ANO A
Lc 19,45-48
Comentário do Evangelho
Denúncia de Jesus
A chegada de Jesus a Jerusalém é marcada por dois momentos fortes de denúncia da teocracia aí sediada. Primeiro, a lamentação de Jesus sobre a cidade (cf. 22 nov.) e, logo a seguir, a denúncia da prática mercadológica do Templo. Jesus, em seu ministério na Galileia e nos territórios gentílicos vizinhos, fizera seu anúncio do Reino de Deus às multidões de pobres e excluídos, suscitando a ira dos chefes de sinagogas locais. Agora Jesus decide fazer seu anúncio libertador no próprio centro do poder religioso, mesmo sabendo que estava condenado pelos dirigentes do judaísmo. Para isto escolhe a ocasião da celebração da Páscoa judaica, quando uma multidão de peregrinos concentra-se em Jerusalém, em torno do Templo. No Templo havia, desde a sua fundação, um anexo, o Tesouro (gazophylákion), onde eram depositadas as riquezas acumuladas a partir das ofertas dos fiéis. As inúmeras e minuciosas observâncias legais, impossíveis de ser cumpridas, pesavam sobre o povo que, humilhado e submisso, era qualificado como pecador. O ataque de Jesus ao Templo visa abalar este núcleo de poder, em vista da libertação de seu povo, e acelera sua sentença de morte por parte dos dirigentes religiosos, enquanto o povo ficava fascinado.
José Raimundo Oliva
Oração
Espírito purificador, tira do meu coração toda sorte de maldade e de egoísmo, que o tornam indigno de ser morada de Deus.
Vivendo a Palavra
Pensamos sempre no duplo sentido do Templo: pode ser aquela imponente construção em Jerusalém, ou pode ser o nosso corpo, morada do Espírito Santo. Ambos merecem respeito e devem ser mantidos puros. A Casa não será poluída com interesses comerciais menores e o corpo será posto a serviço dos irmãos.
VIVENDO A PALAVRA
Pensamos sempre no duplo sentido do Templo: pode ser aquela imponente construção em Jerusalém, ou pode ser o nosso corpo, morada do Espírito Santo. Ambos merecem respeito e devem ser mantidos puros. A Casa de pedra não será poluída com interesses comerciais menores e o corpo será colocado a serviço dos irmãos.
Vivendo a PalavrA
O Templo de Jerusalém foi muitas vezes cenário da atividade messiânica de Jesus. Desde jovem, Ele o frequentou. No seu espaço Ele ensinou ao povo e, por sugestivas parábolas, proclamou a chegada do Reino do Pai. Realizou sinais e, como ouvimos no texto de hoje, Ele o purificou dos desvios mercantilistas. O respeito à Casa do Pai é a lição a ser aprendida e seguida por nós, discípulos missionários deste conturbado início do século 21.
Reflexão
Existem muitas pessoas que se vangloriam do fato de participar ativamente da Igreja, possuir ministérios ou ter um cargo importante na comunidade eclesial. Mas infelizmente, existem pessoas que usam do fato da pertença na comunidade para substituir as relações de serviço por relações de poder, para dominar, oprimir, buscar promoção pessoal e desvalorizar as outras pessoas que fazem parte da comunidade. A religião para essas pessoas é uma forma não de adorar ao Deus vivo e verdadeiro, mas sim de promover o culto a si próprio e buscar a satisfação dos seus próprios interesses. A esses diz Jesus: "sofrerão a mais rigorosa condenação".
Reflexão
O evangelista Lucas usa poucas palavras para descrever a expulsão dos vendedores que se instalaram no Templo. No entanto, trata-se de atitude densa de significado: o Templo já não era o lugar do sincero louvor a Deus e do cultivo das boas relações humanas. Tinha se transformado em “abrigo de ladrões”, recinto de exploradores do povo. Perdeu sua finalidade. Não havia mais razão para permanecer. Jesus, com seu gesto profético, provoca as autoridades, porque está abalando uma estrutura que, por séculos, constituía o centro do poder religioso, social, econômico e político do povo de Israel. Com efeito, os chefes dos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos do povo, mais que depressa começam a tramar a morte de Jesus. Não obstante o perigo próximo, Jesus “ensinava todos os dias no Templo”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
O evangelista Lucas usa poucas palavras para descrever a expulsão dos vendedores que se instalaram no Templo. No entanto, trata-se de atitude densa de significado: o Templo já não era o lugar do sincero louvor a Deus e do cultivo das boas relações humanas. Tinha-se transformado em “abrigo de ladrões”, recinto de exploradores do povo. Perdeu sua finalidade. Não havia mais razão para permanecer. Jesus, com seu gesto profético, provoca as autoridades, porque está abalando uma estrutura que, por séculos, constituía o centro do poder religioso, social, econômico e político do povo de Israel. Com efeito, os chefes dos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos do povo, mais que depressa começam a tramar a morte de Jesus. Não obstante o perigo próximo, Jesus “ensinava todos os dias no Templo”.
Oração
Ó Jesus Messias, teu ardente zelo pela “casa de oração” te leva a expulsar de seu interior os mercadores, que dela fizeram um “abrigo de ladrões”. Purificado, o Templo se torna ponto de onde ensinas o povo, sedento de tua mensagem. Alimenta-nos, Senhor, com tuas palavras de vida eterna. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Meditando o evangelho
A CASA DE DEUS PROFANADA
Jesus não se conteve, quando se deparou com o estado em que se encontrava o templo de Jerusalém. Na mentalidade da época, o templo era o lugar escolhido por Deus para habitar no meio de seu povo. Era o espaço do encontro do Pai com seus filhos. Portanto, lugar da comunhão fraterna, da justiça, do respeito aos pobres e aos fracos, que são os preferidos de Deus.
Este ideal grandioso, porém, chocava-se com a realidade. O templo tornara-se um amplo mercado onde se fazia câmbio de dinheiro para facilitar a vida dos peregrinos estrangeiros e se comerciava os diversos tipos de animais usados para o sacrifício. Toda esta intensa atividade visava a ganância do lucro, dificilmente obtido por motivo de pura caridade. Assim, a injustiça e a exploração eram praticadas na própria casa de Deus. Os pobres e ingênuos peregrinos eram expoliados, sob os olhos do Pai. A boa-fé do povo transformava-o em joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas. E tudo isso com a benévola anuência da classe sacerdotal, que tirava partido da situação.
A realidade do templo estava em aberta contradição com o ideal de Reino de Deus pregado por Jesus. Daí o furor que se apossou de seu coração e o gesto profético de expulsar os profanadores da casa de Deus, que devia ser espaço do amor.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Senhor Jesus, não permita que eu permaneça insensível, vendo a casa de Deus - o coração humano - ser profanado pela injustiça.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Minha casa será casa de oração...
Depois de ter lamentado a sorte de Jerusalém, Jesus entrou na cidade e foi ao Templo. Viu os vendedores e acusou-os de transformar a Casa de Oração em covil de ladrões. E todos os dias Jesus ia ao Templo para ensinar o povo. O povo o ouvia com gosto, o que se tornava um problema para os sacerdotes e os escribas que queriam matar Jesus. A purificação do Templo foi certamente uma ação profética de Jesus, ligada à lamentação proferida anteriormente sobre a destruição de Jerusalém. Esse Templo, que deveria ser Casa de Oração para todos os povos, transformou-se necessariamente em casa de comércio pelo volume de atividades requeridas pelos sacrifícios a serem oferecidos, incluindo câmbio de moedas. O que Deus quer, porém, é amor e conhecimento de Deus, e não sacrifícios e holocaustos. Ao relatar seu próprio chamado, Mateus cita esta afirmação do profeta Oseias e a repete quando os discípulos arrancam espigas para comer num dia de sábado. A misericórdia vai substituir tudo o que se fazia no Templo. A multiplicação de leis e preceitos, as minúcias na organização dos ritos, as exigências da qualidade do material dos sacrifícios; enfim, todas as normas litúrgicas da época transformaram a Casa de Oração em covil de ladrões. Ladrões de dinheiro e ladrões de consciência. Os mais simples levam a sério o que lhes dizem que é vontade de Deus.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Os Ladrões do Templo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
___Olha São Lucas, a gente aqui do Terceiro Milênio da Era Cristã, está achando que podemos trabalhar esta reflexão em cima dessa acusação muito grave que Jesus faz contra os mercadores "Fizestes da minha casa um esconderijo de Ladrões".
___Vocês estão no caminho certo, mas falta incluir a frase inicial que é também muito importante "A minha casa é casa de oração...".
___Então há uma relação entre essas duas afirmações?
___Claro que há, pense que uma casa de oração é antes de tudo um lugar de encontro...
___Certo! Encontro com os irmãos e irmãs e também com Deus. Mas encontro para que?
___Ótima pergunta, tem gente que pensa que é um encontro para rezar.
___Mas, não é?
___O Rezar junto é apenas conseqüência de quem vive em comunhão e só está em comunhão com Deus e os irmãos quem se doa, dando algo de si para os outros. Quando você faz o contrário e tira algo dos outros para si, isso se chama "Roubo".
___Ah...! Quer dizer que ainda tem muitos "mercadores" em nossas comunidades?
___Claro que tem, como tinha nas comunidades primitivas do primeiro século... sempre que nos trabalhos pastorais somos um obstáculo para que os irmãos e irmãs não tenham acesso á esta Vida Nova oferecida por Jesus, estamos na verdade tirando algo que lhes pertence. Sempre que a Igreja não cumpre sua missão primária que é evangelizar, está também roubando algo valioso que não lhe pertence.
___É por isso que os Escribas, os Príncipes dos Sacerdotes e Chefes do Povo estavam querendo acabar com Jesus? Ele estava atrapalhando seus "negócios"...
___Isso mesmo, Jesus é alguém que se doa, seus ensinamentos não são apenas retórica e discurso bonito, olhando para ele e prestando atenção naquilo que fala e faz, a comunidade facilmente irá se dar conta dos mercenários disfarçados de pastores que há em seu meio.
2. Minha casa será casa de oração - Lc 19,45-48
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Entrando na cidade, Jesus vai ao Templo, o coração de Jerusalém e de todo Israel, e o purifica. O Templo deve tornar-se casa de oração. A citação é de Isaías: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Algo novo se delineia. O Templo purificado será abandonado até o dia em que ele voltar. Não ficou pedra sobre pedra. A esperança cristã não está na reconstrução do edifício. Conta-se que o imperador Juliano, chamado apóstata por ter renegado o Batismo, mandou que se reconstruísse o Templo num ato de desafio a Jesus Cristo. Dizem que das pedras saía fogo e o trabalho não pôde ser levado adiante. Ao morrer numa batalha, Juliano, caindo do cavalo, apanhou um pouco de terra, jogou-a para o alto e exclamou: “Venceste, Galileu”. Jesus transforma a casa de comércio em casa de ensino, realizando a palavra profética: “De Sião sairá o Ensinamento e de Jerusalém, a Palavra do Senhor”. Antes, um covil de ladrões. Depois, todos os dias Jesus ensinava no Templo ao povo encantado com o que ouvia. Essa casa se torna por um tempo o seu espaço onde partilha o seu ensinamento com o povo que o ouve com prazer. Lucas descreve muito brevemente a purificação do Templo e passa para a discussão sobre a autoridade de Jesus. Jesus age com autoridade e sua autoridade visa ao projeto de Deus: “Minha casa será casa de oração”.
HOMILIA DIÁRIA
O gosto da profecia cristã
Postado por: homilia
novembro 23rd, 2012
A Igreja nos convida a ouvirmos, meditarmos e daí tirarmos consequências práticas do acontecimento bíblico, agora narrado por São Lucas: Lc 19, 45-48.
Segundo este evangelista, a profética expulsão do Templo ocorreu no mesmo dia em que Jesus entra triunfantemente em Jerusalém, como meta de Sua viagem pascal (cf. Lc 19, 28-39). O mais curto relato dentre os Evangelhos não perdem, nem por isso, a riqueza e profundidade. Vem Espírito Santo e ajuda-nos a desbravarmos este tesouro!
No Evangelho, Jesus se revela como o Senhor e Mestre do templo da Cidade Santa, lugar onde São Lucas apresenta como ambiente próprio dos últimos feitos e ensinamentos do Salvador da humanidade.
Retornando à purificação do Templo, Jesus fundamenta o Seu ato na Palavra de Deus, proferida por Isaías e Jeremias, chamando-O de “novo” Moisés, Isaías e Jeremias, bem compreendendo que n’Ele e para Ele convergiram todas as promessas e profecias, tanto do Antigo como na Nova e Eterna Aliança.
Jesus Cristo é tudo para as Sagradas Escrituras. Mas e para cada um de nós? Resposta que a Igreja Católica reafirmou no Concílio Vaticano II: «A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à Sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos. Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre» (Gaudium et Spes, nº 10).
Por isso, neste Ano da Fé, precisamos pedir a graça de Deus para pensarmos e professarmos a nossa fé segundo a Igreja de Cristo, a qual segue na história sendo sinal e sacramento da Salvação presente e testemunhada na Palavra do Senhor. Ela atesta, desde o Antigo Testamento, a autoridade que, um dia, seria revelada por e em Jesus de Nazaré: «Porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos» (Is 56, 7).
É bom recordar que o espaço do Templo em que Jesus atuou era reservado aos gentios, mas precisava ser ponto de encontro dos povos com o Deus amoroso, que a ninguém despreza ou trata inferiorizando. Também Jesus citou uma parte do texto do profeta, talvez, mais contestado e corajoso da Antiga Aliança e, por isso, prefiguração do Missionário e Consagrado do Pai das Misericórdias: «Acaso esta casa consagrada ao meu nome tornou-se, a vosso ver, um esconderijo de ladrões?» (Jr 7, 11).
Neste sentido, é que o contato com a Palavra da Verdade sempre precisa promover uma autêntica conversão, como acontecia com aqueles que se encontravam com Jesus pela fé. Sobre isto também ensinou o Papa Bento XVI, na exortação apostólica sobre a Palavra de Deus: «De fato, é precisamente a pregação da Palavra divina que faz surgir a fé, pela qual aderimos de coração à verdade que nos foi revelada e entregamos todo o nosso ser a Cristo: “A fé vem da pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10, 17). Toda a história da salvação nos mostra, progressivamente, esta ligação íntima entre a Palavra de Deus e a fé que se realiza no encontro com Cristo» (Verbum Domini, nº25).
Deixar-se conquistar e purificar pela graça de Cristo, até que nosso pensar, falar, agir e reagir testemunhe-O como o centro de tudo, é uma meta possível de se alcançar, pela ação do Espírito Santo encarnada na nossa história e na disposição de irmos ao encontro dos outros, principalmente os mais desfavorecidos. Por isso, era autêntico o testemunho da Beata Teresa de Calcutá: «Jesus, meu Tudo em tudo!»
Minha vida já comunica esta verdade libertadora? A Providência Santíssima, que nos visita pela Palavra meditada, vivenciada e testemunhada, já foi sentida por mim como amargura aos pecados da minha vida e mel do meu consolo em Deus? Qual é a reação da Palavra de Deus em mim?
O livro da Revelação nos fornece um bom parâmetro: «Vai…“Pega e devora. Será amargo no estômago, mas na tua boca será doce como mel”. Peguei da mão do anjo o livrinho e o devorei. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. Então me foi dito: “Deves profetizar ainda contra muitos povos e nações, línguas e reis”» (Ap 10, 9-11).
Eis a Boa Nova de Jesus Cristo que, nem sempre, nos agrada ou está de acordo com as expectativas dos outros. Portanto, precisamos, neste Ano da Fé, nos esmerarmos em pedir humildemente ao Espírito Santo que o nosso profetizar aponte para o Profeta, Senhor, Mestre e centro da Igreja e do plano de Deus para a salvação do mundo.
Ele haverá de transformar todas as realidades e nos ensinar a cooperarmos, com e como Igreja d’Ele e para o mundo. Ainda que custe… «Eu vos digo: se eles se calarem, as pedras gritarão» (Lc 19, 40).
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
HOMILIA DIÁRIA
A Igreja é o lugar do encontro com Deus
A Igreja é o lugar do nosso encontro com Deus, é o lugar de Jesus nos ensinar a viver
“Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. E disse: Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões. Jesus ensinava todos os dias no Templo.” (Lucas 19,45-47)
O Templo, a Igreja, a Capela, o Santuário é lugar de oração; é o lugar da presença de Deus. É o lugar do nosso encontro com Deus; é o lugar de Jesus nos ensinar a viver.
Eu vou para o Templo para viver duas realidades. A primeira é para falar com Deus e para escutá-Lo; é para que possamos orar e viver a nossa comunhão com o Senhor.
Sabe, meus irmãos, muitas vezes, não fazemos isso porque a dispersão toma conta de nós. Pois, mesmo se a Igreja que vamos não tenha virado uma bagunça, como esse templo citado no Evangelho: cheio de vendedores, cambistas e muito mais; os vendedores e os cambistas do mundo estão dentro da nossa cabeça e do nosso coração. Chegamos à Igreja agitados demais, tensos e ansiosos em demasia, a cabeça fica fervilhando e não nos centramos, não entramos na comunhão com Deus.
Quando vamos à casa do Senhor, precisamos nos esvaziar, precisamos tirar de nós tensões, preocupações e ocupações que não sejam outra coisa a não ser ocupar-nos do Senhor.
Na Igreja nos ocupamos de Deus e Ele ocupa todos os espaços que há dentro de nós. Ele ocupa nossos pensamentos, sentimentos, o nosso coração, tudo aquilo que somos, que estamos vivendo, sentindo e passando. Deixamo-nos ser tomados pela presença de Deus.
É muito importante que, em nossa Igreja, haja uma atmosfera espiritual. Preciso dizer que muitas pessoas tiram esse ambiente espiritual. Quem vai para a Igreja e precisa organizar a música não pode achar que a sua bateria, que o seu instrumento musical é mais importante do que a atmosfera espiritual. A pessoa vai lá e faz aquela agitação, fica meia hora passando o som do microfone.
A Igreja precisa ter ambientes para as pessoas rezarem, mas muitas chegam atrasadas ou em cima da hora e querem cumprimentar todo mundo. A Igreja é o lugar do encontro, mas primeiro do encontro com Deus. Segundo, é o lugar do ensino, é onde Jesus quer nos ensinar. Precisamos ir lá e cada vez que vamos, precisamos deixar que Ele nos ensine a viver, porque caso contrário, vamos para o templo e lá é apenas o lugar de tantas coisas, mas não do essencial. Vamos lá para nos tornar templo e para que o Templo de Deus esteja em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, infunde em nós o espírito de pobre para vencermos a tentação da riqueza deste mundo. Que saibamos usar os bens que passam para atender as necessidades dos companheiros peregrinos e aliviarmos as dores dos que mais sofrem. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, infunde em nós o espírito de pobres para vencermos a tentação das riquezas e dos prazeres deste mundo. Que saibamos usar nossos dons e os bens passageiros que nos emprestas para atender às necessidades dos companheiros peregrinos e aliviarmos as dores dos que sofrem. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai amado, fonte de Luz e de Amor, naquele tempo ‘o povo ficava fascinado’ com a Presença de Jesus de Nazaré. Dá-nos, também a nós, o dom do encantamento por Ele, por suas Palavras e sua Vida. Queremos ouvir sua Mensagem, guardá-la no coração e torná-la viva em nossas relações existenciais. É o que Te pedimos pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.