domingo, 8 de agosto de 2021

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/08/2021

ANO B


19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

VOCAÇÃO PARA A FAMÍLIA E A VIDA

DIA DOS PAIS

Ano B - Verde “Quem comer deste pão viverá eternamente!” Jo 6,51

Jo 6,41-51

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Jesus se manifesta como o Pão vivo descido do céu, para sustentar nossa caminhada rumo ao Pai celeste. Ele continua se revelando na partilha do pão e nas pessoas que incansavelmente lutam para sustentar e proteger a vida. Celebrando o dia dos pais, iniciamos também a Semana Nacional da Família, que esta liturgia nos impulsione à defender, promover e valorizar nossas famílias.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos a família de Deus reunida para a grande ação de graças ao Pai, por Cristo, na força do Espírito Santo. Nascidos da água do Batismo, somos alimentados pela Eucaristia com o Pão da Vida que nos dá salvação. Neste dia em que recordamos a vocação para a vida em família, agradecemos a Deus o cuidado e o amor que nossos pais têm para conosco e pedimos também que sejam acolhidos na vida eterna todos os pais já falecidos.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Estamos celebrando mais um domingo em que o tema central é a Eucaristia. Jesus, conhecido como o filho de José e de Maria, se manifesta como o Pão vivo descido do céu, para sustentar nossa caminhada rumo ao Pai celeste. Ele, ainda hoje, continua se revelando na partilha do pão e nas pessoas que incansavelmente lutam para sustentar e proteger a vida. Reunimo-nos para nos alimentar com sua palavra e com seu pão, alimentos de vida plena e eterna. Chegamos ao segundo domingo de mês das vocações. Hoje é o dia dos pais. Celebremos em comunhão com todos eles, os primeiros responsáveis por propiciar uma vida digna e feliz aos próprios filhos. Segundo o Papa Bento XVI, "a família, o trabalho e a festa constituem dádivas e bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma existência plenamente humana". Diziam os conterrâneos de Jesus: "Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?" Justamente a família é o lugar principal para o desenvolvimento da fé e para o aprendizado das coisas de Deus. Rezemos, pois, por todas as famílias em dificuldade e peçamos a Deus que a família cristã seja um lar de fé, amor e fraternidade.

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

O sacramento do matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo dum compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque “a sua pertença recíproca é a representação real, através do sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar”. O matrimônio é uma vocação, sendo uma resposta à chamada específica para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de se casar e formar uma família deve ser fruto dum discernimento vocacional.
“O dom recíproco constitutivo do matrimônio sacramental está enraizado na graça do Batismo, que estabelece a aliança fundamental de cada pessoa com Cristo na Igreja. Na mútua recepção e com a graça de Cristo, os noivos prometem- se entrega total, fidelidade e abertura à vida, e também reconhecem como elementos constitutivos do matrimônio os dons que Deus lhes oferece, tomando a sério o seu mútuo compromisso, em nome de Deus e perante a Igreja. Ora, na fé, é possível assumir os bens do matrimônio como compromissos que se podem cumprir melhor com a ajuda da graça do sacramento. (...) Portanto, o olhar da Igreja volta-se para os esposos como o coração da família inteira, que, por sua vez, levanta o seu olhar para Jesus”.
O sacramento não é uma “coisa” nem uma “força”, mas o próprio Cristo, na realidade, “vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimônio. Fica com eles, dá-lhes a coragem de O seguirem, tomando sobre si a sua cruz, de se levantarem depois das quedas, de se perdoarem mutuamente, de levarem o fardo um do outro”. O matrimônio cristão é um sinal que não só indica quanto Cristo amou a sua Igreja na Aliança selada na Cruz, mas torna presente esse amor na comunhão dos esposos. Quando se unem numa só carne, representam a aliança do Filho de Deus com a natureza humana. Por isso, “nas alegrias do seu amor e da sua vida familiar, Ele dá-lhes, já neste mundo, um antegozo do festim das núpcias do Cordeiro”.
Embora “a analogia entre o casal marido-esposa e Cristo-Igreja” seja uma “analogia imperfeita”, convida a invocar o Senhor para que derrame o seu amor nas limitações das relações conjugais.
Papa Francisco
Exortação Apostólica Pós-sinodal
Amoris Lætitia, n. 72-73

Comentário do Evangelho

Discurso sobre o pão

Esta fala de Jesus, no evangelho de João, é, ainda, a continuação do longo discurso sobre o pão, pronunciado em Cafarnaum, após a partilha dos pães com a multidão na montanha no outro lado do mar da Galileia. O evangelho de João se caracteriza pela repetição didática de um tema central, reapresentado sob diversas formas associado a outros temas. Agora, ao pão está associado o dom da vida eterna por Jesus.
Jesus testemunha sua origem divina e seu conhecimento do Pai, sendo então rejeitado pelos judeus que conheciam sua origem humilde e comum. Jesus e sua família são tipos comuns em sua terra, Nazaré, onde já vivem há cerca de trinta anos, sem que nada de extraordinário os destaque dos demais. Os três evangelhos sinóticos registram esta rejeição de Jesus. A tradicional identificação de Deus com o "poder" que age com violência a favor do "povo eleito", característica do Primeiro Testamento, impede que reconheçam a revelação amorosa de Deus nos pequenos e humildes.
A atração pelo Pai é a atração pelo seu ensinamento, comunicado por Jesus. Jesus viu o Pai. Ir a Jesus é o passo seguinte: é crer nele e segui-lo. O crer, que implica a adesão concreta ao projeto de Deus, insere o discípulo na vida eterna.
Deus é o Deus da vida. A palavra "vida" é mencionada onze vezes no capítulo seis. A obra de Deus, fruto do seu amor, é o dom da vida plena para todos. O Pai e o Filho comunicam a Vida. Todos são atraídos a Jesus, que foi enviado pelo Pai. Não há, absolutamente, discriminações nem privilégios nesta atração. Com pleno amor e liberdade, o Pai atrai todos ao seguimento de Jesus. Este universalismo significa que a nova comunidade dos seguidores de Jesus não é continuação nem restauração de Israel. Quem comeu o maná, da tradição do Êxodo de Israel, morreu. Agora se trata da constituição de um povo novo, formado pela comunhão de todos os povos de todas as nações, para o qual o valor supremo é a geração, a restauração e o cultivo da vida. É o povo que crê em Jesus e o segue. A este povo é servido o pão descido do céu que dá a vida eterna. Quem comer deste pão não morrerá. Já está participando da vida eterna, inserido na vida divina pela prática do amor, em comunhão com Jesus.
O pão do céu é o pão que dá a vida aos pequenos e excluídos, aos pobres bem-aventurados que sofrem a opressão. É Jesus, o pão partilhado com as multidões, criando laços de fraternidade, solidariedade e amor, no grande banquete do Reino dos Céus, que já acontece aqui na terra. É a comunidade que vive na harmonia e na paz, na bondade, na compaixão e na reconciliação (segunda leitura). Elias foi alimentado por um anjo e caminhou ao encontro com Deus (primeira leitura). Agora, Jesus, com sua palavra e com sua presença, alimenta os discípulos, ao longo dos tempos, fortalecendo-os no seu seguimento. Quem escuta o ensinamento do Pai crê, vai a Jesus e tem a vida eterna.
José Raimundo oliva
Oração
Senhor Jesus, quero conhecer-te sempre mais, deixando-me instruir pelo Pai o qual me revela quem, de verdade, tu és.
Fonte: Paulinas em 12/08/2012

Vivendo a Palavra

O texto ressalta a centralidade da fé em Jesus Cristo, o pão que desceu do céu. Ele é o único que viu o Pai; é a porta, o caminho e o alimento que nos sustenta e nos levará ao abraço eterno e misericordioso. A tentação em que não poucas vezes nós caímos é nos fixarmos não no centro, mas na periferia da nossa fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

O texto ressalta a centralidade da fé em Jesus Cristo, o Pão Vivo que desceu do Céu. Ele é o único que viu o Pai; é a porta, o caminho e o alimento que nos sustenta e nos levará ao abraço eterno do Pai Misericordioso. A tentação em que não poucas vezes nós caímos é nos fixarmos não no centro, mas na periferia da nossa fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2018

Reflexão

AS VITAMINAS DA CAMINHADA

Ao longo de nossa caminhada, há momentos em que somos fortemente tentados a jogar-nos debaixo de uma árvore frondosa e deixar que o mundo se dane.
Queimadas as reservas da energia e esvaziado o depósito da paciência, parece-nos ter chegado a hora de reviver em nossa história pessoal o drama do profeta Elias: “Agora, Senhor, já chega”.
Mas, enquanto a fé e a esperança continuarem frequentando nosso coração e brilhando em nosso horizonte, iremos descobrindo que os motivos de nossa corrida terão sentido e validade. A meta pode estar longe, mas é bem visível a olho nu. Os meios para alcançá-la são mais que suficientes e estão sempre à nossa disposição.
Contudo, será que nossa caminhada para Deus precisa de meios poderosos? O amor não precisa desses meios: ele é forte por si mesmo, é luminoso por si mesmo, é todo-poderoso por si mesmo e basta a si mesmo.
Um pão assado e um jarro de água pura – este nutriente elementar – é tudo de quanto precisamos para nossa viagem. Basta lembrar que, para nós, eles simbolizam a palavra do evangelho e o sacramento da eucaristia.
Além disso, no fim da linha, há uma verdade que não podemos ignorar: alguém está à nossa espera. Essa certeza, pobre e gloriosa ao mesmo tempo, é a certeza da fé.
Quer dizer que nós não caminhamos rumo ao desconhecido; não andamos rumo ao nada eterno; não buscamos uma pátria imaginária ou um reino inexistente. Bem sabemos que vamos aportar nos braços do Pai, no reino do amor e da felicidade.
Tudo isso nos será possível graças às vitaminas e às energias contidas no alimento da caminhada: aquele pão e aquele vinho, que são o Corpo e o Sangue do Filho amado de Deus.
Pe. Virgílio, ssp
Fonte: Paulus em 12/08/2012

Reflexão

A proposta de Jesus encontra a resistência dos judeus, os quais murmuram porque acham difícil que Deus se manifeste num homem comum, do qual conhecem o pai e a mãe, enfim, num simples mortal. Isso faz lembrar os israelitas caminhando pelo deserto em busca da Terra Prometida: duvidavam que Deus estivesse com eles quando veio a faltar o pão; do mesmo modo, os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus. Ao apresentar-se como o pão que desceu do céu, Jesus convida seus seguidores a se alimentarem desse pão. Comer o pão da vida não consiste apenas em comungar na missa do domingo. Comer o corpo de Cristo consiste em nos deixar transformar por ele, assimilar sua pessoa na sua totalidade. Comungar Cristo na missa é comungar com toda a comunidade: suas alegrias, esperanças e desafios. Comunhão é ato comunitário. A partilha do Corpo de Cristo, alimento da eternidade, nos torna cada vez mais unidos ao corpo do Senhor, que é a Igreja. Assim como o pai alimenta os filhos com o fruto do seu trabalho, Jesus nos alimenta com sua proposta de vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 12/08/2018

Reflexão

Os conterrâneos de Jesus, em tom de censura, questionavam: “Como pode o fi lho de José dizer abertamente: ‘Eu desci do céu’?”. Tal afirmação, segundo eles, soava como blasfêmia: que atrevimento era aquele, a ponto de chamar a Deus de Pai? Conheciam a Deus como um juiz distante, ao qual se agradava com a observância dos preceitos da Lei. Além disso, Jesus oferecia a ressurreição como consequência da adesão a sua pessoa. Como seria isso possível, se eles aceitavam a ressurreição apenas como recompensa pelas boas obras praticadas? Jesus aproveitou o ensejo para reforçar seus ensinamentos, reafirmando: “Quem acredita em mim tem a vida eterna”. O debate prossegue, porém, as palavras de Jesus parecem não encontrar boa ressonância naqueles corações endurecidos.
Oração
Ó Jesus, pão vivo que desceu do céu, faze-nos compreender a importância de criar comunhão contigo. Dizias: “Quem comer deste pão viverá para sempre”. Comer do pão celeste é assimilar teus ensinamentos e pôr em prática teus mandamentos. Vem, Senhor, transformar a nossa vida e a vida do mundo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Reflexão

CRISTO, O PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj*

(Texto publicado originalmente em Revista Vida Pastoral ano 53 - número 285, julho-agosto de 2012).

I. INTRODUÇÃO GERAL

O alimento e a água dados por Deus ao profeta Elias, que lhe restauram as forças e o sustentam na longa caminhada até a Montanha de Deus, são transparentes figuras da eucaristia e do batismo, que dão a vida eterna e sustentam o cristão no caminho para Deus. A consequência prática disso é que a caminhada do cristão consiste na configuração da própria vida à vida de Cristo, andando no amor e doando-se a Deus e ao próximo.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Jo 6,41-51): Quem comer deste pão viverá eternamente

Jesus é o pão da vida, aquele que comer deste pão terá a vida eterna. E vida eterna não é a mesma coisa que vida pós-morte. Vida eterna significa vida reconciliada com Deus. Vida essa que já começa aqui, numa existência orientada para Deus, em profunda união com ele, e se prolonga após a morte.
Nesse sentido, quem come desse pão não morrerá. Isso não diz respeito à morte física, porque esta faz parte da realidade humana, da sua condição de ser histórico, finito, contingente. Não morrer, no sentido cristão da palavra, significa que a morte como ruptura definitiva com Deus foi abolida. Se, na existência humana histórica, se pode viver em união com Deus, essa união não termina com a morte. Esta se transforma em passagem para uma vida plena, em que o filho retorna à casa do Pai. Se o cristão vive sua vida reconciliada com Deus, então até mesmo a morte se torna sua aliada, e não uma realidade terrível que o ser humano tenta desesperadamente evitar. Assim como Jesus enfrentou a morte de cabeça erguida, nele nós enfrentamos a morte como vencedores, pois temos nossa vida em Deus.
Quando Jesus afirma: “E o pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo”, refere-se à entrega que faz de si mesmo na cruz para a vida do mundo. Como a existência integral de Jesus foi vivida em profunda união com o Pai em prol da humanidade, sua entrega na cruz não é um evento pontual, mas o resultado de tudo o que ele ensinou e viveu. Porque ele se entregou à humanidade durante sua vida inteira, pôde entregar-se finalmente na morte. A existência inteira de Jesus foi oferta agradável ao Pai em prol do ser humano.
O conhecimento desse mistério será acolhido por todos os que vieram a Jesus. Porque serão instruídos pelo Pai, verdadeiros discípulos de Deus, seus seguidores. Ser discípulo de Jesus é a mesma coisa que ser discípulo de Deus, porque o Filho e o Pai estão unidos em solidariedade pela salvação do mundo. O ensinamento que os discípulos aprendem vem do Pai por meio da vida de Jesus.

2. I leitura (1Rs 19,4-8): Come deste pão! Porque o caminho é superior às tuas forças

O profeta Elias vagava em fuga pelo deserto adentro. A certa altura, encontrava-se cansado por ter passado longos dias e noites na viagem. Além do cansaço, estava exausto pelo forte calor do sol; sentia fome e sede e, além disso, oprimia-lhe a solidão do deserto. Nesse estado de coisas, só lhe restava dizer: “Agora basta, Senhor!” (v. 4). Ele pediu a morte – embora isso pareça uma contradição, já que estava fugindo da rainha Jezabel para preservar a própria vida.
Elias está fazendo um êxodo ao contrário, pois, durante 40 anos, o povo foi do deserto para Israel e agora o profeta vai da terra prometida à Montanha de Deus. E, assim como aconteceu aos antepassados, a quem o profeta chama de “pais” (v. 4), Deus providenciou alimento e água para manter a vida do profeta. O texto menciona que o alimento era “pão assado na pedra”, ou seja, o alimento cotidiano de vários povos orientais (cf. Gn 18,6).
Com o alimento e a água, Elias sentiu-se confortável e quis ficar ali acomodado, dormindo. Mas recebeu uma ordem para levantar-se (mesmo termo que significa “ressuscitar”) e dirigir-se até a Montanha de Deus. O texto afirma que o profeta andou 40 dias, fortalecido pelo alimento e pela água, em clara alusão aos 40 anos que os hebreus haviam passado no deserto alimentados pelo maná e pela água tirada da rocha. Elias precisava chegar à Montanha, lugar onde Deus havia confirmado a aliança feita com os patriarcas e seus descendentes e adotado as tribos de Israel como povo escolhido (cf. Ex 3,1).

3. II leitura (Ef 4,30-5,2): Cristo por nós se entregou como oferta de suave odor

A exortação “não contristeis o Espírito Santo” parece estranha. O termo usado também quer dizer “provocar dor” ou “causar pesar”. Essa expressão simbólica significa que os cristãos não devem fazer o oposto daquilo para o qual receberam a unção do Espírito Santo.
O Espírito Santo na vida do cristão é o selo de Deus. Antigamente se marcava qualquer propriedade com um emblema que identificava o dono. Um exemplo atual são os objetos da paróquia, comumente marcados com um carimbo ou etiqueta para indicar a instituição proprietária. O Espírito Santo assegura que somos propriedade do Senhor e que devemos ser empregados completamente no serviço de Deus. Até que chegue “o tempo da redenção”, ou seja, o nosso encontro definitivo com o Senhor, devemos trilhar nosso caminho com firmeza de propósitos e testemunho de vida, sem nunca nos cansarmos de fazer o bem.
Como as crianças gostam de imitar os pais e é assim que aprendem as coisas do dia a dia, da mesma forma os cristãos deveriam seguir o exemplo de Deus. Mas como é possível imitar a Deus? O que significa isso? A resposta está no v. 2: “Andai no amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós a Deus como oferta e sacrifício de suave odor”.
O termo “oferta” significa qualquer oferecimento pelo qual se expressa gratidão por tudo (todas as graças) que se recebe da benevolência de Deus. “Sacrifício” quer dizer aquilo que se oferece quando se perdem, por causa da ruptura do pecado, as graças recebidas de Deus. Por fim, a expressão “de suave odor” significa estar de acordo com o que Deus ordenou, diz-se do sacrifício que agrada a Deus ou que ele aceitou com prazer.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO

O pão e a água, figuras da eucaristia e do batismo, têm o objetivo de levar o cristão a entrar em aliança com Deus, fazer a experiência da ressurreição. São força e sustento na caminhada rumo a Deus. Não nos são dados para que fiquemos acomodados na sombra, mas para enfrentarmos os rigores do deserto. A jornada de Cristo neste mundo foi vivida no amor. Com esse estilo de vida, ele demonstrou gratidão, ofereceu-se para superar a ruptura provocada por nosso pecado e agradou a Deus em tudo. É esse tipo de vida que Cristo nos dá e é assim que devemos viver.
Neste dia em que celebramos a vocação de constituir família, no qual homenageamos especialmente os pais, é bom enfatizar o relacionamento filial que Cristo nos ensinou a ter com Deus. Os meios visíveis (sacramentos) que nos introduzem nessa filiação e, principalmente, a ação de Deus para efetivar esse relacionamento filial. O alimento material é apenas um sinal de tudo o que Deus realizou em nosso favor como Pai amoroso.

* Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza e em diversas outras faculdades de Teologia e centros de formação pastoral.
Fonte: Instituto Nova Jerusalém em 12/08/2012

Meditando o evangelho

INSTRUÍDOS POR DEUS

Apenas o esforço humano para compreender quem é Jesus revela-se inútil, sem a intervenção de Deus. Visto apenas em sua aparência humana, o Messias foi considerado sob dupla vertente. Alguns o tomavam por uma pessoa extraordinária, detentora de um poder jamais visto. Sua sabedoria fazia-o superior aos rabinos, e sua autoridade em muito os superava. Enfim, uma grande figura humana. Outros, movidos pela inimizade que nutriam por Jesus, consideravam-no blasfemo, eliminador das coisas sagradas da religião. Seus gestos prodigiosos eram interpretados como fruto de pacto com Satanás, e sua presença junto aos pecadores e marginalizados, como expressão de má vida.
Tais considerações são enganosas, por não atingirem o cerne da identidade de Jesus. Só por revelação de Deus é possível conhecer a condição de Filho amado do Pai, enviado como penhor de salvação, portador de vida eterna para a humanidade, e pão da vida, que a alimenta na longa caminhada rumo à casa do Pai.
Por conseguinte, o ser humano não pode conhecer Jesus por iniciativa própria. É o Pai quem coloca, no coração humano, o desejo de conhecer seu Filho. Quem se deixa instruir pelo Pai torna-se discípulo de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, quero conhecer-te sempre mais, deixando-me instruir pelo Pai o qual me revela quem, de verdade, tu és.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O PÃO QUE DÁ A VIDA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Coisa bonita é quando uma pessoa, que todos julgam importante, se apresenta de maneira simples, sem querer um tratamento especial, que a sua posição ou o cargo lhe conferem.
Certa ocasião, em um encontro em Aparecida, no momento da Santa Missa, os diáconos permanentes adentraram a sacristia da Basílica em horário adiantado, para não causarem transtorno aos demais celebrantes, mas quando começaram a paramentar-se, um funcionário do Santuário informou que o local dos Diáconos estava reservado no sub-solo, de onde entrariam por outro corredor para não atrasar a celebração que seria televisionada, foi quando chegou D. Diógenes, nosso acompanhante do Regional Sul 1, e que iria presidir a Eucaristia, e estranhando não ver os Diáconos se paramentando, foi informado que os mesmos estavam no sub-solo; então pegou seus paramentos e desceu para lá, para descontentamento do cerimoniário que era rigoroso na disciplina com a equipe celebrativa.
O resultado de tal gesto foi que os diáconos acabaram subindo, enquanto ele explicava a um redentorista “Eu também sou um Diácono de Cristo, estou com eles nesse encontro e os quero perto de mim durante a celebração”
Não vai aqui nenhuma crítica à organização e à disciplina, que deve de fato existir nos grandes eventos litúrgicos de uma Diocese, apenas pretendo realçar a postura humilde do nosso Bispo acompanhante, fazendo com que nos sentíssemos um bando de meninos “paparicados” pelo “paizão”.
Jesus gozava de grande estima entre alguns judeus, que viam nele um poderoso profeta, por causa dos seus milagres e prodígios, sempre feitos no Poder de Deus, como os grandes profetas que o povo venerava, mesmo depois de mortos. Mas no momento em que ele afirmou ser o pão vivo descido do céu, a encrenca começou, pois era uma afronta ao Deus Todo Poderoso, que fizera aliança com os seus pais, Aquele que através dos patriarcas conduziu o povo, falou com Moisés, colocando-o como libertador de Israel, derrotou os Faraós do Egito, abriu as águas do mar vermelho, enfim, era inaceitável que esse Deus Grandioso, altíssimo e Santo, estivesse em Jesus de Nazaré, pessoa simples do lugarejo, cuja procedência todos conhecia.
A verdade é que, um Deus na forma humana, era até causa de acusação e condenação á morte, porque ultrajava a todo Israel.
A história daquele povo, e a história da nossa vida, convergem para Jesus, Nele Deus nos atrai, provoca em nós um encanto que nos leva ao desejo de nunca mais nos separar dele, possibilitando a realização da profecia “Todos serão discípulos de Deus”, obviamente tornando-se discípulos de Cristo, quem segue a Jesus, segue ao Pai, quem ouve a Jesus, ouve ao Pai, eles estão em uma comunhão plena, na qual somos inseridos, não por nossos méritos, mas unicamente pela graça.
Os Judeus não acreditavam que o Deus misterioso escondido nos “Sete Véus” do Santo dos Santos, aquele diante do qual Moisés teve de cobrir o rosto, se tornasse assim de repente, alguém comum, que anda com o homem, como no paraíso, fala com ele e torna-se parceiro. Os que se fazem deuses neste mundo, na política, na economia e até mesmo no ambiente religioso, exigem submissão, obediência, adoração e honrarias, ficam sentados nos tronos da imponência, da prepotência, a espera que seus súditos venham lhes beijar os pés.
Divino e humano não podem estar no mesmo espaço, na mesma sala, na mesma mesa, em um mesmo nível. Imagine que o enviado de Deus ia baixar justo na Judéia, na Vilazinha de Nazaré... Como Filho de um carpinteiro, impossível! Entretanto, o Deus portador da Vida, realizador de todas as esperanças do povo, o Libertador por excelência, que tornava eminente o messianismo, estava de fato em Jesus de Nazaré, ele se apresenta como a única alternativa para se chegar ao Pai, como o único que viu o Pai e veio dele, o único que dá aos homens muito mais do que o alimento material, o alimento espiritual que os conduzirá á plenitude da realização humana, e tudo isso requer apenas um ato que é em sua pessoa, aceitar que nele Deus nos estende a mão, caminha conosco, sacia nossa fome, supri todas as nossas necessidades e nos dá a Vida Eterna.
O segundo passo é um pouco mais complicado para a compreensão dos Judeus e também para nós, temos que nos alimentar do seu corpo, do Pão que veio do céu, permitindo assim essa convivência pacífica do divino e humano em nossa vida, acolher a sua carne e sermos uma extensão do seu Ser Divino e Humano, deixando que o seu Espírito comande todas as nossas ações, sem que nos transformemos em super-homens, mas continuando a ser pobres mortais simples e pequenos, porém revestidos da grandeza do Divino, caminhando com ele para uma Vida que é Eterna, e que ultrapassa a qualquer realização humana nesse mundo.
Se não aceitarmos essa Verdade em nosso coração, nunca iremos ver esse novo horizonte descortinado por Jesus de Nazaré, e iremos sucumbir diante da espera inútil, por algo em que não cremos. Que o Senhor sacie nossa fome de Vida Eterna. Amém! (19º. Domingo do Tempo Comum João 6, 41-51)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair - Jo 6,41-51
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Deste lado da vida há muitas interrogações que esperamos sejam respondidas no outro lado. Tinham razão os judeus quando disseram, perguntando: “Este não é Jesus, o filho de José? Como pode, então, dizer que desceu do céu?”. Nós o conhecemos do lado de cá. Ele diz que já existia no lado de lá. João Batista diz que não o conhecemos nem mesmo do lado de cá, quando afirma: “No meio de vós está alguém que não conheceis”. O mesmo João testemunhou, falando dele: “Este é aquele de quem eu disse: o que vem depois de mim passou adiante de mim, porque existia antes de mim”. Ele vem de junto do Pai, que ninguém jamais viu. Ele está entre nós e viu o Pai. Pode, então, dizer com segurança: “Aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo”. Do lado de cá a caminhada é dura. Se temos que chegar ao monte Horeb há um bom deserto a ser atravessado, com areia fofa e pedras duras e, por vezes, com animais peçonhentos. “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”, disse o anjo ao profeta Elias. E diz hoje a você também: “Levante-se, receba a comunhão e ande. Receba-a não como recompensa de suas boas ações e sim como remédio de sua fraqueza”. Irmã Míria T. Kolling, que Deus chamou a si e agora, entoando um cântico novo, o vê face a face, deixou-nos este belo canto sobre a força da Eucaristia. Leia com atenção a letra e depois cante, cante sozinho, cante com outras pessoas, cante no seu coração: “Quando te domina o cansaço e já não puderes dar um passo, quando o bem ao mal ceder e tua vida não quiser ver um novo amanhecer: Levanta-te e come! Levanta-te e come! Que o caminho é longo, caminho longo! Eu sou teu alimento, ó caminheiro! Eu sou o pão da vida verdadeiro! Te faço caminhar, vale e monte atravessar, pela Eucaristia, Eucaristia! Quando te perderes no deserto e a morte então sentires perto, sem mais forças pra subir, sem coragem de assumir o que Deus de ti pedir: Levanta-te e come! Levanta-te e come! Que o caminho é longo, caminho longo! Quando a dor, o medo, a incerteza tentam apagar tua chama acesa e tirar do coração a alegria e a paixão de lutar não ser em vão. Quando não achares o caminho, triste e abatido, vais sozinho, o olhar sem brilho e luz sob o peso de tua cruz que a lugar nenhum conduz: Levanta-te e come! Levanta-te e come! Que o caminho é longo, caminho longo!” Veja ainda a recomendação da Carta aos Efésios: “Não entristecer o Espírito Santo”. O Espírito é o Amor na Trindade, presente em cada um de nós. Nós o entristecemos com nossas amarguras, exaltações, raivas, gritarias, ofensas e maldades. Ele, porém, se alegra quando pode se manifestar em nossos atos de bondade, compaixão e perdão. Como é bom viver no mesmo amor com o qual Cristo nos amou e se entregou por nós como oferenda e sacrifício de suave odor.

REFLEXÕES DE HOJE

12 DE AGOSTO-DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 12/08/2018

HOMILIA DIÁRIA

Eis o alimento que devemos procurar com todas as nossas forças!

Postado por: homilia
agosto 12th, 2012

“Eu sou o pão da vida”. Esta afirmação é categórica, direta e conclusiva. Usando de uma metáfora baseada no Antigo Testamento, quando os hebreus estavam no deserto e Deus os alimentava com o maná vindo do Céu, Jesus encerra qualquer dúvida quanto à fonte da vida: Ele próprio é o que dá vida.
O pão, na época, era um dos alimentos mais importantes e consumidos, por isso usado como referencial, mas se trata de qualquer alimento. Ora, se eles estavam acostumados com o pão que os alimentava, dava força para o trabalho, logo, este alimento era imprescindível para o sustento do corpo. Jesus, entretanto, não se referiu ao corpo físico, porque Ele era o que alimentava a vida.
O que é a vida senão nossas ações, nosso coração, nossas intenções? Jesus queria ser alimento nestes aspectos. Quantas vezes procuramos saciar nossa fome de alegria, de amor, de paz, e buscamos em tantos lugares, quando só podemos ser saciados com Jesus. Ele é o único que dá vida em abundância. Com Ele nunca teremos fome ou sede de paz, amor, alegria, justiça e verdade em nossas vidas.
Jesus sabia que o povo estava atrás d’Ele por causa do milagre dos pães. Sabia também que queriam fazê-Lo rei, mas o Seu reino não é deste mundo, e o que Ele lhes propõe é que trabalhem pelo alimento que permanece para a vida eterna. Este trabalho é a obra de Deus, a evangelização que Jesus realiza e que nós devemos continuar. Este trabalho consiste em fazer a vontade do Pai. Consiste em dar a vida para salvar este mundo do pecado para que todos, de preferência, mereçam um dia a vida eterna.
Aqueles homens ainda incrédulos e apegados às suas tradições, pedem, exigindo que Jesus faça milagres, sinais espetaculares, como os milagres de Moisés com o maná no deserto. Contudo, esta tradição do maná (“pão”) caído do Céu está superada. O maná, assim como o nosso feijão com arroz de hoje, é alimento para um só dia, e não salva ninguém da morte. Todos os que comeram o maná, vieram a morrer mais tarde.
O que nós precisamos fazer, segundo a explicação de Jesus hoje, é buscar o verdadeiro pão caído do Céu que é Jesus, aquele que se fez alimento para a nossa salvação e que nos foi dado pelo Pai, porque esse é o alimento que permanece para a vida eterna, esse é o alimento que nos guarda para a vida eterna: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue terá a vida eterna”. E ainda: “Quem come a minha carne viverá em mim e eu nele”.
É esse o alimento que devemos procurar com todas as nossas forças e com todo o nosso empenho, pois é ele que vai nos fazer merecedores da vida no Paraíso preparado para nós por Deus Pai.
É importante que estejamos preparados para receber este alimento da nossa alma, procurando praticar os ensinamentos de Cristo e evitando o pecado. Na verdade, nunca estamos merecendo receber o Corpo e o Sangue de Cristo. O máximo que conseguimos é ficar menos indignos para comungar. Por isso, é sempre indispensável um exame de nossa consciência antes de nos levantar do banco e entrar na fila da comunhão. Pois, para receber o Pão da Vida, é preciso estar em estado de graça e, se não estiver, será preciso fazer uma boa confissão. Caso contrário, receber a hóstia consagrada indignamente é comer a nossa própria condenação. Por isso, é preferível não comungar naquela Missa e depois procurar um sacerdote, para que na próxima Missa estejamos na fila da comunhão com a consciência tranquila.
O pão descido do Céu é Jesus concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na Sua cidade de origem; e depois, cerca de três anos em contato com as multidões, revelando-lhes o Pai que O enviou. Doando-se a fim de comunicar a vida, consagrou-Se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo pela prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer n’Ele é segui-Lo, na adesão concreta ao projeto de Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir Seus passos, como na prefiguração de Elias. Na bondade, na compaixão e no perdão, na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, Pão da vida eterna.
Que neste “Dia dos Pais”, o Espírito Santo – Espírito de docilidade ao Pai – reforce a disposição de todos os pais em acolher os ensinamentos divinos e colocar-se, resolutamente, na busca do Ressuscitado. Com certeza, os filhos serão os grandes beneficiados pela santidade de vida de seus pais.
Desejo um feliz e abençoado “Dia dos Pais”!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é o alimento que nos dá a vida

Precisamos nos alimentar de Jesus e permitir que Ele seja o alimento da nossa vida

“Eu sou o Pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o Pão que desce do Céu: quem Dele comer, nunca morrerá.” (João 6,48-50).

Precisamos do alimento para nos dá a vida, para que possamos sobreviver. Mas, às vezes, nos centramos no alimento terreno: o arroz e o feijão. O “pão de cada dia” precisamos para a nossa subsistência, para os nossos filhos, entretanto, esse pão não sacia a nossa fome. Porém, por vezes, nos deixa saciados até demais, mas sem permitir que encontremos o sentido da nossa própria vida.
Jesus está dizendo: “Eu sou o Pão da vida. Quem come desse Pão, jamais terá fome”. Precisamos nos alimentar de Jesus e permitir que Ele seja o alimento da nossa vida. Jesus alimenta a nossa espiritualidade, a nossa alma, os nossos sentimentos e os nossos afetos.
A luz de Jesus penetra o nosso interior e dá sentido à nossa vida e à nossa existência. Alimentar-se de Jesus não é apenas receber a Eucaristia. A Eucaristia é o Sacramento por excelência, é o nosso ponto de chegada na dimensão da nossa caminhada espiritual. Mas, nos alimentamos de Jesus quando assumimos em nós os sentimentos d’Ele, o pensamento e a vida d’Ele.
Alimentamo-nos de Jesus quando nos alimentamos de Suas Palavras, quando nos alimentamo-nos da Bíblia que é a Palavra de Deus por excelência. Alimentamos a nossa vida espiritual pela via da oração quando nos colocamos na presença d’Ele, para nos esvaziar de nós e nos preencher da presença do Senhor.
A nossa alma está sedenta, o nosso coração está faminto e anseia pela presença de Deus. Quando vamos ao encontro do Senhor é preciso que esvaziemos a alma e o coração, para que eles se preencham da presença d’Ele. É preciso que os sentimentos e os pensamentos, tão cheios de devaneios, acalmem-se para que Deus direcione a nossa vida.
“Senhor, Tu és o alimento da vida eterna, queremos nos alimentar de Ti para que o nosso coração esteja na eternidade.”
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/08/2018

Oração Final
Pai Santo, nós damos graças pelo Pão Vivo que nos deste e permanece conosco, como prometido, até o fim dos tempos. Dá-nos, Pai amado, discernimento, força e perseverança para seguirmos em todos os passos de nossa vida o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós agradecemos pelo Pão Vivo que nos deste e permanece conosco, como prometido, até o fim dos tempos. Dá-nos também, Pai querido, discernimento, força e perseverança para seguirmos em todos os passos de nossa vida o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2018