ANO C
Lc 21,20-28
Comentário do Evangelho
A libertação e proteção vêm do Filho do Homem em quem todos devem esperar.
O atraso da parúsia provocou muitas especulações acerca da “segunda vinda de Cristo”. Especulações estas que deram origem a um discurso milenarista. A expectativa da segunda volta de Cristo gerou, ainda, uma tradição de que alguns fenômenos atmosféricos anunciavam o fim do mundo e, mais, de que Deus seria o responsável, por causa de sua decepção ante a maldade do ser humano que ele criou. São Lucas, no entanto, vai se utilizar destes elementos para anunciar um tempo aberto na história para o testemunho: “Será uma ocasião para dardes testemunho” (v. 13).
O v. 20 faz menção à invasão de Jerusalém pelas tropas de Tito, em 70 d.C. Os muros da cidade não foram suficientes para reter o inimigo e proteger as pessoas. Todos serão submetidos à brutalidade do invasor. A libertação e proteção vêm do Filho do Homem (cf. Dn 7,13-14), em quem todos devem esperar. Contra o desânimo, o medo, o pavor, é preciso “erguer a cabeça” (v. 28). Não só o Templo passa, mas também o sofrimento, a perseguição e a morte não são a última palavra da existência humana; eles darão lugar à alegria e à consolação. O Filho do Homem, glorioso (cf. v. 27), é quem faz com que seus eleitos, os que permanecerem fiéis até o fim, participem e sejam herdeiros da sua própria vitória.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, faze-se adequar meu existir à novidade que me é oferecida por Jesus, como dom teu à humanidade, de modo que eu possa usufruir dos benefícios de tua salvação.
Vivendo a Palavra
O texto, recheado de visões terríveis de lutas e desastres da natureza, não visa a nos encher de medo. Jesus quer nos lembrar que as dificuldades da vida – os sinais dos tempos - não devem ser motivo de angústia, desespero ou tristeza, pois são anúncio de que a libertação se aproxima.
VIVENDO A PALAVRA
O texto, recheado de visões terríveis de lutas e desastres da natureza, não visa a nos encher de medo. Jesus quer apenas nos lembrar que as dificuldades da vida – os sinais dos tempos – não devem ser motivo de angústia, desespero ou tristeza, pois são anúncio de que o tempo da grande e definitiva libertação se aproxima.
Reflexão
A libertação verdadeira da pessoa humana é fruto de dois elementos importantes: o primeiro é o seu compromisso pessoal e comunitário com o Reino de Deus e com a comunidade à qual pertence, de modo que a sua vida passa a ser uma constante luta histórica de transformação da realidade tendo como critério os valores do Evangelho; o segundo é a confiança inabalável da presença atuante de Deus na sua vida e na história dos homens como o grande parceiro que está ao lado dos que assumem a luta por um mundo novo. Somente a união entre esses dois elementos pode garantir um processo histórico verdadeiramente libertador.
Reflexão
A destruição de Jerusalém (ano 70) marcará o início de nova fase do povo de Deus. Ela inaugura a época dos pagãos, que significa a chegada do Reino de Deus: “Jerusalém será pisada, até que se completem os tempos dos gentios”. O projeto do Pai não é monopólio de um só povo, mas de todos os povos. Estes formarão o novo povo de Deus. Os sinais cósmicos são símbolos da queda de uma ordem social injusta. O Filho do Homem triunfará sobre os opressores. Seu grande poder de vida se opõe aos “poderes” de morte que vacilam e caem. Diante desta reviravolta da situação, os seguidores de Jesus têm de levantar a cabeça, porque sua libertação “está próxima”. Jesus vem libertar os seus. A nova História já começou, e nós fazemos parte de sua construção.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Recadinho
Mais uma vez Jesus fala do fim do mundo. Tal realidade me assusta? - Quando será para mim o fim do mundo? - Estou preparado para quando Deus me chamar para junto de si? - Por que o fim do mundo para mim deverá ser de grande alegria? - O convite é claro: que estejamos atentos, preparados. Fenômenos ocorrerão no mundo. As palavras de Jesus vêm nos trazer alento e esperança. Haverá angústia, sofrimento, dores, mas tudo isso será prenúncio de libertação. É questão de fé em Cristo: veio até nós, morreu e ressuscitou para nos salvar, para libertar nosso coração das amarras deste mundo.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
LEVANTEM A CABEÇA!
Na Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a humanidade. A ruína de Sodoma e Gomorra simboliza o fim da maldade humana. A queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e se deixou contaminar pela injustiça. A queda de Nínive e da Babilônia foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.
A devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo. Cidade de grande evocação teológica - lugar da habitação de Deus no meio de seu povo - converteu-se em cidade assassinada dos profetas, surda aos apelos dos enviados. Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão. Tendo perdido sua razão de ser, só lhe restava ser votada à destruição.
Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem "vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória". O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.
Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de alegre esperança, que a perspectiva do fim seja, para mim razão de confiar e esperar no Senhor que veio para nos trazer a libertação.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Sem medo de ser Feliz
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Se lermos esse evangelho e o interpretarmos ao “Pé da Letra”, vamos ficar cismados que o nosso velho mundo está no fim, e quando cruzarmos essas informações com os estudos do nosso universo, dando conta que um Satélite ou um Cometa de proporções colossais está em rota de colisão com a terra, nós vamos começar a acreditar nas previsões catastróficas que tem até data marcada.
É próprio do ser humano especular sobre o fim do mundo, antigamente a ciência não tinha avançado tanto e a previsão vinha mesmo dos meios religiosos, e como o Mundo acabou em água no Dilúvio, então agora vai acabar em fogo. Hoje já se fala nisso de um modo mais avançado, e do universo virá a tragédia que acabará com a raça humana. E há as pessoas simples que até começam a pensar todo dia nessa história e nada mais conseguem fazer a não ser esperar pelo “Dia do Senhor” que está aí as portas.
Nas primeiras comunidades Cristãs também se vivia esse clima de espera, e de vez em quando se retomava a linguagem apocalíptica, um estilo próprio para escrever sobre esses acontecimentos causando impacto nos ouvintes, que rapidinho buscavam a Deus e se convertiam. Então, por que esse evangelho chegou até nós com essa linguagem? Que mensagem ele nos traz? Será que Deus quer nos assustar com a sua Santa Palavra? Claro que não!
Jesus está falando aos seus conterrâneos sobre um acontecimento histórico, que foi a invasão e a destruição da cidade de Jerusalém no ano 70, quando os Judeus se espalharam pelo mundo inteiro. E O Judaísmo que se gabava tanto da beleza e suntuosidade do seu templo, acabou em nada. Mas se for só isso, podemos pular esse evangelho pois para nós não há mensagem? Há sim, e das mais belas.
Os Homens definharão de medo... O Ser Humano arrogante e prepotente, que há muito se enveredou pelo caminho do ateísmo, negando Deus e a sua Verdade absoluta, apostando todas as suas fichas no Materialismo, reduzindo seu projeto de Felicidade aos bens de consumo, fazendo dos grandes Shoppings suas grandes catedrais, irá tomar um grande susto ao descobrir de repente que Deus existe e que toda humanidade caminha para Ele. Esse abalo que o Ser Humano irá tomar, quando descobrir que Deus existe e que há uma forma de se relacionar com Ele, chamada Religião, vai deixá-lo estarrecido, pois muitos há que passam a vida e não fizeram ainda essa descoberta.
Por isso o evangelho é bem claro, não quer aterrorizar a ninguém, mas apenas acende uma luzinha amarela piscante, a nos dizer; Olha, Deus existe sim e um dia qualquer, toda a humanidade irá estar diante dele e o seu Reino definitivo será inaugurado.
Os que já professam e vivem a sua Fé, de modo autêntico e sincero não terão o que temer, pois erguerão a cabeça seguros de si, convictos de que não são moralmente perfeitos, mas fizeram a escolha acertada ao viverem essa Vida em comunhão com Deus presente em Jesus e agora, neste último ato da humanidade, percebem felizes que chegou o grande dia de serem acolhidos definitivamente na Comunhão Eterna com o Deus da Vida e da Esperança, com quem sempre caminharam em sua existência.Terão confirmadas perante toda a humanidade a sua esperança e a sua Fé, eles mesmos confirmarão cheios de alegria que, viver uma religião não foi perda de tempo, ópio ou alienação, como certas ideologias apregoavam o tempo todo.
Todo dia é dia de mudança de mentalidade e conversão. Só depende de nós... Acreditar e viver a Palavra, ou então ignora-la e acreditar somente nos “grandiosos” projetos humanos, que sempre prometem o mundo e o fundo, mas que nada garantem no pós-morte.
2. Levantai-vos e erguei a cabeça - Lc 21,20-28
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Em Jerusalém, do alto do monte Scopus, o general Vespasiano controlava a
cidade. Em Roma, o imperador Nero acabara de se suicidar. Vespasiano, tendo
sido aclamado imperador, voltou para Roma e deixou no comando seu filho, o
general Tito, que destruiu as muralhas, atacou a cidade e pôs fogo no Templo.
Levou a grande menorá para Roma com muitos judeus prisioneiros, deixando para
trás inúmeros mortos. Cessaram os sacrifícios e Jerusalém se tornou um monte de
ruínas. Isso foi no ano 70. Em 135 o imperador Adriano fez de Jerusalém uma
cidade romana e lhe deu o nome de Elia Capitolina. A destruição de Jerusalém
tornou-se para os evangelistas a figura do fim dos tempos.
Liturgia comentada
Hão de ver
o Filho do Homem! (Lc 21, 20-28)
Como charneira entre dois Anos Litúrgicos, a Igreja orienta nosso olhar para o “fim dos tempos”. Chama nossa atenção para o grande “Dia do Senhor”. Em outros termos, recorda-nos o JUIZO FINAL.
Sobre a nuvem, com poder e glória, vem o Senhor Jesus. E assim se completa o movimento de glorificação do Cristo, o Ungido de Deus, sinalizado na Transfiguração, iniciado em sua Ressurreição, acrescido na Ascensão ao Pai e, agora, levado a seu ponto culminante, para julgar os vivos e dos mortos.
No momento da Ascensão, Uma “nuvem” ocultou Jesus das vistas dos discípulos. (At 1,9.) Agora, no dia do Juízo, é sobre a mesma nuvem que Cristo vem: “Este Jesus, que vos foi arrebatado para o céu, há de vir do mesmo modo como o vistes partir.” (At 1,11.) Tal como no primeiro Êxodo, a nuvem que oculta é a mesma nuvem que revela...
Que nos ensina o “Catecismo da Igreja Católica” a respeito do Juízo Final? “A ressurreição de todos os mortos, ‘dos justos e dos injustos’ (At 24,15), antecederá o Juízo Final. [...] Então Cristo ‘virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos... E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna.” (Mt 25,31-33.46.) (Catecismo, 1038.)
E mais: “É diante de Cristo – que é a Verdade – que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus. O Juízo Final há de revelar até as últimas consequências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre.” (Idem, 1039.)
Quando será? “O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte.” (Idem, 1040.)
E todos verão o Filho do Homem...
Orai sem cessar: “O Senhor julgará o mundo com justiça.” (Sl 96,13)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
HOMILIA
JESUS FALA DA DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM
Estamos vivendo o tempo que precede o Advento, tempo de espera e arrependimento. Ocasião propicia para que estejamos conscientes das nossas ações e atentos ao que podem significar as coisas que acontecem ao nosso redor. Jesus nos adverte dos fenômenos que acontecerão no mundo e com as pessoas antes da Sua vinda gloriosa. Se prestarmos atenção, muitos sinais já se fazem notar hoje, no mundo. A maioria das pessoas se apavora quando ouve falar desses prognósticos, porém, os que têm a percepção dos ensinamentos evangélicos, compreendem que as palavras de Jesus vêm nos edificar e nos ajudam a manter a esperança na nossa libertação.
O mundo à nossa volta se angustia e sofre. Muitas pessoas passam por dificuldades e se sentem perdidas, no entanto, isto é prenúncio de libertação. Jesus mesmo nos esclarece quando diz: “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Jesus já veio como homem e chegou para nós por meio do seio de Maria, se entregou por nós, foi crucificado, morto e ressuscitado para a nossa Salvação. Não podemos mudar os prognósticos de Jesus, todos esses fatos já estão acontecendo. Porém, o que nós podemos fazer é assumir o nosso posto de guardiões da fé sem temor, na certeza de que o tempo da libertação se aproxima e deixando que a manifestação da vida de Jesus aconteça no nosso coração primeiro.
Expressão retomada por todos os Evangelhos Sinóticos numa retomada da profecia de Daniel 9,27 sobre as 70 Semanas. Cremos que este mundo, conforme a profecia de Jesus está caminhando para o fim? O que Jesus fala sobre o fim dos tempos, o dia do julgamento e a destruição de Jerusalém não era novidade para os judeus. Jesus alerta sim para a iminência da destruição de Jerusalém pela rejeição do Evangelho. Segundo o historiador Josefo mais de um milhão de pessoas morreram quando os romanos destruíram Jerusalém com seu templo no ano 70. A ruína de Jerusalém deveu-se à sua indiferença diante da visita de Deus, na pessoa do Senhor Jesus Cristo (Lc 19,44).
A abominação é o termo específico para condenar os ídolos, como também a profanação e a apostasia que eles trazem consigo. Por isso, Jesus fala também do julgamento do fim do mundo. Só a cegueira espiritual nos pode impedir de reconhecer os claros sinais que anunciam o dia do julgamento para os que recusam a palavra de Deus a respeito da graça e da salvação. S.Cipriano e S. Agostinho afirmam que neste dia final não se salvarão os que carecem de fé, embora permaneçam na comunidade dos fiéis e participem dos sacramentos. Aliás, a palavra desolação, segundo a etimologia da palavra grega, significa tornar um deserto, vazio da vida de Deus.
Jesus tinha dito aos discípulos o que lhes custaria segui-lo. E prometeu que jamais os deixaria sozinhos, mesmo no tempo de tribulação. Os santos e mártires que foram submetidos aos tormentos e à morte fizeram da prisão um templo de oração e acesso para o trono da glória de Deus. Eles reconheceram a presença salvadora de Jesus em suas vidas em todas as circunstâncias. O discípulo que seguia Jesus podia perder sua vida corporal, mas não sua alma.
O maior dom que nos é dado é o de nossa redenção e de adoção como filhos de Deus. Jesus nos redimiu da escravidão do pecado, do medo da morte e da destruição final. Somos gratos porque nossa esperança está no céu e na promessa que Jesus retornará para estabelecer seu reino de paz e de justiça. Sua segunda vinda será marcada por sinais que todos reconhecerão. Seu julgamento é um sinal de esperança para os que confiaram nele.
Qual é a percepção que você tem das palavras de Jesus? Você se atemoriza quando ouve falar desses acontecimentos? As coisas que você vê acontecer no mundo, hoje, já confirmam isto? - Jesus já veio para você?
Senhor, enchei meu coração de gratidão pelo dom da redenção e aumentai minha esperança em vosso retorno na glória. Que aquele dia me traga alegria e paz. Ajudai-me a servir-vos fielmente, e que eu faça o melhor uso de meu tempo agora à luz do tempo que virá!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA DIÁRIA
O Senhor virá estabelecer o Seu Reino glorioso no meio de nós
Um dia, o Senhor virá, definitivamente, reinar sobre o Céu e a Terra para estabelecer o Seu Reino glorioso no meio de nós.
“Então eles verão o Filho do Homem, vindo de numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21,28).
Amados irmãos e irmãs, Nosso Senhor Jesus Cristo, no Evangelho escatológico de hoje, apresenta-nos situações tenebrosas e difíceis de serem encaradas, tribulações pelas quais a humanidade passa desde sua origem. Em um canto ou em outro, nós sempre vimos terremotos, abalos sísmicos, guerras, penumbras… Tantas pessoas sofrendo, sendo massacradas, os cristãos sendo perseguidos em várias partes do mundo.
Quando essas coisas começam a acontecer, nós já imaginamos, imediatamente, que é o fim do mundo. Não, óbvio que não! Mas, à medida que essas coisas se multiplicam, que esses desastres acontecem na natureza, dão sinais para nós de que o Filho do Homem está à porta. Ainda que isso demore anos, ou talvez séculos, para acontecer, a própria criação dá sinais, geme e suplica: “Vem, Senhor Jesus! Manifesta-te em nosso meio, vem salvar a Terra que o Senhor mesmo criou!”
Quando isso acontecer, meus irmãos, veremos sinais no Céu e na Terra. Se estivermos vivos para ver essa realidade, aprendamos uma coisa desde já: isso não é para causar temor, tremor ou tristeza no coração de nenhum de nós. A vinda do Senhor é apenas dureza para quem não O conhece, mas para nós é a libertação definitiva da humanidade, das suas dores, dos seus sofrimentos e das suas tragédias.
O Senhor virá para libertar e salvar aqueles que sãos Seus. Ele virá para dar o “não” definitivo ao mal e para destruir toda a iniquidade que possa existir entre nós. Por isso, é mais do que justo desejarmos que o Senhor venha. Vivamos a nossa vida, trabalhemos honestamente, corramos ao encontro daquilo que Deus nos prometeu. Mas que Ele, no Seu tempo, manifeste a Sua glória e que sejamos movidos pela esperança de que, um dia, o Senhor virá definitivamente reinar sobre o Céu e sobre a Terra, para estabelecer o Seu Reino glorioso no meio de nós. Será o dia do Filho do Homem, vindo de uma grande nuvem com poder e glória.
Maranatha! Vem, Senhor Jesus! O nosso coração anseia por Ti, deseja a Tua presença no meio de nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja sabedoria para enxergar nos acontecimentos da vida os sinais da tua Presença Misericordiosa junto a nós. Que sejamos, Pai amado, fortes e corajosos para anunciar ao mundo o teu Amor infinito e o nosso destino glorioso em teu Reino. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá à tua Igreja sabedoria para enxergar nos acontecimentos da vida os sinais da tua Presença Misericordiosa junto a nós. Que nós sejamos todos, amado Pai, sábios, fortes e corajosos para anunciar ao mundo o teu Amor infinito e o nosso destino glorioso em teu Reino. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.