domingo, 13 de maio de 2018

Homília Diária - Mãe Maria - 13/05/18 - Dom Walmor Oliveira de Azevedo


Canal do Youtube: Arquidiocese de Belo Horizonte

Publicado em 12 de mai de 2018

Apresentado pelo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o programa Mãe Maria é um tempo dedicado à reflexão e oração, à luz do Evangelho proposto pela liturgia de cada dia. Inspirada no exemplo de Nossa Senhora, a reflexão ilumina a realidade, o caminhar da Igreja e a vida de cada discípulo missionário de Cristo Jesus.

Categoria - Sem fins lucrativos/ativismo

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A VOZ DO PASTOR - 13/05/18 - Solenidade da Ascensão do Senhor - Domingo - Dom Orani João Tempesta


Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 10 de mai de 2018

Anúncio do Evangelho (Mc 16,15-20)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.
20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Uma nova forma de presença (Homilia Dominical.400: Solenidade da Ascensão do Senhor) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 12 de mai de 2018

Ao subir aos céus, Nosso Senhor inaugura entre seus discípulos uma nova forma de presença, muito mais íntima e transformadora do que qualquer outra. Como Ele, desaparecendo à vista dos Apóstolos, quer entrar nos seus e nos nossos corações? O que precisamos fazer de especial para reconhecermos, no dia de hoje, as visitas do Ressuscitado? É o que Padre Paulo Ricardo explica na meditação deste domingo, solenidade da Ascensão do Senhor.

Categoria - Educação

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HOMÍLIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) - Mc 16,15-20 - 13/05/2018


Precisamos viver a vida em nome de Jesus

Viver a vida em nome de Jesus é a maior alegria para a nossa vida

"Até agora, eles não pediram nada em meu nome. Peça e você receberá, e você terá uma alegria que será perfeita " (Jo 16:24).

O que é alegria completa? A alegria que a tristeza não conhece? A alegria que não dá razão para a nossa vida? Precisamos viver a vida em nome de Jesus, porque, se levarmos a vida em nosso nome, fazemos as coisas para que sejamos reconhecidos e valorizados.
O discípulo de Jesus traz vida em nome Dele, e tudo que ele faz é por Cristo, por Seu nome, e ter a alegria de sofrer por amor a Ele. O discípulo é capaz de resistir a decepções, lesões e situações incompreendidas da vida por causa do nome de Jesus.
O Senhor está nos dizendo: "Até agora você não pediu nada em meu nome. Eu pedi e você receberá, para que sua alegria seja completa ". Para pedir algo em nome de alguém, precisamos ter alguém em nossa vida, e esse alguém é Jesus, o Senhor da nossa vida.
Viver a vida em nome de Jesus é a maior alegria para nós. Percebemos que as situações de nossas vidas diárias, o que nós e nós sofremos, nós não entendemos, deixando-nos tristes e preocupados, causando confusão dentro do nosso coração, doenças que, muitas vezes, visitar nossa casa, precisamos Coloque tudo isso em nome de Deus, tire a vida em nome Dele.
Não é suficiente ser cristãos, precisamos ter vida em nome de Cristo, para torná-lo o maior motivo de nossa existência e de nossa vida. Temos crédito diante do Senhor, porque somos Seus amigos e discípulos; então, podemos pedir o que queremos em Seu nome.
Alguns podem dizer: "Eu perguntei e não recebi". Por que não recebemos se estamos na bênção do Senhor? Mesmo aquilo que é particular para nós, devemos colocar em nome do Senhor. Tudo pela glória do Seu nome, tudo para que o Seu nome seja exaltado, glorificado na vida que levamos.
Que vivamos em nome do Senhor Jesus!
Deus te abençoe!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/05/2018

ANO B


SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

Ano B - Branco

“O ressuscitado continua conosco.”

Mc 16,15-20

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo. Olhamos para o alto, não para fugir às responsabilidades terrenas, mas para acolher a graça que nos faz caminhar na terra como cidadãos do Céu.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste dia solene, o Povo Santo de Deus se reúne ao redor do altar para celebrar o dia em que o Senhor Jesus, vencendo o pecado e a morte, subiu ao mais alto dos céus, tornando-se o mediador entre nós e o Pai. Subiu aos céus, não para afastar-se de nós, mas para dar-nos a certeza de que nos faria experimentar de sua glória. Agradeceremos a Deus também por todos aqueles que promovem a verdade nos meios de comunicação. Colocaremos no altar do Senhor todas as nossas mães, vivas e falecidas, e pediremos ao Senhor que aceite a vida de cada uma delas como oferenda agradável.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Celebramos a ascensão de Cristo e o Dia Mundial das Comunicações Sociais, tendo como eixo a família, donde brota o dom da comunicação, porque ela é o ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor. Preparemo-nos para o Pentecostes, participando ativamente das celebrações na certeza de que "todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo" (cf. 1Cor 15, 51-58).

ASCENSÃO DO SENHOR

Quando pessoas que amamos separam-se de nós, angustiamo-nos, mesmo sabendo que terão sorte melhor. Poderíamos assim pensar que a Igreja nascente contemplou a ascensão do Senhor com sentimento de tristeza, porém a verdade é outra: a subida de Cristo aos céus é causa de grande júbilo! Uma dupla alegria: alegramo- nos pelo Senhor e por nós mesmos.
O dia da Ascensão é um triunfo do Cristo, uma festa de vitória. Depois de, livremente, assumir a condição humana (Fl 2,6-11), tornando- se, por amor, em tudo igual a nós, menos no pecado, Cristo nos resgata do poder da morte e nos reintroduz na pátria celeste. O Filho volta à casa paterna (Mc 16,19), é recebido com alegria pelo Eterno Pai e apresenta-Lhe novos irmãos e irmãs: a humanidade redimida.
Esta solenidade, como dito anteriormente, é também dia de alegria para nós. A glorificação do Filho em sua ascensão é também a elevação da natureza humana; nos glorifica, fazendo-nos participar da vida divina. Por isso diz o enredo do Prefácio II da festa, de maneira mais significativa: “Ele, após a ressurreição, apareceu aos seus discípulos e, à vista deles, subiu aos céus, a fim de nos tornar participantes da sua divindade”.
A atitude de cada um de nós perante tão grande mistério é vivenciar no cotidiano a fé, é o que nos exorta o Papa Francisco: “Na festa da Ascensão, enquanto dirigimos o nosso olhar para o Céu, onde Cristo subiu e está sentado à direita do Pai, fortaleçamos os nossos passos na terra para prosseguir com entusiasmo e coragem o nosso caminho, a nossa missão de dar testemunho e de viver o Evangelho em todos os ambiente”.
Diácono Lucas Endo Arruda Nitsche

ASCENSÃO DO SENHOR

A Ascensão do Senhor já é nossa garantia de vida eterna. Essa é a verdade que nos foi comunicada plenamente em Cristo. Se o mistério da encarnação encheu de alegria aos pastores, e trouxe de longe os magos, a ascensão encheu os discípulos de esperança e fez com que espalhassem essa boa nova por toda a terra.
O mistério da cruz causou profunda dor e sofrimento aos discípulos, que num primeiro momento fugiram e se esconderam, mas depois do encontro com o Ressuscitado tudo foi transformado. O medo foi vencido e a vida venceu a morte. Que outra maior notícia poderia encher de alegria a vida dos discípulos?
Mas agora é um novo tempo, e chegou o momento de deixar o cenáculo, sair pelas ruas, pelas cidades, até os confins do mundo, fazendo novos discípulos, “como Igreja em saída”. Comunicar a boa nova da vida, essa é a tarefa e missão dos discípulos de ontem e de hoje.
Na festa da ascensão do Senhor é também a ocasião em que acontece a coleta pela Rádio 9 de Julho, em toda a Arquidiocese de São Paulo. A coleta é uma forma de colaboração e ajuda dos fiéis, com a evangelização. O rádio é uma importante ferramenta de comunicação, que leva esperança e palavra de vida a muitas pessoas. Participe da coleta em sua paróquia ou comunidade, ou visite nossa página e associe-se à “Família dos amigos” - www.radio9dejulho. com.br.
Dom Devair Araújo da Fonsceca
Bispo Auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

A missão é o testemunho do amor misericordioso

O evangelho de Marcos originalmente terminava em Mc 16,8 com o anúncio do anjo às mulheres, dizendo que Jesus ressuscitara e precedia os discípulos na Galileia. Provavelmente no segundo século, a Igreja, já estruturada, julgou inconveniente a falta das narrativas das aparições do Ressuscitado neste evangelho. Foram, então, acrescentadas três narrativas de aparições, que são resumos das narrativas de aparições dos outros evangelhos, particularmente de Lucas e João.
Nesta elaboração tardia, tipicamente institucional, a fala atribuída a Jesus, após as três aparições, vai no sentido de afirmar o poder excludente da Igreja, na qual a profissão de fé seguida do batismo já estava consagrada como caminho único e absoluto da salvação. Também ficam afirmados poderes excepcionais conferidos ao crente, como sinais da sua fé, o que contraria a realidade da simplicidade da fé a ser vivida no dia a dia pelos comuns dos mortais. Com uma visão amadurecida, compreende-se que não cabe à missão impor, condenar ou praticar ações espetaculares. A missão é o testemunho do amor misericordioso, a valorização e o cultivo das manifestações de vida encontradas nas diversificadas comunidades, vendo nelas o sinal da presença de Deus entre os povos, sem exclusões.
Os últimos versículos fazem alusão à ascensão aos céus, conforme narrada por Lucas em seu evangelho e mais desenvolvida nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura), com um sumário de missão. A exaltação do Ressuscitado retirado da terra e glorificado no céu (segunda leitura) foi resultado da influência do messianismo escatológico nas mentes dos discípulos de origem no judaísmo. Esta visão, que relegou a segundo plano a revelação e a comunicação de Deus na vida e no testemunho de amor do Jesus histórico, influenciou durante séculos a teologia, a espiritualidade e a pastoral da Igreja, remetendo a fé em Jesus a uma recompensa na vida gloriosa futura e celestial. Hoje, resgatando-se as memórias de Jesus de Nazaré, na sua humanidade plena, a fé na sua presença, vivo, nas comunidades nos move ao alegre empenho em construir um mundo novo solidário e fraterno, em que todos se unam em torno do projeto da vida plena para todos, sem restrições.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
Fonte: Paulinas em 20/05/2012

Vivendo a Palavra

Assim termina o Evangelho escrito pela Comunidade de Marcos: “o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.“ Mas, conforme sua promessa, Ele está e estará conosco até o fim dos tempos: pela fé e pelo Espírito, nos sinais que instituiu; concretamente, na pessoa do nosso próximo, especialmente do pobre.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2012

VIVENDO A PALAVRA

Eis que é chegada a hora: cheios de confiança os apóstolos começam a pregar por toda parte que o Reino de Deus já chegou – está dentro de nós! E, como prometido, os sinais aconteciam, provando que o anúncio deles é verdadeiro. A mesma missão cabe hoje a nós. Que o Espírito nos inspire e nos encoraje a cumpri-la!

Meditando o evangelho

IDE PREGAR O EVANGELHO

A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.
Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento. Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam tomar, no exercício da missão.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A SUBIDA AOS CÉUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O Evangelho de Marcos, em sua redação original, encerrava-se no versículo 8 do capítulo 16, com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres. Os versículos 9 a 20, que o concluem, são um acréscimo tardio. A Igreja já estruturada teria julgado inconveniente a falta de narrativas das aparições do ressuscitado neste Evangelho. Foram, então, acrescentadas três narrativas, resumos das narrativas de aparições dos outros Evangelhos. A fala atribuída a Jesus, após as três aparições (v. 16), é no sentido de afirmar o poder excludente da Igreja, na qual a profissão de fé seguida do batismo já estava consagrada como caminho único e absoluto da salvação. Também ficam afirmados poderes excepcionais conferidos ao crente, o que contraria a simplicidade da fé a ser vivida no dia-a-dia pelos comuns dos mortais. Hoje se compreende que a prática missionária não é condenatória nem marcada por ações espetaculares. A missão é o testemunho do amor misericordioso e o reconhecimento, a valorização e o cultivo dos sinais de vida encontrados nos diversos povos e culturas. A subida aos céus está associada à narrativa de Lucas em seu Evangelho e mais desenvolvida nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura). A exaltação do ressuscitado, retirado da terra e glorificado no céu (cf. segunda leitura), foi resultado da influência do messianismo escatológico davídico, presente nas mentes dos discípulos de origem judaica. Hoje, a fé na presença de Jesus vivo nas comunidades nos move ao alegre empenho em construir um mundo novo, solidário e fraterno, com união em torno do projeto de vida plena para todos, sem restrições.
Fonte: NPD Brasil em 20/05/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. NOVO HOMEM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Meu grupo imaginário de debatedores do evangelho aspirantes a teólogos, se reuniu para refletir o evangelho desse domingo, Festa da Ascensão do Senhor. O Mota, que é o homem encarregado de comprar as hóstias e partículas da paróquia deu início a conversa. “Bom, nessa não caio mais, a apoteótica subida de Jesus ao céu é coisa secundária, os holofotes estão voltados para os discípulos, que recebem a missão, que será acompanhada de sinais prodigiosos”. Certo? Nem mal havia perguntado, o Ernesto, aquele que é líder em uma empresa, retrucou: “Epa! Se é festa da ascensão, a cena principal é Jesus subindo ao céu, pode conferir, vamos ver aqui...” O grupo abriu o Novo Testamento e a Dona Maria, empregada doméstica, observou “Olha, acho que esqueceram de avisar o Marcos que esse domingo é a festa da ascensão, tem três ou quatro palavras dizendo que Jesus foi elevado ao céu e mais nada”
E antes que o grupo esquentasse ainda mais a conversa, eu convidei todos a lerem o capítulo 16 , onde está inserido esse evangelho. A constatação foi a que eu já esperava “Se a ascensão fosse uma prova final, os coitados dos discípulos tomariam zero e seriam reprovados...” - comentou a catequista Roseli. De fato, o quadro que Marcos descreve, antes desse evangelho é meio tenebroso, as mulheres cheias de medo não disseram nada a ninguém, embora tivessem recebido do jovem vestido de branco, a missão de anunciar aos discípulos, Maria de Magdala até que anunciou aos discípulos, mas eles estavam aflitos e choravam, ouviram dizer que Jesus estava vivo, porque ela o tinha visto, mas não acreditaram. Quanto aqueles dois na estrada de Emaús, demorou para “cair a ficha” e perceber que Jesus caminhava com eles, daí foram anunciar ao restante, mas eles duvidaram. Quando Jesus se manifestou aos onze censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, por não darem crédito ao anúncio. “É isso aí, tomaram a maior esfrega, foi bem feito!” – concluiu o Ernesto. “Eu é que não seria louco de confiar uma missão tão importante a um grupo desse!” – exclamou o Mota decepcionado.
Os discípulos não tinham poderes sobrenaturais, Jesus não confiou a missão a super-homens, o texto anterior nos mostra isso, e aí é que está o bonito da história, nós também muitas vezes temos dúvidas, não acreditamos, e diante de certos acontecimentos, demora para “cair a nossa ficha”, por isso a ascensão de Jesus marca o início da missão da Igreja, e daí a gente começa a se ver nesse evangelho, e principalmente no relato de Lucas em Atos, primeira leitura, quando vivenciamos uma fé da magia e ficamos olhando para o céu, esperando que Jesus volte para consertar tudo o que está errado.
“Olha, confesso que estou meio boiando” – comentou o Mota. “se é a Festa da Ascensão, ou em outras palavras, é a festa da subida de Jesus ao céu, é a sua volta para o Pai, como então descartarmos aquilo que no evangelho parece essencial?”, perguntou a esperta Roseli. De alguém que subiu na vida., a gente afirma que está em ascensão, na encarnação Jesus desceu, e esvaziando-se de si mesmo rebaixou-se á condição de escravo ao morrer na cruz, mas estando no fundo do poço, como podemos dizer, ele fez da condição humana o ponto de apoio para subir e alcançar a glória no mais alto do céu.
E assim, a natureza humana tão frágil e decaída, dominada pelo mal, se vê resgatada em sua dignidade maior, porque o Divino vem ao encontro do humano e se entrelaça na comunhão. Em Jesus toda a humanidade sobe, porque o céu se abre, o ser humano atinge a sua plenitude resgatando o paraíso do Eden que havia perdido. “Então esse “Sobe e Desce” de Jesus, nos evangelhos é apenas uma força de expressão?” – perguntou o Ernesto.
Na verdade Jesus nunca saiu do lado do Pai, mas também nunca nos deixou, esse entrelaçamento do Divino e humano, por livre iniciativa de Deus, é o mistério do Verbo encarnado, onde uma pessoa histórica e real, Jesus de Nazaré, dá um novo significado á vida do homem, trazendo aquele paraíso que perdemos, aqui dentro de nós e podemos falar sem medo, que festa da ascensão é a nova criação que agora se concretiza e se realiza em toda a humanidade, através de Jesus de Nazaré.
O anúncio do evangelho é exatamente essa Boa Nova, de que todo o homem é em Cristo nova Criatura, redimida, liberta e salva, destinada á comunhão plena com Deus em seu paraíso, e desta vez não há o perigo de sermos ludibriados pela serpente, fomos vacinados com a graça de Deus que recebemos no santo batismo.
O mundo inteiro precisa saber dessa Boa Nova, é essa precisamente a missão primária da nossa Igreja, acreditar que o anúncio é verdadeiro, e ser batizado, é condição essencial para quem quer passar por essa renovação espiritual que chamamos de salvação, onde somos configurados a Cristo e com ele já estamos no céu, mesmo ainda estando a caminho, por esta vida terrena. Se ele é a cabeça e nós os membros, não há como duvidar disso, pois o corpo forma uma unidade da qual a nossa Igreja é a expressão mais fiel. É por esta razão que o Senhor age com o discípulo, e confirma a palavra, por meio dos sinais, atestando a sua autenticidade, mesmo vindo de homens tão frágeis como todos nós. É a chancela, o carimbo de aprovação, que o Espírito imprime em nossa missão. (FESTA DA ASCENSÃO – Marcos 16, 14-19)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. A toda criatura, anunciai!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus deu aos apóstolos suas últimas recomendações. Foi em seguida arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Entramos na última semana do Tempo Pascal com a celebração da solenidade da Ascensão de Jesus ao céu. Ele sobe ao céu e envia o Espírito Santo. Será a próxima celebração, a solenidade de Pentecostes.
O Livro dos Atos nos conta que Jesus foi levado para o céu e uma nuvem o encobriu, mas um dia ele voltará e será o fim dos tempos. Foi Deus quem o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, lemos na Carta aos Efésios. Com o salmista cantamos: “Que todas as nações batam palmas ao Senhor que se eleva ao toque da trombeta”. E agora nos resta cumprir o que ele nos mandou: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o Evangelho a toda criatura”.
O Pai ressuscitou Jesus Cristo dos mortos e o fez sentar-se à sua direita no céu. Jesus agora está acima de tudo, neste mundo e no futuro. Deus o fez cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Antes, porém, de subir ao céu, Jesus deu aos apóstolos suas últimas recomendações: que não se afastassem de Jerusalém e esperassem a realização da promessa do Pai, e receberiam então o poder do Espírito Santo para serem suas testemunhas em todo o mundo. Nessa última conversa, Jesus envia a sua Igreja em missão: “Vão pelo mundo afora e anunciem o Evangelho a todas as pessoas”. A ordem é muito clara e direta.
O campo de trabalho dos apóstolos e, com eles, de todos os discípulos de Jesus, é o mundo inteiro. Estas palavras dão à Igreja um dinamismo próprio. Os membros da Igreja não são estáticos, não ficam parados. Movimentam-se e movimentam-se. São como o vento. Não se cansam. Expulsam demônios, falam novas línguas, curam doentes. São capazes de ir até os confins da terra por causa de Cristo e de seu Evangelho.
Depois da Ascensão do Senhor, seus discípulos missionários caminham com a certeza de que já estamos com ele no céu, porque junto dele está o que é próprio nosso, nossa humanidade. Ele era só divino; fez-se humano e, quando voltou ao Pai, levou consigo o que era humano. Por isso sua Ascensão já é nossa vitória. Nós, de certa maneira, já estamos com ele na glória. Que o Pai nos dê o Espírito da sabedoria e da revelação!

HOMÍLIA

Pe. Jacir de Freitas Faria, ofm

ASCENSÃO DO SENHOR

IDE POR TODO O MUNDO

I. INTRODUÇÃO GERAL

Celebramos hoje a Ascensão de Jesus. Ascensão tem a ver com a ressurreição e com o tempo da Igreja. Jesus volta para a casa do Pai, a morada eterna onde todos nós esperamos estar após nossa morte. Jesus viveu no meio de nós como ser humano e agora volta para Deus. Somos privados de sua presença física e chamados a eternizá-lo na vida da Igreja, representada, primeiramente, pela comunidade de Jerusalém. Ao mesmo tempo, tornamo-nos participantes da divindade do mestre Jesus de Nazaré. O sentido último de nossa vida é Deus, autor e doador da vida plena. O humano Jesus leva consigo a natureza humana para a glória de Deus. Jesus ressuscitado permanece no meio de nós, na vida de fé da comunidade e no anúncio do reino.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 1,1-11): Jesus não foi embora, ele está vivo na comunidade

A primeira leitura de hoje, tirada dos Atos dos Apóstolos, tem sua ligação com o Evangelho de Lucas, duas obras que se entrelaçam, pois teriam saído da pena do mesmo escritor ou comunidade. O evangelho não termina, mas continua com a ação da comunidade de Jerusalém, Antioquia, Samaria etc. Nesse trecho, introdução de toda a obra, Lucas se propõe escrever uma narração ordenada dos fatos que se cumpririam entre eles. Ele dedica a sua obra a Teófilo (Lc 1,1-4) – nome grego que significa o amigo de Deus. No fim do Evangelho de Lucas, Jesus promete o Espírito Santo e convoca os seus seguidores a permanecer em Jerusalém para a realização das promessas (Lc 24,49). Já no início dos Atos, a nossa leitura de hoje, os discípulos perguntam a Jesus: “é agora que vais restabelecer o reino de Israel?” (At 1,6). Jesus responde dizendo que eles não devem se preocupar com a data, pois esta compete ao Pai (At 1,7). O Espírito Santo continuará a realização do prometido (1,8a), que não é a restauração de Israel, mas o ser sua testemunha em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e nos confins do mundo (At 1,8b).
A ascensão em At 1,9-11 é narrada para mostrar que Jesus não foi embora, mas continua vivo dentro de cada apóstolo(a) que testemunha o Ressuscitado e entre eles. Jesus não foi embora. Só assim podemos falar teológica e historicamente de “Igrejas” de Jerusalém. Tivemos, na origem, como resultado da ação do Espírito Santo, vários núcleos do seguimento de Jesus, embora Lucas tenha, nos Atos, idealizado e privilegiado a comunidade de Jerusalém.
A ascensão somente tem sentido à luz de sua relação estreita com a comunidade de Jerusalém, a qual passará a ser o símbolo da Igreja, que se expandirá, na sequência, para as regiões da Judeia, da Samaria e da Galileia e daí para os confins do mundo, isto é, para o então centro daquele mundo, Roma.
Segundo o relato dos Atos, depois da ascensão, os discípulos e discípulas de Jesus voltam do monte das Oliveiras para Jerusalém. O livro dos Atos dos Apóstolos usa dois termos para falar da cidade de Jerusalém: o nome bíblico e sagrado Jerusalém (36 vezes) e o nome grego como designação geográfica Jerosolyma (23 vezes). At 1,12 fala de voltar para Jerusalém, o que significa, então, voltar para o lugar sagrado do judaísmo, para o lugar da missão, da salvação. É como um católico dizer: “Vou a Aparecida”. Na cabeça de quem escreve os Atos estaria, com certeza, o sonho da nova Jerusalém, pois a Jerusalém cidade já tinha sido destruída pelos romanos quando os Atos foram escritos.
A comunidade de Jerusalém é judaica de origem e, por isso, fiel observante da Torá (lei, conduta, caminho, modo de vida baseado no Decálogo); ela celebra a eucaristia como memória do martírio redentor e profético de Jesus (At 2,42-46); partilha os bens (At 2,44-45) como expressão de uma espiritualidade comprometida com a justiça; está em conflito com as autoridades locais (At 3,11-4,22); está centrada no grupo dos doze apóstolos e unida em torno deles (At 2,42; 4,23-31); tem conflitos (At 5,1-11); opera prodígios e milagres (At 3,1-10).
Nessas características encontramos o rosto, às vezes idealizado, da comunidade de Jerusalém. Esse modo de viver a fé na comunidade de Jerusalém foi o jeito que os primeiros cristãos encontraram para exprimir a utopia do reino de Deus anunciado e vivido por Jesus na sua integralidade e com a sua ascensão. A ascensão de Jesus no monte das Oliveiras teria sido a sua glorificação e a certeza da sua presença definitiva na comunidade de Jerusalém de forma histórica (presente), escatológica (futuro) e pneumática (plena do Espírito Santo). Tendo Jerusalém como referência e origem da comunidade judaico-cristã, os discípulos devem partir em missão até os confins do mundo, anunciando que Jesus ressuscitou e não morreu. Esse foi o grande segredo do cristianismo; caso contrário, teria se perdido, como tantas religiões do mundo antigo.

2. Evangelho (Mc 16,15-20): Atitudes que nos põem no caminho do anúncio da boa notícia: Jesus ressuscitou

O evangelho de hoje nos mostra o movimento de Jesus ressuscitado, que aparece aos onze discípulos, enquanto comiam, e desaparece por meio da ascensão, após os instruir para a evangelização. Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Sentar-se numa cadeira é sinal de poder. Daí que um professor se torna catedrático. O bispo tem a sua catedral e profere sua homilia, normalmente, sentado. O poder de Jesus é transferido aos discípulos, que devem se pôr de pé e sair mundo afora, anunciando a sua ressurreição em movimento de ascensão, de subida.
A ação de ascensão, isto é, de movimento de permanência de Jesus, consiste em sete atitudes: 1) anunciar a boa-nova a toda a humanidade; 2) batizar; 3) salvar; 4) condenar; 5) expulsar demônios em nome de Jesus; 6) falar novas línguas; 7) impor as mãos para curar doentes. Essas atitudes vêm acompanhadas da certeza de que nem serpentes nem venenos serão causa de morte para os discípulos. Anunciar, crer e salvar interagem num crescendo na ação ascensional dos discípulos. É a nova língua; não novo idioma, mas novo modo de comunicar a libertação, a vida nova do reino. Trata-se da linguagem da evangelização, não obstante as tantas línguas (idiomas) presentes. Quem caminha visando ao alto, isto é, às coisas do reino, vai deparar com venenos e serpentes e deles não deverá ter medo. Assim como Jesus venceu a morte, os seus discípulos serão amparados pela vida que não morre mais, a de Jesus ressuscitado, que os acompanhará por todo o sempre. Amém!

3. II leitura (Ef 1,17-23): Igreja, sinal do reino no movimento de fé e constante conversão

Paulo ficou sabendo que a comunidade de Éfeso estava sendo fiel a Deus na fé, no testemunho e na resistência às adversidades da evangelização. Na perspectiva da ascensão, o apóstolo reconhece que “Deus colocou tudo debaixo dos pés de Cristo e o colocou acima de todas as coisas, como cabeça da Igreja, a qual é o corpo, a plenitude daquele que plenifica tudo em todas as coisas” (v. 23). A teologia paulina reforça a caminhada da Igreja, sinal do reino em movimento de conversão contínua e testemunho de fé em Jesus ressuscitado.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

– Levar a comunidade a perceber que a ascensão é um movimento de ação transformadora do mundo com base em nossa fé em Jesus ressuscitado e na ação libertadora da Igreja.
– Viver a ascensão significa não ficar olhando para o alto, esperando Jesus, mas pôr-se a caminho, no anúncio do reino, na evangelização. É tornar-se um bem-aventurado.
– Evangelizar é falar a mesma linguagem – anunciar a todos a vida nova do reino –, e não falar a mesma língua (idioma). É expulsar demônios e não ter medo de serpentes e venenos, que nos impedem de caminhar.
Fonte: Paulus em 20/05/2012

Reflexão

Marcos conclui seu evangelho, mostrando Jesus que aparece aos onze discípulos e os envia em missão pelo mundo. Eles são convidados a realizar tudo o que o Mestre fazia: expulsar demônios, falar novas línguas, curar os doentes, enfrentar os obstáculos (serpentes e venenos)… Depois de Jesus ser “elevado ao céu”, os discípulos partiram e pregavam por toda parte. A adesão a Jesus é confirmada pelo batismo que conduz à salvação. Assim, a história de Jesus continua na vivência e no testemunho da comunidade. O fim do caminho de Jesus se constitui no início do caminho (missão) da Igreja. As pessoas que conviveram mais próximas a Jesus provavelmente sentiram-se desnorteadas com o desaparecimento dele. Essas pessoas o escutaram, foram aprendendo com ele e de repente perderam o chão. Alguém disse que a “Ascensão é uma maneira de morrer aos olhos e de nascer ao coração”. Jesus se retira fisicamente deste mundo para se tornar presente aos olhos da fé e iluminar todos os que o Espírito de Jesus habita. Ou no dizer de santo Agostinho: “Cristo não deixou o céu quando desceu até nós, nem nos deixou quando subiu ao céu”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

REFLEXÕES DE HOJE


13 de MAIO-DOMINGO

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HOMÍLIA DIÁRIA

Contemplemos em Cristo o nosso triunfo no céu

Postado por: homilia
maio 20th, 2012

Acredite nesta afirmação: você e eu já estamos com “um pé” no céu. Celebrando hoje o Domingo da Ascensão do Senhor, a Igreja nos leva a contemplar em Cristo o nosso triunfo lá no céu.
É fundamental conhecermos a Cristo para que saibamos a esperança que seu chamado nos dá, ao descobrirmos as riquezas da glória que está na herança dos santos e o imenso poder que exerceu em favor dos que creem. Essa riqueza não é algo a buscar no futuro, mas a viver já aqui – hoje e agora – na Sagrada Liturgia na qual estamos com Ele, o Sumo Sacerdote, glorificando o Pai. Seria tão bom se pudéssemos celebrar com intensidade e não simplesmente apegados a ritos, mas sim ao mistério que nos é revelado em cada celebração.
Em cada uma delas as portas do céu, no qual entramos com Cristo glorificado, se abrem. Com o Espírito que nos é dado, podemos nos alegrar com o Pai que vê seu Filho voltando com os filhos que adotou.
E nesta incontável alegria Jesus nos encarrega dessa missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” Se por um lado estamos com Ele na glória, por outro lado estamos na história da qual é o condutor, pois Ele é o Senhor da história. Por mais que sejamos desconhecidos, Ele conduz o universo e nos deixou com a missão de, com Ele, colocar todos os Seus inimigos debaixo de Seus pés. O inimigo é toda espécie de mal. O anúncio do Evangelho retirará do mundo o poder do mal e o conduzirá a criar, já aqui na Terra, um “Novo Céu e uma Nova Terra”.
A Ascensão de Jesus não marca um fim ou uma “virada de página”. Ele continua vivo e presente, pois estamos unidos a Ele. Ele é a cabeça que atrai o Seu corpo para o Pai, vivificando-o por meio de Seu Espírito. A Ascensão coloca-o no centro de nossa vida e de nossa história. Jesus é o Senhor de todas as coisas, é a pedra angular que fora rejeitada pelos construtores. Ele é elevado junto ao Pai, com o qual se torna – na Sua humanidade vivificante – fonte do rio da vida.
Na Ascensão, Cristo não desaparece. Pelo contrário, começa a mostrar-se e a vir. Por isso, os anjos dizem: “Ele vai voltar do mesmo modo como vistes partir para o céu”. Ele está sempre vindo. Ele levou os cativos, que somos nós, para o mundo novo da Sua ressurreição e derrama sobre os homens os Seus dons, o Seu Espírito.
Sua ascensão é um movimento progressivo. Sua ascensão é para que cheguemos ao estado de homem perfeito, à medida de Cristo na sua plenitude. O movimento da Ascensão só ficará completo quando todos os membros do Seu corpo estiverem sido atraídos para o Pai e vivificados pelo Espírito.
A liturgia é o momento de Sua vinda. Em Jesus, há uma volta ao Pai em cada liturgia celebrada. Celebramos a alegria do Pai ao ver o regresso do Filho amado da parábola. Ele não volta só, mas volta na carne, trazendo os filhos adotivos: “Eis-me aqui, com os filhos que Deus me deu”. Cada filho tem a face do Filho amado. O Pai se faz acolhimento de todos os filhos. Partilhamos da liturgia eterna.
Já estamos com “um pé” no céu. Somos “um só corpo” com Jesus. Por isso, temos uma parte nossa no céu. Ele, ao deixar o mundo, no dia da Ascensão, não subiu aos céus para afastar-se de nossa condição humilde, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à gloria da imortalidade.
Meu irmão, escute o que dizem os dois anjos aos discípulos: “Por que olham para o alto?”Agora é a vez de fazer o que Cristo fazia. É a hora da nossa missão. Não estamos sozinhos. Temos o Espírito Santo. Por isso, lancemo-nos à missão e anunciemos que a nossa natureza já está lá no céu com Cristo, nosso irmão. Esforcemo-nos para ir conquistando o céu a cada dia que passa.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 20/05/2012

Oração Final
Pai Santo, ajuda a nossa incredulidade a enxergar a tua Presença no dia-a-dia da vida: na maravilha da criação, no mistério dos seres humanos e nos sinais do tempo presente. Ensina-nos, Pai amado, a acolher-te com encantamento e gratidão, louvando-te por toda a vida. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a presença do teu Reino de Amor transforme as nossas relações existenciais com o próximo e com a natureza de tal modo que o testemunho de vida, mesmo quando silencioso, seja o nosso jeito de anunciar aos irmãos o teu infinito Amor paterno-maternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.