sábado, 31 de dezembro de 2022

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1 de Janeiro





Maria Santíssima, Mãe de Deus

A Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus, é a primeira festa mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Originalmente, a festa nasceu com o intuito de substituir o costume pagão das stranae (dádivas), cujo ritos não correspondiam com a santidade das celebrações cristãs. O título foi criado pelos cristãos para exprimir uma fé que não tinha relação com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, daquele que, desde sempre, era o Verbo Eterno de Deus.
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios: em 325, o Concílio de Nicéia; e, em 381, o de Constantinopla. Esses dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
No século IV, ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina Escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.
No terceiro Concílio Ecumênico, em 431, Maria Santíssima foi aclamada Mãe de Deus, em grego, Theotókos. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem “a Mãe de Jesus” e afirmem que Ele é Deus (Jo 20,28; cf. 5,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt 1,22-23).
A palavra Theotókos significa Mãe de Deus, que é o artigo que os católicos professam em Maria Santíssima; porém Theótocos quer dizer ‘gerada de Deus’, ponto que Nestório, patriarca de Constantinopla e grande inimigo da Virgem, duvidava e contestava a legitimidade do título. A mudança de acento na palavra altera o sentido, passando de um sentido bem preciso para outro vago.
Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do seu amor para com a Virgem.
Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história. Ela é o ponto de união entre o céu e a terra.
Maria Santíssima, rogai por nós!

Referências:
Livro ‘Um Santo de cada dia’ – Mario Sgarbossa, Luigi Giovannin
Livro ‘Santos de cada dia’ – Organização de José Leite, S.J.
Fonte: Canção Nova em 2022

Santa Maria, Mãe de Deus

Solenidade

Origens

A Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus, é a primeira festa mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Originalmente, a festa nasceu com o intuito de substituir o costume pagão, cujo ritos não correspondiam com a santidade das celebrações cristãs. O título foi criado pelos cristãos para exprimir uma fé que não tinha relação com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, daquele que, desde sempre, era o Verbo Eterno de Deus.

O Título

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios: em 325, o Concílio de Nicéia; e, em 381, o de Constantinopla. Esses dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

A Natureza Humana de Maria

No século IV, ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina Escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.

A Santíssima Virgem é a Mãe de Deus:  Ela é o ponto de união entre o céu e a terra

Ave Theotókos

No terceiro Concílio Ecumênico, em 431, Maria Santíssima foi aclamada Mãe de Deus, em grego, Theotókos. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem “a Mãe de Jesus” e afirmem que Ele é Deus (Jo 20,28; cf. 5,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt 1,22-23).

Mãe de Deus

A palavra Theotókos significa Mãe de Deus, que é o artigo que os católicos professam em Maria Santíssima; porém Theotokos quer dizer ‘gerada de Deus’, ponto que Nestório, patriarca de Constantinopla e grande inimigo da Virgem, duvidava e contestava a legitimidade do título. A mudança de acento na palavra altera o sentido, passando de um sentido bem preciso para outro vago.

A Fé no Filho Jesus e na Mãe Maria Santíssima

Expressão de Fé

Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do seu amor para com a Virgem.

O Centro da História

Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história.

Minha oração

“Mãe de Deus e nossa, desde o primeiro dia do ano quero consagrar a mim e a minha família, tudo o que tenho, faço e sou a Jesus por tuas mãos Maria. Que o meu ano seja rodeado da tua benção e proteção. Em tudo quero ser mais de Deus. Amém.”

Maria Santíssima, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 1 de janeiro

Na Turquia, o sepultamento de São Basílio, bispo, cuja memória se celebra amanhã. († c. 379)
- Na Campânia e nos Abruzos, regiões da Itália, a comemoração de São Justino é celebrado como bispo. (c. s. IV)
- Em Roma, Santo Almáquio, que, opondo-se às lutas dos gladiadores, por ordem de Alípio.(† 391)
- Na França, a comemoração de Santo Eugendo, abade do mosteiro de Condat. († 516)
- Em Ruspas, atual Tunísia, São Fulgêncio, bispo. († 533)
- Em Vienne, na Borgonha, na atual França, São Claro, abade do mosteiro de São Marcelo. († 660/670)
- Em Troyes, na atual França, São Frodoberto, fundador e primeiro abade do mosteiro de Moutier-la-Celle. († c. 667)
- Na Normandia, França, o falecimento de São Guilherme, abade de São Benigno de Dijon. († 1031)
- Próximo de Sauvigny, cidade da Borgonha, França, o passamento de Santo Odilo, abade de Cluny.(† 1049)
- Atualmente, na Chéquia, Santa Zedislava, mãe de família, que prestou grande conforto aos aflitos.(† 1252)
- Em Gualdo Cattáneo, na Úmbria, atualmente na região da Itália, o Beato Hugolino, que viveu como eremita. († s. XIV)
- Em Roma, São José Maria Tomási, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes Teatinos e cardea. († 1713)
- Em Avrillé, França, os irmãos beatos João e Renato Lego, presbíteros e mártires. († 1794)
- Em Roma, São Vicente Maria Strámbi, bispo de Macerata e de Tolentino, da Congregação da Paixão. († 1824)
- Em Hasselt, na Bélgica, o Beato Valentim Paquay, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1905)
- Em L’viv, na Ucrânia, São Segismundo Gorazdowski, presbítero que fundou o Instituto das Irmãs de São José. († 1920)
- Em Santander, Espanha, o Beato André Gómez Sáez, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1937)
- Em Mirna, na Eslovénia, o Beato Luís Grozde, membro da Acção Católica e mártir. († 1943)
- No campo de concentração na Alemanha, o Beato Mariano Konopinski, presbítero e mártir. († 1943)

Fonte:
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Martirológio Romano

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

Maria, Mãe de Deus

Maria, mãe de Deus

"Ela é a mulher forte que
conheceu a pobreza e o
sofrimento, a fuga e o exílio".
Mt 2,13-23

"A mulher cuja função, materna
se dilatou, vindo a assumir, no
Calvário, dimensões universais"
Papa Paulo VI

Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!
Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.
Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.
Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.
O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.
Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.
A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.
Fonte: Paulinas em 2013

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

A Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus é a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental, começou a ser celebrada em Roma no século VI, provavelmente junto com a dedicação –no dia 1º de janeiro– do templo “Santa Maria Antiga” no Foro Romano, uma das as primeiras igrejas marianas de Roma.
A antigüidade da celebração mariana pode ser constatada nas pinturas com o nome de “Maria, Mãe de Deus” (Theotókos) que foram encontradas nas Catacumbas ou antiqüíssimos subterrâneos que estão cavados debaixo da cidade de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Missa nos tempos das perseguições.
Mais adiantes, o rito romano celebrava no dia 1º de janeiro a oitava de Natal, comemorando a circuncisão do Menino Jesus. Após desaparecer a antiga festa mariana, em 1931, o Papa Pio XI, por ocasião do XV centenário do concílio de Éfeso (431), instituiu a Festa Mariana para o dia 11 de outubro, em memória deste Concílio, no qual se proclamou solenemente a Santa Maria como verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus; mas na última reforma do calendário –logo após o Concílio Vaticano II– a festa foi transferida para o dia 1o de janeiro, com a máxima categoria litúrgica, de solenidade, e com título de Santa Maria, Mãe de Deus.
Desta maneira, esta Festa Mariana encontra um marco litúrgico mais adequado no tempo de Natal do Senhor; e ao mesmo tempo, todos os católicos começamos o ano pedindo a proteção da Santíssima Virgem Maria.

O Concílio de Éfeso

No ano de 431, o herege Nestor atreveu-se a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afirmando: “Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses”. Frente a isso, 200 bispos do mundo se reuniram em Éfeso –a cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos– e iluminados pelo Espírito Santo declararam: “A Virgem Maria é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”. E acompanhados por todo o gentio da cidade que os rodeava portando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém. Amém".
Também São Cirilo de Alexandria ressaltou: “Dir-se-á: a Virgem é mãe da divindade? A isso respondemos: o Verbo vivente, subsistente, foi gerado pela mesma substância de Deus Pai, existe desde toda a eternidade... Mas no tempo ele se fez carne, por isso pode-se dizer que nasceu de mulher”.

Mãe do Menino Deus

“Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”
É a partir desse fiat, faça-se que Santa Maria respondeu firme e amorosamente ao Plano de Deus; graças a sua entrega generosa Deus mesmo pôde se encarnar para nos trazer a Reconciliação, que nos livra das feridas do pecado.
A donzela de Nazaré, a cheia de graça, ao assumir em seu ventre o Menino Jesus, a Segunda Pessoa da Trindade, torna-se a Mãe de Deus, dando tudo de si para seu Filho; vemos pois que tudo nela aponta a seu Filho Jesus.
É por isso, que Maria é modelo para todo cristão que busca dia a dia alcançar sua santificação. Em nossa Mãe Santa Maria encontramos a guia segura que nos introduz na vida do Senhor Jesus, ajudando-nos a conformar-nos com Ele e poder dizer como o Apóstolo “vivo eu mas não eu, é Cristo que vive em mim”.
http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=173

Nossa Senhora Maria, Mãe de Deus


A mais antiga devoção mariana encontrada na tradição cristã, tanto do Ocidente quanto do Oriente, é o culto à Maria como Mãe do Verbo encarnado. Desde os primórdios da Igreja ela foi reconhecida como a "Teotokos", palavra grega que significa "Mãe de Deus". Os povos sempre veneraram Maria, por compreenderem que através de sua maternidade, Deus iniciou o grande mistério de redenção da humanidade.
O concílio de Éfeso (431) definiu explicitamente que Maria é "Mãe de Deus" (Teotokos - DS 113). Sua intenção era afirmar a unidade da pessoa de Cristo. Reconhecer Maria como mãe de Deus significa, de fato, professar que Cristo, filho de Maria segundo a geração humana, é Filho de Deus e Deus ele mesmo. "Deus", na expressão "Mãe de Deus", designa unicamente a pessoa do Filho e essa expressão justifica-se pelo fato de que cada mulher é mãe não só do corpo, mas, também da pessoa de seu filho. Teotokos, teologicamente, não significa, contudo, genitora da divindade, mas, sim, geradora do Verbo encarnado.
A maternidade de Maria constitui seu título mais glorioso, e não interessa somente a ela, mas a todo o povo de Deus. Maria é o meio escolhido por Deus para a encarnação de seu Filho. Os caminhos de Deus e da humanidade cruzam-se nela. O que valoriza a participação de Maria é sua liberdade: livremente concede a Deus o seu "sim".
Este dogma tem profundas e sólidas referências bíblicas. É com o título de "Mãe" que Maria é chamada, na maioria das vezes, no Novo Testamento. Para os Evangelhos, Maria é, fundamentalmente, a Mãe de Jesus. Mateus afirma a maternidade divina de Maria (cf Mt 1,18-25): o anjo anuncia a José que aquele que vai nascer "salvará o seu povo de seus pecados." (Mt 1,21) Lucas descreve a maternidade divina de Maria por meio de significativos símbolos: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra." (Lc 1,35).
Os concílios ecumênicos procuram esclarecer alguns pontos controvertidos da doutrina da encarnação de Jesus Cristo, sua pessoa, sua natureza divina e humana.
O concílio de Constantinopla I (381) declarou: "E se encarnou do Espírito Santo e de Maria Virgem." O Espírito Santo e Maria deram origem a Jesus.
O Concílio de Éfeso (431) declarou que Maria é a Teotókos; o Concílio de Calcedônia (451): "O Filho que antes dos séculos é gerado pelo Pai segundo a divindade, do mesmo modo, nos últimos dias, por nós e por nossa salvação, é gerado por Maria virgem Mãe de Deus segundo a humanidade.".(DS 301); e o concílio Vaticano II (1962-1965) declarou que a maternidade de Maria é a chave explicativa do seu mistério e missão; é a base de toda a mariologia.
Reconhecer Maria como Mãe de Deus significa professar que Jesus, o carpinteiro de Nazaré, o crucificado, filho de Maria segundo a geração humana, é Filho de Deus e Deus mesmo.
Proclamar Maria Mãe de Deus significa afirmar que, realmente, o Reino "já está no meio de nós" (Lc 17,21; Mt 4,17). Deus está dentro da nossa história e é um dos nossos, tendo assumido tudo, menos, evidentemente, o pecado. Maria é aquela que, em nosso nome, colaborou para que isso acontecesse.
Destaca-se, neste dogma, a grandeza do mistério da mulher: ela é a fonte da vida. Tendo Jesus nos assumido como irmãos, Maria é também Mãe de todos os viventes. Sendo o rosto de Deus formado da carne de Maria, em cada mulher Deus deixa transparecer seu rosto.
FONTE: paulinas - dia feliz - Maria em 2013

Santa Mãe de Deus

Espiritualidade - Este é o dia em que se recorda a maternidade divina de Maria, dia da fraternidade universal e, por determinação do Papa Paulo VI, dia de orações pela paz universal ou dia Mundial da Paz

Fonte informação - Santo Nosso de cada dia, rogai por nós

Oração - Rainha da Paz, Mãe Santíssima do Filho de Deus, Príncipe da Paz, salva as nações e os povos de todo o continente, que tanto confiam em ti, das guerras, do ódio e da subversão (João Paulo II). Ó Mãe de Deus e nossa Mãe, abre nossos corações ao perdão, ao diálogo. Ensina-nos a reconciliação com nossos irmãos e com o Deus que é Amor e Perdão, Paz e Justiça, e nos quer como irmãos. Que em teu Filho, fruto bendito de teu ventre, tenhamos a vida e vida em abundância. Ave, Maria...

Devoção - À Santíssima Trindade

Outros Santos do dia - Santa Mãe de Deus; Agripino Frodeberto, Justino (bispo); Almáqio, Concórdio (mártires); Beatriz, Eufrosina (virgens); Eugênio, Odilon, Guilherme (abades).
Fonte: ASJ em 2016

Morre Bento XVI: o ‘humilde trabalhador’ e seu legado de esperança à Igreja Católica


Vaticano, 31 Dez. 22 / 09:50 am (ACI).- O papa emérito Bento XVI morreu em hoje (31), com a idade de 95 anos, encerrando uma vida cheia de eventos de um clérigo que proclamou a ‘eterna alegria’ de Jesus Cristo e chamou a si mesmo de ‘humilde trabalhador’ na vinha do Senhor.
Sua morte foi anunciada em Roma hoje (31).
O cardeal Joseph Aloisius Ratzinger foi eleito papa em 19 de abril de 2005 e adotou o nome de Bento XVI. Oito anos depois, em 11 de fevereiro de 2013, aos 85 anos, ele chocou o mundo com o anúncio, feito em latim, de que renunciava ao papado. Foi a primeira renúncia de um papa em quase 600 anos. Bento XVI alegou a idade avançada e a falta de vigor como impróprios para o exercício do cargo.
O enorme legado de suas contribuições teologicamente profundas à Igreja e ao mundo continuarão sendo uma fonte de reflexão e estudo.
Antes mesmo de sua eleição como papa, Ratzinger exerceu influência duradoura na Igreja moderna, primeiro como jovem teólogo no concílio Vaticano II (1962-1965) e, depois, como prefeito da então Congregação para a Doutrina da Fé.
Defensor articulado da doutrina católica, ele cunhou o termo “ditadura do relativismo” para descrever a crescente intolerância religiosa do secularismo no século XXI.
O pontificado de Bento XVI foi moldado por sua profunda compreensão desse desafio à Igreja e ao catolicismo diante da crescente agressão ideológica, de uma mentalidade ocidental cada vez mais secular, tanto dentro quanto fora da Igreja.
Bento XVI foi também um dos principais arquitetos da luta contra o abuso sexual na Igreja no início dos anos 2000. Ele supervisionou as extensas mudanças feitas no direito canônico e demitiu do estado clerical centenas de abusadores. Ele também iniciou uma investigação canônica dos Legionários de Cristo, depois de crescentes legações sobre graves abusos sexuais perpetrados por seu fundador, o padre mexicano Marcial Maciel Degollado. A investigação canônica levou a um longo processo de reforma sob a autoridade do cardeal Velasio de Paolis.
Milhões de pessoas no mundo todo leram os livros de Bento XVI, entre os quais o inovador Introdução ao Cristianismo, de 1968, e os três volumes de Jesus de Nazaré, publicados entre 2007 e 2012.
Ao se tornar o primeiro papa a renunciar ao cargo em quase 600 anos, Bento XVI viajou da cidade do Vaticano a Castel Gandolfo de helicóptero, em 28 de fevereiro de 2013, e, no mês de maio seguinte, assumiu uma vida de recolhimento no mosteiro Mater Ecclesiae, nos jardins do Vaticano.

Um helicóptero transporta o papa emérito Bento XVI quando ele se
aposenta oficialmente na Cidade do Vaticano em
28 de fevereiro de 2013.
Getty Images News/Getty Images.

Um Brinde ao Último Sábado do Ano! FELIZ ANO NOVO!