sábado, 8 de setembro de 2012

Você sabia que:

Os seguidores de Jesus foram chamados "cristãos" recém desde o ano 43 na evangelização da Antioquia.

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Homilia do dia

Marcos 7, 31-37

Homilia
Data
09/09/12
09/07/12

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Evangelho do dia

Marcos 7, 31-37

Evangelho
Data
09/09/12
09/07/12

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Oração desta Hora

Terço - Mistérios Gloriosos - Quarta-Feira e Domingo


Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos  


São Tomás de Vilanova - 9 de Setembro

São Tomás de Vilanova
NascimentoNo ano de 1486
Local nascimentoFuenllana, Espanha
OrdemBispo e Confessor
Local vidaValença (Espanha)
EspiritualidadeDesde criança manifestava a caridade cristã, partilhando seus pertences com os pobres. Ordenado sacerdote, foi superior dos agostinianos e bispo de Valência. Dedicou-se particularmente a acolher as crianças abandonadas, os inocentes e os recém-nascidos. Era conhecido também como "pai dos pobres". Manifestou dons de cura e procurava ensinar mais pelos exemplo direto do que pela pregação. Soube falar a linguagem dos humildes, apelar aos poderosos, tanto em sua catedral quanto na corte de Carlos V.
Local morteValença (Espanha)
Morte8 de dezembro de 1555, aos 69 anos de idade
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoÓ Deus, Pai de bondade, Pai misericordioso, rogamos para os que estão em situação de pecado ou se sentem fracassados em sua vida, para que jamais desesperem da misericórdia de Deus. Amém. São Tomás de Vilanova, rogai por nós.
DevoçãoÀ caridade
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Sta Maria da Cabeça; Stos, Gorgônio, Severiano, Felícia, Dorotéia, Jacinto, Alexandre, Tibúrcio, Estratão, Rufino, Rufiniano (Márts.); Audomaro (bispo); Pedro Claver, S.J. , Patrono das Missões entre os negros.
FONTE: ASJ

São Pedro Claver - 9 de Setembro




O papa Leão XIII, ao canonizar São Pedro Claver, declarou: “Pedro Claver é o santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo”.
Nasceu em Verdú, na Catalunha (Espanha) em 1580. Desejando os piedosos pais consagrar o filho ao serviço do altar, enviaram Pedro à Salsona para estudar os primeiros elementos da gramática. Com 15 anos, o Bispo de Salsona conferiu-lhe a primeira tonsura e, aos 21 anos, entrou na Companhia de Jesus em Barcelona. Pedro era devotíssimo da Virgem Maria e um profundo adorador de Jesus Eucarístico. Após os estudos, Pedro foi ordenado sacerdote e enviado como missionário à Cartagena, porto da Colômbia, onde viveu seu apostolado entre os escravos por mais de quarenta anos.
Em Cartagena, Pedro Claver estava diante de um dos três portos negreiros da América Espanhola, onde a cada ano chegavam de 12 a 14 navios carregados de escravos.
Os escravos trazidos ou “roubados” da África ficavam durante a viagem nos porões escuros do navio, que não tinham condições para abrigar seres humanos. Eram tratados com menos cuidado do que os animais selvagens, e por fim os que não morriam, eram vendidos.
Sem dúvida, o mercado dos escravos foi a página mais vergonhosa da colonização das Américas. Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas sofriam perseguições e eram expulsos. O Papa proibiu repetidas vezes o comércio de escravos, mas a voz da Igreja não comovia a dureza dos comerciantes e nem das autoridades.
Durante mais de quarenta anos, a vida de Pedro Claver foi servir àqueles escravos, cuidando deles, do físico ao espiritual. Claver fazia de tudo para evangelizar um por um. Por suas mãos passaram mais de trezentos mil escravos.
No dia 3 de abril de 1622, Pedro Claver acrescentou aos votos religiosos de sua profissão mais um voto: o de gastar a vida inteira ao serviço dos negros escravos. Testificando este voto, escreveu de próprio punho: “para sempre escravo dos negros”.
Vítima da caridade, acabou morrendo em 1654, com 74 anos de idade e 52 anos de vida religiosa, quando ao socorrer o Cristo excluído e chagado, pegou uma terrível peste.
Foi declarado pelo Papa Pio X especial patrono de todas as missões entre os negros.
São Pedro Claver, rogai por nós!

São Pedro Claver


São Pedro Claver
1580-1654

Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor.
Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles.
Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, hoje cidade da Colômbia, na América do Sul. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. E assim, foi enviado para Carque, evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.
Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura.
Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As conseqüências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.
Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte.
Fonte: Paulinas em 2014

São Pedro Claver

Nasceu em 1581 na Espanha, e desde menino mostrou grandes qualidades de inteligência e de espírito, sendo destinado por seus pais ao serviço da Igreja. Ao terminar seus estudos na universidade de Barcelona, e após receber as ordens menores, o santo foi aceito pela Companhia de Jesus.
Graças à influência e conselhos de São Alfonso Rodríguez -porteiro do mosteiro jesuíta onde São Pedro vivia- o santo decidiu abandonar a Espanha em 1610 para assumir as missões de evangelização nas Índias Ocidentais, especificamente na colônia de Nova Granada, hoje república da Colômbia.
Em 1615 foi ordenado sacerdote em Cartagena, e foi aí onde o santo, ao ver a entrega e serviço do Pe. Alfonso Sandoval pelos milhares de escravos negros provenientes da África, tomou a decisão de converter-se em " escravo dos negros para sempre" e em que apesar de seu acanhamento e falta de confiança em si mesmo, o santo se entregou a aquela missão com tenacidade e muito entusiasmo. Seus trabalhos começavam com a visita quase diária aos barracos no porto, onde conversava e pregava a palavra de Deus, obtendo a conversão e o batismo de milhares deles. Além disso, atendia a numerosos doentes e moribundos, a quem levava remédios e mantimentos, e aos meninos, alguns doces e balas. Sua obra evangelizadora também se estendeu pelos vales e fazendas onde o santo ia pregar e velar pelo cuidado de seus "negros", não sem antes vencer dificuldades e penúrias por parte dos fazendeiros.
A intensa atividade do santo deteriorou sua saúde, e logo depois de benzer a seu sucessor em sua missão, apostólica faleceu em 8 de setembro de 1654, dia da Natividade de Nossa Senhora, e em meio de grandes mostra de amor e carinho popular. Foi canonizado em 1888, ao mesmo tempo que seu grande amigo São Alfonso Rodríguez.

XXIII Domingo do Tempo Comum (Ano B)

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XXIII Domingo do Tempo Comum (Ano B)

Leituras e subsídios para liturgia e homilia:

104. Effatá – Abre-te (23º Domingo do Tempo Comum)

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 09/09/2012


Marcos 7,31-37

Comentário do Evangelho

Os gestos de Jesus

Jesus iniciou seu ministério na Galileia, onde vivia com sua família. A Galileia era um território gentílico, vinculado à Síria, onde foram implantadas colônias judaicas na segunda metade do séc. 1 a.C. pelo hasmoneu Aristóbulo e por seu sucessor, Alexandre Janeu.
Na segunda etapa de seu ministério, Jesus se dirige aos povos gentílicos vizinhos à Galileia, tradicionalmente repudiados pelo judaísmo, começando por Tiro e, agora, na Decápole, em contato com sua população mesclada de gregos e romanos. O evangelho de Marcos destaca esta fase de missão nestes territórios, realçando como Jesus veio para libertar e comunicar vida a todos os povos, abolindo a distinção entre povos impuros, os gentios, e povo puro, os judeus. 
O homem surdo que mal pode falar, curado por Jesus na Decápole, é a expressão da submissão e alienação de um poder dominador que inibe a comunicação das pessoas. Marcos narra minuciosamente os gestos de Jesus, realçando assim a presença do Deus encarnado, compassivo e solidário, entre nós. Os ouvidos do homem se abrem e ele começa a falar corretamente. Jesus liberta aquele homem em território pagão. Aqueles que ouvem Jesus começam a "falar corretamente". Isto é, passam a anunciar os seus feitos. Esta narrativa de Marcos visa mexer com os discípulos. Eles, ainda apegados à doutrina nacionalista e segregacionista de "povo eleito", ficam como surdos e sua palavra é frágil. Estão com dificuldade de entender que os gentios são também destinatários do Reino. É o universalismo da salvação, a comunhão com Deus oferecida a todas as criaturas. 
A narrativa de Marcos é pródiga em assinalar a presença física de Jesus no meio da multidão, com o toque, o uso dos dedos e da saliva, sobre o homem que trouxeram para que ele impusesse as mãos. A imposição das mãos e a própria saliva eram tidas como uma comunicação de energia e cura.
Aqueles que participaram deste episódio da cura do surdo-tartamudo puseram-se a anunciar os feitos de Jesus em sua região, de maneira semelhante ao possesso geraseno libertado por Jesus (Mc 5,1.20). São registros de Marcos sobre o anúncio missionário em andamento, tendo como agentes os próprios gentios. 
As narrativas de cura, envolvendo as multidões de excluídos, carentes e adoentados, são a expressão da atenção especial de Jesus para com estes pobres, escolhidos por Deus, em vista de restaurar-lhes a vida. 
A afirmação final, "faz os surdos ouvirem e os mudos falarem", se inspira na profecia atribuída a Isaías (primeira leitura), dirigida aos exilados da Babilônia. Na tradição profética, a menção aos cegos que veem, surdos que ouvem, mudos que falam, aleijados que pulam, "águas vão correr no deserto... e o seco vai se encher de minas d'água", é uma simbologia literária que indica uma nova situação do povo que é erguido de sua exclusão e de seu abatimento e recupera sua dignidade, com novo ânimo de vida. Com este mesmo caráter simbólico teriam sido elaboradas as diversas narrativas de cura encontradas nos evangelhos. Não são transformações milagrosas mas resultam do empenho em promover a vida, restaurando a justiça e a paz no mundo. 

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Jesus se afasta da multidão com o cego e o cura. Ele quer ensinar que o anúncio da chegada do Reino do Céu não é resultado de produção em série ou de uma linha de montagem industrial, mas é artesanato pessoal que requer atenção e cuidado, dedicação individual para cada um dos irmãos que encontrarmos.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. A surdez do coração
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Essa surdez e mudez que hoje refletimos neste evangelho, têm um significado bem mais profundo do que a cura física. Não se trata simplesmente do ouvir com os ouvidos e falar com a boca, a surdez e a mudez abordada pelo evangelista Marcos, localiza-se no coração do ser humano.

Há pessoas muito faladeiras, que contam mil e uma vantagens, ou então que perdem um tempo precioso falando mal da vida do próximo, ou conversas fúteis da qual nada se aproveita, assim como o saber ouvir é uma arte. Aqui a questão do ouvir não se trata apenas de escutar vozes das pessoas falando, ou ruídos. A deficiência auditiva desse homem da comunidade Marcos vai, além disso, seu coração está fechado para Deus e as pessoas e por isso tem o coração assim tão vazio de Deus, não tendo, portanto nada a anunciar, sua vida fechada e isolada em si mesmo é uma fonte de amargura e azedume.

No antigo testamento a principal queixa de Deus durante a travessia do povo pelo deserto, é de que: o povo tinha fechado o coração e não mais o ouvia, escutavam, mas não o ouviam. Na comunidade de Marcos e também nas nossas há pessoas assim... Essa surdez e mudez são causadas pela arrogância e prepotência dos que não crêem em Deus e preferem dar ouvidos somente as vozes da razão.

Conviver e relacionar-se com alguém assim, é difícil e complicadíssimo, a comunidade não sabe mais o que fazer e rogam a Jesus para que imponha as mãos sobre aquele homem. A experiência que fazemos de Jesus é algo muito pessoal, por isso ele toma o homem surdo-mudo e o leva á um lugar á parte. O mundo da pós-modernidade está repleto de rituais e de vozes que só alienam e escravizam o homem. No dia do Senhor que é o domingo, a comunidade dos que crêem, se afastam do burburinho do quotidiano, e na comunidade se reúnem a outros que querem e precisam ficar a sós com o Senhor.

As palavras de Jesus e seus gestos no ritual da cura do surdo mudo, lembram o rito batismal quando a graça de Deus abre o nosso coração para que Deus possa entrar e fazer morada. Nas celebrações eucarísticas ou mesmo da Santa Palavra, presidida por um Ministro Leigo ou um Diácono, esse ritual se repete, somos tocados pela Palavra, a força do Espírito Santo a leva para dentro de nós, no mais íntimo do nosso ser, transformando aos poucos a nossa vida, a cura da surdez e mudez não é imediata, mas ocorre em um processo que é dinâmico, vamos ouvindo, nos libertando e anunciando, sempre que experimentamos o Senhor.

Comunidade é, portanto o lugar onde todos se preocupam para que cada um se abra cada vez mais á essa Palavra, as nossas orações e cantos nada mais são do que uma súplica para que o Senhor estenda sobre nós suas mãos, abrindo cada vez mais o nosso coração para a sua graça que nos santifica, nos renova e nos liberta. Agora já dá para sabermos quem é esse surdo-mudo que saiu da celebração anunciando com alegria as maravilhas de Deus!
José da Cruz é Diácono da 

Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP


2. Os gestos de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Senhor Jesus, impõe sobre mim as tuas mãos e liberta-me do egoísmo que impede a comunicação com o meu próximo.

3. A IMPOSIÇÃO DAS MÃOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A mão é considerada como portadora de força. De certo modo, concentra a força da pessoa e, através dela, é possível transmitir aos outros esta força. Desta forma, torna-se símbolo de poder. Por isso, as pessoas aproximavam-se de Jesus, implorando que lhes impusesse aos mãos. Essa era a maneira de usufruir da força divina que Jesus possuía e obter o benefício da cura.

De sua parte, Jesus nunca se recusava a atender o pedido de quem lhe suplicasse a cura. O efeito da imposição de suas mãos era imediato. Ele agia com a máxima discrição para não suscitar um entusiasmo exagerado e atrair pessoas interessadas apenas em aproveitar-se dele, sem aderir efetivamente ao Reino.

A cura do surdo-mudo, portanto, deu-se longe da multidão e foi seguida da ordem peremptória de não dizer nada a ninguém. Era necessário guardar segredo a respeito do ocorrido. Mas, como era possível manter calado quem fora surdo-mudo e agora tinha recuperado a capacidade de falar corretamente? Como impedi-lo de proclamar, aos quatro ventos, o benefício recebido pela imposição das mãos de Jesus? Eis por que, quanto mais Jesus o proibia de falar, tanto mais ele narrava o ocorrido.

A constatação do povo de que Jesus fazia bem todas as coisas correspondia a reconhecer que, pela imposição de sua mão, o Reino se fazia presente na história humana.

Oração
Senhor Jesus, impõe sobre mim as tuas mãos e liberta-me do egoísmo que impede a comunicação com o meu próximo.

09.09.2012
23º Domingo do Tempo Comum — ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – III SEMANA DO SALTÉRIO)
TEMPO DE AMAR E LER A BÍBLIA - SETEMBRO: MÊS DA BÍBLIA
__ "O mundo está ficando surdo; precisa de profetas da esperança" __




9 de setembro: 23º domingo comum
ABRIR-SE À PALAVRA
Para além da cura física da audição e da fala, o episódio do surdo que falava com dificuldade mostra, simbolicamente, o que significa tornar-se discípulo de Jesus: superar o fechamento em si mesmo e deixar-se tocar pelo Mestre, para abrir-se a Deus e à sua palavra.

Diz o ditado que “pior surdo é aquele que não quer ouvir”. Quando nos fechamos em nosso próprio egoísmo, acabamos tapando os ouvidos diante de Deus. E, se comunicamos algo ao mundo, é apenas algo segundo nosso modo de julgar e agir, por vezes distante do projeto de Deus e contrário a ele. Nesse caso, as palavras de Jesus a seus discípulos servem também para nós: “Vocês têm olhos e não veem, têm ouvidos e não ouvem?” (Mc 8,18).
Jesus retira aquele homem surdo da multidão. Toca-o com saliva, que era considerada contagiosa. Para abrir-nos a Deus, é necessário um espaço e um tempo só nosso, longe da multidão, a fim de estar a sós com Deus e deixar-nos tocar por ele. Isso para que nossos ouvidos se abram, para que nossas atitudes de fechamento se contagiem com o modo de ser e agir de Jesus e assim se transformem em atitudes de diálogo, partilha e comunicação da vida.
A atitude fundamental que Jesus exige do discípulo está na expressão aramaica “efatá!”, que significa “abra-se!” É essencial para os discípulos abrir-se à palavra de Jesus. Só assim eles poderão ser transformados por ela, e só assim poderão transmitir ao mundo a novidade que Jesus vem realizar.
Assim como o Pai havia criado tudo e visto que era bom, Jesus recria a humanidade, fazendo bem todas as coisas que o Pai o encarregou de fazer. Ele continua a nos tocar, com uma voz diferente da voz da multidão, como se continuasse a dizer a cada um de nós: “Abra-se à minha palavra e ao meu modo de ser”. Sua voz liberta e nos torna sujeitos, para que também nós tenhamos voz e sejamos comunicadores da boa-nova que ele vem revelar.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Dia 09 de setembro 
MISSA DO 23º DOMINGO COMUM

PONTOS DE REFLEXÃO
I LEITURA- IS 35.4-7a
Estamos no contexto do chamado “pequeno apocalipse” do profeta Isaías. Nele colocam-se em confronto o infeliz destino que irão ter os povos pagãos e a perspectiva de bênção que , ao invés, alegrará e infundirá coragem à cidade de Jerusalém, e nela ao povo da promessa. Cada qual terá de Deus o castigo ou a “recompensa”, segundo os seus méritos ou deméritos.
No horizonte escuro e fechado há muito tempo, devido  à pouca sorte que se abateu sobre o povo da Aliança, abre-se finalmente uma réstia de luz. Ouve-se o convite a ganhar energia e nova coragem para olhar em frente e para o Alto, para sair do tempo da humilhação e da derrota. Perspectiva-se uma festa com os traços e as cores da Primavera e com os prodígios duma nova criação. Abrangerá tudo, e naturalmente a terra, que é obra de Deus, inclusive o deserto, lugar onde se encontra o Senhor, mas sobretudo as criaturas vivas. Entre estas são nomeadas “cegos”, os “surdos”, os “coxos”, os “mudos”, aos quais se anuncia que poderão novamente “ver”, “ouvir”, “saltar” e “falar”. Libertar-se-ão assim das pesadas limitações em que se encontram: a impossibilidade de ver o céu; de ouvir os passos da terra; de falar com os irmãos. Todos estes serão curados nas dimensões essenciais de criaturas, vistas na sua relação com Deus, com a Criação, com o próximo. Tudo acontecerá num contexto que tem o sabor e saudade das origens: brotará “água” em abundância, água fresca de nascente. Estes toques poéticos descrevem e antecipam a dádiva da “salvação” esperada e agora prometida por Deus que “vem” salvar-nos.
II LEITURA -TG 2,1-5
O capítulo 2 da Carta de Tiago ao desenvolvimento do tema anunciado em 1,26-27: a fé é ativa quando se traduz no serviço aos pobres. O autor explica esta afirmação com um primeiro exemplo inerente à relação entre ricos e pobres na comunidade cristã. O estilo é típico da retórica  grega. Não se pretende apresentar de per si um acontecimento preciso, mas uma exemplificação baseada num possível comportamento da comunidade à qual Tiago se dirige.
Com esta expressão carregada de responsabilidade, mas também de familiaridade “Meus irmãos” , Tiago recorda um dado importante da atuação de Deus: Ele não admite acepção de pessoas. Por isso a fé do crente é chamada a imitar e  a espelhar-se no Senhor da glória. Todo o batizado é chamado a não distinguir entre pessoas e  a não se deixar inspirar em critérios de conveniência humana.
O exemplo referido pela catequese de Tiago é claro e de compreensão fácil. A narração viva e colorida torna-se acusação explícita relativamente à comunidade cristã, que reserva honras às pessoas importantes, desprezando o pobre, trata-se neste caso do pedinte, ou seja, a pessoa que precisa de tudo. Note-se que o autor nesta passagem não fala de pobreza como condição por eleição divina. Deus privilegia os pobres, ou seja, os que são capazes de “amar a Deus”. Entre estes encontram-se também todos os que são pobres de coisas materiais, mas que podem assim tornar-se “ricos na fé”. Vislumbra-se aqui o eco da primeira bem-aventurança do Sermão da Montanha.
Em último lugar, é preciso ter presente que o rico não é condenado porque possui riquezas, mas porque estas se tornam motivo de opressão e de injustiça para com os pobres. A acusação atinge o ápice em Tg 2,7, onde a opressão é equiparada à “blasfémia”.
EVANGELHO  Mc 7,31-37.
Nas suas andanças fora da Palestina, Jesus encontra um pagão “surdo que mal podia falar”. Mediante uma série de gestos e uma palavra eficaz, cura-o e permite-lhe que comunique. O surdo-mudo torna-se símbolo do pagão que, antes de acreditar, é incapaz de escutar a Deus e de O louvar, mas logo que tocado por Jesus, t´se torna nova criatura. O Texto presente apenas no evangelho de Marcos, teve um lugar privilegiado na liturgia batismal.
Nesta circunstância Jesus toma algumas atitudes referidas nos curandeiros antigos, mesmo pagãos, os quais atribuíam poderes taumatúrgicos à “saliva”. São pormenores que, de resto, também aparecem no episódio paralelo da cura do cego. De igual modo, a utilização de uma palavra estrangeira (neste texto, “effathá”) era habitual nos curandeiros do Seu tempo. Tudo isto não deve, porém, levar-nos a pensar numa espécie de rito mágico.
O milagre da cura não está ligado de per si aos gestos de Jesus, mas sim à Sua oração e à Palavra. De facto, “erguer os olhos ao Céu” e “suspirar” não são simples gestos de compaixão, antes são gestos de súplica e de pedido, sinais da intimidade do Filho com o Pai. Pelo contrário, pode dizer-se que os gestos de Jesus adquirem um valor “sacramental” , enquanto operam aquilo que simbolizam: o abrir-se dos ouvidos do homem e o soltar-se-lhe a prisão da língua.
Padre José Granja,
Reitor da Basílica dos Congregados, Braga (Portugal)

Postado por: homilia

setembro 9th, 2012


“Efatá!” é uma palavra chave na liturgia deste 23º Domingo do Tempo Comum. Palavra que o Senhor pronuncia para todos, a qual tem, para cada um de nós, uma ressonância pessoal. É fundamental que cada um de nós veja e pense no conteúdo dela.
“Efatá!”, palavra dita pelo Senhor quando o mar se abriu para a passagem dos escravos rumo à liberdade. “Efatá!”, disse Deus, e se abriram os céus sobre o batismo de Jesus e sobre a humildade do seu batismo; e abriu-se o paraíso sobre a cruz de Jesus, e o paraíso ficou à mercê dos ladrões; e se abriram os sepulcros, e os vencidos fugiram da morte. Esta palavra é dirigida agora a nós, a fim de que enxerguemos o caminho que nos conduz à salvação eterna.
Por isso, não diga: “Abrir-se-ão os olhos do cego e os ouvidos do surdo”. Mas que “abrir-se-ão os meus olhos e os meus ouvidos que estavam fechados por causa da dureza do meu coração, fruto do meu próprio pecado”.
Saiba que a palavra se cumpre, hoje, a profecia está se realizando neste Evangelho. A promessa se torna realidade, hoje e agora, com Cristo e em Cristo na sua vida. Corra e vá atrás d’Ele. E se não tem como, peça ajuda. Deixe-se ajudar. Não seja “cabeça dura”! Escute e siga as orientações, os conselhos da sua esposa, do seu marido, dos seus pais e filhos. Deixe de viver na noite e no mundo do erro, do pecado, da falsidade e da morte.
“Ah! Padre, eu não sou surdo nem mudo. Isso é uma ofensa!” Eu digo que sim. Somos “surdos”, por exemplo, quando não ouvimos o grito de ajuda que se eleva para nós e preferimos pôr entre nós e o próximo o “duplo vidro” da indiferença. Os pais são “surdos” quando não entendem que certas atitudes estranhas ou desordenadas dos filhos escondem um pedido de atenção e de amor. Um marido é “surdo” quando não sabe ver, no nervosismo de sua mulher, o sinal do cansaço ou a necessidade de um esclarecimento. E o mesmo quanto à esposa.
Estamos “mudos” quando nos fechamos, por orgulho, em um silêncio esquivo e ressentido, enquanto, talvez, uma só palavra de desculpa e de perdão poderia devolver a paz e a serenidade ao nosso lar. Os religiosos e as religiosas têm, no dia, tempos de silêncio e, às vezes, acusam-se na confissão, dizendo: “Quebrei o silêncio”. Penso que, às vezes, deveríamos nos acusar do contrário e dizer: “Não quebrei o silêncio”.
O que, contudo, decide a qualidade de uma comunicação não é, simplesmente, falar ou não falar, mas falar ou não fazê-lo por amor. Santo Agostinho dizia às pessoas em um discurso: “É impossível saber, em toda circunstância, o que é justo de se fazer: falar ou calar, corrigir ou deixar passar algo. Eis, aqui, então, que se dar uma regra que vale para todos os casos: “Ama e faz o que quiseres. Preocupa-te de que, em teu coração, haja amor; depois, se falas, será por amor; se calas, será por amor e tudo estará bem, porque do amor não brota mais que o bem”.
As histórias de cura, envolvendo as multidões de excluídos, carentes e adoentados, são a expressão da atenção especial de Jesus para com os pobres, em vista de lhes restaurar a vida, característica do Reino de Deus. A proclamação final - “faz os surdos ouvirem e os mudos falarem” - indica o cumprimento da profecia atribuída a Isaías aos exilados da Babilônia; porém, agora, não restrita àquele povo que se julgava eleito, mas a todos os povos da terra sem discriminações. Jesus vem salvar as maiorias empobrecidas subjugadas pelas minorias que detêm o poder, resgatando a dignidade e a vida neste mundo.
Por isso, meu irmão e minha irmã, o segredo está em entrar em comunhão com Cristo ressuscitado. Você que estava morto veja, escute e entre com Ele pelas portas abertas de Deus.
Ó Senhor, tenho plena consciência de que Vossa voz ressoou no deserto - “Efatá!” – para que, do Céu, caísse como chuva o pão, e da rocha jorrasse água. “Efatá!”, dissestes e abristes, como que com uma faca, as águas do Jordão, as quais se tornaram porta pela qual entraram vossos filhos à terra das vossas promessas. Dignai-vos olhar para mim, para os meus olhos e ouvidos. Impõe sobre mim as Tuas mãos e liberta-me, cura-me do egoísmo que impede a comunicação com o meu próximo.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante 

Mc 7,31-37 - "Faz com que os surdos ouçam e os mudos falem"



Saudação 

- A nós, que nos encontramos nesta rede da internet,
a paz de Deus, nosso Pai,
 
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
 
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
 
eu aí estarei no meio deles",
 
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
 
e comungar com a vossa Palavra.
 
Sois o Mestre e a Verdade:
 
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
 
as Sagradas Escrituras.
 
Sois o Guia e o Caminho:
 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
 
Sois a Vida:
 
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
 
abundantes de santidade e missão.
 
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, na Bíblia, o texto 
Mc 7,31-37, 
e observo pessoas, palavras, relações, lugares.


Jesus saiu da região que fica perto da cidade de Tiro, passou por Sidom e pela região das Dez Cidades e chegou ao lago da Galiléia. Algumas pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem:
- "Efatá!" (Isto quer dizer: "Abra-se!")
E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém, quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido. E todas as pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam:
- Tudo o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem!

Jesus, junto ao lago da Galileia cura um homem que era surdo e quase mudo. Bastante incomunicável. “Jesus pôs os dedos nos ouvidos dele”. Com “um pouco de saliva” Jesus faz o homem falar “sem dificuldade”. A saliva, segundo os antigos, tinha poder terapêutico. A saliva de Jesus tem poder de Deus: é milagrosa. Antes deste gesto libertador, Jesus “olhou para o céu” e “deu um profundo suspiro”. Olhar para o céu indica de onde vem a graça. O profundo suspiro significa súplica. As pessoas que assistiram a este milagre comentavam: “Fez tudo bem!”. Faz recordar a ação criadora de Deus, que também várias vezes “Viu que era bom” (Gn 1).

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje?

 Qual palavra mais me toca o coração? 

Jesus pode pronunciar sobre mim “Efatá!”? 

De que preciso ser libertado/a por ele? 

Sou uma pessoa reconhecida e vejo o bem que Deus realiza na minha vida, na vida das outras pessoas? No mundo?

Entre muitos louvores que disseram nossos bispos em Aparecida, recordamos um:

“Louvamos a Deus porque na beleza da criação, que é obra de suas mãos, resplandece o sentido do trabalho como participação de sua tarefa criadora e como serviço aos irmãos e irmãs. Jesus, o carpinteiro (cf. Mc 6,3), dignificou o trabalho e o trabalhador e recorda que o trabalho não é um mero apêndice da vida, mas que “constitui uma dimensão fundamental da existência do homem na terra”, pela qual o homem e a mulher se realizam como seres humanos. O trabalho garante a dignidade e a liberdade do homem, e é provavelmente “a chave essencial de toda ‘a questão social’”. (DAp 120).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo com o bem-aventurado Alberione:

Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste 
em conhecer a ti e ao Pai.
 
Derrama sobre nós, a abundância
 
do Espírito Santo!
 
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
 
porque és o único caminho para o Pai.
 
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
 
testemunhas vivas do teu Evangelho.
 
Com Maria,
 
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
 
guardaremos tua Palavra,
 
meditando-a no coração.
 

Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou reconhecer no meu ambiente, nas pessoas com quem me relaciono a ação criadora e libertadora de Deus.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém.

Setembro - mês da Bíblia 2012
O tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama!
Saiba mais acessando:
http://comunicacatequese.blogspot.com.br/


Irmã Patrícia Silva, fsp


Oração Final
Pai Santo, dá-nos a sabedoria de nos mantermos inteiros na presença do irmão que nos procura. Que não nos dispersemos, preocupados com outras pessoas, objetos ou interesses, mas estejamos atentos ao aqui e agora da nossa vida. Nós te pedimos, Pai amado, por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.