“Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!” Esta foi a preocupação de Filipe, no Evangelho de hoje, e pode ser a de muitos diante de uma situação sem solução, humanamente falando.
Jesus, no quarto Evangelho, fala, frequentemente, de Sua relação e união com o Pai, pelo fato de ter sido enviado por Ele. Ontem, como hoje, os discípulos, agora representados por Filipe, queriam algo mais: uma visão direta de Deus. Então, respondendo, Jesus revela-se a eles: “Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. Ele é o eterno Filho de Deus. N’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas. No entanto, esse desejo estava em contradição com aquilo que já nos aparece no prólogo de João: “A Deus jamais alguém o viu”.
O Filho Unigênito – que é Deus e está no seio do Pai – foi quem deu a conhecê-Lo (cf. Jo 1,18), mas os discípulos não souberam reconhecer, na presença visível de seu Mestre, as Palavras e as obras do Senhor, porque, para ver o Pai no Filho é preciso acreditar na união recíproca que existe entre ambos.
Só pela fé se reconhece a mútua imanência entre Jesus e o Pai. Por isso, a única coisa que havemos de pedir é a fé, esperando, confiantemente, esse dom. Cristo, ao apelar para a fé, apoia Seus ensinamentos em duas razões: a Sua autoridade pessoal – tantas vezes experimentada pelos discípulos – e o testemunho de Suas obras.
A obra de Jesus, inaugurada pela Sua missão de revelador, é apenas um começo. Os discípulos hão de continuar a missão de salvação d’Ele, farão obras iguais e mesmo superiores às Suas. Jesus quer mesmo dar coragem aos Seus e a todos os que hão de acreditar n’Ele, para que se tornem participantes convictos e decididos na sua própria missão.
O Filho falou muito do Pai. Filipe entusiasmou-se e pediu a Jesus que Lho mostrasse, mas o Senhor lhe respondeu: “Quem me vê, vê o Pai”. Filipe queria ver o Senhor, mas não conseguiu vê-Lo em Jesus. Ao contemplar o Mestre, ficou com a realidade externa, não conseguindo atingir o interior, a sua realidade íntima com o olhar penetrante da fé. O verbo “ver” para João indica duas ordens de realidades: a do sinal visível e o da glória do Verbo.
Eu estou no Pai e Ele está em mim. Jesus é a revelação de um amor generoso que quer se espalhar sem limites, que não tem ciúmes: “Quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas”.
“Pai, que eu saiba reconhecê-Lo na pessoa de Jesus, expressão consumada de Seu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto do Senhor.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura da Palavra com todos os internautas, rezando:
Espírito de amor, dai-nos o dom do
vosso santo temor,
para que, conscientes de
nossas fragilidades,reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, E dai-nos um novo coração. Amém
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto:
Jo 14,6-14,
e observo como Jesus fala do Pai.
Filipe queria vê-lo e Jesus . Veja no texto quantas vezes Jesus fala do Pai. Ele está no Pai e o Pai está nele. Ele fala em nome do Pai. O Pai é que nele realiza as obras. E Jesus, finaliza este texto, garantindo que toda coisa boa que pedirmos em nome dele, ele vai atender.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
É Deus, o Pai que age em mim?
Deixo que ele me conduza?
É importante recordar o que disseram os bispos, em Aparecida:
"A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um "sim" que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro "até o extremo" (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: "Te seguirei por onde quer que vás" (Lc 9,57).
(DAp 136).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Espírito vivificador,
a ti consagro o meu coração:
aumenta em mim o amor a Jesus, Vida da minha vida.
Faze-me sentir filho amado do Pai. Amém.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de filho/a que, como dizia Alberione, "vive em Deus e comunica Deus"
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças porque nos deste a
Vida, revelaste a Verdade e ensinaste o Caminho para vivermos em teu Reino de
Amor. Sim, Pai amado, tudo isto nos deste em Jesus de Nazaré, o Cristo, teu
Filho Unigênito que se fez humano como nós e contigo vive e reina na unidade do
Espírito Santo.