messias como um cordeiro mudo, que se deixa levar sem protestos até o matadouro. (Cf. Is 53,7.)
No célebre retábulo de Issenheim, em Colmar - hoje no museu de Unterlinden -, a pintura de Matthias Grünewald retrata a Crucifixão de Jesus. Á direita do espectador, em intencional anacronismo, está João Batista. De pé, traz na mão esquerda o livro aberto da Palavra de Deus, do qual se irradia a luz que ilumina todo o quadro. Com a mão direita, ele aponta para o Crucificado. No fundo, a frase, em latim: “Importa que ele cresça, e eu diminua.” (Cf. Jo 3,30.) E aos pés do Batista, vê-se um alvíssimo cordeiro, de cujo peito aberto corre um fluxo de sangue recolhido em um cálice de ouro. Entre o cordeiro e Jesus, na cruz, um processo de identificação.
No fundo do retábulo, a noite escura. E é no meio dessa noite que o Cordeiro de Deus nos vem trazer a vida e a salvação.
Como João Batista, nós somos chamados a apontar o Cristo para o mundo, a identificar Aquele que o mundo não conhece. Aceitaremos a missão?
Orai sem cessar: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!” (da Liturgia Eucarística)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 03/01/2014

HOMILIA

JOÃO, O DEDO QUE APRESENTA JESUS

O Amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficar triste ou viver amargurado se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “ Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Cordeiro de Deus em latim é Agnus Dei, uma expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é freqüentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, onde João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era freqüente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais - o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução.
A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como Filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para a humanidade.
João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi tão marcante que o tornou conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com freqüência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene com a prática da justiça que fortalece a vida.
Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo possível de justiça e paz.
Interpelado estou eu e estás tu também a sermos o dedo em nossos dias que aponte para Jesus e diga. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos introduzir no Reino da fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo, fazer-me seguidor d’ele e a ser o dedo que o mostre à todos os homens.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/01/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Jesus é o Cordeiro de Deus

O Cordeiro que se imola, que se sacrifica, que é Jesus, é o Cordeiro que vem ao nosso encontro para agir em nossos corações, para tirar o pecado da nossa vida.
“No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”’ (João 1, 29).
Que maravilha João Batista, como mensageiro do Senhor, ele não só apenas nos mostra Jesus, mas também nos diz quem é Jesus! A primeira coisa que João nos diz é que Ele é o Cordeiro de Deus. Você sabe a importância que o cordeiro tem para a cultura judaica, sobretudo, para a cultura religiosa.
Durante a Páscoa costumavam oferecer o cordeiro em sacrifício, o primeiro animalzinho, ainda novinho, era sacrificado em expiação dos pecados; e, muitas vezes, os judeus se acostumavam somente a isto: A acreditar que um ritual fosse capaz de purificar os pecados. Por mais sagrado e valoroso que fosse aquele ritual, e por mais que ele até purificasse os pecados; aquele cordeiro, aquele animalzinho sacrificado, não tinha o poder de tirar o pecado da vida e do coração dos homens. Por isso que Deus não quis mais o sacrifício de cordeiros. Ele enviou o Seu próprio Filho, e o Seu Filho é o único Cordeiro de Deus, que é capaz de tirar os nossos pecados.
Ele se imola por nós, se sacrifica, se oferece por nós, e o Seu ato de se imolar a cada dia vai nos lavando e nos purificando de nos nossos pecados. O Cordeiro que se imola, que se sacrifica, que é Jesus, é o Cordeiro que também vem ao nosso encontro para agir em nossos corações e para tirar o pecado da nossa vida.
Quando nós proclamamos que Jesus é o Nosso Salvador, que é o Nosso Libertador, a primeira libertação e salvação que Ele opera em nós é nos libertar do pecado que nos escraviza. Para isso a primeira coisa que precisamos fazer é: eu e você precisamos reconhecer que somos pecadores, e uma vez que somos pecadores, recorrermos, implorarmos e pedirmos ao Senhor e ao nosso Deus, a este Cordeiro abençoado que veio para nos salvar, que nos liberte da escravidão do pecado.
Algum vício, algum pecado mais forte, que já dura tanto tempo que vai nos mantendo cativos, nós não precisamos nos angustiar nem nos prender ao pecado. O que nós precisamos é olhar para Ele, o que nos precisamos é confiar n’Ele e não tirar o nosso olhar d’Ele e ter a certeza de que Cristo é o único Cordeiro, imolado e crucificado, que nos liberta dos nossos pecados.
Jesus, eu sou pecador, eu confio em Vós, e como eu preciso do Senhor, Jesus! Por isso eu peço: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende pena e compaixão de mim!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos especial veneração pelo Nome de Jesus. Que Ele seja o centro de nossa Vida, a Verdade que tanto buscamos e o Caminho que nos levará ao teu Reino de Amor, onde estaremos na Paz do teu abraço de Pai que tem no coração o afeto de Mãe. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.


FELIZ 2018

LITURGIA DIÁRIA - 03/01/2018


Tema do dia

SANTÍSSIMO NOME DE JESUS

Nome é a expressão da natureza da pessoa, aquilo que ela é, e a que missão se propõe. As leituras da Carta e do Evangelho de João falam sobre manifestações de Jesus e nos fazem compreender que Ele é o Filho Amado do Pai Misericordioso que veio a nós.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

PRIMEIROS DIAS DO ANO - 03 de janeiro Natal
Cor: Branco


Primeira Leitura (1Jo 2,29–3,6)
Quarta-feira antes da Epifania - 03/01/2018

Leitura da Primeira Carta de São João.

Caríssimos: 29Já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 4Todo o que comete pecado, comete também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade. 5Vós sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6Todo aquele que peca mostra que não o viu, nem o conheceu.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 97)
Quarta-feira antes da Epifania - 03/01/2018

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
— Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, nosso Rei!


Evangelho (Jo 1,29-34)
Quarta-feira antes da Epifania - 03/01/2018


Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

29No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.