terça-feira, 9 de janeiro de 2024

LITURGIA DIÁRIA - 07/01/2024





Tema do dia

EPIFANIA DO SENHOR: BRILHE, JERUSALÉM, POIS CHEGOU A SUA LUZ!

Levante-se, Jerusalém! Brilhe, pois chegou a sua Luz, a glória do Senhor brilha sobre você. Sim, a treva cobre a terra, névoas espessas envolvem os povos, mas sobre você brilha o Senhor e sua glória a ilumina. Sob a luz de você caminharão os povos e os reis andarão ao brilho do seu esplendor. Lance um olhar em volta e observe: todos esses que aí se reúnem vieram procura-la. Seus filhos vêm de longe, as suas filhas vêm no colo. Então, bastará ver, e seu rosto se iluminará, seu coração parecerá explodir de emoção, porque estarão trazendo tesouros de além-mar, estarão chegando a você as riquezas das nações. Uma grande multidão de camelos a invade, camelos de Madiã e Efa; de Sabá vem todo mundo, ouro e incenso é o que eles trazem, e vêm anunciando os louvores do Senhor. (Is 60,1-6)
Fonte: Arquidiocese BH em 05/01/2020

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Pensemos nestes sábios que vieram de longe, ricos, cultos, conhecidos, que se prostram, isto é, inclinam-se para adorar um menino! Parece uma contradição. Surpreende um gesto tão humilde realizado por parte de homens tão ilustres. Era habitual naquela época prostrar-se diante de uma autoridade que se apresentava com os sinais de poder e glória. E ainda hoje não seria estranho. Mas diante do Menino de Belém não é simples. Não é fácil adorar este Deus, cuja divindade permanece oculta e não parece triunfante. Significa aceitar a grandeza de Deus, que se manifesta na pequenez: esta é a mensagem. Os magos abaixam-se perante a lógica inaudita de Deus, acolhem o Senhor não como o imaginavam, mas tal como é, pequeno e pobre. A prostração é o sinal de quem põe de lado as próprias ideias e dá espaço a Deus. É necessária humildade para o fazer. (Angelus de 6 de janeiro de 2022)

Oração para antede lea Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, tlouvte faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Domingo, Epifania do Senhor, Solenidade, Ano B
Cor: Branco


Primeira Leitura (Is 60,1-6)
Epifania do Senhor - Solenidade | Domingo - 07/01/2024

Leitura do Livro do profeta Isaías:

Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor.
Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora.
Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório Sl 71(72),1-2.7-8.10-11.12-13 (R. cf. 11)
Epifania do Senhor - Solenidade | Domingo - 07/01/2024

— As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
— As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
— Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
— Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo.
— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.

Segunda Leitura (Ef 3,2-3a.5-6)
Epifania do Senhor - Solenidade | Domingo - 07/01/2024

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos: Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. Este mistério Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Anúncio do Evangelho (Mt 2,1-12)
Epifania do Senhor - Solenidade | Domingo - 07/01/2024


Vimos surgir sua estrela e viemos reverenciá-lo

— Aleluia! Aleluia! Aleluia!
— Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor. (cf. Mt 2,2)

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”. Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada,  meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/01/2024

ANO B



Mc 1,7-11

Comentário do Evangelho

Senhor se deixa encontrar e está próximo

A solenidade do batismo do Senhor é a primeira solenidade do Senhor do tempo comum. O gênero literário do relato é a “visão interpretativa”, em que a voz interpreta a visão, isto é, o céu aberto e a descida do Espírito Santo sobre Jesus. A finalidade do relato é afirmar, desde o início do evangelho, a identidade e a missão de Jesus. Por esse motivo, seria melhor, caso seja indispensável um título para o relato, nomeá-lo como “a investidura messiânica de Jesus”. O trecho do livro do profeta Isaías aponta as disposições necessárias requeridas por Deus para o seu povo: buscar e invocar o Senhor porque ele se deixa encontrar e está próximo; converter-se, pois o Senhor está sempre pronto a perdoar. Nessa linha penitencial é que se insere o batismo de João. Essas disposições acima elencadas são necessárias como preparação para a vinda do Messias, do qual João Batista é o precursor. O batismo de João é um batismo para a conversão. O Batista tinha consciência do caráter provisório e imperfeito do batismo que ele realizava, por isso, afirma que, depois dele, vem um mais forte do que ele e que batizará com o Espírito Santo. Jesus não tinha pecado, mas entra na fila dos pecadores por solidariedade com a nossa humanidade pecadora. O autor da carta aos Hebreus poderá dizer, por isso, que nós temos junto de Deus um sumo sacerdote misericordioso, capaz de compadecer-se de nossas fraquezas (cf. Hb 4,14-15). O céu pode rasgar-se? Trata-se de uma evocação de Is 63,19 ou 64,1. Trata-se, evidentemente, de uma linguagem simbólica na qual é expressa a comunicação entre o céu e a terra. Dito em outros termos, o Espírito Santo do qual Jesus é revestido para realizar a sua missão vem de Deus. A voz que interpreta a visão vem do texto tirado de Is 42,1. É Deus quem apresenta o seu servo. No evangelho de João, Jesus diz que é o Pai quem dá testemunho dele (cf. Jo 8,17-18). Em Is 42,6-7, a missão do servo tem uma dupla vertente: é mediador da Aliança e libertador dos cativos. Na tradição bíblica, essas duas vertentes estão intrinsecamente unidas: Deus que fez aliança com o seu povo é o Deus que o libertou da casa da servidão (cf. Ex 20,1; Dt 5,6). Jesus é mediador de uma nova e definitiva aliança (cf. Hb 7,22-25; 8,6-13; 12,24) que nos liberta de todo mal.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Espírito de purificação, faze-me experimentar o batismo purificador de Jesus, que me liberta do pecado e do egoísmo, predispondo-me para o serviço generoso a meu próximo.
Fonte: Paulinas em 11/01/2015

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Tu és meu Filho Amado


João estava no deserto, batizando aqueles que se arrependiam de seus pecados e queriam começar uma vida nova, não apenas individual, mas também social. João queria que toda a população estivesse preparada para o Dia do Senhor. Ele era um homem austero, que se vestia de pelos de camelo e um cinturão de couro.
Alimentava-se de gafanhotos e mel do campo. João anunciava que depois dele viria alguém mais forte do que ele, de quem não era digno de desamarrar as sandálias. O batismo de João era feito com água para a remissão dos pecados. O batismo daquele que estava chegando seria feito com o Espírito Santo. Enquanto João pedia ao povo que se arrumasse para estar em ordem para o Dia do Senhor, o batismo com o Espírito Santo transformaria as pessoas em novas criaturas para um mundo novo.
Um dia entrou nas águas do rio Jordão, vindo de Nazaré, um homem chamado Jesus. João o batizou e, ao sair das águas, Jesus mesmo viu o céu se abrindo e o Espírito Santo descendo sobre ele. Naquele momento uma voz se fez ouvir. Ela dizia: “Você é meu Filho amado. Eu me sinto bem com você”.
A Trindade Santa se manifestou no batismo de Jesus e ele se solidarizou com João e todo o povo que procurava preparar-se para o Dia do Senhor. Lá estava o Senhor com o seu Dia, oferecendo a todos a presença do Espírito, que sopra onde quer.

Jesus, ao procurar João para ser batizado, quis nos ensinar como é importante participar da Comunidade. Ele, o Santo, que não tinha pecados, busca as águas para purificar-se. E a confirmação do Pai Misericordioso «Tu és o meu Filho amado», que veio a Ele, virá para nós: também somos filhos amados!
Fonte: Arquidiocese BH em 11/01/2015

VIVENDO A PALAVRA

Nós fazemos parte dessa família! O evangelista deseja mostrar a humanidade de Jesus de Nazaré. Seus antepassados são parecidos com os nossos. Gente virtuosa e outros nem tanto. Mas, ao fim, a origem última de Jesus e também a nossa é o próprio Deus Pai, fonte do Amor e da Vida em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/01/2018

Reflexão

Batismo do Senhor

JESUS É O FILHO DE DEUS

O Evangelho de Marcos inicia-se com João Batista pregando um batismo de conversão e profetizando a chegada de alguém mais forte do que ele, o Messias, salvador e Filho de Deus. João não é nem digno de se abaixar aos pés do anunciado. Ele batiza com água, mas o que virá batizará com o Espírito Santo.
Nisso aparece Jesus para ser batizado: os céus se abrem, ele vê o Espírito Santo se fazer presente em sua vida e ouve a voz do Pai, que o proclama seu Filho amado. João Batista sai de cena e entra Jesus, anunciando seu projeto.
Os céus “estavam fechados”, parecendo estar obstruída a comunicação entre o céu e a terra, entre o divino e o humano. Havia a necessidade de romper essa barreira invisível e estabelecer a comunicação com o transcendente. Havia a sensação de que Deus estava isolado e longe da humanidade.
Com a vinda do Espírito Santo sobre Jesus, os céus “são rasgados” e volta a se estabelecer a comunicação do divino com o humano. Finalmente é possível o encontro e a convivência com Deus. Um homem cheio do Espírito perambula pelas terras da Palestina, anunciando o reino de Deus.
Movido pelo Espírito Santo, Jesus cura, liberta, transforma e renova as pessoas e todas as coisas. À semelhança do caos do início da criação que se transforma em cosmos com o sopro divino, a nova humanidade nasce com a chegada do Filho de Deus, iluminado e guiado pelo Espírito.
Graças ao Espírito Santo que recebemos no batismo, também nos tornamos novas criaturas. Somos integrados a uma comunidade, a Igreja.
Sem esse Espírito de Deus, nossa vida é morna, sem compromisso e sem verve, a alegria esmorece, a esperança morre, os medos tornam-se fantasmas a nos atormentar. Se não nos deixamos animar e recriar por esse Espírito, não temos como contribuir para a nossa comunidade nem apontar novo rumo para a sociedade, tão necessitada de valores que dignifiquem e defendam a vida da humanidade.
Pe. Nilo Luza, SSP
Fonte: Paulus em 11/01/2015

Reflexão

João pregava e batizava. Por sua pregação, as pessoas eram convidadas a se manter fiéis ao projeto de Deus e acolher o Messias. Por seu batismo, deviam mudar de vida: batismo de conversão. “Mais forte” do que João, o Messias haveria de batizar com o Espírito Santo. Portanto, não batismo com água de rio, mas com o “vento” que desce do céu e renova a vida. Eis que Jesus vem de Nazaré da Galileia e se apresenta para receber o batismo de João. Nessa circunstância, Jesus testemunha a presença do Espírito Santo, que desce sobre ele em forma de pomba (cf. Gn 1,2: primeira criação) e a manifestação do Pai, cuja voz ecoa solenemente: “Tu és o meu Filho amado. Em ti eu me agrado”. Este é o Messias servidor que, mediante o serviço, implantará entre nós o Reino de Deus.
Extraído do livro:
Dia a dia com o Evangelho 2015: Texto e comentário – Ano B – São Marcos. Autor: Padre Luiz Miguel Duarte.
Fonte: Paulus em 11/01/2015

Reflexão

João Batista não faz propaganda de si mesmo; ao contrário, aponta para outra pessoa que vem depois dele, superior a ele. Desamarrar a sandália, conforme a lei do levirato (cf. Dt 25,5), significava apropriar-se do direito de esposo. Ora, o papel de esposo, próprio de Deus, no Antigo Testamento, corresponde agora a Jesus. Ele vem com a plenitude do Espírito Santo e o infundirá sobre todos os que aceitarem fazer parte de sua comunidade. Eles serão a base e os construtores da nova sociedade, etapa terrena do Reino de Deus. Não é propriamente João que apresenta Jesus; é o Pai, cuja voz vem do céu e proclama: “Tu és o meu filho amado. Em ti eu me agrado”. A voz do Pai define e exalta Jesus como o Filho de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/01/2018

Reflexão

João Batista não faz propaganda de si mesmo; ao contrário, aponta para outra pessoa que vem depois dele, superior a ele. Desamarrar a sandália, conforme a lei do levirato (cf. Dt 25,5), significava apropriar-se do direito de esposo. Ora, o papel de esposo, próprio de Deus, no Antigo Testamento, corresponde agora a Jesus. Ele vem com a plenitude do Espírito Santo e o infundirá sobre todos os que aceitarem fazer parte de sua comunidade. Eles serão a base e os construtores da nova sociedade, etapa terrena do Reino de Deus. Não é propriamente João que apresenta Jesus; é o Pai, cuja voz vem do céu e proclama: “Tu és o meu filho amado. Em ti eu me agrado”. A voz do Pai define e exalta Jesus como o Filho de Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 06/01/2023

Reflexão

João Batista não quer para si as atenções da multidão. Ele avisa que está chegando alguém mais forte. Fala do Messias, que possui a plenitude do Espírito Santo. Será superior, também, porque vai inaugurar uma nova sociedade, a Nova Aliança. Ao receber o batismo de João, Jesus indica que concorda com a pregação dele. Além disso, recebendo o batismo, Jesus declara seu compromisso de implantar a justiça e de entregar-se pelo bem da humanidade. Isso implica a disposição para imolar a própria vida. Ao ser batizado, Jesus conta com a ação do Espírito Santo, que desce sobre ele em forma de pomba. E tem a seu favor o testemunho do Pai celeste, que lhe diz: “Tu és o meu Filho amado”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Tu és o meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado»

Rev. D. Josep VALL i Mundó
(Barcelona, Espanha)

Hoje a Igreja celebra o Batismo do Senhor. Aquele dia, todas as águas do mundo foram purificadas e receberam a força para significar a limpeza do pecado. Ainda que o Batismo que administrava João tinha só um significado de conversão e de reconhecimento do nosso pecado, Jesus quis passar por ai por solidariedade com todos os homens, como Vanguardista de uma renovada Humanidade. Ele, «que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornemos justiça de Deus» (2Cor 5,21). Jesus instituirá o novo Batismo que nos faz filhos de Deus Nele e nos reconciliará com o Pai: será o Cordeiro de Deus que tirará o pecado do mundo.
«Também hoje —escreve são Gregório Nazianzeno— Cristo é iluminado; deixemo-nos penetrar por esta luz divina. Cristo é batizado, baixemos com Ele a água, para subir depois com Ele». Aquele dia, no Jordão viu-se descender o Espírito Santo sobre o Senhor e ouviu-se a voz do Pai: «Tu és o meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado» (Mc 1,11). João Paulo II comenta que «ao sair das águas da fonte sagrada, cada cristão torna a escutar a voz que um dia se ouviu perto do rio Jordão: ”Tu és o meu Filho...”; e entende que foi associado ao Filho predileto, chegando a ser filho adotivo».
São Cirilo de Jerusalém faz-nos reflexionar sobre este fato sobrenatural, dizendo-nos: «Se tu tens uma piedade sincera, sobre ti descenderá também o Espírito Santo e ouvirás a voz do Pai que vem do alto: Este não era meu filho, mas agora, depois do Batismo, foi feito filho meu». A partir deste momento todos estamos convidados a seguir o mesmo Caminho de Cristo, a conhecer a sua verdade e a viver a sua mesma Vida. Somos eleitos, consagrados e enviados para colaborar na missão apostólica. Somos também filhos amados e prediletos, e o Pai encontrará pleno agrado em cada um de nós.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O Batismo libertou-nos de todos os males, que são os pecados, mas com a graça de Deus devemos fazer tudo o que é bom» (S. Cesáreo de Arlés)

- «Vocês, pais, trazeis a criança, rapaz ou rapariga para ser batizada. Esta é a cadeia da fé: é vosso dever transmitir a fé a estas crianças. É a mais bela herança que lhes deixarareis. Levai, hoje para casa, este pensamento» (Francisco)

- «Embora próprio de cada um, o pecado original não tem, em qualquer descendente de Adão, carácter de falta pessoal. É a privação da santidade e justiça originais, mas a natureza humana não se encontra totalmente corrompida (...). O Batismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e reorienta o homem para Deus, mas as consequências para a natureza, enfraquecida e inclinada para o mal, persistem no homem e convidam-no ao combate espiritual» (Catecismo da Igreja Católica, nº 405)

Reflexão

Jesus Inicia a sua vida publica tomando o lugar dos pecadores

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, enquanto toda a Judeia e Jerusalém se aproximavam de João para se batizarem, acontece algo de novo: Jesus Cristo mistura-se entre a multidão cinzenta dos pecadores que esperam na margem do Jordão. Mas, o que fez Jesus? A partir da cruz e da ressureição tornou-se claro para os cristãos o que tinha acontecido.
Jesus tinha carregado com a culpa de toda a humanidade; entrou com ela pelo Jordão. Inicia a sua vida publica tomando o lugar dos pecadores. Inicia-a com a antecipação da cruz. O batismo é a aceitação da morte (“com-padecendo”) pelos pecadores da humanidade e pela voz do céu (“Tu és o meu Filho amado”) é uma referencia antecipada da ressureição. O batismo de Jesus entende-se assim como compendio de toda a história na qual se retoma o passado e se antecipa o futuro.
—Quisera, Senhor, encaminhar-me para o local do teu batismo e assim, graças à tua identificação com os homens, receber a minha identificação contigo para satisfazer o Pai.

Reflexão

Rasgaram-se os céus

Nosso Senhor, sendo Deus, não precisava entrar na fila dos pecadores e ser batizado por São João Batista. Com grande humildade, porém, Ele quis que se cumprisse toda a justiça [1]. A Igreja sempre interpretou esse gesto como uma prefiguração do que Cristo fez na Cruz, tomando sobre Si os nossos pecados. Comenta o Papa Bento XVI:
"O que é verdadeiramente novo é que Jesus queira ser batizado, que entre na multidão triste dos pecadores, que aguardam nas margens do rio Jordão. O batismo implicava uma confissão dos pecados. Na sua essência, era uma confissão dos pecados e a tentativa de se despojar de uma vida falhada e de receber uma nova vida. Podia Jesus fazer isso? Como Ele podia confessar pecados?"
(…)
"Porque se na descida a este batismo estão contidos uma confissão dos pecados e um pedido de perdão para um novo começo, então também está contida neste sim a toda a vontade de Deus num mundo marcado pelo pecado uma expressão da solidariedade com os homens, que se tornaram culpados, mas que se dirigem para a justiça. Somente a partir da cruz e da ressurreição é que todo o sentido deste processo se tornou reconhecível. Ao descerem para a água, os batizandos confessam os seus pecados e procuram ser libertos deste peso que representa terem caído na culpa. O que é que Jesus fez então? S. Lucas, que em todo o seu Evangelho dirige um olhar atento à oração de Jesus, que o representa sempre como orante – em conversa com o Pai –, diz-nos que Jesus recebeu o batismo enquanto orava (3, 21). A partir da cruz e da ressurreição tornou-se claro para a cristandade o que estava acontecendo: Jesus tomou sobre os seus ombros o peso da culpa de toda a humanidade; levou-a pelo Jordão abaixo. Ele inaugura-o com a antecipação da cruz. Ele é, por assim dizer, o verdadeiro Jonas, que disse para os marinheiros: 'Pegai em mim e atirai-me ao mar' (Jn 1, 12). Todo o significado do batismo de Jesus, o seu levar 'toda a justiça', só na cruz é que se revela: o batismo é a aceitação da morte pelos pecados da humanidade, e a voz do batismo – 'Este é o meu filho bem-amado' (Mc 3, 17) – é já um chamado de atenção para a ressurreição. Assim se compreende também como na própria linguagem de Jesus a palavra 'batismo' aparece como designação da sua morte (Mc 10, 38; Lc 12, 50)." [2]
De fato, a eficácia do nosso Batismo depende diretamente de Cristo crucificado, de cujo lado aberto brotaram sangue e água [3]. "O sangue e a água que escorreram do lado traspassado de Jesus crucificado são tipos do Batismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova" [4]. Por meio dos Sacramentos, Cristo perpetua na história a eficácia da Redenção.
Mas, era conveniente que Nosso Senhor fosse batizado? Santo Tomás responde:
"Era conveniente que Cristo fosse batizado (...) porque, como diz Ambrósio: 'O Senhor foi batizado não porque quisesse ser purificado, mas querendo purificar as águas, para que limpas pela carne de Cristo, que não conheceu o pecado, tivessem a força do batismo'. E Crisóstomo acrescenta: 'Para deixá-las santificadas para os que haveriam de ser batizados depois." [5]
Ao invés de Ele ser purificado pelas águas, elas foram santificadas por Ele. Assim como, na Eucaristia, ao invés de o alimento se unir ao nosso corpo, somos nós quem nos unimos ao alimento, que é Cristo, no Seu Batismo, não é Ele quem é purificado, mas as águas que O batizam.
E por que Nosso Senhor foi batizado no rio Jordão? O Aquinate, novamente, responde:
"Foi pelo rio Jordão que os filhos de Israel entraram na terra prometida. Ora, o que tem de especial o batismo de Cristo com relação a todos os outros batismos é que introduz no reino de Deus, simbolizado pela terra prometida. Por isso diz o Evangelho de João: 'Ninguém pode entrar no reino de Deus, a não ser que nasça da água e do Espírito Santo'. É nesse sentido também que Elias dividiu as águas do Jordão, antes de ser arrebatado ao céu numa carruagem de fogo, pois o fogo do Espírito Santo abre a entrada do céu aos que atravessam as águas do batismo. Por isso convinha que Cristo fosse batizado no Jordão." [6]
O Evangelho diz, no versículo 10, que Cristo, "logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele". No original grego, o verbo utilizado para designar os céus que se abrem é "σχιζομένους", que quer dizer "rasgar". É a mesma palavra usada para se referir ao véu do Templo que se rompe de alto a baixo [7] e às vestes de Cristo, que os Seus carrascos decidiram não rasgar [8]. Perguntando se os céus deviam "rasgar-se" depois do batismo de Cristo, o Doutor Angélico considera três aspectos:
"Como já foi dito, Cristo quis ser batizado para consagrar com seu batismo aquele com o qual nós seríamos batizados. Por isso, no batismo de Cristo devia manifestar-se tudo o que diz respeito à eficácia de nosso batismo. A esse propósito devemos considerar três aspectos. Primeiro, a força principal da qual o batismo recebe sua eficácia, que é a força celeste. Por isso, uma vez batizado Cristo, o céu se abriu para mostrar que, doravante, uma força celeste santificaria o batismo."
"Segundo, para a eficácia do batismo cooperam a fé da Igreja e a fé daquele que é batizado; por isso, os que são batizados fazem a profissão de fé e o batismo é chamado sacramento da fé. Pela fé contemplamos as realidades celestes, que superam os sentidos e a razão humana. Para expressar isso se abriram os céus depois do batismo de Cristo."
"Terceiro, pelo batismo de Cristo especialmente que se abre para nós a entrada no reino dos céus, que tinha sido fechada pelo pecado ao primeiro homem. Por isso, os céus se abriram depois do batismo de Cristo, para mostrar que o caminho do céu está aberto para os batizados." [9]
Santo Tomás ainda tece algumas considerações sobre a importância da oração, a partir da narrativa de São Lucas: "Cristo, batizado, estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele" [10]. Ele diz:
"Mas, depois do batismo, o homem precisa da oração constante para entrar no céu; pois, mesmo que os pecados sejam perdoados pelo batismo, permanece a atração ao pecado que nos ataca interiormente, e o mundo e os demônios que nos atacam exteriormente. Por isso, claramente diz o Evangelho de Lucas que 'depois de ter sido batizado Jesus, e enquanto orava, se abriram os céus', porque a oração é necessária aos fiéis depois do batismo. – Ou ainda, para dar a entender que o fato de se abrir o céu aos crentes pelo batismo que se deve à força da oração de Cristo. Por isso, claramente diz o Evangelho de Mateus: 'Abriram-se-lhe os céus', isto é, e a todos por causa dele, como se um imperador dissesse a alguém que pede uma graça para outrem: 'É a ti que faço este favor e não a ele', ou seja, 'a ele, por tua causa', como afirma Crisóstomo." [11]
Quando fomos batizados, os céus se abriram para nós, mas não podemos descuidar da oração, sem a qual estaremos indefesos contra os três inimigos da alma: a carne, o mundo e o diabo. Por isso, ao recebermos este Sacramento, além de professarmos a fé, somos chamados a renunciar a Satanás, às suas obras e seduções.
A oração é necessária porque a graça atual é necessária. Se estamos em estado de graça habitual, todos os dons e virtudes estão em nosso coração, mas, se não rezamos, eles permanecem inoperantes. Neste Domingo, tomemos a firme resolução, o propósito de ter uma vida séria e comprometida de oração. Porque, sem ela, estamos na rampa do inferno, sem proteção contra os inimigos de nossa alma e de nossa salvação e sem as graças necessárias para amar a Deus.

Referências:
Cf. Mt 3, 15.
Papa Bento XVI. Jesus de Nazaré: primeira parte: do batismo do Jordão à transfiguração. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. p. 32-34.
Cf. Jo 19, 34.
Catecismo da Igreja Católica, 1225
Suma Teológica, III, q. 39, a. 1
Ibidem, III, q. 39, a. 4.
Cf. Mt 27, 51
Cf. Jo 19, 24.
Suma Teológica, III, q. 39, a. 5.
Lc 3, 21-22.
Suma Teológica, III, q. 39, a. 5.
Fonte: Reflexões Franciscanas em 11/01/2015

Meditação

João Batista é o modelo do pregador cristão. Não anunciava suas próprias ideias, não procurava prestígio, não se apresentava como a solução e a salvação. Apresentava-se apenas como quem anunciava a chegada de outro, do Cristo, do Salvador esperado. Cumpria fielmente sua missão. Quando o mensageiro quer ser maior que a mensagem, nada poderá comunicar. Estejamos atentos ao nosso modo de falar de Jesus.
Oração
Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus conosco em 06/01/2023

Comentário sobre o Evangelho

O batismo de Jesus: os céus se abriram e o Espírito Santo desceu


Hoje, assistimos a uma cena soleníssima: Jesus recebe o Baptismo! Com este gesto, instituía o Baptismo cristão e destacava a importância deste sacramento da Nova Aliança.
- Para ressuscitar com Cristo temos de viver a sua Paixão. Deus facilita-nos o caminho: com o Baptismo participamos na Paixão de Jesus “sem confusões”. Que mais queres?

Comentário do Evangelho

A SOLIDARIEDADE DE JESUS

O batismo de Jesus, no Jordão, pode parecer, à primeira vista, inútil. Afinal, eram os pecadores os que procuravam o batismo de João, para redimir-se de seus pecados, na perspectiva da iminente chegada do Messias. Por um lado, Jesus não era pecador. Por outro, ele era o Messias, cuja ação havia de revolucionar a história humana. Como justificar, então, seu batismo?
A vinda do Messias Jesus tinha como finalidade oferecer aos pecadores a salvação. Este seria o público privilegiado de sua ação. Quando, no início de seu ministério, dirigiu-se para o lugar onde João estava batizando, Jesus foi colocar-se exatamente onde se encontravam os que viera para salvar.
Em torno de João, reuniam-se pessoas conscientes de seus pecados e desejosas de se verem livres deles. Jesus foi ao encontro delas, pois haveria de livrá-las, definitivamente, do peso de seus pecados, anunciando-lhes o advento do Reino de Deus.
O Messias, porém, escolheu o caminho da solidariedade com os pecadores e se colocou junto deles como salvador, não como juiz. Ao se fazer um com eles, embora não sendo pecador, possibilitou que a graça tivesse lugar na vida daquela gente. Foi assim que, no batismo, o Filho amado de Deus iniciou sua missão.
Oração
Senhor Jesus, que escolheste o caminho da solidariedade para trazer salvação à humanidade, faze-me também solidário com aqueles aos quais devo anunciar o teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 11/01/2015

Meditando o evangelho

A AFEIÇÃO DE DEUS

A declaração do Pai: “Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado” revela o carinho de Deus tanto por Jesus quanto pela humanidade carente de salvação.
O carinho pelo Filho manifesta-se na plena confiança nele depositada, em vista da missão exigente que lhe seria incumbida, e na sua capacidade de levá-la até o fim. Só se confia uma tarefa importante a quem é bem conhecido, e cuja idoneidade e capacidade estão acima de qualquer suspeita.
Na relação de Jesus com o Pai, isto se deu em grau eminente. Ninguém conhecia o Filho melhor que o Pai que o incumbiu de salvar a humanidade. Por outro lado, o Pai estava seguro de que o Filho haveria de manter-se fiel, em meio às tremendas exigências de sua missão. Daí ter-se afeiçoado a ele.
O envio de Jesus já foi uma mostra de afeição do Pai pela humanidade. Embora contaminada pelo pecado e propensa a manter-se numa atitude hostil, jamais ela fora objeto da rejeição divina. De muitos modos, o Pai procurou atraí-la novamente a si, buscando refazer os laços de comunhão rompidos pelo pecado. Assim, a afeição do Pai por Jesus desdobrou-se em afeição pela humanidade. Resulta, daqui, uma exigência para cada pessoa humana. Como o Filho soube corresponder à afeição divina fazendo-se em tudo fiel e obediente ao Pai, do mesmo modo deve agir quem deseja acolher o apelo divino e refazer o caminho de comunhão com Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, sou-te grato pela afeição que tens por mim, manifestada de modo especial no envio de teu Filho Jesus. Dá-me a graça de corresponder, com fidelidade, ao teu amor.
Fonte: Dom Total em 06/01/2018

Comentário ao Evangelho

O FILHO AMADO

A cena do batismo revela o traço fundamental da identidade de Jesus: sua condição de Filho amado de Deus. Outro elemento importante desta identidade é oferecido pelo quadro trinitário no qual a revelação é feita. Do céu, o Pai se dirige ao Filho, e o Espírito Santo desce sobre ele, em forma de pomba. A origem divina de Jesus fica, assim, perfeitamente evidenciada. Ele provém do seio da Trindade, em cujo nome exercerá sua missão.
Daqui decorrem dois eixos da ação histórica de Jesus. Ela se desenrolará na mais absoluta fidelidade a Deus, refletindo-se nela o agir divino em favor da humanidade. Da fidelidade decorrerá a liberdade. Jesus não suportará que criatura alguma, nem mesmo as tradições religiosas se imponham em sua vida, de forma absoluta. Ele jamais suportou a tirania da Lei e dos costumes do povo quando, contrastavam com o projeto do Reino de Deus.
A pessoa e a ação de Jesus, sendo baseadas na fidelidade e na liberdade, suscitarão constantes conflitos. Apesar disto, como Filho amado, ele não abrirá mão do projeto traçado pelo Pai.
Fonte: Dom Total em 06/01/2023

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Mergulho no coração de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando foi a uma confraternização em um dia de muito calor, se lá tiver uma piscina é o primeiro lugar em que eu chego. Um mergulho e a gente sai da água renovado, revigorado e até parece com uma nova vida, tal é a força revitalizante da água. O nosso pecado e as forças do mal colocam em nós esse Fogo abrasador da carência de Deus, quando descartamos Jesus de nossa vida, nos sentimos abrasar. Podemos dizer que toda a humanidade estava assim...
E naquele dia, com Jesus a Velha Humanidade mergulhou e saiu das águas totalmente renovada, Batismo é renovação, é esse refazer-se que ocorre todo dia. Não é atoa que neste evangelho aparece em todo o seu esplendor sinais teofânicos.
O céu que se abre, o Espírito que desce, a voz que declara solenemente "Tu és o meu Filho amado, em ti ponho a minha afeição...
O Espírito de Deus não tinha onde pousar, como a pombinha que Noé soltou, para sondar se as águas do Dilúvio tinham abaixado, agora em Jesus de Nazaré, que solidário se fez nosso irmão, o Espírito desde e o envolve totalmente. A voz do Pai fala ao coração do Filho, e ecoa no fundo do coração de toda a humanidade "Tu és o meu Filho amado, em ti me alegro".
E o céu se abriu e nunca mais se fechou, os Querubins que Deus havia colocado á porta do paraíso, recolheram suas espadas de fogo e foram embora. Acabou a distância entre Deus e o Homem, Jesus nos abriu as portas para entrarmos com ele no coração de Deus, e lá fazermos morada eternamente...

2. Eu nem sou digno de desatar a correia de suas sandálias
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

João estava no deserto batizando aqueles que se arrependiam de seus pecados e queriam começar uma vida nova, não apenas individual, mas também social. João queria que toda a população estivesse preparada para o Dia do Senhor. Ele era um homem austero, que se vestia de pelos de camelo e um cinturão de couro. Alimentava-se de gafanhotos e mel do campo. João anunciava que depois dele viria alguém mais forte do que ele, de quem ele não era digno de desamarrar as sandálias. O batismo de João era feito com água para a remissão dos pecados. O batismo daquele que estava chegando seria feito com o Espírito Santo. Enquanto João pedia ao povo que se arrumasse para estar em ordem para o Dia do Senhor, o batismo com o Espírito Santo transformaria as pessoas em novas criaturas para um mundo novo. Um dia entrou nas águas do rio Jordão, vindo de Nazaré, um homem chamado Jesus. João o batizou e, ao sair das águas, Jesus mesmo viu o céu se abrindo e o Espírito Santo descendo sobre ele. Naquele momento uma voz se fez ouvir. Ela dizia: “Você é meu Filho amado. Eu me sinto bem com você”. A Trindade Santa se manifestou no batismo de Jesus e ele se solidarizou com João e todo o povo que procurava preparar-se para o Dia do Senhor. Lá estava o Senhor com o seu Dia, oferecendo a todos a presença do Espírito, que sopra onde quer.
Fonte: NPD Brasil em 06/01/2018

HOMILIA

O BATISMO DE JESUS

João Batista não negava que em sua vida havia poder do Alto para operar a obra que já havia sido designada por Deus a ele desde a época dos profetas. Esse poder consistia na pregação do Reino e na remissão dos pecados pelo arrependimento, externado no rito do batismo nas águas.
Hoje nossa cultura religiosa limita o poder do Alto essencialmente a manifestação de milagres de cura e operações sobrenaturais, pelo simples fato de que estes sinais aconteciam no ministério de Jesus. Mas releva-se que o contexto onde estes eventos sobrenaturais aconteciam, eram no fundo para servirem de confronto com a mentalidade religiosa e estas operações sempre serviram para que a consciência dos participantes e espectadores se convertesse de sua acomodação e limitação espiritual.
Reitero que creio em milagres e operações sobrenaturais, no entanto, não firmo minha fé exclusivamente nessas ocorrências. Deus pode não achar bom curar determinadas pessoas, por motivos que competem exclusivamente a Ele decidir não curar ou fizer o milagre que acho necessário que aconteça. Mesmo diante desse contexto, Ele não deixará de ser Deus. Mas se firmar minha fé somente no que vejo de extraordinário, caso um não-milagre aconteça, minha fé corre o sério risco de revelar-se superficial e inoperante para trazer paz a minha vida em momentos de aflição.
O ato de retirar as sandálias era uma função dos escravos da casa de um nobre, para após isso lavar os pés e ungi-los com óleo para que se re-hidratassem da caminhada no clima árido do deserto. Portanto era uma posição de máxima subserviência ao amo. Observe-se que desamarrar era o mais simples ato deste costume comum á época, que implicava em curvar-se para tanto, um sinal que no contexto espiritual significa reverenciar a Deus.
Por saber que o seu poder vem de Deus, João Batista submete-se a autoridade d´Ele pois sabia que ele somente prenunciava O mais poderoso que ele haveria de vir, colocando-se numa posição de máxima subserviência, como os escravos que lavavam e hidratavam os pés do amo e seus convidados.
Mesmo com esse poder, João Batista sabia que por mais que o batismo nas águas significasse que o interior do ser havia se conscientizado do pecado e do amor de Deus em implantar seu Reino entre os arrependidos, esse batismo não era suficiente para fazer o homem a mudar seu instinto natural ao pecado, necessitando da intervenção divina na vida do ser, o que só se realizaria com o batismo com o Espírito Santo que só Jesus pode promover.
Para que essa possibilidade se tornasse realidade, Jesus cumpriu o rito do batismo do arrependimento, mesmo sendo Ele um Rabi, que quer dizer Mestre. Esse batismo do arrependimento de Jesus foi também Seu batismo com e no Espírito Santo, uma vez que o Espírito Santo desceu como uma pomba sobre Ele. E uma voz se fez ouvir: Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria.
Pensemos: se Jesus sendo um dos mestres judaicos, em se “arrependendo” e do ponto-de-vista demonstrado na bíblia de que Cristo padeceu na carne do todo tipo de tentação e inclinação carnal, portanto passível de arrependimento também como homem, abriu a possibilidade para que Deus desse de Seu Espírito para Ele, então essa possibilidade também está aberta a todos que assim o desejem!
Esse objetivo divino - fazer com que Seu Espírito faça habitação em todos os que se arrependem - é cumprido em Cristo em seu batismo no Rio Jordão. E o júbilo do Senhor em ver esse objetivo cumprido em Jesus é traduzido por seu inesperado rompante declarando Sua alegria em ver seu filho amado cumprindo Sua vontade. O Espírito Santo é Deus nos guiando em toda a verdade, fazendo florescer os dons –em especial o do amor- e dando-nos a capacitação para mudarmos nossa mentalidade corrompida, frutificando em obras e vida plena.
Como vives o teu batismo? Quero recordar-te que o nosso batismo é um compromisso de seguimento de Jesus, na transformação deste mundo pelo amor de Deus, incutido em nosso coração por Jesus hoje batizado no Jordão por João Batista.
Padre BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 11/01/2015

Homilia do Batismo do Senhor

Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista

“Tu és meu Filho amado!”

Abriram-se os céus

A celebração do Batismo de Jesus está unida à Manifestação do Senhor como o Natal e Epifania, completando-se com a apresentação de Jesus aos discípulos em Caná. Deus se manifestou na pessoa de Seu Filho: “Quem me viu, viu o Pai”, diz Jesus a Filipe.
Esta Manifestação se destina a levar todos à comunhão de amor que o Pai nos dá em seu Filho. Quando os hebreus chegaram à Terra Prometida, a arca da aliança parou no meio do rio e as águas se abriram para o povo passar.
Quando Jesus entrou nas águas do Jordão, os céus de abriram e o Pai mostrou a nova terra prometida: Seu amor pelo Filho. Este amor é garantido pela presença do Espírito que acompanha Jesus e a todos os que O acolherem.
A missão do Filho que continua o amor do Pai é fazer o bem, como diz Pedro na casa de Cornélio: “Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com Êle” (At 10,38).
Jesus foi ungido pelo Espírito para fazer o bem. Este é seu poder. Lemos em Isaías que o Servo de Deus, figura profética de Jesus, é amado por Deus para uma missão de promover a justiça: “Eu te formei e constituí com centro da aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão e livrar do cárcere os que vivem nas trevas” (Is 42,6-7).
Em cada batismo realizado na comunidade, não acontece um ato que só interessa individualmente, mas é um momento da comunidade. Entre todos os dons do batismo, é importante a entrada na Igreja, Corpo Místico de Cristo. É nela que se desenvolvem os dons para o servo de todos.

Interiormente transformados (oração)

Toda nossa vida cristã está em Cristo. Dela participamos. O Batismo é nossa adesão a Cristo e a sua missão. O rito externo da água e das orações explica e realiza essa transformação interior.
Pelo Batismo nos é dada a participação no amor do Pai pelo Filho. Somos filhos amados do Pai, como o Filho bendito Jesus. A voz que veio do alto para Ele, vem para nós também. Somos Filhos amados do Pai e recebemos dele todo amor. Recebemos o mesmo Espírito que conduziu e fortaleceu Jesus.
A transformação interior deve atingir nossas atividades e modo de vida como foi profetizada pelo Servo, apresentado na primeira leitura, e realizada por Jesus. A missão de Jesus nasce de sua união com o Pai.
À medida que nos unimos a Ele participamos da mesma missão e somos objeto do mesmo amor. A festa de hoje é um convite a assumir o Batismo. É o compromisso que assumimos quanto ao modo de viver.
“Cristão, reconhece tua dignidade” diz São Leão Magno, Papa.

Perseverar constantemente

O Espírito Santo conduz Jesus em toda sua missão. Após o envio do Espírito em Pentecostes, é Ele quem dirige a Igreja e está no coração dos fiéis dando os dons, movendo à missão e discernindo sua vocação na Igreja. Convém escutar o Espírito e seguir sua inspiração.
Rezamos na oração: “Concedei aos vossos filhos adotivos, renascido da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor” (oração). Como Jesus, fomos ungidos pelo Espírito para realizar sua missão.
É necessária a colaboração pessoal e o empenho em perseverar na graça do sacramento. A coerência cristã exige fidelidade onde estivermos. Deus não nos persegue. Providente, acompanha-nos como o fez com Jesus.

Leitura - Marcos 1,7-11

Ficha nº 1404 - Homilia do Batismo do Senhor (11.01.2015)

No ciclo da Manifestação, temos também o Batismo de Jesus. Ele se destina a levar à comunhão de amor que o Pai nos dá em seu Filho. Em Jesus vemos o Pai. Jesus vive o amor do Pai fazendo o bem. O Servo é uma profecia sobre Jesus e seu modo de viver. O batismo é um ato comunitário.
Entramos em um corpo, Igreja e nele se desenvolvem os dons que recebemos. Toda a vida cristã está em Cristo. Dela participamos.
Ele é nossa adesão a Cristo e sua missão. Pelo Batismo nos é dada a participação do amor do Pai pelo Filho. Somos filhos amados do Pai. A transformação interior deve atingir nossas atividades para viver como Jesus.
O Espírito conduz Jesus em sua missão e nos move à missão e discernimento da vocação. Pedimos a perseverança no amor e a fidelidade. Deus nos acompanha como o fez com Jesus.

Bom de ouvido

Naquele momento do Batismo de Jesus, os ouvidos amadurecidos pela fé puderam ouvir o que marca a vida de Jesus: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho todo o meu amor” (Mc 1,11).
Somente do Céu podia vir essa voz. Ali é o momento da unção de Jesus para uma missão. Esta não é tanto dizer coisas, mas ser o carinho de Deus para com todos, pois Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio porque Deus estava com Ele. O Espírito Santo sempre o guiou.
O batismo de Jesus não é igual ao nosso, pois Ele não precisava do perdão do pecado. Mas mostra como deve ser nossa vida: fazer o bem e viver guiado pelo Espírito Santo.
Ao sermos batizados estamos unidos a Ele, pois somos também chamados de filhos amados de Deus que coloca em nós todo seu amor. Unido ao Natal e Epifania, o Batismo de Jesus é uma manifestação de Deus em Jesus.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/01/2015

Homilia

Festa do Batismo do Senhor,
por Pe. Paulo Ricardo



REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/01/2015

HOMILIA DIÁRIA

O batismo no Espírito Santo realiza uma obra nova em nós

O Espírito que recebemos em nós, pela graça do batismo, nos unge, nos consagra, nos envia, nos refaz, nos cura, nos liberta e nos restaura!

“E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele.” (Marcos 1, 10)

Nós hoje celebramos a Festa do Batismo de Jesus. O batismo de Jesus tem muito a nos ensinar, nós que somos batizados e, como batizados, somos discípulos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A primeira coisa é que, São João, aquele que batizava nas águas, veio nos mostrar que o seu batismo não é como o de Jesus; o batismo que Ele nos traz não se compara a nenhuma outra graça! O batismo nos dá o Espírito Santo, que se apodera e toma posse de nós por intermédio dessa graça [do batismo].
Nós não podemos considerar o fato de o Espírito vir sobre nós como uma coisa qualquer, simples ou irrelevante; ao contrário, o Espírito, que desceu sobre Jesus, é o mesmo que desce sobre nós, nos unge, nos consagra e nos torna configurados a Cristo (Sacerdote, Profeta, Rei) e nos faz missionários e discípulos do amor de Deus.
O batismo confere as graças fundamentais para a nossa vivência da fé cristã, e a primeira e a principal delas é nos dar a graça de nos tornarmos templos do Espírito Santo. O mesmo Espírito, que estava e está em Jesus, está em nós! E podemos observar pelo relato dos Evangelhos que esse Espírito que conduzia Jesus, O conduzia a pregar, a ensinar, a curar, a libertar; e O colocava em sintonia com o Pai.
Da mesma forma, o Espírito que recebemos em nós, pela graça do batismo, nos unge, nos consagra, nos envia, nos refaz, nos cura, nos liberta e nos restaura! Enfim, o Espírito Santo de Deus realiza uma obra nova de Deus em nossa vida, pois, com Ele, nos tornamos templos vivos, lugar da morada d’Ele.
Aquilo que Jesus ouviu hoje, nessa passagem bíblica, uma voz vinda do céu, porque o Espírito pairava sobre Ele, é a voz do Pai que também branda em nosso coração, em nosso peito. Quando nos abrimos para a graça do Espírito é a voz do Pai que nos diz : “Este é o meu filho amado!”.
Em nós, em nossa vida, está o “bem-querer” de Deus, nós precisamos viver como batizados e levar nosso batismo a sério. Não podemos viver no mundo como se fôssemos pagãos, como se não conhecêssemos a Deus, como se não tivéssemos recebido a graça, o poder e o penhor do Espírito.
A mesma unção que pairava sobre Jesus, que ela paire sobre nós, que ela nos consagre, que nos revitalize, que nos faça nascer de novo pela água e pelo Espírito! O Espírito de Deus está sobre nós e queremos viver a graça de sermos batizados!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/01/2015

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos a graça do Espírito Santo todos os dias

Seremos imersos no Espírito Santo e buscaremos a graça do Espírito Santo todos os dias

“Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas Ele vos batizará com o Espírito Santo.” (Marcos 1,7-8)

João Batista é uma seta maravilhosa que nos aponta para Jesus, é Aquele que nos prepara para acolhermos, recebermos e abraçarmos o nosso Mestre Jesus.
Se neste ano, temos o firme propósito de conhecer Jesus, saibamos que, quando nós O conhecemos, somos transformados por Ele, além disso, João está nos dizendo algo muito importante a respeito de Jesus.
Quem é Jesus? É Aquele que nos batiza com o Espírito Santo. Veja, João Batista batizou com água, redimindo, lavando, purificando os pecados. Foi assim que ele fez às margens do rio Jordão e, é assim que somos, também, batizados.
O batismo que Cristo nos traz, nos dá a dimensão plena da graça; nós não só somos lavados, purificados, renovados dos nossos pecados, ou seja, renovados da vida velha para abraçar a vida nova, somos renovados no Espírito. João não conhecia a ação do Espírito, mas isso não quer dizer que Ele não agia, no entanto, com o batismo de Cristo somos imersos no Espírito Santo, nesse batismo Deus nos concede um outra dimensão do Espírito Santo.
O Espírito Santo é dom e graça de Deus, é Deus em nós; o mesmo Deus que está em mim e em você. Se tomarmos consciência dessa graça, desse dom sublime, buscaremos todos os dias sermos batizados. Alguns podem dizer: “Eu já fui batizado um dia”, aquele dia foi único, insubstituível, ninguém é batizado mais de uma vez. Mas, quando dizemos: “Eu quero ser batizado todos os dias”, seremos imersos no Espírito Santo e buscaremos a graça do Espírito Santo todos os dias.
Se tem uma graça da qual não podemos abrir mão, é a graça do Espírito Santo em nossa vida, da unção, do ardor, da condução do Espírito; a graça de viver no Espírito. Podemos possuí-Lo, mas podemos se não vivermos n’Ele podemos ignorar a Sua presença e podemos não levar a sério o Espírito que está em nós.
Olhemos para a imensidão de batizados que há no mundo, e o quanto há no mundo uma secura da graça de Deus, a secura da graça do Espírito. O Espírito que está em nós, que está em cada batizado, precisa ser revitalizado e revigorado a cada dia da nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/01/2018

HOMILIA DIÁRIA

Tenha uma vida nova no Espírito Santo

“Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo.” (Marcos 1,8)

Esta é a afirmação do Evangelho de hoje, deste dia 6 de janeiro: “Com água e com o Espírito Santo” são duas realidades. Com água, porque é como um sinal, um elemento da criação: a água, esse elemento tão fundamental, tão essencial e indispensável para a vida humana. Mas até mesmo esse elemento essencial e indispensável é menor do que a força do Espírito Santo, porque esse elemento é frágil. Por exemplo: se você ficar muito tempo na água — não somos peixes — , podemos nos afogar nela, podemos perder a vida, mas no Espírito Santo não!
No Espírito Santo, nunca nos afogamos! No Espírito Santo, só temos vida, tanto que o Livro do Gênesis, lá no primeiro capítulo, narra que o Espírito Santo pairava sobre as águas. Antes desse elemento primário, que é a água, tão constitutivo da nossa natureza humana, antes dele já estava o Espírito Santo; e o Espírito Santo é maior do que isso.
O Espírito Santo, aqui, colocado ao lado da água, não que ele anule a presença do batismo da água, vivemos essa experiência; todos nós cristãos católicos passamos pela experiência do batismo com a água, com esse elemento frágil, mas ele é só prefiguração daquilo que o Espírito Santo faz em nós.

No Espírito Santo, nunca nos afogamos; no Espírito Santo, só temos vida

No Espírito Santo, podemos mergulhar profundamente, porque ele é vida, porque o Espírito é respiro. E nós sabemos que, na Igreja, nenhum de nós vive sem o Espírito Santo. Podemos até — aconteceu em casos extraordinários já —, no nosso mundo, viver um tempo sem água, mas sem o Espírito Santo, não.
No Espírito Santo, experimentamos a graça da transformação. Nele, experimentamos um novo vigor, tanto que, quando nós falamos, por exemplo, do batismo no Espírito Santo, é este vigor constante e contínuo que a Igreja precisa para evangelizar, para falar de Jesus Cristo, para anunciar o Evangelho.
Precisamos do Espírito Santo, ele é essa energia; a palavra espírito, ou pneuma ou dynamus, é este movimento da graça de Deus em nós que nos leva à transformação pessoal, comunitária e também a nos tornarmos agentes da evangelização, da transformação de Deus na vida das pessoas.
Com água e com o Espírito Santo, com a Igreja, com os sacramentos e com a força do Espírito Santo nós queremos caminhar para que a Igreja tenha vida e para que a vida de Cristo nunca morra dentro de cada entre nós.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/01/2023

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, gerados pelo Espírito do Cristo, nós somos o corpo místico, a Igreja de Jesus. Faze-nos fraternos com os companheiros que colocaste ao nosso lado como peregrinos neste planeta abençoado, e generosos – especialmente com os mais fracos, os pobres e os discriminados pelos poderosos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/01/2018


QUE O MENINO JESUS NASÇA,


TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.


Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar sonhos e preservar as coisas boas.


Feliz 2024!