terça-feira, 20 de outubro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/10/2020

ANO A


29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano A - Cor Verde

“Dai pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Mt 22,21

Mt 22,15-21

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Hoje contemplamos a história da humanidade sob o olhar do altíssimo: é Ele quem decide tudo. No Evangelho Jesus afirma qual é a função das instituições políticas. Reconhece que são instrumentos a serviço do Reino e ordena que seus seguidores obedeçam às justas leis civis sem abandonar as leis de Deus, que são as fundamentais.
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/18-de-outubro-de-2020---29-tc.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, diante de Deus, nosso Pai, aqui nos encontramos para celebrar a obra de salvação que seu Divino Filho nos ofereceu, na força do Espírito. Neste dia dedicado ao Senhor, oferecemos a Ele o esforço de nossa caridade e a firmeza de nossa esperança que nos faz afirmar, na fé, que cremos firmemente em Deus e no seu Amor por nós. Hoje celebramos na Igreja o Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária: abramo- nos à ação do Espírito que nos faz missionários e missionárias do seu Reino!
http://www.arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano_44-a_-_50_-_29o_domingo_do_tempo_comum_v02_0.pdf

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Diversas, e às vezes divergentes, são as interpretações dadas à célebre frase-resposta de Jesus aos que queriam armar-lhe uma cilada: uma frase de efeito, como que evasiva, com a qual Jesus responde sem se perturbar; uma resposta irônica, como se Jesus quisesse dizer: só quando se tem que pagar os impostos aparece o problema da consciência; uma definição precisa dos limites do campo e das relações recíprocas entre Estado e Igreja. De qualquer modo, é claro que o que importa é o reino de Deus. É o único absoluto a ser buscado. Jesus veio pregar o reino; esta é a realidade fundamental e clara. Diante deste anúncio, tudo passa para segundo plano. Com isto, Jesus não quer negar a função de César, mas quer atingir seus adversários que não compreenderam sua missão e esquecem a questão decisiva.

SOMOS UMA IGREJA MISSIONÁRIA

Neste Domingo, celebramos o Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária. Hoje, especialmente, as comunidades católicas rezam em todo o mundo na intenção dos missionários, que exercem sua missão nas “frentes avançadas” da evangelização”, onde geralmente ainda há poucos cristãos e católicos, faltam estruturas organizadas e apoio material para a realização do trabalho missionário.
A Igreja celebra o Dia Mundial das Missões como uma ocasião para que todos os católicos tomem consciência da urgência missionária. Nossa Igreja é missionária por sua própria natureza e, se esquecer isso, ou deixar de fazer missão, ela se tornará infiel ao envio missionário recebido de Jesus Cristo. A obra missionária requer a participação de cada católico, de diferentes maneiras. A missão não é tarefa de uns poucos heróis, mas de toda a comunidade eclesial.
Ainda há muitos lugares no mundo, onde o Evangelho não chegou e o trabalho dos missionários depende inteiramente da ajuda de cristãos e comunidades generosas, que apoiam concretamente os missionários. Assim acontece em boa parte da África e da Ásia, onde, geralmente, os cristãos ainda são minorias nos países e comunidades locais. O fruto da coleta missionária de hoje é destinado, sobretudo, ao apoio dos missionários e comunidades missionárias desses dois Continentes.
Mas nem precisamos ir tão longe: o mesmo acontece também no Brasil, em vastas regiões da Amazônia, onde o trabalho dos missionários depende quase inteiramente das ajudas que vêm de fora das comunidades locais. E pode acontecer até em situações da periferia de São Paulo. A obra da evangelização depende de recursos e do apoio concreto aos missionários, que partem também em nosso nome para “anunciar o Evangelho a todos os povos”.
Mas o trabalho missionário também depende do apoio espiritual, mediante a nossa oração constante em favor das missões e dos missionários. Hoje rezamos especialmente na intenção deles, mas devemos fazer isso todos os dias. Santa Terezinha do Menino Jesus fazia e tornou-se a padroeira dos missionários, sem nunca se ter distanciado do seu Carmelo. Ela rezava pelos missionários, escrevia cartas a eles e oferecia seus sacrifícios por eles.
A Infância Missionária é uma iniciativa que vai crescendo mais e mais e envolve crianças e jovens das comunidades católicas para que, desde cedo, tomem consciência dessa dimensão da vida cristã. Muito trabalho com crianças e jovens, em áreas de missão, também é tornado possível graças a iniciativas solidárias de crianças e jovens de nossas comunidades católicas. Essas iniciativas são muito desejadas e precisam ampliar-se e crescer também em nossas paróquias.
Cardeal Odilo P. Scherer,
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

Deus é único e fora Ele não há outro deus.

A liturgia da palavra deste vigésimo nono domingo do Tempo Comum apresenta dois aspectos, a meu ver, essenciais para a vida cristã. O primeiro deles, a contar da leitura do profeta Isaías, é a necessidade de fazer uma leitura teológica da história, isto é, ver na história da humanidade a ação salvífica de Deus, pois ele age em meio às vicissitudes da vida e das pessoas. O segundo aspecto é o convite e a necessidade ao discernimento permanente, pois não há para Deus substituto e, por isso, ninguém que se compare a Ele. Deus é único e fora Ele não há outro deus (cf. Is 45,5).
O trecho do profeta Isaías nos remete ao final do século VI a.C. Período do retorno à Judá dos exilados na Babilônia, retorno patrocinado por Ciro, rei da Pérsia, em 538 a.C. A insistência em afirmar que Deus era o único Deus (vv. 5-6) remete o nosso texto a um risco que remonta aos tempos da escravidão no Egito e acompanha o povo de Deus ao longo de toda a sua existência; a saber, a dificuldade em compreender e aceitar que Deus era infinitamente diferente dos ídolos feitos por mãos humanas; que Ele era um Deus pessoal com quem podiam falar e ser ouvidos. Não era um Deus estático, mas sim profundamente comprometido com a vida do povo que Ele escolheu. Não era de bronze nem de madeira, mas tinha sentimentos e olhos misericordiosos. O perigo era venerar Ciro como deus. Ora, Ciro era ungido de Deus (v. 1), através de quem Deus agiu para fazer o seu povo voltar à terra dada aos ancestrais de Israel (vv. 2-4). Onde o ser humano é libertado de sua escravidão, é Deus quem está na origem dessa libertação.
Os opositores de Jesus querem armar uma armadilha para pegá-lo em alguma palavra. Mas eles mesmos foram pegos pela cilada que prepararam contra Jesus. O leitor do evangelho sabe que o elogio que fazem a Jesus é verdadeiro, mas na boca deles é pura hipocrisia, pois não é, efetivamente, o que pensam de Jesus. Trata-se simplesmente de artimanha maléfica para enredá-lo. Mas Jesus não entra no jogo deles. A alternativa apresentada para a resposta de Jesus é falsa. A imagem de César na moeda é que trazia problema. A moeda continha uma inscrição em que se afirmava que César Augusto era deus. César reivindicava ser adorado como deus. Se a moeda tinha a imagem de César, que os impostos fossem pagos a ele, no parecer de Jesus. Mas o ser humano é a imagem do Deus que o criou. O ser humano pertence a Deus e não pode ser escravo do que ou de quem quer que seja. Daí que somente a Deus a vida do ser humano pode ser oferecida, qual um sacrifício vivo. A vida do ser humano pertence a Deus. Deus não está nem pode ser posto em concorrência com as coisas deste mundo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, por reconhecer-te como centro de minha vida, ensina-me a submeter tudo a ti, e a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.
Fonte: Paulinas em 19/10/2014

Vivendo a Palavra

A ‘receita’ do Mestre serve para todos os tempos: dar ao mundo o que é do mundo e entregar a Deus o que é de Deus. De Deus são os tesouros que a traça não rói, os ladrões não roubam, a ferrugem não corrompe: o ser humano e suas relações fraternas; a vida, digna e plena para todos; a terra e o sustento que ela fornece sem discriminar ninguém.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2014

vIVENDO A PALAVRa

Jesus vivia a unidade absoluta do Espírito Santo e nenhuma armadilha, por mais sutil que fosse, poderia apanhá-lo em contradição. Aqui, uma resposta de extrema coragem: devemos dar a César a insignificante moeda, e a Deus o que a Ele pertence – o Povo, a Terra, a Liberdade e o culto filial! Sua ousadia valeu-Lhe perseguições, condenação e a morte.

Recadinho

Como encara seus compromissos para com a sociedade civil? - Que tipo de compromisso civil lhe é mais difícil? - Consegue conciliar seus deveres civis e religiosos? - Procura ver sempre a imagem de Deus presente nos irmãos? - Procura usar de sinceridade em tudo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 19/10/2014

Reflexão

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia de hoje ressalta que a história da humanidade está nas mãos de Deus. Interpretada à luz da fé, a história ganha seu verdadeiro significado: a salvação do ser humano.
Até mesmo as ações das pessoas que não têm fé podem ser vistas como colaborações inconscientes ao projeto de Deus. É isso que nos mostra a primeira leitura: o imperador Ciro, mesmo sem o saber, fez a vontade de Deus. Situações políticas totalmente seculares podem ser usadas pelo Senhor como instrumentos para a salvação do ser humano.
Na segunda leitura, vemos que Paulo e os tessalonicenses são fiéis na difusão do evangelho. Tal fato deveria nos animar bastante, porque sabemos que, no início da Igreja, os cristãos sofriam várias perseguições. Isso significa que Deus pode servir-se até mesmo de situações adversas para realizar a salvação, porque ele é o Senhor da história.
No evangelho, Jesus traça uma linha divisória: a autoridade política tem seu campo próprio, a ordem e o bem público. Dentro desse campo, a autoridade política deve ser respeitada. Mas a autoridade política não tem o poder de exigir o que somente a Deus é devido.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Mt 22,15-21): Dai a Deus o que é de Deus

O evangelho de hoje nos põe diante de um dilema no qual muitas vezes travamos: como conciliar em nosso cotidiano duas realidades por vezes antagônicas, a autoridade política e a religiosa? Nesse caso, Jesus nos aponta o caminho a seguir.
A pergunta feita a Jesus certamente é bem maliciosa. Os judeus estavam sob o domínio romano, e o pagamento do tributo era prova de sujeição ao imperador. Se Jesus respondesse que o povo deveria pagar o imposto, perderia sua popularidade, seria acusado de trair sua nação e perderia qualquer pretensão messiânica. Caso respondesse que não deveria pagar o imposto, seria acusado de rebelião contra o império e seria preso. Qualquer que fosse a resposta, Jesus estaria em perigo. Mas ele ultrapassa a questão do lícito ou ilícito e conduz seus interlocutores a uma reflexão mais profunda: a autoridade política não pode tomar o lugar de Deus.
Para Israel, só Deus podia reinar sobre o povo, mediante um representante tirado de uma das tribos. Por isso, a sujeição ao imperador romano era sinal de idolatria. Além disso, essa situação se agravou quando o imperador se autoproclamou divino.
Quando Jesus pergunta de quem é a figura e a inscrição na moeda, entra no âmago da questão. Os judeus usavam a moeda romana e, por isso, não tinham por que se opor ao pagamento do imposto. Mas Jesus acrescenta que se deve dar a Deus o que é de Deus, reafirmando a soberania do Senhor sobre Israel e as nações. No grego, a palavra “dar” também significa “devolver”. E já que a imagem de Deus está gravada em nós, devemos “devolver” nossa vida em adoração a ele, cumprindo a sua soberana vontade. Assim, a prática de devolver a Deus o que é de Deus destrói toda idolatria.
A autoridade política deve ser respeitada, porque está a serviço do bem comum, mas nunca terá o poder de exigir o que é devido somente a Deus, cuja imagem está impressa em nós.

2. I leitura (Is 45,1.4-6): Eu sou o Senhor e não há outro

O texto bíblico começa com a afirmação de que Ciro, o rei persa que dominava sobre os judeus, tinha sido escolhido por Deus para executar a tarefa de fazer o povo exilado voltar à terra de Israel. É uma afirmação muito estranha na Bíblia, porque o termo “ungido” (messias ou cristo) era reservado apenas para três categorias em Israel: reis, sacerdotes e profetas. Afirmar isso de um rei estrangeiro, que servia a outros deuses, é algo único na Bíblia.
Para entender esse versículo, é necessário imaginar o que as pessoas da época poderiam estar pensando. Quando souberam do decreto do imperador que os liberava para voltar a Israel, os judeus poderiam pensar: “Que feliz coincidência e que sorte nós tivemos, a política do imperador vai nos favorecer”. O profeta entrou em ação para dizer que as coisas não eram bem assim como estariam pensando, deixando claro que não se tratava de sorte ou coincidência. Deus é sumamente fiel e ama os filhos de Israel; ele os tirou da escravidão do Egito, levou-os para a terra prometida e para lá os faz retornar. Ciro não passa de um instrumento de Deus para executar uma tarefa. O imperador não é uma divindade, ao contrário, é como uma criança conduzida por um adulto para fazer algo que ela nem tem consciência do que seja. Ciro é tomado pela mão e levado pelo Senhor para libertar os judeus.
Assim, o texto bíblico orientou as pessoas antigamente e nos orienta hoje para a consciência de que nenhuma autoridade é eterna ou absoluta: há um único Deus e tudo está submetido a ele e ao seu plano. Nada nem ninguém podem impedir a realização do projeto divino. O livre-arbítrio humano pode apenas escolher entre colaborar ou não com Deus. A história da humanidade está imersa no projeto de Deus como peixes num aquário, que podem nadar de um lado a outro, mas sempre estão dentro do mesmo recipiente. Mesmo quando se tenta impedir que o projeto divino se realize, Deus é suficientemente criativo para do mal fazer um bem. Prova disso é que a morte de Jesus na cruz se tornou vida plena para quem o segue.

3. II leitura (1Ts 1,1-5b): O evangelho foi anunciado entre vós

Paulo escreve uma carta à Igreja que se encontrava em Tessalônica, cidade pagã cujos habitantes estavam a serviço de vários ídolos. Os cristãos dessa cidade, ao contrário, são assembleia santa, são eleitos de Deus e congregados em Jesus Cristo.
O apóstolo sempre se lembra da “ação da fé” dos tessalonicenses. Essa expressão pode parecer estranha aos ouvidos atuais, porque hoje comumente se compreende fé como se se tratasse de um sentimento. Mas, nos idiomas antigos, fé é um modo de viver, é a vida em ação colaborando com Deus. Colaborar significa “trabalhar com”. Assim, a fé é mais que um sentimento: é uma tarefa, um ofício, um trabalho, uma missão. O plano de Deus se realiza independentemente da fé do ser humano, mas os que vivem a fé assumem consciente e livremente esse plano como um objetivo de vida a ser realizado e trabalham com Deus na efetivação desse projeto, até que chegue à plenitude.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Chegamos à segunda metade do mês missionário, e alguns eventos já devem ter sido realizados na comunidade. Mas alguns cristãos ainda não se envolveram na proclamação do Reino de Deus. Alguns estão em situação semelhante à de Ciro: embora suas ações sejam boas, eles não as realizam como fruto de uma opção consciente e comprometida com o Reino de Deus. Outras pessoas são como os judeus exilados: não conseguem ver a mão de Deus por trás dos acontecimentos históricos. Quando muito, pensam que os desastres são castigos, e essa é a leitura mais errada que se pode fazer dos eventos históricos.
Ainda podemos considerar algumas pessoas semelhantes aos fariseus do evangelho: confundem autoridade humana com autoridade divina, pensam que o fato de não cometer escândalos é suficiente para alguém ser considerado amigo de Deus.
Contudo, a Igreja necessita de pessoas como os tessalonicenses, cuja fé é mais que um sentimento ou religiosidade desencarnada. A Igreja necessita de cristãos de quem se possa dizer: “Lembro-me sempre da ação de vossa fé” (cf. 1Ts 1,3).

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje – BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
Fonte: Vida Pastoral em 19/10/2014

Reflexão

CRISTÃOS MISSIONÁRIOS

No evangelho, Jesus é provocado para cair numa armadilha. Percebendo a maldade de seus opositores, transfere a responsabilidade para eles e faz um discernimento: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. O poder, as riquezas, as vaidades são do mundo, são de César. A vida, o envio à missão são de Deus. Como nos lembra Isaías: “Eu te chamei, eu sou o Senhor e não há outro”. Somos eleitos para ir e testemunhar com nossa vida.
O mandato de Jesus aos seus discípulos: “Vão e levem a boa notícia a todas as nações” é algo vivo e atual. Todos somos chamados e enviados em missão. O cristão deve viver o evangelho e por isso tem a obrigação de ser missionário. Paulo dizia: “Anunciar o evangelho não é motivo de glória, mas necessidade. Ai de mim se não anunciá-lo” (1Cor 9,16). Que tipo de missionários somos? Como vivemos esse mandato de Jesus?
O tema do mês missionário deste ano é: “Missão para libertar”. À medida que nos aproximarmos dos pobres, dos que mais sofrem, dos excluídos, aliviarmos as dores e manifestarmos solidariedade, estaremos vivendo o que Jesus pediu. Na sinagoga de Nazaré, ele recordou a profecia de Isaías: “Enviou-me a proclamar a libertação” (Lc 4,18). O papa Francisco tem insistido que quer uma Igreja pobre para os pobres. Há tanta indiferença, egoísmo, acomodação, exploração; pessoas traficadas como mercadoria, corrupção, busca desenfreada de poder, de estética etc. Mas também há pessoas que se doam, prestam serviço, são verdadeiros discípulos missionários. Somos convidados a fazer nossa parte. Se não vamos em missão, podemos ajudar com nossa oração, nosso apoio e solidariedade. Nossa oferta para as missões tem sentido e valor. Não devemos dar do que sobra, mas daquilo que faz parte da vida. Manifestamos a Deus nossa gratidão por tanto que nos dá, partilhando e ajudando no trabalho missionário em todas as partes do mundo.
Pe. Camilo Pauletti
Diretor das Pontifícias Obras Missionárias
Fonte: Paulus em 19/10/2014

Reflexão

Pistas para a reflexão:

I leitura: Ciro, rei pagão, torna-se instrumento de salvação nas mãos de Deus.
II leitura: O tripé de uma autêntica comunidade cristã é a fé, o amor e a esperança.
Evangelho: A autoridade é responsável pelo bem-estar do povo, que a Deus pertence.
Fonte: Paulus em 19/10/2014

Reflexão

Os adversários de Jesus vão ao encontro dele e, após bajulá-lo com elogios, lançam a pergunta desafiadora: deve-se ou não pagar imposto a César? O imposto a César era mais um tributo cobrado pelo Império Romano. Além disso, a controvérsia não consistia apenas em um debate econômico, mas envolvia uma “questão de fé”. Pagar imposto ao imperador era reconhecer o “deus César”, em contraste com o Deus de Jesus, e legitimar a servidão. O Mestre entendeu perfeitamente a hipocrisia deles e aonde queriam chegar. A resposta de Jesus – dar a César o que é dele e a Deus o que lhe pertence – mostra que não é lícito César tomar o lugar e o nome de Deus. Tudo a Deus pertence. Também não podemos usar esse texto para justificar taxas, impostos e duas realidades (Igreja e Estado) distintas. Não podemos adorar a Deus e a “César”, nem negar os direitos de Deus sobre o povo que lhe pertence e é sua maior e melhor propriedade.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, munidos de malícia, dois grupos se unem na tentativa de fazer-te cair na armadilha de seus raciocínios. Um bando de hipócritas. Falsos, não buscam seguir teus ensinamentos; querem eliminar-te. Ensina-nos a juntar as forças para gerar e promover o que é bom e justo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Meditando o evangelho

COISAS LÍCITAS E ILÍCITAS

Os fariseus buscavam, sem trégua, desacreditar Jesus diante do povo ou colocá-lo numa situação complicada, de modo a terminar encarcerado pelas tropas romanas. Uma declaração comprometedora saída de sua boca seria uma boa cilada. Por isso, enviaram para armar-lhe ciladas alguns de seus discípulos acompanhados de judeus partidários de Herodes, simpatizantes do poder romano. É bom recordar o ódio que os fariseus nutriam por estes dominadores estrangeiros.
Os emissários agiram com extrema esperteza: trataram Jesus de maneira cortês, louvando-lhe os ensinamentos e a coragem, vendo que não se deixava amedrontar por ninguém. Além disso, apresentaram-se como judeus piedosos, cheios de escrúpulos de consciência.
Propuseram ao Mestre a questão da liceidade ou não de pagar o tributo a César. Jesus, porém, deu-se conta da hipocrisia deles travestida de piedade. Por isso, ofereceu-lhes uma resposta que os deixou confundidos.
Em última análise, a resposta do Mestre serve ainda hoje para discernirmos o lícito e o ilícito. Qualquer coisa é lícita, desde que compatível com o projeto de Deus. O que fere este projeto é ilícito e deve ser rejeitado por quem aderiu ao Reino e procura pautar-se por ele.
Tomando Deus como ponto de referência, é possível determinar, em cada caso concreto, o que é ou não é permitido. Bastava, pois, que os emissários dos fariseus aplicassem este critério à questão do tributo a ser pago ao imperador romano.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, por reconhecer-te como centro de minha vida, ensina-me a submeter tudo a ti, e a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O que é de Cesar, e o que é de Deus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste, evangelho, a resposta de Jesus “Dai a Cesar o que é de Cesar, dai a Deus o que é de Deus” precisa ser bem trabalhada para que não tiremos conclusões precipitadas. Os Fariseus tentaram colocar Jesus em uma “saia Justíssima”, se a sua resposta pendesse para um dos dois lados, os Sabichões ficariam com a “Faca e o Queijo” na mão, para o condenarem.
A resposta de Jesus, embora pareça pacificadora, é na verdade bem provocante, se considerarmos o fato de que ele quer ver a moeda que eles a apresentam, indagando-lhes de quem é a imagem nela gravada, neste detalhe está a chave para a compreensão do ensinamento.
Os Fariseus querem ser tão espertos, mas na verdade ajudam Jesus em uma aula prática quando apresentam e moeda e dizem que a imagem nela contida é de Cesar. A resposta de Jesus talvez os tenha decepcionado, estavam doidos para darem o “Bote”, mas novamente o Mestre tirou de letra não fazendo o “joguinho” do grupo Farisaico. Mas não podemos olhar para os Fariseus, lá longe na linha do tempo, precisamos prestar mais atenção á nossa postura na relação com as pessoas na comunidade, nas pastorais, nas reuniões do CPP ou do CPC, onde também ás vezes se fazem certas perguntas que só têm como objetivo condenar o outro.
A moeda traz a imagem de Cesar, o Imperador divino, que as pessoas no Império devem cultuar e adorar, é uma imagem que sinaliza domínio e poder sobre todas as pessoas.  Entretanto, o Ser Humano é a imagem e semelhança de Deus, Criador e Salvador, que ao contrário do Poder Imperial, nos promove e nos liberta, da condição de escravos á condição de filhos e Filhas de Deus, temos em nós a imagem libertadora e redentora do nosso Deus, carregamos essa marca desde o Batismo, onde fomos consagrados um dia ao Senhor.
Se os Fariseus fossem um pouco mais inteligentes teriam percebido que a resposta de Jesus foi exatamente uma dura crítica ao paganismo reinante no Império, acima de tudo Deus e nada pode querer estar acima dele. Nos dias de hoje, por acaso também não ocorre o mesmo? Somos todos, homens e mulheres marcados pela Vida que em Cristo Jesus Deus nos deu, entretanto, nos deixamos arrastar por outras imagens que o poder temporal grava em nós, nos seduzindo e nos fazendo escravos.
Jesus não nos quer cristãos alienados, sem compromisso com a ética, moral, política, ao contrário, nos quer como sementes na massa, testemunhas do seu santo evangelho. Exercer a nossa cidadania também é uma forma privilegiada de sermos cristãos, e se ainda houver dúvidas a este respeito, basta nos lembrarmos das palavras do Santo Padre o Papa Francisco que definiu a política como a mais autêntica e verdadeira expressão da caridade. Quem sonega no pagamento de impostos, quem se omite da questão política, é tão corrupto e culpado, como os governantes e legisladores desonestos.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus - Mt 22,15-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Presentes no mundo, em todas as culturas e nações, os missionários se inserem em realidades que os levam ao confronto com César e suas moedas. Hoje é o Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária. O discípulo missionário se esforça para tornar conhecido o verdadeiro Deus, que ele experimentou em sua vida e de cuja veracidade está convencido.
O anúncio do verdadeiro e único Deus implica o reconhecimento, por parte de qualquer governante, de que ele mesmo não é Deus. César tem que reconhecer que não é Deus e que deve obediência a Deus. A moeda pode ser dele. O que não pode é ser usada em desacordo com a vontade de Deus. Esta tarefa missionária significa mudança e conversão nos sistemas de governo em todos os seus níveis. O que Deus espera de um governante é a paz gerada pela justiça. Quando Jesus disse: “Entre vós não será assim”, ele se referia ao modo tirânico de governar.
Paulo, Silvano e Timóteo agradecem a Deus pelo resultado de seu trabalho missionário em Tessalônica, por como os cristãos daquela localidade testemunhavam na prática sua real conversão. Estes discípulos missionários podiam ver com alegria o resultado de seu trabalho na fé ativa, na caridade esforçada e na esperança firme dos tessalonicenses. O Evangelho lhes foi anunciado não só por palavras, mas com toda a força do Espírito Santo.
Ciro da Pérsia, que era um rei pagão, submeteu-se ao chamado do Senhor e aprendeu que somente o Senhor é Deus e sem ele nada existe. Todas as vitórias de Ciro foram permitidas por Deus e Deus mesmo o inspirou a deixar partir o povo de Israel que vivia no exílio da Babilônia. As moedas eram de Ciro, as armas e os exércitos eram de Ciro, mas Ciro devia reconhecer que ele era de Deus, e não era Deus. Dê a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.
São Paulo orienta os romanos à devida submissão às autoridades constituídas. Devemos nos submeter às autoridades constituídas, “pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus”. Diz ele que devemos pagar os impostos, “pois os que governam são servidores de Deus e se desincumbem com zelo de seu ofício”. São Paulo ensina a dar a César o que é de César e dar César a Deus, porque os que governam foram estabelecidos por Deus. A autoridade não existe para dominar, mas é instrumento de Deus para nos conduzir ao bem. Faz parte do trabalho do discípulo missionário no meio do mundo fazer com que as autoridades saibam qual é o seu lugar e o seu ofício. Um poder que quisesse ocupar o lugar de Deus e não protegesse o bem, mas propagasse o mal, não deveria ter a submissão de ninguém.
Os israelitas não podiam aceitar na moeda a imagem de César que se fazia adorar como se fosse uma divindade do panteão romano. De Deus não se faz imagem porque a única imagem aceitável já está feita, e esta é o ser humano vivo. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”, foi dito por Deus no sexto dia da criação.
A moeda de César significa o poder econômico, que hoje mostra mais claramente a sua maldade. Os interesses econômicos estão na base da corrupção presente nos sistemas sociais. O que dá forma, ordem, estabilidade ao conjunto dos acontecimentos da vida social é um sistema marcado pela ganância. Há um prazer em ter mesmo sem saber para quê. Esse modelo coloca a sociedade debaixo da moeda de César.

Homilia do 29º Domingo do Tempo Comum, por Pe. Paulo Ricardo


César não é Deus

Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”: essa frase de Nosso Senhor, aparentemente simples, mudou toda a história da humanidade. Desde os primeiros mártires da fé católica até os difíceis dias de hoje, em que o Estado continua tentando subverter o poder divino, o Evangelho recorda que “é preciso obedecer antes a Deus que aos homens”.
Fonte: Reflexões Franciscanas em 19/10/2014

HOMILIA

Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Pai,
por reconhecer-te como centro de minha vida,
ensina-me a submeter tudo a ti,
e a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.

DAMOS A DEUS O QUE É DE DEUS?

Estamos na última semana da vida de Jesus. Ele atua como mestre no pórtico de Salomão ao oriente da esplanada do templo. Seus inimigos estão à espreita, para ver como apanhá-lo em suas palavras e por isso propõem diversas questões, que eram discutidas na época, com o intuito de ver seus conhecimentos e até de poder acusá-lo diante das autoridades por sua discrepância da Lei, ou sua oposição às autoridades romanas. Um destes episódios é o de hoje, Mestre, sabemos que o senhor é honesto, ensina a verdade sobre a maneira de viver que Deus exige e não se importa com a opinião dos outros, nem julga pela aparência. Então o que o senhor acha: é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador romano?
É lícito significa se está de acordo com a lei. Pagar o tributo a César seria, segundo os zelotas e os fariseus, dar dinheiro a um representante de um deus pagão. Seria manter o princípio de propriedade do Estado Romano sobre terras que Jahvé-Deus tinha dado a Israel a título inalienável. Segundo os juristas romanos os indígenas tinham unicamente o usufruto das mesmas. Por isso a taxação era uma escravidão evidente segundo os radicais palestinos. Diante deste fato a resposta se fosse favorável aos romanos atrairia o desprezo do povo sobre Jesus. Mas se a resposta de Jesus fosse contrária ao pagamento do tributo, poderia ser causa suficiente para tratar Jesus como zelota e os herodianos acusá-lo-iam às autoridades, como realmente o fizeram, de impedir pagar tributo a César(Lc 23,2).
Jesus pede a moeda onde estava escrita ao redor da efígie do César: César Tibério, do divino Augusto filho, ele mesmo Augusto Pontifice Máximo. A moeda estava cunhada em Roma, como todas as moedas em ouro ou prata. Todos, tanto fariseus como herodianos, usavam a moeda o que era de fato aceitar o domínio do César. A tradução mais exata da resposta de Jesus seria: Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Sem dúvida que Jesus aponta para uma dívida que temos tanto com as autoridades civis como para com Deus:
1º Ele estabelece uma clara distinção entre os deveres cívicos e os religiosos, não confundindo as áreas, mas separando-as.
2º Toda autoridade da qual nos servimos, como se serviam do denário os judeus, tem origem divina, como ele respondeu a Pilatos: Nenhuma autoridade terias sobre mim se de cima não te fosse dada(Jo19,11).
Deus quer ser representado na autoridade do homem, como diz Paulo, independentemente dessa autoridade ser boa ou má. Em Rm 3,1 afirma: Não há autoridade que não proceda de Deus e as autoridades que existem foram por Ele instauradas.
No mundo moderno não interrogamos Jesus sobre o tributo a César, mas interrogamos a Igreja sobre o Jesus que está mostrando ao mundo: O homem oprimido tem substituído a mensagem evangélica sobre o verdadeiro Jesus, Filho de Deus, Redentor e Salvador. Do evangelho tomamos unicamente a mensagem sobre a justiça e igualdade; e a fé, fundamento da vida cristã fica diluída em termos humanos. O homem substitui o Deus encarnado.
Em Jesus queremos ver um revolucionário, e na revolução um remédio universal, uma redenção necessária embora dolorosa. Portanto devemos favorecê-la e acompanhá-la com ilusão e até propagá-la como remédio dos males modernos. Da frase eu vim evangelizar os pobres reduzimos o evangelho a uma simples conclusão de semelhante afirmação. O resto da boa noticia não interessa.
É por isso que os milagres de Jesus ou são silenciados ou são negados e entre eles a Ressurreição. A vida eterna do evangelho é traduzida como vida melhor na terra por um repartimento mais justo das riquezas. O natural é substituído pelo natural o pão de cada dia desloca o Pão Eucarístico necessário para a verdadeira vida. A política tem tomado o lugar da religião. Damos a César o que é de César; mas não damos a Deus o que é de Deus, embora esse Deus moderno seja o Grande Arquiteto que anula o Cristo do qual temos recebido o nome. A fé se reduz a uma idéia mais conforme com a Filosofia natural do que com a os versículos dos evangelhos.
Temos que nos perguntar se damos a Deus o que é de Deus. Porque, embora sabendo que Ele é o verdadeiro Senhor de nossas vidas muitas vezes O temos relegado a um segundo termo quando nos declaramos independentes ou buscamos nosso próprio bem no lugar da vontade que é absoluta no céu e que deveria ser também soberana na terra, como rezamos no Pai Nosso.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 19/10/2014

HOMILIA DIÁRIA

Um bom cristão deve ser sempre um bom cidadão

Um bom cristão deve ser sempre um bom cidadão, consciente e responsável pelos seus deveres e tarefas no mundo presente. Não basta dizer que ama Deus se ele não cumpre com os deveres e as obrigações para com a sociedade!

Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22, 21).

A Palavra de Deus, enviada hoje aos nossos corações, é um convite para refletirmos sobre o nosso papel diante de Deus, diante do mundo e da sociedade em que vivemos. Nós temos uma dupla responsabilidade neste mundo, a primeira delas é para com Deus e com as nossas obrigações religiosas. O nosso modo de viver a nossa religião deve resplandecer no mundo e na sociedade onde estamos presentes e onde estamos inseridos. Não podemos ser uma coisa aqui e outra ali.
Primeiramente viver bem a nossa religião, dar a Deus o que é de Deus é, acima de tudo, procurar viver o Cristianismo, a nossa fé e as nossas convicções com seriedade. O que devemos dar a Deus? Primeiro: o nosso culto, a nossa adoração, o nosso louvor e o nosso amor, tudo em nós deve estar direcionado para Aquele que nos criou. Não podemos colocar ninguém no lugar de Deus nem podemos amar alguém ou qualquer outra coisa mais do que a Ele!
Deus é nosso primeiro amor, o amor supremo do nosso coração, Ele deve estar sempre em primeiro lugar. Deste modo, não levamos de qualquer jeito os nossos compromissos e as nossas responsabilidades religiosas. Participamos e vivemos bem o Dia do Senhor indo à Santa Missa, cumprindo com a nossa responsabilidade cristã, pagando o dízimo na nossa comunidade, ajudando na comunidade religiosa da qual participamos, enfim, levando uma vida na qual priorizamos a Deus.
A oração, em primeiro lugar, é aquele tempo só para Deus. No entanto, quando amamos a Deus e O colocamos em primeiro lugar não podemos nos esquecer das nossas responsabilidades sociais no nosso lugar na sociedade e no mundo em que vivemos.
Um bom cristão deve ser sempre um bom cidadão, consciente e responsável pelos seus deveres e tarefas no mundo presente. Primeiramente, os cristãos respeitam as leis, obedecem-nas – obedecer às leis não significa sempre concordar com elas – devem, sobretudo, combater as leis injustas, mas, sem, contudo, deixar de ser responsáveis.
Um bom cristão vota de forma consciente, não se omite, se faz presente, luta pela transformação do mundo e da sociedade onde vive. Um bom cristão paga seus impostos, sim, por mais pesados que sejam ao bolso. Você pode até lutar por impostos mais justos, por uma sociedade mais justa, por governantes que governem com seriedade, mas sem deixar de cumprir com os seus deveres e suas responsabilidades.
Não basta dizer que amamos Deus se não cumprimos com os nossos deveres e com as nossas obrigações para com a sociedade! Ser de Deus é ser fermento, é ser sal, ser luz no mundo, sendo exemplo e referência no cumprimento dos deveres e das obrigações.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/10/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a discernir entre o essencial e o acidental. Ajuda-nos a procurar o teu Reino de Amor e, depois de encontrado, a trabalharmos para adquiri-lo, desprezando as muitas coisas, ninharias sem valor que antes tanto nos seduziam. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, nós Te pedimos o dom do discernimento. Ensina-nos a escolher as coisas de Deus, desprezando as sedutoras tentações, às vezes bem dissimuladas, dos bens que passam e não nos conduzem ao Reino que para nós preparaste. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.