terça-feira, 13 de dezembro de 2022

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/12/2022

ANO A


Lc 7,19-23

Comentário do Evangelho

O reconhecimento do Messias esperado

O que Jesus faz e ensina dá testemunho de sua origem divina e de seu messianismo. No entanto, era desconcertante para João Batista, como também para a família de Jesus e seus contemporâneos, compreender o modo de agir e de se comportar de Jesus. O messianismo que Jesus assume, caracterizado pelo serviço e por uma interpretação da Lei desconcertante, fugia de todas as expectativas das correntes messiânicas do seu tempo. Era algo absolutamente novo e surpreendente. É por isso que João tem dúvidas em relação a Jesus e manda os seus discípulos perguntarem a ele se, de fato, era o Messias. A dificuldade de João Batista continuou a ser também a de seus discípulos. Jesus não responde diretamente aos discípulos de João. Apoiado em Is 35,5-6, que ajuda a descrever e compreender o que ele faz, Jesus sugere aos discípulos de João que tirem a própria conclusão e a comuniquem a seu mestre. Jesus crê que o que está acontecendo na sua ação e no seu ensinamento é suficiente para João reconhecer o “hoje” da salvação e Jesus, de fato, como o Messias esperado.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, enviaste teu Filho ao mundo, na condição de Messias dos pobres. Que eu saiba reconhecê-lo no gesto simples de solidariedade com os pobres e sofredores.
Fonte: Paulinas em 16/12/2015

Vivendo a Palavra

Jesus lembra a João que o Reino de Deus não é anunciado apenas por palavras, mas por sinais: cegos, paralíticos, leprosos e surdos são curados, mortos ressuscitam, e a Boa Notícia é anunciada aos pobres. Mas, o Reino não virá com sinais exteriores, porque ele está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2016

VIVENDO A PALAVRA

Jesus lembra a João e quer também nos ensinar que a proclamação da chegada do Reino de Deus em nós e entre nós não se faz apenas por belas palavras, mas pela realização dos sinais previstos pelos profetas: a cura, a libertação, a justiça e a fraternidade entre todos os homens. O anúncio da Boa Notícia do Reino não deve ser preparado apenas com estudos, mas com Vidas em seguimento do Caminho de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2020

Reflexão

O Antigo Testamento está no seu término e o Novo Testamento está no seu início. O Antigo Testamento está representado em João Batista, o seu último profeta, o maior entre os nascidos de mulher, e o Novo Testamento está representado em Jesus Cristo, o Filho de Deus que se fez homem e veio a este mundo. O sinal da mudança são os milagres que estão acontecendo como cumprimento de todas as profecias feitas no Antigo Testamento, deixando de serem promessas para tornarem-se realidade. Estamos nos tempos messiânicos, Deus está cumprindo todas as suas promessas em relação à sua realização.
Fonte: CNBB em 16/12/2015 e 14/12/2016

Reflexão

É possível que os discípulos do Batista tivessem alguma dúvida a respeito de Jesus e suas obras. Nada melhor que entrevistar o autor da obra. Vão ter com Jesus, que não lhes dá resposta pronta, nem tenta convencê-los com frases de efeito. Que vejam com os próprios olhos. Em companhia de Jesus, eles comprovam a realização do que os antigos profetas anunciavam para os tempos messiânicos: verdadeira presença e ação eficaz de Deus no meio do povo. Jesus é o Messias autêntico. Não o Messias nacionalista que chega dominando outros povos, prometendo independência nacional a Israel. O verdadeiro Messias vem para curar enfermos, ressuscitar mortos e proclamar a Boa-Nova aos pobres. Somente os que alimentam ilusões triunfalistas ficarão decepcionados com Jesus.
Oração
Senhor Jesus, recebes dois discípulos do Batista interessados em confirmar se és de fato o Messias. Não lhes dás longas explicações. Ao contrário, os convidas a testemunhar o que realizas em favor da população pobre, enferma e sofredora. Tais obras comprovam que és o verdadeiro Messias. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/12/2020

Reflexão

Diante da dúvida a respeito de Jesus, João Batista envia dois mensageiros para perguntar se, afinal, é ele o Messias tão esperado ou não. O Mestre não responde com teorias, mas com a prática. Pede aos dois discípulos que relatem o que estão vendo e ouvindo, ou seja, que falem a João das obras que estão sendo realizadas por ele. A prática de Jesus sempre foi em favor das minorias esquecidas e abandonadas. Ele vai ao “encontro de todas as misérias humanas para minorá-las, ao encontro dos pobres e pecadores para lhes infundir confiança no amor do Pai” (Missal Cotidiano, Paulus). Assim como João Batista tinha suas dúvidas a respeito do Messias, ainda hoje muitos se desconcertam vendo esse homem, filho de carpinteiro, misturando-se e comendo com pobres e pecadores, sendo meigo com as mulheres, transpirando amor e bondade. Como pode esse Jesus ser o Messias, o envidado do Pai?
Oração
Senhor Jesus, recebes dois discípulos do Batista interessados em confirmar se és de fato o Messias. Não lhes dás longas explicações. Ao contrário, os convidas a testemunhar o que realizas em favor da população pobre, enferma e sofredora. Tais obras comprovam que és o verdadeiro Messias. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 15/12/2021

Reflexão

É possível que os discípulos do Batista tivessem alguma dúvida a respeito de Jesus e suas obras. Nada melhor que entrevistar o autor da obra. Vão ter com Jesus, que não lhes dá resposta pronta, nem tenta convencê-los com frases de efeito. Que vejam com os próprios olhos. Em companhia de Jesus, eles comprovam a realização do que os antigos profetas anunciavam para os tempos messiânicos: verdadeira presença e ação eficaz de Deus no meio do povo. Jesus é o Messias autêntico. Não o Messias nacionalista que chega dominando outros povos, prometendo independência nacional a Israel. O verdadeiro Messias vem para curar enfermos, ressuscitar mortos e proclamar a Boa-nova aos pobres. Somente os que alimentam ilusões triunfalistas ficarão decepcionados com Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Comentário do Evangelho

TESTEMUNHO DA LUZ

A pessoa e a missão de Jesus é que definiram a identidade de João Batista. Este fora enviado por Deus para ser testemunho da luz. Mediante sua pregação, muitas pessoas teriam a chance de chegar à fé e serem iluminadas pela luz, que é Jesus. A atividade de João preparava a chegada de Jesus, predispondo as pessoas para recebê-lo.
O pressuposto de seu ministério era que a humanidade estava mergulhada nas trevas e, por isso, vagava errante pelo caminho do pecado e da injustiça. Se não lhes fosse oferecida uma luz, não teriam condições de superar esta situação. Entretanto, o Pai decidira resgatar o ser humano para a vida. E o fez, por meio de seu Filho Jesus, cujo ministério consistiria em ser luz para o ser humano, mostrando-lhe o caminho para o Pai.
João Batista compreendeu este projeto de Deus e se colocou a serviço dele. Sua condição de servidor do Messias estava arraigada em sua consciência. Não cedeu à tentação de pensar de si mesmo, além do que correspondia ao plano de Deus. Não lhe cabia nenhuma das identificações do Messias, em voga na teologia popular. Ele não era nem o Messias, nem Elias, nem algum dos profetas. Era, simplesmente, um servo de Deus e do seu Messias. Este título era suficiente para defini-lo. Tudo o mais não passava de especulação.

Oração
Senhor Jesus, como João Batista, desejo colocar-me totalmente a teu serviço, dando ao mundo o testemunho de tua luz.
Fonte: Dom Total em 16/12/2015

Meditando o evangelho

TU ÉS O QUE HÁ DE VIR?

A ação messiânica de Jesus deixava João Batista decepcionado. O precursor esperava um Messias com pulso forte, que fizesse um limpeza em regra no povo de Israel, ou seja, punisse os pecadores, pusesse fim à já longa opressão, libertasse os cativos de toda sorte de prisões, enfim, criasse um sociedade ideal, plenamente de acordo com o projeto de Deus.
Jesus, porém, pautava sua ação por outros parâmetros. Sua atenção concentrava-se nos fracos, nos doentes, nos excluídos, nos pobres, servindo-os, de maneira incansável. Por sua ação, os cegos passavam a ver, os coxos, a andar, os surdos, a ouvir, os leprosos eram limpos, os mortos ressuscitavam e os pobres eram evangelizados. Esta era a sociedade que brotava do ministério de Jesus. Longe de ser um juiz inclemente, sua ação primava pela misericórdia. Longe de irar-se, mostrava-se benevolente e solícito com os fracos e pequeninos. Longe de anunciar castigos implacáveis, espalhava sinais do amor divino por onde passava.
A resposta de Jesus aos emissários de João comportava um apelo para que abrissem mão de seus preconceitos acerca do Messias e se mostrassem sensíveis à verdadeira maneira de agir de Deus na história humana. Afinal, Deus está mais interessado em salvar do que em castigar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que faz o amor derramar-se sobre a humanidade, ajuda-me a perceber que Jesus é o sinal mais convincente da misericórdia divina para com a humanidade.
Fonte: Dom Total em 14/12/201616/12/2020 15/12/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Ide contar a João o que vistes e ouvistes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Tem-se a impressão, pela pergunta feita, de que João não conhecia Jesus. Podiam até ser parentes, mas João não tinha clareza sobre a missão de Jesus. As composições teológicas dos evangelhos dificultam a reconstrução histórica dos fatos acontecidos. Tudo o que envolve o batismo de Jesus feito antes da prisão de João tem muito a ver com a visão teológica do evangelista. Sem fazer uma história sagrada, eles se completam. Lucas deixa João inteiramente do Antigo Testamento e não o menciona no batismo de Jesus. Coloca-o já na prisão. Evita também, segundo alguns comentaristas, identificá-lo com Elias, deixando Elias identificar-se com Jesus em sua missão. O importante são os sinais indicativos de quem é Jesus. As profecias falavam dos paralíticos que andam e dos cegos que recuperam a vista no Dia do Messias. Pois bem, vão dizer a João o que vocês viram e ouviram, e que nem João nem os seus discípulos se escandalizem a respeito de Jesus. O aspecto glorioso de sua messianidade está na Boa-Nova dada aos pobres. Para isso ele veio. Eles aguardam ansiosamente a sua segunda vinda.
Fonte: NPD Brasil em 14/12/2016

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Dúvida de João Batista...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

De primeiro eu achava que Fé e Dúvida eram duas coisas incompatíveis, no nosso grupo de jovens entre as músicas preferidas, cantávamos sempre a Oração de São Francisco de Assis onde um dos versos dizia "Onde houver dúvida que eu leve a Fé". Passei a minha infância e adolescência sempre ouvindo isso, mas dentro de mim o que menos faltava eram as benditas dúvidas e por isso julgava-me fraco na Fé.
Quando comecei a prestar mais atenção na Palavra de Deus descobri que ter dúvida é algo positivo e que, inclusive, nos faz crescer na Fé. A maioria dos vocacionados da Bíblia, em um primeiro momento tiveram sim, dúvidas sobre a missão. No Novo Testamento uma das primeiras a ter a ousadia de questionar Deus foi Maria de Nazaré "Como isso vai acontecer se não conheço homem algum?" E no evangelho de hoje, o grande João Batista Precursor de Jesus, que recebeu dele um grande elogio sente a dúvida bater em seu coração “És tu que hás de vir ou devemos esperar outro?”
A dúvida faz parte do ser humano e quando transformada em reflexão, permite-nos crescer e muito tanto na vida de Fé como na realização como pessoa. Quem não tem dúvida é porque não tem um ideal de vida, nem almeja uma meta, é próprio de quem caminha sem rumo e não encontrou um sentido para a vida.
Na sala de aula, o aluno que nunca faz perguntas, ou é porque entendeu tudo, ou ao contrário, não entendeu nada e nem tem interesse em apreender. Na pós modernidade vemos tantos modelos de Jesus Cristo que muitas vezes a dúvida bate em nosso coração, como aconteceu com João Batista. Tem Jesus de tudo quanto é tipo, prá gente escolher, a maioria deles inventado pelo Consumismo. Um Jesus light que me faça sentir bem em determinada igreja... Um Jesus piegas que fica mais no céu do que na terra, ao nosso lado, um Jesus que não é tão exigente e nem cobra para que a gente "Vista prá valer a camisa do seu Evangelho", um Jesus de Esquerda ou de Direita, segundo as ideologias políticas, um Jesus da elite ou um Jesus só dos pobrezinhos. A Sociedade tem a ousadia de fazer Caricaturas de Jesus, é o Homem do Segundo milênio querendo reinventar um Deus á SUA imagem e semelhança... Justamente o contrario de quem realmente ele é, o Evangelho não nos aliena e nem nos aprisiona, mas nos liberta.
Jesus de Nazaré, que aparece no evangelho é aquele que ajuda o homem a se encontrar como Filho de Deus, é aquele que faz o ser humano enxergar o mundo, as pessoas e os acontecimentos da história, com outros olhos (Os Cegos enxergam) Jesus é aquele que irradia esperança e faz as pessoas sonharem e se projetarem para frente, caminhando pelas estradas da vida, livres de suas paralisias (Os Paralíticos andam) , Jesus é aquele que tira do homem todo pecado e sentimento de culpa, é aquele que restitui ao ser humano a liberdade de agir e de tomar decisões a partir do seu livre arbítrio (Os Leprosos são purificados) Jesus é aquele que faz ecoar a sua Palavra Vivificadora nas entranhas do homem, fazendo-o ouvir a Verdade para acreditar nela (os surdos ouvem) enfim, Jesus é aquele que arranca o homem da inércia do pecado ressuscitando-o á única e verdadeira luz e concluindo os sinais, Jesus é ainda aquele que tem uma noticia feliz aos pobres.
Se não descobrirmos o Cristo através desses sinais que são realizados na vida de todas as pessoas, vamos passar a vida toda correndo atrás de um Mito, que nunca conseguiremos alcançar, não porque ele se distancia de nós, mas porque nós o colocamos muito longe, pois muitas vezes, temos medo de realmente nos encontrar com ele.

2. És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro? - Lc 7,19-23
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Hoje nos despedimos de João Batista, que nos preparou para não sermos reprovados no juízo final e para a acolhida de Jesus, que vai nascer em Belém. A primeira parte do Advento termina aqui. Amanhã iniciamos a preparação mais imediata da festa do Natal do Senhor. Tudo o que Jesus dizia e fazia se difundia pela Judeia inteira e por toda a redondeza, escreve São Lucas. A notícia chegou também até João Batista, que enviou dois de seus discípulos com uma pergunta a Jesus, feita sem rodeios: “Tu és aquele que há de vir ou devemos esperar outro?”. Jesus responde com os fatos que os profetas indicaram como sinais do Messias. Os fatos são pessoas e as pessoas, cegos, paralíticos, leprosos, surdos, mortos e pobres em geral. Todos eles estão recebendo uma Boa Notícia. “Feliz de quem não se escandaliza” a respeito de Jesus. Esta frase pode ser entendida assim: é feliz quem soma com Jesus e faz sua companhia os deserdados deste mundo. Nada fácil, por isso Jesus dirá mais adiante que João não é um caniço agitado pelo vento nem um homem vestido com vestes finas. É alguém de opções radicais.
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

A presença de Jesus cura nossas enfermidades

Permitamos que a presença amorosa de Jesus entre em nós e cure nossas doenças e enfermidades

Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista” (Lucas 7,21).

João enviou seus discípulos para perguntarem ao Senhor se Ele realmente era o Messias enviado ou se deveriam esperar por outro. Não que João tivesse dúvidas e não soubesse quem era Jesus, mas queria que seus próprios discípulos soubessem que o Messias, o Mestre, o Senhor não era ele [João], mas sim Aquele que estava lá: o próprio Jesus.

Veja mais:

Quando João mandou que seus discípulos perguntassem se Jesus era mesmo o enviado, ele queria que testemunhassem, certificassem e vissem quem era o Senhor. Eles viram, tocaram e testemunharam que Jesus recuperou muitos doentes, deu de volta a visão a muitos que estavam cegos e fez o Reino de Deus acontecer.

O Reino de Deus acontece entre nós

Sabe, meus irmãos, onde Jesus está o Reino de Deus acontece. Se Ele está entre nós, temos de deixar que Ele faça o Reino de Deus acontecer entre nós! Conviver numa mesma casa, numa mesma família, trabalhar com as mesmas pessoas, deixa-nos doentes e enfermos muitas vezes.
Nós não enxergamos bem, não falamos bem, não queremos o bem, porque o ‘nós’ e  o ‘eu’ estão à frente de Deus, da Sua graça e do Seu Reino. Permitamos que a presença amorosa de Jesus entre em nós e cure nossas doenças e enfermidades. Para começar, cure nossa própria visão interior.

É tempo da graça de Deus

É tempo de a graça de Deus acontecer em nós para podermos enxergar com os olhos de Deus; é tempo de a graça de Deus tocar nossas enfermidades, tocar nosso corpo, nossa mente e psique, para que possamos encarar a vida de forma sadia.
Quando os discípulos viram que Jesus fazia nova todas as coisas e as pessoas eram tocadas, libertas e restauradas quando se deixavam tocar por Ele, eles voltaram e disseram a João tudo o que haviam visto.
Que cada um tire a sua própria conclusão. Eu não vou dizer para você que Jesus é Mestre, é Senhor por isso e por aquilo. É importante que, a exemplo dos discípulos de João, façamos a nossa experiência.
Deixemo-nos ser tocados por Jesus, curados e libertos, porque Ele faz nova todas as coisas!

Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Testemunhemos nossa experiência com Deus

Levemos essa experiência da nossa vida para o coração das pessoas

“Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista” (Lucas 7,21).

A exemplo do Evangelho de domingo, estamos acompanhando, em Lucas, a narração do mesmo fato, quando João Batista manda perguntar se Jesus é o Messias ou se devem esperar por outros. Como nós sabemos, não era João quem tinha dúvidas; pelo contrário, ele tinha convicção, certeza, e sabia quem era Jesus, mas queria que seus discípulos tivessem essa mesma convicção.
Na mesma hora que eles chegam para perguntar a Jesus [se Ele era o Messias], Ele não responde, mas Suas obras dizem quem Ele é. Neste mesmo instante, doentes são curados, enfermidades são sanadas, espíritos malignos são expulsos, muitos cegos recuperam a vista e pessoas são transformadas. O messianismo de Jesus não se manifesta por palavras, mas por Suas obras, por aquilo que Ele realiza em nosso meio.
Sabe, meus irmãos, na nossa vida, não precisamos falar somente das coisas de Deus, porque Jesus também falava, anunciava e proclamava, mas Ele também proclamava, mostrava com a vida, com os fatos e acontecimentos, trazia o povo para a realidade do Reino de Deus.
Não adianta só falarmos de Deus, mostrarmos que Ele é amor, que é Pai, se não levarmos essa experiência da nossa vida para o coração das pessoas. Elas precisam ver os sinais do Reino de Deus acontecer em nosso meio! E são tantos os testemunhos, tantos sinais visíveis e palpáveis de que o Reino de Deus está no meio de nós!
Sabe o que acontece? Vivemos num mundo em que as pessoas gostam de falar de tragédias, desgraças, coisas negativas, horrores e dissabores. Já existem jornais, programas na televisão para mostrar os desastres da humanidade! É verdade que onde nós vivemos, por onde passamos, coisas negativas acontecem, mas por que ficamos nas coisas negativas? Por que ouvimos tanto e proclamamos tanto aquilo que só é mau, ruim? Por que a prática da fofoca é mais envolvente do que a prática da evangelização e do anúncio da Boa Nova? Por que será que as práticas maldosas são mais conhecidas do que as práticas do bem?
Quanta caridade, quanto amor, quanta ternura, quantas pessoas sendo transformadas! Quando nós começarmos a rezar mais uns pelos outros, quando começarmos a fazer mais o bem, e o mal sair da nossa vida, quando deixarmos de dar ouvidos à fofoca, às coisas ruins, às tragédias e negatividades da vida, seremos agentes de transformação deste mundo, como Jesus foi!
Cristo precisa que nós sejamos outros “cristos”, fazendo as obras que Ele fez em Seu nome maiores ainda. Não é ilusão, não é passar uma faixa para enganar e parecer que o mundo está bem. Não! Sabemos o quanto esse mundo está ruim e quanta coisa negativa tem no mundo em que vivemos, mas não podemos negar que entre nós está o Reino de Deus.
Proclamemos, mostremos em nós e ao nosso redor onde o Reino de Deus está acontecendo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é nosso único Salvador

“Eles foram ter com Jesus, e disseram: ‘João Batista nos mandou a ti para perguntar: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’” (Lucas 7,20).

João Batista tinha os seus seguidores, mas não os tinha para si, pois ele formava pessoas para que seguissem o Mestre Jesus. Por isso, depois de um tempo deles estarem com João, ele manda seus seguidores irem atrás de Jesus para perguntarem se Ele era o Senhor.
Veja, aqui é uma coisa importante, não é que João estava duvidando, não é que ele não sabia, pelo contrário, ele sabia, ele que apontou: “Ele é o cordeiro de Deus”; é João quem está dizendo: “Ele que deveria vir ao mundo”; é João quem vai dizer: “Convém que Ele cresça e eu diminua”, mas João quer que seus discípulos tenham a convicção de que Ele é o Salvador; assim também nós precisamos ‘ser’ essa convicção. Por isso,  João os manda até Jesus e perguntam: “Tu que és o Messias ou devemos esperar outro?”.
Meus irmãos, há dois mil anos que o Messias está no meio de nós, que o Messias se fez um de nós, que Ele se encarnou e se fez presente no meio de nós. É preciso sempre dizer em alto e bom tom que Jesus está no meio de nós. E não devemos esperar outro.
É verdade que vivemos no mundo que se cerca de novidades, onde as pessoas querem sempre coisas novas, querem novas expectativas, novos conhecimentos e esperam até novos Messias. Até se iludem por pessoas que chegam falando bonito, por pessoas que falam de forma diferente, por pessoas que, muitas vezes, trazem falácias ao meio de nós.

Só há um que pode nos salvar, Ele é Jesus e Nosso Salvador

As pessoas se iludem com as fantasias e ilusões que são criadas. Não se iluda com as novidades, não espere novidades; a Boa Nova de Jesus está no meio de nós. É a Boa Nova de Jesus que devemos acolher e amar, é a Boa Nova que se chama Jesus, e para ele devemos abrir o nosso coração, porque é Ele quem nos salva e nos liberta.
Não há nenhum outro que deve vir, não há nenhum outro que devemos esperar, não há nenhum outro a quem devemos acolher, a não ser Jesus Nosso Senhor e Salvador.
As sociedades vivem expectativas de Messias, de homens que venham para trazer a solução para os problemas da humanidade. É uma tremenda ilusão e um engano! É uma tremenda força de marketing que se joga atrás de políticos, de pessoas que parecem grandes ou importantes, mas é tudo ficção e ilusão de momento. Só há um que pode nos salvar, Ele é Jesus e Nosso Salvador.
Que cada um cumpra a sua tarefa e o seu dever de ser responsável por aquilo que são as responsabilidades assumidas na vida, mas ninguém pode nos salvar. Só quem é o nosso Salvador é Jesus, Nosso Senhor. Que n’Ele esteja o nosso coração!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

Permitamos que a luz de Deus ilumine o nosso interior

“Então, Jesus lhes respondeu: ‘Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres’” (Lucas 7,22).

João sabia muito bem quem era Jesus, mas os seus discípulos ainda não O conheciam. Por isso, não só pelo testemunho, João quer que os próprios discípulos tomem ciência e consciência de que Jesus está no meio deles e manda dois deles: “Vão lá e perguntem a Jesus se Ele é aquele que há de vir ou devemos esperar por outro?”.
Pode até parecer irônica a pergunta de João, o questionamento, mas não é dúvida nenhuma que João tem, mas ele quer provocar no coração dos próprios discípulos a consciência de quem é Jesus. Não basta Jesus dizer: “Olha, sou eu o Messias”. E quando os discípulos de João vão até Jesus e perguntam: “João mandou perguntar se é você mesmo que há de vir ou temos que esperar por outro?”. A resposta — que maravilhosa! Primeiro, veio pela prática, naquele mesmo instante Jesus curou doentes, expulsou espíritos malignos, fez cegos enxergarem e mandou dizer: “Vai lá dizer para João o que foi que vocês viram, o que vocês ouviram. Vocês viram cegos abrindo os olhos, vocês viram leprosos sendo purificados, paralíticos andando, vocês viram surdos que passaram a ouvir, os mortos estão ressuscitando e a Palavra de Deus está sendo proclamada aos pobres”.

Vamos deixar que a luz de Deus continue restaurando, curando e libertando o mundo em que estamos

O Reino de Deus é ação, ele é ativo, o Reino de Deus acontece no nosso meio. Pessoas estão mortas, estão sem sentido na vida; e a Palavra de Deus tem poder de ressurreição. Muitas vezes, estamos caminhando na cegueira, sem enxergar nem a nós mesmos nem a nossa própria vida; e Jesus abre os nossos olhos, a luz d’Ele penetra o nosso interior. Estamos surdos, não ouvimos a Palavra de Deus, não ouvimos nem as pessoas que estão ao nosso lado, mas Jesus abre os nossos ouvidos.
Muitas vezes, estamos paralisados, paralíticos nessa vida; e a Palavra de Deus cura e nos liberta de toda e qualquer paralisia. Se, na época de Jesus, os leprosos estavam marginalizados e Ele os limpou e os purificou, Jesus está hoje nos purificando de todo mal que o pecado provoca dentro de nós e, mais ainda, se a Palavra ou a Lei era reservada para uma classe privilegiada, a Palavra de Deus não! Ela é privilégio dos pobres em primeiro lugar; os pobres, os renegados, os marginalizados estão recebendo a Palavra de Deus. É para que ninguém tenha dúvida de que o Reino de Deus está aqui, ele está acontecendo.
É isso que eles vão testemunhar, tomar consciência do que está acontecendo; e é essa consciência que nós precisamos tomar hoje. Sei que as pessoas vão dizer: “O mundo está terrível”, “O mundo está muito mal”, “O mundo só tem coisas ruins”, tenho que dizer que você está enganado, tem todas essas coisas ruins acontecendo, mas o Reino de Deus está acontecendo. Sou testemunha, vejo jovens sendo recuperados, libertos de drogas; vejo pessoas se convertendo; vejo casamentos sendo salvos; vejo vidas sendo restauradas; vejo pessoas mortas ressuscitando. Eu vejo, mas estou me abrindo para graça do Reino de Deus.
Se você está olhando para o mundo de uma forma apenas para o mal do mundo —e não vamos negar, não vamos fazer vista grossa—, mas preciso olhar para Aquele que é a luz desse mundo, que é Jesus. Ele está no meio de nós para restaurar este mundo. Vamos deixar que a luz de Deus continue restaurando, curando e libertando o mundo em que estamos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/12/2021

Oração Final
Pai Santo, faze de nós mensageiros do teu Reino de Amor! Que sejamos para os peregrinos que caminham conosco neste retorno ao Lar Paterno, fontes de esperança, testemunhas de fé e de Amor, parecidas com o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 14/12/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai de Misericórdia, que formas a Luz e crias as trevas, faze-nos instrumentos de tua Paz e do teu Amor. Ajuda-nos a proclamar, com palavras inspiradas por teu Espírito e com o testemunho de uma vida em permanente processo de conversão, que o teu Reinado já está presente em nós, no aqui e agora deste mundo, embora não ainda em plenitude. Ele nos foi trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 16/12/2020