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domingo, 5 de outubro de 2025
NOVENA A NOSSA SENHORA APARECIDA - Quarto Dia - 6 de Outubro
Oração Inicial
Meu Deus, vinde em meu auxílio.
Senhor, apressai-vos em me socorrer.
Oração ao Divino Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo! Enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito, e tudo será criado. E renovareis a face da Terra. Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Oração para todos os dias
Virgem puríssima, concebida sem pecado, e desde aquele primeiro instante toda bela e sem mancha, gloriosa Maria, cheia de graça, Mãe de meu Deus, Rainha dos anjos e dos homens: eu vos saúdo humildemente como Mãe do meu Salvador, que com aquela estima, respeito e submissão, com que vos tratava, me ensinou quais sejam as honras e a veneração que eu devo prestar-vos; dignai-vos, eu vô-lo rogo, de receber as que nesta Novena vos consagro. Vós sois o seguro asilo dos pecadores penitentes, e assim tenho razão para recorrer a vós; sois Mãe de misericórdia, e por este título não podeis deixar de enternecer-vos à vista das minhas misérias; sois depois de Jesus Cristo toda a minha esperança, e por esta razão não podereis deixar de reconhecer a terna confiança que tenho em vós; fazei-me digno de chamar-me vosso filho, para que possa confiadamente dizer-vos: mostrai que sois nossa Mãe!
Quarto Dia
Ó espelho de pureza, Imaculada Virgem Maria, eu me encho de sumo gozo ao ver que desde a vossa Conceição, foram em vós infundidas as mais sublimes virtudes e, ao mesmo tempo, todos os dons do Espírito Santo. Dou graças e louvo a Santíssima Trindade que com estes privilégios vos favoreceu; e suplico-vos, ó benigna Mãe, que me alcanceis a prática das virtudes, e me façais também digno e receber os dons e a graça do Espírito Santo.
Jaculatória
(ao final todos os dias)
Senhora Aparecida, milagrosa Padroeira, sede nossa guia nesta mortal carreira! Ó Virgem Aparecida, sacrário do Redentor, daí à alma desfalecida vosso poder e valor. Ó Virgem Aparecida, fiel e seguro norte, alcançai-nos graças na vida, favorecei-nos na morte!
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
Fonte: clube cancao nova
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 05/10/2025


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COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 05/10/2025
ANO C
27º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C – Verde
“Aumenta a nossa fé!” Lc 17,5
Lc 17,5-10
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Diante do questionamento dos discípulos, Jesus revela a fé como dom necessário para sermos atendidos. O coração que crê no Cristo e em sua Palavra cumpre a vontade do Senhor, fazendo tudo o que o mestre orienta.
Fonte: Diocese de Apucarana - Pulsandinho em 02/10/2022
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, nesta Ceia participamos do Mistério de Cristo e assumimos a sua páscoa como nossa páscoa. Iniciando o mês Missionário, como discípulos e servidores, animados pela vitória do Senhor sobre o pecado e a morte, queremos que esta Eucaristia nos devolva para nossas casas e para o mundo, com uma renovada fé e um grande desejo de anunciar tudo aquilo que aqui vamos experimentar.
Fonte: Arquidiocese de SP - Folheto Povo de Deus em 02/10/2022
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Senhor aqui nos reúne. É ele que nos chama. Mais uma vez, somos convidados a tomar parte na Ceia do Senhor. Buscando nosso aperfeiçoamento, somos chamados a encontrar, no Pão da vida eterna, força e alimento para nossa vida de fé. Na escuta da Palavra de Deus, confiamos a Ele nossas aflições e dificuldades, na certeza de sua presença junto de nós. Estamos iniciando o mês de outubro, mês missionário e dedicado a Nossa Senhora e à recitação do Rosário. O testemunho de fé de Maria, junto à cruz, nos mostra o real valor da fé para aquele que crê. Sua esperança nos mostra o verdadeiro significado da espera e da confiança daquele que nos chama à vida em plenitude.
Fonte: Diocese de Apucarana - Pulsandinho em 06/10/2019
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, nesta Ceia participamos do Mistério de Cristo e assumimos a sua páscoa como nossa páscoa. Iniciando o mês Missionário Extraordinário, como discípulos e servidores, animados pela vitória do Senhor sobre o pecado e a morte, queremos que esta Eucaristia nos devolva para nossas casas e para o mundo, com uma renovada fé e um grande desejo de anunciar tudo aquilo que aqui vamos experimentar.
Fonte: Arquidiocese de SP - Folheto Povo de Deus em 06/10/2019
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O evangelho de hoje nos oferece um ensinamento sobre a fé, provocado por uma súplica dos discípulos. Eles compreenderam bem que só se tivessem fé, se estivessem convencidos de que vale a pena deixar tudo para seguir o Mestre, é que poderão guardar distância das riquezas e se decidir pelo Reino. Jesus aprova essa convicção e declara implicitamente como tal decisão só pode ser fruto da fé. Temos também um ensinamento sobre a humildade, pois o cristão não deve jamais orgulhar-se de ter cumprido o seu dever.
Fonte: NPD Brasil em 06/10/2019
MÊS MISSIONÁRIO EXTRAORDINÁRIO
[...] A promoção do “mês missionário extraordinário”, em outubro de 2019, combina bem com o caminhar do nosso sínodo e vai contribuir, certamente, para alcançarmos de maneira mais eficaz o objetivo do sínodo. Convoco, portanto, todas as paróquias e suas comunidades, com suas organizações eclesiais e pastorais, a realizarem o “mês missionário extraordinário”, como parte das ações do sínodo arquidiocesano em 2019.
Muitas ações podem ser promovidas, como resposta aos desafios, lacunas e urgências na evangelização, já constatadas pela pesquisa de campo, de 2018, sobre a situação religiosa e pastoral. Há muito desejo de receber visitas missionárias; há carência de verdadeira acolhida e escuta das pessoas, de oração com elas e de lhes falar de Deus, da Igreja e de suas ações. Há carência de maior atenção aos doentes nos hospitais e nas casas, aos idosos que vivem sós, às pessoas angustiadas e necessitadas de uma palavra boa nas situações de dor, luto e aflição. São urgentes os gestos concretos de humanidade e de misericórdia em relação às pessoas 17 “descartadas” da sociedade e do sistema econômico. É preciso ir ao encontro dos pobres em todas as suas necessidades, tomando iniciativas concretas para socorrê-los.
Cada paróquia e comunidade, atendendo ao apelo do Papa Francisco, torne-se cada vez mais uma “Igreja em saída”, indo ao encontro daqueles que vivem distantes da prática da fé, convidando-os a participarem da vida da Igreja; é necessário falar do Batismo dos filhos, da catequese em todas as fases da vida, sobretudo das crianças e adolescentes. É urgente falar do casamento cristão, revalorizando o sacramento do Matrimônio. É necessário voltar a falar da assistência religiosa aos doentes e moribundos, do funeral cristão, da esperança cristã... Talvez a paróquia necessite mesmo fazer um “mutirão missionário”, para ir ao encontro do povo e ajudar as pessoas a reencontrarem o caminho que leva ao encontro com Deus e a Igreja...
E não se devem esquecer a missão universal da Igreja e os missionários que partem para longe, para o meio de povos ainda não evangelizados. Durante o mês missionário extraordinário, vamos promover intensa oração pelas missões e pelos missionários, preparar bem o Dia Mundial das Missões (20/10) e incentivar a Coleta para as Missões a ser feita no mesmo dia; pode-se fazer uma vigília missionária, com adoração ao Santíssimo Sacramento; convidar algum missionário, pertencente a um Instituto ou Congregação missionária, para que fale ao povo sobre a urgência missionária da Igreja; nas paróquias, podem ser promovidas exposições missionária com imagens, fotos e dados numéricos sobre a “Igreja missionária”; e também pode ser feito um festival missionário com cantos, poesias, testemunhos missionários, envolvendo crianças, adolescentes e jovens.
Em outubro de 2019 também será celebrada em Roma a assembleia especial, para a Amazônia, do Sínodo dos Bispos. A evangelização da Amazônia, nossa união espiritual e a solidariedade efetiva com a Igreja que está naquela Região são desafios que nos envolvem também e não nos devem desinteressar. Portanto, o acompanhamento do “sínodo da Amazônia” também será parte das ações do “mês missionário extraordinário”.
Como fruto do mês missionário extraordinário, deveria ficar organizado um serviço de “missão permanente” em cada paróquia. A missão, de fato, não se encerra com uma campanha, feita de vez em quando. A Igreja é missionária de maneira permanente e em tudo o que ela faz; ela existe para a missão e essa Igreja somos nós! Por isso, precisamos desenvolver uma nova cultura missionária em cada comunidade, em cada organização eclesial. Não devemos contentar-nos em ser bons cristãos, apenas de maneira privada e individual. Somos membros da Igreja missionária, que recebeu de Cristo a “alegria do Evangelho” para ser testemunhado e compartilhado com todas as pessoas e em todas as circunstâncias. E isso depende de todos os batizados e membros da Igreja!
Lugar importante de exercer a missão e o espírito missionário é a família e o círculo familiar ampliado. Constatamos, com preocupação, que aumentam os católicos que já não batizam mais os filhos e não os apresentam a Deus e à Comunidade da Igreja, nem lhes ensinam as primeiras orações; não os encaminham para a catequese, nem os introduzem na vida da Igreja. E, assim, é quase certo que depois eles não se casarão na Igreja, nem formarão um novo lar cristão.
O resultado quase inevitável disso é o abandono total da fé e a perda da vinculação com a Igreja. Essas situações requerem a capacidade missionária da família para transmitir a fé católica aos filhos. A família, sobretudo os pais, tem um papel insubstituível na evangelização e na transmissão da fé aos filhos. O “outubro missionário” pode ajudar a muitos pais a recuperarem essa dimensão importante da sua missão. Que fazer, portanto, para que o “mês missionário extraordinário” seja vivido como um verdadeiro “mutirão missionário” em cada paróquia e comunidade da nossa Arquidiocese?
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
(CARTA PASTORAL sobre o Sínodo Arquidiocesano de São Paulo, 2018 - 2020, p. 15-18).
Fonte: NPD Brasil em 06/10/2019
Comentário do Evangelho
O que importa, aqui, não é o tamanho da fé, mas em que ela nos faz apoiar nossa vida e nossa vocação.
Talvez, muitos leitores do evangelho de hoje se sintam confusos pelo que aí é dito; outros tantos se deixarão levar pelo imediatamente percebido na leitura, sem aprofundar o sentido do texto. Tentemos ajudar o leitor a conhecer a mensagem que o autor quis transmitir com o seu texto.
“Aumenta a nossa fé!” (v. 5). Esta é a súplica dos apóstolos, os enviados. A fé é fundamentalmente adesão à pessoa de Jesus Cristo e, em razão dessa adesão, ela se transforma em testemunho. Tendo já sido enviados em missão (9,1-6), os apóstolos experimentaram a necessidade de uma comunhão estreita com Jesus. Sem esta relação estreita, o “sucesso” da missão fica comprometido. A fé oferece a possibilidade de fazer tudo em Deus, sem se deixar seduzir pelo prestígio, nem desanimar pelo fracasso. A fé está ligada à missão. Diante da súplica dos Doze, que também é a nossa, Jesus responde: “Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria” (v. 6). A fé, dizemos nós, remove montanhas! É preciso bem compreender, pois o que importa, aqui, não é o tamanho da fé, mesmo porque ela não é mensurável, mas em que ela nos faz apoiar nossa vida e nossa vocação. É a confiança no poder de Deus, na palavra de Cristo, que pode transformar a realidade tanto pessoal como social. É Deus quem age, não importa qual seja a nossa fé ou o nosso grau de confiança nele. Quando a ação do discípulo no desempenho de sua missão é feita em nome do evangelho, não há nada que seja impossível. “Para Deus tudo é possível”, dirá o Anjo Gabriel a Maria (1,37). Para o discípulo apoiado na palavra de Jesus Cristo, não há nada que possa desencorajá-lo.
“Somos simples servos…” (v. 10). Muitas vezes nós traduzimos esta frase deste modo: “Somos servos inúteis!”. Se o fôssemos, porque Deus nos chamaria ao seu serviço? A questão é outra. Em primeiro lugar, o apóstolo é servidor de Deus e dos homens. Antes de se assentar à mesa, no banquete do Reino de Deus, há um trabalho a ser feito, o anúncio do Reino, o testemunho de Jesus Cristo (cf. At 1,8). Em segundo lugar, a expressão “simples servos, pois fizemos o que devíamos ter feito” diz respeito à gratuidade do serviço. A recompensa do apóstolo é Deus mesmo, seu verdadeiro salário é ser admitido como operário na vinha do Senhor. Quem é enviado não tem nenhum direito sobre Deus, nem sobre seus semelhantes. A gratuidade exige não só deixar de buscar recompensa, mas renunciar ao prestígio pessoal e à segurança pessoal. Deus é a sua força e proteção.
Fonte: Paulinas em 06/10/2013
Vivendo a Palavra
Como os Apóstolos, também nós devemos pedir ao Pai que aumente a nossa fé. Paulo lembra a Timóteo que ‘Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sabedoria’. Portanto, sejamos agradecidos e cultivemos com zelo e carinho a semente de fé depositada em nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/10/2013
Vivendo a Palavra
Jesus nos ensina seu jeito gratuito de servir. Devemos cumprir nossa missão de anunciar com a vida a chegada do Reino do Céu, mas sem nenhuma preocupação com o reconhecimento de nosso mérito, sem a cobrança de retribuições por parte do Pai Misericordioso. Agradecidos, simplesmente, porque tudo é dom de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/10/2016
VIVENDO A PALAVRA
Como os Apóstolos, também nós queremos pedir ao Pai que aumente a nossa fé. Paulo lembra a Timóteo que ‘Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sabedoria’. Portanto, sejamos agradecidos e cultivemos com zelo e carinho a semente de Fé depositada em nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/10/2019
Reflexão
A fé como um grão de mostarda
Meus caros irmãos e irmãs,
Todos os textos da liturgia deste domingo nos falam sobre a fé, que é o fundamento de toda a vida cristã. Lançando um olhar para o Evangelho, encontramos um pedido feito pelos apóstolos a Jesus: “Aumenta a nossa fé!’ (Lc 17,5-6). E o Senhor responde: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria” (v. 6).
Sem responder diretamente ao pedido dos apóstolos, Jesus recorre a uma imagem paradoxal para expressar a incrível vitalidade da fé. Com isto, podemos dizer que a fé, mesmo que seja em pequena medida, é capaz de realizar coisas impensáveis, extraordinárias, como erradicar uma árvore frondosa e transplantá-la no mar. É suficiente ter um pouco de fé, mas precisa ser verdadeira, sincera.
A fé do cristão envolve uma escolha concreta: a de seguir o Mestre. Este seguimento do discípulo pode ser rápido, mas também pode ser lento e pode até ser interrompido. Ao longo da caminhada cristã podemos necessitar de reforço. O que os apóstolos pedem a Jesus, neste sentido, é uma maior firmeza na decisão de segui-lo. Jesus, com frequência já havia assinalado para eles uma caminhada difícil. São eles convidados a tomar a cruz todos os dias, a deixar tudo para seguir o Mestre, renunciando a família e os bens (cf. Lc 14,26ss). Muitos sentem-se tentados a rever a própria escolha (cf. Jo 6,60). Diante desses desafios necessitam de uma maior firmeza na fé, por isto pedem: “Senhor, aumenta a nossa fé” (v. 5).
No entanto, os discípulos têm consciência de que essa adesão não é um caminho cômodo e fácil, pois supõe um compromisso radical, a vitória sobre a própria fragilidade, a coragem de abandonar o comodismo e o egoísmo para seguir um caminho de exigência. Pedir a Jesus que lhes aumente a fé significa, portanto, pedir-lhe que lhes acrescente a coragem de fazer uma opção; significa pedir que lhes dê a decisão para aderirem incondicionalmente à proposta de vida que Jesus lhes veio apresentar.
Inicialmente Jesus faz uma referência a um grão de mostarda. Lembremos que, para uma semente se desenvolver, faz-se necessário a ação do homem, elemento fundamental para que o pequeno grão venha se tornar grande árvore. O serviço de lançar a semente na terra exige a disposição para preparar o solo e, ao mesmo tempo, o cuidado constante para que a semente lançada encontre as condições necessárias para germinar, crescer e produzir frutos. Assim também com a fé, que é dom de Deus: faz-se necessário cultivá-la para que ela possa se desenvolver.
Como a semente, que para crescer necessita desse empenho e dedicação do agricultor, exigindo dele serviço generoso e perseverante, alimentado pela esperança dos futuros frutos, também a fé no coração do crente deve crescer em vista da salvação, da implantação do Reino de Deus.
Quando Jesus diz sobre a amoreira: “‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria” (v. 6), dentro do conjunto de ensinamentos do texto, isto insinua não quer insinuar que a fé seja uma força mágica, utilizada para gestos ou mesmo manifestações fantásticas. Esta imagem utilizada por Jesus quer mostrar que, com a fé, tudo é possível. O símbolo da amoreira, árvore que atinge até 6 metros de altura, de raízes profundas, que ninguém consegue desarraigar, serve para dizer que a fé, sendo um dom de Deus, produz em quem crê, uma verdadeira conversão, pois é capaz de desenraizar o ser humano até mesmo das situações mais profundas de pecado e conduzi-lo para uma nova situação de vida, talvez impensável segundo cálculos humanos.
Porém, a fé, acolhida como dom de Deus, exige do crente uma atitude de humildade, por isto, Jesus, na segunda parte do texto, faz uma alusão ao trabalho realizado pelo servo (v. 7-10). Na verdade, cada discípulo de Jesus deve assumir de forma perseverante e fiel a sua condição de servo, que reconhece o serviço prestado aos demais, levando-os ao crescimento.
Estejamos conscientes disso: Somos servos de Deus. O servo está sempre sujeito à vontade de seu patrão. Não basta servir a Deus durante apenas uma época da vida. Não basta cumprir a vontade de Deus em algumas realizações e por algum tempo somente, mas toda a nossa vida deve ser consagrada ao serviço de Deus. A atitude do discípulo fiel deve ser a de quem cumpre o seu papel com humildade, sentindo-se um servo que apenas fez o que lhe competia. O servo não procura a sua glória, mas somente a alegria de ter realizado o seu dever.
Jesus educou os seus discípulos para crescer na fé, acreditar e confiar cada vez mais nele, a fim de que pudessem edificar a própria vida sobre a rocha. Por isso, os próprios apóstolos solicitam: “Aumenta a nossa fé” (Lc 17, 6). Os discípulos não pedem dons materiais, nem privilégios, mas sim a graça da fé, para que ela seja a base de tudo e os oriente e os ilumine ao longo da vida. Como de fato, o Senhor atendeu a esse pedido, pois todos eles acabaram por dar a vida em testemunho supremo da firme adesão a Cristo e aos seus ensinamentos.
Nós também nos sentimos por vezes enfraquecidos na fé, diante das dificuldades, da carência de meios e, como os apóstolos, precisamos de mais fé. Ela pode aumentar, mediante nosso pedido assíduo, com a oração diária e com a prática das boas obras, em nome de Cristo. A nossa fé não pode ficar adormecida, mas deve reanimar a cada momento, sendo fortalecida pela prática da oração. A oração é o respiro da fé: numa relação de confiança, de amor, não pode faltar o diálogo, e a oração é o diálogo da alma com Deus.
Quem reza caminha como um peregrino que busca a luz, entra na vontade de Deus. Em alguns momentos, quando estamos na noite longa do sofrimento e do ódio erigido contra nós, pode acontecer nossa súplica: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste” (Mc 15,34). É uma oração, um grito de fé para Deus. É o grito de Jesus na Cruz, um grito de abandono filial à única vontade do Pai. Enquanto rezava no Gólgota, Jesus disse: “Abba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres” (Mc 14,36). Estar em oração é olhar para Deus e deixar-se olhar por Ele, é procurar Deus e deixá-lo mostrar o seu rosto e revelar a sua vontade. Na oração é Deus que fala e nós escutamos atentamente nos colocando em busca da sua vontade. É nestes momentos de provação que precisamos que ele reanime a nossa fé.
Que possamos sempre lembrar de pedir: “Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé”. Sempre que uma dificuldade bater à nossa porta, ou mediante uma situação de perigo, quando estivermos fracos, diante da dor, das dificuldades, peçamos em oração esse acréscimo de fé: “Senhor, aumentai a minha fé”. O pedido dos Apóstolos a Jesus “aumenta a nossa fé” é uma bela oração também para nós pois, para aquele que tem fé, tudo é possível. E principalmente, quando alguma dificuldade surgir, tenhamos força, fé e humildade para acolher a mão de Jesus, que vem nos levantar sempre.
A fé á um dom gratuito de Deus ao homem e para viver, crescer e perseverar na fé, é necessário que cada cristão procure se alimentar da Palavra de Deus. A nossa fé precisa ser sustentada pela esperança e permanecer enraizada na fé da Igreja (cf. CIgC 162). Somente pela luz da fé e pela meditação da Palavra de Deus é possível sempre e por toda parte proclamar as maravilhas do Senhor.
Saibamos olhar com esperança para o futuro e vivamos com coragem os valores do Evangelho, para fazer resplandecer a luz do bem. Com a força da fé tudo é possível! Que o Cristo venha em nosso auxílio e alimente em cada um de nós o desejo de proclamar, com as palavras e as obras, a sua presença e o seu amor e que possamos viver com coragem os valores do evangelho, para fazer resplandecer a luz do bem. Assim seja.
Anselmo Chagas de Paiva, OSB
Mosteiro de São Bento/RJ
Fonte: cnbb leste1 em 02/10/2016
Reflexão
A SOBERANIA DE DEUS E NOSSA FIDELIDADE
I. INTRODUÇÃO GERAL
O mote da liturgia de hoje é: fé e fidelidade. O termo bíblico – emuná em hebraico, pistis em grego, fides em latim – tem esses dois sentidos. Ora, a base de nossa fidelidade está na firmeza inabalável e soberana de Deus. Se dizemos que nossa fé nos salva, isso não é por causa da nossa qualidade, mas porque nossa fé nos une a Deus, que nos salva. Fé é adesão firme a Deus, que é fiel. É a total entrega ao seu desígnio, que muitas vezes supera nossa compreensão imediata, mas, em última instância, nos confirma na salvação. No Antigo Testamento, por exemplo, na 1ª leitura de hoje, a fé é a adesão em autenticidade e lealdade a Deus; no Novo Testamento, trata-se da adesão a Jesus Cristo, que nos une a Deus.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. II leitura (Hab 1,2-3; 2,2-4)
Habacuc 1,2-2,4 é um diálogo entre Deus e o profeta. Diante da desordem que reina em Judá, nos últimos anos antes do exílio, Habacuc grita a Deus com impaciência, quase com desespero. Deus, porém, anuncia que tratará o mal da infidelidade com um remédio mais tremendo ainda: os babilônios. Quando Habacuc reclama contra essa solução – na leitura deste domingo –, Deus responde: “Eu sei o que faço; não preciso prestar contas; mas os justos se salvarão por sua fidelidade” (2,2-4). O profeta se queixa, porque a impiedade está vencendo, porque o direito e o próprio justo são pisados ao pé. Deus, porém, não precisa prestar contas para o ser humano. Este é que lhe deve obediência, também nas horas difíceis: é a “fé/fidelidade” que faz viver o justo (2,4).
2. Evangelho (Lc 17,5-10)
O evangelho começa com a prece dos apóstolos: “Senhor, aumenta nossa fé”. Às vezes precisa-se de muita fé para acolher a palavra de Jesus, pois o evangelho não é tão evidentemente gratificante. Daí os discípulos dizerem: “Dá-nos mais fé”.
A resposta de Jesus é uma admoestação para que tenham fé que transporta montanhas! Jesus fala aqui no estilo hiperbólico, exagerado, dos orientais, mas não deixa de ser verdade que quem se entrega em confiança a Deus em Jesus Cristo faz coisas que outros não fazem e que o próprio crente não se julga capaz de fazer.
Somos como peões de fazenda, que, depois de terem executado seu longo e cansativo serviço, não podem reclamar, pois apenas cumpriram seu dever (cf. 1Cor 9,16). Assim como, em Habacuc, Deus não presta contas ao profeta, o “dono” na parábola do evangelho não precisa prestar contas a seus servos. Depois da longa jornada dos servos no campo, ele pede que lhe preparem a comida e a sirvam, sem reclamar. Fizeram somente seu dever. Claro que Jesus não está justificando esse modo de agir do dono; apenas usa uma cena cotidiana de seu tempo para expressar que Deus não precisa prestar contas: quando o servimos, fazemos apenas o que devemos fazer.
Nossa mentalidade atual não aceita isso facilmente. Em nossa sociedade, a mínima prestação de serviço exige uma gratificação específica. Ainda que, muitas vezes, a gratificação não valha o serviço, essa mentalidade exclui todo o espírito do “simples serviço”. Até as prefeituras e governos estaduais fazem propaganda com as obras que nada mais são que a execução de seu dever! Ora, no Reino de Deus, o que conta é o espírito de participação. Faz-se o que o Reino exige, sem cobrar nada extra. A recompensa existe no participar, como Paulo diz a respeito de anunciar o evangelho gratuitamente (1Cor 9,16). Ao interpretar a parábola de Jesus, devemos pôr entre parênteses os traços paternalistas da cena que ele evoca. O que ele quer mostrar é que participamos no projeto de Deus, não em função de uma compensação extra, mas porque é a obra de Deus. O próprio Deus é nossa recompensa, e a realização de seu amor supera qualquer recompensa extra que poderíamos imaginar.
3. II leitura (2Tm 1,6-8.13-14)
A 2ª leitura é tomada do início da Segunda Carta a Timóteo. Esta carta impressiona-nos por seu estilo vivo – uma fotografia em alta definição do Apóstolo no fim de seus dias. É seu testamento espiritual. No trecho de hoje, Paulo exorta seu amigo Timóteo a manter a plena fidelidade ao Senhor. Pois também o ministro da fé deve firmar-se na fidelidade, para poder confirmar os seus irmãos na fé.
Em Romanos 1,16, Paulo escreveu que não se envergonhava por causa do Evangelho. A Segunda Carta a Timóteo repete a mesma afirmação, para exortar os pastores que o sucedem, a fim de que se lembrem de estarem servindo ao Cristo aniquilado. Nas cidades do “mundo civilizado” de então, o cristianismo era ridicularizado e perseguido. Por isso, Paulo exorta seu discípulo a não se envergonhar e a guardar a doutrina sadia que dele recebeu (contra as fantasias gnósticas e outras que se introduziram no cristianismo primitivo). Exorta-o a guardar o “bom depósito”, ou seja, o bem nele depositado, a ele confiado (1,14). Esse “bom depósito” é a plena verdade do Evangelho. Repleto dela, o discípulo poderá distribuí-la aos outros, pois o cristão é responsável não só por sua própria fé, mas também pela fé e fidelidade do seu irmão. Ora, nas circunstâncias daquele tempo e de todos os tempos, isso só é possível com a força do Espírito Santo.
Recebemos hoje, portanto, uma mensagem para valorizar a fé, inclusive, como base da oração. Mas nossa fé não é uma espécie de fundo de garantia para que Deus nos atenda. Assim como ele não precisa prestar contas, também não é forçado por nossa fé. Nossa fé é necessária para nós mesmos, para ficarmos firmes na adesão a Deus em Jesus Cristo. Deus mesmo, porém, é soberano, e soberanamente nos dá mais do que ousamos pedir, como diz a oração deste domingo.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
Somos simples servos: quem não gosta de um elogio? Não estão nossas igrejas tradicionais cheias de inscrições elogiando os generosos doadores dos bancos e dos vitrais? Ora, o evangelho de hoje nos propõe uma atitude que parece inaceitável a uma pessoa esclarecida: o empregado não deve reclamar quando, depois de todo o serviço no campo, em vez de ganhar elogio, ele ainda deve servir a janta. Ele é um empregado sem importância especial; tem de fazer seu serviço, sem discutir…
Essa parábola não é para ensinar a forma de tratar os empregados, Jesus nos quer ensinar a estar a serviço do Reino, sem atribuirmos importância a nós mesmos. Ele mesmo dará o exemplo disso, apresentando-se, na Última Ceia, como aquele que serve (Lc 22,27). Isto não rima com a mentalidade calculista e materialista da nossa sociedade, que procura compensação para tudo o que se faz – aliás, compensação superior ao valor daquilo que se fez…
Ora, se levamos a sério a parábola de Jesus, como ensinamos os empregados e os operários a reivindicar sempre mais (porque, se não reivindicam, são explorados)? Certamente, Jesus não quer condenar os movimentos de reivindicação, mas seu foco é outro. Ele quer apontar a dedicação integral no servir. Interesse próprio, lucro, reconhecimento, fama, poder… não são do nível do Reino, mas apenas da sobrevivência na sociedade que está aí. A parábola não quer desvalorizar as reivindicações da justiça social, mas insistir na gratuidade do serviço do Reino.
Diante disso, convém fazer um sério exame de consciência acerca da retidão e da gratuidade de nossas intenções conscientes e de nossas motivações inconscientes. Na Igreja, tradicional ou progressista, quanta ambição de poder, quanto querer aparecer, quantas compensaçõezinhas!
E mesmo com relação às estruturas da sociedade, a parábola de Jesus, hoje, nos ensina a não focalizarmos única e exclusivamente as reivindicações. Estas são importantes, no seu devido tempo e lugar, para garantir a justiça e conseguir as transformações necessárias. Mais fundamental, porém, na perspectiva de Deus, é criar o espírito de serviço e disponibilidade, que nunca poderá ser pago. Quem vive no espírito de comunhão nunca achará que está fazendo demais para os outros.
“Somos simples servos”. Antigamente se traduzia: “Somos servos inúteis”. Tal tradução era psicológica e sociologicamente nefasta, pois fomentava a acomodação; e também contraditória, pois servo inútil não serve… Servindo com simplicidade, não em função de compensações egoístas, mas em função da fidelidade e da objetividade, somos muito úteis para o projeto de Deus.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br.
Fonte: Vida Pastoral em 06/10/2013
Reflexão
A FORÇA DA FÉ
Diante das ações e ensinamentos do Mestre, os apóstolos reconhecem os próprios limites. Pedem, por isso, que Jesus lhes aumente a fé. Querem de presente uma fé maior, que os torne capazes de perdoar mais facilmente e fazer coisas maiores.
A resposta de Jesus vem com uma comparação. A fé é como um grão de mostarda. Um grão que é dom de Deus, mas precisa ser semeado para frutificar. A fé, dom de Deus, tem em si o poder de se transformar e transformar as realidades, mas os frutos da fé dependem de cada um de nós.
Se o destino natural da semente é se transformar e frutificar, qual seria o nosso destino? Vem então a outra comparação feita por Jesus, que fala de um servidor ocupado simplesmente em servir. Trata-se da atitude fundamental diante de Deus: reconhecermo-nos devedores àquele de quem tudo recebemos e de quem somos simples servos. Serviço que se aprende, afinal, do próprio Mestre, o exemplo de servidor.
O que os apóstolos queriam era muito bom: continuar, com uma “fé maior”, os sinais de vida da missão de Jesus, suas ações e ensinamentos. Mas fé não é questão de tamanho. Se tivermos fé, será como um grão de mostarda, que tem o poder de transformar e gerar vida. Se não frutificar, pode ser outra coisa, mas não fé.
E os frutos da fé só podem vir pelo serviço desinteressado a Deus. Mas como a Deus só podemos servir servindo o próximo, então talvez nosso melhor pedido a Deus seja: que perseveremos em nossa missão de servir o projeto de Deus mudando o mundo para melhor, pois nisso está o poder de nossa fé.
Diante de Deus somos simples servidores: devemos tudo a ele e nada podemos exigir. Que possamos seguir nosso destino natural, com a fé que permite ir além, como uma semente que morre para trazer vida.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Fonte: Paulus em 06/10/2013
Reflexão
Provavelmente a comunidade de Lucas está passando por dificuldades no seguimento ao Mestre. A viagem a Jerusalém reflete um pouco essa caminhada das comunidades: os altos e baixos de cada uma. A falta de fé esmorece a comunidade no assumir o compromisso do Reino. Os apóstolos reconhecem sua falta de fé, por isso o pedido: aumenta nossa fé. Jesus mostra-lhes a importância da fé, mesmo pequena. Não se trata tanto de quantidade, mas de qualidade. A fé do cristão não está tanto em aderir a um conjunto de verdades, mas em assumir uma escolha concreta: a de seguir o Mestre. Segundo o texto, o poder da fé é muito grande: consegue coisas humanamente impossíveis. A pequena parábola da segunda parte do evangelho pode chocar os corações mais puros. Ela dá a impressão de justificar a escravidão. Jesus não aprova escravidão nenhuma, mas aproveita de uma realidade presente no seu tempo: muitos escravos. O sistema escravocrata não faz parte do projeto do Reino que Jesus veio anunciar. A parábola mostra simplesmente que os servidores do evangelho não devem esperar aplausos e elogios. Ela quer desfazer o conceito de um “deus capitalista” que recompensa o bem que fazemos. Sim, com certeza, Deus nunca esquecerá o bem que fizermos, mas ele deve ser feito desinteressadamente. A exemplo dos discípulos, peçamos ao Senhor que aumente nossa fé.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/10/2019
Reflexão
Provavelmente a comunidade de Lucas está passando por dificuldades no seguimento ao Mestre. A viagem a Jerusalém reflete um pouco essa caminhada das comunidades: os altos e baixos do dia a dia. Essas dificuldades provocam nos discípulos a necessidade de fortalecer a fé: “Aumenta em nós a fé”, pedem ao Mestre. É a fé que nos dá a capacidade de aceitar o mistério de Deus que se revela na pessoa de Jesus. A falta de fé esmorece a comunidade no compromisso com o Reino de Deus. Os apóstolos reconhecem a falta de fé, por isso o pedido. Jesus mostra-lhes a importância da fé, por pequena que seja. Não se trata tanto de quantidade, mas de qualidade. A fé do cristão não está tanto em aderir a um conjunto de verdades, mas em assumir uma escolha concreta: a do seguimento ao Mestre. Segundo o texto, o poder da fé é muito grande: consegue coisas humanamente impossíveis. A pequena parábola dá a impressão de justificar a escravidão. Jesus, porém, não aprova escravidão nenhuma. O sistema escravocrata não faz parte do projeto do Reino que Jesus veio anunciar. A parábola mostra que os servidores do Evangelho não devem esperar aplausos e elogios. Ela pretende desfazer o conceito de um “deus capitalista”, que recompensa e castiga. Peçamos ao Senhor: aumenta a nossa fé.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 02/10/2022
Meditação
Diante das dificuldades da vida, o que lhe dá forças? - Você reza pedindo que Deus fortaleça sua fé? - Que lugar ocupam em sua vida a humildade e a arrogância? - Você serve com alegria? - Sabe ser disponível socorrendo os pobres e os simples?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/10/2013
Meditando o evangelho
A FORÇA DA FÉ
Quando os discípulos pediram a Jesus para aumentar-lhes a fé, queriam que ela se tornasse mais autêntica e existencial. Quando isto acontecesse, eles estariam aptos para testemunhá-la com a vida, de acordo com o que acreditavam. Não é questão de aumento quantitativo da fé. Mesmo que seja mínima, mas autêntica, ela tem o formidável poder de fazer coisas impossíveis.
Esta é a mensagem da parábola da árvore transplantada para o mar. Uma fé minúscula seria suficiente para ordenar a uma árvore arrancar-se e plantar-se no mar. Essa ordem será imediatamente executada, quando resultar da confiança inabalável em Deus.
A profundidade da fé manifesta-se na maior ou menor capacidade de realizar as obras dela decorrentes. E as obras decorrentes da fé são as do amor. Quanto mais temos fé, mais somos misericordiosos com o próximo, cultivamos uma disposição contínua para perdoar, buscamos, em tudo, ser fraternos e solidários com os outros, empenhamo-nos pela causa da justiça.
As obras da fé são, em última análise, o dever fundamental da comunidade cristã. Realizá-las é obrigação. Quem as pratica, sabe que faz o que Deus quer. Portanto, tem consciência de ser um simples servo inútil, cuja única grandeza consiste em fazer o que é seu dever.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de fé operosa, robustece minha fé pequena, capacitando-me para realizar as obras do amor e da misericórdia.
Fonte: Dom Total em 02/10/2016 e 06/10/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O que é a Fé?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Eis um evangelho onde, se o leitor não prestar muita atenção, irá pensar que são dois assuntos diferentes que Jesus está tratando. Os apóstolos lhe fazem um pedido que nós todos sempre fazemos: Para que Deus aumente a nossa Fé! Jesus acolhe o pedido, mas vai lhes dizer que “Se a Fé que eles tinham fosse tão pequenina como o de um grão de mostarda, conseguiriam até arrancar uma amoreira e fazê-la sozinha plantar-se ao mar”, ou seja, com um pouco se faz muito além do que se pode.
Arrancar qualquer árvore adulta, usando as próprias mãos, já requer um grande esforço, uma amoreira mais ainda, pois sua raiz é grande e muito entrelaçada, exatamente como suas ramagens se apresentam. Arrancá-la dando uma simples ordem verbal, sem por as mãos, e ainda fazê-la plantar-se ao mar, ora, a amoreira teria que afundar, atingir o solo do fundo do mar e penetrar na terra. Mesmo estando em um contexto longe da narrativa do evangelho, do Jesus Histórico e seus seguidores, a gente conclui que essa seria uma ação impossível humanamente falando.
Se a reflexão parasse por aqui a conclusão seria essa: Os apóstolos não tinham nenhuma Fé, pois se tivessem, poderiam fazer grandes proezas, como aquela que Jesus lhes propôs como exemplo. Se a Fé fosse isso, seria tão bom para todos nós. Faríamos grandes proezas e não passaríamos mais nenhuma necessidade. Essa é a Fé Mágica que muitos querem ter pois sempre diante de algo difícil de se conseguir, não falta quem diga “Você precisa ter mais Fé”.
Mas a reflexão tem sequência quando Jesus lhes fala da relação entre servo e seu Senhor. Mudou o assunto? Não. Jesus agora irá aprofundar o ensinamento. Os apóstolos, embora seguidores de Jesus, ainda não tinham conseguido mudar a mentalidade sobre o Messias e no fundo pensavam como a Comunidade Judaica, principalmente os Fariseus e Doutores da Lei, para os quais, Deus estava á sua inteira disposição, desde que cumprissem toda Lei de Moisés, atendendo rigorosamente a todas as prescrições e determinações. Com uma conduta e procedimento de um Justo, Deus era obrigado a atendê-los concedendo todas as bênçãos e promessas feitas a Abraão e sua descendência, pois tornavam-se merecedores.
Entre nós, quando alguém recebe algum benefício, ou acontece algo de bom que vai lhe trazer vantagens, principalmente financeiras e materiais, os mais próximos o saúdam e o cumprimentam, dizendo “Olha, você merece!”. Essa mentalidade Farisaica perpassa o tempo e o espaço, e ainda contamina nosso coração diante de Deus, pois, quando peco mereço o castigo, quando me confesso e procuro viver bem, na Graça de Deus, então sou merecedor das bênçãos e do Céu, que um dia Deus me dará, porque sou realmente muito bom, como Cristão.
Fé consistente, não é aquela que faz coisas prodigiosas, sem explicação, mas sim aquela que consegue transformar a nossa mentalidade religiosa, e consequentemente a nossa relação com Deus! Algo tão difícil como arrancar uma amoreira com raiz e tudo e fazê-la plantar ao mar... Os Dons maravilhosos que o Senhor nos concede, são todos imerecidos.
Um coração contaminado pelo orgulho, vaidade e prepotência, nem sempre aceita o que é de graça, porque isso seria reconhecer a superioridade de quem nos concede, por isso os pobres e pequenos sempre foram os preferidos de Deus.
De igual forma os que se julgam pecadores e estão afastados da comunidade, em geral estão sempre abertos para essa experiência impar com a gratuidade do grandioso Amor Divino, que na sua Graça nos transforma por inteiro, arrancando de nosso coração as raízes entrelaçadas de pensamentos egoístas, que nos impedem de nos abrir á Deus.
José da Cruz é Diácono
da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Simples servos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Segundo o Evangelho de Lucas, estamos no fim da quarta etapa da subida de Jesus com seus discípulos para Jerusalém. Os apóstolos pedem ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”. Um pedido humilde de quem não é autossuficiente. A resposta se abre em várias direções. “Vocês não têm fé. Se tivessem um mínimo, do tamanho de um grão de mostarda, fariam maravilhas.” O homem de fé é como o senhor que dá ordens a seu servo e ele obedece. Quem tem fé dá ordem a uma amoreira e ela vai se plantar no mar.
Coisas impossíveis podem acontecer. O homem de fé é também aquele que obedece e faz mais do que é sua obrigação. “Sou um servo inútil”, diz ele. “Fiz o que devia fazer.” Por que inútil? Porque poderia ter feito mais. Ficou no limite, sem avançar, sem arriscar.
Jesus disse a um jovem rico, que observava todos os mandamentos, que se quisesse ser perfeito deveria dar um passo adiante.
Vender tudo o que tinha, dar aos pobres e seguir Jesus. Ele não o fez. O profeta Habacuc tem consciência de que, para sobreviver num mundo conturbado como o nosso, é preciso ser gente de fé. “O justo viverá por sua fé.” O que vê Habacuc na sociedade em que vive? Violência, crueldade, perversidade, opressão, demandas, processos. Que o profeta não se desespere! Tudo tem um tempo determinado. Continua, porém, a ressoar o grito profético: “Até quando, Senhor?”. Com fé é possível ver o que agora é invisível, ver que “vai se acabar quem não é reto”. Quem tem fé, tem uma visão mais completa da realidade da vida, porque a vida não é só o que se vê com os olhos do corpo, nem mesmo com os olhos da inteligência. A fé vê e interpreta os sinais dos tempos, os mistérios da vida, a presença de Deus.
Escrevendo a Timóteo sua última carta, Paulo o exorta a tomar como norma o que ele ouviu em matéria de fé e de amor em Cristo Jesus. Que ele enfrente as dificuldades com fé e amor. Deus não nos deu um espírito de covardia ou timidez. Ele nos deu um espírito de fortaleza, de amor e de equilíbrio. Timóteo andava sem motivação. Tarefas temos todos e problemas também. O que nem sempre temos é motivação para seguir adiante. Timóteo não deve se envergonhar de ser seguidor de Jesus, nem se envergonhar de Paulo que está preso.
Que ele saiba sofrer pelo Evangelho, sustentado pelo poder de Deus. E guarde tudo o que recebeu, ajudado pelo Espírito Santo. Habacuc, Timóteo, os apóstolos, estamos todos sempre precisando do estímulo da fé para não desanimar e superar o que as circunstâncias nos trazem de desagradável. “Aumenta a nossa fé”, um pedido a ser repetido muitas vezes. Aumenta a nossa visão da realidade e a percepção de que há em nós uma força capaz de transformar essa mesma realidade. Aumenta a alegria e a coragem no trabalho pela causa de Cristo e de seu Evangelho.
O discípulo fiel vê o Mestre e vibra por ele e pela causa que ele defende. Ao desenvolver qualquer atividade em favor da causa do Mestre, sabe que não está fazendo mais do que sua obrigação, e faz com gosto, com o espírito reavivado. É fiel aquele discípulo que nunca abandona o seu mestre, e é fiel o discípulo que crê no seu mestre. É neste sentido que o discípulo é fiel. Ele tem fé e crê em seu mestre. A fidelidade ao mestre será uma consequência da sua fé. No próximo domingo entraremos na quinta etapa da subida para Jerusalém.
Fonte: NPD Brasil em 06/10/2019
Liturgia comentada
Somos servos inúteis... (Lc 17,5-10)
Em nossa vida, tudo é graça. Tudo é dom. Mesmo o bem que fazemos, só o fazemos porque o amor de Deus agiu em nós. Um santo dizia: “Se eu pequei, Deus me perdoou; se eu não pequei, Deus me sustentou.” De fato, se o Senhor nos entregar a nós mesmos, às nossas más inclinações, afastando-se de nós, boa coisa não sairá...
Hoje, mesmo na Igreja, cresce outra vez a heresia pelagiana. Segundo esta concepção do homem, nós seríamos capazes de fazer o bem e chegar à salvação apenas contando com nosso esforço e boa vontade. Leia-se: sem a graça de Deus. Tal mistura de voluntarismo e esforço heroico (derivada de uma ilusão otimista acerca de nossa natureza!) acaba por dispensar a Deus e por nos colocar em seu pedestal.
Entretanto, este acesso de loucura existencial é diretamente contradito pelo ensinamento de Jesus: “Sem mim, nada podeis fazer.” (Jo 15,5.) Em tudo, dependemos do Senhor. Sem o Espírito Santo, nos desviamos da verdade. Contando apenas conosco, decaímos em terríveis degradações morais.
Ora, no Evangelho de hoje, somos interpelados por esta frase dura de engolir: “Somos servos inúteis...” Alguns pretendem atenuar a tradução: “Somos uns servos quaisquer... Somos uns pobres servidores...” Mas é bater de frente contra a tradução direta (e literal) da expressão original de São Lucas!
Creio que Jesus sabia o que dizia aos nos qualificar assim. Por um lado, ao chamar apóstolos e discípulos, é claro que Jesus contava com nossa cooperação na construção do Reino. Quis precisar de nossa... inutilidade. Por outro lado, o Mestre devia saber do risco que corremos quando cumprimos nossa obrigação e nos julgamos credores de Deus, com direito a regalias e retribuições especiais. Ele sabe como a vaidade modula nossa voz e orienta nossos gestos. Assim, dá-nos o rótulo de “inúteis” como antídoto contra a soberba. Que bom!
Após uma de minhas primeiras pregações, fui cumprimentado por uma freira bem velhinha (já em fase terminal, devido a um câncer, sem que eu o soubesse). Minha resposta foi pedir-lhe que rezasse por mim, para que eu não ficasse vaidoso. A baixinha cresceu à minha frente, cheia de santa fúria, e botou o indicador em meu nariz: “Vaidoso?! Deus sabe que você, sozinho, não vale nada!” Deus lhe pague, Irmã Margarida!
Orai sem cessar: “Ó Deus, conheces a minha tolice!” (Sl 69,6)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 06/10/2013
HOMILIA
Somos meros servos de Deus
A Palavra de Deus que hoje nos é dirigida fala de dois temas: a fé e a atitude correta que o homem deve assumir perante Deus. As leituras são um convite a reconhecermos nossa pequenez e a acolher com gratidão os dons que Deus nos concede.
Na primeira parte do Evangelho, vemos um pedido por parte dos apóstolos ao Senhor: “aumenta a nossa fé!”. Não sabemos precisamente o que tenha feito os apóstolos pedirem ao Senhor para que aumentasse a fé deles; podemos imaginar que seja algo ligado ao perdão ilimitado (texto imediatamente anterior): por ser uma tarefa muito difícil, principalmente quando se tem que perdoar o próximo que nos magoa constantemente; às vezes, a paciência e o amor querem fraquejar. Por isso, é necessário muita fé.
Os apóstolos e nós, hoje, nos damos conta como é fraca a nossa fé em Deus. Mas, como eles, não abandonamos a luta nem diminuímos os nossos trabalhos, mas pedimos ao Senhor uma fé mais firme. E é o que devemos fazer mesmo! Só Deus pode vir em nosso auxílio.
Jesus não responde diretamente ao pedido dos apóstolos. Mas, com a sua resposta, ressalta a importância da fé. Somente se tivermos uma autêntica confiança em Deus, acontecerá aquilo que para a razão humana é impossível. Esta impossibilidade é exemplificada através da imagem do “transportar montanhas” (aqui uma amoreira). Não há limites para o poder de Deus. Mesmo que Deus nos peça coisas aparentemente impossíveis, ele pode nos tornar capazes de realizá-las. E mesmo que esta fé seja microscópica como uma pequena semente de mostarda, se for verdadeira fé, Deus fará com que ela desenvolva. (contraste entre a pequenez da semente de mostarda de 2mm de diâmetro e a altura dessa árvore de até 5 metros de altura).
Na I leitura, vemos o profeta Habacuc que discute com Deus: como fazer para acreditar em Deus se as coisas estão indo mal? E Deus responde: “o justo viverá por sua fé”. Talvez estejamos na mesma situação de Habacuc? Quanta violência, injustiças, tragédias, e quanta falta de fé. É preciso termos fé, é necessário confiar.
Em tudo aquilo que Jesus faz, ele encoraja os apóstolos a crerem. Ele diz a Pedro: “eu orei por ti para que tua fé não desfaleça” (Lc 22,32). Desta forma, o Senhor cumpre o pedido feito por seus apóstolos de aumentar a fé deles. Também nós devemos contar com a oração de Jesus e pedir esta forma de relação fundamental com Deus: a confiança nele.
Com a parábola do servo, Jesus indica-nos um outro aspecto essencial da nossa relação com Deus. Esta parábola não pretende mostrar o comportamento de Deus com relação ao homem, mas quer indicar qual a justa atitude em que nos encontramos perante ele. Jesus não quer passar a ideia de um Deus como um patrão que manda, é servido sem agradecer, e alimenta os seus servos só com o resto! Não! O que importa aqui é: qual a justa visão que os apóstolos devem ter de sua relação com Deus: os servos devem fazer tudo aquilo que o seu patrão ordena. Observando estas ordens, fazem somente o seu dever e não merecem nada por isso. Devem aceitar esta realidade.
Reconhecer a nossa relação de dependência a Deus significa entender que não somos independentes. Ninguém veio à existência sozinho. Também não somos autónomos, não podemos viver a nossa vida a nosso bel prazer sem prestarmos contas a Deus. Temos deveres para com Deus. Mas também devemos estar conscientes de que ele nunca nos pede nada de arbitrário ou absurdo. O dever é aquele de nos comportarmos como administradores fiéis: da nossa vida, das nossas capacidades, dos nossos dons.
Nunca devemos pensar que cumprindo a vontade do Senhor temos direitos e privilégios perante Deus. Devemos ser conscientes que o que fazemos não é outra coisa que o nosso dever. Às vezes, podemos pensar que o fato de rezarmos, de fazermos caridade, de cumprir a vontade de Deus represente um favor a ele e que por isso, ele deve ser grato conosco. Há muita gente que pensa assim. Pois, saibamos que Deus se alegra pelo nosso esforço. Mas, ele não precisa disso. De jeito nenhum. Nós é que precisamos dele sempre. De nossa relação com Deus devemos excluir qualquer pretensão.
Assim, com humildade e modéstia, a nossa condição perante Deus é fazer tudo aquilo que é nosso dever, e por isso, o Evangelho chama-nos de simples servos, não de “servos inúteis”. A palavra grega utilizada aqui traduzida por inútil indica a falta de mérito, a humildade, a pequenez, e não a inutilidade: a ideia de não servir para nada. Não somos servos inúteis, pois trabalhamos no arado de Deus, mas nem por isso deixamos de ser somente simples servos que devem cumprir a sua missão com amor.
Fonte: Perfil do google+ ulrish pais (sacerdote de Portugal) em 06/10/2013
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/10/2013
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 02/10/2016
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/10/2019
HOMILIA DIÁRIA
A fé é aquela virtude que nos mantêm de pé
A fé é aquela virtude que nos mantêm de pé, e não nos permite desanimar mesmo que os desafios sejam os maiores do mundo.
Naquele tempo, os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria.” (cf Lc 17,5-6)
Nosso Mestre Jesus está hoje nos ensinando o que a fé pode fazer em nossa vida. Você muitas vezes já escutou – ou até falou – que a fé move montanhas. E a fé, de fato, move montanhas. Quantas montanhas estão em nosso coração, impedindo-nos de caminhar, de irmos para frente, de olharmos o outro lado do horizonte? Como, meu Deus, vou vencer esse monte ou essa montanha de problemas, de preocupações, de coisas que tem impedido a minha vida de ser melhor?
Nós só podemos clamar, como hoje clamaram os apóstolos: “Senhor, aumenta a nossa fé!”; e o Senhor que conhece a nossa pobreza, a nossa fraqueza, vem em nosso socorro e faz crescer em nós a fé como este dom sublime.
Vamos meditar uma questão: uma vez que estamos no Ano da Fé, nós temos a fé como dom teologal, aquilo que é infuso por Deus em nós. A fé como virtude teologal, nos permite chegar até Deus, acreditar e depender d’Ele. A própria Palavra diz que “sem fé ninguém pode agradar a Deus”; ninguém pode fazer a vontade d’Ele, sem fé não podemos contemplar a grandeza de Deus no meio de nós.
A partir daí, vamos entender que “fé” e “acreditar” não são a mesma coisa, ainda que para ter fé é preciso acreditar. Mas nem todos que acreditam tem fé! Nós acreditamos naquilo que as pessoas nos dizem, acreditamos nas placas e bulas de remédios, acreditamos no motorista que vai nos levar para ali e aqui.
Mas a fé a qual nos referimos se trata de uma relação pessoal entre nós e Deus. Fé é um modo próprio de se relacionar com Ele; a fé que nos dá a convicção de que quando oramos, estamos conversando com o Senhor. A fé que nos faz sentir a presença de Deus onde não tem nenhum vestígio d’Ele ali.
A fé é aquela virtude que nos mantêm de pé, e não nos permite desanimar mesmo que os desafios sejam os maiores do mundo. Fé é aquilo que nos faz acreditar no impossível. Quando muitos dizem: “Não têm mais jeito, eu não vou conseguir!” é a fé que nos leva adiante.
Que nós guardemos esse dom grandioso de Deus que é a nossa fé. Que lutemos e alimentemos a nossa fé, porque é ela que vai nos manter de pé, hoje e na eternidade na presença do Senhor.
Senhor eu creio, mas aumenta a minha fé!
Que Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 06/10/2013
HOMILIA DIÁRIA
Deus precisa estar sempre à nossa frente
Quando as montanhas dos problemas, das preocupações estão à nossa frente, nem conseguimos enxergar que Deus é maior
“Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’.” (Lucas 17, 5)
Aqui está um pedido de súplica, um desejo ardente do nosso coração: precisamos crescer na fé, precisamos de uma fé robusta, verdadeira e convicta. Precisamos crescer na fé!
Aumentar a fé não é simplesmente ter uma fé volumosa. É, na verdade, ter uma fé intensa e verdadeira, onde olhamos para Deus e, apesar de todas as situações contrárias, não perdemos a nossa confiança.
O Senhor não está pedindo ou esperando que tenhamos uma fé grande. Se tivermos uma fé pequena, será fé, mesmo do tamanho de um grão de mostarda. Se nós dissermos a essa montanha: “Sai, montanha!”, ela sairá. Quantas montanhas estão à nossa frente? São montanhas de problemas, dificuldades e desafios, montanhas de coisas que vão se aglutinando, juntando-se em nossa vida, que parece que vamos desabar.
Quando as montanhas estão à nossa frente, não conseguimos enxergar o que está além dela. Quando as montanhas dos problemas e preocupações, estão à nossa frente, nem conseguimos enxergar que Deus é maior, que a graça d’Ele é maior, que o Seu amor é maior.
Há outras coisas que estão transpassando a nossa visão, estão transpassando à nossa frente, e não podemos ver aquilo que está mais adiante.
A fé precisa fazer as coisas acontecerem. A primeira coisa que a fé tem de fazer é derrubar montanhas; não que os problemas desapareçam, mas eles saem da nossa frente e vão para o lugar que tem de estar. O problema tem de estar de lado, debaixo, mas não pode estar à nossa frente. Quem tem de estar à nossa frente é o Senhor, Nosso Deus! O nosso olhar, a nossa visão, a nossa mente tem de estar voltados para o Senhor.
Vamos ter mais força interior, mais equilíbrio na mente, nos nossos pensamentos e sentimentos; seremos mais inteiros e verdadeiros naquilo que fazemos quando permitirmos que a fé conduza e guie nossos passos.
Por outro lado, estamos também aprendendo no Evangelho de hoje, que não podemos nos vangloriar de nada do que fazemos. Tudo que fazemos é para a maior glória de Deus e para que cresça nossa união, nossa intimidade e nossa relação com o Senhor.
Às vezes, servimos a Deus, rezamos e achamos que nós fizemos coisas demais: “Eu já rezei muito! Servi as coisas de Deus!”. Porém, não fizemos mais do que nossa obrigação. Deus continua sendo Deus com eu me voltando para Ele ou não. Mas continuo sendo uma pobre criatura se não me rendo ao amor d’Ele, se não me entrego ao seu amor e bondade.
No Reino de Deus, não há lugar para vaidades, para vanglória, não há lugar para pessoas que estão voltadas para aqueles que querem cultuar a si mesmos por aquilo que fazem.
O Reino de Deus é lugar dos humildes, daqueles que batalham com a fé, por menor que seja, para viver de fé e fazer com ela seja o motor que conduz a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/10/2016
HOMILIA DIÁRIA
O Senhor aumenta a nossa fé
“Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’. O Senhor respondeu: ‘Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: Arranca-te daqui e planta-te no mar, e ela vos obedeceria’.” (Lucas 17,5-6)
O clamor dos apóstolos é o clamor do nosso coração: ‘Aumenta a nossa fé’, porque precisamos de fé, e não é uma fé qualquer, é uma fé verdadeira e autêntica, de confiança e entrega, é uma fé na qual depositamos em Deus o nosso coração e toda a nossa vida.
Nos tempos em que vivemos, onde a nossa fé é, muitas vezes, atacada e esvaziada, temos verdadeiras crises, um vazio na fé. Cremos em Deus, mas a nossa confiança n’Ele fica vazia, são decepções, situações mal resolvidas, sobretudo, porque vivemos num tempo de ansiedade, em que queremos respostas prontas, imediatas e rápidas para todas as coisas.
No tempo em que se aceleram as buscas e as respostas, não se encontra serenidade para a reflexão, para a meditação e para, de fato, viver a sobriedade do Espírito. E sem a sobriedade do Espírito não mergulhamos, não nos aprofundamos na nossa fé, não a vivemos de forma intensa em Deus.
A fé necessita de oração, de silêncio e busca. A fé é um dom que nos é dado por Deus. Por isso, o apóstolo estava pedindo: “Aumenta a nossa fé”.
Senhor, aumenta a nossa fé, porque precisamos dela, e não é uma fé qualquer, mas verdadeira e autêntica
Nós até desejamos e ansiamos ter fé, mas vivemos em meio a um turbilhão de ataques, de preocupações, tensões, situações e complicações, que mal alimentamos a nossa fé. A fé mal alimentada enfraquece, adoece, muitas vezes, esvazia e morre.
Se tivéssemos fé pequena como um grão de mostarda, poderíamos dizer, em nome da fé, a tantas montanhas que estão a nossa frente – uma hora é a montanha do desânimo, das preocupações e dos problemas –: “Saia da frente, permita-me enxergar a presença de Jesus na minha vida”. E essas montanhas todas sairiam da nossa frente. Os turbilhões dos problemas, das aflições, as dificuldades, os temores, os receios de todas as coisas sairiam da nossa frente.
Se, no entanto, não priorizarmos a fé, preciso dizer que seremos tomados e rendidos por todo esse clima de ansiedade e inquietação dos tempos em que vivemos.
Senhor, aumenta a nossa fé. Permita, Senhor, que possamos em Vós, no silêncio, na busca sincera e verdadeira, nos jogarmos nos seus braços para vivermos na fé e reconduzidos por ela.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/10/2019
HOMILIA DIÁRIA
Cultive a fé em seu coração
“Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria.” (Lucas 17,5-6)
Meu irmão, minha irmã, neste domingo, neste dia do Senhor, neste mês, nós já entramos no mês missionário rezando pelas vocações missionárias; e queremos pedir esta graça a Deus: que o Senhor também aumente a nossa fé.
Os discípulos, diante dos escândalos que Nosso Senhor havia mencionado em alguns versículos anteriores, eles, então, pediram ao Senhor: “Mas, Senhor, se é tão difícil viver a Palavra, se é tão difícil assim tudo o que o Senhor nos propõe, aumente a nossa fé”.
Que esse também seja o meu e o seu pedido, diante da caminhada que nós estamos trilhando. Somente com a fé conseguiremos corresponder à vontade de Deus. Não é com a técnica, não simplesmente com os estudos didáticos, mas pela graça de Deus e pela fé.
O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos no parágrafo 26: “A fé é uma resposta do homem a Deus”; a fé, também ensina o Catecismo, “é uma adesão pessoal a Deus” (no número 150). Somente com a fé conseguiremos progredir, caminhar, e como diz Jesus: até remover montanhas.
Somente com a fé conseguiremos corresponder à vontade de Deus
Recebemos a fé através do batismo, recebemos a fé pela Igreja, recebemos a fé, que é dom de Deus, mas ela precisa ser cultivada. Como é que nós cultivamos a fé? Vida de oração. Conversa, partilha com Deus. Como é que nós cultivamos a fé? Praticando aquilo que Jesus nos ensinou.
O que Jesus nos ensina? O Senhor nos ensina a amá-Lo, então, devo praticar o amor a Ele. O Senhor nos ensina que nós devemos amar o nosso próximo, então, devemos praticar o amor ao nosso próximo. Devemos praticar a justiça, então, precisamos exercitar a vivência da justiça, de dar àquele irmão, àquela irmã aquilo que lhe deve.
O Senhor nos convida, chama-nos a viver a misericórdia, então, é dar até mais do que aquilo que aquela pessoa merece. É assim que nós devemos praticar a nossa fé. Ensina-nos ainda a Sagrada Escritura, em Hebreus 11, versículo 6: “A fé, somente pela fé, se agrada a Deus”.
Meus irmãos, peçamos, neste domingo festivo, neste mês missionário, uma porção dobrada da fé, para que possamos agradar a Deus, para que possamos ajudar ainda mais os nossos irmãos. Porque, com a minha fé e a sua fé, mais pessoas também podem ser atraídas à vivência da fé e aderir à fé a Nosso Senhor Jesus Cristo, e que elas sejam salvas.
Pratiquemos a fé, peçamos como os discípulos, tenhamos a humildade também: “Senhor, dá-me mais fé para encarar as dificuldades, mas também para avançar no amor ao Senhor e no amor aos irmãos”. Senhor, aumenta a nossa fé!
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/10/2022
Oração Final
Pai Santo, aumenta a nossa fé e nos ensina a partilhá-la com os companheiros que colocaste ao nosso lado na caminhada. Que sejamos para eles, Pai Amado, testemunhas do teu inefável Amor e de que tudo nos deste, até o teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/10/2013
Oração Final
Pai Santo, não permitas que nos acostumemos com a tua Criação. Mantém-nos encantados com tua generosidade. Faze-nos reconhecer o teu carinho paternal criando este universo maravilhoso e os irmãos que nos acolhem na caminhada de volta ao Lar Paterno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/10/2016
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aumenta a nossa fé e nos ensina a partilhá-la com os companheiros que colocaste ao nosso lado na caminhada. Que sejamos para eles, amado Pai, testemunhas do teu Amor inefável e de tudo que nos deste, até o Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/10/2019
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