domingo, 15 de dezembro de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/12/2024

ANO C


3º DOMINGO DO ADVENTO

Ano C - Roxo ou Róseo

“Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias.” Lc 3,16

“Alegrai-vos sempre no Senhor.”

Lc 3,10-18

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Recordamos, neste domingo, que a preparação para o nascimento de Jesus tem como característica a alegria. Jubilosos, vivenciemos este tempo de espera, certos de que o Senhor vem ao nosso encontro!
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/15-de-dez-3-domingo-do-advento.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

A pregação de João Batista


A Palavra do Senhor foi dirigida a São João Batista no deserto, e ele clamou: “Preparem o caminho do Senhor. Todos verão a salvação de Deus”. No rio Jordão, ele batizava um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Muita gente vinha até ele e perguntava o que fazer.
As respostas eram diretas, e valem também para nós, se quisermos preparar o caminho do Senhor que vem no fim dos tempos, que vem no Natal, que vem diariamente na Eucaristia. Para que a Eucaristia não seja apenas rito, o que devemos fazer? Para todos ele dizia: “Partilhe o que você tem com quem não tem. Tem duas túnicas? Dê uma. Tem comida? Faça o mesmo”.
Nenhuma dificuldade para nós, que conhecemos as perguntas que Jesus nos fará no dia do julgamento, como lemos em São Mateus: “Eu tive fome e você me deu de comer, eu tive sede e você me deu de beber, eu estava nu e você me vestiu”. Ouvimos agora a mesma coisa da boca de São João Batista. Os publicanos, cobradores de impostos, também estavam por lá. A eles, dizia o Batista, “não cobrem mais do que foi estabelecido. Não roubem, não desviem dinheiro que não é seu”.
Bastaria isso entre nós: que os que roubam entrassem nas águas e saíssem convertidos. Roubam os grandes, roubam os pequenos, e roubar torna-se uma cultura. Só não rouba quem não é esperto, e quando alguém devolve o que não é seu, sai no noticiário como algo extraordinário. Vieram também os soldados e ouviram de João que não deviam maltratar ninguém, que não deviam tomar dinheiro à força, nem fazer denúncias falsas e contentar-se com o próprio salário, esperando que o salário fosse justo.
Acontecia o que supomos que aconteça em nossas pias batismais, que quem se faz batizar esteja disposto a mudar de vida. Muitos pensavam que João fosse o Messias, mas não era. Ele mesmo anunciou que depois dele viria aquele que iria batizar com o Espírito Santo e com fogo. O Espírito Santo, o Amor na Trindade, se tornaria a vida de quem foi batizado; e o fogo purificaria a intenções e queimaria a palha. Este terceiro domingo do Advento é chamado na liturgia de Domingo da Alegria, porque a festa do Natal se aproxima.
O profeta Sofonias convida a filha de Sião, o povo de Israel e todos nós, a cantar de alegria, porque o Senhor está entre nós, afastou os inimigos e aboliu a sentença de condenação que pesava contra nós. Já não precisamos mais ter medo. O Senhor está ao nosso lado como valente libertador. E também a Carta aos Filipenses nos chama à alegria. Alegrem-se no Senhor, alegrem- -se.
O Senhor está próximo, que todos possam conhecer a nossa bondade. A paz de Deus guardará os nossos corações e os nossos pensamentos no Cristo Jesus que vem. Ouvimos de João Batista que é preciso preparar o caminho do Senhor, removendo obstáculos para que ele possa passar quando vier ao nosso encontro, e ouvimos que a conversão se vê na remoção dos obstáculos que se encontram em nossas atitudes.
Para que tais atos não sejam remendo novo em pano velho, o que há de vir nos batizará no Espírito Santo e no fogo, colocando-nos em um novo estado de vida. Não saímos das águas do batismo com remendos novos em nossa velha criatura. Saímos nova criatura. Realidade que supera todo entendimento!
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/a-pregacao-de-joao-batista/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/--a-pregacao-de-joao-batista-15122024

Reflexão

As multidões percebiam que João não era um pregador comum; ele trazia uma exigência clara, propunha uma reviravolta nas atitudes pessoais e nos relacionamentos sociais. Era portador da Boa Notícia de Deus. Estava a serviço do Messias, que ele anunciava próximo. Dispostas a mudar de vida, várias categorias de pessoas se apresentam a João e lhe perguntam: “O que devemos fazer?”. João adequava sua resposta conforme a situação ou profissão da pessoa (o povo em geral, cobrador de impostos, soldados) e lhes recomendava praticar a justiça, isto é, realizar as obras de modo justo, honesto e agradável a Deus. Ao ser interrogado se era o Messias, responde com firmeza que não. O Messias viria em breve e haveria de batizar “com Espírito Santo e fogo”. Com o fogo purificador e com o Espírito que dá vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/15-domingo-7/

Reflexão

«Está a chegar quem é mais forte do que eu»

Cardenal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la S.R.I.
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, em pleno Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos o Santo Precursor de Jesus Cristo: S. João Baptista. Deus Pai decidiu preparar a vinda, quer dizer, o Advento, de seu Filho na nossa carne, nascido da Virgem Maria, «muitas vezes e de muitos modos», como diz o início da Carta aos Hebreus (1,1). Os patriarcas, os profetas e os reis prepararam a vinda de Jesus.
Vejamos as suas duas genealogias, nos Evangelhos de Mateus e Lucas. Ele é filho de Abraão e de David. Moisés, Isaías e Jeremias anunciaram o seu Advento e descreveram os traços do seu mistério. Mas S. João Baptista, como diz a liturgia (Prefácio da sua festa), pôde apontá-lo com o dedo e coube-lhe - misteriosamente! - a honra de ministrar o Baptismo ao Senhor. Foi a última testemunha antes da vinda. E foi-o com a sua vida, com a sua morte e com a sua palavra. O seu nascimento também é anunciado, como o de Jesus, e é preparado, segundo o Evangelho de Lucas (caps.1 e 2). E a sua morte como mártir, vítima da debilidade de um rei e do ódio de uma mulher perversa, também prepara a de Jesus. Por isso, recebeu o extraordinário louvor do próprio Jesus que lemos nos Evangelhos de Mateus e de Lucas (cf. Mt 11,11; Lc 7,28): «entre os nascidos de mulher não veio ao mundo outro maior que João Baptista. Mas o menor no Reino dos Céus é maior do que ele». E S. João Baptista diante disto, que não pôde ignorar, é um modelo de humildade: «Eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias» (Lc 3,16), diz-nos hoje. E, segundo S. João (3,30): «Convém que ele cresça e eu diminua».
Escutemos hoje a sua palavra, que nos exorta a partilhar o que temos e a respeitar a justiça e a dignidade de todos. Preparemo-nos assim para receber Aquele que vem agora para nos salvar, e virá de novo para «julgar os vivos e os mortos».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Aprendei do próprio João um exemplo de humildade. Ele não se deixou confundir, ele se humilhou a si próprio. Ele compreendeu onde tinha a sua salvação; compreendeu que não passava de uma tocha e temeu que o vento da soberba a apagasse» (Santo Agostinho)

- «Nos dias que correm, vamos rezar. Mas não vos esqueçais: rezemos pedindo pela alegria do Natal. Agradeçamos a Deus pelas muitas coisas que nos deu, em primeiro lugar a fé. Esta é uma grande graça» (Francisco)

- «João Batista, 'que irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias' (Lc 1,17), anuncia Cristo como Aquele que 'há de batizar no Espírito Santo e no fogo' (Lc 3,16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!» (Lc 12,49) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 696)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-12-15

Reflexão

João foi o último testemunho de Jesus antes da sua vinda

Cardenal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la S.R.I.
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a liturgia do domingo de hoje, chamado "Gaudete", convida-nos à alegria, a uma vigilância não triste, mas alegre. "Gaudete in Domino semper" — escreve são Paulo: "Alegrai-vos sempre no Senhor" (Fl 4,4).
Hoje também a Palavra de Deus apresenta-nos, no Advento, o Santo Precursor de Jesus Cristo: São João Batista. Deus Pai dispôs preparar a vinda, quer dizer, o Advento, de seu Filho em nossa carne, nascido da Maria Virgem, «Muitas vezes e de muitos modos», como diz o início da Carta aos Hebreus (1,1). Os patriarcas, os profetas e os reis prepararam a vinda de Jesus... Mas, São João Batista, como diz a liturgia (Prefácio de sua festa), o assinalou com o dedo e, lhe correspondeu a honra —misteriosamente!— de fazer o Batismo do Senhor. Foi o último testemunho antes da vinda. O foi com sua vida, com sua morte e com sua palavra.
—Escutemos hoje sua palavra, que nos exorta a compartilhar o que temos e a respeitar a justiça e a dignidade de todos.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-12-15

Comentário sobre o Evangelho

João Batista ao povo: «Eu batizo-vos com água, Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo»


Hoje estamos muito perto do Natal. E também nos fazemos a mesma pergunta: o que devemos fazer? O Batista pediu às pessoas que agissem com justiça. Isso significa que devemos cumprir nossos compromissos e deveres: estudar, chegar a tempo, emprestar coisas, evitar discussões, não ser caprichosos e nos contentar com o que temos, trabalhar em casa sem ter que perguntar de novo e de novo. ...
O lugar do nascimento de Jesus não foi confortável para a Virgem Maria. Mas São José ajudou-a muito. E você?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-12-15

HOMILIA

A PALAVRA DE DEUS: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO

Este é chamado domingo da alegria, devido à insistência da Palavra. O profeta Sofonias recorda a amarga desolação que o Povo vivia, por sua infidelidade a Deus.
Aí irrompe a voz profética: “canta... rejubila... alegra-te de todo coração” porque o Senhor “revogou a sentença contra ti”. Houve perdão, aliás, Deus nem sequer deu as costas: “ele está no meio de ti... não te deixes levar pelo desânimo”. E muito mais: Deus continua noivo apaixonado: “ele exultará de alegria por ti, movido pelo amor... como nos dias de festa”.
O profeta vivia e propunha alegria pela presença e amor do Senhor, mas na esperança de que um dia tudo se tornasse total realidade.
É a plenitude que Paulo tem a graça de viver, e assim de propor aos filipenses: “alegrai-vos sempre no Senhor... eu repito, alegrai-vos”. Com sua presença encarnada entre nós, e mais, até nós vivendo nele, que não nos inquietemos com coisa alguma, mas apresentemos nossas necessidades a Deus!
Ele está entre nós, vivemos nele. Mas, Paulo nos alerta para sua segunda e definitiva vinda até cada um de nós: “o Senhor está próximo”. Vinda maravilhosa se ele nos surpreender na prática do bem: “que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens!”
João Batista é o prometido preparador dos caminhos do Messias. O que é tortuoso precisa ser endireitado; o áspero, aplainado, alisado.
Impressiona como o Batista, na mais pura tradição profética, vai ao cerne da questão, não se perde em ninharias: o Senhor encontra caminho nivelado até mim, porta aberta para si, na medida em que o irmão, sobretudo necessitado, encontra acesso livre, facilitado até meu coração solidário com ele: “quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo... não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações”.
E João é a pura transparência, não traz ambições: não é o Messias. Tão somente está a serviço de sua vinda. Seu batismo é de água, de purificação, prepara acolhida para o Messias. Este sim, é que batizará “no Espírito Santo e no fogo”.
No Espírito, nesta divina força que veio sobre ele no batismo, Jesus “passou fazendo o bem” (At 10,38). Agora nos mergulha nessa sua mesma dinâmica divina de atuação. No Espírito, temos tudo para continuar sua vida e missão!
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=15%2F12%2F2024&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, concedei-nos chegar às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=15%2F12%2F2024&leitura=meditacao


COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 15/12/2024

ANO C


3º DOMINGO DO ADVENTO

Ano C - Roxo ou Róseo

“Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias.” Lc 3,16

“Alegrai-vos sempre no Senhor.”

Lc 3,10-18

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A proximidade do Senhor enche o coração de alegria. João Batista continua a provocar pois , sendo cristãos, assumimos uma vida conforme o ensinamento de nosso Senhor. Dessa maneira, egoísmo, violência e injustiças não podem fazer parte do nosso agir cotidiano. É necessário abandonar as trevas e caminhar em direção à luz que é Jesus.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Natal que se aproxima deve ser entendido como a presença de Deus no meio do povo, é iniciativa divina que possibilita-nos participar de sua salvação. Eis o sentido principal do “Domingo da Alegria”, esta exultação manifesta-se no coração dos homens e mulheres que aguardam a vinda do Deus menino. Alegremo-nos todos no Senhor pois ele está perto!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje a Igreja antecipa seu júbilo pela proximidade da chegada do Senhor no Natal. Alegrar-se no Senhor é o grande convite que a Liturgia hoje nos faz. Alegrar-se na certeza de que o Senhor sustenta a nossa existência, dá sentido às nossas dores e é nosso consolador. Neste domingo sairemos daqui com a convicção da fé que nos afirma que Deus não nos abandona e está presente no seu Filho que veio pessoalmente ao nosso encontro. Portanto, alegremo-nos no Senhor!

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: "e nós, que devemos fazer?" Preparar o "caminho" por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus. O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é "batizado no Espírito", recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica. A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse "caminho de conversão", espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho conosco. A segunda leitura insiste nas atitudes corretas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

ELE É A ALEGRIA VERDADEIRA...

A espera, característica essencial deste tempo, tem como marca a dimensão penitencial, esta “é expressão do desapego àquilo que nos prende e disponibilidade àquilo que virá” (G. Gutierrez). Tal vigilância não se dá em meio a prato ou tristeza, mas transcorre em clima de alegria e júbilo tendo sempre em vista o Senhor que vem, prêmio eterno de quem n’Ele espera. O terceiro Domingo do Advento recorda-nos, assim, a alegria, leva o nome de Domingo Gaudete (Alegria): imbuídos da palavra do Apóstolo “alegramo-nos no Senhor” na certeza de que Ele se aproxima!
Insistindo ainda na figura de João Batista como precursor necessário de Jesus, São Lucas o apresenta como modelo de modéstia e lucidez referente à sua função. O profeta João responde com simplicidade e sobriedade aos questionamentos de seus discípulos, enfatizando que a conversão deve ser vivenciada concretamente na relação com o próximo. Todos são chamados à prática do Amor, solidariedade, respeito mútuo, segundo suas condições e estado de vida.
É nobre a atitude de João ao evitar enganos, renunciando o título de messias: ele tem clareza de sua missão e aponta, com seu testemunho, o salvador que há de vir.
O Concílio Vaticano II, levando a cabo sua empreita de estabelecer efetivo diálogo entre Igreja e mundo moderno, recorda-nos a necessidade de que a mesma supere posturas “auto- -referenciais” (A Igreja como substituta de Jesus), assumindo a dimensão de serva do mesmo, presente, de modo particular, nos mais necessitados. A comunidade cristão é, fundamentalmente, mediação, devendo assim, à exemplo de João, conduzir à Cristo!
Texto: Equipe Diocesana
Diocese de Apucarana - PR

O QUE DEVEMOS FAZER?

Neste 3° Domingo do Advento, ouvimos como João Batista prepara o povo para acolher bem o Salvador. A missão da Igreja, como a de João Batista, é “preparar os caminhos do Senhor”, chamando as pessoas à conversão e a remover da vida tudo o que atrapalha o encontro com o Deus Salvador que vem ao nosso encontro. A Igreja aponta para Cristo e para Deus e prepara o povo para o encontro com Ele.
As pessoas aproximavam-se de João Batista e perguntavam: que devemos fazer? Esta pergunta sai de nossa consciência, que procura o bem e a verdade. João responde que cada um cumpra bem os seus deveres, respeitando as pessoas, não fazendo injustiça ou violência contra ninguém, não sendo gananciosos, nem desonestos. “Fazer dignos frutos de penitência” é converter o coração para Deus.
Nossa consciência aponta para os caminhos bons, que Deus não esconde a ninguém. A verdade e a prática do bem levam a Deus. A maldade, a falsidade e o desrespeito não levam a Deus: ao contrário, atrapalham e precisam ser tiradas do caminho de nossa vida... Preparemo-nos para celebrar o Natal com o coração purifica e convertido para Deus.
Hoje, em todo o Brasil, a Igreja Católica faz a Coleta da Campanha Nacional para a Evangelização. Aquilo que se recolhe servirá para apoiar a formação de pessoas e para custear os meios necessários para a evangelização. A promoção da evangelização requer recursos materiais e pessoas preparadas nas paróquias, dioceses e organizações pastorais.
Apoiar o trabalho evangelizador da Igreja é um dever para todo católico. Hoje temos a ocasião de fazer um gesto concreto e generoso de apoio à evangelização na Arquidiocese de São Paulo e em todo o Brasil. A doação de cada um ajudará a Igreja a anunciar o Evangelho e a preparar as pessoas para o encontro com o Senhor. Com a doação de cada um, a Igreja continuará a preparar os que fazem o trabalho de João Batista...
Hoje também iniciamos a Novena litúrgica do Natal, em preparação ao Natal que se aproxima; procuremos rezar mais intensamente e preparar-nos espiritualmente para a comemoração do nascimento de Jesus, nosso Salvador. Quem ainda não fez sua Confissão para o Natal, procure um padre nas igrejas, para se confessar. Preparemos o ambiente de nossas casas para bem celebrar o Natal, como testemunho de nossa fé em Cristo.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

Comentário do Evangelho

Anúncio libertador e coerente

João Batista faz seu anúncio profético nas regiões vizinhas da Judeia ("além do Jordão", conforme o evangelho de João - 1,28; 3,26; 10,40), inaugurando um forte movimento renovador, a partir da ruptura com a doutrina e o culto do Templo de Jerusalém e com a sua linhagem sacerdotal. Com seu anúncio libertador e coerente, atrai as multidões e reúne discípulos em torno de si. O próprio Jesus vem de sua cidade, Nazaré da Galileia, para ser batizado por João.
João, com o rito simbólico de seu batismo, conclamava o povo à conversão (metanóia). Conversão significa mudança de vida, mudança de comportamento e de valores. Em relação a algumas outras práticas religiosas de abluções (purificação com água) existentes, o batismo de João era uma inovação. Ele significava um compromisso com a prática da justiça, através da qual o pecado é removido. Assim, fica descartada a tradição segundo a qual se devia buscar a purificação dos pecados através de ofertas e sacrifícios de animais a serem praticados pelos sacerdotes do Templo de Jerusalém.
Àqueles que a ele vinham, julgando-se justificados e salvos por serem "filhos de Abraão", João incitava à conversão com uma nova prática de vida, dizendo-lhes: "Produzi fruto digno de arrependimento e não penseis que basta dizer: 'Temos por pai a Abraão'. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão".
Em resposta às multidões que o procuravam, João apresenta o essencial da nova prática a ser assumida a partir do compromisso do batismo. Com as recomendações de partilhar as túnicas e a comida, não cobrar nada além do estabelecido (aos publicanos), de não maltratar a ninguém, não fazer falsas denúncias e não extorquir dinheiro (aos soldados), fica caracterizada a efetiva conversão pelo amor e pela prática da justiça, na solidariedade com os mais fracos e empobrecidos.
Jesus se fez discípulo de João, contudo, amplia seu movimento com um novo caráter. O seu anúncio inicial é o mesmo de João: a conversão ao Reino de Deus que está próximo. Entretanto, a sua novidade é o dom do Espírito e da vida eterna àqueles que aderirem ao Reino, que é a vida plena para todos. A prática da justiça, decorrente da conversão e do compromisso do batismo anunciado por João, alcança, assim, uma dimensão de participação na vida divina e de eternidade, no Espírito.
Depois da morte de João Batista, seus discípulos continuarão com um movimento em paralelo ao movimento que também foi iniciado por Jesus, conforme se pode perceber em várias passagens do Segundo Testamento. Ao escreverem as memórias de João Batista, os evangelistas, a fim de atrair para o movimento de Jesus aqueles que permaneciam fiéis como discípulos de João, procuram caracterizá-lo como alguém que conscientemente se coloca em posição subalterna a Jesus.
Em clima de expectativa do Advento, ao renovarmos a consciência da presença de Jesus encarnado entre nós, Filho de Deus e eterno, enchemo-nos de alegria. "O Senhor está a teu lado... apaixonado de amor por ti" (primeira leitura). "Alegrai-vos sempre no Senhor"!
José Raimundo Oliva
Oração
Espírito que converte para Deus, que eu permaneça atento aos apelos de conversão que me são dirigidos, para merecer ser acolhido no Reino proclamado pelo Messias Jesus.
Fonte: Paulinas em 16/12/2012

Comentário do Evangelho

O Senhor está próximo

O terceiro domingo do advento é o domingo da alegria, pois nos aproximamos da festa para a qual estamos nos preparando para celebrar. O trecho do livro do profeta Sofonias convida todo o povo a uma intensa alegria, porque Deus está no meio do seu povo e derrotou o inimigo. Essa alegria da salvação nós a experimentamos realizada em Jesus Cristo. Assumindo a nossa natureza humana, vindo ao mundo ele nos oferece a sua alegria (cf. Jo 15,11). Jesus comunica a salvação, a derrota do inimigo da natureza humana e a alegria de ser salvo. As dificuldades e provações pelas quais passamos, podemos vivê-las na alegria: “à medida que participais dos sofrimentos de Cristo, alegrai-vos, para que também na revelação da sua glória possais ter alegria transbordante” (1Pd 4,13). Na segunda leitura, desde a sua prisão, Paulo convida os Filipenses a se alegrarem, pois o Senhor está próximo. Efetivamente, no Natal o Verbo de Deus não somente se fez próximo de nós, mas se fez um de nós. Devemos nos alegrar pela encarnação do Verbo eterno de Deus e por sua proximidade. O evangelho, ao contrário dos textos anteriores, fala da necessidade de conversão para acolher o Senhor que vem. A conversão tem uma implicação ética, por isso, os que vão até João perguntam: “o que devemos fazer?”. A resposta de João é simples: nada de extraordinário; é preciso praticar a justiça e a misericórdia. A conversão consiste em vencer o egoísmo pela partilha dos bens com os necessitados. Para isso, é preciso olhar para os nossos semelhantes como Deus olha para cada um de nós, com amor e compaixão. Aos publicanos, particularmente desprezados pelos judeus praticantes (cf. Lc 18,9-14), João recomenda a justiça. Aos soldados, João recomenda a renúncia da violência, da prática da exploração, da ganância e do falso testemunho. A força da pregação do Batista e do seu movimento leva as pessoas a se perguntarem se ele não seria o Messias. João nega e anuncia a vinda do Cristo, mais forte do que ele e que batizará a todos com o Espírito Santo e com o fogo. O Espírito Santo que o Senhor envia de junto do Pai é como o fogo que faz a prata voltar ao seu brilho original. Esse fogo, agindo em nós, purifica e devolve a nossa humanidade o brilho originário da criação. Somente em Jesus Cristo nossa alegria é plena.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que converte para Deus, que eu permaneça atento aos apelos de conversão que me são dirigidos, para merecer ser acolhido no Reino proclamado pelo Messias Jesus.
Fonte: Paulinas em 13/12/2015

Vivendo a Palavra

O Batista vai apontando: para cada situação, a atitude própria e desejável para a acolhida do Reino de Deus. Coloquemo-nos diante de João e procuremos escutar dele qual deve ser a atitude de conversão em nossa posição existencial de hoje. Qual seria o conselho do Precursor para a Igreja neste início do século 21?
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2015

VIVENDO A PALAVRA

João Batista lembrava àqueles que o procuravam para o batismo, os deveres de seu estado. O viver humano honrado, discreto, generoso e atento aos irmãos deve ser a base sobre a qual assentamos a vivência da nossa fé, procurando seguir Jesus de Nazaré e dando testemunho da presença do Reino do Céu dentro de nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2018

Reflexão

João Batista aparece anunciando a vinda de Jesus e aponta a maneira prática de recebê-lo. A pergunta que não pode faltar é esta: o que devemos fazer? João estabelece um compromisso a cada grupo que o procura. João diz que a melhor maneira de preparar o caminho para Jesus é empenhar-se por uma sociedade solidária, justa e não violenta. Ao povo que o procura, João diz que é necessário ser solidário com os necessitados: quem tem repartir com quem não tem. A partilha é fundamental para que aconteça a justiça divina e todos tenham condições de uma vida digna. Aos cobradores de impostos, João os convida a praticar a justiça: não cobrar além do estabelecido. A honestidade e a ética não podem ser esquecidas em nenhuma e qualquer administração, seja pública ou privada. Aos soldados, João responde que é preciso não agir com violência: não maltratar com violência nem fazer acusações falsas. A violência e a força opressora nunca foram solução para a paz. Abuso do poder e acusação falsa destroem a fraternidade comunitária e a democracia de um povo. João propõe a conversão pessoal, mas principalmente a conversão social: as injustiças que acontecem contra os direitos dos pobres e dos indefesos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/12/2018

Reflexão

Com seu rigoroso estilo de vida e sua pregação focada no julgamento divino, João desinstala as multidões, que o procuram com vontade de mudar de conduta. João lhes propõe atitudes concretas: repartir roupa e comida (recomendação a todos); não cobrar além do estabelecido, nem falsificar o preço das mercadorias (aos cobradores de impostos); não maltratar ninguém, nem colocar o manto da mentira sobre o fato real (aos soldados). O que foge do critério da justiça é exploração, portanto atitude imoral e abominável. Por suas investidas contra os poderosos, João pagará alto preço. Em seu discurso, João apresenta Jesus como juiz, que batiza “com fogo”, “queimando” toda a injustiça das pessoas, mas, ao mesmo tempo, o mostra repleto da força transformadora do perdão e da graça, pois batiza “com o Espírito”.
Oração
Ó Jesus Messias, teu precursor João orienta várias categorias de pessoas sobre como esperar tua vinda. Trata-se de repartir roupa e alimento com o necessitado, não explorar o próximo, não maltratar ninguém com violência, não fazer acusações falsas. Boas indicações para autêntica mudança de vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 12/12/2021

Meditando o evangelho

TESTEMUNHO DA LUZ

A pessoa e a missão de Jesus é que definiram a identidade de João Batista. Este fora enviado por Deus para ser testemunho da luz. Mediante sua pregação, muitas pessoas teriam a chance de chegar à fé e serem iluminadas pela luz, que é Jesus. A atividade de João preparava a chegada de Jesus, predispondo as pessoas para recebê-lo.
O pressuposto de seu ministério era que a humanidade estava mergulhada nas trevas e, por isso, vagava errante pelo caminho do pecado e da injustiça. Se não lhes fosse oferecida uma luz, não teriam condições de superar esta situação. Entretanto, o Pai decidira resgatar o ser humano para a vida. E o fez, por meio de seu Filho Jesus, cujo ministério consistiria em ser luz para o ser humano, mostrando-lhe o caminho para o Pai.
João Batista compreendeu este projeto de Deus e se colocou a serviço dele. Sua condição de servidor do Messias estava arraigada em sua consciência. Não cedeu à tentação de pensar de si mesmo, além do que correspondia ao plano de Deus. Não lhe cabia nenhuma das identificações do Messias, em voga na teologia popular. Ele não era nem o Messias, nem Elias, nem algum dos profetas. Era, simplesmente, um servo de Deus e do seu Messias. Este título era suficiente para defini-lo. Tudo o mais não passava de especulação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, como João Batista, desejo colocar-me totalmente a teu serviço, dando ao mundo o testemunho de tua luz.
Fonte: Dom Total em 13/12/201516/12/2018 12/12/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O SENHOR ESTÁ PRÓXIMO, ALEGRAI-VOS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Alegria parece ser a palavra de ordem na liturgia desse terceiro domingo do advento, sentimento que o profeta Sofonias passa a seus conterrâneos, em um tempo em que não havia motivos para o povo se alegrar, porque a devassidão moral andava a solta. A Boa Nova do Profeta não é dirigida aos poderosos, mas ao povo simples da terra, um pequeno resto que irá sobrar, após tantas tragédias que estavam porvir sobre a nação.
A gente olha para a realidade que nos cerca e percebe que, de fato não há muito com o que se alegrar, pois a violência de todo tipo continua a avançar, dando-se a impressão de que nunca se acabará, entre os nossos governantes e legisladores a ética vai cada vez mais perdendo o seu espaço, corrupção e mentiras, falcatruas e impunidades, desigualdade social, carência na Educação, Saúde, agressão ao meio ambiente, em meio a tanto caos, o convite de São Paulo aos Filipenses “Alegrai-vos sempre no Senhor, eu repito, alegrai-vos!”... Parece não fazer sentido, alegrar-se com um Senhor, que não se importa com tantos males presentes na humanidade?
Pensar em um cristianismo mágico, que nos anestesia contra todos os males do mundo, fazendo-nos viver alienados das realidades humanas, a espera do tal “Dia do Senhor” anunciado pelo Profeta, parece que esse modo de pensar, ganha cada vez mais simpatizantes. Não importa essa vida, o que vale é a outra que ainda virá. Quem pensa assim, com certeza não vive, mas vegeta, uma vez que não encontra nenhum sentido naquilo que pensa ou faz, até a própria existência nada significa.
Somos hoje aquele povo de ontem, sonhando com melhorias na qualidade de vida, lutando para não perder o ânimo e a esperança, apesar de tudo... Acreditando que algo precisa ser mudado urgentemente, mas sempre se sentindo impotente diante desse grande desafio de mudar para melhor. João Batista anuncia algo novo que está para acontecer que irá estabelecer uma nova ordem política, social, econômica e até religiosa: está no meio do povo certo alguém, que fará a diferença, todos os que sonham com dias melhores, e que desejam mudar e reverter esse quadro deverão unir-se a Ele, o grande esperado, o Messias verdadeiramente.
Ora, um anúncio impactante como esse, provoca nas pessoas uma grande expectativa: o que devemos fazer? Será que está ao nosso alcance tomar uma atitude que signifique uma mudança? “Coitadinho de mim, como é que posso fazer algo que mude a política ou a economia, que possa melhorar á vida das pessoas, o que me compete fazer para mudar as coisas, inclusive na comunidade, pastoral ou movimento?
Por aquele tempo pensava-se que somente o tal do Messias, que estava para chegar, é que tinha poderes para operar as mudanças necessárias e desejadas pelo povo, em nossos tempos poderá também haver cristãos desinformados, que pensam dessa maneira. Entretanto o evangelho de hoje, eu até diria, de modo espetacular, anuncia que Deus vai intervir na história da humanidade, o Messias não vai vir para resolver todos os problemas do povo de Israel, melhor do que isso , ele virá para permanecer e caminhar com o seu povo, animando, encorajando, alimentando, essa Jerusalém desprezível aos olhos do mundo, formada por todos os homens de boa vontade, que percorrem sem medo o caminho do discipulado, é fraca apenas na aparência, porque no meio do seu povo, o Senhor caminha, abrindo caminho em meio a esse quadro caótico, anunciando a presença do seu Reino entre os homens.
Em alguma empreitada humana, de difícil realização, se temos ao nosso lado alguém forte, readquirimos a esperança perdida, redobramos o nosso ânimo abatido, é isso exatamente que acontece na vida do cristão. Mas qual seria o sinal de que o Senhor está conosco, e de que chegaremos vitoriosos ao final da nossa jornada? Exatamente a mudança nas relações, pautando-as pela justiça, lealdade, autenticidade, fraternidade e paz, isso não compete aos poderosos do mundo, mas a cada cristão em particular... Agindo assim, estaremos sinalizando a presença do Senhor entre nós, e ao mesmo tempo contribuindo para que, aos poucos, o reino de Deus, a quem servimos, torne-se visível e presente cada vez mais em nosso meio. Mas se a nossa atitude ainda não é essa, na relação principalmente na comunidade, então, em nossas celebrações falamos uma grande mentira quando respondemos ao Presidente da celebração, que “o Senhor está no meio de nós....”porque nossas comunidades devem ser, por excelência o lugar da alegria, que vem do amor e da comunhão vivida entre os irmãos e irmãs; (III Domingo do Advento Lucas 3,10 – 18)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Testemunho de João Batista
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A Palavra do Senhor foi dirigida a São João Batista no deserto, e ele clamou: “Preparem o caminho do Senhor. Todos verão a salvação de Deus”. No rio Jordão, ele batizava um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Muita gente vinha até ele e perguntava o que fazer. As respostas eram diretas, e valem também para nós, se quisermos preparar o caminho do Senhor que vem no fim dos tempos, que vem no Natal, que vem diariamente na Eucaristia. Para que a Eucaristia não seja apenas rito, o que devemos fazer? Para todos ele dizia: “Partilhe o que você tem com quem não tem. Tem duas túnicas? Dê uma. Tem comida? Faça o mesmo”. Nenhuma dificuldade para nós, que conhecemos as perguntas que Jesus nos fará no dia do julgamento, como lemos em São Mateus: “Eu tive fome e você me deu de comer, eu tive sede e você me deu de beber, eu estava nu e você me vestiu”. Ouvimos agora a mesma coisa da boca de São João Batista.
Os publicanos, cobradores de impostos, também estavam por lá. A eles, dizia o Batista, “não cobrem mais do que foi estabelecido”. Não roubem, não desviem dinheiro que não é seu. Bastaria isso entre nós: que os que roubam entrassem nas águas e saíssem convertidos. Roubam os grandes, roubam os pequenos, e roubar torna-se uma cultura. Só não rouba quem não é esperto, e quando alguém devolve o que não é seu, sai no noticiário como algo extraordinário. Vieram também os soldados e ouviram de João que não deviam maltratar ninguém, que não deviam tomar dinheiro à força, nem fazer denúncias falsas e contentar-se com o próprio salário, esperando que o salário fosse justo. Acontecia o que supomos que aconteça em nossas pias batismais, que quem se faz batizar esteja disposto a mudar de vida.
Muitos pensavam que João fosse o Messias, mas não era. Ele mesmo anunciou que depois dele viria aquele que iria batizar com o Espírito Santo e com fogo. O Espírito Santo, o Amor na Trindade, se tornaria a vida de quem foi batizado; e o fogo purificaria a intenções e queimaria a palha. [...]
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 16/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

Cristo vem transformar o mundo numa terra de paz e de verdadeira alegria

Postado por: homilia
dezembro 16th, 2012

O terceiro domingo do Advento tem um sabor de alegria. É o “domingo da alegria”, pedagogicamente colocado pela Igreja nesta proximidade do Natal. É como quem está fazendo uma viagem e, depois de uma boa caminhada, avista além da última curva da estrada o lugar para onde está viajando. Que alegria! E esse lugar para onde vamos caminhando é o Natal. É o nosso encontro com Deus, com o Messias, o Deus-conosco que veio morar em nossa terra: “Alegrai-vos, O Senhor está perto”.
A alegria é tão grande que, a Liturgia, para bem expressá-la, vai buscar uma página de Isaías, onde se fala da volta do exílio. É como se a Palestina, terra tradicionalmente árida como o deserto e a estepe, se cobrisse de uma exuberante vegetação, e por toda parte brotassem as flores, lembrando a majestosa beleza do Líbano e do Carmelo. Só mesmo Isaías, grande profeta e grande poeta, sabe dizer as coisas com tão cativante beleza.
Cristo vem transformar o mundo numa terra de paz e de verdadeira alegria. Isaías o diz com expressões vigorosas. Prevê os cegos recuperando a vista, os surdos recuperando a audição, os paralíticos readquirindo os movimentos, e até os mortos ressuscitando. E, particularmente precioso no meio de tudo isso, a Boa-nova sendo anunciada aos pobres. Tudo isso está no Evangelho, no lugar onde Jesus mostra aos discípulos de João Batista o que estava acontecendo ao redor dele. Era a resposta concreta que dava a esses discípulos, que lhe vinham perguntar se ele era o Messias ou se deviam esperar outro.
Notemos que as curas e as ressurreições anunciadas por Isaías são apenas sinais da ampla transformação moral que a doutrina de Jesus, vivificada pela sua morte e ressurreição, vinha realizar no mundo. A humanidade é como a terra árida do deserto, onde brotam os espinhos do pecado e de toda a maldade. Sobre ela cai a chuva do céu trazida por Jesus – gotejai, ó céus lá do alto, derramem as nuvens a justiça, e o mundo se transforma. Tudo são flores de vida e de virtude.
Essa transformação não acontece de repente. Ela pede de nós uma longa paciência: “Como a do agricultor que espera o precioso fruto da terra, aguardando pacientemente as chuvas do outono e as da primavera”.
Há um belo provérbio europeu que diz que os moinhos de Deus moem devagar. E é assim mesmo. Nós que vivemos num mundo caracterizado pelo ritmo da velocidade, da eletrônica, da informática, não sabemos mais descobrir como tudo o que se refere à vida, à saúde, à educação, ao cultivo do espírito tem que ser feito com respeitosa tranquilidade. Uma árvore não cresce de repente. Uma criança não se educa de repente. Não se faz um santo de repente. E, para sermos bem práticos, não se reforça de repente uma sociedade, sobretudo, quando nela cresceram e se desenvolveram longamente a corrupção e a irresponsabilidade. É preciso um trabalho persistente e confiante, onde todos colaborem. Com seriedade, com perseverança, com iluminada esperança.
E temos que dizer que esse é o trabalho que o Cristianismo se empenha em realizar ao longo dos séculos. E temos que reconhecer, sem falso otimismo, que muita coisa melhorou no mundo. No relacionamento das pessoas, na superação do radicalismo, no reconhecimento dos valores de cada um, na capacidade de diálogo, inclusive diálogo entre as nações, deixando cada vez mais para trás o recurso à guerra como único caminho para se resolverem os conflitos, no respeito à própria natureza, crescendo sempre mais a consciência de que é preciso defender os bens que são de todos, como a água, o verde e até o silêncio e a harmonia. E, se muita coisa continua errada – como atestam os assaltos e as violências de todo tipo – é porque os homens não estão aceitando a proclamação do Evangelho.
É porque nós, cristãos, não sabemos ser esse fermento na massa que modifica o mundo numa santificadora levedação espiritual. Não sabemos ser essa luz que ilumina pelo exemplo de sabedoria. Não sabemos ser o sal que tempera a sociedade com o sabor do bem e da virtude. Temos que aprender de São João Batista a não sermos caniços que o vento dobra, nem criaturas cheias de vaidade.
Espírito que converte para Deus, que eu permaneça atento aos apelos de conversão que me são dirigidos, para merecer ser acolhido no Reino proclamado pelo Messias Jesus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/12/2012

HOMILIA DIÁRIA

Iluminados por Deus, reparemos todo mal que cometemos

“Reparar”, em primeiro lugar, quer dizer: deixar o mal ou as coisas erradas que costumamos fazer, corrigir os nossos passos e direcionar a nossa vida pela estrada correta

“Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.” (Lucas 3, 16)

O Evangelho deste domingo é para nós um provocador, neste tempo de conversão que vivemos que é o tempo do Advento. E João Batista é para nós um referencial, um homem que nasceu santo e viveu convertido, caminhou na graça de Deus e no deserto muitos o procuravam para mudar de vida.
A pergunta que todos faziam era: “Mestre, que devemos fazer?” (Lucas 3, 12). A pergunta que todos nós devemos dirigir ao nosso Mestre Jesus é esta também: “Mestre, o que devo fazer?”.
Sabe, meus irmãos, não adianta palavras ou apenas propósitos e boa vontade, precisamos fazer algo para que a conversão seja real em nossa vida! Vai dizer o Evangelho que aquele que têm duas túnicas, dê uma a quem não tem; quem cobrou a mais, devolva e não cobre mais. Assim cada um vai olhar para a sua própria vida e Deus vai dizer: ‘Repara isso!’.
Nós temos muitas coisas para reparar em nossa vida! E “reparar”, em primeiro lugar, quer dizer: deixar o mal ou as coisas erradas que costumamos fazer, corrigir os nossos passos e direcionar a nossa vida pela estrada correta. Não podemos viver apenas de boas intenções e boa vontade; é preciso, de fato, converter-se e deixar de lado, deixar de fazer aquilo que não edifica a nossa vida nem a do outro.
O primeiro meio de correção é reconhecer o que precisamos mudar em nós e fazer um esforço possível para mudar isso. Se foi injusto com alguém, não seja mais!
É verdade que, em algumas situações, precisamos reparar o mal cometido; se pegamos o que era de alguém, precisamos devolver;  se falamos mal de alguém, precisamos agora falar bem e corrigir o mal que falamos.
Nós não podemos ser pessoas néscias e achar que fizemos algo errado e mau e que tudo fica por isso mesmo, porque Deus é bom, é misericórdia. Deus é muito bom e muito misericordioso! E por que Deus é misericordioso? Porque a sua misericórdia ilumina o nosso coração para repararmos o mal que fizemos a nós, ao outro e a quem for.
A graça é essa que São João anuncia, ele está batizando com a água que lava e purifica, mas Jesus nos batiza no Espírito Santo. Se precisamos da água para nos lavar, a água do batismo, a consciência reta e limpa, precisamos do fogo do Espírito para termos coragem, fortaleza para sairmos do caminho do mal e fazermos o que é correto e justo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/12/2015

HOMILIA DIÁRIA

Superamos a injustiça indo ao encontro do próximo

Superar a injustiça é sairmos de nós para irmos ao encontro do outro. Superar a injustiça é não nos fecharmos no nosso mundo

“As multidões perguntavam a João: ‘Que devemos fazer?’.” (Lucas 3,10)

A pergunta que as pessoas que acorriam a João Batista realizavam é também o questionamento que devemos fazer diante da Palavra de Deus que nos é apresentada: “O que devemos fazer?”.
Que precisamos nos converter é um fato, penso que nenhuma pessoa sensata tenha dúvida disso. O que devemos fazer para que a conversão aconteça em nós?
João está apontando o caminho de superar toda e qualquer injustiça, porque João respondia a todos que iam até ele: “Não tomai dinheiro a força de ninguém. Não façais falsas acusações. Sejam contentes com os vossos salários. Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. Quem tiver comida, dê para quem não tem”. Nossa atitude deve ser, primeiro, reparar as injustiças que, muitas vezes, cometemos dentro de nossas casas, em nossas famílias.
Somos injustos quando falamos mal uns dos outros, quando não temos paciência um com o outro. Somos injustos quando não damos atenção que o outro merece de nós. Somos injustos quando deixamos os nossos sentimentos se basearem mais nos ressentimentos do que no sentimento do amor. Somos injustos quando não nos preocupamos com quem passa as diversas dificuldades da vida: os doentes, os enfermos, os pobres, os famintos, aqueles que estão desamparados pela vida.
Não podemos ficar cuidando da nossa vidinha, das nossas coisas, das nossas contas e despesas. Superar a injustiça é sairmos de nós para irmos ao encontro do outro. Superar injustiça é não se fechar no nosso mundo, mas nos abrirmos para os horizontes da realização humana mais plena que é a convivência de uns com os outros.
O Evangelho de hoje é um convite para nos abrirmos para Jesus. João estava batizando com água, mas ele mesmo disse: “Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu batizo com água, eu não sou digno nem de desamarrar as correias de suas sandálias, porque Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”.
Quando Jesus nos batiza no Seu Espírito e o fogo d’Ele acende em nós, somos impelidos para a caridade. Muito cuidado para não achar que o fogo do Espírito é somente para orarmos em línguas ou para profetizarmos.
O fogo do Espírito arde em nós como ardeu no coração de João, e ele estava ali reparando as injustiças humanas. Quando o espírito arde em nós, tornamo-nos justos, queremos que a justiça aconteça e estamos buscando viver a verdade, por mais incômoda que seja.
Permitamos que esse Espírito, que esse fogo abrasador que vem do Alto nos impila, leve-nos adiante para cuidarmos uns dos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

Inflamemos o nosso coração da justiça de Deus

“As multidões perguntavam a João: ‘Que devemos fazer?’ João respondia: ‘Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!’.” (Lucas 3,10)

Neste tempo do Advento — já estamos na terceira semana, no terceiro domingo —, nos aproximamos cada vez mais para celebrarmos a vinda do Senhor. Nem vou chamar de Natal porque, muitas vezes, quando me refiro ao Natal, as pessoas têm um sentido do Natal fictício, mas estou me referindo à vinda do Senhor, estamos celebrando o Senhor que vem.
A pergunta que fazemos é a mesma que as multidões que ouviam João faziam: “O que nós devemos fazer?”, e o que eu e você, que queremos nos converter, devemos fazer para realmente entrarmos no caminho da conversão? Veja bem, nós temos que ser práticos, nós temos que ser realmente concretos. João é muito concreto e prático, quando perguntam, ele logo já diz: “Olha, quem tem duas túnicas, dê uma a quem não tem; quem tem comida, faça a mesma coisa”. De modo, que conversão começa com reparação, mas precisamos reparar os males que estão ao nosso lado. E reparar os males quer dizer fazer justiça, nós temos que ser mais justos, temos que olhar para o nosso guarda-roupa que, muitas vezes, está “entupido” de roupas; as mulheres estão lá com aqueles vestidos guardados para não sei quando, algumas dizem: “É para quando emagrecer”, e aí não emagrece e ficam lá guardados, até as aranhas visitam e não repartimos, não partilhamos, não compartilhamos o que nós temos.

Jesus nos batiza no fogo do Espírito para acender e inflamar a verdade e a justiça de Deus em nosso coração

É um pecado deixar as nossas crianças serem crianças que vão acumulando as coisas, isso para mim é um escândalo; uma criança tem 100 carrinhos… Para que ter 100 carrinhos? Diga-me — com todo respeito, cada um tem o que tem — a outra vai ter 100 bonecas… Ensine a sua criança, ensine o seu filho a ser justo e não ser um acumulador, não ser um fruto da sociedade consumista que nós estamos hoje. Ensine a ele: “Meu filho, você tem 100 carrinhos, você pode repartir com quem não tem nenhum”, isso é espírito natalino, não é ficar esperando o Papai Noel vir trazer presente do Céu, porque Papai Noel não existe, é ensinar que Deus desceu do Céu para nos ensinar a partilhar o que nós temos e não ficar esperando receber.
Cuidado! Porque o espírito do mundo é perverso e enganador (…), e precisamos de uma justiça maior no mundo em que estamos, pois o mundo é  injusto, é perverso; e as perversidades e injustiças começam dentro da nossa própria casa. Nós acumulamos coisas que não usamos, não fazemos justiça, permitimos pessoas estarem com fome, sem roupa, sem calçados; pessoas estarem sem saúde e sem vida, e não fazemos nada para repararmos o mal deste mundo.
Os soldados perguntaram: “E nós, o que devemos fazer?”, e João foi claro: “Não tomem dinheiro de ninguém, parem de serem corruptos, não façam falsas acusações”, ou seja, cada um no estado em que está, precisa se converter para fazer justiça. É por isso que João está dizendo: “Batizei vocês na água, mas é no Espírito Santo e no fogo que vocês vão ser batizados”. Ou seja, Jesus nos batiza no fogo do Espírito, primeiro para queimar esses sentimentos injustos e perversos que nós temos e, depois, para acender e inflamar a verdade e a justiça de Deus em nosso coração. A pergunta é a mesma: “O que devo fazer para começar a me converter?”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/12/2021

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a compreender a Boa Notícia que nos é comunicada pelas Escrituras Sagradas. Que a escutemos, que ela desça até o nosso coração e transforme a nossa vida em benefício dos irmãos que nos deste. Nós pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós nos lembramos hoje que, no caminho de nossa vida, assim como neste Advento, há espaço para a alegria verdadeira, aquela que flui da certeza de sermos amados por Ti, que nos deste o dom maior: o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2018


QUE O MENINO JESUS NASÇA


TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.