sábado, 18 de fevereiro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

LEITURA ORANTE DO DIA 18/02/2023



LEITURA ORANTE

Mc 9,2-13 - Jesus se transfigura


Este momento é muito especial no nosso dia.
Aqui na rede da internet,
fazemos silêncio no coração e pedimos luz ao Espírito.
Rezamos com o Bem-aventurado Alberione:
Mestre,
Tu que iluminas todo homem e
és a própria verdade:
eu não quero raciocinar senão como Tu ensinas,
nem julgar senão conforme os teus julgamentos,
verdade substancial, dada a mim pelo Pai:
“Vive na minha
mente, ó Jesus Verdade”

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia, a narrativa da Transfiguração em Mc 9,2-13.
Seis dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo somente Pedro, Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar. A sua roupa ficou muito branca e brilhante, mais do que qualquer lavadeira seria capaz de deixar. E os três discípulos viram Elias e Moisés conversando com Jesus.
Então Pedro disse a Jesus:
- Mestre, como é bom estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.
Pedro não sabia o que deveria dizer, pois ele e os outros dois discípulos estavam apavorados. Logo depois, uma nuvem os cobriu, e dela veio uma voz, que disse:
- Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz!
Aí os discípulos olharam em volta e viram somente Jesus com eles.
Quando estavam descendo do monte, Jesus mandou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse. Eles obedeceram à ordem, mas discutiram entre si sobre o que queria dizer essa ressurreição. Então perguntaram a Jesus:
- Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?
Ele respondeu:
- É verdade que Elias vem primeiro para preparar tudo. Mas por que é que as Escrituras Sagradas afirmam que o Filho do Homem vai sofrer muito e ser rejeitado? Eu afirmo a vocês que Elias já veio, e o maltrataram como quiseram, conforme as Escrituras dizem a respeito dele.
Refletindo
Observo neste trecho do Evangelho alguns símbolos:
. “Monte muito alto” – a montanha indica o lugar de encontro com Deus.
. “Roupa brilhante”, (“luz”)  Quanto mais luz coloco num ambiente escuro, mais claro ele se tornará. Quanto mais Palavra de Deus  tiver em  mim, mais a luz de Deus brilhará em minha vida.
. “Tendas”  lugares de repouso e de oração.
. “Nuvem e sombra” – simbolizam a presença de Deus.
Jesus se  revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devo escutar e seguir em seu caminho de cruz e ressurreição.

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Preciso  me aproximar mais e escutar a Palavra, condição para aprender do Mestre  e ser  seu/sua discípulo/a.
Meditando
Disseram os bispos, em Aparecida"O amadurecimento no seguimento de Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se renove constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim pode ser, para todos os batizados, casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade. Em sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria." (DAp 167).

O Papa Francisco diz sobre a Transfiguração:
"Precisamos de outro olhar, de uma luz que ilumine profundamente o mistério da vida e nos ajude a superar os nossos esquemas e os critérios deste mundo. Também nós somos chamados a subir ao monte, a contemplar a beleza do Ressuscitado que acende centelhas de luz em cada fragmento da nossa vida, ajudando-nos a interpretar a história a partir da vitória pascal.
E é no descer do monte, repletos da luz recebida, que se cumpre a missão de quem crê. Com efeito, é no rosto luminoso de quem reza, na chama que se acendeu no coração que se pode iluminar a vida dos outros, testemunhando a verdade e a fé.
Acender pequenas luzes no coração das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que levam um pouco de amor e de esperança: esta é a missão do cristão." (Papa Francisco 6/08/2021)

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Com esta oração de Alberione, expresso minha
adesão e desejo de seguir Jesus:
Jesus Mestre,
que eu pense com a tua inteligência
e com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu Coração...
Que eu veja sempre com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça somente com teus ouvidos.
Que eu saboreie aquilo que tu gostas.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés sigam os teus passos.
Que eu reze com as tuas orações.
Que meu tratamento seja o teu.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim.
(Bem-aventurado Tiago  Alberione)

4. Contemplação (Vida)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Levo comigo a luz de Jesus transfigurado.
Quanto mais luz levar em meus olhos, minhas mãos, minhas
palavras, mais iluminado estará o mundo em que vivo.
“Transformados pela presença de Cristo e pelo fervor da sua palavra seremos sinal concreto do amor vivificador de Deus por todos os nossos irmãos, sobretudo por quem sofre, por quantos se encontram na solidão e no abandono, pelos doentes e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e pela violência."

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

I. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Palavra se fez carne - 18 de fevereiro, sábado, 6ª semana do Tempo Comum


18 de fevereiro, sábado, 6ª semana do Tempo Comum


- Hoje é dia 18 de fevereiro, sábado da 6ª semana do Tempo Comum.

- Caminhamos com o Senhor, firmes em Sua Palavra. Atentos, nosso olhar não se desvia d’Ele e Ele nos guarda nos caminhos da vida. Peça a Deus a fidelidade a Sua Palavra; que Ela sempre encontre acolhida em teus ouvidos e morada em teu coração.

- Escuta o Evangelho segundo Marcos, capítulo 9, versículos 2 a 13:

- Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. Os três discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?” Jesus respondeu: “De fato, antes vem Elias, para colocar tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.

- Nossa vida está sempre diante do Senhor. Ele transfigura a realidade e nos coloca em sintonia com seu projeto. Basta escutar a sua voz. Ela nos conduz em direção ao outro que, necessitado, clama nosso auxílio. Converse com Deus sobre teu desejo de ser solidário com os que não se deixam transfigurar pela Palavra do Senhor ou não se abrem à graça da Sua presença e se colocam fora da tenda do Seu amor.

- Tens consciência das exigências que assume uma vida que escolhe trilhar os caminhos do Senhor? Estás pronto a oferecer também a tua vida como fez Jesus em favor dos teus irmãos e irmãs?

- “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” Esta é a condição para sermos discípulos de Jesus: escutá-lo. Esta é a única exigência que o Pai nos faz: amá-lo deixando orientar-se pela voz do Filho amado. A verdadeira transfiguração é diálogo amoroso que percorre o caminho da Palavra. Elias e Moisés bem que dão testemunho desta verdade: permanecer na Palavra de Deus é fonte de salvação e de vida nova. Ao ouvir o poema de J. Zubiaurre deseje também contemplar o Senhor transfigurado:

Olhar-te lentamente,
isto é tudo.
Olhar-te lentamente.
E assim,
algo se move dentro de mim.
Olhar-te lentamente,
nada mais, isto é tudo,
olhar-te lentamente.
Porque eu de mim o que tenho,
se tu não me concedes
teu fogo, teu amor,
teu ar, teu vento?

- Termine tua oração pedindo a graça de transfigurar o teu olhar. Tuas ações sejam em conformidade aquilo que Deus pede de ti: em tudo, escutar o que Ele diz. Peça ouvidos atentos a Sua Palavra e procures sempre transparecer a vida nova dos que a experimentam como vencedores da luta e da dor. Morte e Ressurreição são realidades na vida de quem crê.

- Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal. Amém.


Tudo pela fé | (Hb 11, 1-7) #1033 - Frei Gilson



Publicado em 18 de fev. de 2023

Conservando íntegra a glória da divindade | Mãe Maria (18/02/2023) - Dom Walmor


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 18 de fev. de 2023

Homilia Diária - 18.02.2023 | “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” - Padre Roger Araújo


Canal do Youtube: Padre Roger Araújo
17 de fev. de 2023

(Mc 9,2-13)

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observavam esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. Os três discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?” Jesus respondeu: “De fato, antes vem Elias, para pôr tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.

Palavra da Salvação, 18/02/2023 com o Diác. Rafael dos Santos


Canal do Youtube: WebTV Redentor
17 de fev. de 2023

Sábado, 6ª Semana do Tempo Comum

Evangelho (Mc 9,2-13)

Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observavam esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. 11Os três discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?” 12Jesus respondeu: “De fato, antes vem Elias, para pôr tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Como se abrir para a Luz de Cristo? (Sábado da 6ª Semana do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado 17 de fev. de 2023

O episódio da Transfiguração do Senhor, narrado no Evangelho deste sábado, é um convite que Jesus dirige a nós, e aos homens de todos os tempos, para que, já nesta terra, tenhamos pela fé a experiência daquela glória que contemplaremos por toda a eternidade no Céu. Para isso, é preciso que nos deixemos iluminar pela luz de Cristo e, num encontro pessoal, aprendamos a estar a sós com Ele em oração. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 18 de fevereiro, e descubra como progredir na fé!

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 9,2-13 - 18/02/2023


Fortaleça a sua experiência de oração com Deus

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles” (Marcos 9,2).



A montanha, no contexto bíblico, sempre representou o lugar da presença e da manifestação de Deus. Lugares teofânicos e epifânicos, ou seja, da manifestação de Deus, da presença de Deus, lugar do encontro, da proximidade, lugar da oração, isto é, onde Deus se manifesta e apresenta a Sua proposta para a humanidade.
Moisés, quando subia a montanha para estar com Deus, foi ali que o Senhor deu a Moisés a tábua da Lei. É o lugar do pacto com Ele, da aliança com Deus.
Jesus, no Evangelho de hoje, escolheu três de Seus discípulos: Pedro, João e Tiago, para estar com Ele na montanha, onde Jesus manifesta a esses três discípulos uma antecipação da Sua glória. Jesus se transfigura revelando a Sua glória para que esses três discípulos não esmorecessem em sua fé quando viessem as provações.
Precisamos também, meus irmãos, sempre subir a montanha, no lugar da oração, no lugar do encontro com Deus, para fazermos também a nossa experiência de encontro com Ele. Porque, na oração, Deus nos revela o Seu Filho único, dizendo: “Este é o meu Filho amado”.

A experiência de oração é esse momento de reabastecimento, de animação, de respiro da alma

O Pai que nos revela o Filho nos convida também a escutá-Lo porque é na oração que nós escutamos o Seu Filho. O discípulo precisa ouvir, escutar e acolher o Filho único e, na experiência da montanha, ou seja, da oração nós encontramos Jesus Cristo vivo, ressuscitado e glorioso, triunfante sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte.
Essa profunda experiência espiritual está descrita nas roupas brancas e brilhantes de Jesus, é uma antecipação da Sua ressurreição. E nós também podemos viver esse momento de antecipação e de glória quando nos colocamos em oração.
Também conhecemos o Pai, somos envolvidos pela presença divina, é o que representa a nuvem. A Palavra diz que a nuvem desceu e eles foram envolvidos pela glória do Senhor. E aí, meus irmãos, uma tentação que nós podemos correr e que os discípulos correram é de, diante dessa maravilha, dessa experiência do encontro com o Senhor na montanha, querer ficar ali, de acampar, de não querer mais sair.
Mas, a experiência de oração é esse momento de reabastecimento, de animação, de respiro da alma aonde nós também somos convidados a descer a montanha e a continuar a nossa missão. É esse momento onde nós fortalecemos a nossa experiência para enfrentar os dramas de cada dia.
Por isso é preciso sim fazer a experiência do encontro com o Senhor, da Sua glória, da Sua manifestação, mas também é preciso descer da montanha, voltar à normalidade da vida, reforçados em esperança e em confiança com o Senhor.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 18/02/2023

ANO A


Mc 9, 2-13

Comentário do Evangelho

Revelação do Deus de amor

O "alto de uma montanha, a sós" é o interior do coração onde se dá a comunicação divina. É aí que Jesus procura entrar e revelar-se, vencendo as barreiras das ideologias tradicionais. E é lentamente que os discípulos vão compreendendo a novidade de Jesus. O simbolismo da sua figura "muito brilhante e tão branca" indica a condição divina presente em Jesus, não percebida aos olhos vulgares. "Filho de Deus" era o título usado pelos poderosos, reis e faraós, que legitimavam seu abuso de poder e a opressão sobre o povo em nome de Deus, como seu representante ou seu próprio filho na terra. Nesse sentido foi elaborada a tradição davídica que originou as expectativas messiânicas sob várias formas. Contudo, Jesus, "o meu Filho amado", não tem este caráter messiânico. Ele é a revelação do Deus amor, misericórdia e serviço. É a base do projeto de um mundo novo possível, onde a fraternidade e a partilha sejam os laços fundamentais de relacionamento social. Sem esquecer que a natureza, a montanha, as nuvens, os campos, vales e rios participam harmoniosamente deste projeto. A transfiguração não é uma "ida e volta" à glória futura, mas uma transparência do caráter divino e glorioso de Jesus humano, manso e humilde de coração. A questão é a percepção da realidade atual da humanidade revestida da divindade, mesmo que vulnerável ao sofrimento e à morte. Jesus já é portador da glória do Pai e da vida eterna, e esta glória é comunicada a todos que o seguem.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.
Fonte: Paulinas em 04/03/2012

Vivendo a Palavra

Pedro, Tiago e João experimentam um instante da glória do Cristo, enquanto se preparam para viver o difícil caminho da paixão e morte de Jesus. Tenhamos sempre presente que ‘páscoa’ significa ‘passagem’: o caminho da ressurreição passa pela dor, o sofrimento e a morte. Foi assim para Jesus, é assim para os seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2012

VIVENDO A PALAVRA

Pedro, Tiago e João experimentam um instante da glória do Cristo, enquanto se preparam para viver o difícil caminho da paixão e morte de Jesus. Tenhamos sempre presente que ‘páscoa’ significa ‘passagem’: o caminho da ressurreição passa pela dor, o sofrimento e a morte. Foi assim para Jesus, deve ser assim para os seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/02/2018

VIVENDO A PALAVRA

Nos breves momentos de êxtase em que os apóstolos escolhidos são presenteados com a visão gloriosa de Jesus, eles estão sendo preparados para a aridez que deveriam enfrentar em seguida: a prisão, o julgamento e a morte do Mestre. Também a nossa vida de fé é uma sucessão de situações de doce consolo e de profunda aflição.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Moisés e Elias dialogam com Jesus, mostrando que o Mestre Galileu tem o poder de interpretar a Lei e os Profetas – que são a síntese do Primeiro Testamento. Mais do que interpretar, Jesus viveu plenamente conforme a Vontade do Pai, deixando para nós o exemplo de relações fraternas, que vai muito além da letra da Lei: atinge o seu âmago e cumpre o seu espírito.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/02/2019

Reflexão

A transfiguração nos mostra que Jesus, verdadeiro homem, vive todas as dimensões da existência humana, ou seja, da glória até o sofrimento e a morte. No alto do Monte Tabor, a sua glória torna-se manifesta, porém Jesus está diante de Moisés e Elias, ou seja, diante de todas as profecias que foram feitas em relação a ele, principalmente as que se referem à sua morte e ressurreição. E Jesus nos mostra que a verdadeira realização humana encontra-se em fazer a vontade de Deus, ou seja, amar até o fim. A morte de cruz foi colocada pelos homens como condição para que Jesus amasse até o fim, e Jesus não fugiu do seu compromisso, nos mostrando que é perfeitamente possível cumprir a vontade do Pai até o fim.
Fonte: CNBB em 18/02/2017

Reflexão

Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

Vejamos em que contexto está inserido o episódio da transfiguração. O Evangelho de Marcos consta claramente de três partes: a primeira, na Galileia, com a formação dos discípulos; a segunda, o caminho para Jerusalém; a terceira, em Jerusalém, com o confronto final, quando os inimigos matam Jesus, mas Deus o ressuscita e manda que os discípulos voltem a se encontrar com ele na Galileia.
O episódio da transfiguração está no início da segunda parte, a caminhada para Jerusalém, para a cruz, para a ressurreição.
No trecho (8,27 a 9,37) em que tem início a caminhada para a cruz-ressurreição, Marcos serve-se do paralelismo entre partes que se correspondem em ordem inversa, de modo semelhante a um sanduíche. Aqui “o sanduíche” teria duas fatias de pão (A e A’), duas de queijo (B e B’) duas folhas de alface ou rodelas de tomate (C e C’) e no miolo a carne. O episódio da transfiguração, inserido no centro das duas sequências paralelas ao inverso, é o miolo do “sanduíche”, o que mostra a sua importância.
Podemos ver isso esquematicamente da seguinte forma:

Pão A. Com os discípulos, Jesus pergunta: “Quem sou eu?” (8,27-30)
Queijo B. Anúncio da paixão. Pedro discorda e é chamado de satanás (8,31-33)
Alface C. Com a multidão. “Quem quiser seguir-me, pegue sua cruz” (8,34-9,1)
Carne D. A transfiguração (9,2-13)
Alface C’. Com a multidão. “Esse demônio, só se vence pela oração (...)(9,14-29)
Queijo B’. Anúncio da paixão. Não entendem, mas não perguntam (9,30-32)
Pão A’. Com os discípulos, eles perguntam: “Quem é o maior?(9,33-37)

O contexto mostrou-nos com clareza que o objetivo da transfiguração é levar os discípulos a acreditar no fracasso da cruz como caminho da vitória, da vida, da ressurreição.
O evangelista não pretende falar da dificuldade dos discípulos de então em aceitar a ideia da morte humilhante de Jesus, fala da consequência principal: ser discípulo, em qualquer tempo, é pegar a cruz e seguir o Mestre! No ambiente de quando o evangelho é escrito certamente já surgia o carreirismo e a disputa pelo poder.
O evangelista não tem a intenção de acusar a incompreensão de Pedro e companheiros, quer falar aos dirigentes e fiéis da Igreja de então, quando o evangelho é escrito. Como diz o pessoal da roça, “está batendo na cangalha para o burro entender!” E queira Deus o burro entenda!
Jesus leva Pedro, Tiago e João. Pedro é aquele que, logo depois de professar a fé em Jesus como Messias, não admite que seja um Messias sofredor, humilhado pelos poderosos. Tiago e João (Mc 10,35-38) pedem a Jesus os primeiros lugares para quando ele chegar à sua glória (o poder?) e, assim, provocam discussões pelo poder entre os doze. “Ah! Espelho meu!” diriam os dirigentes da Igreja quando esse evangelho foi escrito...
Os três precisam de uma boa lição, por isso são levados à montanha, sozinhos, à parte. Já tinham visto Jesus ressuscitar a filha de 12 anos do chefe da sinagoga e serão levados também para acompanhar a oração de Jesus no horto das Oliveiras.
A roupa de Jesus toma um branco excepcional. Veste branca tinha o mesmo significado que tem hoje faixa de campeão ou medalha de ouro: era um distintivo dos vitoriosos nas competições esportivas. Apesar do fracasso aparente, Jesus é o vitorioso!
O Primeiro Testamento, aqui representado por Elias e Moisés, fala de um Messias sofredor, especialmente em quatro poemas do livro de Isaías (1o Is 42,1-7; 2o 49,1-7; 3o 50,4-9; 4o 52,13-53,12). Essa é a conversa de Jesus com a Lei e os profetas, o que aos discípulos parece interessar pouco.
A nuvem, a sombra e também o temor lembram a presença de Deus na manifestação do Sinai. Agora devem ouvir a Jesus, a voz da nova aliança. Eles não estavam suportando ouvi-lo anunciar a própria morte. Nem entendem como se possa falar em ressurreição dos mortos.
No primeiro anúncio da paixão (8,31-33), Pedro quer impedir Jesus de tocar no assunto. No terceiro anúncio (10,35-38), Tiago e João o interrompem para discutir a divisão do poder... Ah! O espelho! “Escutai-o! Escutai-o! Escutai-o!”, diz a voz de Deus.
Pedro, dizendo que ali estava bom, propõe fazer uma cabana para cada um, como faziam os participantes da festa das Tendas. Mas fala por falar, sem saber o que diz.
Depois de os discípulos ouvirem a voz de Deus, Jesus se encontra só; sozinho ele resume toda a Escritura. Os discípulos estão com ele, e mesmo assim parece que continua só.
DICAS PARA REFLEXÃO

– Jesus sozinho resume toda a Escritura, o Primeiro e o Segundo Testamento. Isso não pode ser afirmação gratuita ou mera teoria. Ele resume todas as esperanças do Primeiro Testamento e antecipa a realização do Novo. Escutai-o! Ele só fala de cruz, o que não é tão fácil de entender e pôr em prática. “Nem que a gente vivesse mais duzentos anos acabaria de entender o significado da morte de Jesus”, ouvi de uma pessoa do povo. É preciso todo dia buscar praticar e entender melhor, sabendo que nunca se vai entender completamente. Só a prática melhora o verdadeiro entendimento.
Com os discípulos que só pensam em poder e cargos cada vez mais importantes, ele está sozinho, continua só. Jesus perguntou: “Quem sou eu?”; enquanto isso, os discípulos estão se perguntando: “Quem de nós é o maior?”. Por isso ele continua sozinho.
Ele se transfigura e conversa com a Lei e os profetas para dar segurança aos discípulos na hora da paixão, mas parece que eles não entenderam que a vitória, a ressurreição, devia passar pela morte. Esse caminho é diferente demais, difícil de achar, incompreensível até. Como é que a vitória poderá ser encontrada no último lugar?
– “Rabi, está bom ficarmos aqui!” Contemplando a vitória, não será preciso procurar o caminho. É preciso que venha a voz de Deus para dizer: “Ele é o servo sofredor, escutai-o!” É preciso escutá-lo todos os dias, a todo o momento, senão a gente perde o caminho.
Fonte: Paulus em 04/03/2012

Reflexão

A transfiguração de Jesus é relato presente nos três evangelhos sinóticos. Jesus sobe a montanha junto com três discípulos representativos e se transfigura; sua aparência se transforma e suas vestes ficam brancas. A descrição simboliza a antecipação da glória de Jesus ressuscitado. As personagens, Moisés e Elias, representam a totalidade do Antigo Testamento: Moisés a Lei e Elias os profetas. Pedro, diante de tamanha beleza, se entusiasma e propõe construir tendas e permanecer aí. É a tentação de quem se nega a descer para a planície e deseja fugir dos compromissos e dos problemas cotidianos. A visão não mudou a mentalidade de Pedro, que iguala Jesus, Moisés e Elias, ou seja, mantém o messianismo de Jesus nas categorias do Antigo Testamento. Da nuvem, símbolo da presença divina, sai uma voz, pedindo para que todos escutem o Filho amado. É a Jesus que agora devemos escutar. É ele que nos transforma em novos protagonistas do seu projeto; é ele a nova realidade que revela a presença de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/02/2018

Reflexão

O episódio da transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo Papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua paixão-morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/08/2018

Reflexão

O primeiro anúncio da paixão e morte de Jesus parece ter posto em crise seus discípulos. Por isso, Jesus quer mostrar-lhes que a vida dele não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso. A alta montanha simboliza o lugar da manifestação divina. Jesus para lá se dirige com os três mais representativos entre os apóstolos e se transfigura diante deles. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam, não com os apóstolos, mas com Jesus: o Antigo Testamento não tem mensagem direta aos cristãos; ela deve passar pelo filtro (interpretação) de Jesus. A nuvem é símbolo da presença de Deus. De fato, da nuvem é que vem a voz: “Este é o meu Filho amado: escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem, os apóstolos ficam apenas com Jesus, o único a quem devem ouvir e seguir.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 23/02/2019

Reflexão

O primeiro anúncio da paixão e morte de Jesus parece ter posto em crise seus discípulos. Por isso, Jesus quer mostrar-lhes que a vida dele não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso. A alta montanha simboliza o lugar da manifestação divina. Jesus para lá se dirige com os três mais representativos entre os apóstolos e se transfigura diante deles. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam, não com os apóstolos, mas com Jesus: o Antigo Testamento não tem mensagem direta aos cristãos; ela deve passar pelo filtro (interpretação) de Jesus. A nuvem é símbolo da presença de Deus. De fato, da nuvem é que vem a voz: “Este é meu Filho amado: ouçam-no”. Moisés e Elias desaparecem, os apóstolos ficam apenas com Jesus, o único a quem devem ouvir e seguir.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto»

Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano
(Cervera, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho da transfiguração apresenta-nos um enigma já decifrado. O texto evangélico de São Marcos está pleno de segredos messiânicos, de momentos pontuais nos quais Jesus proíbe que se dê a conhecer o que fizera. Hoje encontramo-nos perante um “botão de arranque”. Assim, Jesus «ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos» (Mc 9,9).
Em que consiste este segredo messiânico? Trata-se de levantar um pouco o véu daquilo que se esconde debaixo, mas que apenas será revelado totalmente no fim dos dias de Jesus, à luz do Mistério Pascal. Hoje vemo-lo claro neste Evangelho: a transfiguração é um momento, uma captação de glória para decifrar aos discípulos o sentido daquele momento íntimo.
Jesus tinha anunciado aos seus discípulos a iminência da sua paixão, mas ao vê-los tão perturbados por tão trágico fim, explica-lhes com feitos e palavras como será o final dos seus dias: umas jornadas de paixão, de morte, mas que concluirão com a ressurreição. Eis aqui o enigma decifrado. Santo Tomás de Aquino diz: «Para que uma pessoa caminhe retamente por um caminho é necessário que conheça com anterioridade, de alguma forma, o lugar ao qual se dirige».
Também a nossa vida de cristãos tem um fim revelado por Nosso Senhor Jesus Cristo: gozar eternamente de Deus. Mas esta meta não está isenta de momentos de sacrifício e de cruz. Com tudo, devemos recordar a mensagem viva do Evangelho de hoje: neste beco aparentemente sem saída, que é frequentemente a vida, pela nossa fidelidade a Deus, vivendo imersos no espírito das Bem-aventuranças, surgirá uma brecha no final trágico que nos permitirá gozar eternamente de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Rezai antes de tudo para que se abram as portas da luz, porque ninguém pode ver nem compreender, se Deus e o seu Cristo não lhe permitem compreender» (São Justino mártir)

«A cruz é a exaltação de Jesus e a sua exaltação só acontece na cruz» (Bento XVI)

- «(…) A Transfiguração dá-nos uma visão antecipada da vinda gloriosa de Cristo‘ que transfigurará este nosso miserável corpo num corpo glorioso como o seu ’(Fl 3,21). Mas ela também nos lembra que 'é necessário que passemos por muitas tribulações para entrar no Reino de Deus' (Atos 14:22)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 556)

Meditação

Quando a Bíblia fala de uma manifestação de Deus a homens, fala sempre do temor que todos sentiram diante da divindade. Esse medo é compreensível: Deus é o totalmente outro, aquele que não podemos compreender, diante do qual percebemos toda a nossa pequenez. Foi o que sentiram os três discípulos diante da manifestação de Jesus. Mas, apesar do temor, Pedro queria ficar ali. A experiência junto de Cristo glorificado é contagiante mesmo. Um dia vamos chegar lá!
Oração
Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

O FILHO GLORIOSO

O prenúncio da paixão, feito por Jesus, deixou confuso o coração dos discípulos. Não conseguiam ligar a perspectiva de sofrimento e morte ao ideal de Messias exaltado que aguardavam. Sem dúvida, uma ponta de suspeita deve ter tomado conta deles: “será que Jesus é mesmo o Messias esperado?”.
A transfiguração mostra a outra face da moeda: o aspecto glorioso de Jesus. Portanto, apresenta-se aos discípulos o desafio de combinar na pessoa do Mestre as duas dimensões. Sua existência era feita de sofrimento e glória, paixão e exaltação. Não dava para fixar-se num só aspecto.
A glória de Jesus manifestava-se por meio dos diversos elementos da cena da transfiguração: a luminosidade resplandecente, as vestes incomparavelmente brancas, a nuvem que envolveu a todos, a presença de Moisés e Elias. Sobretudo, a voz celeste não deixava dúvidas sobre a identidade de Jesus: ele era o Filho amado de Deus, seu maior título de glória.
Apesar de ser filho glorioso de Deus Pai, Jesus não estaria isento de passar pela provação da cruz. A dificuldade de fazer os discípulos entenderem esta realidade em nada alterou o projeto do Mestre. Só depois da Ressurreição é que conseguiriam compreender o fato de brilhar a glória na vida de um Crucificado por fidelidade a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.
Fonte: Dom Total em 18/02/2017

Meditando o evangelho

O MESSIAS TRANSFIGURADO

A convivência com Jesus não foi suficiente para levar os discípulos a compreendê-lo em profundidade. Suas palavras, seu modo de se relacionar com as pessoas e seus gestos miraculosos ofereciam pistas para isso. Esta dinâmica de conhecimento, no entanto, aconteceu de forma lenta e penosa.
Nem sempre os discípulos tiveram suficiente agilidade mental para penetrar na identidade de Jesus. Não seria conveniente que o momento da paixão os encontrasse despreparados.
Correriam o risco de não compreender o verdadeiro sentido da cruz e morte de Jesus.
A experiência da transfiguração foi uma maneira de queimar etapas e colocar os discípulos, de forma transparente, diante da realidade de Jesus. O rosto radiante e as vestes esplendorosas simbolizavam sua santidade. O diálogo com Moisés e Elias situava-o no âmago das Sagradas Escrituras: a Lei e os Profetas apontavam para ele e tinham nele seu centro. Sumamente importante foram as palavras do Pai. Jesus era seu Filho querido, a quem todos deviam dar a máxima atenção. O Filho falaria em seu nome e comunicaria à humanidade seu desígnio de salvação. Ouvir a Jesus corresponderia a estar em contínua relação com Deus.
Revelava-se, desta forma, a verdadeira dimensão da cruz: um ultraje para Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, revela-me, sempre mais, tua verdade profunda, para que eu possa compreender a grandeza do amor que manifestaste na cruz.
Fonte: Dom total em 25/02/2018

Meditando o evangelho

CONTEMPLANDO O RESSUSCITADO

A transfiguração de Jesus, no topo de um monte, prefigura a Ressurreição. Os discípulos escolhidos têm a possibilidade de contemplá-lo na condição de Ressuscitado. Todos os elementos da cena apontam para isto. As vestes resplandecentes, absolutamente brancas, lembram o mundo divino, ao qual Jesus pertence, e evocam alegria e vitória. A presença de Elias e Moisés indica ser Jesus o enviado definitivo do Pai, e também, o esperado na consumação dos tempos.
A reação de Pedro é característica de quem faz uma experiência do sobrenatural: querer perpetuar um momento privilegiado de contato com a divindade.
A intervenção do Pai, cuja voz faz-se ouvir do meio de uma nuvem, não dá margem para dúvidas. Efetivamente, os discípulos têm diante de si um ser celestial, Filho amado de Deus, a quem devem dar toda atenção. Exatamente, como poderão constatar após a Ressurreição.
Por conseguinte, o Jesus, que caminhará para a cruz, não será vítima de uma fatalidade histórica, nem um fracassado que não conseguiu impor o seu projeto. A transfiguração revela sua identidade de Filho amado do Pai, ao qual é absolutamente fiel. A ressurreição deixará patente esse amor. Após a morte ignominiosa de Jesus, na cruz, o Pai exaltará o Filho, ressuscitando-o para a gloriosa imortalidade. Aí a transfiguração não terá fim. E Jesus será glorioso para sempre!

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Espírito de glória, que eu saiba reconhecer, no Jesus transfigurado, o Filho ressuscitado pelo Pai, cheio de glória e majestade.
Fonte: Dom Total em 06/08/2018

Meditando o evangelho

O FILHO GLORIOSO

O prenúncio da paixão, feito por Jesus, deixou confuso o coração dos discípulos. Não conseguiam ligar a perspectiva de sofrimento e morte ao ideal de Messias exaltado que aguardavam. Sem dúvida, uma ponta de suspeita deve ter tomado conta deles: “será que Jesus é mesmo o Messias esperado?”.
A transfiguração mostra a outra face da moeda: o aspecto glorioso de Jesus. Portanto, apresenta-se aos discípulos o desafio de combinar na pessoa do Mestre as duas dimensões. Sua existência era feita de sofrimento e glória, paixão e exaltação. Não dava para fixar-se num só aspecto.
A glória de Jesus manifestava-se por meio dos diversos elementos da cena da transfiguração: a luminosidade resplandecente, as vestes incomparavelmente brancas, a nuvem que envolveu a todos, a presença de Moisés e Elias. Sobretudo, a voz celeste não deixava dúvidas sobre a identidade de Jesus: ele era o Filho amado de Deus, seu maior título de glória.
Apesar de ser filho glorioso de Deus Pai, Jesus não estaria isento de passar pela provação da cruz. A dificuldade de fazer os discípulos entenderem esta realidade em nada alterou o projeto do Mestre. Só depois da Ressurreição é que conseguiriam compreender o fato de brilhar a glória na vida de um Crucificado por fidelidade a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.
Fonte: Dom Total em 23/02/2019

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. TRANSFIGURAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A cena da transfiguração contrasta com a perspectiva de sofrimento e morte que aguarda Jesus em Jerusalém, da parte dos chefes religiosos locais.
A narrativa, em estilo apocalíptico, caracterizada por fenômenos espantosos, abalos da natureza, nuvens e voz celestial, que indicam a presença e comunicação de Deus, confirma a filiação divina de Jesus e seu caráter de enviado para anunciar e instruir a todos. Moisés, representante da Lei, e Elias, representante do profetismo, haviam subido à montanha ao encontro de Deus.
Agora, estando Jesus a orar no alto da montanha, Moisés e Elias vêm a ele. O ponto alto é a voz que proclama: "Este é o meu Filho amado. Escutai-o!"
Do ponto de vista de uma interpretação messiânica escatológica, a transfiguração seria o prenúncio da ressurreição, como coroação dos sofrimentos de Jesus em sua Paixão.
Sob outro ponto de vista, pode-se ver na transfiguração a revelação da condição divina de Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, na simplicidade de seu convívio entre nós. Os discípulos devem perceber em Jesus a nova condição humana glorificada pela encarnação do Filho de Deus.
Não se trata de esperar um messias poderoso, mas, sim, de reencontrar a dignidade e a grandeza da condição humana, em tudo que ela tem de justo, bom, verdadeiro e belo. Ao entrarmos em comunhão de amor com Jesus e com o próximo, Deus é glorificado e nos é comunicada sua vida divina e eterna.
Fonte: NPD Brasil em 04/03/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR QUE TRANSFIGURA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tivemos um jovem em nosso grupo, que acabou se tornando médico, recordo-me que após a formatura, a sua turma, vinda de famílias abastadas, como recompensa e merecido descanso, decidiu participar de um cruzeiro internacional, em um navio luxuosíssimo, com hospedagens em hotéis 5 estrelas, mas esse jovem, já formado, retomou contato com a humilde comunidade onde tivera a sua experiência pastoral e ao saber que a mesma fazia atendimento a uma área paupérrima do bairro, se dispôs a conhecer esse trabalho.
Observando uma carência total na área da saúde, ele não teve dúvidas, juntou-se a Pastoral da Saúde e elaborou um cuidadoso plano de ação, e quando seus amigos vieram procurá-lo, para surpresa geral o jovem Doutor abriu mão da fantástica aventura, para dedicar-se nas férias, à comunidade pobre que fazia parte da sua antiga paróquia.
Parece história da “Carochinha”, mas se prestarmos atenção ao nosso redor, vamos encontrar pessoas como esse jovem, que nem sempre saem nos jornais, e que a gente se pergunta, como é que podem existir pessoas assim, que no anonimato abrem mão daquilo que têm, em favor de quem precisa, fazendo um sacrifício, palavra estranha e sem sentido para o homem deste milênio, rodeado de conforto, facilidades, tecnologia, comodidade e bem estar.
Não há nenhuma razão lógica para alguém sacrificar-se assim por um ser humano, aquele jovem poderia primeiro curtir a sua merecida viagem com os amigos e depois, quem sabe, dar um pouco do seu tempo à comunidade pobre, mas aí é que está a diferença, o amor quando é autêntico, nunca se satisfaz em dar apenas um “pouco”.
Entre os jovens ainda é comum a palavra “FICAR”, que significa uma relação sem compromisso, um amorzinho bem vagabundo, desses de quinta categoria, mas quando dois jovens resolvem migrar do simplesmente Eros para o Ágape, daí vamos ter o amor em toda sua beleza e esplendor, amor de primeiríssima qualidade, indestrutível, inseparável, como nos ensina a segunda leitura desse domingo, sempre tolerante, compassivo, disposto a perdoar e a recomeçar, amor que sabe sonhar e construir juntos, na partilha e comunhão de vida, casamento na Igreja supõe tudo isso...
É assim que Deus se revela em Jesus Cristo, é assim que Cristo se revela em quem é capaz (e não precisa ser médico) de renunciar algo valioso, para doar-se aos irmãos, não existe outra forma de amar que não seja o serviço, feito com grande sacrifício, e isso parece algo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado, difícil de ser compreendido pelo coração humano, que hoje é educado para buscar grandezas e ambições, prestígio, fama, sucesso e poder, em um egocentrismo exacerbado.
Como podemos entender o sacrifício de Abraão, que abre mão do Filho da Promessa, tão esperado e sonhado, e que veio em sua velhice, brotado como semente tardia, dom de Deus, da esterilidade de Sara, sua esposa? O Patriarca, ícone das três maiores religiões do planeta, sente em seu coração que o amor á Divindade em quem crê, só se concretiza ofertando algo valiosíssimo,e aqui retomamos o sentido do amor, que não é dar um pouquinho, mas o “tudo”, ou seja, aceitar perder algo, que não se vai mais recuperar...
Na religião da recompensa divina, sempre marcada pela mediocridade, ou nas relações mercantilizadas com as pessoas, se faz na verdade uma barganha, é muito complicado chegarmos a compreensão dessa gratuidade, pois pensamos que somos muito bons e nos doamos até um certo ponto, mas não se pode também exagerar e sair no prejuízo, é esse o grande problema, colocamos sempre um limite no nosso modo de amar, abrimos mão de ganhar alguma coisa, mas ter que perder, aí já é um pouco demais... Amar como Jesus amou, é sempre assumir o risco de uma perda.
Entretanto, quando desenvolvemos em nós essa virtude do evangelho, e aceitamos até perder tudo, estamos nos unindo Aquele que se deu por inteiro, e que para salvar a todos aceitou perder tudo, pois o Cristo na cruz é um homem derrotado e humilhado, diante doa amigos que acreditaram em sua proposta, é alguém que perdeu tudo, prestígio, família, amigos, dignidade, honra, considerado na visão profética um homem maldito diante de Deus, abandonado e esquecido, incompreendido e rejeitado, homem esmagado pelas dores, como nos lembra Hebreus, e se o Pai não o tivesse glorificado quem seria Jesus para o mundo de hoje?
Talvez ninguém, pois enquanto homem aceitou correr esse risco, não sabia bem no que ia dar tudo aquilo, e podia ser que nem a comunidade reconhecesse o seu gesto de amor.
Somos hoje convidados a contemplar exatamente essa glória, pois no Cristo transfigurado, está a humanidade, sonhada, planejada e criada por Deus, está aquele jovem, cuja história contei no início, está cada cristão, que tem essa disposição interior de doar-se por inteiro, e que ninguém tenha medo, Deus nunca exigirá de nós o mesmo sacrifício da cruz, mas que nossas pequenas ações possam pelo menos refletir um pouco, do Amor de Jesus de Nazaré, para isso é necessário buscá-lo e escutá-lo, pois somente ele e mais ninguém, nos ensina com tanta autoridade, como é que se ama de verdade...

2. Transfiguração de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Não é fácil seguir Jesus. Não foi animador para os seus amigos ouvir que ele ia ser preso e morrer em Jerusalém. Eles precisavam de um sinal forte antes de tudo acontecer para não desanimarem. Jesus subiu ao monte e se transfigurou diante de Pedro, Tiago e João. Eles puderam contemplar antecipadamente a glória do Mestre ladeado de Moisés e Elias. Foi a visão do céu. Pedro queria ficar lá para sempre.
Fonte: NPD Brasil em 18/02/2017

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Transfiguração de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Do Deserto da Tentação subimos hoje com Jesus à Montanha da Transfiguração. Conosco sobem Pedro, Tiago e João. Estavam eles lá sozinhos quando Jesus mudou de figura, se transfigurou. Sua roupa ficou muito branca e brilhante. Aparecem então Elias e Moisés que conversam com Jesus. Pedro, Tiago e João estão vendo tudo. Sem saber o que dizer, Pedro se propõe a fazer três tendas, uma para Jesus e as outras duas para Elias e Moisés, respectivamente. De repente, a sombra de uma nuvem os cobre e eles ouvem uma voz: “Este é meu Filho amado. Escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem e eles ficam sozinhos com Jesus. Desceram da montanha e Jesus lhes ordenou que não contassem nada a ninguém até que ele tivesse ressuscitado dos mortos. Eles não entenderam o que significava “ressuscitar dos mortos”. Mais tarde, escrevendo aos romanos, Paulo dirá que Jesus morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós. Eles não entenderam nem podiam imaginar que a ressurreição aconteceria depois de uma morte dolorosa. Precisavam, pois, ver agora o Cristo transfigurado antes de vê-lo depois crucificado. De fato, diz São Paulo, “Deus não poupou seu próprio Filho e o entregou por nós e, com ele, deu-nos tudo”. Quem será então contra nós, se ele intercede por nós e Deus está a nosso favor?
Fonte: NPD em 25/02/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A transfiguração de Jesus diante dos discípulos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus muda de figura, muda seu aspecto exterior humano e mostra a sua glória. Em São Marcos, a transfiguração vem depois do primeiro anúncio da paixão e morte do Senhor, para dar ânimo aos apóstolos. Não foi fácil para os primeiros discípulos esperar um Cristo glorioso e encontrar um Cristo humilde e sofredor. A transfiguração mostra a eles, no futuro, o Cristo glorificado e, no presente, a realidade oculta sob os véus da humildade.
Fonte: NPD Brasil em 23/02/2019

REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 25/02/2018

HOMILIA DIÁRIA

Jesus Cristo é a plena manifestação da luz de Deus

Postado por: homilia
março 4th, 2012

A “Festa da Transfiguração do Senhor” remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o Papa Calisto III.
Presente Pedro, João e Tiago, Jesus se transfigura diante deles. Seu corpo ficou luminoso e suas vestes resplandecentes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus enviado pelo Pai.
Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus. Ele é o “Deus conosco”, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A Sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai O ressuscitar e O fizer sentar-se à Sua direita, na Glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica: luz, brancura, glória, nuvem… que indicam a presença de Deus.
Jesus nos revela um Deus que surpreende. Fala da Glória. Todavia, nos mostra que o caminho necessário para ela é o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.
Já o profeta Daniel ficou surpreendido ao ver entrar na Glória e receber realeza divina – com poder eterno – alguém semelhante a qualquer “filho do homem”.
Surpreendidos ficaram também os três apóstolos no Tabor, ao verem Jesus tão divinamente transfigurado, estando precisamente a rezar preocupado, como qualquer homem, com o que ia sofrer em Jerusalém.
Na Liturgia de hoje, o evangelista afirma que Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João a um monte elevado e se transfigurou diante deles, tornando-se resplandecente de tal brancura que “lavadeiro algum da terra poderia branquear as suas vestes assim”. É neste mistério de luz que hoje a Liturgia nos convida a fixar o nosso olhar.
No rosto transfigurado de Jesus brilha um raio da luz divina que Ele conservava no Seu íntimo. Esta mesma luz resplandecerá no rosto de Cristo no dia da Ressurreição. Neste sentido, a Transfiguração manifesta-se como uma antecipação daquilo com que nos revestiremos quando tudo se consumar em todos. Aí sim celebraremos o mistério pascal!
A Transfiguração convida-nos a abrir os olhos do coração para o mistério da luz de Deus, presente em toda a história da salvação. Já no início da criação, o Todo-Poderoso diz:“Faça-se a luz!” (Gn 1,3), e verifica-se a separação entre a luz e as trevas.
Como as outras criaturas, a luz é um sinal que revela algo de Deus. É como o reflexo da Sua glória, que acompanha as Suas manifestações. Quando Deus aparece, “o seu esplendor é como a luz, das suas mãos saem raios” (Hab 3,4s.). Como se afirma nos Salmos, a luz é o manto com que Deus se reveste (cf. Sl 104,2). No Livro da Sabedoria, o simbolismo da luz é utilizado para descrever a própria essência de Deus. A sabedoria, efusão da glória de Deus, é “um reflexo da luz eterna”, superior a todas as luzes criadas (cf. Sb 7,26.29s.).
No Novo Testamento, é Cristo que constitui a plena manifestação da luz de Deus. A Sua ressurreição aboliu para sempre o poder das trevas do mal.
Com Cristo ressuscitado a verdade e o amor triunfam sobre a mentira e o pecado. Nele, a luz de Deus já ilumina definitivamente a vida dos homens e o percurso da história. “Eu sou a luz do mundo” – afirma Ele no Evangelho – “Quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Marcos, no Evangelho de hoje, recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, faz uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o Seu projeto de salvação em favor dos homens através do dom da vida.
Para você que muitas vezes está desanimado e assustado, Jesus diz que o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Seguir a Cristo é a garantia da vitória final.
Portanto, nesse evangelho, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova. E este não é senão o caminho da escuta atenta de Deus e dos Seus projetos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 04/03/2012

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos, na via de oração, a transfiguração da nossa vida

Na transfiguração e na via da adoração, o nosso ser deixa resplandecer a presença de Deus em nossa vida

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles” (Marcos 9,2).

Hoje, celebramos a Festa da Transfiguração do Senhor, uma antecipação da Ressurreição, a festa que nos mostra que, mesmo caminhando em meio à grande Via-sacra da vida, em meio às flores e os espinhos, às dores e alegrias humanas, o Senhor nos quer transfigurados e transformados. O Senhor se transfigura diante de nós para dizer que o Reino d’Ele está presente em nosso meio.
A Palavra diz que Ele pegou pela mão Pedro, Tiago e João, para os levar a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. O ‘alto’ é o lugar do nosso encontro com Deus. No alto, nós nos rebaixamos e vemos a grandeza de Deus.
Só contemplamos a presença amorosa de Deus entre nós quando nos deixamos conduzir por Jesus. Ele pegou Pedro, Tiago e João pela mão, e deseja pegar todos nós sem nos retirar de tudo o que fazemos para estarmos a sós com Ele. Precisamos permitir que Jesus nos tire daquilo que fazemos, que seja por um tempo, por uma hora ou meia hora.
Que bênção quando tiramos aquele tempo, aquele momento do dia para procurar uma igreja e ali fazer a nossa adoração silenciosa e amorosa. Não vá para fazer vários pedidos, vá para ser transfigurado pela presença de Jesus. Que bênção quando alguém decide fazer um retiro, seja em grupo ou pessoalmente! Que bênção quando alguém se retira para uma montanha, para algum lugar deserto para estar na presença de Deus! A presença d’Ele em nossa vida nos transfigura, transforma-nos e retira de nós tudo aquilo que nos mantêm ligados a esse mundo.
A transfiguração é a transformação dos nossos sentidos; os nossos olhos contemplam Deus, os nossos ouvidos O escutam e a nossa boca fala com Ele. Na oração somos transfigurados e transformados, e os nossos sentidos se voltam para o Senhor. Na transfiguração e na via da adoração, nosso ser deixa resplandecer a presença de Deus em nossa vida.
Que, na Festa da Transfiguração do Senhor, possamos buscar, no caminho da oração, a transformação e a transfiguração da nossa própria vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2018

HOMILIA DIÁRIA

Nos preenchamos com a presença de Jesus que está no meio de nós

Precisamos sair do meio das agitações e ocupações que nos encontramos, para nos colocarmos a sós na presença de Jesus

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles” (Marcos 9,2).

Que beleza é contemplar o que o Evangelho de hoje nos apresenta! Jesus pega os apóstolos que são mais próximos d’Ele, e os leva para algum lugar a parte. Porque era preciso sair de onde estavam para estarem na presença de Jesus. E assim, também, é conosco, pois precisamos sair do meio das agitações e ocupações que nos encontramos, para nos colocarmos a sós na presença de Jesus.
O lugar alto representa o lugar da presença de Deus. Aqui não é importante o lugar geográfico: montanha, planície, planalto; o importante é nos retirarmos e nos dirigirmos para Aquele que está no alto: Deus, nosso Pai.
O convite de Jesus, hoje, é para sempre nos retirarmos sozinhos para o encontro com Deus. É Ele, Jesus, quem nos leva à presença do Pai, quem nos apresenta ao Pai. E, quando nós nos deixamos ser levados pelo Senhor, para estarmos a sós em Sua presença, o próprio Pai transfigura a nossa vida.
Jesus se transfigurou diante deles, para mostrar qual é a condição do homem glorificado, do homem que participa plenamente da glória divina. Ele, pleno homem, recebe nesta condição, a antecipação da Sua glória por meio da transfiguração.
Nós caminhamos no meio do vale de lágrimas, carregando a cruz nossa de cada dia; experimentando na pele e na carne a nossa fragilidade humana. Enfrentando todas as realidades, precisamos nos permitirmos ser transfigurados por Deus.
Nada mais nos transfigura e nos transforma do que a graça de nos colocarmos na presença de Deus. Colocar-se na presença de Deus é nos transfigurarmos; é sermos transformados e renovados. É reconfigurar os nossos pensamentos, sentimentos, a nossa própria forma de pensar a vida.
Estava tão bom estar lá, que Pedro até quis fazer uma tenda para ali permanecer, na presença do Senhor. Envolto entre a surpresa, a graça e o medo, o coração dele estava sendo tocado pela graça. Ele pôde tocar, ver, contemplar e ouvir, com os seus próprios sentidos, as realidades celestes. Deus quer transfigurar os nossos sentidos, a nossa forma de ouvir, falar, pensar e a nossa forma de ver o mundo e as realidades. Mas, nós, não seremos transformados, transfigurados e, de fato, convertidos, se não nos colocarmos na presença do Senhor
É o Senhor quem nos transforma, converte e muda. É o Senhor quem realiza a obra nova, o homem novo e a mulher nova, a criatura nova que todos nós precisamos ser.
Nos retiremos! Retiremos as ocupações; nos retiremos daquilo que nos preenche a vida diária para nos preenchermos da presença de Deus que está no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/02/2019

Oração Final
Pai Santo, que a visão de Jesus transfigurado nos anime e reforce a esperança de vivermos, como Ele, fazendo o Bem a todos e, assim, nos aproximarmos do teu Reino de Amor e do teu Abraço Misericordioso. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a visão de Jesus transfigurado nos anime e reforce a esperança de vivermos, como Ele, fazendo o Bem a todos e, assim, nos aproximarmos do teu Reino de Amor e do teu Abraço Misericordioso. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/02/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que os instantes de contemplação da glória de Jesus que nos ofereces fortaleçam nossa fé, para anunciarmos, cheios de alegria e esperança, o teu Reino de Amor já presente em nós. Reino que foi proclamado nesta terra pelo Cristo, teu Filho Unigênito feito nosso Irmão em Jesus de Nazaré, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento para que penetremos no Primeiro Testamento da Sagrada Escritura através dos olhos de Jesus. Faze-nos sábios e fortes, amado Pai, para seguir teu Filho pelas estradas deste mundo fazendo o bem aos que caminham perto de nós, sentindo-nos próximos de todos e assim sinalizando a chegada em nós do Teu Reino de Amor. Por Ele, o Cristo Jesus, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/02/2019