sexta-feira, 6 de setembro de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

LEITURA ORANTE DO DIA 06/09/2024



LEITURA ORANTE

Lc 5,33-39 - Vinho novo? Odres novos!

Vinho novo deve ser posto
em odres novos

Mês da Bíblia  2024
“Porei em vós meu espírito e vivereis” (Ez 37,14)

O Mês da Bíblia, celebrado em setembro pela Igreja, é uma tradição desde 1971. Essa iniciativa tem suas raízes no Concílio Ecumênico Vaticano II, que propôs o acesso das Escrituras Sagradas a todos os fiéis. A escolha de setembro está ligada ao o tradutor da Bíblia para o latim, São Jerônimo, celebrado no dia 30.

Preparamo-nos para a Leitura, com a
Oração ao Espírito Santo (papa Paulo VI)
Ó Espírito Santo,
dai-me um coração grande,
aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora,
fechado a todas as ambições mesquinhas,
alheio a qualquer desprezível competição humana,
compenetrado do sentido da santa Igreja!

Um coração grande,
desejoso de tornar-se semelhante
ao Coração do Senhor Jesus!

Um coração grande e forte para amar todos,
para servir a todos,
para sofrer por todos!

Um coração grande e forte
para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço,
toda desilusão, toda ofensa!

Um coração grande e forte,
constante até o sacrifício, se for necessário!
Um coração cuja felicidade
é palpitar com o Coração de Cristo e  cumprir,
humildemente a vontade do pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leiamos  atentamente,  o texto: Lc 5,33-39.
Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama, e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser colocado em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor”.
Refletindo
Neste texto, a abordagem dos fariseus a Jesus é sobre a questão do jejum praticado por eles e pelos seguidores de João. Jesus responde com três imagens: a da festa de casamento, a do remendo e do vinho novo. Falando do noivo, ele se refere ao Messias. O casamento é tempo de festa, de alegria  e amor partilhados. Não se jejua durante uma festa de casamento. A roupa e o vinho também se relacionam com a festa. E não combinam com jejum.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Entramos em diálogo com o texto.
Refletimos e atualizamos.
Nossa vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
Praticamos o jejum da conversão, ou seja, temos um coração novo
Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida nos recordam: “No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação.” (DAp 351)

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos o  Oferecimento do Dia
Adoro-vos, meu Deus, amo-vos de todo o meu coração. Agradeço-vos
porque me criastes, me fizestes cristão, me conservastes a vida e a saúde.
Ofereço-vos o meu dia: que todas as minhas ações correspondam a vossa vontade. E que faça tudo para a vossa glória e para a paz dos homens. Livrai-me do pecado, do perigo e de todo o mal.
Que a vossa graça, bênção, luz e presença permaneçam sempre comigo e com todos aqueles que eu amo.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vamos demonstrar pela vida que praticamos o jejum recomendado por Jesus.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

A Palavra entre nós - 06 de setembro, 6ª feira, 22ª Semana do Tempo Comum


06 de setembro, 6ª feira, 22ª Semana do Tempo Comum


- Hoje é dia 06 de setembro – sexta-feira – 22ª semana do tempo comum.

- No Evangelho de hoje, o diálogo entre Jesus, os mestres a Lei e os fariseus, fazem referência ao Jejum. Para os Judeus, o Jejum era proposto e observado como sinal de espera de salvação. E para eles, a pequena comunidade de Jesus estava cometendo um erro em não Jejuar. Daí o motivo da provocação. Na Igreja Católica, que vive a fé no Cristo ressuscitado, o jejum é uma prática espiritual. Uma forma de penitência e de se unir a Deus na oração, podendo ser feito em diferentes ocasiões. Peça ao Senhor a graça de reconhecer em Jesus o Messias enviado para a nossa salvação.

- Deixe o coração aberto para escutar e acolher as palavras do Evangelho de Jesus Cristo Segundo Lucas, Capítulo 5, versículos 33 a 39

“Naquele tempo, os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, bem como os dos fariseus jejuam com frequência e fazem orações, mas os teus discípulos comem e bebem”. Jesus, então, lhes disse: Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuarem, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, que o noivo lhes será tirado; então, naqueles dias, jejuarão. Contou-lhes também uma parábola: “Ninguém recorta, de roupa nova, um remendo para costurá-lo em roupa velha. Caso contrário, rasga a roupa nova e o remendo da nova não se ajusta à roupa velha. Do mesmo modo, ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo arrebenta os odres, e perdem o vinho e os odres. Vinho novo em odres novos”. E ninguém, depois de beber o vinho velho quer o novo, pois diz: O velho é melhor”.

- Os fariseus interpelam Jesus, perguntando sobre uma questão muito importante para eles. A forma como Jesus e seus seguidores se comportam é bem diferente daquela de grandes grupos do judaísmo. Enquanto esses são rígidos cumpridores das normas rituais, os discípulos de Jesus comem e bebem. Nesse ponto, a resposta de Jesus atinge um ponto central: não faz sentido continuar com as práticas penitenciais justamente quando o Messias esperado está entre nós. É tempo de vinho novo! Mas, existe muita gente que, apesar de experimentar o vinho novo, faz questão de dizer: o velho é melhor. Peça ao Senhor que te conceda a graça do vinho novo, da vida nova.

- “Ninguém recorta, de roupa nova, um remendo para costurá-lo em roupa velha”. Os discípulos de Jesus o reconheciam como o Messias enviado. Caminhavam com Ele e acreditavam que Ele iria salvá-los da opressão e das injustiças praticadas pelos soldados do Império Romano. Os fariseus e os mestres da Lei não reconheciam Jesus como Messias, Sentiam-se protegidos pela Lei e não aceitavam converter-se para Jesus. Acomodavam-se nas estruturas antigas, ineficazes, sem o sopro renovador do Espírito. Não querem mudança. Não querem aceitar o vinho novo que é Jesus. Façamos como diz a música Tudo novo de novo de Paulinho Moska:

Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar, mergulhar, mergulhar!

- Termina tua oração pedindo ao Senhor que saiba viver a cada dia, tudo novo de novo. Peça também que Ele te ajude a não ficar preso em esquemas de vida do passado.

- O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor nos mostre o Seu rosto brilhante. O Senhor nos conceda sempre a sua paz.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Homilia Diária | Liturgia de Hoje | Palavra do Dia - Padre Adriano Zandoná (Lc 5,33-3) (06/09/24)



Canal do Youtube - Padre Adriano Zandoná

Publicado em 6 de set. de 2024

Nova criatura | (Lucas 5, 33-39) #2095 - Frei Gilson




Publicado 6 de set. de 2024

Encontro pessoal com Cristo | Mãe Maria (06/09/2024) - Dom Walmor



Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 6 de set. de 2024

Homilia Diária - 06.09.2024 | "Ninguém coloca vinho novo em odres velhos" - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 6 de set. de 2024

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 5,33-39

Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”.
36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.

Homilia Diária | Jejum: manifestação de um amor reparador (Sexta-feira da 22ª S. do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 5 de set. de 2024

Jejuar é, sem dúvida, benéfico à saúde; mas é, em primeiro lugar, uma forma de combater tudo aquilo que nos impede de aceitar a vontade de Deus. Não jejuamos por dieta, nem por masoquismo, nem por certo desprezo pelo corpo, mas por um amor reparador, que deseja retribuir com gratos sacrifícios aquele sacrifício do Calvário, com que Cristo nos mereceu todas as graças. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, 6 de setembro, e perceba que o jejum e a penitência são expressões de um amor reparador.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Lc 5,33-39 - 06/09/2024


Embriaguez espiritual: somos odres novos

“Naquele tempo, Jesus contou-lhes ainda uma parábola. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque senão o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama e os odres se perdem. Vinho novo deve ser posto em odres novos.” (Lc 5,37-38)



Meus irmãos e minhas irmãs, vocês vão se recordar que, na passagem do evento de Pentecostes, o livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 2, disse que os discípulos estavam cheios de vinho novo – a tradução é assim – ou o vinho doce, o vinho recente.
O termo gleukos, bebida embriagante, era um estimulante também do apetite, para abrir o apetite. Nós temos essa palavra traduzida no português, que é a glicose, um carboidrato com a função de nos dar muita energia. Por que eu estou falando isso? Porque os discípulos já haviam se tornado odres novos, ou seja, eles já tinham restaurado seus corações, o recipiente para graça de Deus agir, a energia do Espírito Santo, a força do alto.
O que aquelas pessoas testemunharam no evento de Pentecostes, na verdade, foi uma profecia que se cumpriu, hoje, pelos lábios do Senhor: ninguém põe vinho novo em odres velhos; vinho novo deve ser posto em odres novos. O odre velho era o nosso coração antes de encontrar o Cristo, antes de conhecer a Sua Palavra, o Seu amor, os Seus ensinamentos, os Seus mandamentos. Agora que nós O aceitamos na nossa vida, nós nos tornamos, como os discípulos, odres novos, cheios do vinho novo do Espírito Santo, cheios da graça do Senhor, para levar ao mundo o testemunho do poder de Deus.
Por isso é uma advertência que o Senhor faz para nós: controle a Sua glicose, mas embriague-se do Espírito Santo. Peça, todos os dias, o Dom da Fortaleza, o Dom da Ciência, do entendimento da sabedoria, do temor de Deus, para que as Suas ações sejam guiadas por essa vida nova. Repito: os nossos corações se tornaram morada de Deus, tornaram-se odres, portadores do vinho novo da graça de Deus. Nós não podemos colocar esse vinho novo, essa graça maravilhosa, num coração velho. Numa vida velha, atitudes velhas. Não! Esta vida nova pede atitudes novas.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus, Todo-Poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Heleno Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/09/2024

ANO B


Lc 5,33-39

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O vinho novo arrebenta os odres velhos


João Batista ainda é do AT, tempo de preparação e de jejuns. Em Jesus já se realizam as bodas do NT (Jo 3,29ss). Não tem mais sentido se comportar como se ainda estivessem no AT. A presença do noivo requer festa (Mt 22,1ss; 25,1ss). A pergunta feita é um indicativo da crise de passagem do velho para a novidade trazida por Jesus. Alguns seguidores cristãos ainda praticavam os preceitos do judaísmo, com seus rigores. Para Jesus, a refeição feita com os pecadores (Lc 5,29ss) era mais importante do que um jejum estéril, pois acolhia os irmãos pecadores, o que o jejum não conseguia; antes, isolava ainda mais. A roupa nova e o novo vinho são figuras da novidade do Reino, que não pode ser costurado sobre o tecido do AT. Entrar no Reino requer total novidade e romper com o passado viciado dos fariseus. A roupa velha e os antigos odres são as tradições judaicas que não comportam a novidade do evangelho; por isso, quem opta por Jesus, deve romper com as antigas práticas que muitos cristãos, no tempo de Lucas, ainda observavam.
Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas
Fonte: https://catequisar.com.br/liturgia/o-vinho-novo-arrebenta-os-odres-velhos-lc-533-39/ (02/09/2022)

COMENTÁRIO AO EVANGELHO

O chamado e a festa de Levi


Os discípulos de João Batista e os discípulos dos fariseus jejuavam com frequência e faziam orações. Os discípulos de Jesus comiam e bebiam. O contraste parece grande e algum piedoso cristão procurará logo uma boa interpretação para dizer que também os discípulos de Jesus eram observantes. Na realidade, nem Jesus nem os seus discípulos se sentiam presos a preceitos e tradições. Os critérios de avaliação do bem e do mal para Jesus e seus discípulos consistiam na observância do mandamento do amor. Amor a Deus e amor ao próximo. Sem isso, tudo o mais é apenas remendo. Decisões práticas devem visar à glória de Deus e ao bem do próximo. Jejuar explorando os outros não glorifica a Deus. Jejuar para partilhar o que se tem com quem não tem nada é glória e louvor de Deus. Jejue com quem jejua e coma com quem come, com a consciência de estar fazendo a vontade de Deus, ensina São Paulo. “Ame e faça o que quiser”, porque, se o amor for verdadeiro, você só fará o bem.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/-o-chamado-e-a-festa-de-levi-06092024

Reflexão

O comentário dos doutores da Lei e dos fariseus é uma provocação a Jesus. Mais que isso, é uma acusação, como se a pequena comunidade de Jesus estivesse cometendo erro. Por que haveriam de fazer jejum os discípulos de Jesus? Eles estão usufruindo da plena presença do Messias (o noivo). O jejum era proposto e observado como sinal de espera da salvação. Ora, o Salvador já está entre eles. A questão é que os mestres da Lei e os fariseus não querem “ver” Jesus, nem reconhecer que ele é o Enviado do Pai para redimir o mundo. Ficam fechados num legalismo paralisante e não se abrem para a Boa-nova. Não aceitam converter-se para Jesus. Acomodam-se às estruturas antigas, ineficazes, sem o sopro renovador do Espírito. Não querem mudança; preferem a mesmice: “O vinho velho é melhor!”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-sexta-feira-7/

Reflexão

«Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles?»

Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal
(Barcelona, Espanha)

Hoje, em nossa reflexão sobre o Evangelho, vemos a armadilha que os fariseus e os mestres da Lei fazem, quando corrompem uma questão importante: simplesmente, eles contrapõem em jejuar e rezar dos discípulos de João e dos fariseus ao comer e beber dos discípulos de Jesus.
Jesus Cristo nos diz que na vida há um tempo para jejuar e rezar, e que há um tempo de comer e beber. Isto é: a mesma pessoa que reza e jejua é a mesma que come e bebe. Vemos na vida cotidiana: contemplamos a alegria simples de uma família, talvez de nossa própria família. E vemos que, em outro momento, a tribulação visita aquela família. Os sujeitos são os mesmos, mas cada coisa ao seu tempo: «Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles? Dias virão...» (Lc 5,34).
Tudo tem seu momento; sob o céu há um tempo para cada coisa: «Um tempo de rasgar e um tempo de coser» (Qo 3,7). Estas palavras ditas por um sábio do Antigo Testamento, não exatamente dos mais otimistas, quase coincidem com a simples parábola do vestido remendado. E com certeza coincide de alguma maneira com nossa própria experiência. A equivocação é que no tempo de coser, rasguemos, e que durante o tempo de rasgar, cosamos. É então quando nada dá certo.
Nós sabemos que como Jesus Cristo, pela sua paixão e morte, chegaremos à gloria da Ressurreição, e que não todo outro caminho é o caminho de Deus. Exatamente, Simão Pedro é admoestado quando quer distanciar o Senhor do único caminho: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,23). Se puder gozar de uns momentos de paz e de alegria, devemos aproveitá-los. Com certeza já nos virão momentos difíceis de jejum. A única diferença é que, felizmente, sempre teremos ao noivo conosco. E isso os fariseus não sabiam e, talvez por isso, no Evangelho quase sempre se apresentam como pessoas mal humoradas. Admirando a suave ironia do Senhor que se reflete no Evangelho de hoje, sobretudo, procuremos não ser pessoas mal humoradas.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Queres aplacar Deus? Saiba o que você tem que fazer consigo mesmo para que Deus lhe seja favorável. Meu sacrifício é um espírito quebrantado; um coração quebrantado e humilhado, você não o despreza. Este é o sacrifício que hás de oferecer» (Santo Agostinho)

- «O Evangelho é uma festa! E só se pode viver plenamente com um coração alegre e renovado. Que o Senhor nos dê a graça de não ficarmos presos, a graça da alegria e da liberdade que a novidade do Evangelho nos traz» (Bento XVI)

- «Os sacramentos, como ‘Forças que saem’ do Corpo de Cristo, sempre vivo e vivificante: ações do Espírito Santo que opera no seu Corpo que é a Igreja, os sacramentos são “as obras-primas de Deus”, na nova e eterna Aliança» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1116)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-09-06

Reflexão

A “Nova” Aliança

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, frente ao ritualismo farisaico, o “vinho novo” remete-nos ao panorama da “renovada” Aliança de Deus com os homens. Deus, ante as infidelidades de Israel, reiterou a “Aliança” e, finalmente, Cristo a selou de um modo “novo” e “definitivo”. A Aliança do Sinai fundava-se em dois elementos: 1. O “sangue da aliança” (sangue de animais sacrificados, com a qual aspergiam o altar —símbolo de Deus— e o povo); 2. A palavra de Deus e a promessa da obediência de Israel.
Essa promessa quebrou-se com a “idolatria” de Israel e com uma história de reiteradas desobediências, como mostra o Antigo Testamento. A ruptura pareceu irremediável quando Deus abandonou o seu povo no exílio e o templo à destruição. Mas, naquele momento surgiu a esperança da “nova aliança”, não baseada na sempre frágil fidelidade humana, senão numa obediência inviolável: a do Filho de Deus, Jesus Cristo.
—Jesus, como servo, assumes a minha desobediência em tua “obediência até a morte”. Concede-me um coração “novo”!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-09-06

Comentário sobre o Evangelho

Vinho novo, odres novos


Hoje, Jesus Cristo, com o saber de um bom mestre, adverte-nos sobre o perigo da comodidade interior. Por vezes acostumamo-nos a “ir andando”, com rotina, sem arriscar (“já vou à Missa”, “já cumpro”, “…). É preciso renovar-se também na vida espiritual!
- A vida muda e o que animava a minha alma há anos, talvez agora a adormeça. No dia do teu casamento, vais-te “vestir” como na Primeira Comunhão? Não!, não é verdade? Então, perante Deus, por que te exiges como uma criança – até menos do que isso – e não como um homem?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-09-06

Meditação

Para aceitar as propostas de Jesus, temos de aceitá-las como novidades que exigem o abandono de muitos valores e certezas anteriores. Como Ele diz na parábola, não podemos aceitar suas ideias como remendos para nossas próprias ideias. Não podemos negociar uma aceitação apenas parcial de sua Palavra. Temos de jogar tudo fora, as velhas verdades, as conveniências e vantagens adquiridas, e começar tudo de novo, aceitando vida nova.
Oração
SENHOR DEUS, revesti-nos das virtudes do Coração do vosso Filho e inflamai-nos com seu amor para que, configurados à sua imagem, mereçamos participar da eterna redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F09%2F2024&leitura=meditacao